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No diagrama da Árvore da Vida estão inscritas 22 conexões, ou vinte e dois caminhos, que ligam as 10 sefirot entre si. Eles constituem o campo de manifestação
dos atributos divinos personificados pelas sefirot, acomodando tudo o que flui através deles.
"A essência de cada Caminho é constituir a união de dois Sefirot. Somente poderemos compreender seu significado
levando em conta a natureza das Esferas unidas na Árvore. Mas um sefirah não pode ser entendido num único plano."
(CM,24)
Os caminhos da Árvore da Vida resumem as infindáveis possibilidades de circulação das energias, tanto no cosmo
quanto no homem.
"Os fluxos entre cada par de sefirot podem ser alternados e cada caminho constitui apenas uma parte da circulação
total. Por causa dessa adaptabilidade essencial, ocorrem muitos tipos diferentes de padrões de circulação determi-nados
pela sefirah que gera o fluxo inicial." (AAK-30-31)
Nota: as siglas no final das citações referem-se aos livros e respectivas páginas relacionados na bibliografia final.
"As Sefirot podem ser consideradas como macrocósmicas e, os Caminhos, como micro-cósmicos, visto que as sefirot
representam as sucessivas Emanações Divinas, que constituem a evolução criadora, ao passo que os Caminhos
representam os estágios sucessivos da compreensão cósmica na consciência humana."
"Os Caminhos indicam fases da consciência subjetiva, através dos quais a alma desenvolve a sua compreensão do
cosmo". (CM, 25 e 35)
Rui Sá Silva Barros deixou bem claro em Tarô e Qabalah, que as correlações usuais entre as cartas do baralho e as letras do alfabeto hebraico devem ser tomadas com
a devida cautela, pois tratam-se em muitos casos de hipóteses sumárias nem sempre de acordo com a tradição cabalística.
Uma notável divergência aparece na atribuição de cada um dos 22 arcanos maiores do Tarô aos 22 caminhos da Árvore da Vida. Quando se segue os autores ingleses,
a tendência é a de identificar o Caminho 1 à carta sem número, O Louco; o Caminho 2 à carta 1, O Mago; o Caminho 3 à carta 2, A Papisa, e assim sucessivamente.
No entanto, existe uma outra linha de correspondência, sustentada pelos estudiosos franceses em que o primeiro caminho é associado à carta 1. O Mago; o segundo
caminho à carta 2. A Papisa; o terceiro caminho à carta 3. A Imperatriz, e assim por diante. Escolher entre uma e outra alternativa implica numa avaliação criteriosa
do sentido de cada carta do tarô e de cada caminho ou letra do alfabeto hebraico. Os resultados serão muito diferentes de acordo com a alternativa escolhida.
Quem tem interesse em estudar de fato as relações entre Tarô e Árvore da Vida, está diante de um campo de pesquisa que continua em aberto, sem receitas prontas.
"O 11º caminho é a Inteligência Cintilante porque ele é a essência dessa cortina colocada junto da ordem de arranjo e lhe é dada uma dignidade especial de ser capaz
de manter-se de pé diante da Face da Causa das Causas."
A "Face da Causa das Causas" é a fonte de toda a Criação em Keter; por isso a experiência espiritual de Hokhmah é a
Visão de Deus face à face.
No sentido ascendente, de Hokhmah para Keter, o 11º caminho constitui portanto esse alto nível de consciência que a
alma iluminada percorre desde a Visão direta de Deus face a face até a experiência transcendental ainda mais alta de
União real com Deus. Trata-se da "Inteligência Cintilante".
Em Keter está o Verdadeiro Plano da evolução e de toda vida criada. "A ordem de arranjo (ou de composição)" é
portanto um título válido para Keter. A "cortina" ou Véu é o da vida na Forma. A Forma é a cortina que oculta (e ao
mesmo tempo revela) a essência da vida. Mas, nesse caso se trata de uma força pura, pois o 11º caminho é a "essência
dessa cortina". Nesses níveis supremos, a forma é muito atenuada em comparação ao nível denso da nossa existência,
mas nem por isso é menos poderosa. Uma forma incorreta ou mal aplicada num nível superior da manifestação pode
produzir deformações que se ampliarão à medida que seus efeitos se façam sentir nos planos inferiores.
