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Vive o

está!

estudo devocional de páscoa


MENINAS SOB GRAÇA
Este material foi produzido pelo Ministério Meninas sob Graça.
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desde que não use para fins lucrativos
e não altere seu conteúdo.
"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo, que, segundo a sua grande
misericórdia, nos regenerou para uma viva
esperança, pela ressurreição de Jesus
Cristo dentre os mortos, para uma herança
incorruptível, incontaminável, e que não se
pode murchar, guardada nos céus para vós,
que mediante a fé estais guardados na
virtude de Deus para a salvação, já prestes
para se revelar no último tempo."
1Pe 1.3-5
SUMÁRIO

1. O Rei se fez humilde servo

2. O Rei é Santo

3. o Rei tem toda autoridade

4. o Rei chama à comunhão

5. o Rei se submete ao Pai

6. o Rei cumpre o plano redentor

7. sem o Rei há esperança?

8. o Rei vence a morte, renasce a


esperança
Querida irmã,
É com grande alegria que lhe apresentamos este material, convidando-a a
meditar na Palavra de Deus e nos acontecimentos que antecedem a morte
e ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa não é apenas uma data no
calendário, mas um momento para relembrarmos intencionalmente o
sacrifício redentor que foi planejado por Deus desde antes da fundação do
mundo. Ao longo desta semana, convidamos você a refletir sobre cada
passo de Jesus, desde sua entrada triunfal em Jerusalém até o glorioso
momento em que venceu a morte.
Nossa oração é que o Espírito Santo fale ao seu coração, transformando-a
e fortalecendo sua fé de modo que ecoe em cada aspecto de sua vida.
Que as Boas Novas do Evangelho de Cristo resplandeça em sua vida,
capacitando-a a viver uma vida abundante e cheia da graça redentora de
nosso Senhor.
Que a cada página deste estudo devocional você seja conduzida a uma
comunhão mais profunda com o Salvador, experimentando o poder
transformador do Seu Evangelho.
Que o nome do Rei Jesus, vivo eternamente, seja exaltado e glorificado
hoje e para sempre.
Em amor,
Equipe Meninas sob Graça
domingo

O REI SE FEZ
HUMILDE SERVO
Entrada em Jerusalém, montado num jumentinho
DIA 1
Leitura bíblica: Mateus 21:1-11; Marcos 11:1-11

VILMARA LIMA

Estudiosos dizem que a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém se deu mais ou menos uma
semana antes da Páscoa. As pessoas já estavam chegando de vários lugares, e uma multidão se
encontrava na cidade para celebrar a festa.
Todos os quatro Evangelhos narram esse episódio. Alguns com mais detalhes, outros, com menos.
Ele é o cumprimento da profecia de Zacarias 9:9, que diz: “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó
filha Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num
jumentinho, cria de jumenta.”
Naquele momento, Deus estava fazendo ser cumprida mais uma de suas profecias acerca do
Messias. Isso nos lembra de que Ele é fiel em relação às Suas promessas. Tudo o que Ele disse
em sua Palavra se cumprirá. Ele mandou o Rei prometido. Nós podemos confiar no Senhor, porque
Ele é confiável. Podemos confiar nas Suas promessas de cuidado e provisão. Ele não falhará com
Sua Palavra.
Como o Senhor havia prometido no passado, Jesus veio. Mateus narra que as multidões clamavam:
“Bendito o que vem em nome do Senhor” (21.9). Cristo veio em nome do Senhor. Essa passagem
nos ensina que a salvação vem do Senhor. Não havia nada que pudéssemos fazer para nos salvar
a nós mesmas. A salvação de que precisávamos, Deus a providenciou. Precisamos nos livrar do
