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50 Esboços de sermões expositivos em Jeremias

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BOAS VINDAS!
Bem-Vindo ao E-Book "50 Esboços de Sermões em Jeremias"

Caro leitor,

É com grande alegria e profundo senso de propósito que lhe


apresentamos este e-book, "50 Esboços de Sermões em Jeremias".
Este trabalho foi cuidadosamente preparado para ser um recurso
valioso e inspirador para pregadores, estudantes da Bíblia, líderes
espirituais e todos aqueles sedentos por uma compreensão mais
profunda das ricas mensagens contidas no livro do profeta
Jeremias.

Jeremias, conhecido como o "profeta chorão", oferece um tesouro


de lições espirituais, advertências divinas e promessas de
restauração que são tão relevantes hoje quanto eram na sua época.
Seu chamado à volta à fidelidade a Deus, sua paixão inabalável
pela verdade e sua perseverança em meio às adversidades fornecem
um modelo poderoso para a vida cristã.

Ao mergulhar nestes 50 esboços, você encontrará uma variedade


de temas abrangendo julgamento, esperança, arrependimento e
renovação. Cada esboço é projetado para não apenas expor o texto
bíblico de forma fiel, mas também para aplicá-lo de maneira prática
à vida cotidiana. Nosso objetivo é que este e-book sirva como uma
ferramenta para aprofundar sua compreensão da palavra de Deus,
enriquecer sua vida de oração e aprimorar sua habilidade em
compartilhar mensagens que tocam o coração e transformam vidas.

2
Convidamos você a explorar as páginas deste e-book com um
coração aberto e uma mente disposta a ser moldada pela palavra do
Senhor. Que o Espírito Santo ilumine sua leitura, estudo e
pregação, e que você seja fortalecido e encorajado para enfrentar
os desafios diários, sabendo que "O Senhor é a nossa justiça"
(Jeremias 23:6).

Que este e-book seja um farol de esperança e um guia para o


crescimento espiritual à medida que você caminha com Deus.
Estamos entusiasmados por fazer parte de sua jornada espiritual e
oramos para que cada esboço o inspire a viver e pregar com
convicção e graça divina.

Com apreço e orações,

Welliton Alves Dos


Santos

3
AVISO!
Aviso de Antipirataria

Caro leitor,

Ao iniciar sua jornada através deste e-book, gostaríamos de chamar


sua atenção para um assunto de suma importância: a pirataria
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também desvaloriza o esforço intelectual e a dedicação investidos
na criação desta obra.

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autorizada, distribuição, compartilhamento ou reprodução deste
material, seja em partes ou em sua totalidade, sem a expressa
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as riquezas contidas neste livro com outros. No entanto,
encorajamos que isso seja feito através dos meios legais,
incentivando amigos, familiares e colegas a adquirirem suas
próprias cópias. Isso não apenas respeita a lei e os direitos dos
criadores, mas também apoia o ministério e possibilita a criação de
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4
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você está contribuindo para o sustento dos autores e editores que
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e transforma vidas. Seu apoio é crucial para que possamos
continuar a oferecer materiais de qualidade que enriquecem a
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Agradecemos sinceramente por sua compreensão e cooperação.


Que sua experiência com este e-book seja profundamente
enriquecedora e abençoada.

Com gratidão,

Welliton Alves

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SERMÃO-01:
A VISÃO DO HOMEM CHAMADO POR DEUS

TEXTO BASE:
Jeremias 1:11-12

Exegese Bíblica:
Jeremias e a Vara de Amendoeira (Jeremias 1:11-12)

A visão da vara de amendoeira que Jeremias reporta a Deus é


profundamente simbólica na tradição judaico-cristã. A amendoeira,
sendo uma das primeiras plantas a florir no final do inverno,
simboliza a vigilância e a promessa da chegada da primavera. No
contexto bíblico, a resposta de Deus a Jeremias — "Viste bem;
porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir" — enfatiza
a natureza atenta e fiel de Deus em relação às Suas promessas. A
palavra hebraica para "amendoeira" (ֵ‫קׁש‬ ָ ֵ‫ד‬, shaqed) é
foneticamente semelhante à palavra para "vigiar" (ֵ‫קׁש‬ָ ֵ‫ד‬, shaqad),
jogando com a ideia de que Deus está ativamente envolvido e
vigilante sobre a realização de Sua palavra. Esta visão não apenas
confirma o chamado profético de Jeremias, mas também serve
como um lembrete para todos os crentes da prontidão e fidelidade
de Deus em cumprir Suas promessas.

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, nós vamos aprender sobre a visão do homem
chamado por Deus.

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O Senhor pergunta ao profeta Jeremias: “Que é que vês, Jeremias?”
Então, Jeremias respondeu ao Senhor: “Vejo uma vara de
amendoeira. E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo
sobre a minha palavra para a cumprir.” O homem chamado por
Deus precisa ter visão das coisas de Deus. O Senhor elogiou a visão
de Jeremias, dizendo: “Viste bem.” Que o Senhor possa dizer o
mesmo para os profetas e líderes do nosso tempo.

A noção de visão, dentro do contexto bíblico, transcende a mera


capacidade de enxergar o mundo físico; ela adentra o domínio
espiritual, servindo como um pilar para a compreensão e a
execução do propósito divino na vida dos escolhidos por Deus. A
interrogação divina a Jeremias, "Que é que vês, Jeremias?", e a
subsequente revelação da vara de amendoeira, não apenas
simbolizam a vigilância constante de Deus sobre Sua palavra e
promessas, mas também delineiam um paradigma para o
entendimento do que significa ser um homem ou mulher chamados
por Deus. Neste diálogo íntimo entre Criador e profeta, desvenda-
se uma dimensão profunda de comunhão e revelação, onde a visão
espiritual se torna o veículo através do qual a vontade divina é
manifestada e reconhecida.

Dentro desta esfera de comunicação divina, cada figura bíblica que


experimentou uma visão espiritual profunda — de Moisés diante
da sarça ardente a João e suas apocalípticas visões do fim dos
tempos — não apenas recebeu revelações específicas acerca do
propósito divino para si e para o povo de Deus, mas também uma
compreensão mais ampla de como Deus interage com Sua criação.
Estes momentos de revelação não são meramente episódicos, mas
marcam uma transformação no trajeto de vida do indivíduo
chamado, equipando-o com uma percepção espiritual aguçada,
capacitando-o a liderar, guiar e inspirar segundo os desígnios
divinos.

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Nesta introdução, ao explorarmos a visão do homem chamado por
Deus através das narrativas bíblicas, nos propomos a mergulhar
numa jornada que não apenas celebra a fidelidade e vigilância de
Deus em cumprir Suas promessas, mas também enfatiza a
importância da visão espiritual ampliada para o cumprimento da
missão divina na terra. Esse entendimento profundo nos desafia a
olhar além do tangível, a reconhecer a mão de Deus em movimento
e a responder ao Seu chamado com fé, coragem e uma visão
espiritual clara.

I. OS PASTORES DO CORAÇÃO DE DEUS


1. Ao falar de pastores segundo o coração de Deus, imediatamente
nos vem a memória, Davi — o homem segundo o coração de Deus
(At 13.22).
2. De acordo com 1Sm 16.11, quando o profeta Samuel chegou na
casa de Jessé, Davi estava no campo apascentando as ovelhas de
seu pai. Davi, era, um pastor dedicado e trabalhador.
3. De acordo com 1Sm 16.13, após a unção que recebeu do profeta
Samuel, daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou da
vida de Davi. Portanto, Davi era um homem revestido do Espírito
Santo.
4. De acordo com 1Sm 16.18, Davi era um homem forte e valente
e homem de guerra. Portanto, Davi era um homem preparado para
vencer as batalhas da vida.
5. De acordo com 1Sm 16.18, Davi era sisudo em palavras e o
Senhor era com ele. Portanto, Davi era bom de oratória e desfrutava
da presença do Senhor na sua vida.
• A Prontidão de Deus: Assim como a amendoeira é rápida em
florescer, Deus é rápido em agir. Este subtópico explora a
natureza pronta e ativa de Deus em responder e cumprir Suas
promessas.

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• A Vigilância Divina: A visão de Jeremias nos lembra que,
como crentes, devemos estar vigilantes em nosso caminho
espiritual, sempre atentos às manifestações e orientações
divinas.
• O Chamado à Fidelidade: A confirmação da visão de Jeremias
reforça a importância da fidelidade ao chamado de Deus,
encorajando os líderes espirituais a permanecerem fiéis em
seu ministério.

II. PASTORES COM CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA


1. Os pastores segundo o coração de Deus, possuem conhecimento
e inteligência (Sl 37.30; Ml 2.7).
Deus deu a Salomão sabedoria, grandíssimo entendimento e larga
inteligência como a areia que está na praia do mar (1Rs 4.29).
2. Em At 20.27, Paulo afirma aos obreiros de Éfeso: “porque nunca
deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus”. Pastores
inteligentes possuem capacidade para ensinar ao povo todo o
desígnio de Deus!
3. Em Cl 1.28, Paulo afirma que o obreiro deve ensinar a todo
homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo
homem perfeito em Cristo.
4. Em Cl 1.9, Paulo ainda escreve que nós devemos transbordar de
pleno conhecimento da vontade de Deus, em toda a sabedoria e
inteligência espiritual.
5. Em 2Pe 3.18, o apóstolo Pedro escreve, dizendo: “A ele seja dada
a glória, assim agora como no dia da eternidade.”

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• Além do Horizonte Visível: Inspirado por Gênesis 13:14-15,
este subtópico enfatiza a importância de olhar além das
circunstâncias imediatas, vislumbrando o potencial infinito
do plano divino.
• A Visão da Águia: Referenciando Jó 39:28-29, discute-se a
necessidade de uma perspectiva elevada e de longo alcance
na missão cristã, simbolizada pela visão aguçada da águia.
• Compreendendo as Dimensões do Amor Divino: Com base
em Efésios 3:18, explora-se a profundidade, altura, largura e
comprimento do amor de Cristo, incentivando os crentes a
expandir sua compreensão e vivência do amor divino.

CONCLUSÃO
Os pastores segundo o coração de Deus, são aqueles que
apascentam o rebanho com conhecimento e com inteligência. São
aqueles que ensinam ao povo com sabedoria; são aqueles que
sabem se conduzir de forma prudente diante de Deus e dos homens.

À medida que concluímos nossa reflexão sobre a visão do homem


chamado por Deus, torna-se evidente que a capacidade de ver além
do imediato, de enxergar o divino nas entrelinhas da existência
humana, é uma dádiva que transcende a compreensão ordinária.
Através das sagradas escrituras, somos testemunhas de como a
visão espiritual foi fundamental para líderes, profetas e servos de
Deus, guiando-os em suas jornadas, fortalecendo suas missões e
ampliando os horizontes do Reino de Deus na Terra.

Estes relatos não apenas nos inspiram, mas também nos instigam a
buscar uma comunhão mais profunda com o Criador, na
expectativa de que nossos olhos espirituais sejam abertos e nossa
percepção seja ampliada.

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Este chamado à visão ampliada, ilustrado tão vividamente por
figuras como Moisés, Isaías, Paulo e João, nos lembra de que a obra
de Deus é vasta e multifacetada, requerendo de nós uma disposição
para olhar além do visível, para perceber o invisível e para agir de
acordo com as promessas divinas que se estendem além do nosso
entendimento imediato. O exemplo da vara de amendoeira na visão
de Jeremias simboliza a prontidão e vigilância de Deus em cumprir
Sua palavra, servindo como um lembrete perpétuo de que estamos
sob o olhar atento do Divino, chamados a confiar e a agir segundo
Sua vontade revelada.

Portanto, que este estudo nos motive a cultivar uma visão espiritual
que transcenda as limitações humanas, inspirando-nos a enxergar
com os olhos da fé o agir de Deus em nossas vidas e no mundo ao
nosso redor. Que possamos ser como Jeremias, atentos e
responsivos à voz de Deus, prontos para ver e para participar da
manifestação do Seu reino na Terra. Que nossa visão seja sempre
ampliada pelo colírio espiritual da Palavra, guiando-nos em nossa
jornada de fé, amor e serviço ao próximo, na gloriosa expectativa
do futuro que Deus tem preparado para aqueles que O amam.

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SERMÃO-02
TEMA:
O SIGNIFICADO ESPIRITUAL DOS ESPINHOS

TEXTO BASE:
JEREMIAS 4:03

Exegese Bíblica do Texto Base:


O profeta Jeremias usa a metáfora dos espinhos para simbolizar as
dificuldades, tentações e consequências do pecado na vida
espiritual dos crentes. Este simbolismo de espinhos remonta à
consequência do pecado original em Gênesis, onde a terra foi
amaldiçoada para produzir espinhos e abrolhos, refletindo as
adversidades e desafios decorrentes da desobediência humana a
Deus. Jeremias, ao aconselhar "não semearmos entre os espinhos",
está enfatizando a importância de cultivarmos nossas vidas e
corações longe das influências nocivas e pecaminosas, garantindo
assim que a Palavra de Deus possa frutificar em nós sem
impedimentos.

INTRODUÇÃO:
Neste texto sagrado, o profeta Jeremias nos aconselha a lavrarmos
o campo e não semearmos entre os espinhos. O “espinho” é
símbolo das más influências e nos ensina lições morais e espirituais
importantes. Tudo o que está escrito nas Escrituras Sagradas foi
deixado por Deus para o nosso aprendizado na vida cotidiana e
espiritual.

