Você está na página 1de 22

ARTIGO

DOI: https://doi.org/10.21728/logeion.2023v9n2.p178
https: p178-198

A BIBLIOTECON
ECONOMIA BRASILEIRA NA DÉCAD CADA DE 1980
um olhar discurs
iscursivo a partir dos artigos publicados
os na Revista
R de
Biblioteconomia de Brasília
Gabrielle Francinne
Franc de S. C. Tanus1
Universidade Federal
eral do Rio Grande do Norte
gf
gfrancinne@gmail.com

Gabriela Batista da Silva2


Gabr
Universidade Federal
eral do Rio Grande do Norte
gabrielab
rielabatista677@gmail.com

Rita de Cássia Gomes de Oliveira3


Universidade Federal
eral do Rio Grande do Norte
rita_cassia3
cassia300186@hotmail.com

_______________________
____________
Resumo
Os discursos da Biblioteconomia
nomia brasileira são objeto de estudo desta pesquisa,, que se
s concentrou nos artigos
publicados durante a décadaa de 19801 na Revista de Biblioteconomia de Brasília.
lia. Es
Essa revista, cujo primeiro
número foi publicado em 1973, 73, encerrou
en suas atividades em 2001 e teve como foco
co as ááreas de Biblioteconomia,
Ciência da Informação, Arquivo
rquivologia e afins. Com a intenção de discutir sobre bre dois
do conceitos centrais da
Biblioteconomia - o de bibliotec
blioteca e o de bibliotecário - analisamos as produções
ções que versavam sobre tais
categorias de análise. A pesquis
esquisa é, então, considerada exploratória, de cunho ho bib
bibliográfico, cujo método
empregado foi o da análise se de conteúdo. Essa década foi marcada pela importân portância da informação e da
tecnologia como fatores responsá
sponsáveis pelo desenvolvimento social e econômicoo do país. A biblioteca, nesse
contexto de uma sociedade da informação,
inf é marcada pela discussão da automaçãoão de seus serviços e produtos.
O bibliotecário, visto como um profissional
pr da informação, também tem um importante
ortante papel a desempenhar na
sociedade, inclusive, o de estar
tar ao lado dos mais vulneráveis.
Palavras-chave: Epistemologialogia da Biblioteconomia. Análise de conteúdo. Revista
evista de Biblioteconomia de
Brasília. Institucionalização da Biblioteconomia.
Bib
Bra
Brazilian library science in the decade of 1980
an discussive analysis
sis of the
t articles published in the Revista de Biblioteco
lioteconomia de Brasília
Abstract
The discourses of Brazilian Librarianship
Libra are the object of study of this research,, which
whic focused on the articles
published during the 1980s in the Revista de Biblioteconomia de Brasília. This journ journal, whose first issue was
published in 1973, ended itss activities
activ in 2001 and focused on the areas of Librariansh
arianship, Information Science,
Archival Science and the like. e. With
Wit the intention of discussing two central concepts ts of L
Librarianship - the library
and the librarian - we analyzed
zed the productions that dealt with such categories of analysis.
analy The research is, then,
considered exploratory, of a bibliographic
biblio nature, whose method used was the content
ntent aanalysis. This decade was
marked by the importance of information
inf and technology as factors responsible le for the country's social and
economic development. Thee library,
librar in this context of an information society, is marked by the discussion of the
automation of its services andnd products.
pro The librarian, seen as an information profession
fessional, also has an important
role to play in society, including
ding that
th of being on the side of the most vulnerable.
Keywords: Epistemology of Librarianship. Content analysis. Journal off Lib
Librarianship of Brasília.
Institutionalization of Librarianshi
rianship.

1
Professora do Departamento nto de Ciência da Informação da Universidade Federal
eral do
d Rio Grande do Norte
(UFRN). Mestra e Doutoraa em Ciência
C da Informação (UFMG). Trabalhou comoo bibli
bibliotecária do Sistema de B
2,3
Estudantes de Biblioteconomi
onomia da Universidade Federal do Rio Grande doo Norte.
Nor Bolsista de Iniciação
científica no projeto intitulado
do "Discursos
"D contemporâneos da Biblioteconomia", vincu
vinculado ao Departamento de
Ciência da Informação (DECIN--UFRN).

Esta obra
o está licenciada sobumalicença
Creati
CreativeCommonsAttribution 4.0 International (CCCC BY-NC-SA
BY 4.0).
LOGEION: Filosofia
fia da informação,
i Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
198, mar./ago. 2023.
ARTIGO

1 INTRODUÇÃO

A discussão sobre a institucionalização da Biblioteconomia


nomia perpassa diversos
caminhos próprios de um campo
ca científico, isto é, pode ser recontada/r
ntada/reconstruída pela via
das publicações, das instituições
institu e do ensino. No Brasil, particularm
ularmente, o ensino de
Biblioteconomia começou
çou no Rio de Janeiro, associado à demanda da recém-criada
rec Biblioteca
Nacional. A primeira turma
urma foi
f em 1915 (dentro do primeiro quartell do século
sé XX). A criação
de outros cursos nos demais
emais estados do país ocorreu após a consolidação
idação do modelo aplicado
no estado de São Paulo,
o, mais técnico do que humanista (OLIVEIRA;
A; CARVALHO,
CA SOUZA,
2009). Contudo, a criação
ação dos
d periódicos acadêmicos é considera tardia,
tardia porque o ensino se
concentrava mais na parte técnica e menos em reflexões teóricas,
as, alé
além da falta de uma
infraestrutura de pesquisa
uisa (SOUZA,
( 2009). Portanto, na décadaa de 1970,
1 foram criados
periódicos acadêmicoss e programas
pr de pós-graduação em Bibliotecon
ioteconomia e Ciência da
Informação.
A respeito das publicações
public acadêmicas, na década de 1980,, existiam,
exist no país, alguns
poucos periódicos: Ciência
cia da Informação (Instituto Brasileiro de Informação
Infor em Ciência e
Tecnologia, criada em 1972);
1972 Revista da Escola de Biblioteconomia
ia da UFMG (criada em
178
1972, desde 1996, Perspecti
pectivas em Ciência da Informação); Revista
ta de Biblioteconomia de
Brasília (Associação de Bibliotecários
Bib do Distrito Federal, criada em 1973
1 e encerrada em
2001); Revista Brasileira
ira dde Biblioteconomia e Documentação (Federação
(Fede Brasileira de
Associações de Bibliotecári
ecários, Cientistas da Informação e Instituiçõe
tuições, criada em 1973);
BIBLIOS: Revista do Depar
epartamento de Biblioteconomia e História (Universidade
(Uni Federal do
Rio Grande, criada em 1978 e encerrada em 1983); Transinformação (Pontifícia
(Po Universidade
Católica de Campinas,
s, criada
cria em 1989); e Revista de Biblioteconom
onomia e Comunicação
(Universidade Federall do Rio
R Grande do Sul, criada em 1986, desde 2000, Em questão)
(SOUZA, 2009). Outra
ra revista
rev editada pelo Departamento do Curso
urso de Biblioteconomia,
chamada Cadernos de Biblioteconomia
Bibl (Universidade Federal dee Pernambuco,
Pern criada em
1973 e editada até 1989),
9), teve
tev uma circulação mais restrita do que ass supracitadas.
supr
Embora essa seja
eja uma
um quantidade interessante para um campo
po científico
ci em processo
de consolidação de sua infrae
nfraestrutura, Souza (2009, p. 130) afirma que, ao longo da década de
1980, o número de periódic
eriódicos não aumentou: “praticamente não ocorreram
ocor mudanças em
quantidade e qualidadee do conjunto
c de revistas especializadas em Biblioteconomia
Biblio e Ciência
da Informação”. Segundo
ndo o autor, essa precariedade editorial acarreta
reta inclusive
in no problema
da educação continuada
da e no acompanhamento da área na literatura
ra especializada
esp (SOUZA,