peso da autossalvação. Nossas obras, devoção ou bom comportamento não podem nos salvar.
Somente Deus, em Jesus, pode fazer isso. Praticamos boas obras e vivemos uma vida de devoção
porque já somos salvas. Jesus, que se autodefiniu humilde e manso, veio até nós e trouxe a
salvação. Podemos descansar no seu sacrifício, que foi completo e definitivo.
O nosso Rei é um Rei humilde. Ele não chegou em um cavalo de guerra, mas em um simples
jumentinho. A humildade de Cristo nos constrange. Mesmo sendo Rei, Ele se humilhou, desceu até
nós e nos entregou, por seu sangue, a salvação. Apesar de ter todo o poder, Ele não é arrogante e
prepotente, não é orgulhoso e vaidoso. Ele nos serviu, mesmo estando na posição de ser servido.
Paulo coloca Cristo como o exemplo maior de humildade (Fp 5.11). Ele tinha todos os direitos
imagináveis, mas não se apegou a nenhum deles. Ele se esvaziou, tornou-se servo, assumiu a
forma humana, humilhou-se e obedeceu até a morte. O esvaziamento de Jesus não significa que
Ele deixou de ser Deus, mas que Ele renunciou aos Seus privilégios divinos para viver uma vida
terrena muito diferente da vida que tinha na eternidade.
Precisamos ter a mesma atitude de Jesus, minha irmã, ser humildes servas como Ele é. Cristo nos
serviu porque Ele assim quis. Ele curou, restaurou, alimentou e ressuscitou pessoas. Ele as serviu.
Ele se submeteu à desonra, ao escárnio, à zombaria, aos açoites e à morte por amor a nós, para
nos salvar. Ele nos serviu. Ele é o nosso maior modelo de serviço. Assim como ele não procurou
honra, reconhecimento e glória para si mesmo, mas humildemente se dispôs a fazer por nós aquilo
que nunca poderíamos fazer, nós também devemos, sem esperar palco, aplausos e
reconhecimento, dar nossa vida em serviço aos que necessitam.
Embora seja difícil por causa da nossa natureza pecaminosa e coração orgulhoso, não é
impossível. Se estamos unidas com Cristo, nós podemos ser servas humildes. Por causa do
Espírito que habita em nós, é possível desenvolver a humildade e o serviço de Jesus, ter sua
mesma atitude.
O serviço humilde decorre da percepção de quem nós somos e de quem Cristo é. Ele é Rei. Nós
somos servas. Ele é o herdeiro do trono de Davi, o descendente que se assentaria para sempre no
seu trono. Isso implica duas coisas. A primeira é que somos Suas súditas, ou seja, estamos debaixo
de Sua autoridade, devemos obediência a Ele. Não podemos viver nossa vida como se fôssemos
donas do nosso nariz, independentes de Jesus. Não é a nossa vontade que prevalece, mas a dele.
Não somos donas do nosso corpo, do nosso tempo, dos nossos bens, de absolutamente nada.
Tudo pertence a Ele. Somos apenas mordomas. E devemos cuidar com responsabilidade do que
Ele colocou nas nossas mãos, como servas boas e fiéis.
A segunda é que, por reinar sobre nossa vida, o Filho de Davi tem o controle de tudo o que nos
acontece. Ele é soberano. Ele trabalha para o nosso bem. Ele cuida de nós. Nos dias escuros,
lembre-se de que há um Rei no trono, há alguém governando. Nós não fomos deixadas ao acaso,
nossa vida não é uma série de coincidências. Nós estamos sendo regidas por esse Rei. Não há o
que temer.
O rei humilde veio uma vez, viveu a vida que nunca poderíamos viver, serviu-nos, morreu a nossa
morte, mas ressuscitou e está à direita de Deus intercedendo por nós neste exato momento. Ele
prometeu que voltaria. E assim como o Senhor cumpriu sua promessa uma vez, Ele a cumprirá
novamente. Este mundo caído não é o nosso lugar. Nós somos estrangeiras e peregrinas aqui.
Nossa pátria está no céu. Em breve tudo vai passar. E nós reinaremos com Ele para sempre.
Amém!

