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SUMÁRIO
PILAR 2
VIGA 5
VIGA DE ALMA CHEIA 5
VIGA VIERENDEEL 6
VIGA VAGÃO OU ARMADA 9
TRELIÇA 10
TRELIÇAS PLANAS 10
Tipos de treliças planas 11
Hipótese de cálculo 12
TRELIÇAS ESPACIAIS 13
Tipos de treliças espaciais 14
PÓRTICOS 16
ARCOS 17
TIPOS DE ARCOS 18
Triarticulado 18
Biarticulado 18
Biengastado 18
REFERÊNCIAS 20
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PILAR
São barras geralmente retas e esbeltas, com eixo quase sempre disposto verticalmente, em que os esforços solicitantes predominantes são
forças normais de compressão. Devido aos esforços de compressão, a peça pode sofrer flambagem, ou seja, a perda da estabilidade lateral
(Figura 1).
Os pilares são fundamentais nas estruturas, pois têm a função de transferir as cargas à fundação de forma mais direta e, se tornam
determinantes na arquitetura, principalmente por causa de suas dimensões e distribuição no espaço. Quando a seção transversal for circular
(vazada ou cheia), os pilares também podem ser denominados de colunas.
Geralmente, o pré-dimensionamento do pilar é realizado em 3 etapas:
I. Cálculo da área de influência (independe do material do pilar) (Figura 2).
A área de influência é a carga, hipoteticamente, depositada sobre cada pilar, e é determinada pelos comprimentos correspondente à
metade das distância entre os pilares em ambas as direções. Geralmente, tem-se a área de um retângulo.
- pilar de concreto
P 4 = (Ainf 4 · Qpiso ) · n + (Ainf 4 · Qcob )
P 4 = (8, 75 · 800) · 3 + (8, 75 · 600)
P 4 = 26.250 kgf
P
Aseção = σ
sendo Aseção a área da seção do pilar [cm²]; P a carga no pilar [kgf]; 𝞼 a tensão admissível [kgf/cm²];
- pilar de madeira
Aseção = P /σ
Aseção = 21.875/60
Aseção = 364, 58 cm²
Para pilares de concreto, a seção transversal do pilar não pode ser inferior a 361 cm², de acordo com a NBR 6118. Desta forma, mesmo o
pré-dimensionamento tendo apresentado um valor inferior a 361 cm², deve adotar o mínimo indicado na norma.
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VIGA
VIGA DE ALMA CHEIA
As vigas de alma cheia são aquelas que não apresentam vazios em sua alma (parte vertical de sua seção). Apesar da vantagem oferecida
em termos de aproveitamento de espaço, a viga de alma cheia é um dos elementos estruturais mais solicitados em termos de esforços, pois
precisa transmitir aos apoios forças predominantemente verticais através de um caminho, geralmente, horizontal. (Figura 3).
As vigas são barras que, quando carregadas transversalmente, estão sujeitas aos esforços de flexão: momento fletor e força cortante.
Quando o momento fletor provoca tração nas fibras inferiores ele é considerado positivo, caso contrário é negativo (Figura 4).
Conforme a quantidade de vãos e a posição dos apoios, as vigas podem ser classificadas em vigas biapoiadas sem balanço; vigas
biapoiadas com balanço; vigas contínuas sem balanço; e vigas contínuas com balanço.
O pré-dimensionamento depende do tipo de material da viga de alma cheia e da posição dos apoios, conforme Tabela 3.
VIGA VIERENDEEL
Viga Vierendeel é uma viga de alma vazada, composta por barras que se encontram em nós rígidos. Visualmente, parece uma treliça,
porém apresenta comportamento diferente (Figura 5). As barras recebem as seguintes denominações:
- Membruras superiores – barras horizontais superiores, solicitadas por compressão axial, momento fletor e força cortante;
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- Membruras inferiores – barras horizontais inferiores, solicitadas por tração axial, momento fletor e força cortante;
- Montantes – barras verticais, solicitadas por compressão axial, momento fletor e força cortante.
a. b. c.
Figura 6: Comportamento da viga Vierendeel. Fonte: Rebello, 2007.
a. b. c. d.
Figura 7: Comportamento da viga Vierendel. Fonte: Rebello, 2007.
