Índice

Capítulo 1
Origem da Terra
Capítulo 2
A Terra em Movimento e sua formação
Capítulo 3
Estrutura Geológica
Capítulo 4
Estruturas do Relevo
Capítulo 5
Formas e Classificação do Relevo
Capítulo 6
Solos
Capítulo 7
Climatologia
Capítulo 8
Tipos de climas
Capítulo 9
Hidrografia
Capítulo 10
Biomas e Formações Vegetais: Classificação e situação atual
Origem da Terra

Toda riqueza produzida pela humanidade tem origem mineral direta ou

indiretamente. Diretamente, quando extraímos minérios do subsolo.
Indiretamente, quando usamos os solos no cultivo vegetal e extraindo seus
derivados, ou, com máquinas, transformamos matéria-prima em produto final.
Conhecer a origem da Terra ajuda a compreender os fenômenos geológicos e
geomorfológicos que interferem na produção dessa riqueza e no cotidiano
humano.

Como surgiu o universo?

Os estudos mais recentes dizem que há 15 bilhões de anos, toda a matéria do
universo estava concentrada num espaço muito pequeno de densidade alta,
virtualmente infinita e sob uma temperatura também extremamente alta,
virtualmente infinita. Então, houve uma grande explosão, chamada de Big Bang.

As Galáxias
Todas as estrelas pertencem a uma galáxia. As estrelas vistas no céu estão na Via
Láctea, assim como o nosso Sistema Solar. As galáxias são grandes aglomerados
(mantidos unidos pela força gravitacional) de milhões, ou até bilhões de estrelas,
além de muito gás e poeira, que são restos de estrelas já extintas e o material de
origem para outras estrelas. Segundo suas formas, as galáxias podem ser divididas
em 3 classes:
 Galáxias elípticas (Classe E)
 Galáxias espirais (Classe S)
 Galáxias Irregulares (Classe I)
  Elípticas: As galáxias elípticas
apresentam estrelas de idades bastante
avançadas. Possuem pouco gás e poeira
interestelares.

Na imagem ao lado podemos ver a galáxia

elíptica gigante NGC 1316.

 Espirais: As galáxias espirais são

intermediárias entre as elípticas e as irregulares.
Apresentam estrelas de diferentes idades, desde
as mais antigas até as mais jovens. Existem
regiões ricas em gás e matéria interestelar, de
modo que novas estrelas estão constantemente
se formando.

A Via Láctea (ao lado) é um belo exemplo de

galáxia espiral.

 Irregulares: As galáxias
irregulares, contrastando com as
elípticas, apresentam muito gás e
matéria interestelar, predominando
as estrelas jovens.

M82 (NGC 3034) conhecida também como

Messier 82 é um belo exemplo desse tipo
de galáxia.
Sistema solar e seus planetas
O Sistema Solar surgiu de nuvens de gases e poeira há cerca de 4,6 bilhões de
anos. Estrelas como o nosso Sol surgiram de gigantescas nuvens de gás,
principalmente hélio e hidrogênio. Os oito planetas que orbitam o Sol podem ser
divididos em dois grupos distintos, os planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e

Marte, são menores e são os mais próximos do Sol) e os planetas gasosos (Júpiter,
Saturno, Urano e Netuno, são distantes do Sol e gigantescas esferas de gás
comprimido com núcleo rochoso, possuem satélites naturais e anéis de rochas,
gelo e satélites menores). Entre os dois grupos, há um cinturão de asteroides.
Após os planetas está o distante Plutão, que é considerado um planeta anão.

Escala geológica do tempo

O tempo geológico diz respeito a enorme dimensão temporal da terra desde seu
surgimento até os dias habitáveis para os seres vivos. Esta temporalidade
geológica difere-se do tempo histórico por tratar-se de uma escala de tempo muito
mais ampla e abrangente. A terra possui cerca de 4 bilhões de ano na escala
geológica do tempo.
A escala geológica do tempo está dividida e classificada em éons, eras, períodos,
épocas e idades, que agrupam em ordem cronológica o processo de surgimento,
formação e transformação do planeta Terra.
Observando a escala do tempo
geológico, podemos notar que a
periodização da Terra é dividida
primeiramente em Éons, que agrupam
as Eras, que comportam os períodos,
que se dividem em épocas.

A palavra Éon significa

imensurável período; a eternidade,
e na geologia se refere a maior
unidade do tempo geológico, o
primeiro durou cerca de dois bilhões de
anos, sendo a maior de todas as
divisões temporais da Terra, pois foi o
período de formação do planeta até o
surgimento das primeiras formas de
vida, a este chamamos de Arqueano.
Entretanto, pesquisas recentes
apontam a inclusão do éon Hadeano
para o período inicial da história da
terra.

(Estrutura Geológica
do Tempo. Para
entendê-la, é preciso
ler de baixo para
cima).
Exercícios
1) As galáxias são grandes aglomerados (mantidos unidos pela força
gravitacional) de milhões, ou até bilhões de estrelas, além de muito gás e
poeira, que são restos de estrelas já extintas e o material de origem para
outras estrelas. Cite as 3 classificações de galáxia segundo a sua classe.
2) O nosso sistema solar é formado por 8 planetas que orbitam o Sol, e podem
ser divididos em dois grupos, os planetas rochosos e os planetas gasosos.
Cite as principais diferenças entre eles.
3) Cite quais planetas compõe o grupo dos planetas gasosos do sistema solar:
4) Descreva os principais eventos da Era Paleozoica.
5) Em qual era e período ocorreram as primeiras formas de vida?
6) Há 15 bilhões de anos toda a matéria do universo estava concentrada num
espaço muito pequeno de densidade alta, e sob uma temperatura também
extremamente alta. Então, em determinado momento houve uma grande
explosão chamada:
a) Ping Pong
b) Big Bang
c) Pangeia
d) Explosão Galáctica

7) Assinale alternativa que contém os planetas rochosos:

a) Mercúrio, Vênus, Terra e Marte
b) Júpiter, Saturno, Urano e Netuno
c) Vênus, Saturno e Mercúrio
d) Plutão, Júpiter e Vênus

8) As galáxias ________ são intermediárias, apresentam estrelas de diferentes

idades, desde as mais antigas até as mais jovens. Existem regiões ricas em
gás e ______, de modo que novas estrelas estão constantemente se
formando.
Assinale a alternativa que melhor completa as lacunas I e II.
a) I - Irregulares; II - gravidade
b) I - Rudimentares; II - oxigênio
c) I - Espirais; II - matéria interestelar
d) I - Gasosos; II - poeira
9) O surgimento do homem é considerado um dos principais eventos da
Estrutura Geológica do Tempo. De qual Período e Era, respectivamente, ele
faz parte? Assinale a alternativa correta.
a) Triássico, Mesozoíca.
b) Quaternário, Cenozoica.
c) Cambriano, Paleozoica.
d) Eoceno, Devoniano.

10) Marque a Alternativa que corresponde ao período geológico do

surgimento dos dinossauros:
a) Jurássico
b) Siluviano
c) Cretácio
d) Triássico
A Terra em movimento e sua formação

A existência dos dias e das noites na Terra explica-se pelo movimento de rotação.
De dia, uma parte dos habitantes da Terra recebe luz solar, porque a parte da
superfície da Terra onde vivem está virada para o Sol, mas os habitantes da Terra
que estão do outro lado não recebem essa luz. A Terra vai girando e, em certos
lugares, passa a ser noite quando é dia e, noutros lugares, do outro lado da Terra,
passa a ser de dia quando é noite.

A terra gira em torno do sol e em torno de si mesma

Translação é o movimento da Terra em torno do Sol. Uma volta completa ao redor
do Sol é de aproximadamente um ano, mais precisamente 365 dias e 6 horas, é
por isso que de
quatro em quatro
anos, existe um
ano com um dia
a mais no
calendário,
sempre o último
de fevereiro.
Esses anos são
chamados
bissextos.
Rotação é o
movimento da
terra em torno de
si mesma, uma
volta completa dura aproximadamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, onde
girando em seu próprio eixo, com uma velocidade de 1.666 km/h, a terra é
responsável pela transação da noite pelo dia.

A terra no período de translação

Os diferentes tipos de climas dos meses são devido às estações do ano: Primavera,
Verão, Outono e Inverno. No verão, está mais quente e no inverno mais frio. Mas
o verão e o inverno ocorrem em épocas diferentes do ano no hemisfério Norte e
no hemisfério Sul,
pois a Terra mantém
sempre a inclinação
enquanto gira em
torno do Sol.

No hemisfério Norte,
o verão vai de 21 de
junho a 23 de
setembro e o inverno
de 21 de dezembro a
21 de março. Mas, no
hemisfério Sul, o verão vai de 21 de dezembro a 21 de março e o inverno de 21 de
junho a 23 de setembro. O mesmo acontece com as outras estações, quando é
primavera em um hemisfério, no outro é outono.

OBS: A ocorrência das estações do ano é a consequência do movimento

de translação, devido à iluminação desigual dos hemisférios.
Estações do ano no Brasil

 Outono: 20 ou 21 de março - 20 ou 21 de junho;

 Inverno: 20 ou 21 de junho - 22 ou 23 de setembro;
 Primavera: 22 ou 23 de setembro - 21 de dezembro;
 Verão: 21 ou 22 de dezembro - 20 de março;

No Brasil, as estações do ano iniciam-se, oficialmente, nos dias de solstício e de

equinócio. Porém, pôr o Brasil está localizado no hemisfério sul, não apresenta as
estações bem definidas, apenas os estados como São Paulo, Mato Grosso do Sul,
regiões de serras localizadas em Minas Gerais e Rio de Janeiro e na região Sul do
país. Nas demais regiões, há duas estações bem-definidas: uma estação quente e
úmida e outra quente e seca.
Verão: O verão no Brasil se inicia no mês de dezembro e vai até o mês de
março. Geralmente é o período de férias da população brasileira, que
buscam destinos voltados para o litoral Nordestino e Carioca. Durante esse
período os dias são mais cumpridos do que a noite, o que gera a
necessidade de termos um horário de verão. Também apresenta chuvas
isoladas de curta duração devido as mudanças repentinas das condições
climáticas, pois no verão a temperatura é mais alta do que em outros
períodos.
 Pôr do Sol na Pedra do Arpoador,
ponto turístico no Rio de Janeiro.

