Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Anexo/Sequencial 1,2
Atenciosamente,
INTRODUÇÃO:
Considerando que a vigilância em saúde, no âmbito nacional, passou por uma
estruturação das vigilâncias epidemiológica e laboratorial devido a pandemia de Covid-
19;
Considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou no dia 05 de
maio de 2023, o fim da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional
(ESPII) referente à Covid-19, por considerar que no momento atual, a Covid-19 é um
problema de saúde estabelecido e contínuo e não constitui mais uma emergência global.
Contudo, isso não significa o fim da pandemia e a Covid-19 não deixou de ser uma
ameaça à saúde, principalmente para aqueles com maior risco de desenvolvimento de
doença grave, tendo em vista que o vírus continua em circulação no Brasil e no mundo
e há risco de surgimento de novas variantes de preocupação (VOC) ou interesse (VOI)
do SARS-CoV-2;
Considerando que as estratégias de vigilância estabelecidas e preconizadas no
Brasil para a Covid-19 devem continuar sendo desenvolvidas e fortalecidas, como as
ações de vigilância epidemiológica, laboratorial, genômica e de imunização;
A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Estado do Pará, através do
Departamento de Vigilância Epidemiológica/Diretoria de Vigilância em Saúde
(DEPI/DVS/SESPA), vêm informar e reforçar as recomendações sobre a vigilância
epidemiológica e Imunização da Covid-19.
O conteúdo dessa Nota Técnica poderá ser revisto conforme alteração da
situação epidemiológica e surgimento de novas evidências científicas sobre a doença.
DEFINIÇÕES OPERACIONAIS
OBSERVAÇÕES:
OBSERVAÇÕES:
• Em crianças: Além dos itens anteriores, observar os batimentos das asas nasais,
cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência;
• Para efeito de notificação no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe
(SIVEP-Gripe), devem ser considerados os casos de SRAG hospitalizados ou os
óbitos por SRAG independentemente de hospitalização.
O TR-Ag não deve ser utilizado após o prazo de validade ter expirado ou com
danos na embalagem.
A data de validade dos TR-Ag consta na parte externa da caixa.
Todos os TR-Ag realizados, independente do resultado, devem ser informados
nos sistemas de informação oficiais do Ministério da Saúde.
ATENÇÃO
Para os casos de SG em que o resultado do TR-Ag for não reagente e a vigilância
epidemiológica local, após avaliação, julgar necessário coleta de RT-PCR para análise de
painel viral e/ou sequenciamento genômico, a mesma deverá encaminhar documento
ao Centro Regional de Saúde (CRS), com as informações da amostra (data da coleta,
número da requisição, etc.), justificando a solicitação. O CRS deverá repassar a demanda
ao Grupo Técnico (GT) dos Vírus Respiratórios que fará comunicação ao LACEN/PA.
2.2.3 AUTOTESTE:
Os autotestes para pesquisa de antígeno de Covid-19 devem ser usados como
triagem para permitir o isolamento precoce e a quebra da cadeia de transmissão do
vírus, mas o diagnóstico depende do comparecimento do cidadão em uma unidade de
atendimento de saúde para que um profissional da saúde, realize a confirmação do
diagnóstico e proceda às orientações pertinentes de vigilância (notificação do caso) e
assistência. São encontrados a venda em farmácias e drogarias que estejam
regularizados junto à vigilância sanitária para comercialização desse tipo de produto.
O autoteste não é recomendado para fins de redução do período de isolamento,
tanto para casos leves como para os assintomáticos confirmados laboratorialmente, em
função de possíveis erros na autocoleta da amostra e grande variedade de testes
comerciais disponíveis com características de sensibilidade e especificidade diferentes.
5- EXAMES POST-MORTEM
O ANF ou swab combinado (nasal/oral) deve ser coletado imediatamente após o
óbito, não devendo ultrapassar o período de 12 horas. A amostra deve ser transferida
para meio de transporte viral e transportada em caixa térmica na temperatura de 4°C a
8º C, em até 72h após coleta.
Os estabelecimentos de saúde devem garantir a coleta da amostra de secreção
da nasofaringe (SWAB) conforme as normativas do Ministério da Saúde.
Nos óbitos com necessidade de encaminhamento ao Serviço de Verificação de
óbito (SVO - Região Metropolitana de Belém) e que tiverem causa suspeita de doenças
respiratórias (CID 10 - J00 a J99), torna-se obrigatória a realização de coleta de RT-PCR.
6- TRATAMENTO
Para o tratamento da Covid-19 estão disponíveis dois medicamentos –
Baricitinibe e Paxlovid® atualmente, conforme descritos a seguir e pelos quais a SESPA,
através do Departamento Estadual de Assistência Farmacêutica – DEAF, é responsável
pela gestão, normatização e distribuição do atendimento dos referidos medicamentos.
