Você está na página 1de 4

Grande Oriente Urbi et Orbi

CHANUT MEVORAH GUÍMEL

Ir. Aprendiz: Adriano Nascimento Nogueira

Trabalho Maçônico, Grau Aprendiz.

Tema: A relação da Parashá Mikêtz com o processo de


Retificação e Elevação da Neshoma.

A Parashá Mikêtz instrui sobre o início e o fim de um período de muitas fases de


retificação e elevação da Neshoma, caracterizado pela retificação dos Bad Midot keavot,
puro estado do ego definido no limitado entendimento diante dos eventos, do querer só
para si, para chegar ao fundamento (Yessod), do Propósito de Hashem, Mochim Ratzon,
o estado representado no Template da Menorah onde, a LUZ da consciência divina
recebida da Torah e conexão com o Sagrado iluminam a si mesmo e ao próximo,
desenvolvendo o entendimento que o ser humano receber para doar.

O processo de retificação da Neshoma é representado pelo gráfico, abaixo, de movimento


harmônico simples, a qual o template representa períodos de ondas, oscilante em altos
(cristas) e baixos (vales), mas sempre gerando uma resultante de reta crescente e
ascendente.

Para o entendimento do gráfico, em analogia, o processo de retificação na vida começa


em cada evento no Ego de si mesmo, no ponto mais extremo da Gueavá (Soberba) e desce
para o ponto mais baixo do gráfico, o qual representa a retificação realizada pela
Governança nas nossas próprias limitações e estreitamentos, para ser experiênciado após

1
este processo o deixar de ser escravo dos instintos e desejos para o governo de si mesmo,
em Kavanah com a Torah, Mitzvot e no proposito de Hashem.

Observa-se que o conceito do poço relatado na Parashat é o processo de experenciar ser


elevado para novo estado de completude e conexão com a Governança, internalizando a
humildade e gratidão ao Sagrado, pelo reconhecimento dos conceitos Ein od Milvadô, o
entendimento que tudo é para e vem de Hashem e o Gan Zu lê Tová todos os eventos são
para o bem do propósito do Et'rno neste processo.

Sempre com “Mão Forte e Braço Estendido”, Hashem provê a forma do aprendizado e
elevação, num sistema que se retroalimenta de Mizaion em Bitachom, descidas em
subidas, em todo período da vida, a qual leva a compreensão do poderoso sentido da
existência, vencendo a barreira do tempo e espaço, trazendo a plenitude com o Sagrado
pelas escolhas feitas na Torah e cumprimento das Mitzvot. A forma de apagar as marcas
de transgressões quânticas na Neshoma de gerações passadas e a preparação das gerações
futuras, estão nestas escolhas feitas diante dos eventos.

No Tanya, é instruído que a alma deve jurar antes de descer para este mundo que será um
Tsadik1. A Parashat Mikêtz, também instrui, num nível mais elevado de estudo, que todos
tem este potencial em Hashem. Também é apresentado que o ser humano tem duas almas,
a primeira uma alma animal e a segunda a Nesfesh HaElokit uma alma divina. No
Workshop instruído nesta Parashat apura o entendimento para o processo de retificação
da Neshoma, que no escolher-se pela Torá e cumprimento das Mitzvot define o efetivo
manual do cumprir o que cada Neshoma prometeu no momento de adentrar neste mundo.

A proficiência do uso da “Régua de Hashem” na medição de todos os eventos, é conectar-


se com a Nesfesh HaElokit, presente em cada um, entendendo a operacionalizar da
promessa de retificação necessária à elevação da Neshoma.

A Parashat apresenta Yossef vendo a face de Yackov diante dos eventos mais
significativos (Mizaion) que o desafiam a transcender. Este olhar diante de cada evento
é a percepção de que este é o processo do mecanismo da retificação da Neshoma. O
enxergar assim, abre uma nova perspectiva para a compreensão da mecânica do processo
de retificação da Neshoma, presente no gráfico.