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Os espinhos nasceram junto com o pecado humano. Os espinhos
representam os embaraços que enfrentamos em consequência da
própria existência do mal no mundo. Porém podemos vencer os
“espinhos da vida” por intermédio da nossa obediência à Palavra
de Deus. Vejamos:

I. A Origem e Significado dos Espinhos nas Escrituras


Gênesis 3:18 - A Maldição do Pecado
a. Consequência Direta do Pecado: A terra produzirá espinhos
como resultado direto da desobediência de Adão e Eva,
simbolizando as dificuldades trazidas pelo pecado.
b. Adversidade na Vida Humana: Representa as lutas diárias e os
desafios que enfrentamos em um mundo caído.
c. Necessidade de Trabalho Árduo: O cultivo da terra entre
espinhos requer esforço e perseverança, paralelo ao nosso
crescimento espiritual em meio às provações.

Mateus 13:22 - A Parábola do Semeador


a. Cuidados deste Mundo: Os espinhos simbolizam as distrações e
preocupações terrenas que sufocam o crescimento espiritual.
b. Sedução das Riquezas: A avidez material pode desviar os crentes
do caminho da retidão.
c. Fé Sufocada: Sem espaço para crescer, a semente da Palavra de
Deus não pode frutificar plenamente nos corações.

2 Coríntios 12:7 - O Espinho na Carne de Paulo


a. Humildade Forçada: O espinho na carne de Paulo serve como
um lembrete constante de sua dependência de Deus, evitando o
orgulho.

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b. Força na Fraqueza: A fraqueza física ou espiritual nos lembra da
força que encontramos em Cristo.
c. Graça Suficiente: A resposta de Deus a Paulo, "Minha graça te
basta", ressalta que, apesar das lutas, a graça divina é sempre
suficiente.

CONCLUSÃO:
Que possamos pedir ao Senhor que nos guarde dos espinhos deste
mundo e nos ajude a nos desvencilharmos de todo embaraço do
pecado que tão de perto nos rodeia (Hb 12.1).

Através do simbolismo dos espinhos, a Bíblia nos ensina


importantes lições sobre as adversidades e desafios que
enfrentamos no mundo espiritual e físico. Os espinhos são um
lembrete constante da presença do pecado e de suas consequências,
mas também servem como um chamado à vigilância, à
perseverança e à dependência de Deus. Ao compreender o
significado espiritual dos espinhos, somos encorajados a cultivar
nossas vidas longe das influências nocivas e a buscar um terreno
fértil para que a Palavra de Deus frutifique em nós. Que possamos,
como aconselhado por Jeremias, lavrar o campo de nossos
corações, evitando semear entre espinhos, para que possamos
produzir frutos abundantes para o Reino de Deus.

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SERMÃO-03
TEMA:
PASTORES SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS

TEXTO BASE:
Jeremias 3:15

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, Deus promete dar ao seu povo pastores
segundo o seu coração. É o Senhor quem comanda e orienta o
ministério da sua amada Igreja. Os dons ministeriais são
concedidos à Igreja pelo próprio Deus. É Deus quem levanta os
pastores para apascentar o seu rebanho.

A promessa divina de prover pastores segundo o coração de Deus,


conforme expressa nas Sagradas Escrituras, não somente sublinha
a importância do papel pastoral na Igreja, mas também estabelece
critérios divinos para aqueles que são chamados para tal ministério.
Esta promessa, ancorada na convicção de que Deus mesmo
qualifica e equipa os líderes espirituais, revela a profunda relação
entre a liderança eclesiástica e a vontade divina, enfatizando a
essência do verdadeiro pastoreio sob a perspectiva de Deus.

Ao considerar Davi, um homem descrito nas Escrituras como


"segundo o coração de Deus" (Atos 13:22), observamos um
paradigma para os pastores.

15
Davi, antes de sua unção como rei, cuidava das ovelhas de seu pai
no campo, um símbolo poderoso do cuidado pastoral. Este papel
inicial como pastor físico das ovelhas prenunciou seu futuro papel
como pastor de Israel, guiando, protegendo e cuidando do povo de
Deus. Sua dedicação, coragem e dependência do Espírito do
Senhor (1 Samuel 16:13) são qualidades essenciais que definem
um pastor segundo o coração de Deus.

A unção do Espírito Santo sobre Davi não somente o capacitou para


liderança e batalhas físicas, mas também o revestiu com sabedoria,
eloquência e uma íntima comunhão com Deus. Estas características
são vitais para o ministério pastoral, uma vez que um pastor deve
ser forte e valente nas batalhas espirituais, habilidoso na palavra, e
constantemente em presença e comunhão com o Senhor.

Além disso, o conhecimento e a inteligência são aspectos cruciais


para o pastoreio eficaz. Salomão, outro líder bíblico notável, é
lembrado por sua sabedoria e entendimento incomparáveis, dados
por Deus (1 Reis 4:29). Esta sabedoria divinamente concedida é
fundamental para os pastores, a fim de que possam ensinar, orientar
e apresentar todos os homens perfeitos em Cristo (Colossenses
1:28). O apóstolo Paulo, por sua vez, destaca a importância do
pleno conhecimento da vontade de Deus, equipando os pastores
para ministrar com sabedoria e inteligência espiritual (Colossenses
1:9).

I. OS PASTORES DO CORAÇÃO DE DEUS


1. Ao falar de pastores segundo o coração de Deus, imediatamente
nos vem a memória, Davi — o homem segundo o coração de Deus
(At 13.22).

16
2. De acordo com 1Sm 16.11, quando o profeta Samuel chegou na
casa de Jessé, Davi estava no campo apascentando as ovelhas de
seu pai. Davi, era, um pastor dedicado e trabalhador.
3. De acordo com 1Sm 16.13, após a unção que recebeu do profeta
Samuel, daquele dia em diante, o Espírito do Senhor se apossou da
vida de Davi. Portanto, Davi era um homem revestido do Espírito
Santo.
4. De acordo com 1Sm 16.18, Davi era um homem forte e valente
e homem de guerra. Portanto, Davi era um homem preparado para
vencer as batalhas da vida.
5. De acordo com 1Sm 16.18, Davi era sisudo em palavras e o
Senhor era com ele. Portanto, Davi era bom de oratória e desfrutava
da presença do Senhor na sua vida.

II. PASTORES COM CONHECIMENTO E INTELIGÊNCIA


1. Os pastores segundo o coração de Deus, possuem conhecimento
e inteligência (Sl 37.30; Ml 2.7). Deus deu a Salomão sabedoria,
grandíssimo entendimento e larga inteligência como a areia que
está na praia do mar (1Rs 4.29).
2. Em At 20.27, Paulo afirma aos obreiros de Éfeso: “porque nunca
deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus”. Pastores
inteligentes possuem capacidade para ensinar ao povo todo o
desígnio de Deus!
3. Em Cl 1.28, Paulo afirma que o obreiro deve ensinar a todo
homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo
homem perfeito em Cristo.
4. Em Cl 1.9, Paulo ainda escreve que nós devemos transbordar de
pleno conhecimento da vontade de Deus, em toda a sabedoria e
inteligência espiritual.
5. Em 2Pe 3.18, o apóstolo Pedro escreve, dizendo: “A ele seja dada
a glória, assim agora como no dia da eternidade.”

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CONCLUSÃO
Os pastores segundo o coração de Deus, são aqueles que
apascentam o rebanho com conhecimento e com inteligência. São
aqueles que ensinam ao povo com sabedoria; são aqueles que
sabem se conduzir de forma prudente diante de Deus e dos homens.

Conclui-se que os pastores segundo o coração de Deus são aqueles


escolhidos e capacitados por Ele, marcados por uma profunda
relação com o Espírito Santo, coragem, sabedoria, e um
compromisso inabalável de nutrir, proteger e guiar o rebanho de
Deus. Eles são instrumentos através dos quais Deus apascenta Sua
Igreja, garantindo que a liderança seja uma extensão de Seu próprio
coração e vontade. Portanto, a promessa divina de prover tais
líderes espirituais é um lembrete do amor constante de Deus por
Sua Igreja e da Sua providência em sustentá-la através de homens
e mulheres que Ele próprio qualificou e chamou para esse sagrado
ofício.

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SERMÃO-04
TEMA:
TIPOS DE HOMENS QUE DEUS PROCURA PARA USAR

TEXTO BASE:
JEREMIAS 5:01

INTRODUÇÃO
Este texto sagrado revela um período sombrio na história de Israel
em que havia uma grande escassez de homens comprometidos com
a justiça e a verdade. Então, o Senhor Deus faz um desafio ao
profeta Jeremias, para que verificasse com muita precisão se, por
acaso, existia em Jerusalém esta qualidade de homens para Deus
usar. Sendo assim, gostaria de destacar nesta mensagem, quatro
tipos de homens que Deus procura para usar.

I. HOMENS FIÉIS
1. O primeiro tipo de homem que Deus procura para usar é o
homem que é fiel. No Sl 101.6, o Senhor fala através da boca de
Davi, dizendo: “Os meus olhos procurarão os fiéis da terra, para
que estejam comigo; o que anda num caminho reto, esse me
servirá.”
2. No Sl 12.1, reconhecendo a escassez de homens fiéis no seu
tempo, o salmista diz: “Salvanos, SENHOR, porque faltam os
homens benignos; porque são poucos os fiéis entre os filhos dos
homens.” Em Pv 28.20, Salomão escreve: “O homem fiel abundará
em bênçãos”. Portanto, vale a pena ser fiel.

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3. Em Dt 7.9, a Bíblia diz: “Saberás, pois, que o SENHOR, teu
Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia
até mil gerações aos que o amam e guardam os seus
mandamentos.” Sendo um Deus fiel, o mínimo que ele exige dos
seus servos é que sejam fiéis (1Co 4.1-2).

II. ADORADORES VERDADEIROS


1. O segundo tipo de homem que Deus procura para usar é o
adorador verdadeiro. Em Jo 4.23, Jesus disse: “Mas a hora vem, e
agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em
espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o
adorem.”
2. Em Jó 35.13, a Bíblia diz: “Certo é que Deus não ouvirá a
vaidade, nem atentará para ela o Todo Poderoso.” No Sl 29.2, está
escrito: “Dai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; adorai o
SENHOR na beleza da sua santidade.”
3. No Sl 27.4, Davi disse: “Uma coisa pedi ao SENHOR e a
buscarei: que possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da
minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR e aprender
no seu templo.” Davi era um verdadeiro adorador!

III. HOMENS QUE PRATIQUEM A JUSTIÇA


1. O terceiro tipo de homem que Deus procura para usar é aquele
que pratica a justiça.
2. Em Dt 16.20, Moisés escreve, dizendo: “A justiça, somente a
justiça seguirás, para que vivas e possuas em herança a terra que te
dará o SENHOR, teu Deus.” Em Pv 15.9, Salomão afirma que o
Senhor ama o que segue a justiça.

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3. Em Mq 6.8, o profeta Miqueias escreve, dizendo: “Ele te
declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o SENHOR pede
de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes
humildemente com o teu Deus?”

IV. HOMENS QUE BUSQUEM A VERDADE


1. O quarto tipo de homem que Deus procura para usar é aquele
que busca a verdade. No Sl 15.2, a Bíblia diz que o verdadeiro
cidadão dos céus é: “Aquele que anda em sinceridade, e pratica a
justiça, e fala verazmente segundo o seu coração.”
2. Em Pv 12.17, Salomão afirma: “O que diz a verdade manifesta
a justiça, mas a testemunha falsa engana.”
3. Em Dt 32.4, Deus é a verdade. Em Jo 14.6, Jesus é a verdade.
Em Jo 14.17, O Espírito Santo é o Espírito da verdade. Em Jo
17.17, a Palavra de Deus é a verdade. Em 1Tm 3.15, “a igreja do
Deus vivo é a coluna e firmeza da verdade”. Portanto, um Deus
verdadeiro, que tem um Filho verdadeiro, um Espírito verdadeiro,
uma Palavra verdadeira e uma igreja verdadeira, o mínimo que
pode exigir dos seus servos, é que também sejam verdadeiros.
Aleluia!

CONCLUSÃO
No meio de uma geração corrompida e perversa, Deus está em
nossos dias procurando para usar em suas mãos: homens fiéis,
homens que o adorem de forma verdadeira, homens que pratiquem
a justiça, e homens que busquem a verdade.

21
SERMÃO-05
TEXTO BASE:
MELHORAI OS VOSSOS CAMINHOS

TEXTO BASE:
JEREMIAS 7:3

Exegese de Jeremias 7:3


Jeremias 7:3 é um chamado divino ao arrependimento e à
renovação espiritual, onde Deus, através do profeta Jeremias,
adverte o povo de Judá e Jerusalém a reformar seus caminhos e
ações para garantir sua permanência na terra prometida. A ênfase
está na transformação do comportamento e na fidelidade a Deus,
em vez de confiar na mera presença do templo como um talismã
contra o desastre. Este versículo é parte de uma crítica mais ampla
às práticas religiosas vazias e à falsa segurança depositada nas
estruturas religiosas, apontando para a necessidade de uma fé
genuína e de um compromisso vivencial com os mandamentos
divinos.

INTRODUÇÃO:
Neste texto sagrado, Deus aconselha o povo a emendarem os seus
caminhos. “Melhorar o caminho” aqui significa realinhar o
percurso e retornar à rota perdida. O “caminho” pode ser definido
como o percurso que o homem faz entre a origem e o destino. O
caminho é sinônimo de estrada, trilho e vereda. Há caminhos que
são emendados com pontes sobre rios e abismos.