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

2009). Situação que é alterada


alterad com a crescente quantidade de periódicos
dicos a partir da década de
2000, de modo que, atualme
tualmente existem no cenário nacional mais de cin
cinquenta periódicos na
área da Biblioteconomia
ia e Ciência
Ci da Informação.
Antes das revistas
stas acadêmicas,
ac foram criados boletins, como,
o, por exemplo, o Boletim
Informativo do Instituto Brasileiro
Br de Biblioteconomia e Documentação
tação (IBBD), o Boletim
Informativo da Federação
ração Brasileira de Associações de Bibliotecá
liotecários, Cientistas da
Informação e Instituições
ões (FEBAB),
(FE criado na década de 1960, e o Bolet
oletim da Associação de
Bibliotecários do Distrito
to Federal
F (ABDF), cuja primeira publicação
ção fo
foi em 1970 (TANUS;
OLIVEIRA; ARAÚJO,, 2022).
202 Souza (2009) traz também o exemplo
mplo da Revista Palavra-
chave, editada pela Associaç
ssociação Paulista de Bibliotecários (APB) e a Ass
Associação Profissional
de Bibliotecários do Estado de São Paulo (APBESP), no período
do de 1982 a 1998. Tais
veículos de comunicação
ção são
sã importantes para a circulação e a criação
riação mais sistemática do
pensamento biblioteconômic
nômico.
Para além dos canais de comunicação formal da ciência, que sã
são os periódicos, um
campo necessita de outros
tros aportes
ap que, ao longo das décadas, contribuíra
tribuíram para consolidar a
Biblioteconomia brasileira.
ileira. Assim, de modo geral, podemoss citar
cita alguns exemplos 179
importantes para a institucio
titucionalização da Biblioteconomia, a saber:
r: o Instituto
In Brasileiro de
Biblioteconomia e Docume
ocumentação, criado em 1954 (desde 1976,
6, Instituto
Ins Brasileiro de
Informação em Ciência
ncia e Tecnologia); a Federação Brasileira
leira de Associações de
Bibliotecários, Cientistas
tas de Informação e Instituições, em 1959; a Associação
Asso Brasileira de
Escolas de Biblioteconomia
omia e Documentação (desde 2021, Associação
ção Brasileira
Br de Educação
em Ciência da Informação,
ação, ABECIN); a Lei 4.084 de 1962, que regulamenta
regulam a profissão de
bibliotecário; o primeiro
ro currículo
curr mínimo, em 1962; o Conselho Federal
ederal de Biblioteconomia,
criado em 1966, e os conselhos
con regionais; a expansão dos Cursos de Graduação em
Biblioteconomia para outros
outr estados; e o primeiro Programaa de Pós-graduação em
Biblioteconomia e Ciência
ncia da Informação, entre muitos outros exemplos.
los.
Na década de 1980
1980, os eventos acadêmicos continuaram
am acontecendo,
ac como o
Congresso Brasileiro de Biblioteconomia
Bib e Documentação (CBBD),
D), com
co edições em 1982,
1983, 1985, 1987, 1989;
989; os
o Encontros Nacionais de Estudantes
tes de Biblioteconomia e
Documentação (ENEBD),
BD), em
e 1980, 1982, 1983, 1984, 1985, 1986, 1988 e 1989; e o
Seminário Nacional dee Bibliotecas
Bibl Universitárias (SNBU), editadoo em 1983, 1985, 1987 e
1989 (SOUZA, 2009). Outro marco importante do final da década foi a criação
cr da Associação
Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação
Pós em Ciência da Informação (ANCI
ANCIB), em 1989.

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

A discussão sobre
bre o ensino da Biblioteconomia é também uma marca dessa década.
Em 1982, foi instauradoo o segundo
se currículo mínimo, que estabeleceu
ceu qu
que a duração do curso
seria de quatro anos, noo mínimo,
mín e de sete, no máximo, mas não sem
em crí
críticas que reverberam
nos eventos e nas publicaçõ
blicações da área. Ademais, uma nova questão
tão ad
adentrou o cenário da
Biblioteconomia brasileira
leira - a chegada dos microcomputadores - que
ue deu certa concretude ao
ensino acerca da automação
ação que, “[...] que até então, era ensinado como conhecimento quase
‘abstrato’ de automação
ão nos Cursos de Bacharelado em Biblioteconomi
onomia (SOUZA, 2009, p.
128).
A sistematização
ção dos
d acontecimentos e dos discursoss da Biblioteconomia é
imprescindível para que possamos compreendê-la do pontoo de vista histórico e
epistemológico. Algumas
as pesquisas
pe mais recentes voltaram-se paraa os discursos,
d como as de
Marques e Saldanha (2018)
2018), Xavier et al (2019), Gama (2021) e Tanus,
Tanu Oliveira e Araújo
(2022). Estas últimass autoras,
auto em específico, analisaram os discursos
discu da Revista de
Biblioteconomia de Brasília
sília, publicados na década de 1970. Nessa direção,
direçã visando continuar
a observação dos discursos,
ursos, o objetivo geral deste trabalho foi dee analisar
anal os discursos de
autoras e autores brasileir
rasileiros publicados na Revista de Biblioteco
teconomia de Brasília, 180
especificamente, acercaa dos conceitos de biblioteca e de bibliotecário,
rio, ao longo da década de
1980. Conhecer e compree
ompreender essas duas categorias - biblioteca
oteca e bibliotecário - é
imprescindível para a Biblioteconomia,
Bibliot porque elas são o centro de seu campo
ca científico, mas,
que, obviamente, não se restringe
restr a elas.

2 PROCEDIMENTOS
S METODOLÓGICOS
ME

Esta pesquisa, de abordagem


ab qualitativa, tem como enfoque
ue a aanálise dos discursos
oriundos dos artigos publica
ublicados na Revista de Biblioteconomia de Brasí
Brasília, durante a década
de 1980. Esse momento
to foi selecionado intencionalmente, pois a Biblioteconomia
Biblio brasileira
foi fortalecida a partir
tir da criação dos primeiros periódicos e, consequentemente,
co da
publicação dos primeiros
ros artigos
art acadêmicos. Cumpre informar que,
ue, como
com a década anterior
já foi objeto de estudoo de outra
o publicação, esta pesquisa pode ser
er considerada
con como uma
continuidade de um projeto
rojeto de análise dos discursos da Biblioteconomia
nomia brasileira (TANUS;
OLIVEIRA; ARAÚJO,, 2022).
2022
Neste texto, concentr
ncentramo-nos em duas importantes categorias
ias para
par a Biblioteconomia
- a biblioteca e o bibliotecá
liotecário - com vistas a entender ambas e,, de ce
certo modo, a própria
Biblioteconomia. Para empreender
empr tal processo exploratório, que consiste
consi em desvelar um
assunto complexo, foii necessário
nece mobilizar a pesquisa bibliográfica
áfica a partir dos artigos

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

científicos, conformando
do a classificação
c deste trabalho a partir dee seu objetivo, que vai ao
encontro da pesquisa exploratória
explo e bibliográfica (GIL, 2002). O método
mét adotado para o
desenvolvimento desta pesquisa
pesqu foi o de análise de conteúdo (BARDIN
RDIN, 2011), que envolve
três fases: 1) a de pré-análise
análise; 2) a de exploração do material, categorizaç
orização ou codificação; 3)
e a do tratamento dos resultados,
resulta das inferências e da interpretação.
Detalhadamente,
e, foram
fora realizados os seguintes processos: identificação
ident de todos os
artigos publicados na Revista
Revis de Biblioteconomia de Brasília durante
urante a década de 1980;
seleção dos artigos com
m potencial
po de análise, isto é, voltados para
ra a discussão
d acerca das
bibliotecas e dos bibliotecá
liotecários; leitura integral dos artigos seleciona
ecionados e produção dos
fichamentos dos artigos
gos selecionados
se e do texto final. Importante
tante explicitar
e que esses
conceitos (biblioteca e bibliotecário)
biblio foram mobilizados em artigos em cujos
cu títulos e resumos
nem sempre essa presença
sença era tão óbvia, por isso foi necessário
io incluir
incl um conjunto de
produções que poderiam
m trazer
traz esse discurso a fim de obtermos umaa completude
com do tema e do
contexto de produção.
Durante a década
ada de
d 1980, foram publicados, na Revista de Biblioteconomia de
Brasília, dez volumes (v. 8 ao 17), semestralmente, portanto, 20 fascíc
fascículos e mais de 200 181
artigos. Para analisar o conteúdo,
co foram selecionados 38 artigos
gos de
d autores e autoras
brasileiros/as (ver Apêndice)
ndice). Depois da seleção e de ler cada um dos artigos,
ar procedemos à
análise textual, conforme
me disposto
di nas seções a seguir. Interessante
te perceber
per que os artigos
dessa década ainda se aproximam
aprox das características já apontadas na década
déc anterior (1970),
isto é, com uma média de dez
de páginas e um conjunto de referências menor,
meno comparado com as
recentes publicações (mais
mais extensas
ex e com mais referências).

3 ANÁLISE DOS RESULT


SULTADOS

Serão apresentadas,
adas, a seguir, as duas categorias escolhidass intencionalmente
inte para a
análise de conteúdo.

3.1 BIBLIOTECA

Algumas interpretaçõ
pretações a respeito das bibliotecas resultaram
am da leitura dos autores
analisados, de modo que são apresentadas discussões sobre bibliote
ibliotecas de multimeios,
automação das biblioteca
liotecas, bibliotecas públicas (bibliotecaa popular)3,
po bibliotecas

3
O estudo de Ribeiro (1986)
6) traz a informação de que é considerado o primeiroo estud
estudo de usuários aplicado à
Biblioteca Pública no Brasil.
asil. A pesquisa foi solicitada pela Prefeitura Municipal
ipal dde Recife, que objetivava