O elemento Ar é um bom símbolo para o Espírito, pois é ilimitado, insinua-se por toda parte e é também um grande
disseminador.
No sentido ascendente, o 11º Caminho reapresenta a etapa final da união com Deus. A descida desse caminho é a
primeira etapa da
Descida do Poder simbolizado na Kabbalah pelo Raio Fulgurante. Ele representa, portanto, os primeiros inícios.
O 12º caminho é denominado Inteligência da Transparência porque é dessa espécie de Magnificência, chamada Chazchazit, que provém as visões daqueles que se
vêm em aparição.
Por ser o caminho da "Inteligência da Transparência" significa a capacidade de ver as coisas tais como elas são na realidade. A Forma não oculta a luminosa imagem
do Criador, mas sim a revela. O Véu do Templo, para falar simbolicamente, nada tem de opaco. É o caminho que une o princípio da Forma (Binah) à sua fonte
Espiritual (Keter). a verdadeira fonte da qual provém a Forma e sua força interior.
A raiz do termo Chazchazittem acepções de vidente, vidência, visão. Trata-se, por certo, da mais alta forma de profecia, o conhecimento espiritual, uma forma de
percepção interior muito mais delicada e exata que a intuição, que por sua vez é uma forma de consciência muito mais importante e exata do que a clarividência, a
clariaudiência ou demais formas de psiquismo.Esse caminho representa capacidade de pressentir o Verdadeiro Plano nas alturas de Keter e de fazê-lo descer sob a
forma de uma Verdadeira Impressão na sefirah da Forma, Binah. A descida do Plano é uma decorrência necessária, pois o conhecimento seria de pouca utilidade se
não se manifestasse, sucessivamente até os níveis da consciência mental e do efeito físico.
O 15º caminho é a Inteligência Constituinte, assim denominado porque constitui a substância da Criação nas trevas puras e os homens falaram das contemplações; é
dessas trevas que se fala na Escritura: "e o enfaixei com névoas tenebrosas" (Jó).
Essa substância da Criação são as Águas do Não-manifestado que vertem na manifestação.
No sentido ascendente, lembrando que a experiência espiritual de Hokhmah é a visão de Deus face a face, podemos dizer que, ao longo desse caminho, a alma pode
perceber uma centelha da majestade do seu Criador, como se, assentada diante de uma janela estreita sem vidro, ela olhasse fixamente para as trevas do espaço e
visse subitamente uma estrela lampejar, indicando o ponto de origem da alma e a meta para a qual ela deve dirigir a sua evolução.
O fator de início e fim da evolução pessoal é sublinhado pela forma do signo astrológico de Áries: ; a queda súbita na manifestação e o posterior retorno ao ponto de
partida.
O meio de alcançar essa meta de toda humanidade poderia ser expresso em termos bem simples: "Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua
alma, com toda a tua força e de todo o teu entendimento; e a teu próximo como a ti mesmo" (Lucas 10-27, Mateus 22-37).
O 16º caminho é a Inteligência Triunfal ou Eterna e é assim denominado porque é o prazer da Glória além da qual não há Glória igual. É também chamado de Paraíso
preparado para os Justos.
O Caminho 16º, paralelo ao 18º, é um dos laços entre o Espírito e a Individualidade. O prego, reapresentação da letra Vav, é um símbolo importante do ponto de vista
esotérico cristão, pois o Espírito é pregado três vezes à cruz da matéria.
No sentido ascendente, esse "prazer da Glória além do qual não há Glória igual" permite considerar o caminho 16 como um modelo do que deveria ser e uma
promessa do que será alcançar o nível zodiacal reapresentado por Hokhmah, também denominado "Paraíso preparado para os Justos".
O signo astrológico desse caminho é Touro, animal que representa a mais densa concretude sobre a terra, enquanto a Vaca, sua contraparte feminina simboliza o
princípio feminino, receptivo da forma, matriz na qual se incrusta a jóia do Espírito. A forma do signo, , se adequa a esse caminho: um disco solar indicando a
recepção dos poderes do Eterno e sua difusão sob a forma de luz e calor.