22
Porém, quando a ponte quebra, a rota é desviada para uma outra
estrada ou por um outro caminho. Entretanto, Deus manda o povo
desviado consertar a ponte, e emendar o caminho, retornando à rota
inicial. Vejamos:

I. A Necessidade de Arrependimento Genuíno


a. Reconhecimento do Pecado (1 João 1:9): Admitir os pecados é o
primeiro passo para a restauração da comunhão com Deus.
b. Mudança de Comportamento (Atos 26:20): O verdadeiro
arrependimento se manifesta através de uma transformação visível
na conduta.
c. Frutos dignos de arrependimento (Mateus 3:8): Deve-se
evidenciar a mudança através de atos que reflitam a nova
orientação de vida.

II. O Caminho do Senhor


a. Andar na Luz (1 João 1:7): Viver de maneira transparente e
honesta, em conformidade com os ensinamentos de Deus.
b. Obediência aos Mandamentos (João 14:15): O amor a Deus se
demonstra pela obediência aos Seus mandamentos, refletindo o
desejo de agradá-Lo.
c. Guiados pelo Espírito (Gálatas 5:25): Viver segundo o Espírito
significa submeter-se à Sua direção e frutificar em conformidade
com a vontade divina.

III. A Promessa de Restauração


a. Cura e Perdão (2 Crônicas 7:14): A humildade e o retorno a Deus
conduzem ao perdão dos pecados e à cura espiritual e física da
terra.

23
b. Renovação da Aliança (Jeremias 31:33): Deus promete escrever
Sua lei nos corações do povo, garantindo uma relação mais íntima
e duradoura.
c. Bênçãos de Obediência (Deuteronômio 28:1-14): A obediência
aos mandamentos de Deus desencadeia uma corrente de bênçãos e
prosperidade.

CONCLUSÃO
Em Jeremias 7:3, o apelo de Deus para "melhorar os vossos
caminhos" ressoa como um lembrete perene da importância de
alinhar nossas vidas com os Seus preceitos. Através do
arrependimento genuíno, da caminhada obediente no caminho do
Senhor, e da adesão à Sua promessa de restauração, somos
convidados a experimentar a plenitude da vida sob a bênção divina.
Este chamado ao arrependimento e à renovação não é apenas um
mandamento antigo, mas uma exortação contínua para todos os que
buscam viver de acordo com o coração de Deus.
Em 2Cr 7.14, Deus apresenta o remédio para o povo que se
converte dos seus maus caminhos e retorna à sua rota original,
dizendo: “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se
humilhar, e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus
maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus
pecados, e sararei a sua terra.”

24
SERMÃO-06
TEMA:
AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DA CEGONHA

TEXTO BASE:
JEREMIAS 8-07

Exegese do texto:
Examinando Jeremias 8:7, onde se destaca o conhecimento
instintivo da cegonha sobre suas estações migratórias, podemos
extrair lições profundas sobre a percepção e obediência espirituais
que muitas vezes faltam ao povo de Deus. A cegonha, nesta
passagem, emerge não apenas como uma criatura de hábitos
migratórios precisos, mas também como um símbolo do
entendimento e da resposta apropriada às mudanças e estações da
vida, algo que o povo escolhido de Deus frequentemente
negligencia em relação aos mandamentos e ao juízo divinos.

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, o Senhor elogia o conhecimento que a
cegonha possui das estações para advertir a falta do conhecimento
do seu povo em relação ao juízo do Senhor. A “cegonha” é símbolo
de afeição, nos ensina outras lições importantes. As cegonhas são
aves que têm hábitos migratórios. Estes pássaros têm grande porte,
o qual atinge uma escala que se situa entre 95 e 105 cm de extensão,
1 metro de altura e 3 kg de peso.

25
As cegonhas produzem sons originais ao dar pequenas pancadas
com os bicos, ação que se denomina gloterar. Esta ave acasala com
um único parceiro, sendo fiel a ele.

I. A Fidelidade da Cegonha
• Parceria Única: A cegonha exemplifica a fidelidade ao manter
um único parceiro por toda a vida, refletindo a importância
da lealdade e do compromisso inabalável dentro das relações
humanas, especialmente no matrimônio, como ensinado em
Malaquias 2:15 e 1 Coríntios 7:2.
• Cuidado Parental: As cegonhas demonstram um excepcional
cuidado parental ao protegerem seus filhotes sob suas asas
durante tempestades, simbolizando o amor protetor que os
pais devem ter por seus filhos, um amor que espelha o
cuidado de Deus por Seu povo, conforme ilustrado em
Salmos 91:4.
• Comunicação Única: O ato de gloterar, uma forma de
comunicação entre as cegonhas, pode nos lembrar da
importância da comunicação clara e eficaz dentro das
famílias e da comunidade de fé, promovendo a unidade e a
compreensão mútua.

II. A Migração Consciente


• Conhecimento das Estações: A habilidade da cegonha em
reconhecer as estações e migrar adequadamente destaca a
necessidade de estar atento aos tempos e estações espirituais
da vida, conforme Deus orienta em Isaías 30:21.
• Adaptação às Mudanças: As cegonhas adaptam seus ninhos
às mudanças ambientais, o que pode nos ensinar sobre a
resiliência e a capacidade de adaptar-se às mudanças na vida
espiritual e na jornada de fé.

26
• O Instinto de Agrupar-se: Observar cegonhas agrupando-se
para migrar pode inspirar os crentes a valorizar a comunidade
de fé como um recurso para apoio, encorajamento e
crescimento espiritual, enfatizando a importância do corpo de
Cristo.

III. A Proteção Divina Simbolizada


• Deus como Protetor: Assim como a cegonha protege seus
filhotes, Deus é retratado nas Escrituras como um pássaro que
abriga Seus filhos sob Suas asas, oferecendo proteção e
segurança, uma imagem vivida no Salmo 91:4 e
Deuteronômio 32:10-12.
• Ensino e Orientação: A forma como as cegonhas ensinam
seus filhotes a voar pode ser paralela à maneira como Deus
nos instrui e guia através de Sua Palavra e Espírito,
enfatizando a importância da disciplina e da orientação
espiritual.
• A Fidelidade a Deus: A fidelidade monogâmica das cegonhas
reflete a fidelidade que somos chamados a ter para com Deus,
evocando a exclusividade da nossa devoção e adoração ao
Senhor, conforme destacado em Malaquias 2:15.

CONCLUSÃO
A cegonha, em sua beleza e complexidade, serve como um
poderoso símbolo de lições espirituais sobre fidelidade, cuidado
parental, comunicação, adaptação, e especialmente sobre a
necessidade de reconhecer e obedecer aos tempos e direções de
Deus. Através da observação dessa criatura fascinante, somos
lembrados do cuidado amoroso de Deus, da importância da
fidelidade e da resposta adequada aos Seus chamados e correções
em nossas vidas.

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A cegonha nos ensina lições preciosas sobre o amor e o afeto que
deve existir dentro de cada lar e de cada família! A cegonha
também nos ensina sobre a proteção e segurança que devemos
oferecer aos nossos filhos! Assim, o nosso Deus se apresenta nas
Escrituras, em determinados momentos, como uma grande ave que
protege e cuida dos seus filhinhos! (Sl 131.1-3).

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SERMÃO-07
TEMA:
AS TRÊS ÚNICAS RAZÕES PARA OS HOMENS SE
GLORIAREM

TEXTO BASE:
JEREMIAS 9:23-24

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, nós vamos aprender que, nenhum homem, por
mais que seja sábio, forte, ou rico, pode se gloriar no que é, ou no
que tem. As três únicas razões que a Bíblia apresenta para o homem
se gloriar são:
1) Em conhecer ao Senhor (Jr 9.24);
2) Na esperança da glória de Deus (Rm 5.2); e
3) Na cruz de Cristo (Gl 6.14).

I. EM CONHECER AO SENHOR
1. A primeira razão para o homem se gloriar é em conhecer ao
Senhor e as coisas que ele faz (Jr 9.24)
2. Quando o homem conhece ao Senhor e se gloria nas coisas que
o Senhor faz, ele está se gabando das coisas que o Senhor faz e não
no que o homem faz. Pois, a glória é somente do Senhor (Is 42.8).

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3. Em Os 6.3, o profeta Oseias escreve, dizendo: “Conheçamos e
prossigamos em conhecer o SENHOR: como a alva, será a sua
saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega
a terra.”

II. NA ESPERANÇA DA GLÓRIADE DEUS


1. A segunda razão que a Bíblia apresenta para nos gloriarmos é na
esperança da glória de Deus (Rm 5.2). A justificação que
recebemos mediante a fé e a paz com Deus, por meio de nosso
Senhor Jesus Cristo, são motivos sobejados que temos para gloriar-
nos na esperança da glória de Deus (Rm 5.1).
2. Em Rm 3.23-24, a Bíblia diz que “todos pecaram e destituídos
estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua
graça, pela redenção que há em Cristo Jesus”. Ora, quem estava
destituído e carente da glória de Deus, agora tem acesso a esta
glória gratuitamente, tem motivos de sobra para se gloriar nesta
esperança gloriosa.
3. Em 2Co 4.6, Deus disse: “Das trevas resplandecesse a luz, é
quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do
conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.” Não
fizemos nada. É ele quem faz tudo. Por isso, não temos do que nos
gloriar, a não ser no próprio Senhor.

III. NA CRUZ DE CRISTO


1. A terceira razão do homem se gloriar é na cruz de Cristo (Gl
6.14). Foi na cruz que Cristo morreu pelos nossos pecados. Foi lá
que ele deu o brado de vitória: “Está consumado” (Jo 19.30). Foi
na cruz que ele fez tudo. O que nos resta fazer, a não ser crer nele?
De que podemos nos gloriar, a não ser na sua cruz?

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2. Na cruz, Jesus cancelou “a cédula que era contra nós nas suas
ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou
do meio de nós, cravando-a na cruz” (Cl 2.14).
3. Na cruz, Jesus despojou “os principados e potestades, os expôs
publicamente e deles triunfou em si mesmo”. Portanto, é na cruz
de Cristo que devemos nos gloriar. É na cruz que o nosso “eu faço”,
“eu posso”, “eu tenho”, “eu sou” é crucificado e passamos a
reconhecer que ele faz, ele pode, ele tem e ele é o único “Eu Sou”
(Êx 3.14; Jo 8.12 etc.). Portanto é somente no que o Senhor é e no
que ele faz, que devemos nos gloriar.

CONCLUSÃO
Salomão não podia se gloriar na sua sabedoria, pois ela vinha do
Senhor (1Rs 5.12); Sansão não podia se gloriar da sua força, pois
ela vinha do Senhor (Jz 16.19-20,28); Jó não podia se gloriar na
sua riqueza, pois ela vinha do Senhor (Jó 42.10). Portanto, o
homem não tem do que se gloriar, a não ser em conhecer ao Senhor,
em ter esperança na glória de Deus e na grande salvação efetuada
através da cruz por Cristo.

31
SERMÃO-08
TEMA:
EL-HÁY — O DEUS VIVO

TEXTO BASE:
Jeremias 10:10

Exegese do texto:
A referência ao Deus vivo, El-Háy, no contexto bíblico, revela uma
dimensão essencial da divindade que distingue o Deus de Israel das
divindades inanimadas adoradas pelas culturas pagãs. Este título,
El-Háy, não é apenas uma designação; é uma afirmação do caráter
ativo, presente e interventivo de Deus na história e na vida de Seu
povo. Através das narrativas bíblicas, Deus se revela como o
Criador que sustenta, guia e salva, opondo-se aos ídolos mudos e
sem vida que não podem agir em favor de seus adoradores.

INTRODUÇÃO
O Deus da Bíblia é um Deus vivo. Ele é o Senhor que vive em
nosso meio, o Deus que vive em nós. Os estudiosos das línguas
originais da Bíblia o chamam de El-Háy, “O Deus vivo”. Os nomes
de Deus na Bíblia têm a finalidade de revelar-nos o caráter e os
atributos do próprio Deus. Cada nome divino revela-nos como
Deus deseja ser conhecido por nós. Falam-nos sobre quem Deus é
e como ele age em relação ao homem. É por este motivo que Deus
aparece com vários nomes nas páginas sagradas.

32
Cada um desses nomes revela uma característica específica de
Deus. O Deus vivo e ativo andava com Israel, realizando coisas
portentosas como abrir o mar Vermelho, abrir o rio Jordão e tantas
outras coisas mais que o Deus vivo fazia no meio do seu povo (Êx
14.31; Js 3.5-17). O Deus vivo é o Deus que não aceita ser
desafiado e nem afrontado (1Sm 17.26). Vejamos:

I. Deus Vivo na História de Israel

A-Presença Libertadora:
• Josué 3.10: A travessia do rio Jordão é um testemunho da
presença ativa do Deus vivo, que não só promete libertação
mas a concretiza, distinguindo-Se dos deuses inertes
adorados por outras nações.
• 1 Samuel 17.26: Davi reconhece e se apoia na presença do
Deus vivo ao enfrentar Golias, ilustrando que a confiança no
Deus vivo traz vitória contra adversidades aparentemente
insuperáveis.
• 2 Reis 19.16: Ezequias, ao orar diante da ameaça de
Senaqueribe, apela para o Deus vivo, evidenciando a crença
de que somente Ele pode responder e salvar em momentos de
desespero.

B-Desejo Pela Presença Divina:


• Salmos 42.2 & 84.2: O anseio profundo do salmista pelo
Deus vivo reflete o desejo humano por uma conexão íntima
com um Deus que é real e atuante, diferenciando-o da frieza
dos ídolos.

