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em O Nomear e a Necessidade
Será apresentada uma exposição de um dos principais tópicos presentes na obra do filósofo,
matemático e lógico Saul Kripke, O Nomear e a Necessidade, mais especificamente, o seu
ataque às teorias descritivistas dos nomes próprios (defendidas por pensadores como Gottlob
Frege e Bertrand Russell, entre outros). Os descritivismos, como toda Teoria da Referência
dos Nomes Próprios, pretendem responder ao Problema da Referência dos Nomes Próprios,
que pode ser expresso de maneira breve assim: o que e de que maneira um usuário
competente de um nome próprio refere ao usar um nome? O descritivista defende que a
resposta pode ser dada afirmando que nomes nada mais são que descrições definidas
abreviadas ou disfarçadas, que para cada nome próprio há uma descrição definida tal que é
necessário que o referente do nome próprio seja o objeto que cumpre univocamente a
descrição definida e que todo usuário competente desse nome, apenas em virtude de ser um
usuário competente, está em posição de saber a priori que essa descrição é satisfeita por algo
se o somente se essa coisa for o referente do nome. Em outras palavras, para todo nome n há
uma descrição definida tal que é necessário, analítico e a cognoscível a priori que a coisa é n
se e somente se ela for aquilo que satisfaz a descrição definida. A crítica de Kripke se
apresenta na forma de três diferentes contra-argumentos: o argumento modal; o argumento
epistêmico e o argumento semântico. O argumento modal de Kripke implica que um nome
próprio do tal qual ‘Héspero’ não pode ser analiticamente equivalente à nenhuma descrição
definida do tipo ‘o corpo celeste visível em determinado lugar à noite’, visto que nomes
próprios são designadores rígidos (referem o mesmo objeto em todos os mundos possíveis) e
Héspero não é visível em determinado lugar à noite em algum mundo possível. Quanto ao
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Discente do segundo ano do curso de Filosofia da Universidade Estadual do Centro-oeste (UNICENTRO) e
bolsista do grupo PET/Filosofia pelo SISU/MEC.
Bibliografia
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[...] even though we are competent users of the name ‘Gödel’, we are in no position to know those truths a
priori; we could perfectly well find out that the discovery of the incompleteness of arithmetic was
misattributed to Gödel and is due to a different man, Schmidt.