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

universitárias (articuladas
das com
co a educação de usuários), bibliotecass em hospitais,
h bem como a
implementação de bibliotec
bliotecas-laboratório nos Cursos de Bibliotecono
teconomia. É interessante
acrescentar que um doss artigos
artig sinaliza que, após a realização do evento ‘Seminários Novos
Rumos’, na Escola de Biblioteconomia
Biblio da UFMG, em 1983, houve uma m
mudança de ideia dos
participantes que, antes,
es, associavam
ass a biblioteca a um acervo bibliográfico,
bibliog um local de
estudo ou de trabalhoo do bibliotecário,
b e passaram a concebê-la
la numa
num perspectiva mais
ampliada, “como um espaço
espaç de diálogo e intercâmbio de informaçõe
rmações” (VIEIRA, 1983,
p.182). Além disso, ass bibliotecas
bibl são associadas a centros de documentação,
docum centros de
informação e unidades de informação.
inf
O termo ‘biblioteca
oteca de multimeios’ trabalhado por Sueli Amaral
Amar (1987) enfatiza a
inclusão de materiais não convencionais
co que se diferenciam dos materiais
materi bibliográficos de
acordo com suas especificaçõ
ificações. As bibliotecas (unidades de informação)
ação), que também podem
ser denominadas de “centro
centro e/ou serviço de documentação e/ou informa
formação”, devem incluir,
em seus acervos, os mais
ais diferentes
dife registros, independentemente doo suporte
supo ou do formato. A
autora salienta que a inserção
inser de outros materiais requer a organiz
rganização adequada e a
divulgação para os usuários,
uários, o incentivo do seu uso e espaços adequado
quados para isso dentro da 182
biblioteca. Alguns problema
blemas que são apontados perpassam a insuficiên
ficiência da graduação em
incluir esse debate, o que ocasiona um desconhecimento da organiza
ganização (processamento
técnico) dos materiais de multimeios,
mu falta de instrumentos adequados
ados e suficientes para seu
controle bibliográfico, mercado
merca de trabalho pouco explorado e umaa litera
literatura incipiente sobre
o tema ‘multimeios’.
Esses novos e outros tipos de registros envolvem o desenvolvim
volvimento da tecnologia.
Porém, nos artigos, é notório
notó o debate acerca da automação,, da informatização
i e da
mecanização. Alguns dos autores
au que trabalham com essas discussões
sões são:
sã Murilo Bastos da
Cunha (1984, 1985); Nice Figueiredo (1986); Regina Célia Monteneg
ntenegro de Lima (1986);
Eliane Serrão Alves Mey
ey (1988);
(1 Andreia S. P. Pinheiro, Eleonora
ra R. C. Franco, Maria do
Carmelo Quartin Graça (198
1987); Jaime Robredo (1986) e Tarcísio Zandona
andonade (1984). Podemos
dizer que, nessa década,
a, destacaram-se
des as produções bibliográficass voltadas
volta para as questões
tecnológicas e suas inclusões
inclus a partir de diversas manifestações
ções nas
n bibliotecas, nas
disciplinas e nos eventos,
os, a saber:
s

instalar uma biblioteca popular


pular (biblioteca pública) no Bairro da Encruzilhada.. A intintenção era de verificar os
hábitos de leitura da população
ulação do bairro, seu grau de instrução, as preferênciascias por determinados tipos de
publicação e espécie de literatura,
literatu o interesse despertado pela iniciativa bem como o horário julgado mais
conveniente para frequentar
ar a biblioteca
bi e o local escolhido para sua localização.

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

A automação
aut de bibliotecas e sistemas de informação
ação bibliográfica vem sendo
discut
discutida há algum tempo nos congressos nacionais de Biblioteconomia
Bib no país. O
tema automação
a dos processos e produtos bibliográficos
cos tem crescido em volume de
literat
literatura publicada e sua importância tem também ambém aumentado na área
biblio
biblioteconômica, na medida em que é quase imprescindíve
indível, na atualidade, o uso do
compu
computador nas diversas tarefas executadas pela biblioteca
bibliot moderna (CUNHA,
1985, p.1-2).
Considerando o contexto
cont da época, ainda marcado ainda pela incipiente
in entrada dos
equipamentos e das formas
rmas automatizadas
a de trabalho, não podemos
os estranhar
estr essa busca por
entender seu impacto. Nessa direção, em alguns escritos, enfatiza-se
se o marco da introdução
tecnológica dentro da “sociedade
“socie informatizada”, em particular, no esp
espaço das bibliotecas,
descrevendo as novas vivências
vivên que passariam a surgir com uma frequência
frequ cada vez mais
crescente, em que se aufere
aufer que “a automação das tarefas gerencia
renciais e administrativas
(aquisição, empréstimo,
o, circulação
cir etc.) já é uma realidade em
m nu
numerosas bibliotecas
brasileiras [...]” (ROBREDO
REDO, 1986, p.65), apesar das inúmeras dificuldad
culdades ou da resistência:
Lamentavelmente, [nós], profissionais da Biblioteconom
Lame conomia, temos aprendido a
refuga o mito das máquinas pensantes mais pela
refugar ela su
sucessão de fracassos na
autom
automação de bibliotecas, ainda que não registrados na literatura
lit especializada, do
que pela
p convivência com sistemas operacionais bem m sucedidos
suc (ZANDONADE,
1984, p. 6).

Em sua reflexãoo acerca


acerc das bibliotecas, o autor destaca que “as bibliotecas
bib existirão na
183
medida em que contribuam
buam para satisfazer as exigências sociais, tecnoló
tecnológicas e culturais da
sociedade em que se integram”
integra (ROBREDO, 1986, p. 65). De fato,
to, o advento
a tecnológico,
sobretudo, o uso dos comput
omputadores foi um fator propulsor para o surgime
urgimento de muitos feitos
dentro do espaço da biblioteca,
biblio um dispositivo de grande valiaa para facilitar e agilizar
processos de trabalho. Foi possível,
p por exemplo, implementar catálogos
tálogos automatizados, que
facilitam a busca e o acesso
cesso do
d usuário a diferentes bancos de dados:
A representação
rep catalográfica dos documentos constitui
itui m
matéria de primeira ordem
para um
u tratamento eletrônico, se levarmos em conta,, exclu
exclusivamente, o crescimento
expon
ponencial da informação registrada, fenômenoo am amplamente discutido na
Biblio
Biblioteconomia sob a palavra-chave explosão bibliográfic
gráfica. Além disto, uma única
repres
representação magnética — ou registro — de cada elemento
emento dessa infindável espécie
docum
documentária opera, através da informática, um verdadeiro milagre da
multip
multiplicação. A proliferação dos bancos de dados dos bbibliográficos aí está a
compr
comprovar este fato! (ZANDONADE, 1984, p. 7-8).

Com a chegadaa do método


m de automação dos sistemas, muitas
itas bibliotecas
bi precisaram
realocar muitos de seuss agentes
agen colaboradores do espaço. “Com a automa
utomação da biblioteca e a
introdução de novas tecnologias
tecnol de informação, muitas funçõess exercidas
exe pelo staff da
biblioteca têm sido afetadas.
tadas. Em alguns casos, muitas funções têm sido alteradas,
al modificadas
e outras totalmente eliminad
minadas” (CUNHA, 1985, p. 149). Para além da al
alteração dos recursos
humanos, Figueiredo (1986)
(1986 expõe que vários eram os problemas
mas e os obstáculos que

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

deveriam ser superadoss para efetivar o processo de automação das bibliotecas,


biblio a começar por
questões econômicas, políticas,
polític culturais, sociais e de ordem técnica.
ca. A llocalização do Brasil
como um país em desenvolvimento
desenv (terceiro mundo como é citado
cita na literatura) é
constantemente sinalizada
zada na
n literatura, bem como sua lacuna dee informação
info e tecnologia
quando comparado com
m o Norte
N global, marcado pelos países desenvolv
envolvidos e produtores de
tecnologia (FIGUEIREDO,
DO, 1986).
1
Alguns autores,, como Edna Silva (1986b) e Suzana Muellerr (1984,
(198 1989), afastaram-
se desse tema para discutir
iscutir acerca das bibliotecas e dos profissionais
ionais (em especial, os da
informação, que são os arquivistas,
arq os bibliotecários e os cientistas
tistas da informação), por
entenderem que a informaç
formação assume uma centralidade capaz de mudar
m a visão desses
conceitos. Mueller (1984)
84) torna-se,
tor assim, uma voz potente da discussão
ussão dda proximidade entre
os campos que lidam com a informação a partir da movimentação
ação em
e diversos eventos
internacionais patrocinados
ados pela
p Unesco.
Para Silva (1986b,
86b, p.
p 210), “o termo biblioteca é usado para caracterizar
c todas as
instituições que desempenha
penham um papel como agentes de transferênc
ferência da informação” e
exercem uma função central no desenvolvimento de um país. Neste contexto,
con a informação 184
contribui para afastar a imagem
imag da biblioteca como um depósito ou circunscrita
cir ao livro. A
autora acrescenta quee a informação
i é um caminho para o progresso
progr igualitário da
humanidade, porque possibi
ossibilita a formação de seres humanos mais
is conscientes
con e críticos, o
que requer atenção das
as instituições
ins sociais que trabalham com a informação,
in como as
bibliotecas, que deveriam
iam estabelecer
es formas de compartilhar recursos
rsos a partir da lógica das
redes (SILVA, 1986b).
Em outros escritos,
ritos, tem-se uma visão mais específica dass bibliotecas
bibl públicas que
trabalham no árduo caminho
camin de tornar mais democrático o acesso
acess aos registros do
conhecimento e da informaçã
ormação à população em geral:

A biblioteca
bib pública é uma demonstração prática da fé da democracia na educação
univer
universal, considerada como um processo contínuo ao longo
lo de toda a vida e no
reconh
reconhecimento de que a natureza do homem se realiza
aliza no
n saber e na cultura. A
biblio
biblioteca pública é o principal meio de proporcionar
nar a todos o livre acesso aos
regist
registros dos conhecimentos e das ideias do homem mem e às expressões de sua
imagi
imaginação criadora (TSUPAL, 1987, p.154, grifo nosso).
sso).

Para esse autor,


r, a leitura
lei literária e as atividades culturais são uum antídoto contra a
massificação do indivíduo
íduo inserido
in na sociedade consumista e mercanti
ercantil. Numa perspectiva
mais crítica, é necessário
ário refletir
r sobre o papel do governo na manutenção
manu desse espaço
público, que insiste em não equipar as bibliotecas com profissionais
is qualificados,
qua que são os

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

bibliotecários (agentes culturais),


cultu e investir nelas. Para ambos os autores,
autore outro entrave que
contribui para afastar a população
pop das bibliotecas são a elitizaçãoo da ccultura e o privilegio
concedido à cultura letrada
trada (SOUZA,
( 1986b; TSUPAL, 1987). Na visão de Sebastião Souza
(1986b), a burocracia é outro problema a ser enfrentado:
Necessário desburocratizar a biblioteca, torná-la eficie
Neces eficiente, eficaz e realmente
democ
democrática, liberdade de pensamento, num
pois as bibliotecas são os redutos de liberda
país de
d censura, e os seus usuários devem ser o centro
ntro das
da preocupações dos seus
funcio
funcionários (SOUZA, 1986b, p. 193, grifo nosso).