1
ZUKIN, Rabino Yossef. Tanya em Resumo. 2ª Edição: março 2016 – 5776: Ano de Hakhel. p. 09.

2
Esta perspectiva compreende-se melhor na Parashat Vayishlách, que ensina no relato do
encontro de Yackov e Esav, que diante de um evento a intenção é que faz a diferença do
posicionamento diante da oposição: VONTADE E DESEJO DO EGO X PROPÓSITO
DE HASHEM.

Duas operações são descritas diante do evento: o enviar presentes, como estratagemas do
ego, e o significá-lo pela Governança em Propósito reconhecendo o evento oito vezes
como Adoni (Meu Senhor) e se curvando sete vezes. A guematria conceitua o número
sete como o ato de significar pelo Sutil o evento denso, criar nos sete atributos de si
mesmo (07 sefirot) o Propósito de Hashem diante de cada evento da vida, assim como foi
feito nos sete dias da criação. E o número oito, a transcendência de enxergar o propósito
de Hashem no evento, transformando em um processo de Mizaion para Bitachom.

O movimento oscilatório descrito no gráfico, presente no linear da vida, de Mizaion em


Bitachom, descreve o processo de transcender o afloramento do ego em significar o
evento o transformando em transgressão, para o significá-lo como um Mizaiom, que
transcendido em Bitachom leva à retificação da Neshoma.

Ver a face de Yackov, que também é a de Adam, leva a conexão com o propósito elevado
de retificação da Neshoma, mudando transgressões quânticas que se manifestam em bad
midot e keavot, transcendo-os em Mochim Ratzon, descrito no gráfico a seguir.

3
Yackov é comparado a sefira de Tiferet e Yossef a sefira de Yessod. Respectivamente,
beleza e fundamento. A Kabalah ensina que a Malchut é desejoso de Keter e Keter de
Malchut. Esta é a lógica que a humanidade, dentro da sua materialidade, necessita da
consciência da espiritualidade (Torá e Mitzvot) para transcendência, e a espiritualidade
precisa operacionalizar na materialidade o retorno ao Sagrado, o processo de Teshuvá.
Para alcançar esta percepção é necessário fundamento da Torah, e nestes fundamentos
externalizar seus conhecimentos que transformam realidades.

Por fim, o livro Tanya compara2 a Torah como vestimenta e alimento da alma, sendo esta
composta de três vestimentas: Pensamento, fala e ação. Yossef tem a primeira vestimenta
que recebe de seu pai (Yackov) a qual levou a todo o atrito com seus irmãos, assim como
com ele mesmo com Esav. Um enrugamento quântico presente na Neshoma. Uma
transgressão que vem então, numa análise mais profunda de Adam, que do mesmo jeito
tem no evento da veste feita de pele uma desconexão com o propósito de Hashem, esta é
a emanação do pensamento formando por este traço quântico (gatilho mental) que gera o
Bad Midot Kavot da soberba de Yossef. A Segunda vestimenta é a de escravo onde
Yossef é levado a ser retificado no seu estreitamento, a fala que cria, que faz o reset do
Mid Set presente no DNA da Neshoma, e a última vestimenta a de governante, comparada
a ação, o Maassê da retificação.

Conclui-se que, toda a Parashat descreve o processo de Teshuvá (retorno), fazendo em


cada evento o Hitvadê (Confessar), o Vidue (Confissão), o Kibel (admitir) e o Maassê
(realizar), gerando o entendimento que cada Mizaion transcendido em Bitachom está o
processo de retificação da Neshoma, o trabalho de retificação de si mesmo, entregue no
próximo, e na sua melhor transformação que causamos, a nossa melhor versão a Hashem,
onde só assim seremos elevados.

2
ZUKIN, Rabino Yossef. Tanya em Resumo. 2ª Edição: março 2016 – 5776: Ano de Hakhel. p. 16-17.

Você também pode gostar