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Anos se passaram desde a vitória de Lílian e Elian.

A Canção Perdida se tornou um hino


universal, entoado em todas as festividades e celebrações. A Harpa das Estrelas, sob a
guarda conjunta de Lílian e Elian, permaneceu uma poderosa fonte de paz e harmonia. Mas
rumores começaram a surgir de uma nova ameaça: um desequilíbrio no Fluxo Melódico, a
energia cósmica que sustentava toda a música no universo.

Sinais de Desarmonia:

Os primeiros sinais foram sutis, quase imperceptíveis. Instrumentos afinadíssimos


desafinavam de repente no meio de uma apresentação, melodias alegres se transformavam
em composições melancólicas e dissonantes, e os pássaros, conhecidos por seus cantos
doces, emitiam sons cacofônicos. Lílian e Elian, guardiões atentos do Fluxo Melódico,
perceberam a gravidade da situação.

A Profecia da Melodia Perdida:

Mergulhando em antigos pergaminhos escondidos na biblioteca do Vale da Harmonia, Lílian


descobriu uma profecia oculta na Canção Perdida. A profecia falava de um Guardião do
Fluxo, um músico escolhido que viajaria através do próprio Fluxo Melódico para restaurar o
equilíbrio e enfrentar a entidade maligna conhecida como Dissonância.

A Escolha e a Despedida:

Um peso imenso se abateu sobre os ombros de Lílian. A jornada pelo Fluxo Melódico seria
traiçoeira e incerta. Mas a paixão pela música e o dever de proteger o mundo a
impulsionaram a se apresentar como Guardiã do Fluxo. A despedida de Elian foi agridoce.
Ele prometeu continuar tocando a Canção Perdida para manter a paz no mundo enquanto
Lílian se aventurava no desconhecido. Seus olhos, embora cheios de preocupação,
brilhavam com admiração e coragem.

A Viagem pelo Fluxo Melódico:

Tocando a Harpa das Estrelas, Lílian se lançou no Fluxo Melódico, um rio de energia
musical que serpenteava por todo o cosmos. Era uma experiência sensorial avassaladora.
Campos de sinfonias celestiais banhavam-na em ondas de êxtase, enquanto florestas de
acordes vibrantes a envolviam em melodias complexas. Mas também havia desertos de
silêncio ensurdecedor e tempestades de ruído caótico, que testavam sua resistência e
determinação.

Encontrando Aliados e Enfrentando Perigos:

Durante sua jornada, Lílian encontrou criaturas fascinantes nascidas do Fluxo Melódico. Os
Melodionas, seres alados que cantavam melodias curativas, a acolheram com gentileza,
compartilhando conhecimentos sobre o Fluxo e oferecendo refúgio em momentos de
descanso. Por outro lado, os Erráticos, criaturas instáveis compostas de sons dissonantes,
a atacavam com rajadas de ruído, atraídos pela energia pura da Harpa das Estrelas. Lílian
aprendeu a se defender, usando sua música como um escudo y uma espada, repelindo os
ataques e acalmando a raiva dos Erráticos.
O Templo da Dissonância:

Finalmente, seguindo as correntes do Fluxo Melódico, Lílian chegou ao Templo da


Dissonância, uma estrutura sinistra construída de notas dissonantes e ruídos estridentes. A
atmosfera ao redor era opressora, a própria música distorcida e cacofônica. Lá, no centro
do templo, aguardava a Dissonância, uma entidade sem forma composta de pura cacofonia.

A Batalha Musical:

A batalha final foi uma disputa de sons, uma luta entre a harmonia e a dissonância. Lílian,
com a Harpa das Estrelas, tocou melodias que representavam paz, amor e união. A
Dissonância respondeu com dissonâncias horríveis que tentavam corromper a alma de
Lílian, inundando o templo com ruídos ensurdecedores. A luta se intensificou, o Fluxo
Melódico ao redor do Templo tremeu, ameaçando se fragmentar.

A Cura e o Retorno à Harmonia:

Em um momento crucial, Lílian lembrou-se de Elian e a Canção Perdida. Ela a tocou com
toda a força de seu coração, a melodia se espalhando pelo Templo e penetrando a essência
da Dissonância. A Canção Perdida, cheia de amor e esperança, purificou a entidade. A
Dissonância não era maligna por natureza, mas estava ferida e perdida, presa em um ciclo
de dissonância que a atormentava. A música A música de Lílian curou a ferida da
Dissonância, envolvendo-a em um manto de luz e harmonia. A entidade, pela primeira vez
em séculos, sentiu paz. O Templo da Dissonância tremeu uma última vez antes de se
desintegrar, substituído por um santuário radiante pulsando com melodias celestiais. A
Dissonância, agora uma entidade de pura energia musical, se fundiu com o Fluxo Melódico,
restaurando o equilíbrio.

Lílian, exausta mas triunfante, flutuou pelo Fluxo Melódico revitalizado. A harmonia cantava
em seus ouvidos, o Fluxo Melódico inteiro celebrando seu feito. As Melodionas a cercaram,
entoando canções de gratidão e oferecendo-lhe um portal de retorno ao seu mundo.

Ao atravessar o portal, Lílian se viu de volta no Vale da Harmonia. Elian correu ao seu
encontro, a alegria e o alívio inundando seus olhos. O mundo inteiro parecia mais vibrante,
a música fluindo livremente mais uma vez.

A notícia da restauração do Fluxo Melódico se espalhou rapidamente. Lílian e Elian


tornaram-se lendas. Eles continuaram tocando a Canção Perdida, mas agora com um
significado ainda mais profundo. A música não era apenas um símbolo de paz, mas também
um lembrete do delicado equilíbrio do Fluxo Melódico e a importância de proteger a
harmonia do universo.

Anos se passaram e Lílian sentiu um novo chamado. A Dissonância, restaurada, a contatou


através do Fluxo Melódico. Uma nova ameaça surgiu: uma entidade do Silêncio, o oposto
da Dissonância, tentava consumir o Fluxo Melódico, mergulhando o universo em um vazio
sem som.
Lílian olhou para Elian, um sorriso confiante em seu rosto. Juntos, mais experientes e
preparados, eles se prepararam para uma nova aventura. A jornada pelo Fluxo Melódico os
aguardava, e a música, mais uma vez, seria a chave para salvar o universo.

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