A viga Vierendeel pode ser utilizada nos seguintes casos (Figura 8):
- Onde há necessidade de aberturas nas almas das vigas, seja por questões funcional,
- Estética ou para diminuir seu próprio peso;
- Para passagem de tubulações;
8
a. b
Figura 8: Vigas Vierendeel utilizadas para ventilação e iluminação, e como vigas passarelas, respectivamente. Fonte: Rebello, 2007.
A forma dos vazios pode ser, por exemplo, circular, hexagonal (viga alveolar ou castelo) e em losangos (Figura 9).
O pré-dimensionamento depende do tipo de material da viga Vierendel e do vão a ser vencido, conforme Tabela 4.
A viga vagão pode ter um ou mais montantes. É importante considerar que para o correto funcionamento deste tipo de estrutura, o cabo
deverá ter a forma funicular, ou seja, a deformação do cabo muda de acordo com a quantidade e posição das cargas concentradas que, neste
caso, estão no local dos montantes (Figura 11).
Figura 11: Forma funicular do cabo na viga vagão. Fonte: Adaptado de Rebello, 2007.
O pré-dimensionamento depende do tipo de material da viga armada ou cgão e do vão a ser vencido, conforme Tabela 5.
TRELIÇA
Treliça é um sistema estrutural compostos por barras que se unem em nós articulados (onde as cargas devem ser aplicadas) formando
triângulos e podem ser classificadas quanto à forma em planas ou espaciais (Figura 12). As primeiras têm todas as barras com eixos contidos
num mesmo plano, já as espaciais são as que apresentam barras com eixos em planos diferentes.
Treliça é uma das principais modalidades de estruturas arquitetônicas, por apresentar soluções estruturais práticas e econômicas e podem
ser classificadas quanto:
- À natureza:
- Simples - formação inicial com três barras e três nós;
- Compostas - associação de duas ou mais treliças num sistema rígido resultante, fechado;
- Complexas.
- Quanto ao gênero:
- Isostáticas - número de vínculos externos for igual a 3;
- Hiperestáticas - número de vínculos externos for maior que 3;
- Hipostáticas - número de vínculos externos for menor a 3.
As treliças planas também podem ser utilizadas na composição de outros sistemas estruturais, como a exemplo de arcos em estrutura
metálica, e pórticos executados em madeira. A principal vantagem é que grandes vãos podem ser superados utilizando a treliça plana,
principalmente se metálica, resultando em uma estrutura leve e composta por elementos de dimensões pequenas (se comparado a mesma
estrutura executada em concreto, por exemplo).
Em uma cobertura, por exemplo, as treliças planas são os elementos principais que recebem as cargas da cobertura, vencem o vão
principal, transmitem essas cargas aos pilares, e são ligadas entre si por terças (espécie de viga), caracterizando um modelo plano. O projeto
de uma treliça plana depende do tipo de material que irá compor essa estrutura, sendo o aço e a madeira os materiais mais indicados, em
detrimento do comportamento similar desses materiais quando submetidos à esforços de tração e compressão simples. Já o concreto, por ser
eficiente somente à compressão, não é recomendável.
TRELIÇAS PLANAS
Inicialmente, deve-se entender o comportamento básico das forças atuantes sobre uma estrutura simples e que resulta na composição de
uma treliça.
interno, retira-se o pilar central, porém a estrutura ficará instável e girará sobre os apoios
extremos tendendo a se aproximar na parte superior (d);
e. Para estabelecer o equilíbrio, é necessária a colocação de uma barra rígida na parte
superior, a qual estará submetida a compressão simples. Essa estrutura é denominada
treliça (e).
a. b. c.
d. e.
Figura 13: Comportamento básico de uma treliça. Fonte: Rebello, 2007.
Na treliça plana ou simples as barras que se unem em nós articulados, formando triângulos, estão sujeitas, apenas, à esforços axiais de
tração ou compressão simples. O carregamento deve ser sobre os nós, e a aplicação fora dos nós provoca momento fletor nas barras, não
sendo aconselhável do ponto de vista econômico, pois gera flexão na barra devendo aumentar sua seção para suportar tal carga (Figura 14).
Figura 14: Cargas sobre os nós e fora dos nós. Fonte: Adaptado de Rebello, 2007.