Porto de Galinhas, ponto turístico em Recife – PE.

Outono: O outono Brasileiro vai do mês de março até o mês de junho, esta
estação é um período de transição entre o verão e o inverno, onde há uma
redução do índice de chuvas e da temperatura, principalmente na região Sul,
Sudeste e parte do Centro-Oeste, pois são afetadas pelas massas de ar frias.
Na região sul as condições metrológicas mudam rapidamente, podendo
acontecer geadas e nevoeiros.

Neve em Gramado, no Rio

Grande do Sul (Junho de
2021)
 Inverno: No inverno brasileiro temos um período de temperaturas mais
amenas em algumas regiões e outras regiões com temperaturas mais
elevadas. Essa estação vai do
mês de junho ao mês de
setembro, e na região Sudeste e
Centro-Oeste temos o menor
índice de chuva do ano. As
frentes frias atuam em algumas
partes da região Sudeste e Sul.
Temos como principais
características a redução da
umidade relativa do ar, que
acaba ocasionando no aumento
de doenças respiratórias devido a baixa umidade.

Primavera: Na primavera brasileira temos o aumento do índice de chuva,

que vai de setembro até dezembro quando se inicia o verão. Além da
frequência das chuvas a temperatura fica mais amena, deixa de ser uma
estação muito seca e passsa a ser mais úmida, assim, a temperatura das
regiões
Centro-Oeste,
Sul e Sudeste
tendem a ser
mais altas do
que da
estação
anterior. A
primavera é
marcada por
apresentar
uma
paisagem rica
em flores.

Curitiba é uma cidade que se destaca na primavera do Brasil. O Relógio

de Flores, localizado no centro da cidade, fornece cores e aromas para
um local caracteristicamente urbano.
Solstício e Equinócio
Chamamos de solstício e equinócios os fenômenos astronômicos que estão
relacionados com o início de cada uma das 4 estações do ano.
Os Solstícios podem ser de verão ou de inverno Enquanto os Equinócios podem ser
de primavera ou de outono.

Tanto os solstícios como os equinócios acontecem em consequência do eixo de

rotação e de translação da terra.
À medida que a Terra vai girando, como o seu eixo é inclinado, uma parte do
hemisfério recebe mais calor do Sol do que o outro hemisfério.
Exercícios
1) Cite as principais diferenças entre os movimentos de rotação e translação.
2) Quais os fenômenos astronômicos relacionados com o início das quatro
estações?
3) O Brasil não apresenta as quatros estações bem definidas, como alguns
países do continente Europeu. Justifique.
4) Cite características do Outono Brasileiro na região Sul.
5) Explique a existência dos anos bissextos.
6) Qual a consequência do movimento de rotação terrestre:
a) Elevações do nível do mar
b) Mudanças climáticas
c) Sucessão de dias e noites
d) Estações do ano

7) Assinale a alternativa CORRETA que corresponde ao início do verão no

hemisfério sul e no hemisfério norte, respectivamente.
a) 21 de Dezembro e 21 de Junho
b) 23 de Junho e 23 de Dezembro
c) 21 de Dezembro e 23 de Setembro
d) 21 de Junho e 21 de Dezembro

8) No inverno brasileiro temos um período de temperaturas mais amenas em

algumas regiões e outras regiões com temperaturas mais elevadas. Em quais
regiões encontramos o menor índice de chuva nessa estação do ano:
a) Sudeste e Centro-Oeste
b) Nordeste e Norte
c) Centro- Oeste e Sul
d) Sul e Sudeste

9) Os Solstícios podem ser de ____ e ____. Enquanto os Equinócios podem ser

de _____ e ______.
Assinale a alternativa que melhor completa as lacunas I e II
a) I - Verão e Primavera; II - Outono e Inverno.
b) I - Verão e Inverno; II - Primavera e Outono.
c) I - Outono e Verão; II - Primavera e Inverno.
d) Inverno e Outono; II Verão e Primavera.
10) Translação é o movimento da Terra em torno do Sol. O tempo
aproximado de sua ação é:
a) 365 dias
b) 364 e 6 horas
c) 365 dias e 6 horas
d) 24 horas
Estrutura Geológica

Você sabe o que é Geologia?

A geologia é uma ciência que se dedica em estudar e compreender a origem, a
estrutura, a composição e as transformações da crosta terrestre. Com isso, essa
ciência parte de análises de fósseis, minerais, topografia dos terrenos (Relevos)
acompanha a exploração de jazidas de minério, depósitos subterrâneos de água e

reservas de petróleo, carvão mineral e gás natural. Um profissional da geologia é

chamado de geólogo(a) ou engenheiro geológico(a). A geologia pode ser
distribuída conforme sua área especifica de conhecimento, dentre todas
elas, destacam-se:
 Geologia estrutural: estudo da estrutura da Terra.
 Geomorfologia: estudo das formas da superfície terrestre (relevo).
 Sedimentologia: estudos dos sedimentos acumulados na Terra derivados
da erosão.
 Topografia: estuda os acidentes geográficos presentes no planeta.
 Sismologia: estudo dos sismos e dos movimentos das placas tectônicas no
planeta.
 Vulcanologia: estudo dos vulcões e das erupções vulcânicas.
 Pedologia: estudo da formação e estrutura dos solos.
A Terra de dentro pra fora
A Terra é formada por materiais sólidos, líquidos e gasosos, que se acham
dispostos em camadas concêntricas. A estrutura da Terra é formada por três
camadas principais: o núcleo, o manto (ou camada intermediária) e a camada
externa (crosta terrestre).
Observe a ilustração: ela mostra uma parte da superfície e uma parte do
interior da terra.
Mais especificamente a terra é composta por:
 Núcleo: O
núcleo é a camada
mais interna do
planeta Terra. Ele
formado
por ferro e níquel,
e é a camada
menos conhecida,
pois suas
características
físicas impedem um estudo mais aprofundado. Dividimos o núcleo em
externo e interno.
 Núcleo Externo: Possui temperaturas próximas a 3.000ºC, composição
líquida, em razão das altas temperaturas registradas no interior da Terra.
 Núcleo Interno: Em contrapartida, essa parte apesar de registrar
temperaturas de até 6.000ºC, é sólido, devido à alta pressão no ponto mais
interno da Terra.
 Manto: O manto é a camada mais profunda do planeta, a temperatura no
manto pode chegar a aproximadamente 2.000ºC. Também chamamos o
manto de camada intermediária, pois este está entre a crosta e o núcleo, é
formado por minerais como silício e magnésio.
 Manto Inferior: a sua estruturação é basicamente líquida, uma vez que as
rochas presentes nessa camada se dissolvem, em razão do calor proveniente
do núcleo.
 Manto Superior: As rochas nessa camada possuem um estado pastoso, em
razão do calor que irradia do manto inferior e do núcleo.
 Crosta Terrestre: É a camada mais externa do planeta, e se configura
enquanto a camada mais importante, pois é nela que acontecem as
interações dos seres vivos com os múltiplos fenômenos geográficos. Com
aproximadamente 40 quilômetros de profundidade, é a menor camada
comparada as demais. É formada majoritariamente por materiais rochosos,
 sendo as rochas da crosta formadas por minerais, como a sílica e o alumínio.
A estrutura da Crosta terrestre é toda fragmentada (placas tectônicas), e
dividida em partes
continentais e
oceânicas. As placas
Tectônicas flutuam
sobre a atmosfera,
camada de transição
entre a crosta e o
manto superior. Esse
movimento de placas
pode ocasionar
diversos fenômenos
geológicos como
formação de montanhas, fossas oceânicas, atividades vulcânicas, terremotos
e tsunamis.

Descontinuidade de Mohorovičić Descontinuidade de Gutenberg

Descoberta por Andrija Mohorovičić
Também chamada Moho, ou
simplesmente Descontinuidade M, é a
fronteira entre a crosta e o manto
terrestre. Caracterizada por mudanças
bruscas de velocidades de ondas
sísmicas.
Descoberta por Wiechert-Gutenberg
Localiza-se a uma profundidade
aproximada de 2900 km, é uma zona
de separação de camadas da Terra,
separando o manto do núcleo. As
ondas S são refletidas e as ondas P são
refratadas, diminuído bruscamente a
sua velocidade de propagação.
Deriva Continental

Meteorologista e geofísico alemão Alfred Lothar

Wegener, autor da teoria da deriva continental."

A terra nem sempre foi como é atualmente, há muitos

anos, acredita-se que os continentes eram todos um
só, e foi se separando gradativamente ao longo dos
anos até estarem no lugar que estão hoje. A teoria da
Deriva Continental foi elaborada por Alfred Wegener
em 1912, na tentativa de explicar a formação e
evolução dos continentes.
Os continentes antes de estarem em sua posição atual,
formavam uma única porção de terra maior, emersas em um só bloco,
chamado Pangeia. Ao passar do
tempo geológico
(consultar aula 01), a
Pangeia se fragmentou
dando origem a
Laurásia e a Gondwana.
Como não são estáticos,
os movimentos foram
acontecendo e dando
origem a atual distribuição
dos continentes.

