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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA POLITÉCNICA

ALICE BLAZQUEZ BARBERIO


GIOVANNA ANDOLFATO QUEIROZ CORTEZ
HELOÍSA RECHETELO
JOÃO MÁRCIO WOZNIACK

SUBSTITUIÇÃO DO TRABALHO HUMANO NAS INDÚSTRIAS PELA


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

CURITIBA
2021
ALICE BLAZQUEZ BARBERIO
GIOVANNA ANDOLFATO QUEIROZ CORTEZ
HELOÍSA RECHETELO
JOÃO MÁRCIO WOZNIACK

SUBSTITUIÇÃO DO TRABALHO HUMANO NAS INDÚSTRIAS PELA


INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL.

Trabalho de Conclusão da Disciplina


Leitura e Escrita Acadêmica da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná, como
requisito parcial para aprovação.

Professora-tutora (nome e sobrenome):


Regiane Aparecida Atisano Serkunhuk

CURITIBA
2021
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1 INTRODUÇÃO

O mundo atual gira basicamente em torno da tecnologia; é praticamente


impossível nomear algo que não contenha qualquer tipo de avanço tecnológico em
sua criação. Um desses avanços é a Inteligência Artificial. A IA permite programar os
robôs industriais por meio de um conjunto de tecnologias a fim de auxiliar o ser
humano nas indústrias.
Apesar de muito estudada nos dias atuais, seu uso ainda gera dúvida ao
trabalhador: será que o trabalho humano não será mais necessário e se tornará
substituível? É preciso analisar as importantes transformações que a Inteligência
Artificial proporciona para o contexto atual e relacioná-la com a indústria, com o intuito
de deixar claro se ela irá ou não substituir o trabalho humano.
Dessa forma, abordar sobre a IA no contexto industrial faz com que possamos
avaliar os benefícios e entraves principalmente direcionados ao trabalhador, para que
possam ocorrer ajustes que permitam a IA facilitar seu trabalho e não o prejudique.

2 DESENVOLVIMENTO

A inteligência artificial teve seu início por volta da década de 50, quando Alan
Turing desenvolveu um artigo sobre “Maquinário de computação e inteligência”,
segundo o qual “o computador passará no teste se um interrogador humano, depois
de propor algumas perguntas por escrito, não conseguir descobrir se as respostas
escritas vêm de uma pessoa ou não” (GOMES, 2010, p. 3-4). Nos anos seguintes,
houve diversos esforços para debater o tema, no entanto sem muitos progressos de
fato na área. Foi a partir da década de 80 que começaram a surgir aplicações
significativas e que persistem até os dias de hoje. Gomes (2010) afirma que a IA é
uma esfera muito ampla, que tem por objetivo fazer com que os computadores
pensem e ajam de forma inteligente. Desta forma, a IA se aperfeiçoou ao longo dos
anos em diversas áreas, mas tratando em especial da indústria, esta propiciou
diversas melhorias principalmente em relação à segurança dos funcionários, como
elucidado por Veiga e Pires (2018, p.5),

Esta substituição, nas tarefas extenuantes, permitirá a proteção da saúde dos


trabalhadores, reduzindo a ausência por doença ou reforma antecipada, assim como a
diminuição de acidentes de trabalho.
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(GIOVANNA CORTEZ)

Atualmente, diversas pessoas ligadas a área da tecnologia buscam a evolução


e o aperfeiçoamento por meio da Inteligência Artificial (IA), como por exemplo, as
empresas Apple e Amazon que utilizam essa inovação para a ferramenta de
assistente de voz Siri e Alexa, respectivamente. Segundo Angeli et. al (2019), a IA age
cada vez com mais efetividade, fornecendo sempre novas soluções e incentivando as
empresas a elevarem a qualidade de seus produtos e reduzirem seus gastos.
Seguindo esse caminho, é fato que em um futuro próximo, a maioria das atividades
realizadas atualmente por seres humanos será executada por máquinas capazes de
agir e pensar igual ao homem. No início, o objetivo da Inteligência Artificial era dito
apenas como uma forma de reproduzir a capacidade humana de pensar, porém com
a evolução nas pesquisas, a ideia se transformou em fazer com que a máquina tenha
a capacidade de sentir, ter criatividade e ter autoaperfeiçoamento. (JOÃO MÁRCIO
WOZNIACK)

A fim de conectar a indústria e a IA, é feito um retrospecto para a história da


Revolução Industrial, que se inicia na Inglaterra no século XVIII no setor têxtil e foi
grande percursora do capitalismo. Ela ocorreu por excesso de mão-de-obra: estava
acontecendo um grande crescimento populacional juntamente com o êxodo rural.
Essa mão-de-obra, por outro lado, era disponível e barata, o que provocou a burguesia
a explorá-la e assim expandir seus negócios (para acumular capital). Isto, junto com
o avanço científico, deu início à industrialização mundial (CAVALCANTE; SILVA,
2011). A Primeira Revolução Industrial potencializou a mecanização da produção com
as máquinas à vapor, maiores aliadas do momento. Já a segunda fase, agora nos
Estados Unidos, meados do século XIX, instaurou o uso da eletricidade, que, junto
com o aço barato e ferrovias, estabeleceu a fabricação em massa como modelo de
produção (SANTOS; SANTOS; SILVA JUNIOR, 2019). Porém, foi na Terceira
Revolução Industrial que se iniciou um avanço significativo para a era digital; é nela
que a automação eletrônica se concretiza e caracteriza a fase como a era da
tecnologia de informação. Santos, Santos e Silva Junior (2019) exemplificam essa era
com o desenvolvimento do primeiro sistema de controle lógico programável (PCL),
onde, por meio da Inteligência Artificial, passou a ser possível monitorar processos
fabris via eletrônica e assim, a IA mudou totalmente a forma de se administrar uma
indústria. (ALICE BLAZQUEZ BARBERIO)
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As aplicações da Inteligência Artificial, atualmente, são muitas e nos mais


