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Doces Sonhos

SWEET DREAMS

Série
HALLE PUMAS
LIVRO DOIS
HAS

DANA MARIE BELL


Envio: Soryu
Tradução: Maryh
Revisão Inicial: Dricatex, Rute Gontijo, Thay
Revisão Final: Vilma
Leitura Final: Estephanie
Formatação: Chayra Moom
Argumento

Os doces sonhos podem facilmente tornarem-se


pesadelos.

Sofrer o ataque de uma maníaca enlouquecida, com


garras e presas certamente não estava na agenda de
Rebecca Yaeger quando concordou em participar de um
Baile de Fantasias local. Em um difícil momento, Becky se
inteira de coisas sobre seus amigos e o homem que ama
que nunca teria suspeitado.

Quando Simon resgatou Becky de um ataque não


provocado por um dos de sua manada, finalmente
confirmou o que por muito tempo suspeitou: que ela é sua
companheira. Levá-la para casa e curar suas feridas lhe dá
a oportunidade que estava esperando... Degustá-la e
marcá-la como sua. E ela é muito mais doce que qualquer
outra coisa, ou que nenhuma outra pessoa que jamais
tenha tido antes.

Justo quando seus problemas parecem coisa do


passado, uma estranha enfermidade começa a rondar
Becky, ameaçando converter seus doces sonhos em um
pesadelo.
Informação da série:
1. The Wallflower
1.5 - Treasure Hunting - J.B. McDonald
2. Doces Sonhos
3. Um gato diferente
4. Steel Beauty
5. Only in My Dreams

Novelas
4.1- Little Red
4.2- The Ornament, Max & Emma
4.3- The Ornament, Simon & Becky
4.4- The Ornament, Adrian & Sheri
Capitulo 1

OH, sim. Vem para festa à fantasia, dizia-me. Simon


estará lá e ele te deseja, dizia-me. Será divertido, dizia-me.

Chutarei tanto o traseiro da Emma por isso...

Um grunhido baixo e desumano retumbou da


garganta da Lívia Patterson. Becky retrocedeu,
sobressaltada ao ouvir o som procedente da loira. Os
cabelos da parte traseira de seu pescoço arrepiaram
enquanto pouco a pouco Lívia caminhava para frente, seus
lábios levantados em um sorriso selvagem. Seus dentes
eram muito afiados. Seus olhos eram estranhos também.
Brilhavam como os de um gato na penumbra fornecida
pelas lanternas de papel.

Se eu viver o suficiente.

Becky deu outro passo para trás, seu coração pulsava


com força pelo medo. As unhas da mulher haviam se
convertido em garras.

—Uau. Bons efeitos especiais — riu nervosamente. —


Realmente não vai com o traje de gentil donzela, apesar de
tudo. É possível que queira repensar.
A resposta da Lívia foi um grunhido assobiante que
revelou uma boca cheia de dentes afiados como navalhas.

—Está bem, não são efeitos especiais — nunca havia


estado mais agradecida por ter decidido levar um
verdadeiro aço em lugar de um brinquedo de plástico com
seu traje de bandida. Tirou sua espada e apontou a Lívia.
Obrigada Deus por essas lições de esgrima que tomei na
universidade. —Maldição, sempre soube que era uma
cadela, mas isto é ridículo.

Lívia se equilibrou sobre ela. Com essas garras


negras afiadas passando ao longo de seu braço com a
espada, fragmentando a renda e quase jogando Becky de
costas no chão.

—Ai!

Becky ficou sem fôlego ante a transformação de Lívia.


Assim que Lívia se equilibrou, Becky repeliu cortando o
braço dela. Desta vez foi ela quem sangrou.

Estranhos sons saíram de Lívia. Eram espantosos


como o inferno. Ela bufou, depois grunhiu, e finalmente
soltou um grito. Soou como um dos grandes felinos do
zoológico. Se Becky não tivesse estado tão concentrada em
manter afastadas suas garras, teria ficado seriamente
assustada.

—Mais um gatinho1 que puta, né? — sorriu quando a


mulher grunhiu, montando essa alta adrenalina que a
golpeava em um combate de esgrima. Tudo entrou em
nítido enfoque quando começou a lutar, parando as
investidas de Lívia, dando umas quantas das suas.

1
Becky utiliza a palavra "Pussy" que pode significar tanto gatinho como
vagina.
Sabia que a mulher a rasgaria se colocasse suas
garras nela. Dançaram uma ao redor da outra, em círculos,
combatendo, detendo-se até que as duas mulheres
estiveram ofegando. Ela tinha a vantagem do alcance, mas
a loira se movia mais rápido, pegando-a com a guarda
baixa e indo por seu estômago.

A boa notícia era que o justo vestido vermelho de


donzela que Lívia usava dificultava seus movimentos,
enquanto que o fluido traje de bandida de Becky era quase
perfeito para a esgrima. A má notícia era que Lívia estava
incrivelmente rápida e ágil, um fato que quase se via
dificultado por seus movimentos.

—Sabe, tenho coisas melhores para fazer num


sábado de noite que ter meu traseiro chutado por uma
donzela psicopata — Becky sabia que estava alardeando.
Deu alguns bons golpes pelo estômago de Lívia e um
profundo corte ao longo de sua bochecha, mas a menos
que algo acontecesse, logo perderia. Estava coberta de
pequenos cortes sangrentos, muito mais dos que havia
conseguido infligir à outra mulher. O punho da espada
estava se tornando escorregadio pelo sangue. Certificou-se
de manter um apertão de morte sobre este.

Pelo olhar de ódio primitivo na cara de Lívia, isto iria


terminar com sua morte.

Lívia se afastou depois de um golpe fracassado e


Becky aproveitou a oportunidade para dar uma investida
baixa, cortando seu estômago e ganhando outro grunhido.

As duas mulheres pouco a pouco dançaram ao redor


da outra, em busca de uma abertura. Lívia grunhiu uma
vez mais, com sua pele ondulando ao longo de seus braços
enquanto se equilibrava sobre Becky. Com um grito de
surpresa, Becky retrocedeu um passo, pronta para repelir o
golpe, mas tropeçou em um arbusto e caiu de costas sobre
seu traseiro. Seu chapéu rolou e se deteve em frente a
outro arbusto. Sua espada foi arrancada de sua mão,
enquanto Lívia caía em cima dela.

Becky gritou de dor enquanto Lívia lhe mordia o


ombro. Suas garras rasgaram ao longo dos flancos de
Becky, lhe tirando ainda mais sangue.

Lívia levantou-se lentamente, com uma mão com


garras envolta ao redor da garganta de Becky.

—Emma está vindo, — ronronou ela, inclinando a


cabeça para um lado enquanto escutava algo que só ela
podia ouvir. —Estou tão feliz de que possa unir-se a nossa
pequena festa.

—Adorável, — tossiu Becky, afundando seus dedos no


antebraço de Lívia. Teria que se arranjar para conseguir
que a noiva de Satanás a deixasse!

Lívia vaiou para ela e se arqueou para baixo. Seus


dentes estavam apertando o pescoço de Becky quando
Emma apareceu. Becky olhou por cima do ombro de Lívia
para a Emma e viu o horror na expressão de Emma antes
que o afastasse rapidamente.

Emma levou uma mão ao seu quadril e ficou olhando


Lívia, como se a loira tivesse perdido a razão.

—Está bem, alguns dos peróxidos que se filtraram em


seu cérebro fazem que isto pareça uma boa idéia. O que
fará matar ao Becky, além de incomodar Simon e Max e
arruinar sua manicure?
A cadela grunhiu uma vez mais, mas não deixou o
agarre sobre a garganta de Becky. Essas malvadas garras
negras se mantiveram por cima do estômago de Becky.

— Acabaram seus Liversnaps2 ou algo assim? OH,


espera, esses são para cães.

Lívia cravou as unhas no estômago de Becky,


fazendo-a ofegar. Realmente queria que Emma se calasse
antes que Lívia a estripasse como um peixe.

Gotas de sangue, negras na noite, jorravam por seus


flancos, enquanto Lívia soltava a garganta de Becky e
levantava a cabeça. Sua mão flexionou, afundando mais as
garras no estômago de Becky.

—Quero o anel de Curana.

—Anel? Que anel? — Becky olhou a Lívia, mas


nenhuma das duas estava prestando atenção a ela.

—Um anel não te faz Curana, Lívia.

Lívia sorriu sarcasticamente.

—Faz para eles! — moveu a cabeça para a casa, com


a mão dobrada e enviando eixos de dor ondulando através
de Becky. Ela se sustentava quieta e em silêncio só por
pura teimosia; de maneira nenhuma Lívia conseguiria lhe
tirar outro som.

—Se virem que tomei o anel de você, nunca lhe


reconhecerão como Curana — sorriu, com suas presas
brilhando sob a lua. —Verão pela aleli3 débil e patética que
2
Comida para cães.

3
Aleli - Uma espécie de flor: Na Idade Média, os trovadores carregavam um ramo de aleli
como emblema de resistência e sobrevivência.
você sempre foi. Max será meu, como sempre deveria ter
sido, não tem outra opção. Ele e eu dirigiremos a Manada
da forma em que deve ser liderada, e você será vista como
nada mais que a puta do Alfa.

Curana? Alfa? Que caralho estava acontecendo?

Emma assentiu pensativa.

— Sim, tudo isso está certo. Exceto por uma coisa.


Bom, duas na verdade.

— E quais são essas?

— Um: Max não deseja uma loira fabricada com seu


desagradável traseiro.

— Ei! Sou loira natural!

E eu sou a seguinte ganhadora do Powerball4.


Olhando além de Emma, Becky pareceu ver um brilho
dourado, e franziu o cenho.

— Dois: mesmo sem o anel, eu sou a Curana — a


expressão de Emma se tornou feroz. — Deixe Becky ir.
Agora.

Havia algo estranho na voz de Emma que nunca tinha


ouvido antes, a ordem a percorreu como uma descarga
elétrica. Sentiu Lívia endurecer em cima dela, com um
pequeno quase imperceptível estremecimento arruinando
seu corpo. Viu seus olhos muito abertos, enquanto Lívia
gemia, com suas garras pouco a pouco a contra gosto se
retirando do estômago de Becky. Ela se arrastou de quatro
na frente dela, com os ombros curvados, como se a ordem
de Emma de alguma maneira tirasse a loira de cima.

4
Uma PowerBall é um dispositivo estabilizador desenhado para exercitar, especialmente o
pulso como fisioterapia, ou para fortalecer, em geral, os diversos músculos da extremidade
superior. Usa-se apertando-a, e Becky faz referência que Lívia a tem em uma posição similar
— Ajoelhe-se.

Como diabos você está fazendo isso? E pode me


ensinar?

Lívia se ajoelhou tremendo aos pés de Emma. Ela


tratou de se levantar, fazendo uma careta, quando um par
de mãos chegou ao seu redor e lhe deu uma ajuda. Max,
graças a Deus. Ela levantou a vista para lhe dizer obrigada
e ficou boquiaberta. Seus normalmente olhos azuis eram
dourados como o sol e brilhavam como... os de um gato.

—OH, inferno, outro não.

O furioso grito de outro grande felino percorreu a


noite. Três? O que tenho feito, tropeçar com alguma
estranha convenção de lobisomens?

Pela extremidade do olho, vi uma mancha negra


aterrissar sobre Lívia, atirando-a ao chão.

—Deveria matar você onde está — Simon grunhiu


sobre ela, cravando-lhe as garras no estômago, no mesmo
lugar onde tinha ferido a Becky. Simon se inclinou, com
suas presas estendendo-se. Becky sentiu cair sua
mandíbula aberta enquanto sua capa negra de Zorro
ocultava parcialmente o corpo de Lívia. —Poderia te rasgar
a garganta agora mesmo.

OH, OH merda. Simon? O quente, bonito Simon, o


homem do qual em segredo tinha estado apaixonada por
anos, era como Lívia?

—Uh, Simon? — olhos dourados cegados pela ira se


reuniram com os de Emma. —Está assustando como a
merda a Becky.
Sua cabeça girou para ela; e o que seja que viu
pareceu acalmá-lo um pouco.

—Becky — Becky saltou diante do som de sua voz,


gemendo enquanto seu estômago protestava bruscamente.
—O que quer que faça com ela?

O suspiro de Max foi audível, e suas mãos apertaram


em seus braços. Teria que lhe perguntar o que tinha feito
isso em outro momento.

—Simon? — ela sabia que soava patética, mas o


pensamento de que ele era como Lívia simplesmente era
muito forte para lidar.

—Diga-me Becky. Que castigo Lívia deve sofrer por


ter machucado você? — a voz de Simon era áspera e
resmungona, engasgando-se um pouco na palavra
machucado. Parecia extremamente chateado.

Becky piscou para conter suas repentinas lágrimas...


maldição, o estômago lhe doía, e ficou olhando para Lívia.

—O que ela é? O que é você?

—Pumas. Were-gatos. Explicarei a você mais tarde.


Neste momento, precisa decidir seu castigo.

Becky olhou a Emma, que estremeceu de culpa.

—Não soube até que Max me mordeu, então não


sabia se iria acreditar em mim ou não. Mas planejava lhe
dizer isso amanhã, se Simon não fizesse primeiro.

—Você é uma... — Becky tragou com dificuldade


antes do aceno lento de Emma. —E eles são... — Emma a
olhou, sua expressão rogando por entendimento, o que
Becky lhe deu. Emma era, depois de tudo, sua melhor
amiga. Embora Lucy ainda tinha um montão de
explicações a dar. Quando deixou escapar uma respiração
dura, Emma relaxou visivelmente. —Isto te custará uma
fortuna em Tidy Cat5.

Ela riu com voz trêmula, ainda tentando absorver


tudo o que havia acontecido.

Emma sorriu obviamente aliviada.

—O que você gostaria que Simon fizesse com Lívia?

—O que ele pode fazer com a Lívia? — Becky


perguntou, olhando o rosto aterrorizado de Lívia.

—Bem, vamos ver: ela estava disposta a te matar


para conseguir o anel da Curana, por isso Simon está em
seu direito de lhe rasgar a garganta. — Emma deu de
ombros. —Não seria uma perda tão grande, no que diz
respeito a mim.

Ela se voltou de novo para Emma, com sua paciência


quase chegando ao fim. Estava sangrando por toda parte,
com seu estômago e ombro doloridos, e ainda não tinha
idéia de que caralho estava acontecendo.

—Que diabos é o anel de Curana?

—É o anel que Emma leva agora, que a proclama


como minha companheira e rainha — respondeu Max,
afrouxando seu controle sobre os braços de Becky.

—Uau. Espera, fui uma isca para Emma? — Essa


cadela estava tão morta...

5
Areia para gatos.
—Becky, quanto mais tempo Simon cheire o sangue,
mais difícil será para ele não matar a Lívia. Decida seu
destino com rapidez, — a voz de Max cortou através da
névoa mental que a rodeava, centrando-se de novo na
mulher ao chão.

Ela olhou para Lívia pela última vez antes de olhar


fixamente para Simon. Algo que viu em seu rosto lhe fez
saber que ele faria o que pedisse, incluindo assassiná-la. A
forma paciente em que ele esperava que ela ditasse sua
sentença a tranquilizou.

De algum jeito sabia que Simon sentaria ali toda a


noite se ela precisasse dele.

—Qual é o status mais baixo que pode ter um Puma?


Se Max for rei e Emma a rainha, há algum o mais baixo
possível?

—Não! — Lívia gemeu, tentando se liberar do agarre


de Simon. Simon simplesmente cravou suas garras mais
profundamente, enquanto que com a outra mão segurou-a
pela garganta.

—Um banido. Alguém que se tornou uma vergonha.


Não terá privilégios, nem responsabilidades. Já não será
bem-vinda às funções da manada ou às casas. Os meninos
serão ensinados a evitá-la. Se desejar ter um status uma
vez mais, teria que ir embora e encontrar uma manada
disposta a recebê-la e ganhá-la.

Becky assentiu. Adeus, senhorita psicopata. Que


tenha uma vida de merda em algum lugar muito agradável,
longe daqui.

—Dado que toda a maldita coisa foi sobre o status,


acredito que isso funcionaria muito bem.
Simon assentiu com um sorriso lento de aprovação.
Inclinou a cabeça formalmente para Max.

—Minha companheira solicita a expulsão da chamada


Olívia Patterson.

Max soltou Becky brandamente até o chão antes de


chegar para o lado de Emma. Posicionou-se para que Becky
pudesse ver tudo o que acontecia entre eles.

—O Beta desta Manada solicitou formalmente sua


expulsão. Minha Curana foi testemunha da provocação do
ataque à companheira do nosso Beta, Rebecca Yaeger.

Becky disparou para Simon um olhar com olhos


entrecerrados.

Companheira? Tinha lido suficientes romances de


lobisomens para saber o que isso significava. Então, se ela
era sua companheira, por que Belinda andava toda sobre
ele, como arroz branco?

—O ataque foi motivado pela cobiça em vez de


legítima defesa. À luz destas denúncias te pergunto: Olívia
Patterson, como se declara?

—Vá para merda — grunhiu Lívia, tentando uma vez


mais se soltar de Simon, que não se moveu nenhuma
polegada. Becky sorriu, esperando que Simon estivesse
afundando suas garras apenas um pouco mais profundo.

—Tomarei isso como um culpado.

Becky olhava do seu lugar no chão, enquanto o olhar


de Max se tornava frio como o gelo. Uma estranha névoa
apenas vazou do chão quando ele se ergueu. Algo a
respeito dessa névoa parecia vivo. Seu braço direito
descansou ao redor da cintura de Emma,
inconscientemente, enquanto a aconchegava perto dele,
com um gesto doce de proteção.

—Como Alfa desta Manada, pelo ataque sem


provocação contra a companheira de nosso Beta, declaro
Olívia Patterson, banida.

Aí estava de novo essa coisa de companheira. O que


diabos estava pensando Simon?

—Já não é uma de nós. Não é possível correr


conosco, ou caçar conosco. Já não é bem-vinda em nossos
lares. Já não pode se aproximar de nossos filhos sem risco
para sua vida.

Lívia começou a soluçar em silêncio enquanto Max


formalmente a expulsava da "Manada", outra coisa sobre a
qual Becky teria que falar com Emma. Curana? Rainha
Were-puma? Olá!

Isso era algo mais que só dizer: "Estou fodendo o


menino super sexy".