O destaque tipográfic
ográfico na citação - “num país de censura” - revela
rev a consciência do
autor sobre o momentoo histórico
histó e político que acometia o país, a ditatura
ditatur civil militar (1964-
1985). Entre as dezenass de artigos
a lidos, esse registro não foi encontrado
ntrado em outros textos ou
na década anterior, 1970, nos artigos analisados dessa revista
ta (TANUS;
(TA OLIVEIRA;
ARAÚJO, 2022). Outra
ra questão
que importante é o uso da palavra democrac
mocracia, mostrando que a
informação, a biblioteca
teca e os bibliotecários têm compromissos
issos inadiáveis com o
desenvolvimento do país
aís e com
co a construção democrática.
As bibliotecas universitárias
unive são destacadas como subsistemas
temas do sistema que é a
Universidade (NEVES,, 1987).
1987 Para isso, deve acompanhar as mudanças
danças daquela instituição,
inclusive dos serviços ofertados,
oferta para que continuem sendo bem aceitos
ceitos por sua comunidade,
185
e não, obsoletos. Para acompanhar
acom a missão de instituição, a biblioteca
ioteca universitária precisa
contar com um pessoall de alto
al nível, capaz de se comunicar com sua exigente
ex clientela, com
necessidades de informação
ação bastante diversificadas, tanto na quantidade
tidade quanto na qualidade
(NEVES, 1987).
A biblioteca universit
iversitária, como objeto de estudo de pesquisa,
sa, foi abordada por Neusa
Dias Macedo (1982), que atentou
ate para conhecer, por meio dos usuários,
ários, questões pertinentes
às bibliotecas, como, por
or exemplo,
exe seu uso, os hábitos de leitura, o conhecimento
conhe das fontes, a
normalização e a metodolog
odologia de pesquisa. Infelizmente os resultados
ltados apontaram para um
desconhecimento e pouco
uco uso
u da biblioteca, o que poderia alterarr parte da realidade com o
cumprimento da disciplina
iplina ‘Orientação Bibliográfica’. Nessa perspect
rspectiva, a “educação de
usuários”, também nomeada
meada de orientação bibliográfica, pesquisa bibliográfica
biblio e instruções
para uso da biblioteca,, desempenharia
dese um importante papel na comunid
munidade acadêmica para
aumentar seu uso ou o conhecimento
conhe dos serviços, dos produtos e dos
os recursos
rec informacionais
(CUNHA, 1986), um tema
ema em crescimento desde a década anterior.
Percebemos quee alguns
algu artigos produzidos tratavam da associaçã
sociação das bibliotecas às
terminologias dos centros
tros de documentação. A partir de então, passou
assou-se a entender que os

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

centros de informação,, como unidades de informação, são capazes de abrigar


abr documentos nos
mais diversos suportes e formatos:
form
É comum
com se afirmar que a biblioteca (centro de docume
cumentação, informação, etc.)
tem basicamente
b que cumprir dois objetivos: 1) atender
der as necessidades de seus
usuári
usuários; 2) fazer o máximo para facilitar o acesso,so, o mais rápido possível, à
inform
informação e/ou aos documentos solicitados por sua clientela
cliente (CUNHA, 1985, p. 3-
4).

Assim, essas instituiç


stituições são responsáveis por facilitar o acessoo dos
d usuários e de seus
clientes às informações,
es, isto
ist é, são o principal agente consumidor
idor das
d informações que
constam nos documentos
tos mantidos
ma sob a guarda da instituição. Vergueir
rgueiro (1988) já chamava
atenção: “O tesouro dee informações
info acumuladas em bibliotecas e centr
centros de documentação
deve ter relação mais
is próxima
pró com a comunidade e suas necessidades
necess prioritárias”
(VERGUEIRO, 1988,, p. 213).
2 Por outro lado, há uma demanda
nda dde uma comunidade
específica que é trabalhada
lhada por Claudete Silva (1986a) quando aborda
abord a Biblioteconomia
Clínica. A biblioteca de um hospital deve atender às necessidadess da equipe
e médica, o que
requer bibliotecários que acompanhem
a as pesquisas na área dee saúde
saú e um corpo de
profissionais (médicos,, enfermeiros)
enfer para apoiar pesquisas, tanto naa organização
orga da produção
quanto no treinamento de bases
bas de dados (SILVA, 1986a).
186
Knychala (1981,
1, p. 53)
5 defende que, para melhorar a formação
rmação do bibliotecário, o
local ideal para se aprender,
aprend por meio de trabalhos práticos,, é em uma “biblioteca-
laboratório”, onde se podem
odem simular as atividades e os processos que
ue ocorrem
oco dentro de uma
biblioteca, o que possibilitar
ibilitaria o enlace da teoria com a prática vivenci
ivenciada. Isso se justifica
porque “não se pode supor
upor a teoria ensinada apenas na sala de aula
la nem a prática reservada
para o período de estágio
stágio do aluno na biblioteca ou para a sua pprática profissional”
(KNYCHALA, 1981, p. 46).
46 Apesar de a consolidação ter custos
tos de cunho financeiro e
organizacional elevados,
s, o nível
n de controle experimental é satisfatório,
tório, porquanto se aborda,
na prática, grande parte
rte do fazer bibliotecário em campo profissional.
ional. Essa experiência de
serviço colaborativo que
ue se aproxima
a da realidade informacional benefic
eneficiaria a integração de
disciplinas assim como os corpos
co discente e docente e a comunidade.

3.2 BIBLIOTECÁRIOS

A década de 1980
80 apresenta
apr algumas produções referentes aoo processo
proc de formação do
bibliotecário, em que se discute
disc sobre a importância de se revisar e adaptar
adap constantemente o
currículo profissional, atentando
atenta para as transformações ocorridass na sociedade
s e no meio
profissional. São cadaa vez mais frequentes os discursos voltados
os para
par as tecnologias de

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

informação, o uso do computador


comp e a aplicação da informática no aambiente de trabalho
(ZANDONAIDE, 1984;
4; ROBREDO,
RO 1984, PARANHOS, 1985,
5, CA
CAVALCANTI, 1985;
CUNHA, 1985). A entrada
ntrada da automação/mecanização leva a uma
ma convivência
co necessária
entre os bibliotecários e os analistas de sistema (MEY, 1988). Segundo
gundo a autora, cada uma
dessas profissões distintas
ntas buscam,
bu da melhor forma, melhorar os sistema
istemas para os usuários.
Nesse contexto,, os bbibliotecários, cientes de seu papel, não
ão dev
deveriam se subjugar a
outros interesses que não
ão os de seus usuários, respeitando os analistas
istas como
co profissionais de
mesmo nível e com atuação
tuação diferente no desenvolvimento e/ou na imp
implantação do sistema
(MEY, 1988). Contudo,
o, esse encontro não é pacífico ou entre iguais
ais (profissionais
(p de nível
superior), pois, de um lado, tem-se o “bibliotecário de status relativamen
vamente baixo e, de outro,
o analista, com status relativamente
relativ alto, que vem à biblioteca para
ra ‘mo
‘modernizar’, como um
profissional ligado ao futuro,
futur ao progresso, com status elevado e bem financiado (pago)”
(FIGUEIREDO, 1986,, p. 230).
230
O trabalho com
m os multimeios, um mercado inexplorado,
ado, ttambém é discutido
(AMARAL, 1987). A educação
educa continuada (CUNHA, 1984, p. 149)
9) é uma
u prerrogativa das
mudanças da sociedadee que são dinâmicas, razão por que o “bibliotecár
iotecário precisa se manter 187
atualizado com essas mudanç
udanças e incorporar novos conhecimentos, a fim de que possa exercer
bem o seu papel social
cial nesse
n cenário tão dinâmico”. Nessa direçã
direção, é apresentado o
bibliotecário autônomo,
o, que é valorizado e ancora-se no discurso daa informação
info como objeto
de trabalho que extrapola
ola o ambiente
a tradicional da biblioteca (PINHEIR
HEIRO, 1987). Segundo a
autora, o profissional liberal,
liberal autônomo, precisa sair de sua passividade
idade e se lançar de forma
mais ativa no exercício
io da profissão, o que requer qualidades diversa
iversas, como dinamismo,
autoconfiança, coragem,, criatividade,
cria entre outras.
Uma inovação no fazer
f do bibliotecário especializado se manifesta
ma na visão da
Biblioteconomia Clínica
ca (SILVA,
(SIL 1986a), que daria suporte à ação do bibliotecário
bib clínico na
área da saúde. E comoo o profissional
pr da informação da equipe médica
édica é o responsável por
fornecer informações aos profissionais
p da saúde, “evidentemente,, o bibliotecário
bi deve ser
especializado em literatura
atura médica para se tornar o intermediárioo entre
entr o profissional e a
informação” (SILVA, 1986a,
1986a p. 300). O termo ‘profissionais da informa
rmação’ já era utilizado
por Anna Vieira (1983).
). Assim,
Ass considerando que o objeto de estudo
do da Biblioteconomia é a
informação, isso daria abertura
abertu para outros mercados de trabalho para
ra os bibliotecários.
b
Uma possível integração
integra entre os Cursos de Biblioteconomia,
ia, Arquivologia
Ar e Ciência
da Informação é aventada
ada com
co o apoio da Unesco (MUELLER, 1983,
83, 1984,
19 1989); todas eles
têm o compromisso com
m a informação.
in No que tange à formação do bibliotecário,
bib o trabalho