O Graal, em suas diferentes versões, também pode ser relacionado a esse caminho, que leva à Távola Redonda Zodiacal (Hokhmah), no centro da qual se encontra o
Santo Graal.
É o caminho no qual podemos aprender a ligar a sabedoria ao amor e, desse modo, servir de maneira totalmente impessoal.
A chave do caminho é a letra hebraica Yud, a primeira letra do Nome Divino supremo JHVH, que significa o início das coisas. Seu significado é a
Mão, neste caso a Mão de Deus ou a mão do Espírito que guia a alma na sua evolução.
Pode-se denominar Consciência Crística a tomada de consciência da Vontade do Pai que está nos Céus. A primeira centelha dessa consciência Crística pode ser vista
como a influência do 20º Caminho que liga Tiferet (o ponto mais baixo da individualidade e o mais alto da personalidade) à Hesed (a esfera do ser manifestado na
qual a verdadeira Vontade do Espírito é conhecida).
Porém, por causa do Desvio Original, a situação real está muito longe de ser tão simples como essa. O Pecado Original foi a recusa por parte da individualidade de
realizar a vontade original do Espírito no momento de entrar no universo de Deus Pai. A conseqüência foi a criação de um falso modelo. Em termos cabalísticos isso
significa que a imagem refletida de Hesed não é mesma que se encontra no Triângulo Supremo do Espírito. Há como que uma fissura entre o Espírito e a
Individualidade, que se reproduz no nível inferior como uma fissura entre a Individualidade e a Personalidade. O Abismo e o Despenhadeiro são conseqüências dos
feitos do homem, frutos do pecado. O processo evolutivo deveria ser uma luta, segundo o Plano Divino, e não essa estagnação na obscuridade espiritual cercada de
guerra, pobreza e doença que acabaram por definir a condição humana.
A lição a reter é que a Demanda no Santo Graal não termina em Tiferet, nem mesmo em Hesed, mas em Keter. O destino pessoal e a evolução completa só podem ser
alcançadas no momento em que todos os elos partidos sejam restabelecidos e que a Verdadeira Vontade do Espírito, e não só a da individualidade, se manifeste de
um modo totalmente controlado sobre a Terra.
O 21º caminho é a Inteligência da Conciliação e da Recompensa, assim chamado porque recebe a influência divina que aí opera por meio das bênçãos dadas a todas
as existência e a cada uma em particular.
Representa a ligação entre a pura imagem do que a individualidade tem a intenção de cumprir (Hesed) e a imaginação criativa e as emoções superiores da
personalidade (Nezah). Compreende os ideais e aspirações que cativam a imaginação do homem.
Nesse sentido, talvez, o símbolo mais importante para o homem ocidental seja o da Demanda do Santo Graal. A influência desse caminho age principalmente sobre as
emoções e é essa aspiração indefinida que leva homens e mulheres a se colocarem na busca. É nessa fase que se tornam "buscadores" no mundo interno, embora
muitos escolham o caminho das aventuras físicas ou se deixem apaixonar pelas viagens. Outros confundem ainda o apelo de sua própria natureza superior com a
atração física por um outro ser humano.
Um outro fator interessante é o desejo de mudança que esse impulso traz, muitas vezes sob a forma de sonhos de uma vida paradisíaca em ilhas desertas e afastadas
ou, mal terminadas as férias, já começar a fazer planos para as férias seguintes. No extremo encontram-se aqueles que se intoxicam com drogas ou com experiências
sexuais como meio de "fugir desse mundo".
A primeira exigência nas fases iniciais da Busca é o Discernimento, virtude de Malkhut. Porém, todas as virtudes das sefirot da personalidade inferior serão chamadas
a atuar: a Independência de Yesod, pois deverá conservar uma abertura a toda prova; a passagem pelo crivo das provas subjetivas ou objetivas que vêm a seguir se
encontra na Veracidade de Hod; a capacidade de admitir sua própria ignorância, de "voltar a ser como uma criança", está contida no desapego de Nezah; e, acima de
tudo, a virtude que levará a alma através de todas as dificuldades do caminho: a Devoção à Grande Obra de Tiferet.