ATENÇÃO
-Os fluxos de solicitação e dispensação do Baricitinibe e Paxlovid® foram definidos pela
DEAF e estão descritos nas notas técnicas Nº 03/2022-DEAF e NOTA TÉCNICA Nº 05/2022-
DEAF, respectivamente.
7- NOTIFICAÇÃO
A Covid-19 continua sendo uma doença de notificação compulsória individual.
Devem ser notificados, dentro do prazo de 24 horas a partir da suspeita inicial, TODOS
os casos de SG, de SRAG hospitalizado e ÓBITO por SRAG independente da
hospitalização, que atendam à definição de caso para Covid-19, bem como, os indivíduos
assintomáticos com confirmação laboratorial por biologia molecular (RT-PCR) ou TR-Ag.
ATENÇÃO
-Casos de Covid-19 hospitalizados que não cumpram a definição de caso estabelecida
para SRAG, não devem ser notificados no SIVEP-Gripe. Manter a notificação no sistema
e-SUS Notifica.
8.1 Imunização
Considerando que a covid-19 ainda é um problema de saúde pública, a vacinação
contra a doença deve ser indicada para aqueles com maior risco de infecção e de
evolução para formas graves da doença. Com isso o Brasil vai recomendar a vacina
periódica para o grupo A, de maior risco, composto por gestantes e puérperas,
trabalhadores da saúde, imunocomprometidos e idosos (60 anos ou mais). Ademais, o
Programa Nacional de Imunização (PNI) adaptou a recomendação da OMS e incluiu
6 meses (D1)
Pfizer 1ª dose (D1)
4 semanas após a
7 meses (D2) (D1) e 8 semanas
(frasco de 2ª dose (D2)
após a (D2)
tampa vinho)
9 meses (D3)
3ª dose (D3)
Fonte:DPNI/SVSA/MS.
Fonte: DPNI/SVSA/MS.
ATENÇÃO
Para crianças de 3 anos a 4 anos 11 meses e 29 dias que receberam esquema básico de
CoronaVac (duas doses), o reforço com Pfizer (tampa vinho) deverá ser registrado como
D3 (3ªdose).
Já para os grupos prioritários, são pessoas com 5 anos de idade ou mais e com
maior vulnerabilidade (ex. acesso insuficiente ao serviço de saúde) ou condição que
aumenta o risco para formas graves da doença. Por isso, essas populações têm indicação
de dose anual (ou a cada seis meses, dependendo do grupo), independentemente do
número de doses prévias de Vacina COVID-19 (Quadro 3).
Quadro 3. Grupos prioritários, estimativa populacional e intervalo entre as doses
Vacinação contra a covid-19 para grupos prioritários com Vacina COVID-19, Brasil – 2024
Intervalo entre as
Grupo prioritário
doses
Pessoas de 60 anos ou mais 6 meses
Gestantes e puérperas 6 meses
Indígenas Anual
Ribeirinhos Anual
Quilombolas Anual
Trabalhadores da saúde Anual
Pessoas com deficiência permanente Anual
Pessoas com comorbidades Anual
Pessoas privadas de liberdade (≥ 18 anos) Anual
Funcionários do sistema de privação de liberdade Anual
Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas Anual
Pessoas em situação de rua Anual
ATENÇÃO
Ressalta-se que os esquemas primários de vacinação contra a covid-19 não mais serão
recomendados rotineiramente para as pessoas com 5 anos de idade ou mais que não
fizerem parte do grupo prioritário. Contudo, se um indivíduo que não tenha sido vacinado
anteriormente (nenhuma dose prévia) ou que tenha recebido apenas uma dose da vacina
contra a covid-19 optar por se vacinar, poderá iniciar e/ou completar o esquema primário
de vacinação. Esse consiste em duas dosesda Vacina COVID-19 disponível e recomendada
para a idade, com intervalo mínimo de 4 semanas entre as doses.
9- CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizados
devem ter amostras coletadas para realização de RT-PCR;
• A vigilância genômica deve ser intensificada, desta forma, reforça-se a realização
do RT-PCR;
Tv. Lomas Valentinas – 2190 – Marco, Belém - Pará CEP: 66023-710
Fone: 4006.4834
E-mail: covid-19@sespa.pa.gov.br
Identificador de autenticação: 5e4f928e-b14a-4fdb-9415-e65093ff83cb
N° do Protocolo: 2024/2066396 Anexo/Sequencial: 2 Página:10 de 13
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA
REFERÊNCIAS