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

de Mueller e Macedo (1983)


(198 enfatiza a importância de mudar o currículo
cur do Curso de
Biblioteconomia da UnB,
nB, algo
a que já vinha sendo mencionado desde a década de 1970,
devido à constante mudanç
udança tanto no mercado de trabalho quanto
uanto na própria área da
Biblioteconomia. E para
ara acompanhar
ac as tendências, conforme as autoras,
autor os currículos de
formação profissionall devem
deve ser repensados e avaliados frequentem
uentemente. A disciplina
mação de Sistemas de Informação’4 e ‘Mecanizaç
‘Mecanização e Automação anização e Automação de
tivos’5 reflete bem a entrada da informatização
Processos Administrativos’ zação e da automação na
formação dos futuros bibliote
ibliotecários.
Em seu artigo,
o, Mueller
Mu (1984) assevera que deve haver
ver cooperação
c entre os
profissionais ligados à informação,
info tendo em vista que há umaa sepa
separação de cursos de
formação de profissionais
ais que
qu lidam com a informação, como a Bibliotec
lioteconomia, a Ciência da
Informação e a Arquivolog
ivologia, o que acaba desenvolvendo uma competição
comp desnecessária
entre essas áreas do conhecim
nhecimento por recursos limitados. Com a palavra:
alavra:
A necessidade
nec de cooperação entre profissionais quee traba
trabalham com a informação
tem sido
si reconhecida por indivíduos e instituições de todo o mundo, envolvidos com
tais atividades.
at Com o agravamento das condições econômi
onômicas, tornou-se ainda mais
necess
necessário um esforço no sentido de identificar pontoss com
comuns que pudessem levar a
uma maior
m cooperação entre diferentes tipos de profissões
com a aquisição, preservação, organização e comu
issões e instituições envolvidas
comunicação da informação
188
(MUE
(MUELLER, 1984, p. 157).

Conforme Mueller
ler (1984,
(1 p. 164), o que se deseja não é integrar
tegrar os diferentes cursos
ligados à informação, mas que
q esses profissionais tenham uma ampla visão e treinamento
diversificado, que aproxim
proxime uma área das demais, identificando
icando semelhanças que
possibilitassem estabelecer
lecer um núcleo comum básico de formação
ção profissional.
pr Assim, a
formação desses profissionai
sionais da informação seria otimizada.
Retomando as questões
quest tecnológicas, Robredo (1984) enxerga
xerga como algo que irá
agregar valor ao desenvolvi
nvolvimento das atividades informacionais,, visto que o bibliotecário
poderá utilizar os produtos
dutos gerados em processos automatizados com o uso do computador
em quase toda as etapas
as do ciclo informacional. No que se refere aos serviços
se bibliográficos
automatizados, Gomess (1982)
(198 afirma que os bibliotecários desenvolve
nvolveram suas atividades
distanciados dos pesquisador
uisadores, quando, na verdade, deveriam reunir-se
se conforme suas áreas

4 Ementa: Automação dos processos


proces gerenciais nas bibliotecas. Aspectos práticos
os de oorganização dos sistemas
de aquisição e empréstimos. s. Catálogos
Cat automatizados. Controle automático do usoso de acervo.
5 Ementa: Automação dos serviços
serviço de bibliotecas e centros de documentação. Aspecto
spectos práticos de automação
de serviços e sistemas de inform
nformação. Diversos aspectos de recuperação automatizada
tizada de informação.

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

de interesse, a fim de haver melhorias na prestação e no desenvolvime


olvimento dos serviços de
informação.
ção ao contexto de formação dos bibliotecários,
Ainda em relação ários, Cavalcanti (1985, p.
137) expressa: “A nossos
ssos alunos
al - bibliotecários de um futuro quee se pprenuncia usuário da
telemática - deve ser
er dada
dad a possibilidade de apreender o espírito
espír da informática,
transformando-se, ao mesmo
mesm tempo, em alguém que saiba pensar
ar e raciocinar”.
ra Paranhos
(1985) entende que a inform
nformática vem provocando um repensar da atividade
ativida e da formação do
bibliotecário e que o ensino
nsino deve
d combinar o caráter prático e experiment
rimental com o teórico.
Cavalcanti (1985)
85) e Cunha
C (1985, p. 2) veem a informáticaa como
com uma grande aliada
nas atividades biblioteconô
teconômicas, em que o bibliotecário poderá
rá usufruir
usu de uma nova
ferramenta de trabalho,, cuja potencialidade não foi totalmente explorada
orada e utilizada. Ainda de
acordo com esse autor,, em algum
a tempo, o uso da informática possibilita
sibilitará aos bibliotecários
brasileiros a reativaçãoo do catálogo
c coletivo de livros, serviço quee funcionou
funci até meados da
década de sessenta e foi interrompido por diversos motivos,, inclusive,
inclu de limitações
tecnológicas (CUNHA,, 1985).
1985
Com esse alerta,
a, fica implícito que o bibliotecário deve estarr aber
aberto às transformações 189
ocorridas em seu meio
io e se atualizar constantemente, acompanhand
nhando as tendências do
conhecimento na área em que
q atua e buscando a educação continuada
nuada que é vital para seu
fazer profissional. Segundo
undo Cunha
C (1984, p. 149), com as mudançass ocorridas
ocor na sociedade, o
bibliotecário deve se manter
mante atualizado “e incorporar novos conhecim
hecimentos, a fim de que
possa exercer bem o seu papel social nesse cenário tão dinâmic
inâmico”, pois é de sua
responsabilidade o seuu desenvolvimento
dese profissional que impacta
ta pos
positivamente tanto na
instituição quanto na comuni
omunidade a que atende.
De acordo com
m Cunha
Cu (1984, p. 154), além de serem
m os responsáveis pelas
organizações profissionais,
nais, os bibliotecários “devem investir em si pr
próprios, assim como
mostrar, divulgar e estimula
stimular tais organizações a oferecerem program
ogramas e facilidades que
objetivem o desenvolvimen
vimento profissional”. Apesar de os bibliotecári
tecários terem ciência da
importância da educação
ção continuada,
co nem sempre podem participar
ar dela,
del devido a diversos
fatores, como a falta de interesse
in nos cursos ofertados e a nãoo liberação
liber da instituição.
Convém lembrar que essas formações
f devem “atender a necessidades mais
m prováveis no seu
ambiente de trabalho ou a anseios
an pessoais” (CUNHA, 1984, p. 154).
54). N
Neves (1987) também
compartilha do mesmo
mo pensamento
p de que os bibliotecários
os pr
precisam se reciclar
constantemente, a fim de que
q consigam atuar no espaço informaciona
acional de forma eficaz e

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

eficiente. Porém, essas reciclagens


recicl não têm sido realizadas tanto quanto
anto necessárias
n devido ao
número reduzido de profissio
ofissionais atuantes nas bibliotecas brasileiras.
Na busca por definir as funções dos bibliotecários, é notável
ável o alargamento do seu
campo de trabalho, pois
ois “vai
“v muito além dos limites da biblioteca,
ioteca, uma vez que esse
profissional domina ass metodologias
met de tratamento manual e mecâni
ecânico da informação e
documentos de qualquer
quer natureza”
n (VIEIRA, 1983, p. 178).. Quanto
Qua aos papéis do
bibliotecário, a autora menciona
menci cinco:
[...] o técnico (catalogação, classificação, etc.), o de profis
profissional da informação ou
de agente
age social da informação (mediador entre o conhecim hecimento e a sociedade), o de
admin
administrador (administração dos recursos materiais e humanos
hum da biblioteca), o de
agente cultural (preservação da cultura local e da memória
emória nacional) e o de agente
sócio
sócio-político (informação com fins de conscientização,ação, apoio individual e para
mudan social) (VIEIRA, 1983, p. 182).
mudança

Maciel (1985) também faz menção à função social do bibliotecário


tecário que,
além de
d atuar como destacado colaborador do homem da ciência,
ci dos pesquisadores,
dos intelectuais,
in dos estudantes, dos artistas, propicia
cia as condições de acesso ao
imens tesouro das mais variadas formas de expressã
imenso pressão da inteligência e da
sensib
sensibilidade humanas. Nesse importante aspecto, valeale ressaltar
res a convergência de
objeti
objetivos que aproxima a missão do político do ofício
ício de bibliotecário: ambos se
voltam para o interesse da comunidade, para o interesse público,
púb realizando, assim, a
plenit
plenitude de suas vocações (MACIEL, 1985, p. 10). 190
Ademais, registramo
tramos os discursos sobre a responsabilidade
de social
soc do bibliotecário,
que é de, sobretudo, disponibilizar
dispon o acesso aos acervos e ao conhecim
nhecimento, com foco nas
pessoas (não apenas naa elite,
elite na classe dominante, na classe média)
a) e na mudança social, no
desenvolvimento e no bem-estar
bem da comunidade (MACIEL, 1985; SOUZA,
SOUZ 1986; TSUPAL,
1987, VERGUEIRO, 1988). Segundo Breglia e Gusmão (1986, p.. 21), “o bibliotecário está
voltado para um propósito
sito social:
so auxiliar na transferência do pensament
amento organizado de uma
mente para outra”. “Eles
Eles teriam
te como função suprir as necessidades
idades de informação dos
agentes, subsidiando a pesquisa
pesq com o fornecimento de materiall necessário
nece ou provendo
orientação para recuperá--lo”. De acordo com os autores, tanto
to a biblioteca quanto o
bibliotecário “têm important
ortante papel social a desempenhar”, no entanto,
nto, “esse
“ papel social não
é exercido em nível de detalhamento”
detalh (BREGLIA; GUSMÃO, 1986,
6, p. 222).
O artigo de Mueller
ueller (1989) faz uma alusão à função mais
ais antiga
an do profissional
bibliotecário, que é a de guardar
g e preservar a produção do conheci
onhecimento humano, e a
biblioteca é o lugar ideal
eal para
par guardar esses registros. Outra funçãoo atribuída
atrib ao bibliotecário
é a de dar suporte à educaçã
ducação formal. “O bibliotecário, visto comoo um pprofessor informal, é
responsável pelo uso correto do acervo e, principalmente, pelo aprimora
rimoramento da mente dos
usuários da biblioteca [...]”” (MUELLER, 1989, p. 65). Ademais,

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

Outra interpretação bastante difundida da missão profission


fissional percebe o bibliotecário
como responsável pelo fornecimento de fontes e itens de informação aos seus
usuári Seu papel é responder indagações, suprir informa
usuários. nformações, e outras atividades
de suporte,
su sem que esse trabalho envolva intenção ção dde transferir ao usuário
respon
responsabilidade ou mesmo capacidade pela busca de in informações (MUELLER,
1989, p. 66).