Mapa da Pangeia elaborado por Alfred Wegener)

Wegener ao observar a curvatura das costas da América do Sul e da África,

percebeu que os dois continentes possuem formas complementares que se
encaixam perfeitamente. A partir das similaridades físicas, geológicas e fósseis
encontrados em ambos os continentes, Wegener fundamentou a sua teoria que se
destacou em relação a teorias de seus antecessores. Porém, sua teoria foi sendo
aperfeiçoada e mais abrangente após a morte do meteorologista, estudiosos de
dedicaram em comprovar as dinâmicas da litosfera terrestre.
A teoria da deriva continental não era consenso entre os estudiosos do meio
científico, pois os estudos de Wegener em 1930 não eram suficientes para explicar
a forma que condicionava a
movimentação dos continentes.
O fato de o interior da terra ser
um fator desconhecido, não
haviam informações de como
era o interior do planeta e de
como funcionava a crosta
terrestre, logo, Wegener
acreditava que as massas
continentais flutuavam sobre
as águas dos oceanos,
causando assim a
movimentação dos continentes.
Com o avanço e melhorias nos
estudos sobre o assoalho
oceânico, na década de 1960
surge a teoria que melhor
explica a formação da litosfera
e como é possível o movimento
dela. Essa teoria é das Placas
tectônicas ou expansão do
assoalho oceânico, que
identificou que a litosfera é
formada por grandes blocos de
rocha que comportam tanto os
continentes quanto o fundo
dos oceanos. Assim, a teoria
da deriva continental em
conjunto com a tectônica de
placas, é a mais aceita e utilizada para explicar a formação dos continentes.
 Fragmentos das Placas Tectônicas

Tectônica de Placas
Atualmente a crosta terrestre está dividida em doze placas tectônicas. Essas placas
acabaram por se “chocar” em certos pontos, fazendo alterações no relevo ao longo
de milhares de anos. Tectonismo são movimentos longos e prolongados da crosta
terrestre, em virtude dos movimentos das placas tectônicas.
As principais Placas Tectônicas são:
 Placa do Pacífico – Está localizada na maior parte do oceano Pacífico e é a
maior placa, forma uma zona de
convergência com a placa Norte-
Americana, resultando na falha
de San Andreas.

(A falha de San Andreas se

estende do norte a sul da
Califórnia ao longo de 1.300
quilômetros)

 Placa de Nazca – Placa

oceânica localizada no oceano Pacífico
a oeste da América do Sul. Forma uma
zona de convergência com a placa Sul-
Americana, responsável por terremotos
nos países localizados a oeste da
América do Sul.

 Placa Sul-Americana – Está

localizada na América do Sul. O Brasil
localiza-se no meio dessa placa. Forma
uma zona de Convergência com a placa de Nazca e uma zona de divergência
com a placa da África (os dois continentes afastam-se cerca de 3 cm por
ano).
  Placa Norte-Americana – Esse “bloco” abrange a América do Norte,
América Central e a Groelândia, além de uma parte do Oceano Atlântico e
Oceano Pacífico. Forma uma zona de convergência com a placa do Pacífico.
Além destas, destacam-se também as placas: Placa Africana; Placa Antártica;
Placa Indo-Australiana; Placa Euroasiática Ocidental; Placa Euroasiática
Oriental e Placa das Filipinas.

Os movimentos das Placas Tectônicas:

As placas tectônicas movimentam-se porque deslizam sobre o manto, isso
acontece devido o magma (material líquido no interior da terra) está em constante
aquecimento. Esse material aquecido tende a subir afastando-se da fonte de calor.
Como consequência, resfria-se e desce. Assim um movimento cíclico é gerado,
conhecido como corrente de convecção.
Limite das Placas: é a extremidade de uma placa que se encontra com a
extremidade de outra. Quando há movimento das placas, elas podem se
afastar, se aproximar uma das outras, causando fenômenos e dinâmicas na
terra. Essa zona de encontro ou afastamento das placas, se comporta de
maneira altamente instáveis, a depender do tipo e intensidade do movimento
diferentes consequências surgem na Região, como terremotos, tsunamis,
montanhas, vulcões.

Tipos de Movimentos:
São três os principais tipos de movimentos das placas tectônicas: convergente,
divergente e transformante. Eles são classificados conforme a direção do
deslocamento.
 Convergente:
No movimento
Convergente as placas
se movem uma em
direção à
outra, aproximando-
se e tendendo a se
chocarem.
Quando o movimento
convergente ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental:
A continental é mais grossa e dura, então se enruga formando dobras. Essas
dobras originam Cadeias montanhosas e Cordilheiras, como a dos Andes no
Chile que foi formada pela
convergência entre a placa Sul-
Americana e a de Nazca.
Já a oceânica retorna ao
manto porque é mais fina e mole.
Isso ocorre com ela entrando por
baixo da continental, um movimento
chamado de Subducção.
Quando ocorre um choque entre
duas placas oceânicas: A lógica é
semelhante à anterior, apenas uma
das placas afundará e será a mais
densa entre elas.
Quando o choque ocorre entre duas
placas continentais: Neste caso não
há subducção, pois a densidade é a
mesma e ambas são bem fortes e
grossas. Nesse caso, ambas se
dobram, como na formação das
montanhas do Himalaia.

(Cadeia de
Montanhas
do Himalaia)
 Movimento Divergente: É o movimente que consiste no distanciamento
entre duas placas, formando uma lacuna que é preenchida com fragmentos
de rochas oriundas do
manto em estado
líquido, formando
fendas e rachaduras
na crosta terrestre.

 Movimento transformante: No movimento transformante, as placas

deslizam umas em relação as outras, provocando rachaduras na região de
contato entre as placas.
Nesse movimento, não há
destruição nem criação de
placas, podendo, em alguns
casos, originar falhas.
Exercícios
1) Defina o conceito de Geologia.
2) De dentro para fora, cite as três camadas da Terra:
3) Diferencie o Manto Inferior do Manto Superior:
4) Explique como ocorreu a Deriva Continental:
5) Tectonismo são movimentos longos e prolongados da crosta terrestre, em
virtude dos movimentos das placas tectônicas. Aponte o que impulsiona e o
nome dos movimentos.
6) A camada mais interna do planeta Terra, formado por ferro e níquel, e é a
camada menos conhecida, pois suas características físicas impedem um
estudo mais aprofundado:
a) Crosta
b) Manto Superior
c) Manto inferior
d) Núcleo

7) Meteorologista e geofísico o alemão Alfred Lothar Wegener, foi autor da:

a) Descoberta do Núcleo Terreste
b) Teoria da Deriva Continental
c) Teoria do Big Bang
d) Descoberta do Movimento de Rotação

8) O Brasil está localizado em qual placa tectônica?

a) Placa Eurasiana
b) Placa Africana
c) Placa de Nazca
d) Placa Sul-Americana
9) Qual é o movimento das placas tectônicas que as placas se movem uma em
direção à outra, aproximando-se e tendendo a se chocarem:
a) Deslizante
b) Transformante
c) Convergente
d) Divergente

10) Qual foi o movimento de placas responsável pela Falha de San Andreas
nos Estados Unidos?
a) Movimento Transformante
b) Movimento Divergente
c) Movimento Convergente
d) Movimento de Operante
Estruturas do Relevo

A Geomorfologia
A Geomorfologia compreende uma área do conhecimento que se preocupa em
estudar as dinâmicas referentes ao extrato superficial da crosta terrestre, tanto em
suas fisionomias atuais quanto em seu processo geológico e histórico de formação
e transformação. O relevo e as águas superficiais são elementos que se integram
ao clima, vegetação e solos na organização dos sistemas ambientais físicos. Assim,

esse campo do conhecimento é visto como uma área de intersecção entre duas
diferentes ciências: a Geografia e a Geologia.
O estudo do relevo pode prevenir um determinado local de uma série de
problemas decorrentes das ações antrópicas (provocadas pelo homem). E a
Geomorfologia pode contribuir para diminuir os impactos ambientais. De acordo
com essa visão integradora, é significativa a contribuição dos estudos
geomorfológicos e sua inter-relação com outros elementos do sistema ambiental,
além de relevante às atividades humana

As Rochas e os Minerais
O estudo das rochas e minerais é de extrema importância por ser a rocha o
material de origem da maioria dos solos, e os minerais das rochas a fonte principal
dos nutrientes para as plantas. O mineral é um elemento ou composto químico, via
de regra, resultante de processos inorgânicos, de composição química, é
encontrada naturalmente na crosta terrestre. Geralmente são sólidos, somente a
água e o mercúrio que se apresentam no
estado líquido, em condições normais de
temperatura e pressão.
As rochas são divididas em três grandes
grupos: magmáticas ou ígneas,
metamórficas e sedimentares, e estão
em constante transformação, passando
de um tipo a outro, em virtude das
dinâmicas internas e externas da terra.

Rochas Magmáticas ou Ígneas

Resultam da consolidação e cristalização
do magma. O magma é uma substância
fluida, total ou parcialmente fundida,
constituída, essencialmente, por uma
fusão complexa de silicatos, silício e
elementos voláteis, tais como vapor de
água, cloretos, hidrogênio, flúor, e
outros.

Apresentando os magmas variações químicas na sua composição, quando

solidificam e cristalizam originam uma extensa variação mineralógica. Como
consequência vamos ter
diferentes tipos de rochas
magmáticas:
 Granito
 Diorito
 Diabásio
 Basalto
 Obsidiana
 Pedra Pomes
Quando o magma solidifica no interior da crosta terrestre, dá origem as chamadas
rochas magmáticas
intrusivas ou
plutônicas. No caso
de solidificar à
superfície da crosta
terrestre origina as
chamadas rochas
magmáticas
extrusivas ou
vulcânicas.

Rochas Metamórficas

São transformações que sofrem as rochas pré-

existentes (metamórficas e magmáticas),
sob a ação de novas condições, como
temperatura, pressão, presença de
agentes voláteis ou fortes atritos.

A adaptação a estas novas

condições dão origem às rochas
metamórficas. Exemplos de
rochas metamórficas são: o
mármore, o quartzo, gnaisse e
outros.
Rochas Sedimentares
(Penhascos formados por rochas sedimentares).
São formadas
através da maior
parte da superfície
da Terra e do fundo
do oceano é
formada por rochas
sedimentares, estas
são compostas pela
sedimentação de
partículas de outras
rochas existentes
ou de materiais
orgânicos. O
intemperismo
e erosão são os
principais agentes
responsáveis pela formação desse tipo de rocha:
O intemperismo físico desagrega as rochas.
O intemperismo químico transforma minerais e rochas em sólidos alterados,
soluções e precipitados.
A erosão remobiliza as partículas produzidas pelo intemperismo para outras áreas
de deposição.

Formação de Rochas Sedimentares:

 Sedimentogénese:
Meteorização (química/física)
(Intemperismo/degradação/fragmentação
das rochas e dos solos)
Erosão
Transporte
Sedimentação/deposição
Diagénese (compactação e
cimentação)
As rochas sedimentares podem ser divididas em três tipos: clásticas, orgânicas
e químicas.