Existe um nexo entre este caminho do Desejo e da Visão e o 32º caminho do Ir e Voltar na forma física em Malkhut. Basta lembrar que a letra Kaf, que corresponde
ao caminho 21, também aparece na forma de echarpe que flutua ao redor da personagem dançarina da lâmina 21, O Mundo, que alguns numeram como 22.
O 22º caminho é a Inteligência Fiel e é assim denominado porque, por ele, as virtudes espirituais são desenvolvidas e todos os habitantes da Terra estão perto de ficar
sob a sua sombra (= sob a proteção de suas asas).
Esse caminho tem uma importância suplementar por se encontrar na linha do Raio Fulgurante. É geralmente conhecido,
no sentido ascendente, como o caminho dos Ajustes Cármicos. Tal como o 20º, seu oposto complementar, este caminho
tem afinidades com Daat, pois Daat é também uma esfera de equilíbrio. Esses ajustes e reajustes podem ser
representados pelo monstro com cabeça de crocodilo, que devora os Reprovados na cena do Julgamento no Livro dos
Mortos egípcio.
Como a maior parte dos espantalhos pavorosos dos mitos religiosos ou das lendas, os chamados monstros do mal são,
na realidade, um véu que oculta aquilo que não podemos enfrentar em nós próprios.
No sentido ascendente, o 22º caminho pede a redenção e a assimilação de todo o nosso passado. A maior parte dessa
confrontação ocorre no caminho 19, mas a avaliação de todos os fatores, na qual nada será esquecido, se faz no 22º.
O aguilhão, símbolo da letra Lamed, como os demais símbolos de Gevurah, pode sugerir idéias de castigo, mas isso não
é estritamente exato. Podemos também associar esse caminho ao 11º (Keter-Hokhmah), representado pela letra Alef,
que simboliza o boi, o mais terra a terra dos animais.
O processo da manifestação, que continua ativo no caminho que vai de Gevurah para a relativa estabilidade de Tiferet,
fica bem simbolizado pelo aguilhão.
Os poderes desse caminho poderão ficar mais claros se nos lembrarmos de um símbolo menos conhecido para a letra Lamed: Asa. É com as Asas da Fé que a alma
pode melhor cumprir seu destino e escapar da sombra do karma, como sugere o texto yetzirático.
O 24º caminho é a Inteligência Imaginativa, assim denominada porque dá uma semelhança a todas as similitudes criadas de modo similar às suas harmoniosas
elegâncias.
Representa a prova no caminho do poder. Corresponde à destruição dos impulsos egoístas com finalidade de uma reconstrução num nível mais elevado de
individuação.
Os três caminhos (24º, 25º e 26º) que ligam as sefirot do Mundo da Forma (Yetzirah) à Tiferet, são caminhos de sacrifício, ou seja, da troca de alguma coisa por outra
melhor. A meta é descobrir a nossa verdadeira Vontade Espiritual e ter a coragem de agir em função dela. O 24º caminho representa a morte e o nascimento da
personalidade e se relaciona com a Vontade de Transformação. O 26º propõe a transformação da inteligência em Intuição; e o 27º a transformação da vontade, da
inteligência e da memória da personalidade em Caridade, Fé e Esperança.
Embora esses três caminhos tenham igual importância, o 24º possui o significado suplementar de estar na rota do Raio Fulgurante. É denominado "Inteligência
Imaginativa", pois a personalidade pode se tornar imagem do princípio espiritual. A letra hebraica que corresponde ao caminho 24 é Nun, o peixe, que no nível do
simbolismo sexual representa o esperma masculino. O peixe, em especial, está associado a Cristo.
O 29º caminho é denominado Inteligência Corporal porque constrói cada corpo criado em todos os mundos, bem como sua reprodução.
Está ligado ao corpo físico, esse grande complexo de sangue, carne, ossos e nervos que o Espírito utiliza para se manifestar sobre a Terra. Também se refere aos
instintos fundamentais, em particular à sexualidade e à reprodução. O fato de possuirmos raízes biológicas físicas é uma das verdades que devemos enfrentar no 29º
caminho.
