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LEI N. 12.

527/2011
Lei de Acesso à Informação – Abrangência – Transparência Ativa
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LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO – ABRANGÊNCIA –


TRANSPARÊNCIA ATIVA

Abrangência
• Abrangência Subjetiva: quais os órgãos que se submetem à LAI.
• Abrangência Objetiva: quais os dados e informações que podem ser objeto de pedido de
acesso à informação ou objeto de transparência ativa/passiva.

Abrangência subjetiva da LAI (Arts. 1º e 2º)


Quem se submete à LAI:
• União, Estados, DF e Municípios;
• Executivo, Legislativo, Judiciário + Corte (Tribunal) de contas e MP;
• Administração Indireta (autarquias, fundações, sociedades de economia mista, empre-
sas públicas;
• Entidades privadas que recebam recurso público (publicidade relativa aos recursos
públicos);
• Conselhos profissionais (Súmula 7, CMRI) – quando se fala em transparência passiva,
o órgão recebe o pedido de acesso e essa informação pode ser fornecida ou negada.
O requerente pode então se dar por satisfeito ou recorrer. Existem algumas instâncias
recursais: uma entidade hierarquicamente superior, depois a CGU e depois a Comissão
Mista de Reavaliação de Informações – CMRI, comissão formada por ministros e que
edita súmulas, dentre elas:

Súmula CMRI n. 7/2015. No que toca à aplicabilidade da Lei n. 12.527, de 2011, (...)
entendo pela aplicabilidade das regras legais aos conselhos profissionais, que detêm autono-
5m
mia para regular seus procedimentos internos na forma como entenderem cabível.
Existem alguns dispositivos da LAI que só se aplicam às instâncias do poder público fede-
ral. A CMRI é uma instância recursal para as entidades públicas federais e não serve para, por
exemplo, um órgão municipal.
Não cabe atribuir à CGU e à CMRI o poder revisional das respostas a pedidos de acesso
às informações proferidas por conselhos profissionais. Em outras palavras, um pedido de
acesso à informação destinado a um conselho profissional não pode ter recurso analisado
nem pela CGU nem pela CMRI.
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Súmula CMRI n. 7/2015. CONSELHOS PROFISSIONAIS – Não são cabíveis os recur-


sos de que trata o art. 16 da Lei n. 12.527, de 2011, contra decisão tomada por autoridade
máxima de conselho profissional, visto que estes não integram o Poder Executivo Federal,
não estando sujeitos, em consequência, à disciplina do Decreto n. 7.724/2012.

Abrangência Objetiva – Aplicabilidade da LAI (Art. 7º)


I – procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser
a informação;
II – informação de registros ou documentos, recolhidos ou não a arquivos públicos;
III – informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente
de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
IV – informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
10m
V – informação sobre atividades dos órgãos, inclusive sobre sua política, organização
e serviços;
VI – informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos
públicos, licitação, contratos administrativos; e
VII – informação relativa:
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos
órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos;
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos
órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios
anteriores.

Inaplicabilidade do acesso
• Informações sigilosas conforme a LAI;
• Informações pessoais;
• Demais hipóteses legais de sigilo, que serão abordadas mais adiante (inclusive proces-
sos que tramitam em segredo de justiça);
• Informações de projetos de P&D (pesquisa e desenvolvimento) cujo sigilo seja impres-
cindível à segurança da sociedade e do Estado (art. 7º, §1º).
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Tarja (Art. 7º, §2º)


Supondo que existe um documento e que alguns de seus trechos podem ser disponibiliza-
dos, mas outros não. Nesse caso, ele pode ser divulgado e com tarjas nas partes que devem
permanecer restritas ao acesso público.
15m Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela parcialmente sigilosa,
é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de certidão, extrato ou cópia com ocul-
tação da parte sob sigilo.

Documentos preparatórios (Art. 7º, § 3º)


Documentos preparatórios são aqueles utilizados como fundamento de uma tomada de
decisão. O gestor público tem que tomar uma decisão; ele participa de reuniões, audiências
públicas, preparam-se relatórios e tabelas; esses são os documentos que estão preparando
a tomada de decisão.
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Art. 7º § 3º O direito de acesso aos documentos ou às informações neles contidas utilizados como
fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo será assegurado com a edição do ato
decisório respectivo.

Em outras palavras
O direito de acesso aos documentos preparatórios será assegurado com a edição do ato
decisório que eles subsidiaram.
Há os documentos preparatórios e, no final, sai o ato decisório. Um requerente pede
acesso a um documento X, que é um documento preparatório. O órgão então nega o pedido
e a pessoa aguarda o ato decisório final. Ou seja, o direito de acesso ao documento prepara-
tório é garantido com a edição do ato; o acesso é negado porque o ato decisório já satisfaria.
Um entendimento jurisprudencial da CGU é de que a negativa de acesso a documentos
preparatórios deve ser utilizada apenas nos casos em que a decisão final possa, de alguma
maneira, ser comprometida (Parecer da CGU referente ao processo de pedido de informação
n. 00077.000840/2013-10).

Extravio (art. 7º, §§ 5º e 6º)


Informado do extravio da informação solicitada, poderá o interessado requerer à autori-
dade competente a imediata abertura de sindicância para apurar o desaparecimento da res-
pectiva documentação.
O responsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias,
justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação.
Súmula CMRI n. 6/2015. “INEXISTÊNCIA DE INFORMAÇÃO – A declaração de inexis-
tência de informação objeto de solicitação constitui resposta de natureza satisfativa; caso a
20m
instância recursal verifique a existência da informação ou a possibilidade de sua recuperação
ou reconstituição, deverá solicitar a recuperação (...), sem prejuízo de eventuais medidas de
apuração de responsabilidade.”

Gratuidade (art. 12)


A busca e o fornecimento da informação são gratuitos, ressalvada a cobrança do valor
referente ao custo dos serviços e dos materiais utilizados, tais como reprodução de documen-
tos, mídias digitais e postagem.
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Está isento de ressarcir os custos dos serviços e dos materiais utilizados aquele cuja situ-
ação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família (ates-
tado de pobreza).

Mecanismos

Transparência ativa – mínimo (Art. 8º, §1º)


I – registro das competências, estrutura organizacional, endereços, telefones e horários
de atendimento ao público;
II – registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos;
III – registros das despesas;
IV – informações sobre licitações, inclusive editais, resultados e contratos;
V – dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de
órgãos e entidades; e
VI – respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
Então todas as informações acima têm que ser disponibilizadas pelos órgãos de maneira
proativa, independentemente de solicitação.
Órgãos públicos deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuse-
rem, sendo obrigatória a divulgação na internet.

• Site
na Internet deve (art. 8º, §3º):
I – conter ferramenta de pesquisa
II – possibilitar a gravação de relatórios
III – possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em formatos abertos, estru-
turados e legíveis por máquina;
IV – divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da informação;
V – garantir a autenticidade e a integridade das informações;
25m
VI – manter atualizadas as informações disponíveis para acesso;
VII – indicar local e instruções para comunicação, por via eletrônica ou telefônica, com o
órgão ou entidade detentora do sítio; e
VIII – garantir a acessibilidade de conteúdo a deficientes.
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• Divulgação na internet (art. 8º, §4º):

Obs.: municípios com população até 10.000 habitantes: dispensados das informações na
internet. Permanece obrigatoriedade de divulgar informações em tempo real sobre
execução orçamentária e financeira.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Mariana Barros Barreiras.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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