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Natal, o nascimento de Jesus

O Natal perdeu o seu verdadeiro significado, perdeu o seu verdadeiro propósito. Por isso, estamos nessa
minissérie de mensagem, buscando trazer o verdadeiro significado do Natal e também trazer
ensinamentos vivos presentes na história do nascimento do nosso Salvador.

Essa minissérie está focada no Evangelho de Lucas e Hoje iremos ver o nascimento de Jesus em si.
Olharemos para o Natal, relatado por Lucas, e veremos que o Natal, o nascimento de Jesus, não fala
apenas do nascimento dele em si, mas nos ensina acerca da soberania e da graça de Deus.

Lucas 1.1-7

O Natal nos mostra que Deus é soberano sobre toda a história v.1-3

Esses três versículos nos mostram que, apesar de César Augusto ser o governante naquele império, era
Deus quem estava no controle de todas as coisas. José e Maria, viviam em Nazaré, no entanto, a profecia
acerca do nascimento de Jesus, relatada em Miquéias 5.2, 700 anos antes do nascimento de Jesus,
Miquéias nos diz que o messias nasceria em Belém.

Ou seja, José e Maria estavam em Nazaré, mas Jesus tinha que nascer em Belém.
Então Deus, de forma soberana, usa a caneta de um imperador ímpio, que não conhecia a Deus, para o
cumprimento de Sua vontade. Ele usa o recenseamento para que Sua promessa seja cumprida. Deus não
opera somente usando meios sobrenaturais, Deus não age apenas através de milagres. Isso se chama
Providência de Deus: Deus muda o curso da história, usando meios naturais, a fim de cumprir seus
propósitos.

Deus agiu assim por toda a narrativa bíblica e continua agindo dessa mesma forma, Ele controla o curso
da história e nada foge do Seu controle. No texto de hoje, vemos Deus controlando a mão de um
governante. Apesar de César ser o imperador, era Deus quem estava orquestrando todas as decisões
dele.

Isso traz um ensino muito valioso para nós, pois, em uma sociedade polarizada politicamente, muitas
vezes somos tentados a depositar a nossa confiança em homens e não em Deus. Certa vezes nossos
discursos e atitudes revelam que temos colocado políticos no lugar de Deus.

Muitas vezes esquecemos quem está no controle. Então, esse texto, do nascimento de Jesus, nos mostra
que Deus está acima de tudo, inclusive dos governantes humanos.

O Natal nos ensina que, ainda que os políticos não reconheçam a soberania de Deus, assim como César
não reconhecia, Deus continua sendo Senhor e nada foge do seu domínio.
Avaliando nossas atitudes nas últimas eleições, temos colocado a nossa esperança e confiança em
políticos ou em Deus?

É interessante pensar nas eleições, pois são em momentos assim que revelam a idolatria que há em
nossos corações.

O Natal nos impulsiona a confiar na soberania de Deus em todos os momentos. v.4-5

Vimos Deus sendo soberano na história como um todo, mas também vemos a soberania de Deus agindo
em todas as situações. José e Maria tinham que ir de Nazaré até Belém, o que é uma distância de 130 km.
É a mesma distância daqui para o município de Lajes ou então daqui até o midway multiplicado por 10
vezes.

José e Maria precisaram percorrer toda essa distância, a pé (ou a camelo), com Maria grávida. Com
contrações, estresse, poeira, calor, dificuldade de água etc. Não foi fácil para eles. Era uma situação muito
difícil que eles tiveram que enfrentar para cumprir o decreto do imperador e, acima de tudo, para cumprir a
vontade de Deus.

Momentos difíceis fazem parte da vida, mas a história do nascimento de Jesus, a história do Natal, nos
mostra que a soberania de Deus está presente até em momentos difíceis. Apesar de Maria se submeter a
Deus, ela não estava livre de passar por momentos difíceis.

Essa parte da história do Natal nos mostra que o fato de passarmos por momentos difíceis não anula a
soberania de Deus. Muitas vezes passamos e passaremos por provações em nossa vida, é algo que faz
parte.