 Clásticas: São aquelas formadas por detritos de outras rochas

(metamórficas ou ígneas/magmáticas), é classificada por granulometria
(tamanho do grão) como grossa (cascalho e conglomerado), média (areia e
arenito), fina (silte e siltito; lama, lamito ou folhelho; argila e argilito).

 Orgânicas: São formadas pelo acúmulo de matéria orgânica (restos de

animais e vegetais) em um determinado local, e através de grande pressão e
temperatura, dão origem a rochas e minerais como calcário, carvão mineral,
petróleo etc.
 Químicas: Formadas por íons em solução precipitados. Uma característica
dessas rochas é de serem bastante solúveis. Ex: Evaporitos (depósitos
salinos) também são rochas sedimentares químicas formadas pela
precipitação de sais quando a água dor mar evapora.
Exercícios

1) A Geomorfologia é considerada uma área de intersecção entre duas

diferentes ciências, quais são elas:
2) O que caracteriza um mineral e onde é possível encontrá-lo?
3) Descreva como se formam as rochas magmáticas, metamórficas e
sedimentares.
4) O intemperismo e a erosão são os principais agentes responsáveis pela
formação das rochas sedimentares: Justifique.
5) Cite as principais características das rochas clásticas.
6) Assinale a alternativa CORRETA que são exemplos de rochas magmáticas,
metamórficas e sedimentares, respectivamente:
a) Arenito, Xisto e Basalto
b) Obsidiana, Mármore e Petróleo
c) Gnaisse, Lama e Diorito
d) Pedra Pome, Calcário e Xisto

7) As rochas _____ são formadas por íons em solução precipitados. Uma de

suas características é serem bastante _____.
Assinale a alternativa que melhor completa as lacunas I e II
a) I - Sedimentares; II - Escorregadias.
b) I - Orgânicas; II - Grossas.
c) I - Químicas; II - Solúveis.
d) I ígneas; II Voláteis.

8) Quando o magma solidifica no interior da crosta terrestre, dá origem às

chamadas? Assinale a alternativa CORRETA.
a) Rochas Metamórficas
b) Rochas Sedimentares
c) Rochas Orgânicas
d) Rochas Plutônicas
9) Que tipo de rochas são formadas pelo acúmulo restos de animais e vegetais.
a) Metamórficas
b) Sedimentares
c) Orgânicas
d) Plutônicas

10) A maior parte da superfície da terra e do fundo do oceano é formada

por rochas:
a) Aquáticas
b) Sedimentares
c) Orgânicas
d) Arenita
Formas e Classificação do Relevo

O Relevo
Chamamos de Relevo as formas das superfícies que observamos na terra. Essas
formas são resultado de agentes internos (endógenos) e externos
(exógenos) que vão interferir e modificar o conjunto de modelagem na superfície
terrestre, a estes chamamos de relevo. Apesar de nem sempre percebermos, o
relevo está em constante transformação em função das ações dos diferentes
elementos, pois é muito dinâmico e está sempre se transformando.
Os agentes Internos são chamados de Agentes Endógenos, pois estes
agem de dentro para fora, de baixo da superfície, exemplos: terremotos,
vulcanismos e o tectonismo.

A atuação desses agentes costuma ser quase imperceptível de acompanhar, pois

ele acontece de forma mais significativa no interior da terra com a movimentação
das placas tectônicas.
 As rochas magmáticas, por
exemplos, são um exemplo de
transformação do relevo através de
um agente endógeno muito
potente: o vulcanismo. A Erupção
vulcânica é um fenômeno natural
resultante das dinâmicas do interior
da terra. Um vulcão é uma
estrutura geológica que se
desenvolve a partir de uma ruptura
na crosta terrestre que expele o
material magmático.

Agentes externos ou exógenos: São os elementos responsáveis pelo

esculpimento de formas por meio de processos como a erosão e
o intemperismo. Os principais agentes externos são a água, o vento e o
clima.
O intemperismo, também chamado de meteorização pode ser de forma física ou
química e biológica, ele atua degradando e decompondo as rochas e esculpindo
formas diferentes de relevo.
Não podemos confundir
erosão com intemperismo,
enquanto o intemperismo
é o processo de
fragmentação e desgaste
das rochas, a erosão
consiste também no
deslocamento (ou
transporte) e deposição
dos sedimentos.

 Intemperismo Físico: Temos um intemperismo físico quando há uma

desestruturação física da rocha, que resulta no aparecimento de
descontinuidades chamadas de fraturas. Os minerais que antes constituíam
uma estrutura coesa se desagregam, tornando-a mais frágil e suscetível ao
fracionamento e quebra.

 Intemperismo Químico:
Esse acontece quando o processo
de decomposição química de uma
rocha, caracterizado pela
transformação dos minerais que a
compõem em um ou mais tipos
de minerais distintos dos
originais. Esse processo de
alteração química ocorre através
da ação da água, que reage com
o oxigênio (o2) o gás carbônico (CO2) e os materiais orgânicos que podem
estar presentes nas fraturas da rocha, (causadas pelo intemperismo físico)
produzindo ácidos que levam à sua dissolução ou modificação dos minerais
nela presentes.

Você já ouviu a expressão

“água mole em pedra dura,
tanto bate até que fura”?
 A expressão acima é utilizada
cotidianamente como um
ditado popular, entretanto, há
uma explicação cientifica para
justificar a mesma.

Na geografia, podemos dizer que é

o intemperismo químico causado
através da ação insistente da água.
Acima temos o exemplo do Grand
Canyon, um corredor rochoso
esculpido pelo intemperismo e pela
erosão.

O poder de erosão do rio Colorado

O rio Colorado, pode ser considerado o grande escultor do Grand Canyon. A
grande força do seu fluxo, assim como a fusão do degelo das glaciações e a
humidade característica do território, causou erosões incontroláveis na rocha,
resultando no relevo que vemos hoje.
  Intemperismo Biológico - O intemperismo biológico diz respeito ao
processo de desagregação e/ou de decomposição da rocha que acontece em
decorrência da
atuação de micro-
organismos como
bactérias, bem
como pequenos
animais e
vegetais.

Tipos de Erosão
A erosão envolve o desgaste, o transporte e a deposição dos solos e das partículas
de rochas. Erosão é o processo de desgaste, transporte e sedimentação do solo,
dos subsolos e das rochas como efeito da ação dos agentes erosivos, tais como a
água, os ventos e os seres vivos.
 Erosão Eólica: causada pelas ações dos ventos
 Erosão pluvial: através da água da chuva
 Erosão fluvial: causada pela água dos rios.
 Erosão Marinha: causada pelo desgaste de rochas e solos litorâneos pela
água do mar
 Erosão Glacial: ocorre com o congelamento dos solos e a consequente
movimentação em blocos.
 Erosão Gravitacional: esse tipo de erosão costuma ocorrer em localidades
muito inclinadas, como em cadeias montanhosas.

Classificação do Relevo e as dinâmicas do Relevo Brasileiro.

A formação física da superfície terrestre é composta, principalmente, por
quatro tipos de relevos: planaltos, planícies, depressões e montanhas.. Este
primeiro, é uma das formas mais
presentes no território brasileiro.
 Planaltos são as superfícies mais
elevadas e relativamente planas, com
encostas íngremes e bem
delimitadas. Nesse tipo de relevo há a
predominância da erosão e sua
localização varia de 300 a 2000
metros acima do nível do mar.
Também conhecidas com altiplano ou
chapadas.

(Planalto Central – Brasil)

Os principais tipos de planaltos
são:
 Sedimentares: formados
por rochas sedimentares;
 Cristalinos: formados por
rochas metamórficas e
magmáticas originadas do
desgaste de montanhas;
 Basálticos: formados por
rochas provenientes de
erupções vulcânicas.
No Brasil os mais conhecidos são: Planalto Central, Planalto das Guianas, Planalto
Nordestino, Planalto Maranhão-Piauí, Planalto Leste-Sudeste e Planalto Meridional.
Planícies são superfícies planas de baixa altitude, formadas através da
sedimentação oriundas de sedimentos de superfícies mais altas onde a erosão
ocorre de forma mais intensa. As planícies são formas de relevos em construção,
geralmente situadas próximas as montanhas e planaltos.
(Planície Amazônica – Brasil)
Os principais tipos de planícies são:
 Costeiras: formadas por
sedimentos trazidos pelo mar;
 Fluviais: formadas por
sedimentos trazidos pelos rios;
 Lacustres: formadas pela
sedimentação de lagos.
  Depressões: Na geografia entende-se por depressão uma superfície mais
baixa em relação as
regiões ao entorno,
devido a uma
predominância de
erosão.

Mar Morto – Oriente

Médio (A maior
depressão absoluta do
Mundo)

As depressões podem ser de dois tipos:

 Depressão Absoluta: localiza-se baixo do nível do mar.
 Depressão Relativa: localiza-se acima do nível do mar.

 Montanhas: A
montanha apresenta forma
elevada, cuja altitude é
maior que as áreas que a
cercam. O ponto mais alto
de uma montanha recebe o
nome de cume. Esse tipo de
relevo é formado por
terremotos, erupções
vulcânicas ou pela ação do
vento e da água nas regiões
ao redor.
(Vista do Colorado, EUA.)