ORAÇÃO: Senhor Jesus, perdoa-me por muitas vezes pensar apenas em mim mesma, ensina-me
a seguir Teus passos com fidelidade e entrega. Concede-me a graça de ser verdadeira serva. Que
eu possa me importar com as pessoas ao meu redor e amá-las como Tu nos ama. Fortalece-me
para enfrentar os dias escuros, lembrando-me de que és o Rei no trono que governa sobre nossas
vidas com sabedoria e amor. Confio em Tua promessa de retorno e aguardo o dia em que
reinaremos contigo para sempre. Em Teu nome oro. Amém.
Segunda-feira

O REI É SANTO
Purificação do templo
DIA 2
Leitura bíblica: Mateus 21:12-17; Marcos 11:15-19

MARIA EDUARDA KRONE

Após a sua humilde entrada em Jerusalém alguns dias antes da Páscoa, Jesus se dirige ao templo.
Todos os Evangelhos sinóticos narram esse episódio com destaque aos detalhes relevantes à
mensagem de cada escritor. No relato de Marcos, Jesus se dirige ao templo, observa tudo à sua
volta e segue para Betânia com os seus discípulos. No dia seguinte, porém, retorna para
Jerusalém.
No caminho de volta para Jerusalém, Jesus sentiu fome. Isso nos lembra de que, apesar de
também ser Deus, em sua encarnação Jesus foi completamente humano e experimentou na pele
todas as necessidades físicas que sentimos. Ele provou não só o peso dos nossos pecados, mas
também a fadiga, a exaustão e os limites biológicos de viver em um mundo caído.
Ao sentir fome, Jesus avista uma figueira. Ainda não era tempo de figos maduros, mas aquela
árvore apresentava belas folhas, um sinal de que deveria haver pelo menos alguns brotos
comestíveis ali. Ao se aproximar, o Mestre percebeu que não havia nada. A árvore foi amaldiçoada,
pois não cumpriu sua função. Tinha apenas aparência: de longe era agradável aos olhos, mas de
perto só havia galhos e folhas que disfarçavam sua hipocrisia.
Não foi só a figueira que decepcionou. Ao entrar no templo em Jerusalém, Jesus vê um comércio ali
operado. Havia cambistas, vendedores de pombas, pessoas comprando e vendendo. Na época da
festa da Páscoa, o comércio se intensificava, pessoas de todas as regiões próximas e longínquas
iam para Jerusalém. Consequentemente, esses viajantes precisavam trocar dinheiro e comprar os
animais que ofereceriam em sacrifício. O comércio em si não era errado, mas não era para
acontecer dentro do templo. Os sacerdotes e mestres da lei, que deveriam zelar pela casa do
Senhor, estavam prostituindo o que Deus santificou.
Jesus expulsou todos os que estavam ali comprando e vendendo. Isso não agradou nada os chefes
dos sacerdotes, que já estavam armando contra a Sua vida. Diante daquela situação, Cristo
relembra o que está escrito no livro do profeta Isaías: “A minha casa será chamada casa de oração
para todos os povos.” O Mestre estava lembrando que o próprio Deus, muitos anos antes, já havia
instituído determinações a respeito do templo e da adoração que O agrada. O templo não era para
servir de palco para os homens, muito menos de arena para os aproveitadores.
O templo era símbolo da identidade do povo do Senhor, o ponto de encontro de judeus, gentios,
eunucos, mulheres e estrangeiros que, apesar das diferenças, criam no Único Deus. Era o lugar
onde deveria se manifestar o culto sincero e agradável, a comunhão, os sacrifícios, o louvor e a
mais viva adoração a Deus. Entretanto, a casa do Santo estava contaminada. Como orar em meio
ao arrulho de pombas, às vozes elevadas na pechincha do comércio ou ao tilintar das moedas?
Ao retirar toda aquela bagunça do templo, Jesus mostrou que Ele não é apenas um Rei humilde
que entrou em um jumentinho, mas que também é Santo, porque o Pai é Santo. Os sacerdotes e
mestres da lei deveriam zelar pela casa do Senhor, deveriam purificar e consagrar todas as partes
do templo para que dali fluísse o culto agradável a Deus, mas eles não o fizeram. Assim como
aquela figueira amaldiçoada por Jesus, os líderes religiosos tinham apenas boa aparência, mas
eram infrutíferos.
Toda a pomposidade daqueles homens não foi capaz de alcançar os objetivos eternos. Eles haviam
trasformado a obediência a Deus em práticas vazias de uma religião estéril.
Além de ser Rei, Jesus vem como o Sumo Sacerdote que purifica legítima e eficazmente todas as
coisas. Com a autoridade que o Pai Lhe deu, Ele retirou toda a imundícia, bagunça e engano do
templo, e faz isso até hoje na nossa vida. Como filhas de Deus, não podemos viver de aparência,
as belas folhas sem frutos legítimos não Lhe agradam. Samuel ensinou: “Eis que o obedecer é
melhor do que o sacrificar [...]” (1Sm 15:22). É isso que é aceitável.
Minha irmã, esse episódio nos lembra de que a santidade é um atributo de Deus. Como encarnação
do próprio Deus, Jesus Cristo foi Santo. Como imagem e semelhança desse mesmo Deus, nós
também somos chamadas à santidade. Assim como o templo, Deus ama ver nossa vida como uma
casa organizada e o nosso coração zeloso pela Sua presença. Tudo isso, no entanto, só é possível
em Cristo e através de Cristo. Se pode haver santidade em nós, ela não é um sentimento ou um
estado de espírito passageiro. Ela não é resultado dos nossos rasos esforços. Ela é uma pessoa,
Jesus Cristo, o Rei Santo. Ele é o Sumo Sacerdote que purifica as mazelas da nossa alma. Por
isso, coloque cada pedacinho do seu coração pecador diante do Senhor. Ao morrer na cruz, Jesus
pagou o preço dos nossos pecados e confirmou que nos faria cada dia mais parecidas com Ele.
Confie, descanse e experimente atentamente essa verdade.

ORAÇÃO: Senhor Jesus, me ajuda a viver em obediência à Tua Palavra e a crescer em santidade.
Assim como Tu és o modelo e a fonte de toda santidade, oro para que transformes cada parte do
meu ser à Tua imagem. Que eu confie plenamente em Tua obra redentora, descanse em Tua graça
e experimente de forma vívida e consciente minha identidade de filha de um Deus Santo. Capacita-
me, Senhor, a viver segundo a Tua vontade, dedicando-me totalmente a Ti. Em Teu nome eu oro.
Amém
Terça-feira

O REI TEM TODA


AUTORIDADE
Jesus confrontando autoridades religiosas
DIA 3
Leitura bíblica: Mateus 21:23-46; Marcos 12:1-12

