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Segundo o Zohar, D´us deu forma e conteúdo à Sua Criação através das dez
sefirot. Toda a realidade, tanto espiritual quanto material, é criada por meio
destas que são vistas como "forças fundamentais", "recipientes" da atividade
de D´us. As sefirot são "canais" através dos quais a energia Divina flui, permeia
e se torna parte de cada coisa que existe, criando assim uma "corrente
espiritual" que liga e vivifica todas as coisas, impregnando-as da Essência
Divina. As leis que regem o fluxo destas energias foram estabelecidas durante
o processo da Criação, que pode ser vista como uma progressiva
transformação de níveis de energia espiritual. Nesta progressiva
transformação, foram criados universos espirituais paralelos, sendo o nosso
mundo o último desta corrente.
Em nosso mundo, a Luz está mais afastada da sua Fonte Divina, portanto D´us
está mais "escondido" de nós e, por isso, este mundo é espiritualmente inferior
aos outros. Mas, ao mesmo tempo, é superior por ser a meta e o fim da Criação
Divina. Nele, o homem -única criatura com livre arbítrio - pode afetar, por meio
de suas ações, o fluxo das Energias Divinas, criando mudanças de grande
proporções em outros mundos. Com isto poderá aperfeiçoar o Cosmo e fazer
com que a Criação vá aproximando-se de sua meta Divina.
Por que, então, estudar ou se preocupar com assunto tão indecifrável? Porque,
como escreveu Rabi Moisés de Leon, as sefirot são o segredo da existência e
de nós mesmos, o segredo de como nos aperfeiçoamos, aperfeiçoando, ao
mesmo tempo, o mundo à nossa volta.
O Rabi Isaac Luria, o Arizal, afirmava que as sefirot são "tanto os instrumentos
que D´us usa para dirigir o mundo, quanto as janelas através das quais
podemos perceber o Divino".
Em primeiro lugar são "luzes" (orot). A luz de uma sefirá é o fluxo de energia
Divina que está em seu interior e serve para revelar ou expressar a
grandiosidade Divina. Em segundo lugar são "vasos" ou "recipientes" (kelim)
que "filtram" ou "revestem" a Luz Infinita que as preenche. Trazem esta Luz
desde a Fonte de Todas as Fontes, Raiz de todas as Raízes, D´us Infinito, o Ein
Sof, até nosso mundo finito. Sem estes "filtros" ou "vestimentas" a Criação
seria totalmente dominada pela Luz Divina. Em sua trajetória espiritual, a Luz
vai diminuindo, possibilitando que a Criação se aproxime do Criador.
Para tentar entender estes conceitos, pensemos por um instante no sol, uma
das menores estrelas criadas por D´us neste universo. Apesar de posicionado
a milhões de quilômetros da Terra, sua energia nos dá luz e calor
indispensáveis. Mas, se tentarmos fitá-lo, sem proteção, sua luz nos cegará.
Imaginemos uma nave espacial tentando aproximar-se do sol. O calor e a
energia a aniquilariam !
Para se referir a D'us os cabalistas mais antigos cunharam o termo Ein Sof, que
significa literalmente "Infinito" ou "Aquele que não tem fim nem limite". Um dos
axiomas básicos da Cabala é que o homem não tem meios de entender D´us,
Infinito e Imutável, nem tão pouco os Seus motivos. Porém, apesar de D'us ser
ilimitado e oculto, Ele se revela a nós parcialmente - e na medida em que cada
um de nós pode reconhecer o Seu poder e a Sua existência - através da
Criação e das dez sefirot. Em contraste com este D'us "pessoal" das sefirot, Ein
Sof representa a transcendência absoluta de D'us.
Segundo o Rabi Isaac Luria, "no início do início" a Luz de D'us Infinito, Or Ein
Sof, preenchia toda a realidade, pois D'us é a própria Realidade, sem início e
sem fim. Nada havia além da Luz Divina, pois nada pode manter sua própria
existência dentro do Ein Sof. Para que o universo passasse a existir como
entidade independente, D'us Se "ocultou" e Se "retraiu", cedendo espaço para
a Sua Criação. Esta ação não diminui, de modo algum, a Perfeição Divina. Este
conceito de ocultamento da Luz Divina é chamado nos textos cabalísticos de
tzimtzum (contração). Esta "contração" resultou no aparecimento de um
"espaço" vazio, um "vácuo", um "ponto" no qual o universo passou então a
existir.
Esta sefirá direciona a energia espiritual para atingir uma meta específica. É a
força que permite o controle para podermos vencer tanto nossos inimigos
internos quanto os externos.
Hod, esplendor, empatia. Esta sefirá permite que o poder e energia repassados
sejam apropriados e aceitáveis a quem os recebe. É responsável pela criação
dentro de uma relação do espaço deixado para o outro. A qualidade espiritual
de Hod salienta o atributo da humildade e reconhecimento. Hod representa
também a submissão que permite a existência do mal.
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