Os principais tipos de montanhas são:

 Vulcânicas: formadas a partir de erupções vulcânicas;
 Falhadas: formadas a partir de falhas geológicas;
 Dobradas: formadas a partir do movimento das placas tectônicas.
Classificações do Relevo Brasileiro
Aroldo de Azevedo - Classificou o
Brasil em planaltos e Planícies:

Uma outra classificação do relevo

brasileiro é do geógrafo Aziz Ab’Saber:

Jurandyr L. S. Ross – 1990

Exercícios

1) Explique o que são os agentes endógenos:

2) Cite exemplos de agentes externos (exógenos) responsáveis pelo formato do
relevo terrestre.
3) De que forma pode ocorrer o processo de intemperismo?
4) Qual é a diferença de Erosão para Intemperismo?
5) Qual processo geográfico está vinculado a expressão “água mole em pedra
dura, tanto bate até que fura”?
6) Qual Rio é responsável por esculpir através da erosão o relevo atual do
Grand Canyon?
a) Rio São Francisco
b) Rio Colorado
c) Rio Amazonas
d) Rio Yangtzé

7) Diz respeito ao processo de desagregação e/ou de decomposição da rocha

que acontece em decorrência da atuação de micro-organismos como
bactérias, bem como pequenos animais e vegetais:
a) Intemperismo Físico
b) Intemperismo Químico
c) Intemperismo Biológico
d) Intemperismo artificial

8) A erosão que ocorre através da água da chuva é:

a) Eólica
b) Pluvial
c) Marinha
d) Fluvial
9) Em relação ao Relevo, chamamos de _________________ quando há uma
superfície mais baixa em comparação as regiões ao entorno, devido a uma
predominância de erosão.
a) Depressão
b) Planalto
c) Planície
d) Montanhas

10) O relevo brasileiro é caracterizado por planícies e planaltos. Qual o

nome do Relevo que se destaca por estar no centro do Brasil?
a) Planície Central
b) Planalto Meridional
c) Planalto Central
d) Planície do Pantanal
Fatores de Formação do Solo

A maior parte das atividades humanas são realizadas no solo, este corresponde à
porção superficial da Terra e trata-se de uma parte integrada da paisagem,
responsável pela sustentação da vida vegetal e da manutenção dos recursos
naturais relacionados. Acima de tudo, o solo é também um importante recurso
natural. Um recurso natural é um
elemento que a natureza nos
fornece e torna-se essencial para a
manutenção dos seres vivos que
habitam a terra.
Para explicar o processo de
formação do solo, recorremos a
pedogênese, processo que ocorre
devido a ação do intemperismo,
que desgasta uma rocha original e
a transforma em sedimentos, que sofrendo mais intemperismo resulta no material
que compõe os solos.
A pedogênese (pedo: solo + gênese: origem) é o processo de origem ou
formação dos solos. Pode ser definida como um processo lento que demora
centenas ou até milhares de anos para completar-se, dependendo quase que
totalmente de múltiplos fatores.
Fatores de formação dos solos: o material de origem, o relevo, os
organismos vivos, o clima e o tempo.
 Material de origem: Diz respeito a formação rochosa que deu origem aos
solos, dando a eles suas principais atribuições e características. materiais
rochosos compostos por arenitos, por exemplo, darão origem a solos
arenosos; já material composto por granito dará origem a outros tipos de
solos.
 Relevo: Ele influência pois a forma da atuação dos agentes responsáveis
pelo intemperismo como a água e o vento depende a forma do relevo
 Organismos Vivos: Atuam de forma contínua, os solos são ricos em
organismos vivos, nessa categoria, podemos incluir desde os micro-
organismos até os seres humanos. Os micro-organismos, como as bactérias,
algas e fungos atuam através do intemperismo biológico.
  Clima: A maior parte dos agentes do intemperismo estão relacionados com
processos meteorológicos e climatológicos, a exemplo da água das chuvas,
dos ventos e da temperatura.
 Tempo (Geológico): Precisamos considerar o período do tempo, pois as
áreas formadas em diferentes épocas geológicas vão apresentar
características diferentes.

Classificação do Solo
O solo pode ser dividido em quatro tipos: arenoso, argiloso, humoso e
calcário.
O solo arenoso como o nome
sugere é aquele que tem
uma grande quantidade de
areia e é pobre em
nutrientes. É considerado um
solo de ótima infiltração, ou
seja, absorve muito a água e,
por isso, não é ideal para a
prática agrária. Esse solo não é
próprio para cultivo.

O solo argiloso, possibilita a

produção agrícola, pois ele
apresenta uma grande
quantidade de nutrientes
pois, após ser molhado, ele
absorve a água, tornando-se
mais arejado. Isso permite que
a planta absorva melhor os
nutrientes e desenvolva com
qualidade.
O solo humoso é também
conhecido como solo escuro e
é muito rico em nutrientes,
devido à grande quantidade
de matéria orgânica
(humus). Sendo assim, ele
é bastante fértil, por isso é
muito utilizado na produção
agrícola.

O solo calcário é de fácil

identificação, pois ele
contém um grande
número de fragmentos de
rocha (pedras) em sua
composição. Ele é impróprio
para cultivo, pois as pedras
não permitem que a raiz das
plantas desenvolva-se, além
de ser um solo mais seco do
que o comum.

Perfil de Solo
Como vimos o solo compreende ao processo
final de decomposição e transformação das
rochas, e a depender da sua tipologia, forma
de intemperismo e outros elementos, eles
podem ser diversificados. A estrutura de um
solo compreende várias camadas horizontais
diferentes em cor, textura, composição etc.
Cada uma dessas camadas é
um horizonte do solo e seu conjunto constitui
o que se chama de perfil do solo. A
delimitação dessas camadas é feita
visualmente no campo, pelo pedólogo, o
especialista em solos e a pedologia, ciência
que estuda exclusivamente os solos.
Nem sempre o solo mostra um perfil completo e quanto mais distante da rocha-
mãe estiver um horizonte, mais intensa ou mais antiga foi a ação da pedogênese.
A figura acima mostra um perfil de solo, com seus diferentes horizontes
descritos a seguir:

 Horizonte O – horizonte formado pela matéria orgânica em vias de

decomposição, razão de sua cor escura.
 Horizonte A – zona com mistura de matéria orgânica e substâncias
minerais, com bastante influência do clima e alta atividade biológica.
 Horizonte B – horizonte caracterizado pela cor forte e pela acumulação de
argilas procedentes dos horizontes superiores e também de óxidos e
hidróxidos de ferro e alumínio.
 Horizonte C – mistura de solo pouco denso com rocha-matriz pouco
alterada.
 Horizonte D – rocha matriz sem alteração (não representada na
figura).
Exercícios

1) Para explicar o processo de formação do solo, recorremos a pedogênese.

Explique esse conceito.
2) Cite 3 fatores de formação do solo.
3) O solo pode ser dividido em quatro tipos. Quais são eles?
4) Aponte características do solo humoso e de que forma ele pode ser
aproveitado.
5) Num perfil de Solo, em qual horizonte podemos encontrar a rocha matriz
sem alteração?
6) Qual o nome do processo que ocorre devido a ação do intemperismo,
desgastando uma rocha original e a transformando em sedimentos, que
sofrendo mais intemperismo resulta no material que compõe os solos.
a) Piogênese
b) Pedogênese
c) Erogenêse
d) Sologênese

7) É um tipo de solo que possui grande quantidade de areia e baixo índice de

nutrientes:
a) Arenoso
b) Humoso
c) Calcário
d) Argiloso

8) Por ser mais seco do que o comum, este tipo de solo é improprio para o
cultivo, pois as pedras não permitem que a raiz das plantas se estabeleçam.
a) Arenoso
b) Humoso
c) Calcário
d) Argiloso
9) É um solo escuro e muito rico em matéria orgânica, o que acaba resultando
em altos índices de nutrientes e humus.
a) Arenoso
b) Humoso
c) Calcário
d) Argiloso

10) A estrutura de um solo compreende várias camadas horizontais

diferentes em cor, textura, composição etc. Cada uma dessas camadas é
um horizonte do solo e seu conjunto constitui o que se chama
de _____________?
a) Horizontes de Solo
b) Divisão de Solos
c) Perfil de Solo
d) Separação de Solos
Tempo e Clima

Embora pareçam dizer a mesma coisa o tempo e o clima são conceitos distintos, o
tempo se refere a um estado momentâneo das condições atmosféricas, enquanto
o clima é duradouro tratando-se de uma sucessão habitual dos tempos. Quando
olhamos para o céu e questionamos “será que vai chover hoje?” estamos falando
do tempo, enquanto o clima
para ser percebido é preciso no
mínimo mais ou menos 30
anos de acompanhamento
meteorológico. Para entender
melhor, imagine que o tempo é
a sua condição de humor neste
momento, enquanto o clima é
a personalidade que você
construiu ao longo de suas
vidas.

O tempo é a condição atual da

atmosfera, que pode mudar de
um instante ao outro, podendo
estar frio, quente, nublado,
chuvoso, e de diferentes outras
formas. O que vai definir o
tempo é a temperatura, a
umidade relativa do ar, o vento,
a pluviosidade, ou seja, os
dinamismos e as condições
meteorológicas do dia, da
semana ou até mesmo do mês.
Já o clima será definido por um estudo atmosférico de acompanhamento por cerca
de 30 anos. Ele representa um padrão geral das condições meteorológicas, as
variações anuais da temperatura, da umidade, da pressão atmosférica, dos ventos,
que vão se alterar de acordo com as estações do ano. Portanto o clima é
influenciado por alguns elementos e fatores climáticos, vamos aprender sobre eles.
Fatores Climáticos
 Latitude – Está relacionada as diferenças da radiação solar sobre a terra.
Em baixas latitudes (próximas a linha do Equador) mais a temperatura tem
de aumentar. Enquanto em latitudes mais altas a temperatura tem de ser
menores.
 Altitude - Aqui diz respeito à pressão atmosférica. Em regiões mais altas a
pressão atmosférica costumam ser menor e a irradiação se mais diminuta. E
quanto maior for a altitude menor será a temperatura. Pois o Sol aquece a
Terra de baixo para cima.
 Maritimidade e continentalidade - Aqui se refere a proximidade de um
local do mar ou a sua posição em uma região mais continental. Isso interfere
diretamente sobre o clima porque o solo costuma se aquecer ou se resfriar
mais rapidamente do que a água.
 Massas de Ar - As massas
de ar são os movimentos do ar
em função das diferenças da
pressão atmosférica. Elas
interferem transferindo suas
características para o clima dos
locais por onde passam. Massas
de ar frio e úmido são
responsáveis por diminuir as
temperaturas e aumentarem a
umidade.
 Correntes Marítimas - As Correntes marítimas apresentam condições
específicas de temperatura influenciando de forma direta no clima. Por
exemplo: nas regiões onde a água do mar é mais quente a evaporação
aumenta e eleva a umidade que se dispersa para outras regiões.
Relevo: também influencia o clima quando as regiões mais altas impedem a
passagem de massas de ar, fazendo com que algumas regiões se tornem mais
secas ou até desérticas.
Vegetação: A vegetação interfere de diversas formas, principalmente a falta e a
presença abundante dela. São a contenção ou absorção dos raios solares,
minimizando os seus efeitos, e a elevação da umidade por meio da
evapotranspiração, o que ajuda a diminuir as temperaturas e elevar os índices
pluviométricos.
Atributos ou Elementos do Clima
Radiação: A radiação climática pode ser definida como todo o calor recebido pela
atmosfera, a maior parte desse calor vem do Sol, e recebe influência dos seres
vivos e os elementos naturais e artificiais que refletem o calor já existente. Essa
radiação solar pode se manifestar de diferentes tons de intensidade ao longo do
planeta contribuindo para a formação das zonas térmicas ou climáticas da Terra.
Temperatura: Na temperatura mensuramos o calor da atmosfera podendo ser
medido em graus Celsius (°C) ou em outras unidades de medida.
Pressão atmosférica: A pressão atmosférica é o peso ou a força que o ar exerce
sobre a superfície, pois ao contrário do que muitos acreditam o ar possui massa e
possui peso.
Umidade: Umidade é a quantidade de água em sua forma de gás presente na
atmosfera, podemos ter a umidade absoluta, que é a quantidade total de água na
atmosfera e a umidade relativa do ar, que é a quantidade de água na atmosfera
em relação ao total necessário para haver precipitação.