EVELYN LIMA

Durante seu ministério terreno, Jesus foi várias vezes perseguido pelos mestres da lei. Eles
tentavam a todo custo pegá-Lo em alguma falha, apareciam sempre com perguntas capciosas para
pô-Lo à prova. Jesus, porém, sempre respondia com sabedoria e discernimento, deixando-os
perplexos e sem argumentos. Sua autoridade e ensinamentos desafiavam as tradições
estabelecidas, e muitas vezes confrontavam a hipocrisia e o modo de vida daqueles homens.
Após entrar triunfantemente em Jerusalém e purificar o templo, Jesus estava ensinando, quando
teve sua autoridade questionada pelos chefes dos sacerdotes e líderes religiosos. Eles Lhe
perguntaram: “Com que autoridade fazes estas coisas? E quem te deu esta autoridade?” (Mt
21:23). Sabemos que essas não eram simples perguntas motivadas por uma necessidade de
conhecer mais acerca de Cristo, mas, sim, de colocá-Lo “contra a parede”, envergonhá-Lo e minar
Sua credibilidade perante o povo.
É importante entendermos que naquela cultura e momento histórico, tudo tinha a ver com
autoridade, e aqueles homens tinham autoridade sobre os judeus. Com a chegada de Jesus,
entretanto, eles sentiram sua autoridade sendo enfraquecida. Assim, poderiam pensar: “Quem esse
homem pensa que é para chegar no nosso território, no meio do nosso povo, ensinando, curando,
expulsando demônios, afugentando cambistas? Na autoridade de quem Ele faz isso?”. Perceba que
a questão não era meramente religiosa, mas política, uma vez que temiam perder o poder sobre o
povo.
O nosso Senhor, com sabedoria e comprovando Sua autoridade divina, em vez de respondê-los
diretamente, faz outra pergunta sobre a origem do batismo de João Batista. Com essa resposta, Ele
os coloca em uma posição delicada, pois se dissessem que o batismo de João era do céu, estariam
contradizendo seu próprio comportamento em relação a João. Mas se dissessem que era dos
homens, enfrentariam a ira do povo, que considerava João um profeta. Jesus ainda conta
parábolas, mostrando como a cegueira e insensatez deles os levavam a rejeitar o Filho de Deus, o
único que poderia salvá-los da altivez e do orgulho.
O verbo encarnado, o Filho do Altíssimo, o Rei Eterno recebeu autoridade do Pai para pregar com
ousadia, para ressuscitar mortos, para curar doentes, para perdoar pecados, para nos mostrar o Pai
e para revelar a verdadeira natureza do Reino de Deus. Sua autoridade não era baseada em títulos
terrenos ou em posições políticas, mas na vontade de Deus Pai.
Em Seu ministério terreno, Jesus expõe apenas uma pequena parcela da Sua verdadeira
autoridade, afinal Ele veio ao mundo como servo. A Palavra de Deus, todavia, diz-nos que Ele foi
exaltado sobremaneira e Deus Lhe deu um nome que é acima de todo nome, para que ao Seu
Santo nome todo joelho se dobre e toda língua confesse que Ele é o Senhor, para a glória de Deus
Pai (Fp 2.9-11). Ele detém todo o poder. Toda a criação está sujeita à Sua autoridade. Dele é o
domínio, dele é a terra e a sua plenitude, nele tudo subsiste. Ele é Rei.
“Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou como cabeça de todas as coisas
para a igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e
qualquer circunstância” (Ef 1:22,23).
Querida irmã, que possamos nos alegrar em saber que o nosso Salvador é dono de toda autoridade
e de todo poder. É um privilégio sermos chamadas de servas e amigas do Rei do Universo, daquele
que é o sustentador de todas as coisas, inclusive do nosso coração. Muitas vezes, por causa da
nossa natureza ainda inclinada ao pecado, nos parecemos na prática com os líderes judeus, somos
rebeldes e rejeitamos a autoridade do nosso Senhor. Que nos arrependamos do nosso orgulho e
incredulidade e apresentemos um coração que se submete à Sua Santa autoridade com alegria.

ORAÇÃO: Senhor Jesus, só Tu és digno de todo o louvor e adoração. Reconheço que muitas
vezes questiono Tua autoridade em minha vida, permitindo que o orgulho e a incredulidade
dominem meu coração. Peço perdão por esses momentos de rebeldia e falta de submissão.
Capacita-me a submeter-me à Tua santa autoridade com alegria e gratidão, abandonando meu
próprio orgulho e confiando plenamente em Teu senhorio sobre minha vida. Que meu coração se
renda completamente à Tua vontade, ó Senhor, e que eu caminhe em obediência diante de Ti,
reconhecendo que és o Rei do Universo, digno de toda honra e glória. Em Teu nome oro. Amém.
Quarta-feira

O REI CHAMA À
COMUNHÃO
A última ceia
DIA 4
Leitura bíblica: Mateus 26.17-30; Marcos 14.12-26