Quando a treliça é submetida a carregamentos acidentais, ou seja, esforços externos, principalmente perpendiculares aos planos dos
sistemas treliçados como os de vento, deve-se prever o uso de contraventamentos, seja por "triangulação" de painéis ou por enrijecimento de
nós. As ligações entre os elementos são geralmente formadas pelo aparafusamento ou soldagem de suas extremidades em uma placa comum
(placa de reforço), ou com parafusos ou pinos.
As configurações mais comuns são (Figura 15): treliça de duas águas com diagonais descendentes (a), treliça de duas águas com diagonais
ascendentes (b), treliça de banzos paralelos com diagonais ascendentes (c), treliça de banzos paralelos com diagonais descendentes (d), treliça
de banzos paralelos com diagonais alternadas (e), e treliça assimétrica (f).
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a. b. c.
d. e. f.
Figura 15: Exemplos de treliças planas. Fonte: Rebello, 2007.
As treliças de duas águas com diagonais descendentes (a) e de duas águas com diagonais ascendentes (b) são comumente utilizadas para
coberturas de duas águas e, quando invertidas podem ser utilizadas como vigas de cobertura e até de piso (Figura 16).
Figura 16: Treliça de duas águas invertidas para cobertura e piso, respectivamente. Fonte: Rebello, 2007.
As treliças de banzos paralelos (c, d) são muito utilizadas como vigas tanto para coberturas quando para piso (Figura 17).
Algumas configurações geométricas são designadas por nomes próprios, como as treliças de banzos paralelos que originam as vigas
treliçadas do tipo Pratt, Howe e Warren.
Hipótese de cálculo
O comportamento das treliças, de forma geral, pode ser comparado ao das vigas submetidas à flexão simples. No entanto, devido às
características peculiares da formação das treliças (sistema de vetor ativo), que diferem fundamentalmente das vigas (sistema de massa e
perfil ativos) a hipótese de cálculo se restringe à consideração de que as cargas são aplicadas unicamente nos nós e são transmitidas pelas
barras até os apoios.
Neste tipo de estrutura, a análise estrutural é feita considerando um modelo plano, simples, onde a análise das forças é desenvolvida
bidimensionalmente (x e y), e que considera cada treliça como uma unidade. O Método dos Nós ou Cremona e o Método de Ritter ou Método
das Seções são os procedimentos analíticos mais utilizados para a determinação dos esforços nas barras das treliças.
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O Método dos Nós consiste em verificar o equilíbrio de cada nó da treliça da seguinte forma:
a. Determinam-se as reações de apoio;
b. São identificados os tipos de solicitação em cada barra (barra tracionada ou barra
comprimida);
c. Verifica-se o equilíbrio de cada nó da treliça, iniciando-se sempre os cálculos pelo nó que
tenha o menor número de incógnitas.
O Método de Ritter ou Método das Seções determina as cargas axiais atuantes nas barras de uma
treliça plana, seguindo:
a. Corta-se a treliça em duas partes;
b. Adota-se uma das partes para verificar o equilíbrio, ignorando-se a outra parte até o
próximo corte, apresentando no máximo 3 incógnitas para que possa haver solução,
através das equações de equilíbrio;
c. Repete-se o procedimento, até que todas as barras da treliça estejam calculadas;
d. Inicialmente, pode-se considerar todas as barras estão tracionadas, e após os cálculos, as
barras que permanecerem com o sinal positivo estão tracionadas e as de sinal negativo,
comprimidas.
À medida que o vão entre as treliças aumenta, as dimensões das terças também aumentam, e utilizar terças já deve ser repensado,
principalmente por questões econômicas. Assim, as terças simples passam a ser substituídas por terças treliçadas, tornando a estrutura da
coberta um modelo espacial, sendo do tipo treliça espacial. A disposição dos pilares é um dos principais fatores que determinam se a estrutura
será em treliça plana (pilares mais próximos) ou espacial (pilares mais distantes).
O pré-dimensionamento depende do tipo de material da treliça plana e do vão a ser vencido, conforme Tabela 6.
TRELIÇAS ESPACIAIS
A treliça espacial, diferentemente da plana, possui uma análise estrutural mais complexa, principalmente por realizar uma análise de
forças tridimensionais e considerar o comportamento do sistema estrutural como um conjunto. Os modelos espaciais adotados nesse tipo de
treliça apresentam comportamento mais próximos do real e, devem ser adotados nos casos em que o modelo plano apresente mau
comportamento do sistema e/ou uma solução não econômica, como no caso de grelhas, em que devem ser adotados modelos espaciais para
seu estudo.