O homem urbano tende a aumentar o controle sobre os instintos, o que pode torná-lo cego para as leis da natureza. Mas o homem não pode escapar do seu aspecto
primitivo. Ele pode controlar, transcender, mas sempre se deparar á com esse lado da natureza em sua vida física. A aceitação desse estado talvez seja a principal
lição do caminho 29º.
Trata-se de um caminho do panteísmo e das etapas primitivas e mais terra a terra do "Raio Verde", a via do misticismo da natureza. Aqui não cabe o "amor"
superficial e sentimental do citadino pela natureza, mas sim a atitude ambivalente de amor e ódio do camponês que dela deve tirar sua subsistência através de uma
verdadeira luta.
O amor real pela natureza, como o verdadeiro amor humano, não é uma coisa de apreciação refinada e impalpável, mas uma confrontação e aceitação voluntária da
realidade. O mito de Leda e o cisne (Zeus) cabe neste caminho. Do seu encontro amoroso nascem Cástor e Pólux, os Gêmeos Celestes, representação da
Individualidade e da Personalidade.
O 30º caminho representa a Inteligência Coletiva e, por meio dela, os astrólogos adquirem o conhecimento das estrelas e dos corpos celestes e aperfeiçoam sua
ciência em função das leis que regem o movimento das estrelas.
Trata-se de um caminho de esclarecimento, que liga a visão do mecanismo do universo, Yesod, à visão do esplendor, Hod. Este é a sefirah do Mensageiro Divino, do
Senhor dos Livros, e igualmente do Arcanjo Miguel, que dispersa as forças das trevas.
A letra hebraica significa cabeça, o que supõe inteligência, enquanto que o texto yetzirático sublinha a perfeição da ciência. Nesse texto a astrologia é representativa
de todas as ciências, cuja meta é a compreensão das leis com as quais se pode prever os acontecimentos.
O princípio solar do 30º caminho pode lançar uma luz crua sobre os desvios do ser, tais como se manifestam na personalidade. A lança e a espada do Miguel Arcanjo,
neste caso, não são apenas as armas simbólicas para lutar contra os demônios, mas as pontas de acusação e cauterização dirigido para o mais profundo do coração
daqueles que caminham nos níveis mais baixos desse caminho.
Os caminhos da Árvore da Vida são para a alma como grandes viagens e importantes experiências e aquele que está na demanda do Santo Graal em Keter acolherá
com prazer os processos petrificadores no seu caminho. Aquele que ousa se manter nu sob a luz brilhante da Verdade, como fazem os personagens da lâmina do Tarô,
compreenderá que iniciou uma Busca verdadeira e probatória e não um romance encantador ou um jogo esotérico de salão.
O 32º é a Inteligência Organizadora. É assim denominado porque governa e associa os movimentos dos sete planetas guiando-os em suas trajetórias próprias
Esse caminho liga Malkhut, o mundo físico, à Yesod, o véu etérico e inconsciente universal que representa o fundamento da existência física. É um caminho de
introversão da consciência sensorial para a consciência das profundezas do mundo interior.
É também o caminho da Iniciação. Yesod, sefirah da Lua, reflete e magnetiza o poder oculto. Deméter e sua filha Perséfone, podem ser assobiadas a esse caminho.
Do ponto de vista psicológico, poder-se-ia dizer que as técnicas freudianas correspondem a esse caminho, na medida em que ajudam a perceber as imagens
inconscientes de Yesod em relação a Malkhut, ou seja, à vida cotidiana. Já as técnicas junguianas poderiam ajudar a seguir essas imagens até se tornarem símbolos
de transformação que conduzem à harmonia psíquica de Tiferet (caminho 25, Yesod-Tiferet).
O 32º caminho representa as primeiras fases da devoção mística, bem como o caminho que leva aos planos inferiores e à memória inconsciente. Suas lições mais
importantes são, no sentido ascendente, a existência da causalidade das coisas num plano mais elevado ou profundo que o do mundo físico e, no sentido descendente,
a aceitação de uma limitação do espírito numa forma mais densa.
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