ANGELA ALBARRAL

Um dos momentos em que mais temos comunhão com alguém é quando nos sentamos à mesa. O
momento do alimento é um momento tão precioso, tão enriquecedor na nossa vida... Em alguns
lugares do nosso País, as pessoas só chamam para uma refeição aqueles que já são considerados
amigos próximos, de tão valorizado que é esse momento. Em outras regiões, pessoas
desconhecidas se tornam conhecidas após uma simples xícara de café. Em todos os casos, o
momento das refeições é o que nos aproxima das pessoas.
A Páscoa, para o povo de Deus, também era representada com momentos de comunhão. A
ordenança do Senhor foi que eles fizessem uma refeição com sua família e com o estrangeiro que
estivesse em casa. Eles tinham que ter esse momento de comunhão na época pascal. Os pães
asmos, as ervas amargas e até suas vestimentas eram importantes para esse momento.
Acreditamos que Deus não muda, então Ele reafirma essa comunhão no Novo Testamento. Cristo
chamou os seus amigos mais íntimos à comunhão em um momento de refeição. Ele pediu que eles
preparassem tudo. Os discípulos encontram o burrinho, o local, tudo conforme Jesus havia dito.
Jesus sabia que ali haveria momentos de suma importância. Os discípulos achavam que seria
apenas mais uma Páscoa com Jesus, mas Cristo sabia que era a última.
Um dos momentos importantes foi a indicação do traidor. Judas sabia que iria trair o Messias, pois
momentos antes ele fez um acordo com os sacerdotes, e desde então buscava uma oportunidade
para entregar Jesus (Mt 26:16). Ele mesmo perguntou a Jesus se seria ele quem o trairia, mas
apenas para os discípulos não desconfiarem, e Jesus confirma com “Tu o disseste”. (Mt 26:25).
Esse foi um momento sério na comunhão com Cristo, uma afirmação condenatória, quando Ele
disse que era melhor que o traidor não tivesse nascido, por mais que tudo isso fosse para se
cumprir as Escrituras (Mc 14:21).
Depois disso, enquanto eles comiam, Jesus fez o que sempre fazia ao compartilhar alimentos,
como podemos observar nas multiplicações de pães e peixes: pegou o pão, abençoou, partiu e
distribuiu. Foi esse gesto que fez com que os discípulos do caminho de Emaús reconhecessem
Jesus ressurreto (Lc 24:30,31). Um gesto conhecido, mas com uma afirmação nova: “Tomai, isto é
o meu corpo.” Aquele pão era a representação do corpo de Cristo. A frase e a ação são repetidas
até os dias de hoje, conforme a ordenança de Jesus, para nos lembrarmos desse momento de
comunhão. Por isso, a Santa Ceia é um momento sublime, onde nos lembramos do sacrifício de
Cristo por todos os nossos pecados.
Aquele foi o ápice da ceia. Depois, Jesus pegou o cálice, deu graças e distribuiu aos seus
discípulos com uma nova afirmação importante: “Isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança,
derramado em favor de muitos.” Para entendermos essa afirmação, precisamos voltar nossos olhos
ao texto de Êxodo 24:6-8. O sangue da aliança do Antigo Testamento foi aspergido no altar, depois
disso, as ordenanças do Senhor foram lidas, e, logo após, o sangue foi aspergido no povo. A
afirmação de Moisés foi que aquele sangue era o sangue da aliança que o Senhor havia feito.
No texto de Jeremias 31:31-33, porém, vemos que essa aliança foi anulada, pois o povo não
obedeceu à Lei de Deus.
A nova aliança foi firmada com Cristo, a aliança prometida em Jeremias, imprimindo as leis na
mente e escrevendo-as no coração do povo de Deus. Ele é a nova aliança, é com Ele que temos
comunhão com Deus e é por meio dele que podemos obedecer a Deus. A comunhão com Jesus é o
que nos firma na nova aliança, é a garantia da vida eterna, é o que nos mantém nos caminhos do
Senhor, em obediência à Palavra.
A mesa do Senhor é convidativa, é para os que fazem parte do Corpo de Cristo, sendo Ele a
cabeça. Na mesa, na comunhão com Jesus, encontramos perdão, graça, misericórdia, amor,
bondade, paciência e recomeço. Ansiamos estar na mesa com Cristo, seja com a sua presença em
Espírito, seja na nossa casa Celestial. Amar esse momento, ansiar por ele e valorizá-lo é algo que
deve estar sempre presente nos nossos corações.
A comunhão com Cristo, eterna e real, continua até nos nossos dias, e desfrutaremos dela
plenamente na volta do Senhor. A comunhão é real, viva e edificante em nossa vida. Que
possamos valorizar, amar e ansiar por esse momento.

ORAÇÃO: Senhor Jesus, obrigada por nos proporcionar tão sublime comunhão, obrigada por me
chamar à Tua mesa. É nesse momento de partilha que nos aproximamos uns dos outros e,
especialmente, de Ti. Perdoa-me por vezes não valorizar devidamente esses momentos de
comunhão. Ajuda-me a compreender mais profundamente a importância da Santa Ceia, onde
recordamos Teu sacrifício por nós. Que a mesa do Senhor seja sempre um lugar de renovo e
gratidão. Que eu valorize, ame e anseie por essa comunhão contigo e com meus irmãos cada vez
mais. Em Teu nome oro. Amém.
Quinta-feira

O REI SE
SUBMETE AO PAI
Agonia no Getsêmani e submissão à vontade de Deus
DIA 5
Leitura bíblica: Mateus 26:36-46; Marcos 14:32-42