diversos setores. Ela se tornou presente na indústria após terceira fase da Revolução
Industrial, porém obteve seu auge nos séculos XX e XXI, onde é possível observar
semelhanças com a revolução tecnológica (VEIGA; PIRES, 2018). Com a IA é
possível redefinir diversos modelos de serviços uma vez que ela age de maneira
parecida com humano, porém sem os seus obstáculos. Um homem trabalhando em
uma indústria é muito menos produtivo que uma máquina por fatores como
necessidades básicas, distrações ou alimentação (SILVA; MAIRINK, 2019).
Entretanto, essa nova maneira de aproveitar a tecnologia sugere questões, sendo a
principal: os trabalhadores serão substituídos realmente? (TODOS)

Ainda no período das Revoluções Industriais, havia a preocupação com o


desenvolvimento acelerado das indústrias, por não conseguirem aguentar uma
demanda maior de produtos, gerar um lucro benéfico. Por conta do avanço da IA, foi
possível notar um certo interesse em aplicá-la nas indústrias, trazendo maior
lucratividade pela sua ótima eficiência e produtividade em alta demanda, além de que
uma máquina pode assumir diversas funções de maneira mais segura, aumentar a
quantidade e qualidade do produto, automatizar processos dos mais complexos aos
mais fáceis e até mesmo soluções para ganhar vantagens competitivas. Entretanto,
há também os receosos de que a IA tivesse a capacidade de automatizar a maior
parte dos empregos e gerar muito desemprego, Carvalho (2021, p.27) afirma que uma
das principais incertezas sobre nossa relação com máquinas inteligentes é como lidar
com conflitos entre máquinas e seres humanos. Há também muitos questionamentos
éticos, morais e sociais referente a IA, por ela causar problemas sociais referentes a
ameaça do emprego de funcionários, manutenção de alto custo financeiro e por conta
de a inteligência artificial não ter a capacidade de ter ideias e criações novas como
um humano é capaz de fazer. Sendo esses uns dois maiores desafios da inteligência
artificial, fazer com que o ser humano acredite e confie em uma tecnologia para auxiliar
nas produções industriais. (HELOÍSA RECHETELO)
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Portanto, apesar do grande impacto da ia dentro da indústria, o trabalho


humano não é substituível. A capacidade pensante do ser humano é algo muito difícil
de ser reproduzida através das máquinas, conferindo unicidade ao homem. Além
disso, o homem é necessário para a formulação e contínuo aprimoramento da IA,
sendo indispensável nesse processo.
Dessa forma, a IA servirá como apoio para trabalhos humanos, agindo de forma
a acrescentar e não substituir.
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REFERÊNCIAS

ANGELI, P. H. et. al. A Evolução da Inteligência Artificial e a Substituição do Trabalho


Humano. Rev. Ambiente Acadêmico, Espirito Santo, v. 5, n. 1, p. 7-25, jan./jun. 2019.
Disponível em: https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2019/10/revista-ambiente-
academico-v05-n01-artigo01.pdf. Acesso em: 20 mai. 2021.

CARVALHO, André CARLOS Ponce de Leon FERREIRA de. Inteligência Artificial:


riscos, benefícios e uso responsável. Estud. av., São Paulo, v. 35, n. 101, p. 21-36,
Apr. 2021. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ea/v35n101/1806-9592-ea-35-
101-21.pdf Acesso em: 20 mai. 2021

CAVALCANTE, Z. V.; SILVA, M. L. S. DA. A Importância da Revolução Industrial no


mundo da tecnologia. VII Encontro Nacional de Produção Científica, p. 2–3, 2011.
Disponível em:
http://rdu.unicesumar.edu.br/bitstream/123456789/6395/1/zedequias_vieira_cavalca
nte2.pdf Acesso em: 16 mai. 2021

GOMES, D. Inteligência Artificial : Conceitos e Aplicações. Revista Olhar Científico,


v. 01, p. 234–246, 2010. Disponível em: http://www.professores.uff.br/screspo/wp-
content/uploads/sites/127/2017/09/ia_intro.pdf Acesso em: 22 mai. 2021

SANTOS, I. L. DOS; SANTOS, R. C. DOS; SILVA JUNIOR, D. DE S. Análise da


Indústria 4.0 como Elemento Rompedor na Administração de Produção. Future
Studies Research Journal: Trends and Strategies, v. 11, n. 1, p. 48–64, 6 jan. 2019.
Disponível em: https://www.futurejournal.org/FSRJ/article/view/381 Acesso em: 16
mai. 2021

SILVA, J. A. S.; MAIRINK, C. H. P. Inteligência artificial: aliada ou inimiga. LIBERTAS:


Rev. Ciênci. Soc. Apl., Belo Horizonte, v. 9, n. 2, p. 64- 85, ago./dez. 2019. Disponível
em: http://famigvirtual.com.br/famig-libertas/index.php/libertas/article/view/247
Acesso em: 21 mai. 2021.

VEIGA, R. A. C.; PIRES, C. C. Impacto da inteligência artificial nos locais de trabalho


Impact of artificial intelligence on the workplace. International Journal on Working
Conditions, v. 16, p. 68–79, 2018. Disponível em:
http://ricot.com.pt/artigos/1/IJWC.16_Veiga&Pires_67.79.pdf Acesso em: 21 mai.
2021

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