33
• Jeremias 10.10: A proclamação de Deus como o Rei eterno e
vivo é um lembrete de Sua soberania e poder dinâmico,
contrapondo-se à inércia e à impotência das estátuas adoradas
pelas nações.

C-Proteção e Providência:
• Oséias 1.10: A promessa de multiplicação e reconhecimento
dos filhos de Israel como povo do Deus vivo é um sinal de
Sua constante provisão e proteção, um testemunho vivo de
Sua fidelidade.
• Daniel 6.20-26: A proteção divina de Daniel na cova dos
leões e a subsequente proclamação de Dario destacam a
autoridade e o poder salvífico do Deus vivo, inspirando temor
e reverência.

II. Deus Vivo na Revelação de Cristo


A-Reconhecimento Messias:
• Mateus 16.16: A confissão de Pedro identifica Jesus como o
Cristo, o Filho do Deus vivo, reforçando a continuidade da
presença ativa de Deus na pessoa de Jesus, cumprindo as
promessas divinas.
• Mateus 22.32: Jesus ensina sobre a ressurreição, utilizando a
auto-identificação de Deus como o Deus de Abraão, Isaque e
Jacó, para afirmar que Ele é um Deus de vivos, não de mortos,
realçando a vida eterna disponível através dEle.

B-Conversão e Serviço:
Atos 14.15: Paulo apela aos habitantes de Listra para se voltarem
das vaidades ao Deus vivo, que fez tudo o que existe, um chamado

34
à conversão que reconhece a autoridade criativa de Deus e a
inutilidade da idolatria.
1 Tessalonicenses 1.9: A transformação dos tessalonicenses, do
serviço a ídolos para o serviço ao Deus vivo, exemplifica a
mudança de vida radical que acompanha o reconhecimento do
único Deus verdadeiro.

B-A Igreja como Testemunho:


1 Timóteo 3.15: Ao chamar a igreja do Deus vivo, Paulo sublinha
a natureza dinâmica e transformadora da comunidade de fé,
fundada sobre a verdade de um Deus que está ativamente envolvido
na vida de Seus seguidores.

CONCLUSÃO
Em Ap 7.2, o apóstolo João contempla o selo de proteção do Deus
vivo sobre os seus escolhidos, dizendo: “E vi outro anjo subir da
banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou
com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de
danificar a terra e o mar.” O Deus vivo é o mesmo Deus Pai de
nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que segundo a sua muita
misericórdia nos regenerou para uma viva esperança, mediante a
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (1Pe 1.3). O Deus
vivo é aquele que vive para todo o sempre! “Ora, ao Rei dos
séculos, imortal, invisível, ao único Deus seja honra e glória para
todo o sempre. Amém!” (1Tm 1.17).

35
SERMÃO-09
TEMA:
GOEL-ISRAEL — O REDENTOR DE ISRAEL

TEXTO BASE:
Jeremias 14-08

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, o Senhor é chamado de Esperança de Israel e
Redentor no tempo da angústia. O termo “redentor”, significa:
“Aquele que redime”. O Senhor Deus, é o Redentor de Israel, e, de
toda humanidade. Os estudiosos das línguas originais da Bíblia o
chamam de Yahweh-Galenú, “O Senhor, nosso Redentor” ou Goel-
Israel, “O Redentor de Israel”. Vejamos:

O REDENTOR DE ISRAEL NAS ESCRITURAS


1. Em Jó 19.25, o patriarca Jó demonstrou uma esperança
inabalável no seu Redentor, dizendo: “Porque eu sei que o meu
Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra.” O mundo
necessita de um Redentor vivo e atuante! E, Jesus Cristo é esse
Redentor que vive para sempre! (Ap 1.18-19).
2. No Sl 19.14, Davi também se referiu ao Senhor como o seu
Redentor, dizendo: “Sejam agradáveis as palavras da minha boca e
a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, rocha
minha e libertador meu!”

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3. No Sl 78.35, o salmista declara que, só na angústia e no aperto,
os israelitas: “Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, e o Deus
Altíssimo, o seu Redentor.” E, em Is 41.14, o próprio Redentor diz:
“Não temas, ó bichinho de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo,
diz o SENHOR, e o teu Redentor é o Santo de Israel.”
4. Em Is 44.6, Isaías escreve, dizendo: “Assim diz o SENHOR, Rei
de Israel e seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o
primeiro e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.” E, em Is
47.4, o profeta Isaías ainda escreve, dizendo: “O nome do nosso
Redentor é o SENHOR dos Exércitos, o Santo de Israel.”
5. Em Is 48.17, a Bíblia diz: “Assim diz o SENHOR, o teu
Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te
ensina o que é útil e te guia pelo caminho em que deves andar.” E,
em Is 49.26, o próprio Redentor afirma: “Toda carne saberá que eu
sou o SENHOR, o teu Salvador e o teu Redentor, o Forte de Jacó.”
6. Em Is 54.5, o Senhor ainda diz: “Porque o teu Criador é o teu
marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel
é o teu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra.”
7. Em Is 54.8, o misericordioso Redentor diz: “Em grande ira,
escondi a face de ti por um momento; mas com benignidade eterna
me compadecerei de ti, diz o SENHOR, o teu Redentor.”
8. Em Is 59.20, a Bíblia diz: “E virá um Redentor a Sião e aos que
se desviarem da transgressão em Jacó, diz o SENHOR.” E, em Rm
11.26, o apóstolo Paulo confirma a redenção futura de Israel,
citando esta mesma profecia de Isaías, dizendo: “E, assim, todo o
Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e
desviará de Jacó as impiedades.”
9. Em Rm 3.24, Paulo descreve a obra do Cristo Redentor, dizendo:
“Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção
que há em Cristo Jesus.” O Senhor Deus de Israel que redimiu o
seu povo na antiga aliança, efetua na nova aliança a redenção de
toda humanidade através do seu Filho Jesus Cristo!

37
10. Em 1Co 1.30, Paulo afirma: “Mas vós sois dele, em Jesus
Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e
santificação, e redenção.”

CONCLUSÃO
Em Jr 50.34, o profeta Jeremias ainda fala da grande força do
Redentor de Israel, dizendo: “Mas o seu Redentor é forte, o
SENHOR dos Exércitos é o seu nome…” Jesus Cristo é o Redentor
de Israel, porque é ele quem redime a Israel de todas as suas
angústias (Sl 25.22), e fará isso por ocasião da sua segunda vinda
(Zc 12.7-10; Rm 11.26; Ap 1.7-8).

38
SERMÃO-10
TEMA:
AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DO FERRO

TEXTO BASE:
Jeremias 15-12

Exegese do texto:
Explorando a simbologia e as lições espirituais do ferro como
descrito nas Escrituras, encontramos que o ferro, um metal
conhecido por sua força e durabilidade, serve como um poderoso
símbolo de resistência, julgamento, e, paradoxalmente, de
redenção e milagres divinos. A presença deste elemento em
diversos contextos bíblicos nos revela aspectos multifacetados do
plano divino e da relação entre Deus e a humanidade.

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, o profeta Jeremias descreve a resistência do
ferro, dizendo: “Pode alguém quebrar o ferro, o ferro do Norte, ou
o aço?” O “ferro” é símbolo da resistência e nos ensina lições
importantes na Bíblia. O ferro é um metal duro e privado de toda
elasticidade. O trabalho em ferro data da mais alta antiguidade e é
citado pela primeira vez na Bíblia em Gn 4.22. O curioso é que
Tubalcaim, o inventor de instrumentos cortantes de ferro, é
descendente do primeiro assassino da história. Esses instrumentos
cortantes de ferro foram utilizados para derramar muito sangue
através da história.

39
I. O Ferro Como Instrumento de Julgamento e Correção
A-Instrumento de Consequência: Em Números 35:16, o ferro é
mencionado como meio de execução, simbolizando a gravidade do
julgamento divino sobre o pecado e a violência, destacando a
seriedade com que Deus trata a injustiça e o derramamento de
sangue injusto.
B-Supremacia Militar e Opressão: A história de Jabim em Juízes
4:3 ilustra como instrumentos de ferro, neste caso, carros de ferro,
foram usados para opressão. Isso nos ensina sobre a soberania de
Deus, que pode libertar Seu povo de opressores aparentemente
invencíveis.
C-Promessa de Provisão e Prosperidade: Deuteronômio 8:9 não
somente aponta para a abundância de recursos como o ferro na
Terra Prometida, mas também serve como um lembrete da
promessa de Deus de prover e prosperar Seu povo, incentivando o
uso responsável e justo dos recursos.

II. O Ferro em Milagres e Redenção


A-O Milagre do Ferro Flutuante: O episódio em 2 Reis 6:4-6, onde
Eliseu faz o ferro flutuar, destaca o poder sobrenatural de Deus
sobre as leis da natureza. Este milagre simboliza a redenção e
restauração que Deus proporciona, mesmo em situações que
parecem irreversíveis.
B-Libertação e Quebra de Cativeiro: Salmos 107:16, ao falar sobre
Deus quebrando portas de bronze e ferrolhos de ferro, enfatiza o
poder de Deus de libertar seus fiéis de cativeiros e prisões, seja
físicas, emocionais ou espirituais.
C- A Pedra que Destrói o Reino de Ferro: A visão de Daniel sobre
o reino de ferro e a pedra que o destrói (Daniel 2:40-45) aponta
para Jesus Cristo, a pedra angular, que destruirá todos os reinos
opressores e estabelecerá um reino de justiça e paz.]

40
III. A Superioridade de Cristo Sobre o Ferro
A Vitória Sobre o Anticristo: A descrição de um reino forte como o
ferro representando o domínio do anticristo e sua eventual
destruição pela pedra divina nos lembra que nenhum poder terreno
pode resistir ao reino eterno de Cristo.
A-A Redenção Através de Cristo: A destruição dos elementos –
ferro, cobre, barro, prata, e ouro – pela pedra divina enfatiza a
completa redenção e vitória sobre o pecado e a morte
proporcionadas por Jesus Cristo.
B-O Triunfo Final Sobre a Morte: A conclusão deste estudo nos
lembra da sequência de forças superando uma à outra, culminando
na vitória de Cristo sobre a morte. Isso nos assegura que, em última
análise, o poder salvífico de Jesus Cristo é supremo.

CONCLUSÃO
Dizem que o ferro é forte, porém o fogo derrete o ferro. Dizem que
o fogo é forte, porém a água apaga o fogo. Dizem que a água é
forte, porém a água é sugada pelas nuvens pelo processo de
evaporação. Dizem que as nuvens são fortes, porém os ventos
dissolvem as nuvens. Dizem que os ventos são fortes, porém as
montanhas detêm o vento. Dizem que as montanhas são fortes,
porém o homem destrói as montanhas. Dizem que o homem é forte,
porém a morte vence o homem. Dizem que a morte é forte, porém
Jesus Cristo venceu a morte!

O ferro nas Escrituras nos ensina sobre o julgamento, a redenção,


e a promessa de Deus de superar a opressão e o pecado. Em última
análise, a mensagem é de esperança e vitória, destacando a
soberania de Deus e o triunfo de Jesus Cristo sobre todas as forças
de opressão e morte.

41
Este estudo reforça a confiança na proteção divina e na promessa
de um futuro onde a justiça, a paz e a redenção prevalecem,
desafiando-nos a refletir sobre o uso de nossos próprios recursos e
forças. Devemos aspirar a empregar nossas "ferramentas de ferro"
não para a opressão ou dano, mas para construir, proteger e
promover os valores do Reino de Deus. Em um mundo marcado
por conflitos e injustiças, a mensagem do ferro na Bíblia nos chama
a buscar a força e a sabedoria divinas para sermos agentes de
mudança positiva, mantendo nossa fé na pedra angular, Jesus
Cristo, cujo reino indestrutível nos oferece esperança e salvação
eternas.

42
SERMÃO-11
TEMA:
TRÊS COISAS QUE O SENHOR É PARA JEREMIAS

TEXTO BASE:
JEREMIAS 16-19

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, o profeta Jeremias declara que o Senhor é três
coisas importantes para ele:
1) Força minha;
2) Fortaleza minha e
3) Refúgio meu no dia da angústia.

Os grandes homens de Deus da Bíblia sempre recorreram ao


Senhor como sua Força, sua Fortaleza e seu Refúgio. Vejamos:

I. FORÇA MINHA
1. Em momentos de desânimo e fraqueza total, o homem precisa
da força divina para continuar lutando. Em Jz 15.15-19, mesmo
sendo o homem mais forte da Bíblia, Sansão sofreu um
esgotamento físico, após enfrentar e derrotar mil inimigos filisteus
de uma só vez e precisou da força do Senhor para recobrar o alento
e viver.

43
2. Em Jó 24.22, a Bíblia afirma que Deus: “até aos poderosos
arrastam com a sua força; se eles se levantam, não há vida segura”.
3. No Sl 18.1, o salmista Davi disse: “Eu te amarei do coração, ó
SENHOR, fortaleza minha.” E, em Is 27.5, o próprio Senhor
aconselha aos homens, dizendo: “Ou que se apodere da minha
força e faça paz comigo; sim, que faça paz comigo.”