VILMARA LIMA

A narrativa de Jesus no Getsêmani é talvez uma das em que nós vemos mais claramente a Sua
humanidade. Depois da ceia da Páscoa com seus discípulos, sabendo o que breve Lhe
aconteceria, Ele parte com seu grupo para aquele lugar. Lá Ele ora, e pede que os discípulos
vigiem com Ele.
Nesse episódio nós vemos que Jesus se sente profundamente triste, como Ele mesmo afirma. Ele
se sentiu tomado de pavor, angústia e profunda tristeza (Mc 14.33,34). Veja só: se o próprio Cristo
se sentiu angustiado e triste em um nível que não podemos medir, não há vergonha nenhuma em
nos sentirmos assim diante de circunstâncias adversas. E o melhor de tudo é que Ele pode nos
socorrer em tais circunstâncias, porque Ele sabe o que é sofrer, Ele sabe como nós nos sentimos.
O escritor de Hebreus diz que nós “não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se
das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado”, e, por
isso, podemos nos achegar “com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar
misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4:15,16). Jesus
conhece as nossas dores, as nossas dificuldades. Ele é humano como nós. Ele pode e quer nos
socorrer. Ele oferece descanso para a nossa alma cansada, e refrigério para nosso coração aflito.
O Jesus que ficou angustiado e profundamente triste no Getsêmani pode nos dar alívio.
Esse mesmo Jesus, apesar de sua natureza divina, submeteu-se à vontade do Pai. Nos quatro
Evangelhos, ele demonstra uma atitude de profunda submissão à vontade de Deus. Ele pediu que o
cálice fosse passado, se possível, mas humildemente se curvou à vontade de seu Pai (Mt
26.39,42,44; Mc 14.36,39; Lc 22:42; Jo 18:11). Paulo ratifica essa verdade em Filipenses 2:8,
instruindo os crentes a terem a mesma atitude.
Já ouvi algumas vezes cristãos, em oração, dizendo que não “aceitam” determinada coisa em sua
vida, como uma aflição – todos passamos por elas, não é mesmo? Essa atitude revela uma
ignorância sobre as Escrituras e uma falta de humildade no que diz respeito à vontade de Deus.
Quem somos nós para “aceitar” ou “não aceitar” o sofrimento? Será que estamos mesmo em
posição de dizer a Deus o que nós recebemos e o que não recebemos dele se até Jesus se rendeu
à sua vontade? “Por acaso receberemos de Deus apenas o bem e não também o mal?” (Jó 2.10).
Será que Deus é tão sádico que nos faria sofrer apenas por diversão? Não haveria um bom
propósito no sofrimento? E se há, por que então não o receber com humildade? Não haveria graça
diariamente para se lidar com ele? E se há, por que agimos como se não houvesse?
Precisamos nos lembrar de que, ainda que não entendamos o motivo daquilo que nos acontece,
Deus é soberano. Independentemente das circunstâncias, Ele continua sentado no seu trono. Como
Jesus, precisamos dizer: “Pai, se possível, passa de mim este cálice; não seja, porém, feita a
minha, mas a tua vontade, que é boa, agradável e perfeita.”
Eu sei, minha irmã, que mesmo quando não se trata de sofrimento, é difícil nos submetermos à
vontade de Deus. Especialmente quando essa vontade é contrária à nossa. Queremos ir, mas Deus
nos manda ficar. Queremos aceitar, mas Ele nos manda declinar. Queremos fazer, mas Ele nos
manda esperar.
Se, porém, até o Rei dos reis se submeteu, com humildade, à vontade de Deus, por que nós
também não nos submeteríamos? Não podemos ser orgulhosas a ponto de desprezar e
desobedecer à vontade revelada do Senhor nas Escrituras.
Foi porque Cristo foi obediente à vontade do Senhor que nós temos salvação. Passar pelo que Ele
passou não foi fácil, mas a sua obediência trouxe resultados eternos. Ele confiava em Deus. Ele
sabia que o Senhor estava no controle, e que obedecer, mesmo algo tão difícil, era a melhor opção.
Precisamos ter essa mesma confiança. Deus tem propósito em todas as coisas. Ele reina, é
soberano e está no controle. E, porque Ele controla todas as coisas, nós podemos, humildemente
nos submeter à Sua vontade, como nosso Amado Jesus.

ORAÇÃO: Senhor, reconheço que sou frágil e pecadora, reconheço que falho em me submeter com
alegria à Tua vontade. Mas, Senhor, sei também que em minha fraqueza posso encontrar força em
Ti. Ajuda-me a desejar que a Tua vontade, somente a Tua, prevaleça em minha vida, sabendo que
és soberano e tens um propósito em todas as coisas. Ajuda-me a aceitar humildemente o que Tu
permites em minha vida, confiando que Tua vontade é boa, agradável e perfeita. Em Teu nome oro.
Amém.
Sexta-feira

O REI CUMPRE O
PLANO REDENTOR
Julgamento, crucificação e morte
DIA 6
Leitura bíblica: Mateus 27:11-31; Marcos 15:1-20

