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Universidade Estadual de Feira de Santana

Discente: Maria Fernanda de Souza Lima Oliveira


Disciplina: Patologia Geral

RESENHA DO FILME “ TEMPO DE DESPERTAR”

"Tempo de Despertar" é um filme notável que mergulha nas complexidades da medicina e das
relações humanas. A história se desenrola em torno de pacientes catatônicos que, por meio de
um medicamento experimental chamado "L-Dopa", experimentam um breve período de
despertar e interação. O filme destaca questões éticas, científicas e emocionais envolvidas na
prática médica.

A trama apresenta uma jornada emocional e intelectual, destacando a dedicação do médico


interpretado por Robin Williams e sua luta para encontrar um tratamento eficaz para seus
pacientes. A representação das condutas médicas é impactante, mostrando o dilema entre
avanços científicos e os limites do conhecimento médico. As cenas que retratam as reações dos
pacientes à L-Dopa revelam um equilíbrio delicado entre esperança e frustração.

O filme aborda a desumanização institucional e a busca por humanidade na medicina. O choque


entre a frieza das práticas hospitalares e a humanização trazida por Robin Williams é um dos
aspectos mais marcantes. A relação entre médico e paciente, a exploração do poder dos
medicamentos e as complicações morais são tratados de maneira profunda.

A representação das condutas médicas é convincente, demonstrando a complexidade da tomada


de decisões médicas e os desafios que os profissionais enfrentam ao equilibrar a esperança e a
realidade. A abordagem sobre os efeitos colaterais dos medicamentos e a incerteza que cerca a
terapia L-Dopa também se destaca. Os profissionais médicos empregaram uma base de
evidências científicas acessíveis naquela época, aproveitando o conhecimento sobre os efeitos
da L-Dopa em indivíduos com Parkinson e adaptando-o para uma situação clínica distinta, que
envolvia pacientes com encefalite letárgica. Essa abordagem, embora inovadora, também
carregava consigo riscos e pontos de interrogação, visto que não existiam pesquisas prévias
validando a eficácia e segurança do medicamento nesse contexto específico. Essa conduta
evidencia a complexa balança entre a busca por alternativas terapêuticas e a necessidade de
equilibrar cuidadosamente os riscos associados à aplicação de tratamentos experimentais.

O que mais impressiona nas condutas médicas retratadas em "Tempo de Despertar" é a


dedicação e a paixão demonstradas pelo personagem do médico interpretado por Robin
Williams. Sua busca incansável por soluções para os pacientes catatônicos é inspiradora,
evidenciando um profissional médico comprometido em ir além dos limites para oferecer
esperança e qualidade de vida.

Além disso, a maneira como o filme aborda os dilemas éticos inerentes à medicina é notável. As
condutas médicas não são tratadas de forma simplista; em vez disso, o filme explora a
complexidade das decisões médicas, os desafios morais e as consequências de tentar
tratamentos experimentais.

A relação entre o médico e os pacientes também é profundamente tocante. O cuidado e a


compaixão que ele demonstra, especialmente durante os momentos de "despertar", destacam
a importância de enxergar os pacientes como seres humanos únicos, e não apenas casos clínicos.
Essa abordagem humanizada reflete a essência do que a medicina deveria ser.

Por fim, o filme nos lembra da importância da persistência e do equilíbrio entre a ciência e a
empatia na prática médica. As condutas médicas apresentadas evocam reflexões sobre o poder
de um profissional de saúde que não apenas trata doenças, mas também cuida do bem-estar
físico e emocional dos pacientes, representando um exemplo inspirador de excelência na
medicina.

Em suma, "Tempo de Despertar" oferece uma reflexão profunda sobre a medicina, a ética e a
humanidade. Os aspectos médicos são representados com realismo e sensibilidade, ressaltando
a luta constante entre avanços científicos e a busca por cuidados compassivos e humanizados.

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