Em uma cobertura simples, entre as treliças planas existem vigas denominadas de terças, onde são apoiadas as telhas e transmitem suas
cargas às treliças (Figura 18). Neste caso, o modelo de coberta é plano: terças em um plano e treliças principais em outro plano (a). Quando as
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distâncias entre as treliças aumentam, as dimensões das terças também devem aumentar. Neste caso, passa a ser mais econômico o uso de
terças treliçadas, tornando-se um modelo espacial, ou seja, uma treliça espacial (b).
a. b.
Na treliça espacial, as barras superiores e inferiores absorvem, respectivamente, os esforços de compressão e tração; e podem ser
dispostas de maneira que apresentem os mais diversos desenhos. Já as barras inclinadas, devem formar triângulos com as barras superiores e
inferiores (por isso este sistema estrutural faz parte da família das treliças), e ao absorverem o efeito do cisalhamento (esforço cortante), ficam
sujeitas a tração ou compressão. Geralmente, são compostas por barras tubulares de seção circular de aço, pois é a seção ideal para esforços
de tração e compressão.
a. b. c.
d. ...................
Na treliça espacial os planos horizontais são sempre preenchidos por triângulos ou quadrados. A treliça espacial se adequa às variadas
proposições estéticas dos projetos arquitetônicos, sendo a solução mais comum adotada nas treliças espaciais são os sistemas de pirâmides de
base quadrada (c).
Figura 20: Sistema de pirâmides de base quadrada. Fonte: Adaptado de Rebello, 2007.
Para projetos de treliças espaciais, principalmente, deve-se atentar para a correta escolha de alguns parâmetros como: geometria
escolhida, relação altura/vão, comprimento dos módulos, tipos de apoios, localização e distribuição destes apoios, o tipo de ligação entre
barras, a magnitude dos carregamentos e esforços nas barras, facilidade de fabricação e montagem e, finalmente os custos envolvidos.
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PÓRTICOS
Os pórticos são estruturas resultantes de uma ligação rígida entre barras, sendo a ligação entre vigas e pilares o caso mais comum. Uma
das principais finalidades do pórtico é de reduzir a altura das vigas, transmitindo parcela dos seus esforços aos pilares; e criar um elemento
rígido que possa servir de contraventamento da edificação.
É importante diferenciar vigas apoiadas de um pórtico da seguinte forma (Figura 21):
a. Viga apoiada sobre pilares – vínculos articulados – neste caso, a aplicação de uma carga sobre a viga vai transmitir ao pilar
apenas cargas verticais.
b. Viga ligada aos pilares – vínculos rígidos – neste caso, a estrutura é um pórtico, a aplicação de uma carga transmitirá cargas
verticais, momento fletor e força cortante ao pilar.
a. b.
Figura 21: Viga apoiada sobre pilares e pórtico, respectivamente. Fonte:Adaptado de Rebello, 2007.
O pré-dimensionamento depende do tipo de material do pórtico e do vão a ser vencido, conforme Tabela 7.
ARCOS
Os primeiros arcos eram executados com blocos que se apoiavam, cada um com pequeno balanço em relação ao anterior. Esse arco era
denominado de arco falso, e não permitiam vencer grandes vãos. O arco verdadeiro possui uma estabilização mais adequada dos blocos,
vencendo maiores vãos, de forma que o comprimento resultante é maior do que o vão a ser vencido. Ao manter os apoios indeslocáveis, todo o
sistema permanece submetido à compressão, mantendo os blocos unidos e o arco íntegro.
Assim, o arco é uma estrutura curva e sua forma pode ser determinada a partir inversão da forma funicular do cabo (deformação do cabo
muda de acordo com a quantidade e posição das cargas), pois os esforços sobre a estrutura podem variar. A atuação de forças no cabo,
proporciona formas funiculares, ou seja, adaptadas segundo as forças atuantes, e quando invertidas, utilizando uma barra rígida e mantendo o
mesmo carregamento, resultará em estruturas diferentes (Tabela 8).
Tabela 8: Formas funiculares em relação às cargas aplicadas. Fonte: Adaptado de Rebello, 2007.