Sem mencionar que, graças a Lívia, parecia que ela


se uniria em breve às filas dos perpetuamente peludos.
Teria que curvar-se diante de Emma? Beijar seu anel?
Cheirar seu traseiro?

Ew.

—Qualquer ataque contra você ficará impune pela


Manada, e deixaremos às leis humanas. Se atacar a uma
companheira de um dos nossos, será tratada como uma
estranha, e perderá sua vida. Qualquer outro contato com
Rebecca Yaeger será considerado um ataque, e será
tratado como tal. Uma vez mais, perderá sua vida.
Qualquer membro da Manada que lhe der auxílio sofrerá a
mesma sorte que você. — Com um pequeno
empurrãozinho, Max virou para que ele e Emma estivessem
de costas para Lívia, rejeitando-a efetivamente.

Simon tirou suas garras da carne de Lívia. Seus olhos


voltaram para sua habitual cor castanho-escuro e suas
presas desvaneceram enquanto se aproximava de Becky
com um sorriso malicioso e intencional.

—Hum, tranquilo gatinho? Bom gatinho? — Becky


sorriu fracamente enquanto Simon chegava até ela.

Simon pegou Becky brandamente, levantando-a, e


saiu caminhando fora do jardim. Encaminhou-se
diretamente aos carros estacionados de frente à mansão
Friedelinde. E a menos que Becky estivesse errada, não se
dirigiam ao Halle General.

Suas mãos foram para seus ombros, o cabelo


castanho escuro acariciando a parte posterior de suas
mãos. Reprimiu um calafrio ante o sentimento dessa seda
escura deslizando sobre sua pele.

—Deixe-me ir, Simon — Becky franziu o cenho,


lutando ligeiramente enquanto provava seu domínio sobre
ela.

—Não vou. Fique quieta, baby.

Becky deixou cair seus braços, fazendo uma careta


quando seu pescoço e estômago protestaram. O grande
carregador apenas se deu conta, simplesmente apertando
seu controle um pouco.

—Genial. Grandioso. Posso trocar meu clínico geral


por um veterinário.

— Clínico geral?
—Médico de família. Como meu doutor humano.
Caralho, se tiver que explicar a brincadeira não será
engraçado.

Simon revirou os olhos.

—Não, não terá que trocar seu médico de família por


um veterinário. De onde tira esse tipo de coisas?

O olhar incrédulo de Becky fez com que seu sorriso


desprezível florescesse.

—Fui mordida por um Were-gato, espertinho.


Tradicionalmente significa que agora posso começar a usar
um colar anti-pulga e urinar em uma caixa de areia.

Simon negou antes que ela tivesse terminado de


falar.

—Não. Para isso temos que mudar alguém


deliberadamente. Seria capaz de cheirar se ela tivesse
feito, e não fez. Não mudará.

Becky suspirou de alívio.

—Ainda.

Essa única palavra era uma promessa escura que


Becky fez o que pôde para ignorar. Estava explorando o
caminho de entrada como se esperasse uma emboscada.
Quando Belinda veio entre dois carros estacionados, Becky
sorriu cinicamente.

—OH, olhe, é Barbie Bondage — ela ignorou sua


gargalhada ao recordar a forma em que a loira tinha estado
toda sobre ele no baile de fantasia. —Simon, seu encontro
está aqui, pode me baixar agora.

Sua única resposta foi apertar seus braços ao redor


dela. —Agora não, Belinda. Becky está ferida.
O olhar horrorizado de Belinda se fixou no estômago
de Becky. —Lívia fez isso?

Simon se voltou para a outra mulher com um


grunhido, uma advertência.

—Se eu souber que deu uma mão para ajudar Lívia a


machucar a minha companheira, chutarei seu traseiro tão
forte que não ficará nem a boca em seu lugar depois de
que tenha feito que lhe expulsem da Manada. Entendeu-
me?

Becky ofegou, - Ela é uma também? — justo quando


Belinda ofegou, — Companheira? Ela?

—Disse a você, me entende? — ele arrastou as


palavras com suas sílabas, como se Belinda fosse uma
idiota.

—Ela não pode ser sua companheira. — Belinda


estava horrorizada. — Droga, sim.

Becky saltou quando Simon lhe deu um beijo rápido


na testa.

—Você, cale-se — sua voz estava estranhamente


afetuosa enquanto a olhava. Seu olhar, quando se voltou
para Belinda, foi afiado. — Espero que minha companheira
seja bem recebida pela Manada. Entende-me?

Belinda cheirou.

—Ela não é nem sequer uma de nós.

— Será.

—Não serei! — Becky tentou endireitar-se e olhá-lo,


mas a dor a fez ofegar e recuar novamente. Nota mental:
feridas no estômago e abdominais não se misturam. Ai.
—Também o fará. Agora se cale. — seu olhar não se
separou da mulher de frente para ele, mas Becky sabia que
era muito consciente de seu olhar.

—Idiota — ela cruzou os braços sobre seu peito com


um bufo. Ele a olhou e franziu o cenho.

—Como acaba de me chamar?

—Já me ouviu. Você foi e sempre será, um idiota.

—Mas... Pensei que nós nos uniríamos — a voz da


Belinda foi instável com lágrimas não derramadas.

—O que diabos te fez pensar isso? — Simon parecia


totalmente confuso.

Becky viu um estremecimento passar por Belinda, e


se perguntou até que ponto a outra mulher amaria Simon.
Se o fazia, sentia pena dela. Simon nunca tinha sido do tipo
que sossegava. Apesar de que a chamava sua
companheira... Melhor não ir por aí. Esse caminho conduzia
a uma dor de cabeça estilo Belinda. — Largue-me Simon.
Estou sangrando e tenho que ir ao hospital.

—Bom ponto. Boa noite, Belinda — ele se afastou,


com Becky ainda mantida firmemente em seus braços.

Por cima do ombro de Simon viu a outra mulher


baixar a cabeça entre suas mãos. Uma inesperada onda de
compaixão passou por ela. Belinda era um martírio, mas
nunca tinha sido tão má como Lívia. O fato de que Simon
tivesse saído com ela de vez em quando durante anos,
provavelmente tinha contribuído à crença da outra mulher
de que ele estava destinado a ser seu.

Chegaram à caminhonete de Simon.

—Vamos, largue-me. Sério. Posso ir à emergência.


Estará bastante cheia de médicos.
Ele ergueu as sobrancelhas com incredulidade.

—E como você vai explicar suas feridas? — Simon pôs


um pé no estribo e apoiou seu traseiro em sua perna, o que
liberou uma de suas mãos para procurar as chaves. — Olá,
recebi um couro de um Were-puma, posso receber alguns
pontos de sutura e uma vacina anti-rábica? Ou enviará todo
o condado em uma caçada de pumas?

—Levando em conta quem me mordeu, talvez uma


vacina anti-rábica não seja uma má idéia — ela fez uma
careta quando ele teve que se mover um pouco.

Ele a olhou fixamente, esperando pacientemente sua


resposta. Ela revirou os olhos e deu um suspiro. Simon
tomou isso como que ela se dava por vencida. Abriu a porta
da caminhonete e com cuidado a colocou no assento do
passageiro, pondo seu cinto de segurança com infinito
cuidado. Tirou sua máscara de bandida e a pôs em seu
bolso. Ficou ao volante, colocou seu próprio cinto de
segurança e tirou sua máscara de Zorro. Pôs em marcha a
caminhonete e com cuidado conduziu fora pela entrada da
mansão.

Ela nem sequer sabia para onde se dirigiam até que


ele entrou em seu próprio caminho, e então já era muito
tarde.
Capitulo 2

O escuro revestimento de madeira verde e cinza


encerado da trabalhada casa de Simon estava coberto por
um teto linha A cor cinza escuro sustentado por tradicionais
pilares e postes tão comuns à arquitetura. Sua parte
favorita da casa era seu aberto e amplo alpendre dianteiro.
Percorria a metade do comprimento da casa e também o
pátio dianteiro, fazendo-o mais como uma pequena
varanda que um alpendre. Ele havia instalado uma entrada
de madeira em um lado onde podia sentar-se, com cerveja
na mão, depois de um longo e duro dia. O vidro inserido na
porta de entrada era seu próprio desenho, a cabeça
estilizada de um gato com olhos verdes jade igual aos de
Becky. A casa era mais comprida que larga, com garagem
para dois carros na parte traseira da mesma.

Simon se deteve no caminho de entrada, contido no


momento por ter a sua companheira a seu lado apesar do
cheiro de seu sangue. Apertou o botão para abrir as portas
da garagem, introduzindo a caminhonete dentro e
desligando o motor. Apertou o botão de novo, fechando a
porta da garagem e selando Becky dentro de sua casa. O
Puma nele ronronou, sabendo que sua companheira estava
agora em sua guarda, embora fora só temporariamente.

Seu sangramento havia parado; se não o tivesse


feito, ele a teria mordido antes de saírem, e ao diabo com
quem ou o que viesse. Seu bem-estar era a coisa mais
importante no mundo para ele. Ver Lívia inclinada sobre
ela, o sangue de Becky manchando seus lábios, fazia com
que quisesse levá-la diretamente a sua casa à força. Se
tivesse alguma dúvida de que Becky era sua companheira,
essa pequena cena no jardim dos Friedelinde a teria posto
para descansar permanentemente.

A cadela havia tido sorte de que Becky não tivesse


pedido sua vida, inclusive em tom de brincadeira. Simon
teria matado, sem duvidar por um segundo, por ter
derramado o sangue de sua companheira. E com o Alfa
presente ele estaria dentro de seus direitos. Jonathon
Friedelinde não teria pestanejado. Como velho Alfa, tinha
visto sua parte justa de derramamento de sangue.

A única coisa que o havia detido, tinha sido ver o


medo no bonito rosto de Becky. O medo dele.

Teria que trabalhar nisso.

Tomou um momento para estudá-la enquanto descia


da caminhonete. Estava muito magra e nervosa, algo a
mais que pensava fazer alguma coisa a respeito.

Seu selvagem e encaracolado cabelo castanho claro


flutuava ao redor de seu rosto enquanto ela o via se mover
em torno da frente da caminhonete. Foi suficientemente
inteligente para ficar quieta quando lhe abriu a porta,
permitindo carregá-la até sua casa. Levou-a através da
pequena entrada e diretamente pela cozinha para a grande
sala. Estava bastante certo de que sua lutadora
companheira lhe daria um chute nas bolas se tentasse levá-
la direto ao quarto. Sentou-a gentilmente sobre sua
poltrona verde sálvia, desfrutando da forma em que a cor
iluminou sua pálida pele. Não havia escolhido
conscientemente as cores de sua casa com ela em mente.
Não foi até que a pôs no sofá e viu a forma em que sua
pele parecia viva, que se deu conta de que tinha feito sua
casa inteira com as cores adequadas para ela. O resultado
era claro, com paredes de quentes dourados, e brilhantes e
divertidos tecidos que traziam sua cor à vida. Os tecidos
eram suaves ao tato, quase como veludo. Ele tinha ido com
os tons claros de madeira, optando pelo extremo sempre
que havia sido possível, com pequenos toques de preto
aqui e ali para que todo o assunto voltasse para a terra.
Outra forma em que seu Puma havia tratado de chamar sua
atenção, e ele o tinha ignorado.

Se um homem podia chutar seu próprio traseiro,


Simon estaria golpeado como o inferno e teria ido além. Se
tivesse acasalado com ela há meses, quando pela primeira
vez se deu conta do que estava passando, ela teria podido
chutar o traseiro de Lívia. Em poucas palavras, era sua
culpa que ela tivesse sido machucada.

—Whoa — Becky olhou ao redor, vendo tudo, muito


para sua diversão. Esta era a primeira vez que ela estava
em sua casa. Esperava que gostasse, porque se ele
conseguisse o que queria, ela não iria sair. O sofá no que a
tinha posto era um desmontável com uma cadeira anexa; a
mesa de café e centro de entretenimento tinha um design
contemporâneo. O vidro do centro da mesa de café de Halle
era trabalho de Simon, representava um puma com olhos
brilhantes como joias à espreita pelos bosques.

—Não é o que esperava.

—O que esperava?

Sua expressão foi uma grata surpresa.

—Algo um pouco mais no estilo de "solteiro


vagabundo" e um pouco menos "confortável
contemporâneo".

Ele sorriu.

—Você gosta?
—Sim — ela fez uma careta enquanto tentava sentar
e contemplar tudo. Ele se inclinou sobre ela e a ajudou,
fazendo uma careta com ela até que a teve em uma
posição cômoda. Seu olhar de gratidão era todo o
agradecimento que necessitava.

Simon se afastou, mas logo retornou com uma tigela


de água morna e um pano. — Tudo bem, tire a camisa.

Becky ergueu as sobrancelhas em desafio. Simon


suspirou.

—Tenho que ver quão mal está os cortes. E a marca


da mordida — ele olhou para o lado de seu pescoço, seus
lábios apertados, mãos em punho ao redor da tigela.
Inclusive com a enzima catalisadora de mudança, essa
cicatriz seria provavelmente permanente. Maldição, deveria
ter apenas seguido adiante e matado à cadela. O fato de
que Lívia tivesse deixado uma marca permanente em sua
companheira fez com que seu Puma grunhisse de novo.

—Não tirarei minha camisa — esteve a ponto de


cruzar os braços sobre seu peito, mas fez uma careta
porque a dor em seu estômago a impediu.

—OH, sim que o fará, querida — Simon pôs a tigela


sobre a mesa e sentou na borda da cadeira. — Essas
feridas precisam ser limpas.

—Para isso há os médicos.

Simon sorriu. Com um rápido movimento, arrancou


sua camisa abrindo do pescoço até a cintura.

—Todos duh... Você não usa sutiã — sua língua


tropeçou totalmente no lugar. Os formosos seios de Becky
ficaram nus para a satisfação de seus olhos. Eram
pequenos, os mamilos cor rosa. Aumentaram ligeiramente
com o ar fresco. Ele podia sentir seu coeficiente intelectual
cair dez pontos só olhando fixamente para esses formosos
mamilos. Literalmente, sentiu que seus processos de
pensamento paralisavam, enquanto todo o sangue saía de
sua cabeça e se agrupava em seu pênis. Se não fora pelo
sangue em todo seu estômago e ombro, ele estaria tendo
um momento muito mais difícil não a fodendo no lugar, e já
estava tendo um momento muito difícil por isso.

Becky cruzou os braços sobre seus seios com um


indignado chiado, seguido de um chiado de dor.

—Minha camisa!

—Minha camisa — ele tentou remover com cuidado,


tirando os braços de seus seios, mas ela não deixou. Quase
fez beicinho sobre o fato dela ter coberto seus seios
totalmente comestíveis. Maldição queria tanto saboreá-los
que sua boca encheu de água. Deu-se conta de que
encaixariam perfeitamente em sua boca e teve que reprimir
um gemido. Seu pênis estava começando a pressionar
insistentemente contra sua calça preta, o fino material não
fazendo nada para ocultá-lo.

—Huh?

Ele a olhou fixamente, lutando por recordar do que


estavam falando. OH, sim. Da camisa.

—Eu paguei por ela.

—O quê?

Ele levantou a vista de seus seios e franziu o cenho


distraidamente.

—Escolhi este traje e paguei por ele, portanto é


minha camisa e posso arrancá-la em qualquer momento
que deseje — com uma mão suave, Simon começou a
limpar o sangue de seu estômago, emprestando especial
atenção ao lugar onde as garras de Lívia afundaram.

—Matarei a Emma, com votos de amizade eterna ou


não — Becky enfureceu, lutando brevemente quando
Simon, novamente, tentou tirar seus braços do caminho.

—Só quero ver se a arranhou aí.

Pela maneira que ela o olhou, estava bastante certo


de que não ia comprar isso.

—Confie em mim, não consegui arranhões aí.

—Que tal aqui? — ele esfregou os dedos levemente


na parte superior de seu seio esquerdo.

Becky lhe deu uma palmada na mão.

—Gatinho mau! — quando ele se esticou para ela de


novo, deu-lhe uma bofetada na cabeça.

Simon sorriu, amando seu fogo.

—Não posso evitar. Passou tanto tempo desde que


tive uma bela mulher meio nua em meu sofá.

—Sim, certo, essa é uma ocorrência rara — ela


revirou os olhos e escapuliu novamente dele com um
grunhido. — Esta mulher meio nua em particular está fora
de seus limites, mentiroso.

O cenho franzido de Simon foi feroz. — Fez de novo.

—O que fiz de novo? — Becky afundou um pouco


mais longe dele na cadeira, mas a menos que quisesse
fazer uma cambalhota sobre o braço do sofá, na realidade
não iria a nenhuma parte.

—Afastar. Retroceder — ele suspirou e deixou cair à


toalha na água morna, agora de cor rosa. — Becky, eu...
—Seu telefone está tocando — Becky olhou para a
cozinha com um sorriso divertido.

—O quê? Não, não está.

O telefone tocou. Becky sorriu. Simon a olhou com


estranheza e se levantou para atender ao telefone.

—Olá?

—Ei, Simon.

—OH, olá, Adrian.

—Como está Becky? — ele podia ouvir os sons do


baile à distância. Adrian devia ter ligado para seu telefone
depois de pisar para fora da mansão.

—Ouviu né?

—O boato voa rápido, especialmente ao que se refere


ao Alfa e a sua nova Curana. Ela está bem?

Ele suspirou.

—Sim, está bem.

—E é sua companheira? — o sorriso de Adrian


poderia ser ouvido claramente.

—Sim — ele ficou olhando, assombrado, à mulher


descansando em sua poltrona. Como diabos saberia que o
telefone ia tocar?

—Você se importa que eu mantenha Belinda...


Ocupada? Parece que está um pouco chateada nestes
momentos.

—Belinda? É obvio que não, vá por isso. Apenas


lembre-se que está à caça de um companheiro.

Adrian começou a rir.


—Não se preocupe, não estou pensando em dormir
com ela, simplesmente evito que corra para sua casa.
Becky continua sangrando? Isso deve estar te deixando
louco.

Ele olhou novamente para Becky e franziu o cenho


para seu sorriso. — Sim, está sangrando em meu sofá
enquanto falamos.

—Limpou suas feridas e começou a curá-las?

—Caramba, Doutor Dufus, que diabos pensa que


estava fazendo antes de você ligar?