Zonas Térmicas da Terra

Zona tropical: Está localizada entre o trópico de câncer e o trópico de
capricórnio. É a região mais quente
da terra.
Zona temperada do Norte: entre o
trópico de câncer e o círculo polar
ártico. Como recebem raio do sol mais
inclinados, são menos aquecidas e
iluminadas. Nessas zonas, as estações
dos anos são bem definidas,
diferenciando-se uma das outras.
Zona temperada do Sul: Entre o
trópico de capricórnio e o círculo polar
antártico.
Zona polar do Sul: Abrange as áreas localizadas dentro do círculo polar
antártico.
Zona polar do Norte: Abrange as áreas situadas dentro do círculo polar ártico.
Exercícios

1) Diferencie tempo de clima.

2) Qual o nome da ciência no campo geográfico que se debruça em estudar o
clima?
3) O que define o tempo?
4) Em quanto tempo aproximadamente estuda-se o clima para então defini-lo a
partir de um padrão combinatório de fatores e elementos climáticos.
5) Cite 3 Fatores climáticos:
6) O que é a quantidade de água em sua forma de gás presente na atmosfera?
a) Pressão atmosférica
b) Umidade
c) Amenidade
d) Liquidez

7) A presença desse fator climático ajuda a diminuir as temperaturas e elevar

os índices pluviométricos. Marque a Alternativa correspondente.
a) Vegetação
b) Umidade
c) Relevo
d) Massa de ar

8) A maritimidade é um fator climático que esta relacionado a:

a) Profundidade dos Oceanos
b) Nível do Mar
c) Proximidade de Local do Mar
d) Fluxos de intensidade das ondas
9) E quanto maior for a ____________ menor será a temperatura, pois o Sol
aquece a Terra de baixo para cima. O fator climático que descreve a lacuna
é:
a) Latitude
b) Vegetação
c) Pressão atmosférica
d) Altitude

10) Sendo ela um elemento do clima, a radiação climática pode ser definida
como:
a) o calor que vem do centro da terra (núcleo)
b) todo o calor recebido pela atmosfera
c) o calor expelido pelos vulcões
d) o calor produzido pelo ser humano
Tipos de Climas do Mundo

Como já vimos a Terra apresenta uma leve inclinação, o que faz com que os raios
solares cheguem aqui de formas distintas a depender da localidade. Em conjunto
aos fatores e elementos climáticos os climas do planeta apresentam algumas
variações dependendo das características do lugar onde eles atuam em diferentes
tipos. Na aula
anterior vimos que é
possível distinguir
cinco grandes
zonas climáticas
na superfície
terrestre: uma
zona quente, duas
zonas temperadas
e duas zonas frias.

 Os Climas quentes: Os climas quentes geralmente estão situados entre o

Trópico de câncer e o de Capricórnio, nessa faixa terrestre a temperatura
sempre são altas, geralmente superiores a 18 °C em média, entretanto, a
distribuição de chuvas é desigual.
Equatorial: Neste clima as chuvas são abundantes e regularmente distribuídas ao
longo do ano. Podemos caracterizá-lo como um clima quente e úmido
apresentando pequenas amplitude térmica durante o ano. No clima equatorial as
temperaturas médias oscilam entre 24 °C e 27 °C.
Tropical: Aqui também temos um clima caracterizado por chuvas abundantes,
porém diferente do clima equatorial, no clima tropical as chuvas se concentram em
um período do ano. No clima tropical temos também duas estações: uma chuvosa
no verão e uma seca no inverno, apresenta médias térmicas anuais superiores a
20 °C.
Desértico: O clima desértico pode aparecer nas regiões quentes e nas regiões
temperadas. É um clima caracterizado por apresentar poucas chuvas e grandes
variações de temperatura ao longo do dia: às noites são muito frias e os dias muito
quentes.
Semiárido: No clima semiárido as chuvas são irregularmente distribuídas ao longo
do ano, fazendo com que esse clima seja quente e seco. As temperaturas
apresentam elevadas durante todo o ano com média térmica superiores a 30 °C.
 Climas Temperados: Os climas temperados estão localizados entre o
Trópico de câncer e o Círculo Polar Ártico e ainda o Trópico de Capricórnio e
o Círculo Polar Antártico. Principalmente na Europa as quatro estações do
ano são muito bem definidas, havendo variações significativas de
temperaturas e chuvas. Os principais climas temperados são:
Clima Oceânico ou Atlântico: Esse clima apresenta temperaturas suaves e
chuvas abundantes. Por estarem próximos aos oceanos as temperaturas tendem a
ser equilibradas por meio das correntes marítimas quentes, os verões e invernos
não são tão rigorosos como no continental.
Clima Continental: Esse clima é caracterizado pelos invernos longos e muito
frios, com temperatura abaixo de 0 °C os verões são curtos e de temperaturas
amenas, as chuvas concentradas no verão ultrapassam os 600 mm/ano.
Clima Mediterrâneo: Aqui os invernos são curtos e amenos e pelos verões
longos e quentes o índice de chuva é baixo se concentram na Primavera e no
outono.
Clima Subtropical: Neste clima as temperaturas são brandas e as chuvas são
abundantes no verão as estações dos anos são bem definidas com grande
amplitude térmica anual no verão as temperaturas médias variam entre em crise
graus Celsius e 20 °C e no inverno entre 0 °C e 10 °C.
 Tipos de Climas Frios: os climas frios estão concentrados nas regiões de
altas latitudes nas altas Montanhas e podem ser classificados de 2 formas:
Clima polar e o clima de alta Montanha: Nestes climas estão as mais baixas
temperaturas da Terra, as chuvas são quase inexistentes e a forma de precipitação
nas áreas de elevadas latitudes é a neve.

Distribuições Climáticas no Brasil

O Brasil é um país de extensões
territoriais, por ser um país muito grande
não apresenta as variações climáticas
iguais em todo o seu território. Os climas
no Brasil são bem diversificados e estão
classificados em relações a diversos
fatores e elementos climáticos sendo, a
vegetação o principal deles. No Brasil
estão presentes os seguintes climas: clima Equatorial na região que corresponde à
Floresta Amazônica, clima tropical na região central do país, clima semiárido no
Sertão nordestino, clima tropical de atitude e tropical Atlântico na região litorânea,
e o clima subtropical no sul do país.

Climograma
O climograma é um instrumento geográfico clássico de representação do clima. Ele
nos permite uma compreensão mais fácil do perfil climático de uma determinada
região. É por meio do climograma que se pode representar graficamente as
variações de temperatura e chuvas durante um determinado período
(geralmente 1 ano).
 Temperatura: geralmente a temperatura é representada por um gráfico
linear.
 Índice de chuvas (precipitações): representado por um gráfico de
Barras.

Exemplos:

Climograma do Rio de
Janeiro – Br.

Informações de
Análise:
45 mm é a
precipitação do mês
Agosto, que é o mês
mais seco.
Em Janeiro cai a
maioria da precipitação, com uma média de 172 mm.
Com a análise dos dados de um climograma, podemos obter outras informações
sobre as temperaturas e as chuvas, como a amplitude térmica, a média anual de
temperatura, a
média anual de
chuvas etc. Em
alguns casos, é
possível até
identificar o tipo
climático de uma
região, haja vista
que cada um
desses tipos
possui os seus
climograma
correspondentes.

(Exemplo de climograma de uma área hipotética)

Exercícios

1) Cite ao menos 3 climas de característica quente.

