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ABRINDO O SEMESTRE

A arte nos alcança de diferentes maneiras, por diferentes desvãos subjetivos e com intensidades algumas
vezes desabridas. E assim é porque ela se oferece em linguagens diversas, divisando novos modos de
dizer e novos sistemas simbólicos capazes, dentre outras, de tornar recognoscível, muitas vezes
suportável, o sofrimento humano. E ela assim se coloca para quem a produz e para quem dela frui.

Ao produzir novas experiências a arte nos convoca em nossa sensibilidade, capturando e formando, num
gesto irrevogável, um olhar e uma escuta que fazem dela nossa condição de humanidade – um modo de
ser e estar.

Adentrando agora a seara de nosso Seminário, enquanto condição de humanidade a arte apaziguou e
vem apaziguando angústias; foi manto, imagem, música, gesto e palavra a tornar suportável o real. A
ficção necessária que faz a vida possível.

É desse apaziguamento, é da arte que tornou suportável as experiências alienantes, vividas por algumas
mulheres, por serem mulheres, que falaremos nesse primeiro módulo,
Duas dimensões:
 de um lado, o domínio irrestrito dos homens e da sociedade sobre as mulheres e a exclusão
geográfica, social e psíquica delas, com seu asilamento em colônias e hospitais psiquiátricos;
 de outro a arte produzida por elas nesse isolamento; a narrativa buscada e encontrada que deu
expressão e limites ao intangível.

Bom semestre e bom trabalho para nós!


Profa. Cristina Andrade/Tininha
Agosto de 2023

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