—Idiota — a diversão do Adrian foi, uma vez mais,


alta e clara. — Ainda sairemos no próximo sábado?

—Sim, faremos. Algo que precisa que eu leve?

—Não, tenho tudo coberto. Recordei recolher tudo o


que esquecemos quando fizemos seus pisos.

Simon e Max estavam ajudando Adrian com a


instalação de novos pisos de madeira em sua sala de estar.

Lembrando se todos os erros que haviam cometido


quando tinham instalado seus pisos, Simon não pôde evitar
sorrir.

—Está bem. Vemo-nos então.

—Terei os donuts e o café preparados para levar. E


diga para Becky que desejo melhoras, e que lhe dou boas
vindas à Manada. Adeus.

Simon desligou e se voltou para ela, com um dedo


levantado, com a boca aberta. — O telefone está tocando.

Simon levantou a cabeça, escutando. O telefone


tocou um segundo mais tarde. Becky riu.
—Como diabos faz isso? É enlouquecedoramente
horripilante — ele negou enquanto pegava o receptor.

—Olá?

Becky escutou a metade das chamadas da Manada


para comprová-la, sorrindo em silencio sobre a frustração
de Simon. Ela sempre tinha sabido quando o telefone
tocaria, inclusive quando era menina. Isso tinha assustado
às pessoas naquele tempo, e ainda assustava a maioria
deles agora.

À exceção de Emma, quem na realidade não se


assustaria muito.

Ela estava surpreendentemente comovida. Não


acreditava que tanta gente se preocupasse com ela. Ou
seria porque Simon era o Beta da Manada e a tinha
declarado como sua companheira? Era possível que toda
esta coisa de "sua companheira" fosse pura merda política.
Cheirando a cauda do gato Beta, por assim dizê-lo.

—Isso é tudo, a secretária eletrônica estará pegando


— Simon terminou outra chamada telefônica com uma
risada rouca.

—O telefone está...

—Não diga! — Simon apontou com o dedo para ela,


mas seu tom não a enganava.

Poderia dizer que ele estava lutando com um sorriso.


A secretária eletrônica acendeu enquanto o telefone tocava.
A máquina respondeu para pegar a chamada enquanto ele
caminhava de volta para ela com uma tigela de água
fresca.

—Isso deve deixar a Emma louca — ele sentou na


borda da cadeira uma vez mais, inclinando uma mão contra
a parte de trás do sofá.

Becky mordeu o lábio para não rir ao ver a expressão


em seu rosto.

—Não, está acostumada a isso. Ela só me faz


responder — deu um suspiro enquanto ele começava a
limpar suas feridas uma vez mais. — OH, ai.

—Sei que dói, baby — suas mãos eram suaves, sua


expressão era justamente o contrário. — vou caçá-la e
matá-la se quiser — ela o olhou fixamente, vendo a
sombria raiva nele novamente. Era a mesma raiva que a
tinha assustado enquanto ele se abatia sobre a Lívia, com
suas garras afundando profundamente no estômago da
loira. — Sou muito bom espreitando a minha presa.

—Sim, bem, adivinha o que, Garfield, há leis contra a


perseguição.

Ele riu entre dentes, afastando um pouco da


escuridão de seu rosto. Começou gentilmente limpando a
ferida da mordida em seu pescoço. Ela podia sentir seu
fôlego contra seu ombro e estremeceu.

A sensação de suas mãos sobre sua pele estava


distraindo-a apesar da dor.

—Cobrirei você com uma agradável manta quente


logo que tenha terminado, baby — falou ele em sua orelha.
O que só a fez tremer de novo, para o seu desgosto. Um
petulante e auto satisfeito sorriso desenhou em seu rosto
enquanto ele inclinava para a ferida em seu ombro.
Ela apertou os dentes e revirou os olhos. Idiota
arrogante.

—Morda-me, Simon.

Ele a golpeou com uma rapidez que não pôde evitar.


A aguda e pulsante sensação de seus dentes perfurando
sua pele fez que gritasse de dor.

Mas então o prazer golpeou tão intenso, que ela se


retorceu gemendo de puro êxtase. Corria de onde suas
presas se incrustavam em seu pescoço por todo o caminho
até seus pés. Sentiu sua grande mão cobrir sua vagina e
acariciá-la suavemente através do tecido de sua saia e
calcinha. Não podia ter se sentido melhor mesmo se
houvesse tocado sua pele nua. Sentia como se todo seu
corpo estivesse tendo um orgasmo. Até as unhas de seus
pés se sentiam bem.

Ele gemeu contra seu pescoço, seu corpo arqueando


em cima do seu, enquanto ele mesmo se acomodava entre
suas coxas. Suas mãos moveram para seus seios, puxando
seus mamilos enquanto seu quadril fazia contato com o
seu. Com muito cuidado esfregou seu duro pênis contra
ela, e ela gemeu novamente.

Gemeu enquanto seus dentes deixavam sua pele.


Podia sentir a aspereza de sua língua enquanto a passava
pela marca que tinha deixado para trás. Ela moveu suas
mãos acima e abaixo por suas costas e sentiu um estranho
barulho debaixo de sua pele.

Simon estava ronronando. Ela passou suas mãos com


doçura por suas costas, o que o fez ronronar ainda mais
forte. Mordeu o lábio para não rir.

Esta tem que ser à noite mais malditamente estranha


de minha vida.
Simon ronronou enquanto Becky lhe acariciava as
costas. Simplesmente não podia evitar. A sensação de suas
mãos subindo e descendo por seu corpo era tão boa.

Finalmente ela é minha. Não podia acreditar o incrível


que se sentia em marcar Becky como sua. A sensação de
seu movimento debaixo dele enquanto se aproximava
quase provocou seu próprio orgasmo.

Ele tinha se movido entre suas coxas sem nem


sequer pensar, seu pênis doendo com a necessidade de
afundar em seu corpo. Queria saborear cada polegada dela,
fodê-la até que ambos estivessem em carne viva, e em
seguida, fazer novamente. A necessidade de completar o
acasalamento tinha sido tão forte que, se seu sangue não
estivesse ainda no ar, teria despido e montado nela em
minutos.

—Ai — sussurrou ela. Ele a sentiu se esticar quando


tentou se mover debaixo dele e amaldiçoou a si mesmo por
ser um louco impaciente. Ela se curaria mais rápido em
consequência da mordida, a maior parte das feridas
fechando-se em questão de horas graças à enzima que ele
tinha injetado nela, mas ainda estava dolorida agora. Com
muito cuidado desceu dela, qualquer impulso de ronronar
indo embora, enquanto cheirava seu sangue sobre sua
luxúria.

—Sinto muito, baby — acariciou os selvagens cachos


para longe de sua bochecha. Sua pele era tão suave que
queria tocá-la com o nariz. — Perdi minha cabeça — deu-
lhe um suave beijo na testa antes de se levantar e ir para o
seu armário na entrada, tirando uma colorida manta que
sua mãe tinha tecido. Foi ao seu quarto e tirou uma de
suas camisetas de uma gaveta. Era tão grande que poderia
atuar como uma camisola curta para ela. Não tinha
intenção de levá-la ao seu minúsculo apartamento sobre o
Wallflowers de novo. Esta noite, e cada noite a partir de
agora, sua companheira se encontraria dormindo em sua
cama.

Ele voltou a entrar na grande sala e lhe entregou a


camiseta.

—Ponha isto — fez caso omisso de sua sobrancelha


levantando ante sua ordem, cruzando os braços sobre seu
peito e esperando. Ela tirou a rasgada camisa de renda e a
substituiu com a camiseta branca. Ele a cobriu gentilmente
com a manta e sentou na borda do sofá a seu lado.

Tomando uma de suas mãos, acariciou brandamente


os dedos, com seu olhar possessivo nunca deixando seu
rosto. Levou a mão a sua boca e suavemente mordiscou
seus dedos.

—É minha agora.
Capitulo 3

Ela estava tendo o melhor sonho de toda sua vida.


Mãos duras e calejadas massageavam seus seios, trazendo
seus mamilos à vida em picos. Uma quente língua lambeu
seu clitóris. Ela se moveu ligeiramente, suspirando
enquanto esta encontrava o lugar certo. Um retumbante e
vibrante ronrono moveu ao longo da língua e ela ofegou
ante as sensações acrescentadas. Gozou com um baixo
gemido, cavalgando essa língua, enquanto deslizava e
deslizava contra sua molhada vagina.

—Mmm. Saboroso.

Uma voz profunda e retumbante saiu dentre suas


pernas.

Simon. Ela abriu os olhos para ver seu cabelo escuro


esparramado através de suas pernas enquanto lambia uma
última vez seu clitóris. Ela deu um salto. Não era um
sonho. Olhou ao redor do quarto, perguntando-se como
diabos havia chegado até ali. Recordou olhar
sonolentamente para o fogo que ele tinha começado
quando havia esboçado um novo desenho para um vitral.
Ele deve tê-la levado para cama quando adormeceu. Não
tinha idéia do que tinha acontecido a sua saia, calcinha,
O... Suas mãos voaram a seus seios... Sim, sua camiseta.

—Maldição, Simon, O que está fazendo?

—Tomando meu café da manhã — respondeu ele,


olhando-a com um sorriso sexy.
Estava nu. Com toda essa gloriosa carne masculina
elevando por cima dela enquanto a beijava suavemente.

—Bom dia, baby.

Ela lambeu os lábios e provou aos dois. — Bom dia,


Simon.

Ainda estava quente e com sono, o resto de seu


orgasmo nublando seu cérebro. Ele se inclinou por um beijo
mais profundo, com a língua suavemente tentando penetrar
em sua boca. Ela o mordeu brandamente ao sentir seu
pênis empurrando em sua abertura.

—Ai. Posso ter minha língua de volta?

Ela riu e o soltou.

—Por que isso? — ele sentou, com um lindo beicinho


de menino em seu rosto. Seu pênis balançava em cima de
seu monte.

—A... Tenho mau hálito pela manhã, B... Tenho que


fazer xixi, e C... Você tem mau hálito pela manhã também.

Ele suspirou com exagerada impaciência enquanto ela


estremecia. — Bem. O banheiro está nessa direção.

Ele se arrastou fora dela e a ajudou a levantar. O


pequeno sorriso em seu rosto desvaneceu em preocupação.

—Alguma dor hoje?

—Meu ombro, um pouco. Meu estômago parece bem.

O alívio que tocou seu rosto fez seu coração derreter.


Sorriu-lhe, surpreendida quando seus olhos se tornaram
dourados.

Ele pôs a mão em sua cintura.


—Mau hálito matinal e fazer xixi. Certo. — levou-a
para o banheiro principal. Pegou uma escova e começou a
pôr pasta enquanto ela ficava olhando.

—Simon?

—Hmm?

Ela pensou em cruzar suas pernas e pular, mas não


acreditava que ele captasse a mensagem. — Tenho que
fazer xixi. Com urgência.

Ele a olhou, confuso. Assinalou com a escova de


dente. — O vaso está logo ali, baby.

—Não posso fazer enquanto você está aqui!

— Por que não?

—Nem sequer temos feito o desagradável e deseja


compartilhar o espaço enquanto faço xixi?

—Acabo de te lamber até dar um orgasmo e está


preocupada com que esteja no mesmo espaço enquanto
usa o banheiro?

—Sim! Tolo!

Ele apoiou o quadril contra o balcão, a adorável


confusão transformando-se em um petulante olhar
masculino que a fez desejar bater em sua cabeça com a
escova de cabelo.

—É uma coisa de garotas, não?

—Fora!

—Ok, ok! — ele se foi, rindo, com a escova de dente


presa em um canto de sua boca. Ela tentou não olhar para
seu traseiro enquanto passava, mas ao que parece, sua
força de vontade não estava à altura.
Quase correu à porta para ver esse traseiro mover ao
sair do banheiro e ir para baixo pelo corredor. Teria feito se
a nota da Mãe Natureza não tivesse sido marcada como
urgente.

Foi só depois de fazer isso, que se deu conta, que


estava tão confortável estando nua diante dele que
esqueceu por completo disso.

—Aqui.

Bem, não tinha esquecido o fato de que ele está nu.


Um. Ela conteve um suspiro e ficou olhando o que ele
estava meneando debaixo de seu nariz. Franziu o cenho
para a escova de dente em sua mão. Era sua.

—Como conseguiu?

—Passei por sua casa e peguei um par de coisas


depois que adormeceu — ele levou um dedo à boca dela,
evadindo sua reação imediata. — Pensei que estaria mais
confortável com elas.

Isso é tão doce.

—Obrigado, Simon.

—De nada. Agora escove os dentes — ele sorriu e


brandamente beliscou um de seus mamilos. — Ainda não
terminei meu café da manhã.

Desta vez, quando esse bom traseiro saiu do


banheiro, ela apareceu pela porta. Olhou-o enquanto
caminhavam fora da habitação, suas nádegas movendo-se
da mais deliciosa maneira. O sexy sorriso que lhe atirou por
cima do ombro enquanto ria na saída, lhe disse que ele era
muito consciente do que ela estava fazendo.

Ela se deixou cair contra o batente da porta e


suspirou. Bem. Obviamente estou em um estado de coma
provocado por um acidente ou algo assim. Na realidade
estou deitada em uma cama de hospital coberta de tubos,
enquanto alguma enfermeira dobra minhas pernas para
que meus músculos não atrofiem. Porque infernos se não
estou tendo o melhor maldito sonho de minha vida.

Pegou a escova de dente e começou a escová-los.


Nem sequer seu próprio sonho tiraria o mau hálito matinal
de sua boca.

Simon estava de pé na cozinha e esperava que a


máquina de café terminasse de trabalhar sua magia. Podia
ouvir os sons da água salpicando em seu banheiro, lhe
dando um sentimento de paz que nunca havia
experimentado antes. Sua companheira estava nua em seu
banheiro, o café estava sendo preparado e os donuts
estavam na mesa, pronto para serem comidos. Tudo estava
bem em seu mundo.

Ouviu a água parando e tirou duas xícaras. Mal havia


começado a servir quando a ouviu detrás dele.

—Café?

—Mm... hmm — Estendeu-lhe uma xícara. — Venha,


me dê um beijo e te darei algo. Seus lábios se curvaram
em uma careta.

—Caféééé.

Ele mordeu o lábio para não rir.

—Acalme-se garota — entregou-lhe a xícara,


gemendo para o olhar de pura felicidade que cruzou seu
rosto. Ela tinha tido esse mesmo olhar em seu rosto a
primeira vez que sua língua tinha roçado seu clitóris. Ele a
levantou com suavidade sobre a superfície plana, cuidando
para não derramar nenhuma gota da xícara que ela
embalava protetoramente contra seu peito. De maneira
nenhuma no inferno permitiria que se machucasse de novo,
nem sequer por sua bebida favorita.

Ela não lutou contra quando lhe abriu as pernas. Nem


sequer estava certo de que tivesse notado no princípio.
Estava tão envolvida em seu consumo de cafeína que
poderia estar sentada em um elefante arroxeado e não dar-
se conta. Ele se assegurou de que tivesse uma mão envolta
ao redor da xícara quando tocou sua vagina.

—Simon?

—Disse que não havia terminado de tomar meu café


da manhã.

Ela estremeceu quando ele circulou lentamente seu


clitóris. O aspecto do café não é o mesmo. Este era muito
melhor.

—Beba querida.

Ela tragou e terminou sua xícara em um tempo


recorde. Tirando-a de suas mãos, ele envolveu suas pernas
ao redor de sua cintura, e a levou de volta para o quarto.

Ao diabo com os donuts. Ele tinha algo muito mais


doce em mente para mordiscar.

Simon praticamente a jogou sobre a cama. A fome


feroz em seu rosto teria sido espantosa se ela não tivesse
visto o brilho de humor em seu olhar. Pegou um de seus
mamilos, observando-o atentamente, enquanto florescia
sob seus dedos.

—No que está pensando, querida?


Ela sorriu. Simplesmente não podia resistir.

—Mmm. Donuts.

Seu grande corpo ficou quieto. Seu rosto relaxado de


surpresa antes que começasse a mudar.

—Donuts?

Ela mordeu o lábio para não rir na sua cara. A


expressão de seu rosto absolutamente não tinha preço. Só
desejava ter uma câmera para poder capturá-la para
posteridade.

—Donuts, né? — ela gritou quando ele começou a lhe


fazer cócegas. Retorceu-se debaixo dele, rindo quando
começaram a lutar. Ela conseguiu virar de bruços e tentou
fugir, mas ele investiu contra ela, segurando-a sob seu
grande corpo. Becky estava em uma séria desvantagem, já
que Simon negava permitir que girasse novamente.

Toda essa retorcida teve um grande e previsível


resultado, um que Becky podia sentir afundar em sua parte
traseira. A ereção de Simon pressionou contra ela, e de
repente se deu conta que havia muito mais carícias que
cócegas na forma em que Simon estava tocando-a. Ela
olhou-o não surpreendida porque seus olhos se tornaram
completamente dourados.

Simon ficou quieto em cima dela, ofegando pela


guerra de cócegas. Sua expressão mudou lentamente de
brincalhão à possessiva. Ele baixou sua boca para dela,
beijando-a com uma fome voraz que a deixou sem fôlego.
Apenas sentiu quando ele a pôs sobre seu flanco, curvando
ao seu redor como uma videira, tomando seus lábios e
reclamando-os como próprios.

Ela podia sentir sua mão tremendo enquanto


segurava seus seios. Ele gemeu em sua boca, as mãos
percorriam sua pele, sensibilizando todas e cada uma das
polegadas de seu corpo. Sua língua empurrava dentro e
fora em uma promessa de fazer amor, persuadindo a sua
para sair e brincar.

Ela se permitiu ser persuadida, e obter sua primeira


experiência real de Simon Holt. Seus dedos curvaram no
cabelo escuro sobre seu peito, puxando ligeiramente à
medida que ele quase tratava de arrastar-se dentro dela.
Quando sua boca caiu sobre seu seio, ela ofegou, puxando
sua cabeça mais próxima contra seu corpo. Seus dedos
afundaram em seu cabelo de uma forma feroz. Tomou uma
profunda respiração, pronta para convidá-lo a entrar em
seu corpo, quando se deu conta de que ela podia cheirar
sua excitação. Seu aroma, esse almíscar e escuro aroma,
entraram em sua corrente sanguínea aumentando sua
própria excitação mil vezes. Quando ele levantou de seus
seios e mordeu seu pescoço, Becky estremeceu e deixou
escapar um grito de lamento, surpresa e excitada além da
crença, montando a coxa que Simon repentinamente
colocou entre suas pernas com um desespero que beirava a
loucura.

