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PORTO VELHO
2015
CLEYTON SILVA FERREIRA
PORTO VELHO
2015
CLEYTON SILVA FERREIRA
Área de concentração:
Data da apresentação:
Resultado: ______________________
BANCA EXAMINADORA:
Prof.
Universidade Cidade de São Paulo ____________________________________
Prof.
Universidade Cidade de São Paulo _____________________________________
Dedico esse trabalho aos meus pais, e
familiares pelo apoio e incentivo aos meus
estudos e aperfeiçoamentos.
AGRADECIMENTOS
Paving for a county is vitally important because it generates physical integration with
other cities and cheapens the disposal costs of the farmers' production, in the state of
Rondônia in a more traditional approach is used, for the most time, flexible asphalt
pavement with granulometry stabilized soil base with or without mixtures. This study
aims to minimize costs by using as base soils in nature from the site. It was
conducted analyzes of soil samples collected in the city of Ji-Paraná - RO, in order to
make a comparison between the results, it was first performed the traditional
classifications which comprises the grading tests, liquid limit and plasticity index, later
this same soil was classified by MCT method, developed for tropical regions,
compaction tests of mini-MCV and weight loss were performed by immersion. With
favorable weather conditions in the region, the soil samples were shown to be viable
for the use of laterite soil with a basis for inexpensive paving execution, where the
material studied had the results, a lateritic base (SAFL), type clayey laterite (LG')
which in qualifying order of efficacy is considered "good", such as soil behavior to be
used as SAFL base, presenting a cost reduction of about 74,13% of the conventional
base. The results were satisfactory as the execution of the floor using the SAFL
base, and with a considerable reduction of costs for urban roads pavements.
% - Percentual
“ - Polegada
°C - Grau Celsius
A - areia
A’ - arenoso
AASHTO - American Association of State Highway and Transportation Officials
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
ALA - bases de solo laterítico-agregado com mistura de areia
ASTM - American Society for Testing and Material
Aw - clima tropical com inverno seco
BPR - Bureau of Public Roads
c' - coeficiente de deformabilidade da classificação MCT
CBR - California Bearing Ratio
CBUQ - concreto betuminoso usinado a quente
cm - centímetro
CM-30 - asfalto diluído de petróleo
Cwa - clima quente com inverno seco
Cwb - clima temperado com inverno seco
d' - coeficiente que caracteriza o ramo seco da curva de compactação
obtida pelo método MCT
DER - Departamento de Estradas de Rodagem
DNER - Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
DNIT - Departamento Nacional de Infra-estrutura e Transporte
e’ - índice de classificação MCT, calculado em função de Pi e d’
EMBRAPA - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
g - grama
G’ - argiloso
GC - grau de compactação
HRB - Highway Research Board
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IG - índice de grupo
IP - índice de plasticidade
ISC - índice de suporte califórnia
kgf - quilograma força
km - quilometro
L - solos de comportamento laterítico, da classificação MCT
LA - areia laterítica quartzosa
LA’ - solo arenoso laterítico
LG’ - solo argiloso laterítico
LL - limite de liquidez
LP - limite de plasticidade
m - metro
m2 - metro quadrado
m3 - metro cúbico
MB - macadame betuminoso
MCT - Miniatura, Compactado, Tropical
MCV - Moisture Condition Value
Mini-CBR - ensaio de suporte da metodologia MCT
Mini-MCV - ensaio MCT ou valor de MCV da metodologia MCT
mm - milímetro
N - solos não laterítico
NA - areias, siltes e misturas de areias não laterítico
NA’ - misturas de areias quartzosas não laterítico
NBR - Norma Brasileira Registrada
NG’ - solo argiloso não laterítico
NS’ - solo siltoso não laterítico
Nt - número de eixo simples roda dupla
Pi - coeficiente que caracteriza a perda de massa por imersão, na
classificação MCT
PN - Proctor Normal
psi - libra por polegada quadrada
PV34 - Argissolos Vermelho, (PV Eutrófico+ PV Distrófico+ NV Eutrófico)
R$ - real
RR-2C - emulsão asfáltica de ruptura rápida
S’ - siltoso
SAFL - solo arenoso fino laterítico
SEDAM - Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental
SLAD - bases de solo laterítico-agregado com mistura de brita
T - tonelada
TSD - tratamento superficial duplo
TSS - tratamento superficial simples
TST - tratamento superficial triplo
US$ - dólar
USCS - Unified Soil Classification System
USP - Universidade de São Paulo
εt - deformações de tração Os solos lateríticos representados pela letra
σz - tensão de compressão
SUMÁRIO