II. FORTALEZA MINHA


1. No momento em que o homem se sente vulnerável e
desprotegido, ele precisa correr para o lugar seguro, correr depressa
para a fortaleza. E o Senhor é a fortaleza segura que o homem pode
buscar abrigo e proteção (Sl 31.1-3).
2. No Sl 37.39, o salmista Davi afirma: “Mas a salvação dos justos
vem do SENHOR; ele é a sua fortaleza no tempo da angústia.”
3. No Sl 71.3, o salmista faz a sua súplica ao Senhor, dizendo: “Sê
tu a minha habitação forte, à qual possa recorrer continuamente;
deste um mandamento que me salva, pois tu és a minha rocha e a
minha fortaleza.”

III. REFÚGIO MEU NO DIA DA ANGÚSTIA


1. No momento de agitação, vida estressada, o homem precisa de
um refúgio tranquilo, um lugar de quietude para meditar na Palavra
de Deus e buscar renovação para as suas forças. O Senhor é este
refúgio secreto e tranquilo que o homem precisa (Sl 91.4).
2. No Sl 46.7, a Bíblia diz: “O SENHOR dos Exércitos está
conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.”
3. Em Na 1.7, o profeta Naum escreve: “O SENHOR é bom, uma
fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele.”

44
CONCLUSÃO
O profeta Jeremias viveu em um dos períodos mais conturbados da
história de Judá. A impenitência e apostasia espiritual de Judá
angustiava o profeta, ao perceber o povo dando as costas para as
Escrituras. Entretanto, em meio a tudo isso, o Senhor se fez
presente na vida de Jeremias como a sua força, sua fortaleza e sua
esperança no dia da angústia (Jr 14.8).

45
SERMÃO 12
TEXTO BASE:
A MELHOR DE TODAS AS FONTES

TEMA:
Jeremias 17-13

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, nós vamos aprender que o Senhor é a melhor
de todas as fontes que devemos beber. Ele é a fonte de águas vivas.
Em meio ao deserto e a sequidão, o que o viajante cansado e
sedento mais deseja encontrar é uma fonte de águas vivas. Em meio
ao deserto e a sequidão espiritual deste mundo, o Senhor é a única
fonte que pode resolver o problema da sede espiritual do homem.

I. ELE É A NOSSA FONTE DE ESPERANÇA


1. O Senhor é a nossa fonte de esperança. Ele é chamado de
“Esperança de Israel e Redentor seu no tempo da angústia” (Jr
14.8). Podemos beber muita esperança nesta fonte.
2. No Sl 71.5, o salmista diz: “Pois tu és a minha esperança,
SENHOR Deus; tu és a minha confiança desde a minha mocidade.”
3. Em Rm 15.13, o apóstolo Paulo escreve: “Ora, o Deus de
esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que
abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.” Nele não
há desespero. Ele é uma fonte inesgotável de esperança!

46
II. ELE É A NOSSA FONTE DE SALVAÇÃO
1. O Senhor é a nossa fonte de salvação. Em Is 12.3, o profeta Isaías
escreve: “Vós, com alegria, tirareis água das fontes da salvação.”
2. Em Jo 7.37-38, Jesus Cristo — a própria fonte de águas vivas —
se levantou em pessoa e disse: “Se alguém tem sede, que venha a
mim e beba.”
3. Jesus é a nossa fonte gratuita; pois, em Ap 21.6, ele disse: “A
quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da
vida.” Para se beber água mineral extraída de qualquer fonte, é
preciso pagar. Porém, Jesus Cristo é a fonte da graça, ele é a nossa
fonte de águas vivas (Jo 7.38).

CONCLUSÃO
O Senhor é a fonte que nos lava e purifica de todo o pecado; e,
também, é a fonte que resolve definitivamente o problema da sede.
Ele é o único que pode nos oferecer água viva (Jo 4.10).

47
SERMÃO-13
TEMA:
AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DO OLEIRO DIVINO
INTRODUÇÃO

TEXTO BASE:
JEREMIAS 18-1 a 15

A metáfora do oleiro e do barro é profundamente enraizada na


tradição bíblica, servindo como uma poderosa ilustração do
relacionamento entre Deus e a humanidade. Através desta imagem,
somos lembrados da soberania de Deus, do Seu poder de
transformar e da nossa posição como criaturas moldáveis nas mãos
do Criador. A ideia de Deus como o Oleiro Divino permeia o
Antigo e o Novo Testamento, oferecendo lições valiosas sobre
submissão, restauração e propósito.

INTRODUÇÃO
Este texto sagrado revela uma lição prática que Deus ensinou ao
profeta Jeremias acerca da maneira que Deus trabalha com cada
um de nós, seus servos. O Deus da Bíblia é o verdadeiro oleiro
divino que moldou o homem do pó da terra e ainda trabalha com
este mesmo material, modelando o barro, fazendo do mesmo barro
um vaso novo. Daí o fato do apóstolo Paulo dizer com muita
propriedade: “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para
que a excelência do poder seja de Deus e não de nós”

48
I. A Soberania e Intenção do Oleiro
A-Reconhecimento da Autoridade de Deus: Isaías 64:8 nos lembra
de nossa posição diante de Deus - nós somos o barro, e Ele é o
nosso Oleiro. Esta imagem evoca a soberania divina e a nossa
dependência, incentivando uma postura de humildade e entrega ao
plano do Criador.
B-Restauração do Vaso Quebrado: O testemunho de Davi,
especialmente após seu pecado, ilustra a capacidade de Deus de
restaurar vasos quebrados (Salmo 51:10-12). Essa restauração fala
da misericórdia e graça de Deus em reconstruir vidas danificadas
pelo pecado.
C-Purificação e Santificação: A analogia usada por Salomão em
Provérbios 25:4, sobre a remoção de escórias para criar um vaso
puro, reflete o processo de santificação pelo qual Deus nos purifica
para sermos vasos de honra, utilizáveis para Sua glória.

II. O Poder Transformador do Oleiro


A-Quebra e Reconstrução: A observação de Jeremias na casa do
oleiro (Jeremias 18:4) ilustra a disposição de Deus em remodelar e
ajustar Sua criação até que ela alcance o propósito pelo qual foi
designada, mesmo que isso exija quebra e nova formação.
B-Vasos para Honra e Desonra: Paulo, em Romanos 9:21,
questiona a autoridade do Oleiro em decidir o propósito de cada
vaso, destacando que Deus tem o direito soberano de determinar o
destino de Suas criações, nos chamando a buscar ser vasos de
honra.
C-Santificação e Honra: A exortação de Paulo em 2 Timóteo 2:21
para purificar-se das coisas profanas e ser um vaso para honra,
preparado para toda boa obra, enfatiza a necessidade de viver uma
vida de santidade e serviço a Deus.

49
III. A Promessa aos Vasos de Honra
A-Autoridade e Vitória sobre as Nações: A promessa de Jesus em
Apocalipse 2:26-28 aos que vencerem e perseverarem até o fim
reflete a recompensa celestial preparada para aqueles que se
mantêm fiéis, ilustrando o triunfo final sobre o mal e a autoridade
concedida aos vencedores.
B-Transformação e Uso Divino: O processo pelo qual passamos
nas mãos do Oleiro Divino não é apenas para nossa transformação
pessoal, mas também para sermos instrumentos através dos quais
Deus executa Sua vontade na terra, moldando a história e
influenciando gerações.

Conclusão:
A metáfora do Oleiro Divino nos ensina sobre a total soberania de
Deus, nossa vulnerabilidade e flexibilidade nas mãos do Criador, e
o Seu poder transformador que pode fazer de nós, vasos quebrados
e imperfeitos, instrumentos de honra para Sua glória. Ao nos
submetermos ao Oleiro, somos convidados a uma jornada de
transformação que prepara cada um para cumprir propósitos
celestiais, reafirmando a beleza e a profundidade do amor e da
misericórdia divinos.

Veja que privilégio o oleiro divino promete aos vasos de honra! Os


mesmos vasos que outrora já foram quebrados, amassados e
refeitos novamente, agora, recebem autoridade ao lado do oleiro
divino para reger as nações e quebrá-las como vasos do oleiro! Só
o nosso Deus pode fazer isso. Vale a pena ser fiel! (Sl 2.6-9; Ap
2.26-28; 12.5; 19.15).

50
SERMÃO-14
TEMA:
LIÇÕES ESPIRITUAIS DO PLANETA TERRA~

Texto base:
Jeremias 22-29

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, o profeta Jeremias adverte por três vezes a
terra, dizendo: “Ó terra, terra, terra! Ouve a palavra do SENHOR!”
Lar de milhões de espécies de seres vivos, incluindo os humanos,
a Terra é o único corpo celeste onde é conhecida a existência de
vida. A Terra é o terceiro planeta mais próximo do Sol, o mais
denso e o quinto maior dos nove planetas mais conhecidos do
sistema solar. Foi o próprio Deus quem criou a terra para ser a casa
de todos os seres vivos. A Palavra de Deus afirma: “Os céus são os
céus do SENHOR; mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens”
(Sl 115.16). Portanto, cabe a cada ser humano cuidar deste planeta
Terra que lhe foi dado como morada. Deus vem advertido,
entretanto, a todos os moradores da terra a darem ouvidos à sua
palavra. Vejamos:

A IMPORTÂNCIA DA TERRA NAS ESCRITURAS


1. Em Gn 1.1, Moisés escreveu: “No princípio, criou Deus os céus
e a terra.” Nada se compara com a força desta expressão. Não existe
Teoria da Evolução e nem Teoria do Big Bang que subsista diante
desta afirmação da Palavra de Deus.

51
2. Somente Deus possui a escritura do planeta Terra. Deus é o
proprietário original da Terra e deixou isso muito claro, dizendo:
“Também a terra não se venderá em perpetuidade, porque a terra é
minha; pois vós sois estrangeiros e peregrinos comigo” (Lv 25.23).
3. O homem depende do fôlego de Deus para viver na terra. Pois,
em Jó 34.13-15, a Palavra de Deus nos faz uma afirmação, dizendo:
“Quem lhe entregou o governo da terra? E quem dispôs a todo o
mundo? Se ele pusesse o seu coração contra o homem, recolhesse
para si o seu espírito e o seu fôlego, toda a carne juntamente
expiraria e o homem voltaria para o pó.”
4. Em Jó 38.4, o próprio Criador faz uma pergunta a Jó, dizendo:
“Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens
inteligência.”
5. Em Jó 38.18, o Criador faz outra pergunta a Jó, dizendo: “Ou
com o teu entendimento chegaste às larguras da terra? Faze-mo
saber, se sabes tudo isto.” No Sl 8.9, o salmista enaltece o Criador,
dizendo: “Ó SENHOR, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome
sobre toda a terra!”
6. No Sl 24.1, a Bíblia afirma: “Do SENHOR é a terra e a sua
plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam.” E, no Sl 47.2, o
salmista afirma: “Porque o SENHOR Altíssimo é tremendo e Rei
grande sobre toda a terra.”
7. É Deus quem cuida e abençoa toda a produção da terra; pois, no
Sl 65.9-10, o salmista agradece ao Senhor, dizendo: “Tu visitas a
terra e a refrescas; tu a enriqueces grandemente com o rio de Deus,
que está cheio de água; tu lhe dás o trigo, quando assim a tens
preparada; tu enches de água os seus sulcos, regulando a sua altura;
tu a amoleces com a muita chuva; tu abençoas as suas novidades.”
8. Em Jr 10.12, a Bíblia diz: “Ele fez a terra pelo seu poder; ele
estabeleceu o mundo por sua sabedoria e com a sua inteligência
estendeu os céus.”

52
9. Em Jr 22.29, o profeta Jeremias clama, dizendo: “Ó terra, terra,
terra! Ouve a Palavra do Senhor!” De certa forma, a terra somos
nós mesmo que fomos tirados do pó da terra (Gn 2.7). A
advertência divina é para toda a humanidade ouvir a palavra do
Senhor!
10. Em Jl 2.21-22, o Senhor consola a terra e os seres vivos,
dizendo: “Não temas, ó terra; regozija-te e alegra-te; porque o
SENHOR fez grandes coisas. Não temais, animais do campo,
porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará
o seu fruto, a vide e a figueira darão a sua força.”

CONCLUSÃO
O Deus Todo-Poderoso, o Criador dos céus e da terra, convida
todos os moradores da terra para que ouçam a sua voz. O homem
vive na terra de nariz empinado, como se não tivesse que dar
satisfação a ninguém. Porém, o Deus de toda a terra continua
ecoando a sua voz notificando aos homens que todos, em toda
parte, se arrependam (At 17.30).

53
SERMÃO-15
TEMA:
O FOGO QUE ARDE NO CORAÇÃO DO PREGADOR

TEXTO BASE:
Jeremias 20-09

Exegese do texto:
A passagem de Jeremias 20:9, onde o profeta descreve a Palavra de
Deus como "um fogo ardente" em seu coração, ilumina
profundamente a experiência de pregar o evangelho. Esta metáfora
do fogo não é exclusiva a Jeremias; ela percorre as Escrituras,
simbolizando a presença, a purificação, o juízo divino, e o impulso
irresistível de proclamar a mensagem de Deus. O fogo que arde no
coração do pregador é uma força divina que impulsiona, purifica e
capacita para a missão.

INTRODUÇÃO
O profeta Jeremias descreve, neste texto sagrado, o fogo que
incendeia o coração de um pregador. Jeremias havia sido escolhido
por Deus como um profeta para as nações (Jr 1.5). Entretanto, ao
observar o povo rebelde de Judá dando as costas para a sua
pregação, Jeremias decidiu parar de pregar. Como tantos outros
pregadores sinceros e desiludidos dos nossos dias, Jeremias pensou
em parar, dizendo: “Não vou mais pregar, não vou mais falar do
nome do Senhor.” Entretanto, esta decisão do profeta se tornou
“como fogo ardente” no seu coração (Jr 20.9).