OH, sim. Ela podia se acostumar com esta coisa de


Puma.

—Deus, sim, mais — ele gemeu e tornou-se louco em


cima dela.

Sua boca estava chupando, lambendo e a mordendo


inteira. Ela rodou sobre suas costas e separou suas pernas,
ávida por mais amor via oral do que lhe tinha dado essa
mesma manhã. Mas ao que parece, ele tinha algo diferente
em mente.

—Não se mova — Simon se deteve junto à cama,


acariciando seu pênis.
—Duh — seu olhar fixou na parte carnal mais
deliciosa do homem que tinha tido alguma vez o privilégio
de ver. Era uma coisa bela, e de acordo com Simon era
toda sua.

Ele a atraiu pelos braços, sentando-a na borda da


cama. Empurrando a cabeça para sua virilha com uma séria
ordem.

—Chupe.

Ela estremeceu quando esses dedos talentosos


entraram em sua molhada vagina, com seu polegar dando
voltas em seu clitóris tal e como gostava. Ele deve ter
prestado muita atenção esta manhã.

Ela o chupou por tudo o que valia a pena, sugando


com suas bochechas para proporcionar inclusive mais
sucção.

—Deus, sim, baby — seus gemidos intensificaram


quando começou a mover a língua ao longo da parte de
abaixo de seu eixo. Ele começou a falar em voz baixa: —
Bom, tão bom — enquanto movia seus quadris, fodendo
sua boca, seus olhos dourados olhando para ela com uma
fome desesperada, deixando-a instável e pegando fogo.

Seus dedos estabeleceram um ritmo de movimento, e


antes que ela se desse conta, ambos estavam gozando.

Becky tragou o agridoce sabor enchendo seus


sentidos, tornando-a faminta por mais.

Pela expressão de seu rosto, conseguiria também.

Simon saiu de sua boca com um suspiro de felicidade.

—Não tem idéia de quanto tempo passou desde que


gozei com alguém fazendo as honras. Meu pulso estava
começando a desenvolver a Síndrome do Túnel do Carpo —
suspirou enquanto se deixava cair a seu lado.

—Pobre bebê.

Voltando-se com um sorriso, ele se aconchegou ao


seu redor, gentilmente acariciando seus seios.

—Sim.

Inclinando um pouco, ele passou a língua por um


inchado mamilo. — Pronta para a segunda rodada?

—Terceira rodada para mim, na realidade — ela


sorriu, puxando seu semiereto pênis com longos e suaves
movimentos. Ela afundou a cabeça em seu pescoço e
lambeu a mesma zona onde ele a tinha mordido. Seu
gemido enquanto a colocava sobre suas costas uma vez
mais, lhe disse o muito que tinha gostado disso.

Ela estremeceu quando Simon começou a lamber a


marca dele em seu pescoço. Era estranhamente sensível,
quase tanto quanto seus mamilos, e enviava o mesmo
formigamento até seu clitóris. Ele começou a ronronar,
enviando essa vibração por sua língua, fazendo-a ter
pensamentos malvados e perversos. Estava a ponto de
pedir que a mordesse outra vez quando ele levantou sua
cabeça.

—Quer sentir isso contra sua vagina, baby? Ela


assentiu malditamente perto de gemer.

Ele arqueou por cima de seu corpo, as pernas


colocadas entre as suas. Seu sorriso era selvagem.

—Melhor que donuts — ele lambeu e chupou o


caminho para baixo por seu corpo, deixando amorosas
mordidas em toda sua branca pele. — O café da manhã
doce, doce Becky. Poderia comer isto todos os dias — sua
áspera e ronronante língua lambeu seus mamilos fazendo-a
praticamente gozar com apenas isso.

Pelo sorriso malicioso em seu rosto, sabia


exatamente o que estava fazendo com ela.

Ela experimentou um momento de ciúmes, enquanto


se perguntava a quem mais ele teria feito isso, antes que
afastasse a capacidade de seu pensamento racional longe.
Soprou brandamente sobre seu monte, o que fez arrepios
ao longo de sua pele. Uma mão começou a acariciar seus
cachos castanhos enquanto sua língua estendia e logo
tocava seu clitóris. Pouco a pouco ele rolou sobre ela, não
mudando nunca seu ritmo, para seu crédito, afundando em
seu clitóris exatamente no lugar certo. Ele teve que
sustentar seus quadris para baixo com um grande e
musculoso braço, ou ela estaria dançando na cama.

As vibrações de seu ronrono a deixou gritando um


orgasmo para o teto tão rápido que a sobressaltou. Simon
gemeu enquanto ela gozava, lambendo seus sucos
enquanto, estremecia e retorcia.

—Simon — ofegou ela, com as duas mãos agarrando


os lados de sua cabeça. Ela puxou com força, dificilmente
notando sua risada enquanto punha essa língua onde a
queria. O homem lambeu, mordeu, chupou e molhou sua
vagina como se tivesse todo o tempo do mundo até que
gritou dois orgasmos mais.

Com um gemido selvagem ele soltou de seu agarre e


empurrou com uma ferocidade que arrasou através dela.
Começou um tamborilar, que de certo faria com que a
cabeceira de carvalho atravessasse a parede. Simon sentou
sobre seus calcanhares e pegou suas coxas, puxando para
seu corpo enquanto a fodia duro.
O orgasmo que rodou através dela era tão intensa,
que sentiu que seus pulmões explodiriam. Simon rugiu em
cima dela, a cabeça arremessada para trás em êxtase,
enquanto bombeava sua semente em seu acolhedor corpo
uma e outra vez.

Ele caiu em cima dela, suado e ofegante, seu corpo


ainda enterrado nela. Seus braços foram ao seu redor e a
puxou para mais perto, com seu rosto se enterrando em
seu pescoço, justo ao lado de sua marca.

—Santa Mãe de Deus — ela estava tendo dificuldades


para recuperar o fôlego. Cada parte de seu corpo fazia
cócegas. — Não estou em estado de coma. Estou morta e
esta é minha recompensa por ter vivido uma boa vida —
ela olhou ao homem suado, muito feliz, deitado em um
atoleiro sem ossos a seu lado. — Uma muito boa vida —
seus ombros começaram a tremer. Sua mão languidamente
acariciou uma nádega musculosa. — Inferno, devo ter sido
uma maldita Santa.

Ela riu enquanto seu ronrono fazia-lhe cócegas no


pescoço.
Capitulo 4

Max e Emma chegariam a qualquer momento. Entre


a briga com Lívia, à noite e a manhã... Meu deus, a manhã
com Simon, desejava um bonito e tranquilo jantar com
amigos. Alisou seu cabelo rebelde para trás, estudando os
cachos com o cenho franzido. Era a perdição de sua
existência. Não importava o que fizesse a seu cabelo, este
sempre ficava encaracolado. Embora tivesse que admitir
que parecesse muito melhor de como era no ensino médio,
quando havia tentado levar o cabelo curto. Estremeceu com
a lembrança.
Estava colocando brilho nos pálidos lábios, justo
quando Simon entrou no quarto.

—Maldição, baby. Não importa o jantar, pularemos


isso até a sobremesa.

Ela revirou os olhos e ignorou o seu ultra-quente


sorriso, enquanto ele pouco a pouco percorria com a vista
seu vestido violeta estilo Halter6. Foi às compras com
Emma pela tarde, com a intenção de impressioná-lo.

Pelo olhar no rosto de Simon tinha feito um bom


trabalho. O vestido Halter melhorava as poucas curvas que
tinha, e o fato de que chegava a uma ou duas polegadas
acima do joelho não estava mau.

6
Becky sabia que suas pernas eram seu melhor
atrativo, e esta noite tinha decidido jogar com isso.

Ela o olhou fixamente no espelho. Maldição, o homem


parecia bem. A jaqueta de botões verde escuro e as calças
pretas que tinha escolhido estavam muito longe dos jeans e
camiseta que normalmente usava. E não amarrou o cabelo
para trás, tampouco. Este acariciava seus ombros, o que
fez com que os dedos coçassem com a necessidade de
tocá-lo.

Ele se aproximou, deslizando as mãos ao redor de


sua cintura. Seus dentes afundaram brandamente ao lado
de seu pescoço, logo acima de sua marca.

—Tem certeza de que quer sair hoje à noite?

A campainha tocou. Ela riu enquanto ele gemia.

—Você foi quem convidou o Max e a Emma, lembra?

—Não me lembro.

Havia feito o convite quando Emma se apresentou na


porta de sua casa, praticamente pulando e anunciando que
sequestraria Becky durante todo o dia. Ela tinha estado de
acordo rapidamente e arrastou Becky fora da casa, com a
gargalhada de Simon atrás delas todo o caminho até o
carro de Max. Emma tinha pegado o carro de Max, porque
havia decidido que iriam às compras.

Becky riu. Conhecendo Emma, sabia que


necessitariam do espaço extra que a Durango de Max lhes
proporcionaria. Tinha estado certa. Só esperava que Max
não estivesse muito horrorizado quando Emma chegasse
em sua casa, com bolsas e caixas empilhadas no assento
traseiro.

Ela o seguiu à porta principal. — Olá, Emma, Max.


—Olá, Becks. Olá, Simon — Emma parecia preciosa
em um pulôver de pescoço alto de cor caramelo e com
calça cinza de sarja que complementavam seu tom de pele
dourado. Usava seu casaco preto favorito.

—Rebecca.

Se alguém podia vencer Simon como o homem mais


quente no concurso de Halle, esse seria Max Cannon.

Seu cabelo loiro dourado emoldurava o rosto de um


anjo mau, o único defeito era uma pequena cicatriz no lado
de seu nariz. Ela podia ver uma camisa azul safira sob a
jaqueta bomber que usava, e suas largas pernas estavam
envoltas em calças pretas. Seus ensolarados olhos azuis e
sorriso tolerante ocultavam o fato de que era um dos
homens mais poderosos da cidade. Sem sequer pensar
nisso, inclinou ligeiramente a cabeça em respeito ao Alfa da
Manada e a sua companheira; o sorriso era para seus
amigos.

Max colocou a cabeça pela porta e olhou o chão a seu


redor com uma expressão perplexa no rosto.

—Que diabos você está fazendo? — Simon


perguntou, franzindo o cenho.

—Perguntando-me onde você escondeu as pilhas,


pilhas e pilhas de bolsas que Becky deve ter trazido para
casa.

Simon arqueou as sobrancelhas.

—Sabia que foram às compras hoje, certo?

—Para fazer compras, pensei que iriam escolher um


vestido, talvez uns sapatos ou uma bolsa. Em vez disso,
provavelmente poderia abrir uma boutique na sala de
minha casa.
—Sabe, tudo o que Becky trouxe para casa foi uma
bolsa pequena — Simon sorriu enquanto Max grunhia com
bom humor. — levou a Durango para as compras, Max.
Deveria ter tido sua primeira pista com isso.

—Sim, sobretudo quando moveu os assentos para


baixo justo antes de sair — Max se esquivou do golpe que
Emma dirigiu ao seu braço com um sorriso. Ele se voltou
para Becky, ainda rindo.

—Como está se sentindo, Becky? — o olhar de Max se


concentrou na marca da mordida de Simon, visível através
das alças do seu vestido Halter. Com um puro sorriso
masculino bateu a mão com a de Simon, que sorriu de
volta.

Becky negou.

—Sempre são assim? — perguntou a Emma.

Emma suspirou.

—Sim. Exceto quando joga o Adrian na mistura.


Então francamente voltam para a terceira série — ela sorriu
para seu companheiro. — O boato é de que é incrível que
alguma vez tenham conseguido arrumar a casa de Simon.
Devia haver cola, pregos e outras coisas sobressaindo de
tudo, com os três enterrados sob o papel de parede. Quase
posso ver o Wile E. Coyote7 sustentando o cartaz de
'Ajuda!'.

—Conseguimos porque somos muito bons com nossas


mãos — ronronou Max, inclinando-se para colocar um
rápido beijo no pescoço de sua companheira.

Becky enrugou seu nariz.

7
O coiote que persegue o papa-léguas.
—Ew.

Max começou a rir, obviamente, fazendo cócegas no


pescoço de Emma, a julgar pela forma em que ela
estremeceu e soltou uma risadinha.

— Onde vamos jantar? — Becky pegou sua jaqueta e


se surpreendeu quando Simon a tirou de suas mãos e a
sustentou para ela. — Obrigada — ela ruborizou. Ele puxou
seu cabelo gentilmente fora da parte de trás da jaqueta,
acariciando seus cachos com um suave e terno toque. O
fato de que Simon queria tocá-la quase todo o tempo ainda
deixava sua cabeça dando voltas. Mal a tinha deixado fora
de sua vista todo o tempo que ela havia estado em sua
casa.

Seu braço se acomodou em torno de seus ombros e a


levou para fora da casa.

—Ao Noah'S. É o lugar favorito de Emma e Max, e eu


sempre me curvo para os desejos de meu Alfa — ele fechou
a porta da frente. Ela percebeu por sua expressão que
estava fazendo seu melhor esforço para manter uma cara
séria.

Max engasgou.

—Eu gostaria — a risada que Simon deu foi mais forte


enquanto Max os levava a seu Durango.

—Como se Noah's não fosse seu lugar favorito


quando faz uma grande venda, verdade, Simon?

— Não, absolutamente.

Max ajudou a Emma no lado do passageiro dianteiro


enquanto Simon ajudava a Becky na parte traseira.

—Deixe-me adivinhar, sua comida favorita é lasanha.


- Max a olhou surpreso.
—Como sabe?

Becky sorriu para Simon enquanto lhe dava língua.

— Golpe de sorte — colocou o cinto de segurança e


relaxou para trás no couro suave. — OH, Emma, obrigado
por ir comigo trazer de volta o meu bebê da mansão.

—Nenhum problema. Além disso, eu gostei da viagem


de compras.

Emma sorriu enquanto Max e Simon trocavam um


olhar no espelho retrovisor.

—Sabe que ela dirige um conversível, certo?

—Eu também — Emma cruzou os braços sobre o


peito tentando parecer uma fera e fracassou
miseravelmente, enquanto seus lábios seguiam tentando
curvar-se para acima em um sorriso.

—Eu sei — o olhar que Max enviou a Emma fez que


Becky afogasse uma risada novamente. Os dois eram muito
lindos para as palavras.

—Pelo menos o de Becky não é vermelho como uma


maçã caramelada.

—Hey! Amo meu Cruiser, especialmente a parte do


conversível vermelho como uma maçã caramelada.

Becky virou-se para rir com o Simon e percebeu que


estava lhe dando um feio olhar.

—O quê?

—Desde quando conduz um conversível?

—Há três semanas, Garfield — ela fez pouco caso de


ambos os grunhidos de risada do assento dianteiro e focou
sua atenção no grande tolo ao seu lado.
—Tem algum problema com isso?

—Diabos, sim! Essas coisas não são seguras!

—Meu ponto exatamente — Max assentiu e fez pouco


caso do olhar que Emma lhe deu.

—Como que não são seguras? — Becky olhou para


Simon, levantando uma sobrancelha em desafio.

—Luzes vermelhas. Maníacos com facas. Preciso dizer


mais?

—Em Halle?

—Emma não foi assaltada nos subúrbios de


Wallflowers?

—Seu ponto?

—Ocorre crime inclusive em Halle!

—Um ataque em um estudante universitário bêbado é


muito diferente de um assassino de conversíveis maníaco
com uma faca.

Simon lhe deu um sorriso maligno.

—Bem. Vejamos se é forte o suficiente para enfrentar


um Puma adulto saltando para cima e para baixo sobre o
teto, certo?

—Não vai estragar meu novo VW Beetle, Simon!

—OH, melhor ainda. Os gatos adoram brincar com


insetos.

—Simon! — ela afastou para trás pela surpresa. Sua


camisa verde se tornou uma interessante sombra marrom.
Ela franziu o cenho e apontou um dedo para seu peito,
perguntando o que diabos estava acontecendo. Olhou e
teve um vislumbre de seu rosto no espelho retrovisor. Seus
olhos tornaram-se dourados.

OH. Assim é como as coisas se viam através dos


olhos de um puma. Ela virou a cabeça e olhou pela janela,
se perguntando o que mais seria diferente.

—Está mudando — Max trocou um olhar com Simon


que ela não pôde interpretar.

—Eu a mordi ontem à noite, e é bastante obstinada.


Não me estranha que esteja mudando tão rápido — Simon
estava olhando-a com uma expressão de preocupação
mesclada com orgulho. — Deverá estar totalmente mudada
em um dia ou dois.

Ela olhou para Simon e notou uma vez mais que sua
camisa estava verde.

—Muito bem, me juntarei ao Fuzzy Club e comprarei


meias três-quartos em Nair. Podemos comer agora? Eu
estou morrendo de fome.

—Você sempre está morrendo de fome — murmurou


Emma.

Simon começou a rir. Becky sorriu.

Max parou diante do Noah's com um gemido.

—Não se sinta mal, estou morrendo de fome


também.

Emma começou a rir enquanto saltava fora do carro,


para desgosto evidente de Max. Becky tratou de seguir a
sua amiga, só para encontrar a si mesma sendo retirada
pela porta e Simon em seu lugar. Ele olhou para ela e
piscou um olho. Ela fez uma careta e lhe permitiu levá-la
atrás de seus amigos, os saltos de seus sapatos violetas
soando na calçada.
OH, obrigada, Deus. Belinda não estava trabalhando.
A anfitriã ruiva lhes sorriu calidamente e os levou
imediatamente a seus assentos. Simon segurou a cadeira e
ajudou-a antes de se sentar ao seu lado.

As coisas estavam bastante tranquilas enquanto os


quatro olhavam seus cardápios. Becky pensou em pedir o
frango a Marselha, mas a lasanha que o garçom levava
além de sua mesa cheirava tão bem que teve um momento
difícil decidindo entre os dois.

—Pare de morder o lábio.

Becky olhou para Simon por cima de seu cardápio


para encontrá-lo sorrindo, e soltou seu lábio.

—Qual é o problema, querida?