LETÍCIA BIN

Jesus tinha que sofrer, tinha que morrer. Durante seu ministério, em várias ocasiões, Ele havia
alertado seus discípulos acerca do sofrimento que lhe adviria (Mt 20:17-19, Mc 8:31, Lc 9:22). Ele
não apenas previu os eventos específicos que lhe aconteceriam, como tinha pleno conhecimento do
propósito redentor de sua morte e ressurreição para o plano de salvação de Deus.
Esse plano foi anunciado pelo Pai logo após a queda: “Estabelecerei inimizade entre você e a
mulher, entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o
calcanhar” (Gn 3:15). Essa passagem é chamada de “proto-evangelho”, e é a primeira promessa
messiânica. Jesus é o descendente da mulher. Ele fere a cabeça de Satanás ao derrotar o mal. O
calcanhar ferido refere-se ao Seu sofrimento na cruz.
Sobre esse evento específico, antes da crucificação, Jesus passou por um “julgamento”. No
capítulo 15 do Evangelho narrado por Marcos, percebemos que Cristo foi levado a Pilatos, um
governador romano, que o interrogou sobre as acusações feitas pelo Sinédrio. Pela leitura,
percebemos que Pilatos não estava convencido dessas acusações, que era nítido que a motivação
da denúncia era a inveja dos líderes religiosos, tanto que o governador sugeriu libertá-lo em
observância ao costume local que ocorria na ocasião da Páscoa. A multidão, contudo, exigiu a
crucificação de Jesus, motivo pelo qual o Pilatos lavou as suas mãos (Mt 27:24) e entregou o
Mestre para ser crucificado pelos soldados romanos. Na sequência, Jesus foi zombado, vestido
com um manto escarlate e uma coroa com espinhos. Ele passou por um espancamento brutal.
Esses acontecimentos também foram profetizados (Sl 22:13-18; 69:20,21). E, por fim, foi levado
para ser crucificado fora da cidade.
Esse relato retrata a maior injustiça já ocorrida em toda a história. Um inocente sendo condenado.
O Justo pelos injustos (1Pe 3:18). O sacrifício de Jesus na cruz, fora dos limites da cidade de
Jerusalém, no Gólgota, é uma referência aos rituais de expiação do Antigo Testamento, nos quais
os animais eram levados para fora do acampamento para serem oferecidos como holocausto, como
oferta pelo pecado do povo (Lv 16:27). Essa correlação é reforçada em Hebreus 13:11,12. O autor
confirma que a morte de Jesus foi uma reencenação daqueles rituais, mas também que Seu
sacrifício foi definitivo e suficiente para tirar os pecados dos que foram resgatados (Hb 9:27).
Observando cada um desses atos, desde a primeira profecia até o momento em que Cristo passou
por imenso sofrimento e depois foi crucificado, fica impossível não nos espantarmos com o plano
redentor do Pai. A razão para tudo isso é bem sintetizada em Gálatas 3.13, passagem em que o
apóstolo Paulo reflete sobre significado da cruz: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se
ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado
em madeiro).”
Portanto, ao se submeter à cruz, Jesus assumiu nosso lugar no julgamento e recebeu a ira de
Deus. Ao se sacrificar como um cordeiro, Ele assumiu a nossa culpa e nos redimiu. Deus tornou
pecado por nós Aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça de Deus (2Co
5:21). Louvado seja o Senhor por tão grande salvação!
ORAÇÃO: Senhor, agradeço por teres sofrido e morrido por mim, Tu que não merecias, mas foi
entregue como um cordeiro mudo em meu lugar. Reconheço que, desde o princípio, o plano
redentor estava em ação, e Tua morte foi o cumprimento desse propósito divino. Perdoa-me por
minhas falhas e pecados, pois sei que Tu assumiste minha culpa na cruz. Louvo-Te por tão grande
e gloriosa graça e salvação. Em Teu nome oro. Amém.
Sábado

SEM O REI HÁ
ESPERANÇA?
O sábado de silêncio
DIA 7
Leitura bíblica: Mateus 27:57-66; Marcos 15:42-47

EVELYN LIMA

Era sábado, mas não um sábado como outro qualquer. Havia tristeza como nunca antes houve.
Não se ouvia o som dos pássaros ou das folhas das árvores dançando com o passar dos ventos. O
mundo parecia estar envolto em trevas, assim como os corações daqueles que seguiam a Jesus. A
desesperança e a incerteza haviam tomado conta dos seus temerosos corações. “Agora tudo está
perdido. Como seguiremos sem o Mestre?”, eles podem ter pensado. Imagine a situação: eles
encontraram o Salvador prometido aos seus pais, eles esperavam a salvação e a liberdade, mas
agora… tudo tinha acabado. O Deus encarnado morreu. Quem nos salvará agora? Quem renovará
a esperança em nossos corações? Como poderemos continuar crendo em todo esse cenário de luto
e escuridão?
Os chefes dos sacerdotes e os fariseus tinham ouvido falar das palavras de Jesus, que afirmava
que ressuscitaria ao terceiro dia. Eles tinham medo de que os seguidores do “impostor” – como o
chamaram – roubassem seu corpo para dar a entender que ele havia ressuscitado. Dessa forma,
Pilatos autorizou que o sepulcro fosse fortemente vigiado até que passasse o terceiro dia. A pedra
do túmulo havia sido lacrada para evitar qualquer tentativa de fraude ou manipulação.
Jesus havia morrido, para alegria dos seus opositores e para tristeza profunda dos seus
seguidores. Se Cristo é a esperança para o pecador, se Ele é o Salvador da humanidade caída, se
o Senhor Jesus veio para libertar os cativos, pregar o evangelho aos pobres, dar visão aos cegos e
liberdade aos oprimidos (Lc 4:18,19), o que será de nós sem Ele?
Querida irmã, nós sabemos o final dessa história, sabemos que por detrás das cortinas o plano
divino estava silenciosamente se desdobrando, e uma glória nunca antes revelada estava prestes a
emergir da escuridão. Mas muitas vezes, em situações adversas, nosso coração é tomado por
semelhante desesperança. Quando isso acontecer, precisamos nos lembrar de que houve um dia
na história humana em que tudo era trevas, mas o Senhor interveio, o Senhor tinha um plano
sublime e, da mesma forma, Ele tem um plano para nossa vida. O sábado de luto não dura para
sempre. Há Esperança em Cristo Jesus. Só nele e apenas por causa dele.