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É este “fogo ardente” no coração do pregador que o faz continuar
levando a palavra do Senhor. Vejamos:

I. O Impulso Irresistível de Pregar


• Incapacidade de Permanecer em Silêncio: Assim como Davi
expressou em Salmos 39:1-3, o verdadeiro pregador da
palavra de Deus sente um fogo ardente em seu coração que o
impede de ficar em silêncio, mesmo quando preferiria se
calar. Esse fogo interior é uma demonstração do chamado
inegável que impulsiona o pregador a compartilhar a salvação
do Senhor.
• O Fogo do Espírito Santo: O fogo mencionado em Levítico
6:13, que deveria arder continuamente no altar, simboliza a
presença permanente e purificadora do Espírito Santo na vida
do pregador. O Espírito Santo é o verdadeiro combustível que
mantém a chama da paixão e do compromisso com o
evangelho acesa no coração do pregador.
• A Palavra como Fogo: Jeremias 5:14 destaca como as
palavras de Deus, proferidas pela boca do profeta, se tornam
como fogo, consumindo a apatia e a resistência do povo. Esse
fogo simboliza a capacidade transformadora e penetrante da
Palavra de Deus, que desafia e muda corações e mentes.

II. Purificação e Preparação para o Ministério


• Purificação Isaías: A visão de Isaías 6:6-8, onde um serafim
toca seus lábios com uma brasa viva do altar, ilustra o
processo de purificação necessário para aqueles chamados a
servir como mensageiros de Deus. Este ato simbólico reflete
a santificação que o pregador experimenta, preparando-o para
entregar a mensagem divina com pureza e poder.

55
• A Preparação de João Batista e Jesus: João Batista,
anunciando a vinda de Jesus como Aquele que batizaria com
o Espírito Santo e fogo (Mateus 3:11), sublinha a obra
transformadora do Espírito na vida dos crentes, preparando-
os para serem portadores eficazes da mensagem do Reino de
Deus.
• O Derramamento do Espírito Santo em Pentecostes: A
promessa de Jesus cumprida no dia de Pentecostes (Atos 2:1-
4) marca o início da missão da Igreja no mundo. O Espírito
Santo, manifestando-se como línguas de fogo sobre os
discípulos, simboliza o poder e a autoridade divinos
concedidos à Igreja para pregar o evangelho a todas as
nações.

III. O Fogo Como Força Motriz do Ministério


• O Desafio de Ezequiel: A visão de Ezequiel (Ezequiel 8:2) de
um "homem de fogo" prenuncia a presença poderosa e
purificadora de Deus na missão profética. Esse fogo, que
começa nos lombos e se espalha, representa a paixão divina
que deve consumir o coração dos que são chamados a falar
em nome de Deus.
• A Declaração de Jesus: Em Lucas 12:49, Jesus expressa Seu
desejo ardente de lançar fogo sobre a terra, uma metáfora de
Sua missão de trazer transformação radical e divisão baseada
na verdade do evangelho. O fogo que Jesus deseja acender é
o mesmo que arde no coração do pregador, impulsionando-o
a desafiar o status quo e a anunciar o Reino de Deus.

56
Conclusão:
Em At 2.1-4, Jesus cumpriu o que prometeu no dia de Pentecostes,
quando derramou sobre a Igreja o Espírito Santo, o qual se
espalhou como fogo que incendiou os corações dos seus discípulos
para impactar o mundo com a Palavra de Deus! (At 17.6).

57
SERMÃO-16
TEMA:
OS PENSAMENTOS DE DEUS

TEXTO BASE:
JEREMIAS 29-11

INTRODUÇÃO
Vamos aprender através deste texto sagrado, que os pensamentos
de Deus ao nosso respeito, são pensamentos de paz e não de mal,
para nos dar o fim que almejamos. Os pensamentos de Deus, são
sempre superiores aos nossos pensamentos. Os nossos
pensamentos são finitos e limitados, enquanto os pensamentos de
Deus são infinitos e ilimitados.

I. OS PENSAMENTOS DE DEUS SÃO MAIS ALTOS DO


QUE OS NOSSOS
1. Em Is 55.9, o Senhor nos fala, dizendo: “Porque, assim como os
céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos
mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos,
mais altos do que os vossos pensamentos.”
2. No Sl 92.5, o salmista diz: “Quão grandes são, SENHOR, as tuas
obras! Mui profundos são os teus pensamentos!”
3. No Sl 139.17, o salmista Davi se rendeu a grandiosidade dos
pensamentos de Deus, dizendo: “Quão preciosos são para mim, ó
Deus, os teus pensamentos! Quão grande é a soma deles!”

58
4. Em Rm 11.33, Paulo ficou tão vislumbrado com os pensamentos
da sabedoria divina que exclamou, dizendo: “Ó profundidade das
riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão
insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus
caminhos!”

II. O SENHOR CONHECE OS NOSSOS PENSAMENTOS


1. No Sl 94.11, a Bíblia diz: “O SENHOR conhece os pensamentos
do homem, que são vaidade.”
2. No Sl 139.1-2, Davi disse: “SENHOR, tu me sondaste e me
conheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe
entendes o meu pensamento.”
3. Em Pv 12.5, Salomão afirma: “Os pensamentos do justo são
retos, mas os conselhos do ímpio, engano.” Portanto, os
pensamentos do justo são bem diferentes dos pensamentos do
ímpio.
4. Em Fp 4.8, o apóstolo Paulo escreve, dizendo: “Quanto ao mais,
irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que
é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa
fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”

CONCLUSÃO
Os pensamentos de Deus são sempre os melhores para a nossa vida.
Os pensamentos de Deus são tão profundos que a nossa mente não
consegue aquilatar a grandeza dos pensamentos do nosso Senhor.
Os pensamentos de Deus são pensamentos de paz e não de mal,
para nos dar o final feliz que desejamos.

59
SERMÃO-17
TEMA:
HÁ ESPERANÇA PARA O TEU FUTURO

TEXTO BASE:
Jeremias 31-17

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, o Senhor consola o seu povo através do
profeta Jeremias, dizendo: “Há esperança para o teu futuro, diz o
Senhor.” Uma das grandes preocupações das pessoas nos dias
modernos é com o seu futuro. Porém, somente a Palavra de Deus
assegura um futuro de esperança e de vitória para o povo de Deus.
Quem deposita em Deus a sua esperança tem a vitória garantida
nesta vida e também na vida futura.

I. A NOSSA ESPERANÇA NÃO SERÁ FRUSTRADA


1. Quem espera no Senhor não ficará frustrado. Pois, em Pv 23.18,
Salomão escreve: “Deveras há um fim bom; não será malograda a
tua esperança.”
2. Em Pv 24.14, a Bíblia diz: “Tal será o conhecimento da sabedoria
para a tua alma; se a achares, haverá para ti galardão, e não será
cortada a tua expectação.”
3. Em Is 49.23, o próprio Senhor da esperança consola ao seu povo,
dizendo: “saberás que eu sou o SENHOR e que os que confiam em
mim não serão confundidos”.

60
4. No Sl 119.116, o salmista implora ao Senhor, dizendo:
“Sustenta-me conforme a tua palavra, para que viva, e não me
deixes envergonhado da minha esperança.”

II. A NOSSA ESPERANÇA NÃO SE LIMITA APENAS A


ESTA VIDA
1. A nossa esperança vai ainda muito além desta vida. Em Pv 14.32,
o sábio Salomão escreve: “Pela sua malícia, será lançado fora o
ímpio, mas o justo até na sua morte tem esperança.”
2. Em 1Co 15.19, o apóstolo Paulo escreve: “Se esperamos em
Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os
homens.”
3. Em Cl 1.5, Paulo ainda afirma que a nossa esperança está
reservada nos céus.
4. Em Tt 2.13, a Bíblia afirma: Devemos aguardar “a bem-
aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e
nosso Senhor Jesus Cristo”.

CONCLUSÃO
A nossa esperança é como âncora da alma, segura e firme, e que
penetra até ao interior do véu
(Hb 6.18-19). Portanto, há esperança para o teu futuro; pois, a nossa
esperança vai muito além do véu

61
SERMÃO-18
TEMA:
YAHWEH-TSIDIKENU - O SENHOR É A NOSSA JUSTIÇA
Jeremias 23-5 – 6

EXEGESE DO TEXTO
A proclamação de "Yahweh-Tsidikenu", que se traduz como "O
Senhor é a nossa Justiça", oferece um profundo entendimento
teológico e espiritual sobre como Deus personifica e estabelece a
justiça divina entre os homens. Esta revelação é fundamental para
compreender a natureza de Deus e Sua interação com a
humanidade, especialmente no que se refere à redenção e à
restauração. A justiça de Deus não se limita apenas ao cumprimento
da lei, mas se estende à sua misericórdia e graça, que restauram e
redimem o Seu povo.

INTRODUÇÃO
Este texto sagrado, é uma profecia messiânica acerca do justo rei
que estabelecerá a justiça na terra. A justiça é reconhecida como
um dos atributos morais de Deus. Teologicamente falando, a justiça
de Deus é a execução das penalidades impostas por suas leis;
podendo ser chamada de “santidade judicial”. Todos os tratos de
Deus com os homens se baseiam na sua justiça e misericórdia. O
próprio Deus faz questão de afirmar isso, dizendo: “Mas o que se
gloriar gloriese nisto: em me conhecer e saber que eu sou o
SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque
destas coisas me agrado, diz o SENHOR” (Jr 9.24). A Bíblia é
também o livro da justiça.

62
As páginas das Escrituras estão cheias de exemplos de justiça, bem
como de mandamentos acerca da justiça. Os estudiosos das línguas
originais da Bíblia o gostam de chamar de Yahweh-Tsidikenu, “O
Senhor é a nossa justiça” (Jr 23.6). Vejamos:

I. A Fundamentação da Justiça Divina


• Deus como Fonte de Justiça: Moisés e Davi reconhecem que
a justiça é um atributo inerente de Deus (Dt 32.36; 2Sm 23.3).
Esta verdade fundamenta o entendimento de que toda justiça
verdadeira origina-se de Deus, que é justo em todos os Seus
caminhos e julgamentos.
• Restauração através da Justiça: Jó e Eliú testemunham que
Deus é justo em Seus tratos com os homens (Jó 8.5-6; Jó
36.3). Deus não apenas executa a justiça, mas também usa
Sua justiça para restaurar e purificar Seu povo, indicando um
equilíbrio entre justiça e misericórdia.
• Justiça como Fundamento do Reino de Deus: Os Salmos e
Isaías destacam que a justiça é a base sobre a qual Deus
estabelece Seu reino e executa Seus julgamentos (Sl 9.8; Is
28.17). A promessa da justiça eterna é uma esperança para os
fiéis, assegurando que Deus reinará com justiça e equidade.

II. O Espírito da Justiça na Profecia e na Redenção


• Purificação e Juízo: Isaías fala da ação purificadora de Deus
entre Seu povo, usando a justiça como um meio de limpar a
imundícia e o sangue derramado (Is 4.4). Esta purificação
prenuncia a vinda do Messias, que estabeleceria a justiça final
e perfeita.

63
• A Expectativa da Justiça Divina: Isaías e Malaquias associam
a vinda do Messias com a manifestação da justiça divina (Is
30.18; Ml 4.2). A promessa do "sol da justiça" trazendo
salvação ilustra a completa restauração que viria por meio de
Cristo.
• Fome e Sede de Justiça Satisfeitas em Cristo: As palavras de
Jesus no Sermão da Montanha (Mt 5.6) ressoam a promessa
de que aqueles que anseiam por justiça serão satisfeitos. Isso
aponta para a justificação que encontramos em Cristo, onde
nossa necessidade de justiça é plenamente atendida.

III. Yahweh-Tsidikenu: O Cumprimento da Justiça Divina em


Cristo
• Cristo como Nossa Justiça: A profecia messiânica de
Jeremias (Jr 23.6) e a realidade do ministério de Jesus nos
revelam que Deus cumpre Sua promessa de justiça através de
Cristo. Jesus personifica e provê a justiça que satisfaz as
demandas divinas e nos reconcilia com Deus.
• O Papel do Espírito Santo: O Espírito Santo, prometido por
Cristo, atua como o agente de nossa santificação, nos
capacitando a viver vidas justas que refletem o caráter de
Deus. Ele nos empodera a buscar a justiça divina em nosso
caminhar diário.
• O Chamado à Justiça: Os seguidores de Cristo são chamados
a ser agentes de justiça no mundo, refletindo o caráter de
Yahweh-Tsidikenu em ações e em verdade. Isso envolve
promover a justiça social, defender os oprimidos e viver de
maneira que honre a Deus.

64
Conclusão:
Yahweh-Tsidikenu, "O Senhor é a nossa Justiça", revela a essência
da justiça divina como um atributo central de Deus que é vivificado
e compartilhado com a humanidade através de Jesus Cristo. Este
nome de Deus nos assegura de Sua justiça perfeita e do Seu
compromisso inabalável em restaurar e redimir Seu povo. Em
Cristo, encontramos a plenitude dessa justiça, que não apenas nos
justifica diante de Deus, mas também nos transforma, capacitando-
nos a viver de acordo com os padrões divinos de justiça e santidade.

A justiça é, sem dúvida, o maior clamor da humanidade. Todos os


pobres, inferiorizados, discriminados e oprimidos clamam por
justiça na terra! Todos nós almejamos por um mundo onde a justiça
social e a paz possam conviver juntas! A Bíblia prevê a realização
desse sonho através de Yahweh-Tsidikenu, “O Senhor é a nossa
justiça”!