2) Quais as diferenças do Clima Tropical para o clima Equatorial?
3) Aponte característica do clima desértico.
4) Em quais locais do mundo possui incidência do clima temperado.
5) Onde estão concentrados os tipos de clima frios, e quais são eles?
6) Qual é o clima predominante na Região Norte do Brasil?
a) Clima Equatorial
b) Tropical
c) Semiárido
d) Subtropical

7) A Região Sul apresenta um clima diferenciado de outras regiões do Brasil,

aponte a alternativa correta.
a) Clima Equatorial
b) Tropical
c) Semiárido
d) Subtropical

8) É um instrumento geográfico clássico de representação do clima:

a) Fluxograma
b) Diagrama
c) Climograma
d) Criptograma
9) Qual é o clima correspondente ao sertão nordestino do Brasil?
a) Clima Equatorial
b) Tropical
c) Semiárido
d) Subtropical

10) No fluxograma geralmente temos a ___________ representada por um

gráfico linear. Marque a alternativa que melhor corresponde a lacuna.
a) Vegetação
b) Temperatura
c) Índice de Chuva
d) Altitude
Hidrografia

A hidrografia é um campo da geografia física que se debruça nos estudos sobre as

águas do planeta terra. Neste campo, estuda-se os rios, mares, oceanos, lagos,
geleiras, águas subterrâneas e águas da atmosfera. Aos estudiosos da hidrografia
da terra chamamos de
hidrógrafos, e eles analisam e
catalogam as águas do mundo, tal
como os detalhes de formação de
canais, profundidade das águas,
correntes marítimas etc.
A água do mundo pode acabar? O
ciclo da água.
Você já se perguntou se a água do
mundo pode acabar? Se sim, essa
é uma questão que passa pela cabeça de quase todo mundo pelo menos uma vez
na vida. A água é um recurso natural encontrado em grande quantidade no
planeta terra. Além de ser um recurso muito importante para a manutenção dos
seres vivos na terra, ela é responsável pela
qualidade de vida do corpo humano, visto que
ela compõe 60-70% do nosso peso corporal.
A água esta presente na terra de diversas
formas, geralmente a encontramos em estado
líquido, nos mares, nos rios, na chuva... essa
é a hidrosfera, a camada líquida da terra
formada por mais de 97% de água
abrangendo um volume de aproximadamente
1.400.000.000 km³. Essa quantidade quase não se altera de forma drástica, pois,
a água está em eterno processo de
reciclagem natural: evapora, desaba
como chuva, escorre para o fundo da
terra e retorna para a superfície, de
onde volta a evaporar, no chamado
ciclo da água. Por isso, a água é um
recurso renovável.
O ciclo da água pode ser compreendido em etapas, começando por:
 Evaporação: Aquecida por aquecimento solar, a água em estado líquido
passa para a atmosfera em forma de vapor, em um processo chamado
de evapotranspiração. ´Nesta primeira etapa a água que antes era líquida
passa para o estado gasoso, indo da superfície da terra em direção a
atmosfera.
 Condensação: A água em estado gasoso esfria vai se acumulando e
condensando forma de
gotículas que irão formar as
nuvens ou nevoeiros. Esse
processo é a transformação
do estado gasoso da água
para o estado líquido
novamente. As nuvens na
atmosfera são, na verdade,
gotículas de água líquida
suspensas no ar.
 Precipitação: Com
acúmulo de água na
atmosfera, ocorre a
precipitação onde
as gotículas suspensas no ar
se tornam pesadas e caem
no solo na forma de chuva.
O ciclo da água é um fenômeno que acontece naturalmente, de caráter
biogeoquímico, e pode ser chamado também de ciclo hidrológico/hídrico. Apesar
da água ser naturalmente produzida e renovável, se os seres humanos não
utilizarem de forma consciente, os estudos sobre o sistema hídrico mundial são
unânimes em indicar que, se a média de consumo global não diminuir no curto
prazo, teremos problemas de escassez.

Quem gasta mais água potável do mundo?

Segundo a Organização das Nações Unidas
para a Agricultura e Alimentação (FAO), a
atividade que mais consome água é
a agropecuária. Sozinho, esse setor é
responsável por 70% da água utilizada pelo ser
humano, seguido pela indústria, com 22%, e,
por último, o uso doméstico, com 8%.
Bacias Hidrográficas
As bacias hidrográficas são uma
parte do relevo que é abastecida por
um rio principal, afluentes e
subafluentes. Os subafluentes são
pequenos rios que desaguam em
rios intermediários (afluentes) e
sucessivamente desaguam no
rio principal.
Na bacia hidrográfica geralmente o
Rio principal é o maior Rio que existe nessa porção do relevo e é ele que nomeia a
bacia hidrográfica. Para diferenciar uma bacia hidrográfica de outras usamos as
partes mais altas do relevo que
chamamos de divisores de água, nessas
áreas as águas são separadas a ponto de
identificarmos duas ou mais bacias
distintas.

Elementos de uma bacia hidrográfica

Rio principal: é o Rio de maior volume
localizado na região, esse Rio dá o nome é bacia sendo ele o mais importante,
geralmente é o Rio mais utilizado para transporte, agricultura ou geração de
energia. também chamamos de leito principal.
Afluentes: O afluente é um
Rio intermediário que
alimenta o Rio principal. As
grandes bacias hidrográficas
possuem vários afluentes
tanto para o lado esquerdo
quanto do lado direito do rio
principal.
Subafluente: Geralmente
são rios de pequena vazão
que desaguam no afluente
do rio principal da bacia.
Apesar de pequenos, esses rios são importantes, pois alimentam todo o sistema e
em muitas vezes eles são a nascente da bacia.
Divisor de água: O divisor de água é a área onde se delimita nas bacias
hidrográficas. Ele está localizado na área mais alta do relevo e separa as águas
escoando-as para um lado e para o outro.
Várzea: Em épocas de cheia
a água dos rios transbordam
para as margens baixas que
as acompanham. Chamamos
de Várzea área que suporta
as águas que transbordam
dos rios.
Foz: Local em que o rio
deságua em outra área com
água, podendo ser outro rio,
lago, lagoa ou mar.

(Cataratas do Iguaçu – Foz do Iguaçu – PR)

Bacias Hidrográficas do Brasil

O Brasil é um país que possui grande
extensão territorial e concentra a maior
quantidade de Água Doce disponível no
mundo aproximadamente 12% da Água
doce do planeta estão em territórios
brasileiros, sendo a maior parte
concentrada na Região Norte.
Apesar do Brasil possuir um dos maiores aquíferos do mundo em algumas partes
do país, sofremos com a falta d’água. Esta problemática brasileira não está
associada com a falta do recurso e
sim com a má distribuição e
manuseio do mesmo.
No Brasil o uso mais comum da água
está ligado à irrigação da agricultura
principalmente no agronegócio. Esta
atividade consome a maior
quantidade de água no território
brasileiro pois sambo também o
maior país com área plantada no
mundo tendo agricultura como a
principal atividade econômica.

Devido a essa grande quantidade à

disposição dos brasileiros, temos várias
bacias hidrográficas em nosso território,
a maior dela localizada na Região Norte.
Algumas alimentam outros países da
América do Sul, enquanto outras são
genuinamente brasileiras, localizadas
apenas em nosso território. Vejamos as
bacias brasileiras:

Bacia do Rio Amazonas: Essa

bacia é a maior do mundo, cobre
quase 45% do território
brasileiro. Além do Brasil a
Bacia do Rio Amazonas
abrange o território de:
Suriname, Guiana Francesa,
Guiana, Venezuela, Bolívia,
Colômbia, Peru e Equador.
Está distribuída em sete
estados brasileiros: o Acre,
Amazonas, Rondônia,
Roraima, Amapá, Pará e
Mato Grosso. Como sabemos o
nome da bacia é o mesmo nome do
maior rio presente nela o Rio
Amazonas, o maior Rio do
mundo tanto em extensão
territorial quanto em volume.
Esse rio possui enorme potencial
para a geração de energia e
abastecimento para o Brasil e do
mundo.

(Bacia do Rio Amazonas)

Bacia do Tocantins-Araguaia: Esta bacia é genuinamente Brasileira, possui o

Rio Araguaia como principal afluente e o Rio Tocantins como Rio principal, e por
isso possui esse nome, banha 9% do território brasileiro. Essa bacia escoa do
Planalto central em direção ao norte do país passando pelo Estado de Goiás,
Distrito Federal, Maranhão, Pará, Mato
Grosso e Tocantins.
Bacia do Rio São Francisco: O Rio São Francisco percorre aproximadamente
8% do país, percorre uma distância de 2700 km nascendo em Minas Gerais e indo
em direção ao Nordeste nos Estados da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco
banhando também Goiás
e o Distrito Federal. Mm
fator curioso da bacia do
Rio São Francisco é a
presença de 3 tipos de
vegetação: Mata
Atlântica Caatinga e
Cerrado.

Popularmente conhecido por Velho

Chico, é um dos mais importantes
cursos de água do Brasil e da América
do Sul.

Bacia Platina: É a segunda maior bacia em extensão e é composta pelo Rio

Paraná, Paraguai e Uruguai. Essa bacia tem
como Foz o Rio da Prata no Uruguai
desaguando no Oceano Atlântico.

Bacia do Uruguai: O Rio principal é o

Uruguai e nasce dos rios Canoas e Pelotas,

serve como divisor de Estado entre Santa Catarina e

Rio Grande do Sul e é parte da Fronteira entre
Argentina e Brasil.
Além dessas o Brasil possui ao todo doze regiões hidrográficas:
Exercícios

1) Defina o que é hidrografia e para o que ela serve.

2) Quais são os estados da água que podemos encontrar na atmosfera?
3) De que forma ocorro o ciclo natural hidrológico?
4) Explique o fenômeno de condensação que ocorre no ciclo hidrológico
5) Defina o que são as bacias hidrográficas.
6) Como se chama a camada líquida do planeta Terra?
a) Litosfera
b) Atmosfera
c) Hidrosfera
d) Mesosfera

7) Podemos afirmar que na geografia a precipitação é sinônimo de?

a) Rios
b) Chuvas
c) Mares
d) Lagos

8) O Brasil é o maior país com recurso hidrográfico do mundo, qual é a maior

bacia hidrográfica do Brasil?
a) Bacia do Tocantins
b) Bacia da Prata
c) Bacia do Amazonas
d) Bacia do São Francisco
9) Em épocas de cheia a água dos rios transbordam para as margens baixas
que as acompanham, a essa parte de uma bacia hidrográfica, chamamos
de________?
a) Divisor de água
b) Várzea
c) Foz
d) Rio principal

10) É o Local em que o rio deságua em outra área com água, podendo ser
outro rio, lago, lagoa ou mar.
a) Divisor de água
b) Várzea
c) Foz
d) Rio principal
Biomas e Formações Vegetais: Classificações e
Situação Atual.

Biomas e Vegetações
Afinal, o que é um bioma?
“Podemos definir um Bioma como um conjunto de vida, vegetal e animal,
especificado pelo agrupamento de tipos de vegetação e identificável em escala
regional, com condições geográficas e de clima similares e uma história
compartilhada de mudanças cujo resultado é uma diversidade biológica própria. A
localização geográfica de cada bioma é condicionada predominantemente pelos
seguintes fatores: clima, temperatura, precipitação de chuvas e pela umidade
relativa, e em menor escala pelo tipo de componentes do solo.”