—Não posso decidir entre o frango a Marselha e a


lasanha.

—Compartilhamos?

— Claro! — o estômago Becky roncou.

—Compartilhar o quê? — Emma olhou entre eles,


confusa.

— Nosso jantar.

Emma olhou para os dois e franziu os lábios.

—OH.

—Na realidade, isso parece bom — Max olhou para a


Emma — Emma, você quer os frutos do mar Alfredo?

—Não, acredito que pedirei os camarões primavera. E


você?

—Frango parmesão.
—Delicioso.

Deram seus pedidos para o garçom, os quatro


decidindo beber vinho com seus jantares.

—Então, por que a camisa de Simon se torna


marrom, afinal? Eu pensei que os gatos eram daltônicos.
Não deveria ter se tornado cinza?

Ela observou enquanto Max sorria.

—Os gatos são daltônicos. Só que eles não são


completamente daltônicos. São protanópticos.

—Proto... o quê...?

—Não vêem o espectro vermelho-verde. Tudo o que é


vermelho ou verde parece um pouco marrom para nós. Os
cães não vêem o azul-amarelo. A grama para nós é da cor
de mostarda picante. Para um cão, é de tom azul.

—Ah — ela olhou para Simon com deleite. — Então


em sua porta principal, a cabeça do gato tem os olhos
verdes.

—Parecem marrom dourado, quando meus olhos


mudam.

—Inteligente.

—Foi o que pensei.

O tema voltou-se para o trabalho enquanto sua


comida era entregue.

—Simon, você tem que ter esse receptor solar


preparado para que Jamie o leve na quinta-feira — Emma
fez um gesto ameaçador com o garfo para Simon. O efeito
se arruinou um pouco quando um pedaço de camarão caiu
por terra na mesa com um suave plof. Ela olhou a seu
redor furtivamente antes de pegá-lo e metê-lo na boca,
para diversão evidente de Max.

—Caralho, Emma, estou trabalhando nisso, ok? —


Simon praticamente se queixou, mas Becky pôde ver o
sorriso que estava se esforçando para conter.

—Será melhor que esteja, ou Jamie terá nossas


cabeças. Se não estiver concluído a tempo para seu
aniversário, Marie ficará magoada. Então, Jamie será
gravemente ferido do tipo de um de corpo interpondo-se
em seu caminho.

Simon soltou uma bufada.

—Vou terminar a tempo.

—Bom.

Simon voltou-se para Max, sua expressão se


tornando séria.

—OH, ei Max, me esqueci de perguntar. Recebeu o e-


mail de Sheri?

—Não, não verifiquei hoje. O que ela quer?

Emma virou e olhou para Max, com uma sobrancelha


levantada em pergunta.

—Quem diabos é Sheri?

Max fez uma careta.

—Lembra que te disse que havia duas mulheres que


troquei ao longo dos anos?

—Sim — Emma arrastou as palavras, com os braços


cruzados sobre seus seios.

—Sheridan Montgomery é a outra.


—De cuja história não podia me contar?

—Correto, porque se eu lhe dissesse teria que te


matar.

Emma franziu o cenho.

—Se você me matar não estará recebendo sua porção


de sexo — ela enrugou o nariz. — E sei que está muito
doente por isso.

Simon engasgou, quase cuspindo o vinho sobre a


mesa. Becky, rindo, deu uma tapinha nas costas.

—Emma! — Max gemeu, rindo. Ele virou novamente


para Simon. — Então, o que ela queria?

—Está pedindo para juntar-se à Manada.

—Ela disse se o seu problema ainda era um


problema?

—Espero que não, mas não sou tão otimista.

—Qual é o problema? E não me diga que não pode


me dizer, porque foi você que mudou de assunto.

Os dois homens olharam entre si e fizeram uma


careta. Simon deu de ombros.

—Sheri foi vítima de abuso por um ex-namorado que


ainda está atrás dela. Está procurando refúgio conosco. Em
vez disso, Max e eu queremos lhe oferecer um lugar na
Manada.

Becky e Emma olharam entre si, com olhos muito


abertos.

—Por que ainda não faz parte da Manada? — Emma


franziu o cenho.
—Ela se recusou. Disse que não queria trazer seus
problemas, e uma vez que Jonathan era o Alfa e esteve de
acordo com ela, não havia muito que pudéssemos fazer a
respeito.

—OH. Bem, voto para que se junte a nós. Enquanto


não seja outra Lívia, deve ficar tudo bem.

—Estou de acordo. Estou bastante certo que podemos


encontrar uma maneira de protegê-la, se seu ex se
apresentar.

Os dois homens começaram a discutir em voz baixa


como fazer Sheri parte da Manada, enquanto minimizavam
o perigo. Emma e Becky observavam e ouviam em
silêncio. Becky estava um pouco assustada ao ouvir falarem
de algumas das coisas que o ex tinha feito no passado para
tentar chegar a Sheri. Ele parecia muito doente. Só
esperava que eles pudessem manter a pobre garota
segura.

Becky se voltou para Emma enquanto os dois homens


continuavam discutindo sobre Sheri muito depois de ter
terminado seu prato principal.

—Então, eu estive pensando em pintar as paredes da


cozinha de Simon de roxo. O que você acha, Em?

—Vá pelo rosa — Emma sorriu maliciosamente para


Simon, lhe dando um olhar de soslaio.

—Rosa? Sério? — Becky viu Simon e Max sorrindo um


para o outro. — Estava pensando que poderia utilizar o
papel de parede que utilizamos na loja. O que acha?

—Por favor, não — Simon levantou as mãos em sinal


de rendição. — Está bem, não há mais negócios da Manada
durante o jantar, prometo.
—Você não gosta do papel de parede da loja, Simon?
— Becky bateu os cílios para Simon.

—Os termos 'eca', 'ew' ou 'gag' significam algo para


você?

Foi à vez de Emma engasgar, e Max lhe golpeou as


costas. Becky simplesmente cruzou os braços sobre seus
peitos e ergueu as sobrancelhas para Simon.

—E o que tem de errado com o papel de parede da


loja?

—Por onde começar? — Simon começou a acariciar


seu queixo, pensativo. — É rosa, florido, Fru-Fru e rosa,
sobretudo, cor de rosa. As flores só fazem com que o fator
desagradável seja multiplicado por dez.

Becky olhou enquanto Simon estremecia


teatralmente. — Eu escolhi esse papel de parede.

—Nesse caso, graças a Deus que minha casa já está


decorada.

Becky ofegou com divertida indignação enquanto


Simon juntava as mãos em sinal de oração.

—Colocarei uma parte desse papel de parede em


cima da cama.

—Nunca terei uma ereção de novo — murmurou ele.


— Não pode colocar a Jessica Alba em vez disso? Ai! — a
gargalhada de Simon soou quando Becky lhe deu uma
palmada no braço.

—Espertinho.

O garçom voltou e levou os pratos. Emma e Max


decidiram partilhar uma fatia de cheesecake, enquanto
Becky foi de tiramisu e Simon bebeu apenas café.
Becky tentou desfrutar de sua sobremesa, mas
Simon estava olhando-a por cima de sua xícara de café. O
calor de seu olhar fez com que seu pulso acelerasse. Ela fez
uma careta, esperando que ele sorrisse e se voltasse para
Max. Em vez disso, lhe piscou um olho pela borda da
xícara, com seu sorriso tão feliz, que não teve coração para
ser sarcástica com ele.
Capitulo 5

Becky abriu a porta do apartamento e suspirou.


Depois de estar na casa de Simon por duas noites e todo o
dia de ontem, seu pequeno apartamento em cima de
Wallflowers parecia ainda menor que o habitual. Mas,
falando sério, se estava voltando a trabalhar hoje,
precisava de um pouco de roupa e o resto de sua
maquiagem. Ele tinha lhe levado o mínimo para sobreviver
em sua casa. Porque acreditava que um par de jeans e um
par de calcinhas eram roupas suficientes... Não, espera.
Cérebro masculino trabalhando. Provavelmente tinha
pensado que ela correria ao redor de sua casa nua todo o
tempo, ou que usaria uma de suas camisetas ou algo
assim. Ela praticamente nadava nas malditas coisas. De
maneira nenhuma podia trabalhar assim.

Simon queria que ela tirasse uns dias de descanso, só


até depois que sua mudança ocorresse. Estava preocupado
de que o que tinha acontecido a Emma acontecesse com
ela também. Emma também tinha insistido em ir trabalhar
e terminou mudando em uma das salas de exame de Max.
Por sorte para a Manada, tinha sido depois do fechamento e
os pacientes não estavam em sua prática no momento.

No entanto, ela não sentia as mesmas picantes


sensações sobre as que Emma tinha lhe advertido durante
a viagem de compras. Nenhum cabelo surgiu em seus
braços. As garras não haviam aparecido. Era certo que sua
visão tinha mudado no carro na noite de domingo, mas até
agora esse era o único sinal da mudança que havia
experimentado. Havia prometido tanto a Emma como a
Simon que, se sentisse algum dos sintomas que Emma
havia mencionado, imediatamente chamaria Emma para
fechar a loja e iria à casa de Simon para esperá-lo.

Enquanto isso, precisava de roupa, maquiagem e algo


para domar a sua cabeleira.

Entrou em sua minúscula cozinha e sentiu que seu


coração se derretia. Lá no balcão estava uma caixa de oito
peças de trufas Godiva com uma nota anexa: Pense em
mim enquanto desfruta de seu deleite.

Teve que engolir o nó em sua garganta enquanto


pegava a nota. Maldição, Emma, vê garota. A única
maneira de que Simon poderia ter sabido a respeito de sua
quase obsessão pelas trufas Godiva era se Emma tivesse
dito. Colocou um dos delicados doces na boca e gemeu.
Isto é tão bom. Pegou a caixa com um ambicioso sorriso.

E ninguém comerá estes exceto eu. Se Emma


soubesse que Simon tinha dado uma caixa de chocolates
Godiva, tentaria pegar uma peça, mas não havia maneira
de que Becky compartilhasse. Apenas me chamem de
Grinch Godiva. Riu e pôs a caixa no armário de seu quarto
para guardar enquanto estava trabalhando.

É obvio, pegou-a novamente e meteu outra peça na


boca antes de se obrigar a pôr a caixa de volta. Trocou de
roupa rapidamente, passou um prendedor por seu cabelo e
decidiu que não se incomodaria com a maquiagem hoje, já
estava ficando tarde. Suas mãos tremiam e sentia-se um
pouco fraca. Tudo a seu redor estava começando a girar...
Maldição. Deveria ter comido mais que os chocolates.
Se Emma ou Simon descobrissem que tinha ido à
medica a respeito dos enjôos, nunca ouviria o fim de tudo,
especialmente se eles soubessem que ocorriam com mais
frequência quando se esquecia de comer. Algo como esta
manhã, quando tinha saído correndo da casa de Simon.

Tinha planejado parar em uma cafeteria para tomar


café da manhã, mas o acidente na estrada doze tinha
reduzido tudo a passo de tartaruga e não teve tempo. A
última coisa que precisava era os dois pairando sobre ela
enquanto esperava que os resultados dos exames
chegassem.

Não era como se eles soubessem com certeza o que


estava errado, e até que ela soubesse? Não diria nada.

O enjôo estava piorando. Melhor comer um lanche


rápido antes que desmaiasse.

Caminhou até a cozinha e pegou uma maçã da mesa.

Um par de brilhantes olhos verdes apareceu na maçã


e piscou para ela sonolentamente.

Becky gritou.

Simon estava tão orgulhoso de sua companheira, que


podia explodir. Ontem à noite tinha atuado como uma
verdadeira Beta, ajudando a tomar decisões que em última
instância que afetavam toda a Manada. Não acreditava que
inclusive se deu conta do que havia feito, parecia tão
natural. E o fato de que Emma e Becky trabalhassem bem
juntas, só podia beneficiar à Manada em seu conjunto, e às
interações de Simon e Max.

Ele deu de ombros em sua camiseta azul e agarrou a


carteira na cômoda. Jogou esta e seu celular no bolso e
entrou em sua grande sala. Tinha um montão de trabalho
para fazer hoje e estava ansioso para chegar logo.
Estava pondo os sapatos quando o celular tocou.
Colocou o fone de ouvido Bluetooth e respondeu.

Era Max.

—Entrei em contato com a Sheri. Parece que tinha


razão. Seu problema não desapareceu por completo.

—Merda — Simon acabou de amarrar os cadarços de


seus sapatos.

—Sim. Parker a encontrou de novo.

Simon ficou de pé com um suspiro e pegou as chaves


do carro.

—Então, quando chega?

Max soltou uma bufada.

—Conhece-me tão bem.

Ele deu ombros, pegou seu casaco e se dirigiu para a


porta.

—Amigo. Para citar a Becky, 'Ew'. Faz parecer como


se estivéssemos malditamente casados ou algo assim —
Simon abriu sua porta, sorrindo enquanto Max fazia ruídos
de beijos por telefone. No fundo podia ouvir Emma rindo. —
Sinto muito, não estou no jogo.

—Idiota — Max começou a rir.

Simon subiu na sua RAM e começou a ligá-la, ansioso


para chegar ao seu trabalho.

—Então?

—Ela já está aqui.

—Bom.
—Quero que você e Becky a levem para jantar.
Emma e eu faríamos, mas temos uma reunião com
fornecedores após o trabalho.

—Você fez a pergunta a ela?

—Está brincando? Deixou notas em post-it por todo


meu escritório. Qual é sua cor favorita, que tipo de anel de
casamento quer, inclusive um endereço de site de
construa-seu-próprio-anel-de-compromisso com uma
descrição detalhada do que comprar. Colocou um menu de
atendimento como fundo de tela no computador, e fotos do
vestido de casamento como protetor de tela. Foi pura auto-
defesa.

Simon pôs sua cabeça sobre o volante e caiu na


gargalhada. Podia ver os milhares de post-it bombardeando
o escritório de Max.

—E isso foi o que fez no trabalho!

Simon não podia respirar, estava rindo tanto.

—Vá em frente, ria. Deveria ter ouvido Adrian quando


deu uma olhada nisso — Simon praticamente podia ouvir
Max revirar seus olhos. — Ela esqueceu que Adrian e eu
compartilhamos um escritório. Nunca vi um homem adulto
correr tão rápido em minha vida — Max soltou um risinho.
— Não posso esperar para que encontre sua companheira.

—Isso deveria ser divertido — Simon enxugou as


lágrimas de riso. — OH, cara, mal posso esperar por isso.

—Nem Emma.

—Falarei com Becky e me assegurarei de que chegue


para jantar esta noite. Faremos a introdução formal no
domingo?
—Em minha casa; enviarei os e-mails, para dizer a
Manada. OH, e traga Becky para nosso lugar, para o jantar
da sexta-feira, assim posso formalmente reconhecê-la,
também. Já deveria ter mudado até então.

—Certo. Adeus, Max.

Simon saiu de sua garagem. Discou o número do


Wallflowers e escutou o telefone tocar.

—Olá?

—Becky? — franziu o cenho. Algo em seu tom de voz


parecia débil.

—Está sorrindo para mim.

—Quem está sorrindo, baby? — ele se deteve no sinal


vermelho e a escutou ofegar.

—A maçã.

—O quê?

—Acredito que está louca da vida porque eu queria


comê-la. Seu sussurro foi preenchido com um medo
tremendo.

—Becky, onde você está?

—Atrás do balcão na loja.

—Onde está a, uh, a maçã?

—Em minha cozinha. Posso ouvi-la saltando lá em


cima.

Ele estava começando a se preocupar seriamente.


Acelerou pela intercessão logo que o sinal mudou.

—Estou a caminho, baby.


—Tudo bem. Simon?

—Sim baby?

—Vou dizer a ela que sinto muito e que prometo não


comê-la se desaparecer. Certo?

O fio de lágrimas em sua voz o assustou até a morte.


Sua Becky não tinha chorado quando as garras da cadela-
gato incrustaram em seu estômago, mas agora, estava
chorando por uma maçã? Algo estava muito errado aqui.

—Aguente querida, estou chegando.

—Tudo bem, Simon. Certo.

—Continue falando comigo, querida — o silêncio o


saudou. — Becky? - Nada. Nem um som, nem sequer um
sussurro.

Ele parou em seco frente à loja. Sem incomodar-se


em desligar o carro, correu para dentro, seu coração
palpitando de medo.

—Becky, onde você está?

Becky estava estirada no chão atrás do balcão com o


telefone na mão. Não estava consciente.

—Olá?

Ele virou-se para a voz familiar e hesitante na porta.


— Belinda?

—Simon? Está tudo bem? — ela entrou no


Wallflowers. — Sua caminhonete está ligada e a porta
estava aberta... OH, Meu Deus.

Ele pegou Becky em seus braços e a levou até a porta


da frente, surpreendendo-se quando Belinda ficou atrás do
balcão e pegou o telefone.
—O que está fazendo?

—Chamando o hospital geral de Halle para lhes dizer


que você está a caminho.

—O quê?

Ela estava discando enquanto falava.

—Chamarei Max e pedirei para que Emma venha o


mais rápido possível. Ficarei aqui até que chegue — olhou-
o. Ele podia escutar claramente o toque do telefone no
outro extremo da linha.

—Vá!

Ele respirou fundo.

—Obrigado.

Ela assentiu.

—Somos da Manada — voltou-se para o telefone


enquanto Simon escutava uma voz no outro lado dizendo:
— Hospital Geral de Halle.

Correu para fora da porta, com sua companheira


segura em seus braços.

Becky estava flutuando. As cores eram tão bonitas,


tão pacíficas. Simon tinha chegado até ali e tudo estava
bem agora. Tudo sempre estava bem quando Simon estava
ali.

—Alguma idéia do que poderia ter causado isso?


Ele parecia preocupado. Ela franziu o cenho. Simon
não deveria preocupar-se. Não havia nada com o que
preocupar-se. Não podia perceber?

Ouviu sussurros de papéis ao redor.

—Sim. Ela é hipoglicêmica.

—A hipoglicemia não provoca alucinações, não é?


Estava com medo de uma maçã, pelo amor de Deus!

—Se for grave o suficiente, pode sim. Ela não lhe


disse sobre isto?

Engraçado, isso parece com o meu médico. Pergunto-


me, o que ele está fazendo aqui?

—Não, mas pode apostar que planejo discutir isto


com ela.