Desempenho Cabo normal (1) Cabo deformado (2) Forma resultante em barras (3)
Triangular
Cargas distribuídas
Trapezoidal
Cargas uniformemente
distribuídas
Arco
* Cargas iguais ao longo do comprimento do arco
Desta forma, para se ter apenas esforços de compressão, a forma do arco deverá ser o inverso funicular das forças aplicadas a ele,
recebendo a denominação de arcos funiculares. Qualquer modificação no carregamento provoca esforços adicionais de flexão, o que deve ser
evitado (Figura 22).
Figura 22: Exemplo de flexão no arco quando aplicada uma força concentrada no meio do vão. Fonte: Rebello, 2007.
O exemplo acima mostrou que o cargo não deve ser utilizado como estrutura quando há somente uma força concentrada, mas sim o
triângulo, como mostrado na Tabela acima. Caso contrário, a estrutura do arco precisará de uma seção mais robusta para suportar o esforço de
flexão e, consequentemente, menos econômica. Desta forma, o arco se torna uma estrutura econômica quando ele é funicular das forças
aplicadas, seja para suportar as forças distribuídas ao longo da horizontal ou seu peso próprio.
Os arcos, independentemente de sua forma, apresentam a tendência de se deslocar horizontalmente nos apoios, aplicando a eles forças
horizontais denominadas empuxos horizontais. A intensidade dos empuxos é inversamente proporcional à flecha do arco (altura do meio do
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vão do arco). Sempre que possível, os empuxos não devem ser transmitidos nos apoios, pois podem provocar grandes flexões que também são
transmitidas às fundações, encarecendo a solução. Como soluções podem ser utilizado tirantes, porém podem não ser um elemento desejável
no espaço interno da edificação, ou aumentar as dimensões da base do arco (pilares) (Figura 23).
Figura 23: Flecha e forças horizontais e verticais no arco, e exemplo de pilares com maiores dimensões na base do arco, respectivamente. Fonte: Rebello,
2007.
TIPOS DE ARCOS
Dependendo da situação em que são usados ou do processo construtivo escolhido, os arcos podem apresentar apenas vínculos articulados
ou engastados (usados em casos especiais, pois introduzem esforços de flexão) (Tabela 9).
Imagem
Triarticulado
É o tipo de arco mais utilizado, principalmente, em estruturas metálicas e apresenta facilidade de execução. Este tipo de arco apresenta
três articulações, duas nos apoios e uma terceira no centro, geralmente. Apresenta uma grande vantagem construtiva, pois cada trecho entre
as articulações pode vir pronto para montagem no canteiro de obra.
O arco triarticulado também é uma boa opção para adaptações a mudanças de formas geradas, entre outras, por dilatação térmica, pois as
articulações permitem melhor acomodação das peças. Os arcos triarticulados são isostáticos, o que facilita seu cálculo, mas em compensação
possuem seções mais robustas, aumentando seu custo em relação aos outros tipos.
Biarticulado
É o tipo de arco que apresenta articulações apenas nos apoios e utilizados mais com concreto armado. Não apresenta a mesma
versatilidade de acomodação às mudanças de forma que o triarticulado, tornando-se mais suscetível ao aparecimento de esforços indesejados
de flexão. É hiperestático, portanto, admite menores dimensões de seção, resultando em menor consumo de material. Do ponto de vista
construtivo, é menos interessante que o articulado.
Biengastado
Seu uso é bastante incomum e só ocorre quando há necessidade de ligação rígida nos apoios. É o tipo de arco que mais consome material,
pois apresenta momentos fletores em razão do engastamento, tornando-o muito estável.
O pré-dimensionamento depende do tipo de material do arco e do vão a ser vencido, conforme Tabela 10.
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REFERÊNCIAS
BOTELHO, M. H. A. Resistência dos materiais: para entender e gostar. 4 ed. São Paulo: Blucher, 2017. 264p.
REBELLO, Y. C. P. Bases para o projeto estrutural na arquitetura. São Paulo: Zigurate Editora, 2007. 288p.
REBELLO, Y. C. P. Concepção estrutural e a arquitetura. São Paulo: Zigurate Editora, 2000. 272p.
SÁLES, J. J.; MUNAIAR NETO, J.; MALITE, M.; DIAS, A. A. Sistemas estruturais. 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 232 p.