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AS 42 JORNADAS NO DESERTO

Irmãos e irmãs, essa é a mensagem 74, continuação do estudo sobre as jornadas


do povo de Israel no deserto. Essa estação RITMA, como as outras, tem grandes
lições para nos ensinar, pois sabemos que estamos em uma caminhada espiritual
rumo a Canãa. Que possamos aprender com os irmãos do passado a fim de não
cometer os mesmos erros que eles cometeram. Que o Senhor nos ajude e tenha
misericórdia de nós.

CAPÍTULO 74

15ª Estação – RITMA (parte 03)


TEXTO: Números 14:11-20

Vamos prosseguir estudando acerca deste maravilhoso assunto que nosso bendito
Pai celeste tem nos dado a graça de poder estudar. O quanto precisamos
conhecer aquilo que Deus, por meio destas estações, tem dispensado a nós.
Amados irmãos e irmãs, precisamos conhecer a direção pela qual o Espírito Santo
tem nos conduzido a conhecer, através destas maravilhosas lições no deserto, a
edificação de Deus na nossa própria vida. Nós estamos estudando a 15ª estação –
RITMA. Aqui foi onde Moisés escolheu doze espias. Como já temos estudado, em
importante saber o significado destes nomes, conhecer a raiz de cada um e aplicar
a nossa própria vida cristã. Isso porque vimos a natureza e o caráter daqueles que
se acovardam no testemunho de Deus, no testemunho de Cristo, no testemunho
da obra do Espírito Santo. Pessoas que se apresentam na obra de Deus, mas na
verdade possuem um disfarce de covardia, engano, incredulidade e infidelidade.
Na experiência de Josué e Calebe, vemos o caminho daqueles que são fiéis, que
perseveram na Palavra de Deus. Sabemos que onde não há visão correta dos
propósitos de Deus, há medo, covardia, incredulidade. O que nos intimida é a falta
de uma visão clara acerca deste propósito. Por isso necessitamos conhecer o
Propósito Eterno de Deus. E nos estudos passados vimos que Deus reprovou
aquela geração. E somente aquela geração que nasceu no deserto, com exceção
de Josué e Calebe, uma nova geração, é que pôde herdar a terra. Toda aquela
velha geração que saiu do Egito teve que ser sepultada no deserto. Havia dois
homens que tinham visão de Deus. Não apenas a visão do propósito de Deus,
mas a visão do próprio Deus, de quem é Deus. A nação de Israel recusava-se a
viver uma vida de profunda intimidade com Deus e, porque não escolheram este
caminho, não puderam ter uma visão correta do propósito eterno de Deus. Deus
enviou aqueles espias para provar seus corações, para saber até que ponto eles
estavam dispostos a seguir com Deus. O medo de enfrentar aqueles gigantes era
uma consequência real de uma falta de visão de quem é Deus. Foi daquela
situação que Deus escolheu os líderes para a próxima geração – homens que
iriam conduzir o povo para dentro da terra. Amados irmãos e irmãs, nós vemos
que houve uma reação divina e nós precisamos atentar para isso, por que Deus
reagiu à incredulidade, reagiu à covardia.
Números 14:11-20, são os textos que iremos ler para que o Senhor nos introduza
neste assunto e venha mostrar para nós verdadeiramente Seu caminho, Sua
vontade. E que assim venhamos crescer. Dizem assim os textos:

11 Disse o SENHOR a Moisés: Até quando me provocará este povo e até quando
não crerá em mim, a despeito de todos os sinais que fiz no meio dele? 12 Com
pestilência o ferirei e o deserdarei; e farei de ti povo maior e mais forte do que este
(a questão aqui, agora, é com o coração de Moisés). 13 Respondeu Moisés ao
SENHOR: Os egípcios não somente ouviram que, com a tua força, fizeste subir
este povo do meio deles,14 mas também o disseram aos moradores desta terra;
ouviram que tu, ó SENHOR, estás no meio deste povo, que face a face, ó
SENHOR, lhes apareces, tua nuvem está sobre eles, e vais adiante deles numa
coluna de nuvem, de dia, e, numa coluna de fogo, de noite. 15 Se matares este
povo como a um só homem, as gentes, pois, que, antes, ouviram a tua fama,
dirão: 16 Não podendo o SENHOR fazer entrar este povo na terra que lhe
prometeu com juramento, os matou no deserto. 17 Agora, pois, rogo-te que a força
do meu Senhor se engrandeça, como tens falado, dizendo: 18 O SENHOR é
longânimo e grande em misericórdia, que perdoa a iniqüidade e a transgressão,
ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniqüidade dos pais nos filhos até à
terceira e quarta gerações. 19 Perdoa, pois, a iniquidade deste povo, segundo a
grandeza da tua misericórdia e como também tens perdoado a este povo desde a
terra do Egito até aqui. 20 Tornou-lhe o SENHOR: Segundo a tua palavra, eu lhe
perdoei.