1. INTRODUCAO........................................................................................ 13
2. REVISÃO DA LITERATURA.................................................................. 17
2.1 Definição de Pavimento........................................................................ 17
2.2 Classificação dos Pavimentos............................................................. 18
2.2.1 Pavimentos Flexíveis............................................................................ 18
2.2.2 Pavimentos Semirrígidos..................................................................... 20
2.2.3 Pavimentos Rígidos.............................................................................. 20
2.3 Camadas Integrantes de um Pavimento............................................. 21
2.3.1 Revestimento Utilizado no Estado de Rondônia................................ 22
2.3.1.1 Tratamento Superficiais................................................................ 23
2.4 Tipos de Bases..................................................................................... 24
2.4.1 Base Rígida........................................................................................... 24
2.4.2 Base Flexível......................................................................................... 25
2.5 Descrição dos Solos............................................................................ 27
2.5.1 Classificação dos Solos....................................................................... 29
2.5.1.1 Sistema de Classificação Unificada USCS.................................. 30
2.5.1.2 Sistema de Classificação HRB.................................................... 31
2.5.1.3 Sistema de Classificação, MCT................................................... 33
2.6 Pavimento de Baixo Custo................................................................. 37
2.6.1 Conceito................................................................................................. 37
2.6.2 Economia Estimada de Custo.............................................................. 38
2.6.3 Viabilidade de Economia...................................................................... 38
2.6.4 Estimativa de Custo na Pavimentação................................................ 39
3. METODOLOGIA DA PESQUISA............................................................ 42
3.1 Característica do Local de Estudo....................................................... 42
3.1.1 Coleta de Amostras............................................................................... 43
3.2 Caracterização Geotécnica dos Solos do Estado
de Rondônia........................................................................................... 46
3.2.1 Análise Granulométrica do Solo.......................................................... 50
3.2.2 Limites Físicos de Atterberg................................................................ 50
3.2.3 Compactação......................................................................................... 50
3.2.4 Determinação do Teor de Humidade................................................... 50
3.2.5 Capacidades de Suporte e Expansão.................................................. 51
3.2.6 Classificação do MCT............................................................................ 51
3.3 CBR – California Bearing Ratio............................................................ 51
4. RESULTADOS........................................................................................ 53
4.1 Caracterização Geotécnica................................................................... 53
4.1.1 Análise Granulométrica........................................................................ 53
4.1.2 Limites Físicos de Atterberg................................................................ 54
4.1.3 Compactação......................................................................................... 54
4.1.4 Capacidade de Suporte e Expansão.................................................... 55
4.1.5 Classificação MCT................................................................................. 56
4.1.6 Análise de Custo e Execução do Pavimento...................................... 59
5. CONCLUSÃO........................................................................................... 62
REFERÊNCIAS......................................................................................... 63
13
1. INTRODUÇÃO
requer equipamentos caros nem mão de obra com alto conhecimento técnico para
sua execução. O custo para a implantação do pavimento superficial duplo (TSD) se
torna o mais atraente com uma boa durabilidade e atendendo assim as
necessidades da comunidade.