OH, agora está ficando mal humorado. Pergunto-me,


por que está ficando mal humorado?

—Simon? — ela abriu os olhos para ver sua cara de


preocupação pairar sobre a sua. Sorriu-lhe sonolentamente.
Maldição sentia-se tão bem. — Você tem olhos bonitos.

—Hey, baby. Como você se sente?

Ela se esticou.

—Mmm, sinto-me maravilhosa. E você?

Ele olhou a sua esquerda com o cenho franzido. —


Doutor?

—Poderia ser um efeito colateral da glicose que


injetamos em sua corrente sanguínea.

Ela levantou uma pesada mão e acariciou a bochecha


de Simon. — Estou bem.
Sua expressão era feroz.

—Assustou-me como o inferno. Por que não me disse


que tem o nível de açúcar baixo no sangue?

—Os exames não tinham chegado ainda, assim não


sabia se dizia respeito à hipoglicemia ou à minha tireóide.
Não queria preocupar ninguém até que soubesse com
certeza — deu de ombros. — Além disso, fiz o exame na
sexta-feira e não, uh, me conectei contigo até a noite de
sábado.

—Poderia ter me falado isso em qualquer momento


deste fim de semana.

Ela olhou para sua expressão feroz e ruborizou.

—Estávamos ocupados. Você se lembra?

Ouviu uma tosse de risada atrás de Simon e se virou


para olhar. O doutor Harrison estava escondendo um
sorriso atrás de sua mão.

—Na verdade, Simon, tem que agradecer a Max por


tê-la convencido a fazer os exames. Ele sabia que os enjôos
não eram normais, e lhe pediu que viesse me ver para um
exame de sangue.

—Então definitivamente é hipoglicemia?

O doutor Harrison assentiu.

—Isso mesmo. E significa que temos que mudar


algumas coisas em sua dieta. Assim como nos assegurar de
que coma regularmente.

Ela estremeceu e se negou a olhar a qualquer um


deles.
—Também temos que averiguar qual é a causa
subjacente, nos assegurar de que nada mais sério esteja
acontecendo. O fato de que a encontrou inconsciente é
motivo de preocupação; no entanto, sua rápida resposta à
glicose é animadora.

Ela sentiu Simon dar um suspiro de alívio.

—Então você não acredita que é grave?

—Não o suficiente para justificar uma estadia


prolongada no hospital. Faremos um acompanhamento por
mais uma ou duas horas, e então sugiro que a leve para
casa. Certifique-se de que coma esta noite, e sob nenhuma
circunstância pode pular uma refeição. Você tem que dar a
ela um montão de carboidratos bons, junto com a redução
de seu consumo de açúcar. Mas se ela tiver outro episódio,
por todos os meios, faça com que ela beba uma Coca-Cola
normal ou um copo de suco.

Simon assentiu e estendeu a mão.

—Obrigado, Doutor.

—Não há de que.

—Obrigado, doutor Harrison.

O médico se foi, deixando-os sozinhos no quarto. Ela


deu uma olhada para Simon sob seus cílios, surpresa ao ver
medo em sua expressão normalmente ensolarada.

—Assustou-me como o inferno.

—Assustei-me como o inferno, também.

Ele a pegou nos braços, tomando cuidado com a


intravenosa. — Eu tenho você. Ainda não estou preparado
para deixa-la ir.
Ele estava tremendo. Ela passou as mãos por suas
costas na tentativa de acalmá-lo. O fato de que pudesse
fazê-lo sentir tanto, a humilhava.

—Eu não vou a lugar nenhum — ela sorriu


lentamente. — Afinal de contas, não recebi meus donuts.

Seu riso divertido foi música para seus ouvidos.

Ela teve que comprar um monitor de glicose. Simon


não quis ouvir falar de levá-la a sua casa sem um, e o
médico esteve de acordo. Devido ao nível de açúcar em seu
sangue, ter voltado ao normal e não mostrar mais sinais de
problemas, foi liberada no final da tarde. Ela tinha insistido
em retornar ao seu apartamento para pegar produtos de
higiene pessoal e roupa limpa, e ele se queixou todo o
tempo. Negou-se a esperar no carro, e tentou com mais
empenho, amarrá-la a uma cadeira para que não se
esforçasse muito. Inclusive estava falando de cancelar o
jantar com Sheri, só para que ela pudesse descansar um
pouco, apesar de que se sentia perfeitamente bem.

—Estou bem, Simon, de verdade — ela o olhou indo


para gaveta de roupa íntima, descartando todas as
calcinhas confortáveis a favor de suas calcinhas sexys.

Ela ruborizou quando ele tirou um fio dental de


renda, verde pálida e, com um sorriso, adicionou à pilha
para ser colocada na mala sobre a cama.

—Bem, eu não, assim me permita.

A campainha tocou.

—Eu irei — ela praticamente saiu voando da cama,


fazendo pouco caso de seu grunhido de "Devagar, porra!".

Ela abriu a porta e imediatamente foi rodeada por um


par de braços rosa pálido. — Olá, Emma.
—Você me assustou!

—Não posso. Respirar.

Emma deu um passo atrás.

—Oops.

Uma vez que Emma a deixou, ela respirou fundo.

— Maldição mulher, esteve comendo seus Wheaties


— ela deu um passo para trás para que Emma passasse.

Emma ruborizou.

—Olá, Simon!

—Maldição Emma! Onde está Max?

—Em seu escritório, eu acho. Por quê?

Simon saiu do quarto sustentando um jogo de par de


meias pretas e uma cinta liga. Tinha uma expressão feroz
no rosto.

—Ele sabe que você não está na loja?

Becky olhou a roupa íntima em suas grandes mãos e


sorriu.

—Está pensando em ir ver o Show Rocky Horror


Picture? Você seria um belíssimo Dr. Frank-e-Furter.

Emma começou a rir tanto que ficou roxa. Becky


podia vê-la imaginando Simon, em espartilho e sapatos de
salto.

—O quê? — Simon baixou o olhar, revirou os olhos e


jogou a roupa íntima com babados na cama. — E então?

Emma tomou um momento para recuperar o fôlego.


—Fecharei o Wallflowers mais cedo, e irei me reunir
com ele em casa. De lá, iremos encontrar os fornecedores,
lembra-se? Por quê?

—Nenhuma razão. Não quero meu traseiro chutado


porque não pode te encontrar. Um gesto confuso cruzou o
rosto de Emma.

—Por que chutaria seu traseiro?

—Porque não poderia chutar o seu.

As duas mulheres trocaram um olhar confuso e


Simon suspirou. — Só tem que ligar para o homem, certo?

Emma deu de ombros.

—Bem, Simon, se isso te faz feliz.

—Fará. Eu e o meu não-mastigado traseiro


agradeceremos isso.

Emma sacudiu a cabeça e se aproximou da cozinha


para ligar para Max. Becky sorriu para Simon e sacudiu a
cabeça.

—Irei guardar minha maquiagem e algo para usar


esta noite, está bem?

—Claro.

Ele estava olhando na direção em que Emma se foi.


Ainda parecia um pouco mal humorado por isso acariciou-
lhe o peito. — Pode fazer companhia para Emma enquanto
troco de roupa?

Simon franziu o cenho, com sua atenção de volta


nela.

—Ainda não tenho certeza se nós não deveríamos


cancelar o jantar com Sheri.
—Tenho que comer certo? Então, por que não comer
com sua velha amiga?

Seu olhar lhe disse que ainda não tinha certeza se


não deveria simplesmente envolvê-la e colocá-la na cama.

—O médico diz que estou bem, Simon. Inclusive lhe


disse que havia reagido muito bem à glicose e que estava
bastante certo de que era só isso, hipoglicemia. Também
assegurou que estava bem em fazer tudo o que
normalmente faço a noite — ela suspirou em seus traços
obstinados. — Vou dizer a você como vai ser amanhã:
pediremos um pouco de comida chinesa e você poderá me
alimentar com pauzinhos, certo? Nós vamos ficar abraçados
na frente da lareira maravilhosa que você tem.

Ele assentiu com relutância.

—Tem certeza de que se sente bem? — sussurrou ele


quando ela começou a pular. Ele agarrou seus braços e a
levantou do chão. — Não faça isso!

Ela beijou a ponta do seu nariz.

—Vê? Estou bem.

—Eu não!

—Então posso me arrumar e assim você pode me


levar para casa, certo?

Olharam um ao outro, o choque que ela tivesse


chamado seu lugar de casa na frente de ambos.

Becky pôde sentir a tensão pouco a pouco aliviando


seu grande corpo enquanto a baixava ao chão.

—Tudo bem — seus lábios se curvaram em um


sorriso possessivo. — Chinesa ou Pizza? — Amante da
carne?
—Feito.

Justo nesse momento Emma terminou sua chamada


e sorriu para o grande artista.

—Então, Max quer saber o tamanho do espartilho que


deveria comprar. Se por acaso...

—Emma!

—Só certifique-se de comprá-lo cor rosa — Becky


estava mordendo o interior de sua bochecha para evitar
sua risada, mas quando ele bufou para elas, ambas as
mulheres caíram na gargalhada.
Capitulo 6

Ela tinha conseguido deslizar as trufas em sua bolsa,


sem que Emma as visse. Maldição, essa bonita caixa
marrom a tentava. E Emma era tão ruim quanto ela quando
se tratava de Godiva.

—Está pronta, baby?

Ela empurrou a trufa em sua boca enquanto Simon


entrava pela porta do quarto.

—Tudo pronto.

Sorriu-lhe.

—Cara, eu estou feliz que esteja usando outro


vestido. Você está incrível.

Ela girou para ele, fazendo que sua saia voasse em


torno de seus quadris. Ouviu-o gemer quando o fio dental
de verde pálido brilhou para ele. O vestido de renda preto
com ilhós se alinhava com a seda jade pálido que
combinava com sua calcinha. Mangas compridas de sino e
um decote quadrado se ajustavam ao seu corpo, enquanto
a saia por cima do joelho mostrava suas pernas. As botas
pretas que tinha usado com o disfarce de bandida e grossas
argolas de ouro completavam seu traje.
Ele sustentou seu casaco para ela como tinha feito na
noite de seu jantar com Max e Emma. Tomou sua mão e a
conduziu até a garagem, acomodando-a em seu lugar antes
de subir ele mesmo.

Pôs a caminhonete em movimento e abriu a porta da


garagem. Os suaves acordes de Loreena McKennitt
encheram o ar, inquietantes melodias celtas saindo dos
alto-falantes e tranquilizando-a.

Ela o olhou com um sorriso tolo. — Roubou meu CD,


não é?

Ele sorriu.

—Dado que a maior parte de sua coleção de CD's era


esta coisa Celta, imaginei que não se importaria.

Ela acariciou sua bochecha.

—Obrigado, Simon.

Ele tomou sua mão entre as suas. Beijou a palma e


apertou seus dedos. — Não há de que.

Ela virou a cabeça e olhou pela janela. Sabia que o


sorriso tolo ainda estava em seu rosto.

A chuva começou a cair, revestindo as janelas com a


passagem das gotas. Ela olhou o arco-íris causado pela
dança de gotas nas luzes. Traçou uma das gotas que
desciam com seu dedo, enquanto deslizava pela janela.

—baby?

—Hmm?

—Você está bem?


—Um-hmm — apoiou a cabeça contra a janela e
sorriu. Tudo parecia tão pacífico, tão zen. O arco-íris
dançava por todo o lugar. — Tão bonito.

—Becky!

—Hmm? — virou a cabeça para ver seu cenho de


preocupação. Acariciou-lhe a bochecha, desejando que não
estivesse triste. Como podia estar triste em uma noite tão
bonita? — Está bem, Were-puma. Os arco-íris não podem
te machucar.

—Merda — ele parou no estacionamento do hotel


onde Sheri estava. Esticando-se sobre ela, tirou um pacote
de biscoitos do porta-luvas. — Coma, baby.

Ela ficou olhando o biscoito com raspas de chocolate


que ele sustentava. Tinha um arco íris atravessando-a.

—Não vou machucar os arco-íris?

—Não, baby. Você levará os arco-íris para o seu


interior, e vai se tornar uma parte de você, e que irá torná-
los felizes.

—Sério?

—Sim, querida. Confie em mim.

Ela sorriu para ele.

—É obvio que confio em você, bobo — Pegou o


biscoito e começou a mordiscar. De repente, riu. — Isto
significa que "provei o arco-íris"?

—Já volto, certo? Pode permanecer no carro?

Ela cantarolava a música, baixinho. Os arco-íris


dançavam junto com ela. Era tão bonito que mal ouviu o
que ele disse.
Com um suspiro ele saiu da caminhonete. Ela mal
sentiu a porta fechar, presa pela dança multicolorida diante
dela.

Simon estava a ponto de perder a cabeça. Duas


vezes em um dia? O que acontece com essa merda que o
Doutor lhe disse a respeito da glicose e que se ela comesse
ficaria bem? Simon havia fiscalizado pessoalmente para que
Becky comesse seu almoço, inferno, praticamente a tinha
alimentado com uma colher que havia trazido com ela do
hospital. Ele se negou a dar uma mordida no seu próprio
almoço, até que ela tivesse terminado pelo menos o
hambúrguer.

Agora, aqui estava ela, agindo como essa manhã,


embora com menos medo. Se não soubesse melhor juraria
que estava...

—Simon?

Ele se deteve. Estava tão preso pela preocupação por


Becky que não percebeu que parou diante da porta de
Sheri.

—Sheri, olá — aceitou o abraço que ela lhe deu. Seu


cabelo loiro pálido quase brilhava contra o seu casaco de
couro escuro.

Ela deve ter sentido sua tensão porque começou a


puxar sua mão, tentando fazer com que entrasse em seu
quarto.

—O que acontece?
—Minha companheira está doente. Está no carro, e
tenho que tirá-la daqui.

—OH, não! Há algo que podemos fazer para ajudar?

—Podemos?

—Jerry e eu.

Simon sorriu levemente. Jerry era o cão guia de


Sheri; ele geralmente sorria quando pensava no nome que
tinha dado ao golden retriever. Agora, entretanto,
simplesmente não estava com humor.

—Não, olha, sinto muito, mas podemos remarcar o


jantar para amanhã à noite? Preciso levar Becky ao
hospital.

—Você gostaria de um arco-íris? — Simon se virou


para ver Becky de pé sob a chuva, sustentando um biscoito
para Sheri. — Se comer um arco-íris, ele irá para dentro de
você. As cores são tão bonitas.

Ele escutou Sheri dar uma respiração profunda e só


pôde imaginar o que estaria pensando.

—Becky, querida, por que você não vai sentar na


caminhonete, certo?

Ela franziu o cenho.

—Queria conhecer sua amiga — ela olhou por cima de


seu ombro para Sheri. — Ela precisa de um arco-íris.

Ele sentiu uma mão suave lhe tocando o braço.

—Tudo bem, Simon — os olhos azuis-claros de Sheri


se viraram para Becky. — Quer vir para o meu quarto e sair
da chuva? Prometo que se fizer, compartilharei o arco-íris
com você.
Becky deu um lindo sorriso em resposta. — Tudo
bem.

Sheri puxou Beck suavemente para o seu quarto.


Simon ficou confuso quando Sheri se inclinou perto de
Becky e cheirou o seu pescoço. Ele seguiu às duas
mulheres ao quarto e viu como Sheri cuidadosamente
partia o biscoito pela metade. — Aqui, para você. Becky,
certo?

Becky assentiu alegremente enquanto comia o


biscoito e olhava pela janela.

—Eu sou Sheri.

Becky virou-se.

—Está tão pálida. Onde estava seu arco-íris?

Sheri suspirou.

—Eu nasci sem arco-íris.

As lágrimas encheram a voz de Becky.

—Aqui. Toma o meu — passou o resto de seu biscoito


para Sheri e virou para a janela. — Todo mundo deveria ter
um arco-íris.

Sheri suspirou e puxou o braço de Simon. Preocupado


por sua enfermidade, Simon deixou que o levasse ao outro
lado do estreito quarto de hotel.

—Sinto muito, Simon.

—Tenho que chamar seu médico. Sei que ela comeu


hoje.

Sheri franziu o cenho, parecendo confusa.

—Isso tem a ver com alguma coisa?


—Ela é hipoglicemia. O médico disse que isso pode
causar alucinações, se ficar muito grave.

—Simon?

—Hmm? — ele já estava discando no telefone.


Certificou-se de guardar o número do Doutor Harrison,
apenas no caso de emergência.

—Não acredito que seja hipoglicemia.

—É obvio que sim. Ela fez o exame e tudo mais —


escutou o toque de chamada e esperou para que o serviço
de secretária eletrônica de seu médico atendesse.

Sheri apertou o botão para desligar sua chamada.

—Simon, cheiro algo em sua pele.

Seu coração congelou.

—Do que está falando?

Sheri mordeu o lábio.

—Cheira a produtos químicos. Eu já o cheirei antes,


uma ou duas vezes, com os amigos de Rudy.

À menção do seu ex-noivo, o Puma de Simon


grunhiu. — O quê?

—Acredito que sua companheira foi drogada.

Simon viu como sua companheira batia no ar vazio,


sem dúvida, brincando com o arco-íris dançando diante
dela, sem ser visto por ninguém além dela.

Vou matá-la. Só havia uma pessoa em quem poderia


pensar que odiava Becky o suficiente para drogá-la, e tinha
deixado que a mulher fosse embora. Vou caçá-la e
arrancar-lhe a garganta.
Olívia Patterson era uma mulher morta.

Simon estava observando-a como um falcão desde


sua improvisada viagem à sala de emergência ontem à
noite. Negou-se a sair de seu lado, inclusive seguindo-a
para o trabalho. Estava tornando-se louco porque não podia
entender como alguém tinha chegado a ela. Ela finalmente
o tinha convencido para que tomasse uma ducha com a
promessa de que não comeria nem beberia nada durante
sua ausência. Havia tentado convencê-la para juntar-se a
ele, mas acabou indo sozinho.

Não tinha certeza de como alguém havia chegado a


ela, mas o tinha feito. Maldição.

Ela ficou olhando para a bonita, e mais que provável


tóxica caixa marrom e suspirou quando a água desligou.

—Simon?

—Sim, baby?

—Não me deixou uma caixa de trufas Godiva, não é?

—O quê? — ele saiu do banheiro, parecia delicioso


envolvido em nada mais que uma toalha branca. As gotas
de água escorregavam pelo musculoso torso, distraindo-a
por um momento. Maldição, ele estava muito bem.

