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- A partir do século XIX, o luto passa a ser um canal de elaboração da perda. Essa noção
de luto como trabalho psicológico é correlato do surgimento da categoria de sujeito.
- ARIÉS ( O HOMEM DIANTE DA MORTE): Nossa forma de lidar com a molde é moldada
numa visão eurocêntrica e colonizada e a despeito da nossa religiosidade cristã.
SÉC. XIX: A MORTE SE TORNA SELVAGEM (no hospital, sozinho) E LUTO DOMADO (se
prolonga, é discreto e silencioso). Surgimento do Romantismo, a clínica que inscreve no
homem a potencialidade da morte, os avanços da medicina e do saneamento básico, noções
de epidemiologia – a morte vai se tornando distante. O homem sente a perda a espreita. A
melancolia começa aparecer e a percepção de si mesmo muda. O luto na Idade Média era
social e não expressão individual pois não existia a noção de indivíduo, era a expressão de uma
comunidade voltada para a morte, ele não tinha função de código ou de rito como atualmente,
ele era um movimento de catarse, só vira luto quando a morte se torna selvagem.
Assim como pontua Áries (referência), nossa forma de lidar com a morte e o luto é
moldada a partir de uma visão eurocêntrica e colonizada, baseada na tradição
cristã. A partir disso, Aries elabora toda uma historicização de como a morte e o
luto se expressam nas diferentes épocas até a concepção moderna. A partir do
surgimento da categoria de sujeito, o luto passa a assumir uma dimensão de
trabalho psíquico, um canal de elaboração da perda e passa a ser cada vez mais
individualizado, silenciado e domado. O individuo (falar como o luto é silenciado e
individualizado).
Apesar de tratar algo que constituído no social e, em muitos aspectos, o luto ser
considerado algo pessoal, como pensar o luto a partir de um recorte de gênero e
em um aspecto social? Como pensar na experiencia de pessoas pretas que
constantemente veem pessoas sendo mortas tendo como incisivo o fator racial?
Ou então todo o apagamento de suas raízes e culturas?
- O que é o luto?
- invalidação na teoria