Fica evidente a questão


que do bibliotecário como um sujeito
ito res
responsável por tornar
acessíveis os registross do conhecimento
c armazenados nas bibliotecas.
tecas. Contudo, é preciso
compreender que “o bibliotecário
biblio ligado no processo certamente
te arri
arrisca uma síntese ao
apreender o seu objeto,
o, transformando-o
tran e transformando-se” (MOSTA
OSTAFA, 1983, p. 223).
Para Tsupal (1987) e Vergueiro
Verg (1988), o bibliotecário deve colabor
olaborar com a formação
cultural do usuário da biblioteca
biblio e garantir sua liberdade de pensamento.
mento. Importante destacar
essa atenção conferida ao usuário,
us em que “o bibliotecário não podee olvid
olvidar o valor da pessoa
humana que representaa o sujeito
su da Biblioteconomia” e “a relaçãoo dial
dialogal entre usuário e
biblioteca evitaria a coisifica
isificação do usuário e a despersonificação doo bibliotecário”
bibli (TSUPAL,
1987, p. 163).
Ressalte-se, todavia,
davia, que, apesar dessa conscientização do papel
pap do bibliotecário,
também se compreendee que o profissional não deve tomar partido em sua prática profissional,
mas se mostrar apolítico
co e neutro.
ne
191
A neutralidade
neu do bibliotecário, entretanto, não significa
ifica algo
a passivo, moralmente
amorf e desprovido de valores em relação da educação,
amorfo ação, fformação e realização do
indiví
indivíduo, mas sim uma postura profissional que garante
ante a liberdade do pensamento
de outrem
out (TSUPAL, 1987, p.158).

Para Vergueiro (1988,


(198 p. 213), que também escreve sobre
re esse
ess sujeito apolítico e
neutro, “o bibliotecárioo não deve
d ser, em sua prática profissional, nem
em de esquerda, de direita
ou de centro, devendo ser totalmente
tot apolítico e neutro”. Contudo, a neutr
neutralidade não pode ser
alcançada quando se refere ao exercício profissional do bibliotecário
tecário que age de modo
intencional. Não há neutrali
eutralidade no fazer, nas técnicas nem nos instrumentos
instrum que são uma
criação humana. De maneira
maneir contraditória, essa reflexão já aparecia
recia no texto do próprio
Vergueiro (1988, p. 207), em que ele diz que “a Biblioteconomi
onomia não é neutra ou
simplesmente um conjunto
junto de técnicas desvinculadas da sociedade
ade eem que ocorrem”. E
quando o autor se refere
ere ao bibliotecário como um sujeito predominan
minantemente vinculado à
classe média e aos seuss valores
valo burgueses, em uma sociedade capitalista
ista, isto é, uma luta de
classes que tende a privilegia
vilegiar uma parcela da população, notadamente
ente é exposta a questão da
classe que está longe dee ser neutra,
n imparcial ou apolítica.
Por fim, o autorr chama
cham atenção para a importância dos bibliotecár
iotecários e recomenda que
estes profissionais devem
vem estar
e voltados para a cultura popular e para as camadas sociais

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

menos favorecidas, portanto


rtanto, “ao lado do povo”. Efetivamente, é possível
possív ver uma força na
exposição de ideias mais
mai críticas, mais ancoradas socialmente,
ente, conformando um
conhecimento teórico acerca da Biblioteconomia e sua missão social.
cial. O distanciamento da
realidade nacional, doss problemas
pro e das mazelas do país em desenvo
esenvolvimento, ecoa nos
Cursos de Biblioteconomia,
omia, discussão que vem sendo travada desdee o estabelecimento
es de um
modelo amorfo para ass reais demandas. Assim, dessa década de 1980, é possível encontrar
alguns poucos artigoss que se alinham a uma dimensão mais
ais so
social e humana da
Biblioteconomia, tal como em alguns artigos publicados na década anterior (TANUS;
OLIVEIRA; ARAUJO, 2022).
2022

4 CONSIDERAÇÕES
S FINAIS
FIN

O enfoque ressaltado
altado nesta pesquisa foi a descrição analíticaa dos artigos
a escritos pelos
autores brasileiros da área da
d Biblioteconomia e da Ciência da Inform
Informação durante toda a
década de 1980. Especific
ificadamente, voltamos nossa mobilização
ação para a Revista de
Biblioteconomia de Brasília
sília - RBB (1973-2001), uma das pioneiras
iras no
n campo de estudos
biblioteconômicos e que publicou diversos trabalhos de pesquisa
squisadores brasileiros e
estrangeiros. Embora tais produções
pro abarquem diversos tópicos versados
rsados em questões ligadas
192
ao campo da Biblioteconom
economia, centralizamos nosso objetivo em analisar
anal duas categorias
estabelecidas a priori: as bibliotecas
bib e os bibliotecários.
As discussões dessa
dess época foram marcadas por temas
as como
co informatização,
mecanização, entrada dos computadores
co e, por sua vez, técnicas dee introdução
intro da automação
nos processos bibliotecário
tecários e outros equipamentos tecnológicos
icos nos ambientes das
bibliotecas, que promoveram
veram reflexões sobre as bibliotecas e seus profiss
rofissionais, bem como no
ensino e na própria Bibliotec
blioteconomia. Assim, nesse momento marcado
ado pe
pelas tecnologias, “[...]
a Biblioteconomia, como
omo ciência
c responsável pela administração
ão da memória social do
homem, deverá ter na informática
inform sua principal aliada e colaboradora”
ra” (ZANDONADE,
(Z 1984,
p. 6), o que reflete também
ambém nas relações interdisciplinares acadêmica
dêmicas e profissionais, a
começar pelos analistass de sistema.
si
Destarte, a informaçã
ormação, como objeto de estudo e de trabalho,
lho, ta
também ganha espaço
nas discussões e é apresentad
sentada como um elemento de desenvolvimento
nto e de
d progresso no país.
A importância da infraestrut
aestrutura governamental para o provimento da informação,
in por meio
dos serviços de informação
ação e das indústrias de informação associadas
iadas ao setor quaternário,
marca uma “nova ordem
m da informação” (ROBREDO, 1986). As bibliote
ibliotecas e as escolas, por
exemplo, estão dentroo das “indústrias da educação”, que, por sua vez,
v estão dentro da

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

“indústria do conhecimento”
ento”, as quais têm a informação como fatorr de desenvolvimento
d e de
poder, tônica da “sociedade
dade da
d informação” (ROBREDO, 1986, p. 65). Po
Portanto, não é atípico
encontrar pontos de vista
ista de que a informação é poder, um caminho
nho para
pa a democratização
(SILVA, 1986b), um direito de todos, e entendida como recurso econôm
conômico, social e político
(BREGLIA; GUSMÃO,
O, 1986).
198
Como a biblioteca
teca é um espaço que trabalha com os registros
stros do
d conhecimento em
vários suportes e formatos
rmatos, elas desempenham um papel importan
portante no acesso e na
democratização da informaç
formação e do conhecimento. Aos bibliotecários
cários, ora designados de
profissionais da informação,
ação, fica clara também a responsabilidade social diante dos inúmeros
desafios que são postos
tos em um país marcado pelas desigualdades
es sociais.
soc Nessa direção,
convém destacar as críticas
cas realizadas
r em torno de um classismo doo bibliotecário
bibl que tende a
reproduzir as ideias dos
os grupos
gr dominantes (VERGUEIRO, 1988).
8). Souza
So (1986b, p. 96)
refere que “a Biblioteconomi
onomia, no Brasil, está eivada de acomodação
ão e conservadorismo,
co falta
de profissionalismo e muitos
muito outros vícios que fazem dela umaa inocente
inoc útil ao sistema
reinante”. Uma literatura
ura científica
cie que despontou como uma “Bibliote
iblioteconomia crítica”, ao
desvelar a manutenção de uma
um pretensa ordem social, as desigualdades
des do país, e que convoca 193
os bibliotecários a repensarem
ensarem sua função e ação com vistas a transforma
formar a realidade social e
a focar nas comunidades,
es, nas pessoas.
Há uma diversidade
sidade de autores brasileiros que publicaram
am na revista na década
investigada, notadamente,
nte, houve
ho um crescimento de artigos quandoo comparado
comp com a década
anterior. É possível encontr
ncontrar também autores de outras nacionalidad
alidades que tiveram seus
artigos traduzidos para
ra o português, o que revela uma influência
ência e um interesse da
comunidade brasileira nos estudos de: Lester Asheim, Herbertt Goldhor,
Gold Guy Garisson
(Estados Unidos); Salvato
alvatore Carbone (Itália); Álvaro Agudo,
do, Virgínia
V Betancourt
(Venezuela); F. W. Lancast
ancaster, T. D. Wilson (Inglaterra), Stephen Parker
Park (Inglaterra?). De
modo geral, tratar da análise
nálise dos discursos da Biblioteconomia podee ser uum percurso bastante
proveitoso quando se direciona
direcio a compreender o que pode ser construíd
nstruído com a vastidão de
conhecimentos que essa
sa área
áre científica tem a oferecer. São múltiplas
tiplas as oportunidades de
externalizar os entendiment
imentos obtidos a respeito de seu trajeto desafia
desafiador ante ao cenário
brasileiro e que sinalizam
am o momento de realização e construção discurs
iscursiva da realidade, em
especial, do desenvolvimento
imento da Biblioteconomia brasileira.