Ela levantou a caixa em suas mãos, com a nota que


havia pensado ter sido dele descansando na parte superior.

—Não deixou estes em minha casa na noite que


voltou para pegar minha escova de dente e outras coisas,
não é?
—Não, não fui eu — se ela não tinha certeza antes,
tinha agora. O rugido selvagem e sua carranca feroz deram
mais pistas. — Está me dizendo que pegou doce de um
estranho?

—Pensei que era seu! — ela levantou a nota. — Vê?


Por que alguém além de você me escreveria essa nota?

—Caramba, não sei, Becky. Talvez porque queriam


que pensasse neles enquanto você estava com medo da
fruta?

—Não fique com raiva de mim, Simon. Ambos


pensamos que era a hipoglicemia.

Ele passou uma mão pelo cabelo molhado e suspirou.

—Maldição Becky, por que não me perguntou? Ou


bem, inferno, não sei. Talvez me agradecer? E quando me
perguntasse, teria lhe dito isso.

—Estávamos um pouco ocupados lidando com o fato


de que sou hipoglicemia, lembra-se? — deu de ombros com
timidez. — Mas tem razão, deveria ter agradecido.

Ele pegou a caixa e a levou para seu rosto. Deu uma


boa cheirada e enrugou o nariz.

—Maldição, Sheri é boa. Nunca teria sentido o cheiro


se não estivesse procurando algo.

—Devemos levar isso para a polícia?

—OH, claro que não. Os policiais não estão realmente


preparados para lidar com um metamorfo, não importa o
que digam. Esse conjunto de lixo de "que vamos deixar
para as leis humanas" é um vestígio dos momentos em que
os metamorfos eram perseguidos de maneira ativa e a
Manada precisava sobreviver.
—Então, quem é responsável por essas coisas?

O cenho franzido de Simon aliviou, enquanto punha


a caixa de chocolates na parte superior de sua cômoda.

—Normalmente, o xerife é responsável por essas


coisas, mas já que você não se machucou, suponho que
não foi alertado ainda, ou pode estar relacionado com o
fato de que Max não tenha lhe reconhecido formalmente
como da Manada, já que você não mudou ainda.

Becky negou.

—Huh?

Ele pegou a mão dela e sentou na beirada da cama.

—Tudo bem, o Alfa e o Beta lideram a Manada. O


Xerife e seu vice guardam o bem-estar da Manada. Eles são
um tipo de policiais, mas só se ocupam das questões que
afetam diretamente o bem-estar físico da Manada. E o
Omega é o coração. Ele ou ela mantêm a estabilidade
emocional da Manada, detêm as brigas sempre que
possível, esse tipo de coisa. Uma espécie de diplomata
conselheiro da Manada, um suporte. Com a mudança de
alfa, geralmente, há uma mudança no resto da hierarquia
também. Por exemplo, o pai do Adrian estava acostumado
a ser o xerife.

—OH, wow. O xerife não era seu pai?

—Isso mesmo. E agora o xerife é Gabe Anderson.

—Isso o faz xerife?

Ele deu de ombros.

—Não sei. Só estivemos liderando a Manada por uns


meses, por isso não estamos completamente configurados
ainda. Max sabe instintivamente que se supõe que deve
tapar os buracos, e quando chegar o momento, ele fará. E,
acredite em mim, será óbvio — olhou para ela. —Enquanto
isso certificamo-nos que você não coma nenhum presente
que não seja dado por mim, Max ou Emma, certo?

—Tudo bem — Acariciou-lhe a bochecha, sabendo


que estava sendo tão resmungão porque estava muito
chateado. Ele relaxou visivelmente, acariciando com o nariz
sua mão. — Será melhor que se vista e peça uma pizza.
Estou morrendo de fome.

—Sempre está morrendo de fome — ele ficou de pé e


deixou cair à toalha, com um sorriso por cima de seu
ombro, quando ela assobiou. Ele fez uma grande produção
puxando sua boxer e jeans, movendo seu traseiro e
mexendo as sobrancelhas até que ela caiu na cama com
um ataque de riso. Com um grande beijo, golpeando seus
lábios ele saiu do quarto para pedir o jantar.

Becky escutou o entregador da pizza antes que


tocasse a campainha, e sorriu.

—A pizza está aqui.

O estômago de Simon roncou debaixo dela, fazendo-


a rir. Ele a tinha puxado para cima dele e estavam
abraçados enquanto assistiam aos filmes de desenho
animado que ela havia colocado em uma de suas malas.

Com um gemido ele a empurrou suavemente e foi


abrir a porta. A visão e o aroma das caixas brancas fizeram
sua boca encher de água. Ele levou a comida até a cozinha,
franzindo a testa ligeiramente quando ela se levantou e o
seguiu.

—Uma para você e uma para mim? — Becky estava


tão faminta que podia facilmente imaginar-se comendo
toda a pizza.
—Palitos de pão.

Becky entregou os pratos para Simon. Ele carregou


com a pizza e os palitos de pão, enquanto ela servia dois
copos cheios de refrigerante gelado, e voltaram novamente
ao sofá para comer.

Simon pôs outro DVD no leitor.

—Cara, estou morrendo de fome — O quente e


derretido queijo em sua boca, fez que gemessem em
apreciação. — Deus, isto é bom — ela suspirou de
felicidade antes de dar outra mordida.

As caixas dos filmes de animação enchiam o pequeno


espaço. Ela sorriu enquanto Simon caía a seu lado no sofá
com um suspiro de satisfação. Sentaram-se e comeram
pizza, sorrindo das palhaçadas da Warner Brothers e de sua
irmã, Dot, até que toda a pizza e os palitos de pão haviam
desaparecido. Quando Becky ficou de pé para desfazer-se
de seus pratos vazios e copos, Simon desligou o televisor.

—Hora de dormir.

O ronrono rouco de Simon fez que um calafrio lhe


percorresse as costas. — Acredita que estou para jogos
esta noite, garotão?

—Tendo em conta a quantidade de comida que acaba


de comer, deveria estar bem.

Ela olhou para ele enquanto seus braços foram ao


redor de sua cintura. — Está dizendo que comi como um
porco?

Ele tratou de parecer inocente e fracassou


miseravelmente.

—Não, absolutamente. Eu só estou dizendo que eu vi


linebackers de futebol americano da escola comer menos.
Ele sorria quando ela lhe deu um murro no braço e
sacudiu sua mão latejante.

—Ai!

—Pobre bebê. Machucou a mão?

—Cale a boca Simon.

—Quer que a beije e a faça sentir melhor?

—Que tal em vez disso você beijar o meu traseiro? —


Becky gritou, rindo loucamente enquanto Simon a
levantava, a levava para o sofá, e a punha de barriga para
baixo. Seu rosto queimou quando Simon beijou o seu
traseiro com um forte som de estalo. — Simon!

—Ei, você me disse para fazer — ele falou rindo. Ela


olhou por cima de seu ombro.

—Tarado.

Ela o sentiu desfazer o botão de pressão de seus


jeans.

—Vá em frente. Diga-me para beijar seu traseiro


novamente — baixou o zíper, com um sorriso quente. Ouro
dançando em seus olhos. — Eu a desafio.

Ela estremeceu enquanto uma de suas mãos


deslizava sob o cós de seus jeans e lhe acariciava o
traseiro.

—Simon?

—Sim baby?

—Seu telefone está tocando.


Ele fez uma pausa e, é obvio, o telefone tocou. Ele
esperou para ver quem ligava. Quando quem ligava
desligou, deu de ombros.

—Graças a Deus pelas secretárias eletrônicas —


puxou os jeans por suas pernas, suspirando feliz ao ver o
fio dental azul pálido que separava os globos de seu
traseiro. — Maldição, mulher. Eu adoro seu traseiro.

—Sim, certo.

Ele mordeu um dos suaves globos, sugando-o até


que deixou uma marca. — Assim está melhor.

Ela começou a rir.

—Maldição, isso me faz cócegas!

—Sério? — ele ficou sem fôlego com fingida surpresa.


— Olhe! Outro! — Agachou e a mordiscou e chupou até que
tinha acrescentado outra marca. — Aí. Assim está melhor.

A satisfação masculina em seu tom de voz só a fez rir


mais forte.

—Simon!

—O quê?

—Já basta!

—O que receberei se eu fizer?

—Chocolate?

Ele acariciou seu traseiro outra vez, em seguida,


golpeou. Forte.

—Ai! — ela sentou, olhando-o. — Que diabos foi isso?

—Um aviso — ele tirou a camisa, seus olhos


tornando-se completamente dourados.
—De quê?

—Não aceite doces de estranhos, menina.

—Espertinho.

—Quer que o beije e o faça sentir melhor? — tirou


seus jeans, deixando-os cair. Ficou de pé só em seus
boxers, sua ereção dando espasmos atrás do algodão
branco.

Becky não podia desviar o olhar de seu pênis. Havia


uma mancha de umidade na parte frontal de sua cueca, lhe
fazendo saber exatamente quanto excitado estava.

—O quê?

Ele riu o som baixo e áspero. Puxou os jeans pelo


resto do caminho de seu corpo, e logo começou a subir
nela.

Ela se afastou até que ele atingiu o traseiro.

—Simon?

Ele lambeu seu ventre.

—Simon?

Suas mãos lentamente começaram a empurrar sua


camiseta para cima, os calos ásperos contra sua pele.

—OH, rapaz. Simon?

Quando suas mãos tocaram seus seios nus ambos


ofegaram.

—Sem sutiã. Maldição, baby.

Acariciou os mamilos por debaixo de sua camiseta.


Empurrou-a com impaciência, inclinando-se sobre ela para
chupar um mamilo com sua boca.
—Mmm — agarrou-lhe a cabeça, os dedos
enredando-se em seu cabelo. O prazer que sua boca lhe
estava dando disparou por seu corpo. Ela abriu mais as
pernas, desfrutando de seu gemido quando empurrou seus
quadris contra os dele. Podia sentir sua ereção pulsar
através do fino tecido de sua cueca.

—Cama. Agora — Simon ficou de pé, a recolhendo e


levando para seu quarto.

Ela começou a mordiscar seu pescoço, amando os


pequenos tremores que sacudiram seu corpo enquanto ele
a levava até o quarto. Ele tombou ambos sobre a cama,
com cuidado de manter-se sobre suas mãos.

—Agora, onde estávamos?

Ela sorriu, pegou sua cabeça e apertou sua boca


novamente em seus seios.

A camiseta desapareceu quando Simon de repente


pareceu tornar-se todo mãos, lábios e dentes.

Ela mal teve tempo para gemer enquanto sua boca


desceu novamente em seu peito, quase sugando a coisa
toda em sua boca.

Sua mão tremeu quando estirou para baixo para


acariciá-lo através de seus boxers. Ele esfregou contra sua
mão, seu assobio de prazer a estimulando. Ela deslizou os
dedos dentro de sua cueca, umedecendo a ponta dos dedos
em seu líquido pré-ejaculatório derramando da ponta de
seu pênis.

—Diabos — ele se afastou dela e empurrou fora seus


boxers. — Você gosta destas calcinhas?

—Não, por quê?


Sua resposta foi rasgá-la de seu corpo. Longos e
pouco profundos arranhões apareceram em seus quadris.
Surpreendentemente, em vez de chateá-la, a ligeira picada
a excitou.

Simon caiu sobre seu corpo, deleitando-se em seu


caminho para sua vagina, com famintas lambidas e
ronronados até que ela ofegava por ar. Ele apertou suas
coxas rudemente, os dedos afundando, enquanto separava
suas pernas e caía sobre ela como um homem faminto.

Ele tomou seu clitóris na boca e o chupou,


acariciando-o com a língua até que ela acreditou que
gritaria. Era quase demais, beirando a dor, mas não lhe
importava, gozou em sua boca com um gemido de agonia.

Simon lambeu os sucos de seus lábios.

—Uma vez mais.

Ela ofegou ante seu áspero grunhido. Ele deslizou um


dedo dentro dela, fodendo-a brutalmente com este,
enquanto seus lábios uma vez mais atacavam seu clitóris.
Ronronou de novo, com sua língua vibrando, enquanto
outro orgasmo corria por todo seu tremente corpo.

—Mais.

—Não, não mais, Simon — ela começou a empurrar


sua cabeça, com medo de que seu coração não pudesse
resistir a outro enlouquecedor orgasmo que ele havia tirado
dela.

Ele se manteve firme, adicionando outro dedo a sua


já sensibilizada carne.

—Deus, Simon, Venha aqui e foda-me agora!

Ele grunhiu e chupou pela última vez seu clitóris


antes de deslizar por seu corpo. Deslizou dentro dela com
facilidade. Ela ainda estava encharcada de seus dois
orgasmos anteriores. Ele se inclinou sobre ela e mordeu no
pescoço, bem na sua marca, e incrivelmente podia sentir-se
construindo outro orgasmo.

—Mova-se, mova-se, mova-se — ela envolveu as


pernas em torno de sua cintura e os braços ao redor de seu
pescoço enquanto ele mordiscava sua marca.

Ele começou a fodê-la duro, arrastando seu pênis


dentro e fora de seu corpo a um ritmo constante, enquanto
seus dentes afundavam nela. O pico para o orgasmo mudou
bruscamente. Ela podia senti-lo esticando os músculos, sua
vagina palpitando em torno dele.

Seu olhar posou em seu pescoço, e ela teve a


urgência repentina e inegável de mordê-lo também. Sem
pensar nisso moveu a cabeça um pouco e mordeu.

Ela provou o sangue enquanto suas presas


afundavam profundamente. Simon ficou quieto, liberando
sua mordida.

—Merda! — ele bombeou em seu corpo, a cabeceira


batendo na parede tão forte que se ouviu algo quebrar.

Ela gozou segundos antes dele, sugando a semente


de seu corpo, enquanto gritava em torno de sua carne. Ela
podia senti-lo estremecendo em cima dela enquanto
gozava, seu "Minha!" sem fôlego já não sendo uma
surpresa.

Ele desabou do lado dela, sua respiração difícil, seu


rosto enterrado no travesseiro. O suor brilhava em seu
corpo. Sua marca estava manchada de vermelho contra sua
pele.

—Eu te amo, bebê.


Ela o sentiu relaxar com um suave suspiro e percebeu
que já estava dormido.

Teve que conter a vontade de rir. Maldição, o fodi até


deixá-lo inconsciente! Sou grandiosa!

Ela se afastou com cuidado, passou os lençóis e o


edredom sobre os dois, e se aconchegou em cima dele,
com a cabeça apoiada debaixo de seu queixo. Ele moveu o
braço em volta de sua cintura.

—Também te amo.

Simon escutou as palavras de sua companheira,


apenas sussurradas, e sorriu. Agora tudo o que tinha que
fazer era ver uma maneira de conseguir que sua teimosa
companheira dissesse essas três palavras quando soubesse
que ele estava acordado.
Capitulo 7

—Mmm, café — Becky ficou olhando a garrafa como


se fosse o nirvana líquido. — Eu adoro que tenha feito café
para mim — olhou para Simon com o que ele acreditava ser
os olhos de Bambi. — Casa comigo e cria meus filhos?

—Sim, e eu seria feliz se tivesse um time — ele sorriu


e lhe estendeu a xícara de café fumegante, não surpreso
quando ela estremeceu com o que pareceu ser um mini-
orgasmo.

—Mas estarei encantado em te ajudar em todas as


etapas. Sobretudo na parte da concepção.

Não estava totalmente certo de que ela tivesse


escutado. Seu rosto estava contorcido pela felicidade, com
a xícara perto de seus lábios. Muito para um beijo de bom
dia, pensou divertido. O bom é que não sabia que era meio
forte, ou estaria usando as minhas bolas como colar.

Quando ela gemeu com sensual prazer, ele quase


gozou em seus jeans. — Deixa de fazer isso, mulher, temos
coisas para fazer hoje.

A diversão em seu rosto lhe disse que sabia


exatamente o que estava fazendo. Tinha apoiado o traseiro
contra o balcão da cozinha, sem dúvida lhe recordando a
dança de amor de ontem à noite.

—Venha aqui — sussurrou ele, puxando ela


brandamente. Abraçou-a, esfregando a bochecha na parte
superior de sua cabeça. Sorriu, sentindo um formigamento
de prazer sob sua pele quando se deu conta de que ela
estava ronronando. Ele inclinou seu rosto para o dela para
um suave beijo com sabor de café e Becky. — Bom dia,
baby.

Ela suspirou e deixou a xícara de café para abraçá-lo


de volta. — Bom dia.

—Está pronta para hoje?

—O que há hoje?

—Está mudando, baby.

—Huh? — ela pegou a xícara e bebeu outro gole, com


seus olhos quase revirando de prazer.

—Seus olhos estão mudando, e ontem à noite me


marcou.

Ela jogou uma olhada à marca que tinha deixado em


seu pescoço. Era claramente visível sob a borda de sua
camisa preta.

—Hum. Refere-se à coisa dos dentes?

—Isso mesmo. Tinha presas, querida — teve que


reprimir um calafrio para a lembrança de seus dentes
deslizando em sua carne. Seu pênis saltou, lhe fazendo
saber que seu corpo estava mais que preparado para mais
uma mordida.

—OH, rapaz.

—Então isso significa que você não vai trabalhar hoje.

—O quê? — ela franziu o cenho, obviamente disposta


a discutir com ele.

—Não pode ir trabalhar hoje. Não é que eu esteja


chateado a respeito — ele podia sentir seu Puma grunhindo
em seu peito. A lembrança de sua companheira drogada
estaria com ele durante bastante tempo. Estava mais que
feliz de ter uma desculpa para mantê-la por perto mais
outro dia.

—Não tínhamos falado disto? Estou bem, maldição!


Por que não posso ir trabalhar?

—Porque está mudando. — Bem, se ela não estava


entendendo isso, talvez devesse ter feito o café muito mais
forte.

—E?

—E, como você se sentiria sobre ter um Puma


rondando por Wallflowers?

Sua expressão se acalmou. Quase tudo no


Wallflowers era delicado e frágil. Não era exatamente um
lugar para que um Puma se estirasse dentro.

Simon riu brandamente.

—Levarei você a um lugar seguro para sua primeira


transformação. Estarei lá para ajuda-la. Depois disso
deverá ser capaz de controlar tudo por sua conta. De
acordo?