Meus queridos irmãos e irmãs, como necessitamos pedir perdão ao Senhor por
nossos sentimentos, atitudes, palavras e pensamentos de incredulidade. Vejam
que agora o Senhor trata duramente com este povo. Moisés intercede. Mas, no
versículo 18, na intercessão de Moisés, algo fica muito claro: “O SENHOR é
longânimo e grande em misericórdia, que perdoa a iniquidade e a transgressão,
ainda que não inocenta o culpado...”. Deus perdoa, mas Ele trata! Ele julga! Nós
precisamos ver a seriedade deste assunto. Isso nos remete para o Novo
testamento, onde encontramos o ensino acerca do Reino. Deus perdoa, mas
também pune! Ele julga! Isto envolve a questão de salvação e Reino dos céus.
Recebemos a salvação quando cremos. O Reino, recebemos pelo nosso viver, por
desenvolver a salvação; por vivermos de acordo com o caráter do chamamento, da
vocação celeste; em vivermos em conformidade com a vontade de Deus. Nós
sabemos que o fim desta era que nós estamos vivendo é o Reino. Cremos
firmemente que os nossos dias são os que beiram o fim deste tempo, desta era.
Estamos vivendo a última fase da Obra de Deus. Além disso, precisamos ter
consciência de que após esta era, a era da Igreja, haverá a era do Reino. Nós
precisamos saber disso! Está na Palavra de Deus. Vejam que os olhos do Senhor
estão voltados para o Reino. A mensagem do Senhor Jesus, quando Ele esteve
aqui na terra, focava o Reino. E nós vemos que essa mensagem ganha caminho
em nós. E ela vai crescendo, ganhando mais e mais nossas vidas. Por isso,
precisamos crer fortemente que o nosso querido Pai está desejoso para trazer, de
acordo com Sua vontade eterna, o Reino. O chamamento de Deus para a Sua
Igreja é o Reino. Assim como, também, o chamamento de Deus quando tirou
aquele povo do Egito era levá-los à terra prometida. Eles tinham que fazer por
merecer. Nós não fazemos nada para merecer a salvação. A Salvação é um ato
soberano de Deus. Agora, o Reino, é uma conquista!
Quando um cristão ganha a visão sobre o lugar que o Reino tem dentro do cerne
da vontade de Deus, então ele passa a desejar que o Reino venha logo. Por isso,
na oração que o Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos, Ele disse: “venha a
nós o teu Reino”. Nós precisamos desejar o Reino de Deus, precisamos cooperar
com o Senhor, precisamos apressar a chegada do Reino. O versículo da Bíblia
que é especialmente comovente ao nosso próprio coração é Mateus 24:14, que
diz:

14 E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a
todas as nações. Então, virá o fim.

Algumas pessoas dizem que nós precisamos pregar o Evangelho e que Jesus só
vai arrebatar a Igreja depois que o Evangelho for pregado. Isso é um terrível
engano e heresia. Isto é vilipendiar a Palavra de Deus. Porque o arrebatamento
não é o fim. Precisamos entender que é apenas o início de um grande processo.
Aqui podemos discernir entra a pregação do Evangelho do Reino e a vinda do fim.
Irmãos e irmãs, esse versículo é difícil de ser compreendido de maneira clara para
algumas pessoas. Na verdade, no passado, esse versículo se tornou um problema
na vida de muitos estudiosos da Palavra de Deus (Não tenho nenhuma intenção
de causar qualquer polêmica na interpretação deste texto. Pois não importa como
uma pessoa possa interpretar esta passagem, isto não trará uma opinião unânime
entre o povo de Deus. Desejo simplesmente apresentar luz daquilo que tenho
recebido da parte do Senhor à verdade quanto a este versículo).
Nós vemos aqui “fim do mundo”, que no grego é “era”. É assim que está no sentido
literal. É uma frase que naturalmente aponta para o fim desta era. De acordo com
uma interpretação rigorosa da profecia, essa frase refere-se à “hora da provação”,
lá de Apocalipse 13:10 – o que também é compreendido como “o curto período da
grande tribulação”. Este é o fim da era, a conclusão da era que todos nós estamos
vivendo. A nossa era é denominada de várias maneiras: “a era do espírito”; “a era
da Igreja”; “a dispensação da graça, do Evangelho”. Essa era que leva todos esses
diferentes títulos terminará com esta expressão: “o fim” ou “o fim que se dará
depois da grande tribulação”.
Amados irmãos e irmãs, precisamos compreender claramente que a Igreja é
responsável por trabalhar com Deus para que o Reino seja trazido à terra. Mateus
24:14 confirma isso. E ao entender que o Reino de Deus só pode aparecer
publicamente após o final desta era, a Igreja do senhor Jesus não pode fazer outra
coisa a não ser estar interessada nesse tempo final. Pois, embora o final desta era
não tenha nenhuma relação com a Igreja em si, ele tem muito haver com a obra da
Igreja. Não podemos inverter as coisas. Por esta razão nosso querido Senhor
Jesus nos diz em Mateus 24 que o Evangelho do Reino primeiro deve ser pregado,
então o Reino dos céus virá. Aqui nosso Senhor profetiza com respeito a um
maravilhoso fenômeno que deve acontecer ao aproximar-se o fim dessa era e a
chegada do Reino dos céus. Além disso, Ele estabelece a condição para o
surgimento da conclusão desta era e a introdução da era do Reino.
Amados, a partir deste versículo de Mateus nós vemos que para que este tempo,
este novo tempo, esta era, se conclua, todos nós, como Igreja, devemos dar
testemunho do Evangelho do Reino de uma maneira surpreendente,
extraordinária, viva. Alguns podem até chamar de uma maneira nova, porque
muito daquilo que tem sido proclamado não tem nada a ver com o caráter do
Evangelho. No tempo do fim desta era Deus vai levantar, verdadeiramente,
testemunhas que irão proclamar o Evangelho vivo, verdadeiro. E este Evangelho é
o Evangelho do Reino. Muitas pessoas têm pregado a Bíblia usando-a apenas
como livro, mas não têm tocado nela como Palavra viva de Deus. Necessitamos
deste avivamento na nossa vida. Necessitamos profundamente deste avivamento
em nós.
Quando estudamos sobre as últimas décadas, parece que tem havido uma
restauração gradual do ensinamento acerca dessa doutrina do Reino. Mas
amados, o que é o Reino de Deus? O que é o Evangelho do Reino dos céus? O
que é que nós entendemos acerca do Reino e da era na qual Cristo e a Igreja irão
reinar? Na verdade nós temos que ver este assunto de uma maneira muito clara,
porque ele é muito especial. Muitos tentam diferenciar entre o Evangelho do Reino
e o Evangelho da garça. Não vejo nenhuma necessidade de se fazer isso. Se há
quem insista em distinguir o Evangelho do Reino e o Evangelho da graça,
podemos ver que o Evangelho da graça lida principalmente com a benção;
enquanto o Evangelho do Reino é especialmente dirigido contra a opressão
demoníaca, às oposições satânicas contra a Obra de Deus. Nós temos visto hoje
em dia que existem muitos ensinos acerca do Reino, mas precisamos ouvir aquilo
que o Senhor Jesus tem a dizer. Quando lemos Mateus 12:28, Ele diz assim: “Se,
porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado o reino
de Deus sobre vós”. Sem dúvida, amados irmãos e irmãs, nós temos que entender
de uma vez por todas que o reino de Deus significa muitas coisas, mas o que o
Senhor Jesus menciona para nós aqui neste texto deve ser considerado como um
dos pontos mais elevados acerca daquilo que significa o reino. O reino está em
direta oposição às obras das trevas, às obras demoníacas. O senhor Jesus
declara que o reino é a expulsão de demônios. Isto quer dizer que, pela energia,
poder do Espírito de Deus, se dá a expulsão dos demônios. Muitos têm dado
ênfase no reino, mas esquecem que existe este ponto preponderante. Significa
que este reino está em completa oposição com as obras das trevas, com as obras
do Hades. A Igreja em sua posição, obra, pensamento e falar, geralmente têm
esquecido que satanás é um inimigo perverso. Nós precisamos saber disso. Deus