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

REFERÊNCIAS

AMARAL, Sueli A. Oss multimeios,


mult a biblioteca e o bibliotecário. Revista
evista de
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF, v. 15, n. 1, 1987.

BARDIN, L. Análise de conteúdo.


con São Paulo: Edições 70, 2011.

BREGLIA, V. L. A.; GUSM democratização. Revista


USMÃO, H. R. A informação como fator dee demo
de Biblioteconomia dee Brasília,
Bras Brasília, DF, v. 14, n. 1, 1986.

CAVALCANTI, C. R.. O. Ensino


En bliotecários. Revista de
de informática na formação de bibliotec
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF, v. 13, n. 1, 1985.

CUNHA, M. B. A informátic futuro. Revista de


rmática e a Biblioteconomia: união de muito futuro
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF, v. 13, n. 1, 1985.

CUNHA, M. B. Biblioteca teca universitária


u e educação do usuário. Revista
ista d
de Biblioteconomia
de Brasília, Brasília, DF,
F, v. 14, n. 2, 1986.

CUNHA, M. B. da. O desenv ontinuada. Revista de


envolvimento profissional e a educação continu
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF, v. 12, n. 2, p. 149–156, 1984.

FIGUEIREDO, N. M. Aplicação
Aplica de computadores em bibliotecas: estudo comparativo entre
Bra Revista de Biblioteconomia de Brasília
países desenvolvidos e o Brasil.
n. 2, 1986.
asília, Brasília, DF, v. 14,
194
GAMA, T. O. da S. Oss bibliotecários
bibli e a sua memória: um estudo sobre os discursos
circulantes nas edições do Congresso
Co Brasileiro de Biblioteconomiaa e Documentação
Do (1954-
1979). 142 f. Dissertação
ão (Mestrado
(M em Memória Social) - Universidade
idade Federal
F do Estado do
Rio de Janeiro, 2021.

GIL, Antonio Calos. Como


omo elaborar
e projetos de pesquisa. 4. ed. São Pa
Paulo: Atlas, 2002.

GOMES, H. E. Informaçãoação ontem.


o Revista de Biblioteconomia de Brasília,
Brasí Brasília, DF, v.
10, n. 1, p. 33–41, 1982.

KNYCHALA, C. H. O laboratório
labor no ensino da Biblioteconomia: coerênc
oerência entre teoria e
prática. Revista de Bibliotec
lioteconomia de Brasília, Brasília, DF, v. 9,, n. 1, 1981.

LIMA, Regina Célia Monten mento. Revista de


ontenegro de. Informação para o desenvolvimento
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF, n. 1, v. 14, 1986.

MACEDO, N. D. de. Usoso da biblioteca e elaboração do trabalho de pesquisa.


pesqu Revista de
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF, v. 10, n. 2, p. 129–146, 1982.

MACIEL, M. O papel da moderna


mo Biblioteconomia. Revista de Bibliotec
blioteconomia de
Brasília, Brasília, DF, v. 13, n. 1, 1985.

MARQUES, T. A; SALDAN LDANHA, G. Saberes e fazeres em transformação:


ação: a produção do
conhecimento em Biblioteco
ioteconomia e Ciência da Informação no Brasil
sil a partir
p dos anais de
eventos científicos dos anos 1970. Revista Brasileira de Biblioteconomi
onomia e Documentação,
Brasília, DF, v. 14, n. esp. 45 anos, 2018.

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

MEY, E. S. A. Bibliotecários
ecários e analistas de sistemas: a convivência necessária.
neces Revista de
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF, Brasília, DF, v. 16, n. 1,, 1988
1988.

rodução de conhecimentos em Biblioteconomia. Revista


MOSTAFA, S. P. A produçã Re de
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF,v. 11, n. 2, p. 221–229, 1983.

MUELLER, S. P. M. Em m busca
bus de uma base comum para a formação ão profissional
pro em
Biblioteconomia, ciência
cia da informação e arquivologia: relato de um
m simpósio
simp promovido
pela UNESCO. Revistaa de Biblioteconomia
B de Brasília, Brasília, DF,v. 12, n. 2, p. 157-165,
1984.

MUELLER, S. P. M.; MACEDO,


MACE V. A. A. Proposta de um novo currículo
rrículo pleno para o curso
de Biblioteconomia da universidade
unive de Brasília. Revista de Bibliotecono
economia de Brasília,
Brasília, DF, v. 11, n. 2, 1983.
1983

MUELLER, S. Perfil doo bibliotecário,


bibl serviços e responsabilidades na área
áre de informação e
formação profissional. Revista
Revis de Biblioteconomia de Brasília, Brasília,
rasília, DF, v. 17, n. 1, p.
63-70, 1989.

NEVES, F. I. Atuação das bibliotecas


bi universitárias na formação profissio
ofissional do bibliotecário.
Revista de Biblioteconomia
nomia de Brasília, Brasília, DF, v. 15, n. 2, 1987.

OLIVEIRA, M.; CARVALH


VALHO, G. F.; SOUZA, G. T. Trajetória histórica
tórica do ensino da
Biblioteconomia no Brasil. Informação & Sociedade: Estudos, João
ão Pes
Pessoa, v. 19, n. 3,
2009. 195
PARANHOS, W. M. M.. R. Reflexões
R sobre o ensino de informáticaa para bibliotecários.
Revista de Biblioteconomia
nomia de Brasília, Brasília, DF, v. 13, n. 2, p. 179-188,
179 1985.

PINHEIRO, A. S. P.; FRANRANCO, E.; GRAÇA, M. Bibliotecário autônomo


ônomo: uma nova
perspectiva. Revista dee Biblioteconomia
Bibl de Brasília, Brasília, DF,, v. 15
15, n.1, 1987.

ROBREDO, J. Informação
ação e transformação: reflexões sobre o futuroo da biblioteca.
b Revista de
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF, v. 14, n. 1, 1986.

ROBREDO, J. Uma experiên


xperiência de aplicação do computador no ensino
sino da Biblioteconomia
em ciência da informação. Revista
R de Biblioteconomia de Brasília,, Brasília,
Bras DF, v. 12, n.1.
jan./jun. 1984.

SILVA, C. M. S. Bibliotecon pitalar. Revista de


oteconomia clínica em uma comunidade hospitalar
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF, v. 14, n. 2, 1986a.

SILVA, E. L. Compartilham
tilhamento de recursos e o papel das redes de informação.
inform Revista de
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF, v. 14, n. 2, 1986b.

SOUZA, F. C. O ensinoo da Biblioteconomia


B no contexto brasileiro:: século
séc XX.
Florianópolis: UFSC, 2009.

SOUZA, S. Fundamentos tos filosóficos


fil da Biblioteconomia. Revista dee Biblioteconomia
Bib de
Brasília, v. 14, n. 2, 1986a.
986a.

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

SOUZA, S. Informação,
o, cosmovisão,
cosm teconomia. Revista de
interdisciplinaridade e Bibliotecono
Biblioteconomia de Brasília
rasília, v. 14, n. 1, 1986b.

TANUS, G. F. de S. C.; .; OLIVEIRA,


OLI R. de C. G. de; ARAUJO, D. S. de. A biblioteconomia
brasileira na década de 1970: um olhar discursivo a partir dos artigoss publicados
publ na Revista de
asília. Revista Ibero-Americana de Ciência da In
Biblioteconomia de Brasília. Informação, Brasília,
DF, v. 15, n. 3, p. 669–688,
688, 2022.
2

TSUPAL, R. Leitura e atividades


ativid pectos teóricos. Revista
culturais na biblioteca pública: aspectos
de Biblioteconomia dee Brasília,
Bras Brasília, DF, v. 15, n. 2, 1987.

VERGUEIRO, W. C. S. Bibliotecário
Bibl e mudança social: por um bibliotec
liotecário ao lado do
povo. Revista de Biblioteco
ioteconomia de Brasília, Brasília, DF, v. 16,, n. 2, 11988.

VIEIRA, A. da S. Mercado
cado de orado. Revista de
d informação: do tradicional ao inexplorado.
Biblioteconomia de Brasília
rasília, Brasília, DF, v. 11, n. 2, p. 177–192, 1983.

XAVIER, A. et al. Percurso


curso discursivo da Ciência da Informação noo Brasil:
Bras análise dos
periódicos Ciência da Informação
Inform e Perspectivas em Ciência da Informaç
ormação em 1970, 1980 e
1990. Biblionline, Joãoo Pessoa,
Pess v. 15, n. 2, p. 33-46, 2019.