Becky suspirou.

—Maldição.

—Tenho donuts.

Ela sorriu.

—OH, bem, então. Conte comigo.

Ele não pôde evitar, inclinou-se e beijou o sorriso em


sua boca, mais feliz do que nunca tinha acreditado ser
possível.
Esperava saber que a mudança definitivamente
estava vindo. Surpreendeu-o que levasse mais de um dia.
Tinha que falar com Jamie Howard para ver se as drogas
em seu sistema podiam tê-la desacelerado. Ainda havia
muito que eles não sabiam de seus Pumas, mas Jamie se
dedicaria a descobrir.

No final da tarde a levou para Friedelinde, o ponto de


partida das terras da Manada. Quando perguntou a respeito
da mochila que tinha posto no carro, ele sorriu e disse que
esperasse para ver.

Tinha chamado com antecedência para permitir que


Jonathan soubesse o que estava acontecendo, e não estava
surpreso de ver Marie na porta. Ele saltou da caminhonete
e tirou a mochila vazia, dando a volta, para ver que Becky
saía do lado do passageiro por sua conta. Deu uma alegre
saudação a Marie, sorrindo quando ela inclinou um pouco a
cabeça em deferência a sua hierarquia. Quando fez o
mesmo com Becky ele não pôde conter seu sorriso de
orgulho.

—O que foi tudo isso?

Ele a levou pela parte de trás da casa até os jardins.


Atrás dos jardins estavam os bosques e as colinas onde os
Pumas adoravam correr.

—Uma vez que mude Max formalmente te


apresentará à Manada.

—E?

—Então, será Beta comigo.


—Você está brincando. Pelo fato de estarmos juntos?

—Não, porque você é forte o suficiente — ele deu de


ombros. — Alguns poderiam tentar te testar como fizeram
com Emma, mas não acredito que tenha problemas.

Ela se deteve.

—Como testaram a Emma?

Ele riu ante o grunhido em sua voz. Puxou-a pelo


braço e começou sua caminhada novamente.

—No baile de fantasia quando ela tentou sair para o


jardim. Alguns dos membros da Manada decidiram apenas
não sair de seu caminho. Ela se viu obrigada a usar seus
dons para conseguir passar por eles.

Ela assobiou brandamente.

—Ela deve ter ficado chateada.

—Foi magnífica. Tudo o que uma Curana deve ser.

Ela o olhou com desconfiança.

—Realmente te excita isso, né?

Era sua vez de parar, enquanto a olhava com horror.

—Isso é como se excitar por sua irmã — estremeceu.

Ela riu enquanto ele a levava para fora do jardim,


para os bosques.

Tirou-lhe a jaqueta, revelando sua camiseta verde


pálido moldando encantadoramente seu corpo.

Tinha-a convencido de que não necessitava usar


sutiã, e agora seus mamilos enrugavam alegremente no ar
frio de novembro.
—Tudo bem, baby, dispa-se.

—Perdão?

Ele sorriu, algo que estava fazendo um montão em


torno dela. Ela tinha as duas mãos nos quadris, com um
quadril inclinado nessa clássica pose feminina de "tem que
estar brincando" que os homens reconhecem em todas as
partes. Isso só chamou a atenção de Simon para esse
incrivelmente ajustado jeans preto que ela usava.

—Você me ouviu. Dispa-se.

—Claro Garfield. Eu tenho um pedaço de metal para


balançar? — ela se inclinou para trás, sorrindo e mostrando
os dentes.

—Baby, tanto como eu gostaria de brincar de


perseguição neste momento, mas seus olhos tornaram-se
dourados e seus braços estão ficando peludos. — Quase
sorriu quando ela baixou o olhar para os braços e gritou.
Ele inclusive recuou quando ela virou para ele com um
olhar brilhante e dourado, com suas normalmente curtas
unhas transformando-se em garras, enquanto a mudança
começava a alcançá-la.

—Dispa-se agora ou irei aí te ajudar.

Max tinha permitido a Emma ditar como seria sua


mudança, e ela havia terminado em uma das cadeiras de
exame de Max, completamente vestida. Simon não tinha
intenção de seguir o comportamento do Alfa da Manada
nesse sentido. Tirar os jeans de um Puma zangado não era
a maneira que queria passar a noite.

Ela grunhiu para ele, mas tirou a camiseta, deixando


seus seios tamanho 42 descobertos para seu quente olhar.
—Cuidado aí, Garfield, que eu sempre quis um casaco
de pele.

—Não se preocupe, estará me usando muito em


breve — ronronou ele, observando como ela tirava o jeans
e a calcinha.

—E agora o quê?

Em resposta, ele começou a se despir, observando


cada uma de suas reações. Esteve a ponto de gemer
quando tirou seu jeans e ela umedeceu os lábios com o
olhar preso a sua ereção.

Quando ficou nu diante ela, sorriu. — Pronta para


brincar de atacar?

Surpresa, ela o olhou um segundo antes de começar


a mudar. Ele a seguiu, calculando a mudança com a sua.
Deixou-a ver cada etapa, enquanto esta acontecia a ele,
com a esperança de tirar qualquer tipo de medo e confusão
sobre sua parte de uivar. O movimento brincalhão de sua
cauda e o afetuoso esfregar de sua cabeça em seu ombro
fez com que tudo valesse à pena.

Ela era um magnífico Puma, de aparência elegante e


mortal. Correram por algumas horas, escutando o sussurro
das criaturas da noite no bosque. Sentaram-se em torno de
um riacho, vendo a luz da lua na água. Ele pensou em
montá-la em forma de gato, mas decidiu que poderia não
estar pronta ainda para o sexo Puma. Além disso, ainda
estava preocupado com a sua saúde. Assegurou-se de que
perseguissem um agradável e suculento coelho no início de
sua corrida, dando-lhe a maior parte da carne. Ela tinha
enrugado o nariz quando apresentou o coelho, mas seu
Puma o tinha tomado rapidamente e ela o tinha feito bem.
A alegria de correr e brincar à luz da lua com sua
companheira era quase irresistível. Ele sorriu como gato ao
vê-la estirada em torno de um campo de trevos, tornando a
sorrir quando ela tentou atacar um rato do campo e falhou,
com a cauda sobre suas orelhas. O golpe pela metade que
deu, falhou por pelo menos uma milha.

Estavam caminhando de volta ao carro quando viu o


veado. Estava cambaleando, obviamente ferido. Seu Puma
grunhiu enquanto cheiravam o sangue, e sua metade
humana cheirou uma armadilha. Tomou toda sua força de
vontade não ir atrás do animal.

Becky, entretanto, não tinha sua experiência. Foi


atrás do veado, alegremente pegando-o antes que pudesse
detê-la. Ele saltou detrás dela, grunhindo uma advertência
para tentar evitar que tirasse as vísceras do veado, mas ela
o ignorou. Sangue vermelho gotejou de suas garras
enquanto ela destruía o veado com um só golpe.

Ele conseguiu chegar a ela justo antes que cravasse


os dentes no suave ventre do veado. Ele investiu contra
ela, mordendo a parte posterior de seu pescoço e
sujeitando-a, obrigando-a a submeter-se a ele. Com um
grunhido ela ficou inerte debaixo dele.

Ele não se atreveu a mudar para explicar-se. Se ele


fizesse, o Puma de Becky investiria na carne morta
estendida no chão do bosque, alimentando-se dele com
abandono. Mas não podia falar com ela desta forma.
Diferente das fantasias, os metamorfos não conseguiam
automaticamente a capacidade de falar telepaticamente
entre si. Eles se comunicavam com gestos, ou esperavam
até mudar novamente para humano. Então ele ficou preso
ali, sustentando a um jovem Puma recém mudada,
enquanto o sangue perfumava o ar. Seu próprio Puma
lutava, grunhia e se enfurecia, querendo deleitar-se com a
carne que sua companheira lhe tinha proporcionado.

—Hmm. Agora esta não é uma imagem bonita.

Um grunhido subiu em sua garganta com o som da


voz de Lívia.

—Olá, Simon. Olá, Becky.

Parecia que ela estava acampando nos bosques. Seu


cabelo estava puxado pra trás com força, uma boina
escocesa escondia-o até a testa. Usava uma jaqueta de
caçador, jeans e botas de montaria, e cheirava ligeiramente
a fumaça de lenha e a suor.

Ele grunhiu ao ver o rifle em sua mão. A arma


apontada para a cabeça de Becky.

—Estive esperando a semana toda por esta noite.


Agora saia de cima ou explodo a cabeça dela.

Lentamente, ele se afastou, sem desviar o olhar da


loira que tentou levar sua companheira para longe dele.

Minha companheira! Minha! O rugido de seu Puma


encheu o ar. Se aproximasse novamente de Becky e
ameaçasse a vida de sua companheira, outra vez, iria
perder sua própria vida.

Tudo o que tinha que fazer era jogar seu jogo e


esperar a oportunidade.

Lívia balançou a cabeça.

—Uh, uh, uh — sorriu docemente para Becky. — Por


que não pega algo do jantar, querida? Becky grunhiu baixo
em sua garganta. Simon não podia dizer se era pela carne
ou pela loira ameaçando a ambos.
—Adiante, gatinha. Pegue um pouco da carne de
veado. Mm-mmm, não seria bom um pouco do sabor da
carne neste instante? Aposto que tem fome — Lívia sorriu.
— Você gostou dos chocolates que te deixei?

O grunhido morreu na garganta de Becky. Sua


atenção se concentrou na mulher frente a ela, com seu
corpo movendo-se na clássica pose de ataque enquanto
parava na frente de Lívia.

—Nem sequer pense nisso — Lívia pôs para baixo o


cano da pistola, ódio impregnando suas feições e tornando-
as feias. Ele sabia que se Becky desse uma piscada, Lívia
dispararia.

De repente, Becky relaxou. Sentou agachada fazendo


pouco caso do sangue em suas garras e inclinou a cabeça
para um lado. Ficou olhando Lívia com todo o desdém que
um gato divertido era capaz de mostrar. Ele quis uivar. Que
diabos estava tramando?

—Você, pequena...

O coração de Simon quase parou quando o dedo de


Lívia apertava o gatilho.

O telefone de Lívia tocou, o metal Alla Turca de


Mozart soou forte e surpreendente. Ela olhou brevemente
para seu quadril... e Simon investiu, levando-a para baixo
antes que pudesse conseguir dar um tiro. Sem dar a Becky
a oportunidade de detê-lo, arrancou a garganta da loira,
sentando para ver impassível, como sua vida sangrava no
chão do bosque.

Quando o último de seus suspiros asfixiados


desvaneceu, Simon gritou seu triunfo para o céu.
Capitulo 8

O sábado amanheceu brilhante e claro. Simon sentou


na cama, surpreso ao ver que Becky se levantou antes
dele. O banheiro estava vazio, o que significava que estava
acordada há pelo menos meia hora.

Levantou-se, espreguiçou-se e caminhou nu para o


banheiro. Ele fez seus assuntos, escovou os dentes e
cabelo, e pensou em uma ducha. Decidindo por não fazer,
sabendo que pôr o chão de madeira de Adrian seria um
trabalho exaustivo e suado. Melhor, esperaria até que
retornasse para casa. Vestiu-se rapidamente, ansioso por
ver sua companheira antes de iniciar seu dia.
Provavelmente ela já tinha obtido sua primeira xícara de
café, por isso seria relativamente humana.

—Bom dia, baby — gritou ele alegremente enquanto


saía da sala.

Simplesmente lhe sorriu sobre a borda da xícara.


Ainda tinha sombras em seu rosto de sua noite nos
bosques, mas nem uma vez, tinha se afastado para longe
dele. Ele esteve aterrorizado que a tivesse perdido depois
que o tinha visto matar Lívia. Em vez disso, ela havia se
aconchegado em torno dele, tentando todo o possível para
acalmá-lo.

Isso o desconcertou, mas bom, tinha sido capaz de


segurá-la entre seus braços, e isso era a única coisa que
importava.

Jamie tinha levado tanto Lívia, como o veado morto


para parte de trás da mansão. O veado havia sido
envenenado. Se ele ou Becky tivessem comido de sua
carne estariam mortos no chão do bosque. Depois de um
pouco de busca, tinham encontrado outros três veados no
bosque, igualmente envenenados, e o acampamento de
Lívia.

Não tinha idéia do que Jamie faria com o corpo de


Lívia ou dos animais mortos. Sabia que Max havia sido
chamado e consultado. Decidiu-se rapidamente que a
morte de Lívia seria um segredo entre os Alfas da Manada,
os Betas e seu médico, Jamie. Se um xerife fosse
designado, ele assumiria o que ele ou ela deveria dizer,
mas ninguém mais.

Havia passado a quinta-feira em silêncio, limpando a


desordem e falando com sua companheira. Surpreendeu-se
ao saber que não estava chateada pelo assassinato de
Lívia. Tão chocada como estava, ele tinha feito o que tinha
que fazer a fim de proteger a ambos. E ontem à noite Max
havia reconhecido Becky formalmente como parte da
Manada e confirmado o fato de que ela era, de fato, a
fêmea Beta.

Simon deu a Becky um beijo casual na parte superior


de sua cabeça e sentou-se na frente de sua tigela de
cereal. Precisava aliviar o quanto antes a tensão da última
semana. Um dia de exaustivo e suado trabalho com seus
melhores amigos, seguido por cerveja gelada e pizza, faria
o truque muito bem.

Ele pegou a colher, ansioso para começar seu dia.


Felizmente, o cheiro atingiu seu nariz antes de levar a
colher até sua boca. Ele olhou para baixo, vendo comida de
gato em sua tigela. Piscou e brandamente baixou a colher.

—Você me deixará saber por que estou em


problemas ou começo a pedir desculpas de forma genérica?
—Adrian.

Ele a olhou com as sobrancelhas levantadas.

—Adrian te chateia e eu comerei comida de gato?

—Não me pediu ajuda.

Ele a olhou, totalmente desconcertado.

—O quê?

Ela deu um suspiro.

—Sou muito boa com as melhoras do lar.

—Você abriria e fecharia a loja hoje.

—Sei.

—Não pode, literalmente, não pode evitar.

—Eu sei.

—Então por que a comida de gato?

—É o princípio da coisa — ela sorveu.

Sua boca abriu, mas não saiu nada. Não podia pensar
em uma só coisa para dizer sobre isso, além de:

—O quê?

Ela soltou um suspiro.

—Se tivesse me perguntado, poderia ter dito que


não, em vez de ter de supor.

Simon baixou a cabeça entre suas mãos.

—Pelo menos, minha vida nunca será aborrecida.

—Escutei isso.
Ele a olhou entre suas mãos. Não podia decidir se
queria golpear seu traseiro ou rir.

—Você e Emma podem se dar ao luxo de ter um


assistente?

Becky inclinou a cabeça para um lado, com sua


expressão de reflexão interior. Ele, praticamente podia ver
os números que dançavam em sua cabeça.

—A tempo parcial, sem dúvida. Não estou certa


quanto ao tempo integral.

—Contrate Sheri, ela poderia precisar de um


trabalho. Então, quando este tipo de coisa acontecer, vocês
teriam alguém para substitui-las.

Foi sua vez de abrir e fechar a boca como um peixe.

—Eh? Boa ideia.

Ele levantou, pondo a comida de gato no lixo e lhe


servindo outra xícara de café.

— Aqui. Ao que parece, seu cérebro ainda não está


online.

Ela jogou-lhe uma framboesa.

Ele mandou-lhe um beijo.

Os dois sorriram. Estava satisfeito em ver que as


sombras haviam desaparecido de seus olhos.

Rapidamente comeu um prato de cereal, se não se


apressasse chegaria tarde. Becky o olhou em silêncio,
bebendo seu café.

Ele pegou sua jaqueta na parte de trás do sofá onde


a tinha jogado na noite anterior.
Colocando-a rapidamente, se inclinou e beijou a parte
superior de sua cabeça. — Eu te amo — murmurou
distraído enquanto caminhava para a porta.

—Eu te amo também. Tenha um bom dia.

Ele parou com a mão na maçaneta da porta. Ela


ainda não havia falado para ele, além da vez na cama
quando ela tinha pensado que estava dormindo. Podia
sentir seu coração pulsando enquanto suas palavras se
apoderavam dele.

—Poderia... Repetir isso?

Ela sorriu da parte de trás do sofá.

—Que tenha um bom dia.

Grunhiu, desafiando-a a repetir.

Ela sorriu presunçosamente e se aconchegou no


braço do sofá.

—Adeus.

—OH, não, você não vai fazer isso — murmurou ele.


Em dois passos estava na frente dela. — Diga novamente.

Ela mordeu o lábio, tentando parecer inocente.

—Adeus?

Ele se inclinou e beijou a ponta de seu nariz.

—Becky.

—Simon?

Ele sorriu lento e sensual.

—Eu te amo.
—Bem.

Com suavidade, ele pegou a xícara de café e a pôs na


mesa. —Diga.

—Não.

—Becky.

—Não pode me obrigar, tampouco.

Simon se arrastou sobre dela, segurando-a no lugar


sentando em seu colo. Ele pegou o celular e ligou para
Adrian enquanto Becky soltava um risinho.

— Ouça, vou chegar um pouco tarde, certo? Vejo


você em uma hora — colocou o telefone no bolso e tirou a
jaqueta. — Diga novamente.

—Não. — ela ria dele agora, as mãos descansando na


parte superior das coxas dele.

Ele tirou a camisa.

—Uma vez mais, Becky.

—Não... É.

Ele tirou a camisa enquanto ela sorria para ele.

—Uma vez mais.

—Ou o que, me foderá tolamente? Explique-me como


eu perco aqui.

Ele se inclinou e lambeu sua marca, arrastando a


língua pouco a pouco enquanto ela estremecia debaixo
dele. Quando ele soprou contra a marca ela riu de novo e
tentou se afastar para longe.
—Diga-me, ele estava tentando desesperadamente
não sorrir. Seu corpo inteiro se sentia tão cheio de alegria
que sentiu que podia voar.

—Não!

Ela riu abertamente, quando ele começou a lhe fazer


cócegas.

—Diga-me.

—Tio! Tio!

Ele sentou, sorrindo para ela.

—Seu telefone está tocando — balbuciou ela.

Ele se inclinou e a beijou enquanto o celular em seu


bolso começava a tocar.

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