Em contraposição ao pavimento tradicional, (o qual grande parte dos
engenheiros rodoviários estão habituado a trabalhar) foi devolvida por engenheiros
nas últimas décadas estudos de novas tecnologias nacionais para executar
pavimentos de baixo custo utilizando solos lateríticos de regiões tropicais encontrado
em quase toda a extensão do território nacional, solo este que se mostrou uma
excelente opção para os municípios afim de pavimentar suas vias urbanas de
tráfego leve a médio (VILLIBOR; NOGAMI, 2009). Uma vez executados um trecho
de pavimento teste na década de setenta no estado de São Paulo com base de solo
arenoso laterítico de granulação fina, conhecido como Solos Arenosos Finos
Lateríticos (SAFL), o qual foi monitorado periodicamente. Os resultados
surpreenderam até mesmos os seus idealizadores, pois o experimento fora
projetado para uma vida útil de três anos e se mostrou ser altamente satisfatório
depois de seis anos de uso, com ótimo desempenho e condições de tráfego, trecho
esse revestido com tratamento superficial (VILLIBOR et al, 2009).
Todavia, nos pavimentos ditos tradicionais e os pavimentos econômicos
estudados e desenvolvidos no Brasil principalmente por Villibor e Nogami (2009)
apresentam alguns pontos negativos, quando se menciona a exploração das jazidas
(descrição sintética das áreas de empréstimo de material mineral) e o transporte do
material explorado a serem utilizadas no empreendimento, como por exemplo,
impactos ambientais sobre os meios físico, biótico e antrópico, nas áreas de
influência das jazidas e no percurso dos caminhos até o empreendimento.
Os impactos ambientais é descrito conforme a Resolução CONAMA Nº 001
de 23 de janeiro de 1986 (BRASIL, 1986) como qualquer alteração das propriedades
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de
matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente,
afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e
econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente e a
qualidade dos recursos ambientais.
15
estudo propõe alternativas de solos abundante na região para que se possa diminuir
custos de aquisição de jazidas e materiais provenientes e até mesmo com a
supressão dos transportes desses materiais até o local do empreendimento.
17
2. REVISÃO DA LITERATURA
Solo Estabilizado: esse tipo de base tem que satisfazer os seguintes critérios
de especificações – granulometria, limite de liquidez e índices de plasticidade.
Estes parâmetros podem ser alcançados naturalmente quando ocorre a
estabilização da própria distribuição granulométrica dos grãos a qual é
denominada de base estabilizada granulometricamente ou artificialmente no
caso da base necessitar que algum tipo de adição por meio pedra britada
para suprir a ausência dos agregados graúdos sendo este denominado de
base solo-brita e/ou obtida através da mistura de aglutinante, como o asfalto,
ao solo denominando-o de solo betume.
Esse tipo de base é o mais utilizado para a execução dos pavimentos dentro
do Estado de Rondônia, sendo relativamente baixo seu custo em especial o a base
estabilizada granulometricamente sem adição.
Macadame Hidráulico: trata-se de material proveniente de pedra britada o qual
esse material de dispõem engranzados entre si tendo um material de
enchimento que tem como função principal travar os agregados graúdos e
também agir como eventual aglutinador de partículas, a introdução deste
material de enchimento nos vazios do agregado graúdo e realizado através de
irrigação de água, esta base pode ter uma ou mais camadas de material de
pedra britada.
Brita Graduada: é uma mistura mais bem elaborada pois é feita em usina e
dosada com maior controle, seu traço é previamente dosado contendo material
de enchimento, água e eventual cimento, é um substituto da base de
macadame hidráulico por ter uma grande vantagem no controle dos materiais e
principalmente no que reportar-se a execução.
Macadame Betuminoso: consiste na variação do macadame hidráulico com a
superposição de camadas de agregados interligadas por pinturas de material
betuminoso, sua distribuição granulométrica se dá em um gradiente de
agregados iniciando em baixo com graúdos e finalizado com os menores
26
2.6.1. Conceito
3. METODOLOGIA DA PESQUISA
Área a ser
pavimentada
Área a ser
pavimentada
Figura 16 fotos
Fonte: Google maps, 2015 e Foto Ferreira, 2015.
17 fotos
1
Cerosidade do solo é um filme de argila ou película iluvial que reveste unidades estruturais do solo.