ZANDONADE, T. O uso dos


do computadores em Biblioteconomia noo cont
contexto de um
humanismo moderno. Revista
Revist de Biblioteconomia de Brasília, Brasília,
asília, DF, v. 12, n. 1, p 5-
9, jan./jun. 1984.
196

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

APÊNDIC
NDICE: ARTIGOS ANALISADOS NA ÍNTEG
TEGRA

Referências
KNYCHALA, C. H. O laboratório teoria e prática. Revista de
ratório no ensino da Biblioteconomia: coerência entree teori
Biblioteconomia de Brasília,, Brasília,
Bra DF, v. 9, n. 1, 1981.
CALDEIRA, P. T. O control ontrole bibliográfico na área de Biblioteconomia ia no Brasil. Revista de
Biblioteconomia de Brasília, Brasília,
Bra DF, v. 9, n. 2, 1981.
ontem Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília,
GOMES, H. E. Informação ontem. asília, DF, v. 10, n. 1, p. 33–
41, 1982.
MACEDO, N. D. de. Uso daa biblioteca
bibli e elaboração do trabalho de pesquisa. Revista
ista d
de Biblioteconomia de
Brasília, Brasília, DF, v. 10,, n. 2, p. 129–146, 1982.
BARRETTO, C. M. W. Problem roblemática da realização de pesquisa pelos professores ssores de Biblioteconomia.
Revista de Biblioteconomiaa de Brasília,
B Brasília, DF, v. 11, n. 1, p. 1–18, 1983.
MUELLER, S. P. M.; MACED ACEDO, V. A. A. Proposta de um novo currículo ulo plpleno para o curso de
Biblioteconomia da universidade
idade ded Brasília. Revista de Biblioteconomia de Brasília
asília, Brasília, DF, v. 11, n.
2, 1983.
VIEIRA, A. da S. Mercado de informação: do tradicional ao inexplorado. Revista ista d
de Biblioteconomia de
Brasília, Brasília, DF, v. 11,, n. 2, p. 177–192, 1983.

MOSTAFA, S. P. A produção ução de conhecimentos em Biblioteconomia. Revista


ta de Biblioteconomia de
Brasília, Brasília, DF, v. 11, n. 2, p. 221–229, 1983.

MONTE-MÓR, J. Cooperação exos no Brasil. Revista de


ação bbibliográfica nos Estados Unidos e seus reflexos
Biblioteconomia de Brasília,, Brasília,
Bra DF, v. 11, n. 2, p. 257–271, 1983.

ZANDONADE, T. O uso dos os computadores


co
Revista de Biblioteconomiaa de Brasília,
B
em Biblioteconomia no contexto dee um humanismo moderno.
Brasília, DF, v. 12, n. 1, p 5-9, jan./jun. 1984.
197
ROBREDO, J. Uma experiência
iência de aplicação do computador no ensino da Biblioteclioteconomia em ciência da
informação. Revista de Biblioteco
lioteconomia de Brasília, Brasília, DF, v. 12, n.1. jan./jun.
./jun. 1984.
MUELLER, S. P. M. Em busca de uma base comum para a formação profissional sional em Biblioteconomia,
ciência da informação e arquivologia:
arquiv relato de um simpósio promovido pelaela UNESCO.
U Revista de
Biblioteconomia de Brasília, Brasília,
Bra DF, v. 12, n. 2, p. 157-165, 1984.
CUNHA, M. B. da. O desenvolvimvolvimento profissional e a educação continuada. Revista
vista de
d Biblioteconomia de
Brasília, Brasília, DF, v. 12,, n. 2, p. 149–156, 1984.
CUNHA, M. B. A informática tica e a Biblioteconomia: união de muito futuro. Revista
ista d
de Biblioteconomia de
Brasília, Brasília, DF, v. 13,, n. 1, 1985.
MACIEL, M. O papel da modernaoderna Biblioteconomia. Revista de Biblioteconomia de Br Brasília, Brasília, DF, v.
13, n. 1, 1985.
CAVALCANTI, C. R. O. Ensino nsino de informática na formação de bibliotecários. Revista
Revist de Biblioteconomia
de Brasília, Brasília, DF, v.. 13, n. 1, 1985.
PARANHOS, W. M. M. R. ReflexõesR bibliotecários. Revista de
sobre o ensino de informática paraa bibl
Biblioteconomia de Brasília,, Brasília,
Bra DF, v. 13, n. 2, p. 179–188, 1985.
BOTELHO, T. M. G. A indústriaústria da informação no Brasil. Revista de Biblioteconomia
nomia de Brasília, Brasília,
DF, v. 13, n. 2, p. 215–223, 1985.
SOUZA, S. Informação, cosmovismovisão, interdisciplinaridade e Biblioteconomia. Revista
evista de Biblioteconomia
de Brasília, v. 14, n. 1, 1986.
ROBREDO, J. Informaçãoo e transformação: reflexões sobre o futuro da bi biblioteca. Revista de
Biblioteconomia de Brasília, Bra rasília, DF, v. 14, n. 1, 1986.
LIMA, Regina Célia Montenegroenegro de. Informação para o desenvolvimento. Revista ista dde Biblioteconomia de
Brasília, Brasília, DF, v. 14,, n. 1, 1986.
BREGLIA, V. L. A.; GUSMÃ USMÃO, H. R. A informação como fator de democ democratização. Revista de
Biblioteconomia de Brasília,, Brasília,
Bra DF, v. 14, n. 1, 1986.
RIBEIRO, R. Sondagem para ra a criação
cr de uma biblioteca popular. Revista de Bibliote
iblioteconomia de Brasília,
Brasília, DF, v. 14, n. 1, 1986.

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.
ARTIGO

SILVA, C. M. S. Biblioteconomionomia clínica em uma comunidade hospitalar. Revistaista d


de Biblioteconomia de
Brasília, Brasília, DF, v. 14,, n. 2, 1986.
ilosóficos da Biblioteconomia. Revista de Biblioteconomia
SOUZA, S. Fundamentos filosófic nomia de Brasília, Brasília,
DF, v. 14, n. 2, 1986.
FIGUEIREDO, N. M. Aplicaçã plicação de computadores em bibliotecas: estudo com comparativo entre países
desenvolvidos e o Brasil. Revista
evista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília, DF, v. 14, n. 2, 1986.

CUNHA, M. B. Biblioteca universitária


unive e educação do usuário. Revista de Bibliote
iblioteconomia de Brasília,
Brasília, DF, v. 14, n. 2, 1986.
SILVA, E. L. Compartilhamento d recursos e o papel das redes de informação. Revista
ento de Revist de Biblioteconomia
de Brasília, Brasília, DF, v.. 14, n. 2, 1986.
AMARAL, S. A. Os multimeios meios, a biblioteca e o bibliotecário. Revista de Bibliote
iblioteconomia de Brasília,
Brasília, DF, v. 15, n. 1, 1987.
PINHEIRO, Andréa S. P.; FRANCO,FRAN Eleonora R. C.; GRAÇA, Maria do Carmelormelo Quartin. Bibliotecário
ctiva. Revista de Biblioteconomia de Brasília, Brasília,
autônomo: uma nova perspectiva. ília, DF,
DF v. 15, n.1, 1987.
TSUPAL, R. Leitura e atividades
ativid ectos teóricos. Revista de
culturais na biblioteca pública: aspectos
Biblioteconomia de Brasília,, Brasília,
Bra DF, v. 15, n. 2, 1987
NEVES, F. I. Atuação das bibliotecas
biblio bibliotecário. Revista de
universitárias na formação profissional do bib
Biblioteconomia de Brasília,, Brasília,
Bra DF, v. 15, n. 2, 1987.
cimento do setor de informação: condição básica paraa seu planejamento. Revista
BARRETO, A. A. O conhecimen
de Biblioteconomia de Brasília
sília, Brasília, DF, v. 16, n. 1, 1988

MEY, E. S. A. Bibliotecários os e analistas


an de sistemas: a convivência necessária. Revist
evista de Biblioteconomia
de Brasília, Brasília, DF, v.. 16, n. 1, 1988.

ibliotecário e mudança social: por um bibliotecário aoo lado do povo. Revista de


VERGUEIRO, W. C. S. Bibliotec
Biblioteconomia de Brasília,, Brasília,
Bra DF, v. 16, n. 2, 1988. 198
ROBREDO, Jaime; BOTELHO, HO, Tania
T Mara G.; CORTE, Adelaide Ramos e. Aplicação licação dos resultados de um
estudo Delfos ao desenvolvimen
vimento e revisão de currículos em Biblioteconomiaa e C Ciência da Informação.
Revista de Biblioteconomiaa de Brasília,
B Brasília, Brasília, DF, v. 16, n. 2, p. 157-177,
177, 1988.
MUELLER, Suzana. Perfil do bibliotecário,
bib serviços e responsabilidades na áreaa de informação
in e formação
profissional. Revista de Bibliotec
lioteconomia de Brasília, Brasília, DF, v. 17, n. 1, p. 63-70
70, 1989.
KOBASHI, N. Y. Pós-graduação erspectiva discente. Revista
uação em Biblioteconomia e ciência da informação: perspec
de Biblioteconomia de Brasília
sília, Brasília, DF, v. 17, n. 1, 1989.

LOGEION: Filosofia
fia da informação, Rio de Janeiro, v. 9, n. 2, p. 178-198
98 mar./ago. 2023.

Você também pode gostar