65
SERMÃO-19
TEMA:
O SENHOR DE TODA A TERRA TEXTO

BASE:
Jeremias 27-05

INTRODUÇÃO
Este texto sagrado revela que Deus é o verdadeiro Senhor de toda
a terra. A Terra é o planeta que Deus escolheu para criar o homem
e entregou o domínio da terra ao mesmo, dizendo: “Frutificai, e
multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os
peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que
se move sobre a terra” (Gn 1.28). Portanto, Deus entregou o
domínio aéreo, marítimo, e terrestre ao homem. A terra é a casa dos
homens e a casa de todos os seres vivos. Entretanto, o homem deve
reconhecer que somos apenas estrangeiros e peregrinos neste
planeta, pois o verdadeiro dono do planeta Terra é o nosso Deus, o
Senhor de toda a terra (Lv 25.23). Vejamos:

A compreensão de Deus como "O Senhor de Toda a Terra"


atravessa toda a narrativa bíblica, revelando a soberania divina
sobre a criação. Este título não só enfatiza o domínio de Deus sobre
o planeta Terra, mas também sua propriedade e autoridade sobre
tudo o que nela existe.

66
Desde a promessa feita a Abraão até a esperança profética de novos
céus e nova terra, a Escritura constantemente nos lembra de que
Deus, como criador e sustentador, mantém um relacionamento
íntimo e governante com sua criação.

I. Soberania e Propriedade Divina


• Promessa e Propriedade: A promessa de Deus a Abraão (Gn
13.17) e a bênção de Melquisedeque (Gn 14.19) ilustram a
autoridade divina de conceder terra e bênçãos, enfatizando
Deus como o legítimo proprietário de tudo.
• Legislação e Cuidado: Levítico 25:23 destaca a propriedade
de Deus sobre a terra, lembrando ao povo que eles são meros
estrangeiros e peregrinos, sob a soberania de Deus. Esta
legislação divina visa promover justiça, equidade e cuidado
para com a criação.
• Reconhecimento e Gratidão: Deuteronômio 8:10 e Salmos
24:1 instam o povo a reconhecer a bondade de Deus e a
responder com gratidão e louvor, reconhecendo que tudo vem
das mãos do Senhor.

II. Missão e Autoridade de Cristo


• Autoridade para Perdoar: Mateus 9:6 e 28:18 destacam a
autoridade de Jesus na terra, incluindo o poder de perdoar
pecados e a autoridade suprema concedida a Ele após a
ressurreição, respectivamente. Isso reforça a concepção de
Cristo como Senhor sobre toda a criação.
• Paz e Reconciliação: Lucas 2:14 e Colossenses 1:20 falam da
missão de Cristo de trazer paz à terra e reconciliar todas as
coisas consigo mesmo, sublinhando o papel de Jesus na
restauração da harmonia na criação.

67
III. Esperança e Renovação Futura
• Renovação Prometida: 2 Pedro 3:13 e Apocalipse 21:1
apresentam a promessa de Deus de uma nova criação - novos
céus e nova terra - onde a justiça habitará, refletindo a
esperança eterna na plena restauração e redenção da criação.
• Universalidade do Senhorio de Deus: Isaías 54:5 identifica
Deus não apenas como o Redentor e o Marido de Israel, mas
também como "o Deus de toda a terra", destacando a
universal

CONCLUSÃO
O nosso Deus é o Senhor de toda a terra. Ele é o Senhor de todo o
mundo! É ele quem manda em cima e manda embaixo! É ele quem
manda no céu e manda na terra! Ele é Senhor no céu, Senhor na
terra, e Senhor debaixo da terra (Fp 2.11-13). Ele é o Senhor de
todas as coisas! Em Is 54.5, Isaías escreve, dizendo: “Porque o teu
Criador é o teu marido; o SENHOR dos Exércitos é o seu nome; e
o Santo de Israel é o teu Redentor; ele será chamado o Deus de toda
a terra.”

68
SERMÃO-20
LIÇÕES BÍBLICAS DA SAÚDE

TEXTO BASE:
Jeremias 30- 17

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, o Senhor promete restaurar a saúde do seu
povo e curar as suas chagas. A saúde é definida como o bom estado
das funções orgânicas, físicas e mentais. Significa também, vigor,
força e plena robustez. A Organização Mundial da Saúde (OMS)
define a saúde como “um estado de completo bem-estar físico,
mental e social e não apenas a ausência de doenças”. Em sentido
bíblico e teológico, saúde é o bem-estar físico, mental e espiritual.

Vejamos:

A narrativa bíblica coloca grande ênfase na saúde, não apenas como


uma condição física, mas como uma manifestação do cuidado e da
provisão divina em todas as esferas da vida humana. Desde as leis
dadas a Moisés até os milagres realizados por Jesus Cristo, a
Escritura vincula consistentemente a saúde ao cumprimento das
promessas divinas, à obediência, e à fé. A promessa de Deus em
restaurar a saúde do seu povo e curar suas chagas ressalta a
compaixão divina e seu poder restaurador, oferecendo uma visão
abrangente de bem-estar que transcende a mera ausência de
doença.

69
I. A Promessa Divina de Saúde
• Compromisso com a Saúde: Êxodo 15:26 e 23:25-26
destacam a promessa de Deus de sarar e proteger seu povo de
enfermidades como parte de sua aliança, condicionada à
obediência e ao serviço fiel ao Senhor. Isso sublinha a saúde
como um aspecto da relação pactual entre Deus e Israel.
• Saúde como Reflexo da Presença de Deus: A cura de
Ezequias (2Reis 20:7) e a recuperação da saúde prometida em
Jeremias 33:6 ilustram o desejo de Deus em restaurar física,
mental e espiritualmente seu povo, demonstrando que a saúde
é um sinal da benevolência e da presença restauradora de
Deus.

II. Saúde e Obediência

• Sabedoria e Saúde: Provérbios 3:7-8 e 4:22 vinculam a saúde


ao temor ao Senhor e à obediência aos seus mandamentos,
sugerindo que a verdadeira saúde emerge de uma vida
alinhada aos princípios divinos, onde a sabedoria de Deus
atua como um "remédio" para o corpo e o espírito.

• Consequências do Pecado: O salmo de Davi (Sl 38:3)


reconhece a correlação entre pecado e doença, ressaltando a
necessidade de confissão e arrependimento para a restauração
da saúde. Esse aspecto teológico salienta a integração entre
saúde espiritual e física.

III. Saúde, Fé e Ministério de Jesus


• Ministério de Cura de Jesus: Os evangelhos estão repletos de
relatos onde Jesus restaura a saúde física e espiritual das
pessoas (Mt 15:31; Lc 15:27), evidenciando a saúde como um
componente integral do reino de Deus.

70
Essas curas confirmam a autoridade de Jesus e servem como
um sinal do amor compassivo de Deus.
• Fé e Saúde: Em Atos 3:16, a fé em Jesus é apresentada como
a chave para a "perfeita saúde", destacando o papel da fé na
recepção da cura divina. O poder curativo de Jesus, operando
através da fé, sublinha a continuidade do ministério de cura
no contexto da Igreja Primitiva.
• O Ensinamento Apostólico sobre Saúde: A cura de Eneias por
Pedro (At 9:34) e a saudação de João a Gaio (3Jo 2) refletem
a continuidade do ministério de cura no seio da Igreja
primitiva e reforçam a compreensão de que a saúde abrange
o bem-estar físico, mental e espiritual. Os apóstolos, seguindo
o exemplo de Jesus, demonstram que a intervenção divina na
saúde dos indivíduos continua a ser uma manifestação do
reino de Deus na terra.

CONCLUSÃO
Celebremos neste dia a saúde que o Senhor nos deu. “É ele que
perdoa todas as tuas iniquidades e sara todas as tuas enfermidades;
quem redime a tua vida da perdição e te coroa de benignidade e de
misericórdia; quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua
mocidade se renova como a águia” (Sl 103.3-5).

71
SERMÃO-21
TEMA:
HÁ ESPERANÇA PARA O TEU FUTURO

TEXTO BASE:
Jeremias 31-17

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, o Senhor consola o seu povo através do
profeta Jeremias, dizendo: “Há esperança para o teu futuro, diz o
Senhor.” Uma das grandes preocupações das pessoas nos dias
modernos é com o seu futuro. Porém, somente a Palavra de Deus
assegura um futuro de esperança e de vitória para o povo de Deus.
Quem deposita em Deus a sua esperança tem a vitória garantida
nesta vida e também na vida futura.

I. A NOSSA ESPERANÇA NÃO SERÁ FRUSTRADA


1. Quem espera no Senhor não ficará frustrado. Pois, em Pv 23.18,
Salomão escreve: “Deveras há um fim bom; não será malograda a
tua esperança.”
2. Em Pv 24.14, a Bíblia diz: “Tal será o conhecimento da sabedoria
para a tua alma; se a achares, haverá para ti galardão, e não será
cortada a tua expectação.”
3. Em Is 49.23, o próprio Senhor da esperança consola ao seu povo,
dizendo: “saberás que eu sou o SENHOR e que os que confiam em
mim não serão confundidos”.

72
4. No Sl 119.116, o salmista implora ao Senhor, dizendo:
“Sustenta-me conforme a tua palavra, para que viva, e não me
deixes envergonhado da minha esperança.”

II. A NOSSA ESPERANÇA NÃO SE LIMITA APENAS A


ESTA VIDA
1. A nossa esperança vai ainda muito além desta vida. Em Pv 14.32,
o sábio Salomão escreve: “Pela sua malícia, será lançado fora o
ímpio, mas o justo até na sua morte tem esperança.”
2. Em 1Co 15.19, o apóstolo Paulo escreve: “Se esperamos em
Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os
homens.”
3. Em Cl 1.5, Paulo ainda afirma que a nossa esperança está
reservada nos céus.
4. Em Tt 2.13, a Bíblia afirma: Devemos aguardar “a bem-
aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e
nosso Senhor Jesus Cristo”.

CONCLUSÃO
A nossa esperança é como âncora da alma, segura e firme, e que
penetra até ao interior do véu (Hb 6.18-19). Portanto, há esperança
para o teu futuro; pois, a nossa esperança vai muito além do véu.

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SERMÃO-22
TEMA:
ALÉM DO QUE IMAGINAMOS

TEXTO BASE:
Jeremias 33-3

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, o Senhor promete nos anunciar coisas grandes,
ocultas e firmes que não sabemos. O Senhor promete nos revelar
coisas bem além do que imaginamos. O nosso Deus revela o oculto
e o escondido. Os segredos do Senhor são para aqueles que o
buscam de todo o coração.

I. DEUS REVELA O PROFUNDO E O ESCONDIDO


1. O nosso Deus, é um Deus revelador de mistérios. Em Dn 2.22, o
profeta Daniel escreve: “Ele revela o profundo e o escondido e
conhece o que está em trevas; e com ele mora a luz.”
2. Em Dn 2.47, o próprio rei Nabucodonosor teve que reconhecer
isso, dizendo a Daniel: “Certamente, o vosso Deus é o Deus dos
deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador dos segredos, pois
pudeste revelar este segredo.”
3. Em Is 45.2-3, o Senhor promete nos revelar as riquezas
encobertas, dizendo: “Eu irei adiante de ti, e endireitarei os
caminhos tortos; quebrarei as portas de bronze e despedaçarei os
ferrolhos de ferro.

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E te darei os tesouros das escuridades e as riquezas encobertas, para
que possas saber que eu sou o SENHOR, o Deus de Israel, que te
chama pelo teu nome.”

II. DEUS FAZ ALÉM DO QUE IMAGINAMOS


1. O nosso Deus faz muito mais do que imaginamos. Em Ef 3.20,
Paulo escreve que o Senhor “é poderoso para fazer tudo muito mais
abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo
o poder que em nós opera”.
2. Em 2Cr 1.7-12, o Senhor prometeu fazer na vida de Salomão,
muito mais do que ele pediu e pensou.
3. Em 2Sm 7.9-17, o Senhor prometeu fazer na vida de Davi e dos
seus descendentes, muito mais do que Davi sonhou, pensou ou
imaginou.

CONCLUSÃO
Vale a pena clamarmos ao Senhor; pois, ele está pronto a nos
revelar grandes coisas. No Sl 25.14, o rei Davi afirma: “O segredo
do SENHOR é para os que o temem; e ele lhes fará saber o seu
concerto.”

75
SERMÃO 23
TEMA:
SER CHAMADO DE HOMEM DE DEUS É PARA POUCOS

TEXTO BASE:
Jeremias 35-04

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, a própria Palavra de Deus chama Jigdalias de
homem de Deus. Percebemos em nossos dias uma certa
vulgarização da expressão “homem de Deus”. Hoje em dia,
qualquer pessoa que carrega um título eclesiástico é chamado de
“homem de Deus” e nem sempre são. Poucas pessoas foram
chamadas de “homem de Deus” na Bíblia. Lógico que, algumas
pessoas que não foram chamadas de “homem de Deus”, certamente
o eram por sua postura e atitude de um homem de Deus. Entretanto,
é preciso tomar cuidado para não banalizar esta expressão tão séria
e santa. Vejamos:

Distinção de ser chamado "homem de Deus" na Bíblia carrega um


peso significativo, refletindo não apenas um título, mas uma vida
vivida em estreita comunhão e obediência a Deus. Essa designação
é reservada para aqueles cujas vidas exemplificam uma dedicação
inabalável à vontade de Deus, servindo como canais através dos
quais Sua vontade, poder e propósitos são manifestados na terra. O
chamado para ser um "homem de Deus" é, portanto, uma vocação
alta, marcada pela fidelidade, integridade moral e espiritual, e um
compromisso profundo com a justiça e a verdade de Deus.