Em outras palavras um bioma é um conjunto de ecossistemas (vegetal e animal)

com uma diversidade biogeográfica própria, que se desenvolve a partir da
combinação de fatores climáticos, temperatura, relevo e outros. Um bioma é
definido por um tipo principal de vegetação (embora num mesmo bioma possam
existir diversos tipos de vegetação) e também de animais típicos, embora estes
não influam tanto na definição.
Biomas e Formações Vegetais do Brasil
O Brasil é um país caracterizado por possuir uma enorme extensão territorial, essa
dimensão espacial faz com que exista biomas tão diferentes entre si distribuídos ao
longo do país. Segundo o
IBGE, no Brasil há seis tipos
de biomas continentais e
um bioma marinho ou
aquático.

Bioma Amazonia: É
considerado o maior bioma
brasileiro e a maior reserva
de diversidade biológica do
mundo, este bioma
corresponde a quase
metade do território
brasileiro abrangendo os
Estados do Acre, Amapá,
Amazonas, Pará,
Roraima, parte de
Rondônia, Mato Grosso,
Maranhão e Tocantins. Neste bioma o clima é quente e úmido e sua densa
vegetação é caracterizada pela
Floresta amazônica com árvores
de grande porte.

O Bioma do Cerrado: O cerrado é o

segundo maior bioma do Brasil em
extensão, ele abrange os seguintes
Estados: Maranhão, Distrito
Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul,
Tocantins e Minas Gerais. Além deste o cerrado também ocupa uma pequena
área de outros seis Estados. No cerrado o clima predominante é Tropical Sazonal
com períodos de chuvas e de
secas, a vegetação é
caracterizada por árvores de
troncos retorcidos, gramíneas e
arbustos, árvores de pequeno
porte e esparsas.

Bioma Caatinga: A Caatinga está localizada em grande parte da região

Nordeste. Abrange os Estados de Ceará, Bahia, Paraíba, Pernambuco,
Piauí, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe. Há também a presença desse
tipo de bioma em pequenas partes dos estados de Maranhão e de Minas
Gerais. Na Caatinga o clima é
semiárido localizado no Sertão
nordestino a vegetação é arbustiva
de médio porte com galhos
retorcidos e folhas adaptadas para
o período de seca, os cactos são
característicos da caatinga.
Bioma de Mata Atlântica: A Mata Atlântica ocupa a faixa litorânea de norte
à sul do país. Assim, ela engloba a totalidade de três estados brasileiros:
Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina; grande parte do Paraná e
pequenas porções de onze
Estados. O clima predominante é
tropical-úmido com altas
temperaturas e índice
pluviométrico. A vegetação nesse
bioma é marcada pela presença
de árvores de grande e médio-
porte formando uma floresta
densa e fechada.

Bioma Pantanal: O Bioma Pantanal, considerado o de menor extensão

territorial do país, abrange dois Estados brasileiros: Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul. O clima predominante é tropical continental com altas
temperaturas e chuvas, verão chuvoso
e inverno seco. A vegetação do pantanal
é marcada pelas gramíneas, árvores
de médio porte, plantas rasteiras e
arbustos. O nome desse bioma remete às
regiões alagadiças presentes, ou seja, os
pântanos.

Bioma do Pampa: O Pampa é o único bioma brasileiro presente somente

numa unidade federativa. Ele ocupa mais da metade do território do Rio
Grande do Sul. O clima é
subtropical com as quatro
estações do ano bem definidas e
sua vegetação é marcada pela
presença de gramíneas, arbustos e
árvores de pequeno porte. Além
disso, esse bioma é constituído de
amplas áreas de pastagens, onde
se desenvolvem grandes rebanhos.
Distribuições dos Biomas no Mundo.
Além dos Biomas brasileiros, existem outros biomas distribuídos por extensões no
planeta terra: Tundra, Polar, Taiga, Vegetação de Altitude, Savana,
Deserto, Vegetação Mediterrânea, Estepe e Floresta temperada.

A Mata Atlântica e o Impacto do Desmatamento:

A Mata Atlântica ocupa um papel importante na manutenção dos recursos hídricos
disponíveis dos principais estados brasileiros, como vimos na aula de bacias
hidrográficas, a mata atlântica comporta sete das principais. No ponto de vista
econômico também possui significativas contribuições, visto que 110 milhões de
pessoas, ou 62% da população brasileira, vivem nessa região. O que, infelizmente,
contribui, também, para que este fosse o conjunto de ecossistemas mais
devastado:
cerca de
93% da
Mata
Atlântica
original não
existe mais.
  Evolução do desmatamento da Mata Atlântica:

Na tentativa de preservar o que restou desse bioma, foram criadas

diversas Unidades de Conservação (áreas de preservação previstas em Lei),
totalizando 860 unidades. A maior delas com 315 mil hectares é o Parque Estadual
da Serra do Mar. Com o mesmo intuito, foi aprovada a Lei da Mata Atlântica (Lei
Nº285/99) em 2006, que acaba com as controvérsias acerca de sua extensão e
características principais, além de definir medidas de preservação. Entretanto, a
fiscalização ainda é pouco exercida, e o bioma tem sido devastado cada dia mais.

(Parque Estadual da Serra do

Mar/São Paulo)

(Parque Estadual da Serra do

Mar/Rio de Janeiro)
Você sabia que também temos parque natural remanescente da Mata
Atlântica na Baixada Fluminense?
A Baixada Fluminense, encontra-se totalmente inserida no bioma Mata Atlântica,
apresentando um total de 30,6% (PROBIO, 2006) da cobertura vegetal nativa, em
diferentes estágios sucessionais, dos quais quase 27% são florestas.
A Rebio (Reserva
Biológica) Tinguá
conserva em seu
território trechos
importantes de
biodiversidade do estado
do Rio de Janeiro. É
também a maior reserva
biológica de Mata
Atlântica, e corresponde
a 8% das florestas
protegidas, razão pela
qual se encontra inserida
na Reserva da Biosfera
da Mata Atlântica.

Além deste a Baixada Fluminense possui um significativo número de

Unidades de Conservação na categoria Parque Natural Municipal, vamos
conhecer alguns deles?

 Parque Natural Municipal Jardim Jurema - SJM

Localizado em São João de Meriti, o parque Natural Municipal Jardim Jurema
possui uma unidade de conservação na categoria de Parque. Foi instituído pelo
Decreto nº 4220/2004, de 16/11/2010 com o objetivo de preservar e conservar o
ecossistema existente. O bioma
declarado é de Mata Atlântica. Ele
tem uma área de
aproximadamente 15 hectares. O
Parque é aberto a visitações, no
entanto, até 2014 o Parque foi
pouco visitado devido a pouca
divulgação da existência dele.
  Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu
O Parque Municipal de Nova Iguaçu, é um parque localizado na borda norte do
Maciço Mendanha, no estado do Rio de Janeiro. Faz parte da área de proteção
natural do Gericinó-Mendanha e foi criado em 1998. Conhecido como Parque do
Vulcão ou Serra do Vulcão e tem funcionado como uma unidade de conservação
bastante ativa na Baixada Fluminense. O parque contém trilhas e cachoeiras
abertas a comunidade. Em Nova Iguaçu, somente em 2022, já foram plantadas
mais de 60 mil mudas, sendo 50
mil destas no Maciço Gericinó
Mendanha.

 Parque Natural Municipal da Taquara – Duque de Caxias, RJ.

Criado em 1992, o Parque da Taquara é uma área de Mata Atlântica preservada.
Há cachoeiras, lagos, córregos e trilhas para caminhadas ecológicas. Localizado no
sopé da Serra dos Órgãos, entre a Área de Proteção Ambiental Petrópolis e a
Reserva do Tinguá, se estende
por 20,8 hectares. Protegido
pela Guarda Florestal, abriga o
mico-leão dourado, avistado
no local por especialistas
desde 2006, anos após ser
declarado extinto na região. O
parque leva o nome da antiga
fazenda que havia por ali e
recebe até quatro mil pessoas
por mês, principalmente no
verão.
Exercícios
1) Explique o que é um Bioma:
2) Cite 3 diferentes tipos de Biomas no Brasil.
3) Cite 3 biomas totalmente diferente dos que existem no Brasil
4) Elabore uma reflexão sobre o desmatamento da Mata Atlântica observando
os gráficos da aula
5) Cite uma unidade de conservação da Baixada Fluminense e Aponte
característica dela.
6) É considerado o maior bioma brasileiro e a maior reserva de diversidade
biológica do mundo, este bioma corresponde a quase metade do território
brasileiro:
a) Cerrado
b) Bioma Amazônico
c) Mata Atlântica
d) Pampa

7) É o segundo maior bioma do Brasil em extensão, ele abrange os seguintes

Estados: Maranhão, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins e
Minas Gerais.
a) Cerrado
b) Bioma Amazônico
c) Mata Atlântica
d) Caatinga

8) O clima é semiárido, e localizado no Sertão nordestino a vegetação é

arbustiva de médio porte com galhos retorcidos e folhas adaptadas para o
período de seca, os cactos são característicos desse bioma, qual é ele?
a) Cerrado
b) Bioma Amazônico
c) Mata Atlântica
d) Caatinga
9) As unidades de Conservação remanescente da Mata Atlântica servem para
preservar o que ainda resta desse bioma brasileiro. O Parque Natural
Municipal Jardim Jurema; Parque Natural Municipal de Nova Iguaçu; Parque
Natural Municipal da Taquara; Rebio Tinguá estão localizados em qual região
do Estado do Rio de Janeiro?
a) Baixada Fluminense
b) Zona Sul
c) Zona Norte
d) Zona Oeste

10) Alguns biomas são muito parecidos com outros, se distinguindo apenas
em alguns detalhes. A savana por exemplo, é um bioma predominante no
Continente Africano, e possui características muito próximas de qual Bioma
brasileiro?
a) Pampa
b) Bioma Amazônico
c) Mata Atlântica
d) Cerrado