Caracteriza-se por um revestimento de argila cristalinas alumino-silicatadas, orientadas ou não,
revestindo agregados e/ou poros. É resultado da movimentação ou migração de argila no perfil do
solo. Confere às superfícies a que revestes um aspecto lustroso, quando bem desenvolvida,
tornando-se facilmente perceptível
49
ÁREA EM
ESTUDO
3.2.3. Compactação
O CBR, por tradução Índice Suporte Califórnia (ISC), pode ser definido como
a relação percentual entre a pressão necessária para fazer penetrar, de maneira
padronizada, um pistão numa amostra de solo convenientemente preparada e a uma
amostra padrão de pedra britada, exigindo a pressão de 1.000 psi para a penetração
de 0,1” ou 1.500 psi para a penetração de 0,2”, o seu resultado do CBR é
expressado em percentual da relação da penetração calculada pela penetração
padrão, adotando o maior valor do índice de penetração de 0,1 e 0,2 polegadas
(BRASIL, 2006).
52
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
As amostras das análises indicaram que são solos finos com diâmetros de
partículas menores que 0,075mm (cerca de 43% a 65% de argila e silte) e
percentual de solo que passa na peneira de abertura de 2,00mm é de
aproximadamente 97%, conforme Figura 22.
54
Figura 24 – Curva Granulométrica dos Solos Coletados – Ensaio de Granulometria por Peneiramento
4.1.3. Compactação
Foi verificada uma variação nos resultados das amostras de ISC (Índice
Suporte Califórnia) de 4,61% a 10,25%. Nesta fase foi realizado ensaio em um corpo
de prova na energia normal de compactação (12 golpes Proctor Normal - PN), onde
a Figura 23 apresenta os valores relativos à expansão das amostras, que mesmo a
amostra 03 demonstrando um valor mais alto, esse resultado não apresenta
diferença estatisticamente significativa quando comparado as amostras 01 e 02.
A NBR 7207/82 estabelece que os solos para subleito devem apresentar valores de
expansão de até 2% e para sub-base é de até 1%. Os resultados obtidos na Figura
24 demonstram que todas as amostras podem ser aplicadas em camada final de
terraplanagem, observando que os materiais utilizados para execução da base SAFL
são os mesmos ensaiados que foram extraídos no subleito das ruas.
56
Tabela 2 - Hierarquização das classes dos solos com subleito no sistema USCS e
HRB.
Tabela 3 - Hierarquização das classes dos solos como subleito no sistema MCT.
Figura 25. Gráfico da Classificação MCT com a localização das 03 amostras de solo.
Amostra 01
Amostra 02
Amostra 03
Estudos realizados por Villibor & Nogami (2009), ressaltam que os SALF mais
adequados para utilização na pavimentação são os pertencentes aos grupos LA, LA’
e LG’. Os resultados do presente estudo demonstram que as amostras de solo
coletadas pertencem ao Grupo LG’, estando o coeficiente c’ entre 1,8 e 2,2, podendo
ser utilizado para pavimentação de vias de transito leve, com predomínio de veículos
de passeio e com no máximo 5 veículos comerciais por dia.
granular sem mistura de R$20,29/m³ para uma base SAFL de R$5,25/m³, conforme
exposto na Tabela 5.
Neste sentido, o custo da base SAFL tem uma redução de cerca de 74,13%
da base convencional (extraída de jazida) com uma distância média de transporte de
15km (essa distância é a média praticada na cidade de Ji-Paraná/RO, quando os
órgãos públicos licitam as obras de pavimentação), mostrando assim, a viabilidade
da execução e do aproveitamento do solo local para pavimentos de tráfego leve
(menos de 50 veículos comerciais por dia).
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
NOGAMI, J.S; VILLIBOR, D.F. Uma nova classificação de solos para finalidades
rodoviárias. Simpósio Brasileiro de Solos Tropicais em Engenharia.
COPPE/UFRJ; CNPq; ABMS. Rio de Janeiro, 1981.
NOGAMI, J.S; VILLIBOR, D.F. Peculiarities of fine grained stabilized lateritics soils.
TropicalLS’85, ABMS, p. 327-337, 1985.
PINTO, C.S. Curso Básico de Mecânica dos Solos. São Pulo: Editora Oficina de
Textos, 2000.
VIEIRA, L.S. Manual de Ciência do solo: com ênfase aos solos tropicais. São
Paulo: Agronômica Ceres, 1988.