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LEI N. 12.

527/2011
Lei de Acesso à Informações – Emb. Const. – Diretrizes, Princípios, Conceito
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LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO – EMBASAMENTO


CONSTITUCIONAL – DIRETRIZES, PRINCÍPIOS, CONCEITO

Essa lei diz respeito ao controle social da administração pública. Ela foi criada em 2011 e
regulamentada por um decreto de 2012. Alguns editais cobram somente a lei; e outros, a lei e
o decreto. Ambos serão estudados a partir de agora, iniciando-se pela lei.

Embasamento Constitucional

CF/88. Art. 5º XXXIII – todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interes-
se particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e
do Estado.

A lei que será aqui abordada regulamenta esse dispositivo constitucional. Os recursos que
movimentam a administração pública são recursos públicos, então ela tem que prestar contas
do que está fazendo. Não se trata apenas de dinheiro, mas de entender como a máquina
5m
pública está funcionando.
A Constituição Federal (CF) determina que “acesso à informação é direito fundamental”;
logo, é dever do Estado “garantir o direito de acesso à informação” (LAI, art. 5º), mediante
procedimentos objetivos e ágeis e de forma transparente, clara e em linguagem de fácil
compreensão.

Diretrizes da LAI (art. 3º)


• Publicidade como preceito geral
Parte-se da regra de que as informações que estão em poder da Administração Pública
são públicas e têm que ser disponibilizadas para a população.

• Sigilo
como exceção.
• Divulgação de informações de interesse público independentemente de solicitações:
Algumas informações já têm que ser proativamente disponibilizadas para o público. Isso
se chama transparência ativa.
• Utilização de meios de comunicação de tecnologia da informação.
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• Fomento
ao desenvolvimento da cultura de transparência na administração
Não adianta simplesmente disponibilizar as informações; é preciso também desenvolver
uma cultura e existe um órgão para isso, a Controladoria Geral da União.

• Desenvolvimento
do controle social da administração
Os governos existem para cuidar da população, mas essa tem todo o direito de controlar
o governo; é um controle da sociedade sobre os atos da administração pública.

DICA:
Esse site é uma sugestão da professora para complementar os estudos sobre a LAI: www.
10m
acessoainformacao.gov.br

Princípios
Os princípios estão muito conectados com as diretrizes e não estão na própria lei; são uma
construção doutrinária de quem aplica a LAI. São eles:

• Divulgação
máxima
Acesso é a regra; o sigilo, a exceção. Então, a priori, a administração tem que fornecer a
informação; se ela não quiser fazê-lo, deve existir um bom motivo para isso, para o sigilo, que
será abordado mais adiante.

• Não
exigência de motivação
Requerente não precisa dizer por que e para que deseja a informação. Com a transpa-
rência ativa, algumas informações já têm que ser disponibilizadas para o público de antemão.
Supondo que um cidadão quer uma informação de um órgão que não foi disponibilizada; ele
precisará protocolar um pedido de acesso a ela, sem precisar informar o motivo.

• Limitação
de exceções
Hipóteses de sigilo são limitadas e legalmente estabelecidas. Se o sigilo é a exceção, é
preciso saber exatamente em quais casos ele pode ser aplicado.
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• Gratuidade
da informação
Fornecimento gratuito de informação, salvo custo de reprodução. Caso a informação já
não tenha sido disponibilizada, a pessoa faz o pedido de acesso (transparência passiva) e, a
priori, ela não tem que pagar pelo fornecimento dessa informação. Caso seja em mídia digi-
tal, por exemplo, o que é possível se o requerente concordar, a Administração Pública pode
cobrar o valor da reprodução.

Obs.: se o requerente comprovar estado de pobreza, ele não será cobrado.

• Transparência ativa
Divulgação proativa de informações de interesse coletivo e geral.
15m

• Transparência passiva
Criação de procedimentos e prazos que facilitam o acesso à informação.

Conceitos

LAI. Art. 4º
I – informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão
de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato;
II – documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato;

Então, para não confundir: informação são os dados, ainda que não analisados; docu-
mento é uma unidade em que tais informações ficam catalogadas, como relatórios e tabelas.

20m III – informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão
de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado;

Existem informações que são indispensáveis à segurança da sociedade e do Estado, e o


acesso pelo público pode comprometer essa segurança. Não existe sigilo eterno, é sempre
temporário e com prazo determinado.

IV – informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável;


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A informação pessoal está relacionada com a intimidade, a vida privada, a honra e a


imagem. Por isso, essas informações também precisam ficar restritas ao acesso público. Ex.:
A pessoa vai tirar seu RG, fornecendo uma série de informações. Essas informações nem pre-
cisam ser classificadas como sigilosas, pois são pessoais.
Então, tanto as informações sigilosas quanto as pessoais já são tratadas pela LAI como
sujeitas à restrição de acesso público. A informação sigilosa precisa que uma autoridade do
governo a classifique (como ultrassecreta, secreta ou reservada) e seu prazo máximo é de 25
anos (ultrassecreta), 15 anos (secreta) ou 5 anos (reservada).

V – tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação,


utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento,armazenament
o,eliminação,avaliação, destinação ou controle da informação;
VI – disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos,
equipamentos ou sistemas autorizados;
25m
VII – autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou mo-
dificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema;
VIII – integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e
destino;
IX – primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento
possível, sem modificações.

Logo, por definição, a informação primária é também íntegra, pois não sofreu modifica-
ções. Em resumo:

Informação
Disponível: pode ser conhecida e utilizada
Autêntica: autoria é conhecida
Íntegra: não modificada
Primária: coletada na fonte, com detalhes, sem modificações.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Mariana Barros Barreiras.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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