escolheu a Igreja para resistir a satanás e para introduzir o Seu reino. Portanto,
amados irmãos e irmãs, prestemos atenção que exatamente na primeira vez em
que o Novo Testamento menciona a Igreja, menciona também o Hades – em
Mateus 16, onde o Hades é traduzido pela palavra “inferno”.
Todos nós sabemos que a duração da era do reino é de “mil anos”. Mas qual é a
relação entre esses mil anos e satanás? Nos versículos de abertura de Apocalipse
20 é nos dito que esse será o tempo em que satanás será preso no abismo. Essa
será a época mais vergonhosa para ele. Todos nós precisamos saber disso. Em 1
Coríntios 6:3, Paulo diz: “Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos...?”
Que anjos? Os anjos caídos! Ora, amados irmãos e irmãs, somente aqueles que
têm pecados precisam ser julgados. Portanto, vamos agora compreender que, a
partir deste versículo, diz que o futuro para a Igreja incluirá o julgamento dos anjos
pecaminosos, daqueles que se rebelaram contra a autoridade de Deus. Esses
anjos se rebelaram juntamente com Lúcifer. Eles são os principados e potestades
de Efésios 6:12, de Colossenses 2:15, e os príncipes mencionados em Daniel
capítulo 10:3 e 20. E Deus diz que nós os julgaremos. Mas quando? Na época em
que Cristo vier novamente para estabelecer o Seu reino. Isto então é o Reino! O
tempo em que satanás será lançado no abismo profundo. Esse é o tempo em que
todos os principados e potestades serão julgados. Os poderes do Hades serão
destruídos na era do Reino. E a Besta, o falso Profeta, o Anti-Cristo, todos estes
espíritos falsos serão lançados para dentro do Lago de fogo. Além disso, outros
incontáveis espíritos maus serão expulsos do mundo e aprisionados. O próprio
satanás será exposto à vergonha abertamente. E ele, juntamente com seus
asseclas do mal, das trevas, com todos eles, passará por mil anos de trevas, no
abismo, numa prisão. Esse é o tempo quando ele e toda a sua família das trevas
serão completamente derrotados e destruídos. Durante esse mesmo período os
filhos de Deus se manifestarão e a batalha da cruz de Cristo alcançará completa
vitória. Esse é o tempo em que o Deus de Paz esmagará satanás debaixo dos
nossos pés. Esse é o tempo no qual o propósito de Deus, proposto desde as eras
passadas, contra todas as obras de satanás, encontrará seu absoluto
cumprimento. É o que está profetizado em Isaias 14:12-20 – uma referência velada
a satanás, cujo cumprimento estamos vendo claramente aqui. Na era do Reino,
satanás não terá nenhuma influência sobre o mundo, sobre as pessoas.
Mas amados, precisamos entender que a pregação do Evangelho do Reino dos
Céus é declarar nada menos que Deus, que reina nos céus hoje, amanhã reinará
sobre a terra, expulsando completamente o príncipe do mundo, o príncipe das
trevas, satanás com todos os principados, potestades, dominadores e hostes
espirituais da maldade. Ele fará isso com todos os seus seguidores e maus
espíritos para que, então, o novo homem em Cristo, isto é, a Igreja – o Corpo de
Cristo – reine juntamente com Cristo, o Cabeça. O Evangelho do Reino dos Céus
é, por conseguinte, direcionado contra os poderes das trevas. Isso nós temos que
entender. Portanto, quando o Senhor Jesus primeiramente declarou “este
Evangelho”, todas as suas obras trataram com os poderes das trevas.
Em 1 João 3:8 está assim: “... Para isto se manifestou o Filho de Deus: para
destruir as obras do diabo”. Então, Ele tanto curou doentes, como expeliu
demônios. Agora está inteiramente claro para nós que expulsar demônios é um
trabalho que destrói o Reino das trevas. Mas veja que quando diz também que o
Senhor Jesus curou os enfermos, o apóstolo Pedro nos provê uma explicação
muito clara ao descrever o ministério do Senhor Jesus enquanto esteve aqui
durante aqueles três anos e meio, quando esteve aqui na terra. Ele observou que
o nosso Senhor andou por toda a parte curando a todos os oprimidos “do diabo”
(Atos 10:38).
Se lermos os Evangelhos cuidadosamente, observaremos que a vida terrena do
Senhor Jesus Cristo estava completamente, inteiramente, dedicada a destruir as
obras de satanás. Consequentemente, Sua obra na terra teve efeito muito maior
sobre os demônios do que sobre os homens. Amados, o Senhor Jesus nos disse
que no final desta era os seus filhos se levantarão para dar um testemunho
semelhante. Precisamos agradecer ao Senhor pelo fato de que, em anos bem
recentes, não poucos dentre os filhos de Deus, muitos têm sido levantados para
colocar, sustentar bem alto o testemunho da vitória da cruz contra todas as obras
das trevas de satanás.
Que o Senhor nos ajude a entender esses princípios importantes para a edificação
da Igreja. Esses princípios que o Senhor deseja falar para nós. Não podemos ser
desobedientes, precisamos atentar para o fato de que o Senhor nos colocou para
“marchar”. Lembram lá em Quibrote-Hataavá, quando o povo saiu, na 13ª estação,
o Senhor mandou marcharem, porque era uma questão de guerra espiritual. Agora
isso fica mais claro aqui. Vejam que eles falharam. E falhar é perder o Reino! Nós
temos que observar isso claramente, pois isso está nitidamente exposto na
Palavra de Deus para nós. Que Deus nos abençoe.

Fonte: Ir. Luiz Fontes

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