Constantemente haverá situações específicas que nos tentará a desistir de cumprir a vontade de Deus,
que nos tentará a não confiarmos em Deus. Nós somos seres humanos tão falhos, o nosso coração é
muito mau… Muitas vezes usamos do cenário político, econômico, sanitário, para nos tentar a nós mesmos
a não confiar em Deus.

A história do Natal, nos mostra que Deus não se preocupa apenas com o todo da história, ele é soberano
também em todas as situações da nossa vida, tanto as boas, como as más. Portanto, o Natal é um convite
a repousar os nossos corações preocupados na soberania do nosso Deus.

Quando paramos para pensar na nossa forma de agir diante de situações difíceis, podemos afirmar
que temos confiado na soberania de Deus?

O Natal, nos mostra o quão grande é a graça soberana de Deus. v.6-7

Aqui chegamos ao ápice da história do Natal, aqui vemos de fato o nascimento de Jesus. E as
circunstâncias que ele nasceu são de chamar a atenção. Afinal, quando hoje em dia quando a gente vai ter
uma criança, tem toda uma movimentação para receber essa criança.
A história do Natal nos mostra que as circunstâncias do nascimento de Jesus são totalmente o sentido
oposto da honra que ele merece. O texto nos diz que Jesus não tinha nem um quarto e nem um berço
apropriado. Não havia lugar na “hospedaria” e o texto nos mostra que Jesus foi colocado em uma
manjedoura, lugar em que animais se alimentavam.

Então, imagine só o quão lamentável era esse ambiente. Cheiro dos animais, do esterco deles,
acompanhado de um parto normal, sangue, suor e grito de Maria. Esse era o cenário do nascimento do
Filho de Deus. Foi nesse cenário que nasceu todo ensanguentado e chorando o Criador do universo.

Pensar no cenário natalino percebemos muito a corrupção humana. Por causa dessa depravação da
humanidade, Jesus foi recebido de forma incoerente com a sua autoridade. Por causa do pecado de Adão
tudo entrou em desordem, o nascimento de Jesus nos mostra isso.

Mas, se esse texto fala da corrupção humana, esse texto também fala da imensa graça de Deus através
de Jesus. Afinal, Jesus veio à terra não por obrigação, mas por um eterno amor e graça. Ele não veio a
terra para condenar a nossa corrupção, mas para nos salvar dela.

Imaginar Deus como um bebê ensanguentado, delicado, chorando, chega a ser perto do inconcebível. Mas
é imaginar ele assim que o texto de filipenses capítulo 2 ganha mais cores. Jesus, sendo Deus, sendo o
ser soberano de todo o universo, com o propósito de nos salvar, com toda humildade e graça, se humilha a
si mesmo, toma forma de homem, nasce em situações terríveis, tudo isso com o propósito de nos dá vida
(Jo 10.10).

Jesus tinha que vir como homem, ele tinha que ser a semente da mulher (Gn 3.15), seria ele que
esmagaria a cabeça da serpente e destruiria todo o mal. E fez isso na Cruz. E para que ele cumprisse a
profecia na cruz, era necessário nascer.

Então, pensar no Natal, comemorar o nascimento de Jesus, deve encher o nosso coração de alegria, pois
o nosso Deus nos amou de uma tal maneira que enviou o seu único filho, para que nós que cremos nele,
não perecesse, mas tivesse a vida eterna.

Entender a graça de Deus através do Natal deve nos impulsionar a fazer durante essas festividades?

Faça a resposta final girar em torno de: gratidão pelo que ele fez, resultando em evangelismo (Jo 17.18),
humildade (Fp 2.4-6) e esperança de um dia voltar cheio de glória.

Conclusão.

Portanto que neste Natal, venhamos lembrar que Deus é soberano sobre todas as coisas, que orquestra
toda a história da humanidade e que nos sustenta nas situações mais difíceis. Além disso, que venhamos
lembrar da nossa corrupção humana e o quão grande é a graça salvadora de Deus.

Que neste Natal, o Espírito Santo aqueça o nosso coração com a esperança de habitarmos para sempre
com nosso Pai Celestial. Mas, também, meus amados, que a lembrança do Natal, do nascimento de
Jesus, não seja apenas um dia, ou apenas um mês, mas que venhamos pensar no Natal durante todos os
nossos dias.

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