76
I. O Significado de Ser Chamado "Homem de Deus"
• Moisés: Sendo o primeiro a receber essa designação, Moisés
é reconhecido pela sua liderança, obediência e intercessão em
nome do povo de Israel. A bênção que ele proferiu sobre
Israel antes de sua morte (Dt 33.1) solidifica seu legado como
um mediador entre Deus e Seu povo.
• Samuel: Samuel é destacado por sua honradez e fidelidade a
Deus desde a juventude. Sua vida é marcada por responder ao
chamado de Deus e liderar Israel com integridade, servindo
como profeta, juiz e conselheiro espiritual (1Sm 9.6).
• Davi: Apesar de seus erros e falhas, Davi é lembrado por seu
coração voltado para Deus. Sua vida de adoração,
arrependimento e desejo de seguir a vontade de Deus
exemplifica o que significa ser "homem de Deus" (2Cr 8.14).
• Elias e Eliseu: Elias e Eliseu demonstram o poder de Deus
operando através de homens dedicados a Ele. Os milagres e
a autoridade profética de ambos mostram a força e a proteção
divinas concedidas aos que são fiéis (2Rs 1.12; 2Rs 4.8-9).
• Semaías, Jigdalias e Timóteo: Esses homens, cada um em seu
contexto, demonstram fidelidade a Deus e são instrumentos
de Sua vontade. Eles exemplificam diferentes aspectos do
ministério divino, seja na profecia, ensino ou liderança (1Rs
12.22; Jr 35.4; 1Tm 6.11).

II. Características de um "Homem de Deus"


• Fidelidade a Deus: Acima de tudo, um "homem de Deus" é
caracterizado por sua fidelidade e obediência inabaláveis às
instruções de Deus.
• Integridade e Justiça: A vida de um "homem de Deus" é
marcada por uma busca constante pela justiça, piedade, fé,
amor, paciência e mansidão.

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• Serviço e Sacrifício: A disposição de servir a Deus e ao
próximo, muitas vezes à custa do próprio bem-estar, é uma
marca distintiva.
• Humildade e Dependência de Deus: Reconhecendo que
qualquer poder ou autoridade que possuam vem de Deus, eles
vivem em humilde dependência d'Ele.

III. A Atualidade do Chamado


O chamado para ser um "homem de Deus" permanece relevante.
Em um mundo marcado por valores distorcidos, a necessidade de
indivíduos que personifiquem os princípios divinos é mais
premente do que nunca. Este chamado é um lembrete constante de
que, para refletir verdadeiramente Deus em nossas vidas, devemos
priorizar a Sua vontade acima de tudo.

Conclusão
Ser chamado de "homem de Deus" é uma honra que exige uma vida
de compromisso total com Deus. Não é um título para ser tomado
levianamente, mas um lembrete de nossa responsabilidade em
viver de maneira que glorifique a Deus, reflita Seu caráter e cumpra
Seu propósito. Através da fidelidade, obediência e amor, podemos
aspirar a ser reconhecidos por Deus, e talvez pelos outros, como
verdadeiros "homens de Deus".

Quem é homem de Deus foge do pecado e segue a justiça, a


piedade, a fé, o amor, a constância, e a mansidão. Você pratica estas
coisas? Se a resposta for sim, você é homem de Deus.

78
SERMÃO 24
TEMA:
AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DO LIVRO

Texto:
Jeremias 36-18

INTRODUÇÃO
Este texto sagrado descreve a forma primitiva como os livros da
Bíblia eram escritos. O primeiro livro do mundo que se tem registro
são trechos de poemas sobre um rei da Mesopotâmia. Esse livro foi
escrito em cerâmica e pedra, como era o costume na época.

Entretanto, o primeiro livro a ser publicado no mundo foi a Bíblia


em 1455, por Johannes Gutenberg, o inventor da imprensa. Ele
inventou a prensa de tipos móveis, e revolucionou a produção de
livros da época. Graças a essa invenção, os livros, que antes eram
reproduzidos à mão, passaram a ser impressos e produzidos de
forma mais rápida e barata. Essa invenção foi de extrema
importância na época do Renascimento, pois favoreceu a
circulação de ideias e conhecimentos de forma mais rápida. O
invento também favoreceu o processo das grandes reformas
religiosas no século 16. Vejamos:

79
I. A Evolução do Livro e a Revolução Gutenberguiana
Diversidade de Materiais: A adaptação humana ao uso de variados
materiais para a criação de livros reflete a engenhosidade e a busca
incessante pelo conhecimento. Desde as folhas de palmeira até as
modernas páginas de papel, cada inovação representou um passo
adiante na disseminação da cultura e da informação.
O Surgimento do Papel: A invenção do papel na China e sua
posterior difusão para o Ocidente evidenciam a importância desse
suporte para a escrita na democratização do acesso ao
conhecimento, permitindo uma produção mais ampla e acessível
de textos.
A Imprensa de Gutenberg: A introdução da prensa móvel por
Johannes Gutenberg no século XV marca um divisor de águas na
história do livro, tornando a produção de textos mais eficiente e
menos custosa, e pavimentando o caminho para o Renascimento e
as reformas religiosas que remodelaram o mundo ocidental.

II. A Bíblia: O Livro dos Livros


Um Best-seller Atemporal: A Bíblia não é apenas o livro mais
vendido, mas também o mais traduzido e distribuído em todo o
mundo. Sua influência transcende fronteiras culturais e temporais,
impactando profundamente a moralidade, a ética e a espiritualidade
humanas.
Inerrância e Autoridade: A Bíblia é vista pelos cristãos não apenas
como uma coleção de textos religiosos, mas como a palavra de
Deus revelada à humanidade. Sua autoridade e inerrância são
pilares para a fé e a prática cristã, oferecendo orientação e conforto
para milhões de crentes.
Um Convite à Leitura e à Meditação: A exortação para ler, meditar
e aplicar os ensinamentos bíblicos é um tema recorrente nas
Escrituras (Js 1.8; 1Tm 4.13). A prática da leitura da Bíblia

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promove crescimento espiritual, sabedoria e um relacionamento
mais profundo com Deus.

III. A Importância da Leitura para o Desenvolvimento Humano


Fomentando o Conhecimento e o Crescimento Pessoal: A leitura é
essencial para o desenvolvimento intelectual, moral e espiritual.
Livros, especialmente a Bíblia, são fontes ricas de sabedoria,
desafiando os leitores a crescerem em seu entendimento e em sua
fé.
Um Desafio à Leitura Consciente: Num mundo saturado de
informações e distrações, fazer da leitura uma prática regular é um
desafio que requer disciplina. No entanto, os benefícios dessa
prática para o enriquecimento pessoal e espiritual são inegáveis.

Conclusão
A trajetória do livro, desde suas origens até a atualidade, revela o
papel indelével que ele desempenha na preservação do
conhecimento, na propagação da fé e no desenvolvimento da
civilização. A Bíblia, em particular, continua a ser uma fonte
inesgotável de sabedoria e orientação espiritual, testemunhando o
poder transformador da palavra de Deus na vida das pessoas.
Apreciar a história e o valor dos livros é reconhecer sua capacidade
de moldar indivíduos e sociedades para o bem.

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SERMÃO-25
TEMA:
O SIGNIFICADO ESPIRITUAL DA COURAÇA

TEXTO BASE:
Jeremias 46-04

INTRODUÇÃO
Neste texto sagrado, o profeta manda os soldados se apresentarem
com capacetes, vestidos com couraças para enfrentarem a batalha.
A “couraça”, é definida como uma armadura para proteger as
costas e o peito. Os navios, por exemplo, possuem um revestimento
de aço que os deixa encouraçados contra a artilharia inimiga. A
couraça é uma blindagem de proteção. O crente precisa ser
blindado por Deus para se proteger contra o ataque do inimigo.
Paulo nos manda vestir a couraça da justiça (Ef 6.14). A justiça fala
do mérito de Cristo e não nosso. A nossa vitória é por causa da
justiça de Cristo em nosso favor.

Vejamos:

A COURAÇA NAS ESCRITURAS


1. Quando Cristo assumiu os nossos pecados na cruz, fomos feitos
justiça de Deus. Através da couraça da justiça, estamos protegidos
das flechas do inimigo. Esta arma de proteção para a nossa vida foi
conquistada pelo próprio Cristo (1Co 1.30).

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2. Em 1Sm 17.5, a Bíblia diz que Golias “vestia uma couraça de
escamas; e era o peso da couraça de cinco mil siclos de bronze”.
Ou seja, só a couraça de Golias pesava cerca de 60 quilos! Porém
a couraça da justiça é mais poderosa do que a couraça de bronze de
Golias!
3. Em 1Sm 17.38-39, Saul também vestiu a Davi de uma couraça,
porém, Davi recusou a couraça de Saul, confiando na couraça
espiritual (1Sm 17.45).
4. Em 1Rs 22.34, a Bíblia descreve a brecha que existia na couraça
de Acabe, dizendo: “Então, um homem entesou o arco, na sua
simplicidade, e feriu o rei de Israel por entre as fivelas e as
couraças; então, ele disse ao seu carreteiro: Vira a tua mão e tira-
me do exército, porque estou gravemente ferido.” Através deste
exemplo, podemos aprender que o cristão não pode deixar
nenhuma brecha para o inimigo em sua armadura.
5. Em 2Cr 26.14, a Bíblia afirma que Uzias, rei de Judá, preparou
para o exército, escudos, lanças, capacetes, couraças e arcos e até
fundas para atirar pedras. E, em Ne 4.16, a Bíblia diz que metade
dos moços de Neemias trabalhava na obra e a outra metade
empunhava lanças, escudos, arcos e couraças.
6. Em Jó 41.13, o próprio Deus elogia a couraça impenetrável do
grande crocodilo leviatã, dizendo: “Quem descobriria a superfície
da sua veste? Quem entrará entre as suas queixadas dobradas?”
7. Em Is 59.17, o profeta Isaías descreve o próprio Senhor vestido
da couraça da justiça, dizendo: “porque se revestiu de justiça, como
de uma couraça, e pôs o elmo da salvação na sua cabeça, e tomou
vestes de vingança por vestidura, e cobriu-se de zelo, como de um
manto”.
8. Em Ef 6.14, Paulo diz: “Estai, pois, firmes, tendo cingidos os
vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça.” E,
em 1Ts 5.8, Paulo ainda escreve, dizendo: “Nós, porém, que somos

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do dia, sejamos sóbrios, revestindo-vos da couraça da fé e do amor
e tomando como capacete a esperança da salvação.”
9. No Sl 132.9, o salmista escreve, dizendo: “Vistam-se os teus
sacerdotes de justiça, e alegrem-se os teus santos.”
10. Em Is 61.10, o profeta Isaías descreve a Igreja revestida de
justiça, dizendo: “Regozijar-me-ei muito no SENHOR, a minha
alma se alegra no meu Deus, porque me vestiu de vestes de
salvação, me cobriu com um manto de justiça, como um noivo que
se adorna com atavios e como noiva que se enfeita com as suas
joias.”

CONCLUSÃO
A couraça da justiça protege o nosso coração das flechas de
acusação do inimigo. O Senhor nos cobriu com o seu manto de
justiça. O nosso perdão e a nossa salvação é com base na justiça de
Cristo. Não temos justiça própria. Cristo é a nossa justiça! (2Co
5.20-21).

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AGRADECIMENTOS!
Agradecimento aos Leitores

Querido leitor,

À medida que você chega ao fim deste e-book, gostaríamos de


expressar nossa mais profunda gratidão por dedicar seu tempo e
atenção à exploração dos "50 Esboços de Sermões em Jeremias".
Seu interesse e disposição para mergulhar mais fundo nas verdades
eternas do livro de Jeremias é não apenas um testemunho de sua
sede por conhecimento espiritual, mas também uma fonte de
encorajamento para nós.

Compreendemos que a jornada espiritual é repleta de desafios e


buscas por compreensão, e estamos verdadeiramente honrados por
ter a oportunidade de acompanhar você, mesmo que de forma
modesta, neste caminho de crescimento e descoberta. Acreditamos
firmemente que cada palavra da Escritura é inspirada e tem o poder
de transformar vidas, e esperamos que este e-book tenha servido
como uma ferramenta útil em sua busca por uma fé mais profunda
e uma compreensão mais rica da palavra de Deus.

Gostaríamos de agradecer-lhe não apenas pela sua escolha de ler


este e-book, mas também pelo seu compromisso em aplicar os
ensinamentos bíblicos à sua vida. É nosso desejo sincero que as
lições contidas nestas páginas tenham inspirado você a viver de
maneira mais alinhada com os propósitos divinos e a se engajar em
uma prática espiritual mais profunda e significativa.

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Seu apoio é imensamente apreciado e não passa despercebido.
Encorajamos você a continuar compartilhando as verdades
encontradas na Bíblia com aqueles ao seu redor e a ser um farol de
luz em um mundo que tanto necessita da esperança e do amor que
somente Deus pode oferecer.

Por fim, gostaríamos de reiterar nossa gratidão pela sua presença e


participação neste projeto. Que você seja abundantemente
abençoado em sua jornada espiritual, e que a graça e a paz de nosso
Senhor estejam sempre com você.

Com sinceros
agradecimentos e bênçãos,

Welliton Alves

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