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NASCE A ESPERANÇA: OH, VINDE!

ADOREMOS
Lucas 2.1-20

No decorrer das últimas semanas estivemos meditando acerca das promessas


contidas nas Escrituras sobre o salvador que viria resgatar o povo que estava em trevas.
O profeta Isaías afirma isso em seu livro (Is 9.1-2), dando ao povo de Deus esperança de
que apesar de todas as tribulações que poderiam passar chegaria o dia em que o redentor
viria. Fomos alertados que Cristo viria como resposta para o problema do nosso pecado
e que, diga-se: merecíamos todo o sofrimento que passamos e mais, apesar disso, Deus,
em Sua misericórdia, garantiu que Cristo cumprisse aquilo que não poderíamos cumprir.
A esperança enfim foi anunciada pelo anjo Gabriel à Maria, depois a José, e em
pouco tempo o mundo saberia desta boa nova: nasceu a esperança! O salvador esperado
chegou! E repare, para que esse momento chegasse muita coisa aconteceu. Basta lermos
a genealogia de Jesus encontrada em Mateus 1 que podemos destacar nomes que trazem
à nossa memória grandes acontecimentos sem os quais não teríamos o nascimento de
Jesus tal qual se deu.
De maneira que o nascimento de Cristo não é especial por causa desses nomes,
mas esses nomes se tornaram especiais porque estão ligados a Cristo.
A história de Abraão é linda, especial e importante, mas porque está ligada a
Jesus. A história de Davi é notória, mas porque seu torno está ligado a Jesus. A história
de Raabe é impressionante, mas porque está ligada a Jesus. Toda a história passada
antes de Cristo só tem sentido porque encontra seu cumprimento em Cristo. Assim
como toda a história posterior ao seu nascimento, ou mesmo sua ascensão, só encontra
propósito quando parte da pessoa de Jesus Cristo. Amém?
Apesar de dizermos “amém” e concordarmos com a nossa boca eu pergunto: o
que, para você, não pode faltar no natal? O que você poderia dizer que sem o qual não
haveria sentido comemorar esta data? Para alguns a resposta pode ser: “Natal só é natal
se tiver presente”, ou, “Natal só é natal se tiver um banquete com um chester no centro
da mesa”. Para outros o natal só é natal se estiver rodeado da família. Para você, o que
dá sentido ao seu natal?
Confesso que estive refletindo sobre isso e me deparei com uma realidade dura:
o sentido do natal para mim estava no lugar errado. Isso porque eu estava
condicionando o sentido do natal à minha história e não o contrário.
É muito presente em nosso imaginário a figura de um presépio. Maria, José e
alguns animais ao redor da manjedoura com o menino Jesus dentro dela. Essa imagem é
um tanto aconchegante. Acolhedora. Talvez um dos grandes símbolos da união em
família e da simplicidade. E o natal tem essa influência. Traz um senso de reflexão onde
os membros das famílias são tomos por uma atitude perdoadora, todos se reúnem,
confraternizam e celebram a união. Contudo, toda a união celebrada no natal não é o
sentido do natal, mas um dos efeitos causados por ele. Mas há um elemento interessante
nas imagens de presépio que vemos por aí: Cristo está no centro.
Significa dizer que não é a reunião com minha família que dá sentido ao meu
natal, mas o que está no centro desta reunião. Ou melhor, quem está no centro
desta reunião. “Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste.” (Cl 1.17).
Quantas e quantas famílias não se reúnem neste dia, mas com os corações
distantes? Sentam à mesa, mas não há comunhão. Brindam as taças, mas sem
alegria no coração. Precisamos resgatar a centralidade de Cristo em nossas vidas,
bem como na vida das nossas famílias.

1. “[...] enfaixou o menino e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar
para eles na hospedaria” (Lc 2.7)
2. “É que hoje, na cidade de Davi, lhe nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor”
(Lc 2.11)
3. “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele
quer bem” (Lc 2.14)

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