ORAÇÃO: Senhor Jesus, reconheço que só em Ti reside a verdadeira esperança, e sem Ti estou
perdida. Reconheço minha própria fragilidade diante das adversidades da vida e que, por vezes,
meu coração se vê tomado pela desesperança e incerteza. Ajuda-me, Senhor, a lembrar que assim
como o plano divino estava se cumprindo naquela época, Tu também tens um propósito para minha
vida. Que, em meio às dificuldades, eu encontre conforto e confiança em Tua promessa de vida
abundante e eterna. Que meu coração seja fortalecido pela certeza de que o sábado de luto não
dura para sempre, pois em Ti há sempre esperança, e a cada novo dia, as Tuas misericórdias são
renovadas. Em Teu nome oro. Amém.
Domingo

O REI VENCE A
MORTE, RENASCE
A ESPERANÇA
Ressurreição
DIA 8
Leitura bíblica: Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-8

ANGELA ALBARRAL

Ah, aquele domingo! Um dia que começou com desesperança, mas terminou com regozijo e alegria
por saber que o Redentor vive! Logo pela manhã, as mulheres foram ao túmulo onde Jesus estava
para perfumar o corpo que ali jazia. Foram surpreendidas, porém, com algo que mudaria para
sempre sua vida: Jesus não estava lá. No lugar, lá dentro do túmulo, encontraram um jovem vestido
de branco, que lhes disse que o lugar de Cristo estava vazio, pois ele havia ressuscitado. Em cima
da pedra removida, havia um anjo do Senhor, com o aspecto como de um relâmpago e veste
branca. “Vede o lugar onde o tinham posto” (Mc 16:6). “Vinde ver onde ele jazia” (Mt 28:6). A
melhor notícia do domingo era: ele ressuscitou, como havia dito.
O sacrifício foi aceito, os pecados foram perdoados, o véu já havia se rasgado, ali foi confirmada a
nossa plena comunhão com Deus. A ressurreição de Cristo nos mostra que o seu sacrifício não foi
em vão, nos mostra a realidade da vida eterna, a esperança do nosso lar celestial. A esperança
renasce ali, no domingo.
A boa notícia, o evangelho puro e verdadeiro inclui a remissão dos pecados garantida pela
ressurreição de Cristo. Mas uma coisa quero relembrar: a ressurreição deve ser anunciada. A nossa
esperança está em saber que Cristo não permaneceu morto, que o sacrifício único, suficiente e
eficiente pagou pelos pecados dos seus, garantindo a nós a vida eterna. Jesus pede às mulheres
que anunciem a sua ressurreição (Mt 28:10). A esperança deve ser proclamada! Cristo está vivo!
A ressurreição de Cristo é uma das realidades mais negadas que encontramos, mas não podemos
fugir do fato de que é uma realidade. Jesus não está mais morto. Ele foi visto por mulheres que o
seguiam, pelos seus discípulos, por muitas pessoas, ficou mais 40 dias ensinando seus discípulos,
comeu com eles, andou com eles, foi tocado por eles para confirmar e garantir a verdade. Cristo
está vivo! Essa é a esperança que arde em nosso coração, essa é a verdade que devemos
proclamar, esse é o evangelho que devemos anunciar aos quatro cantos da terra: CRISTO ESTÁ
VIVO!
A nossa esperança não é vã, os nossos sofrimentos foram carregados por Ele e os nossos pecados
foram perdoados. Temos vida em Cristo, fomos ligados a Deus, temos a certeza do céu. Cristo é a
nossa esperança!
Que neste domingo, nós nos lembremos mais uma vez do que nos move a permanecermos em
nossa fé: Cristo vive! Aleluia!

ORAÇÃO: O meu Redentor vive, Aleluia! Assim como as Tuas servas foram surpreendidas pela
presença do anjo e pela verdade da ressurreição, também eu sou inundada pela esperança
renovada de que vives e reinas eternamente, meu Senhor. Tua vitória sobre a morte e o pecado é a
fonte da minha própria esperança e alegria. Que eu nunca esqueça a importância de proclamar
essa mensagem de vida e esperança a todos ao meu redor. Que essa boa nova seja sempre o
fundamento da minha fé e a motivação para viver em comunhão contigo e com Tua Igreja. Em Teu
nome oro. Amém.
Jesus vive e reina para sempre. Aleluia!
A morte não pôde derrotá-Lo; tragada foi a morte na vitória de Cristo. E por causa
dEle hoje temos vida e esperança de uma vida por vir. Que essas verdades
frutifiquem em nossos corações e que a expectativa de uma vida eterna com o
nosso Salvador e Senhor, nos leve a viver retamente diante do Rei. Espalhemos
com alegria esta boa nova!
Que o Senhor te abençoe e a use para Sua glória.
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