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Resoluções elaboradas pelo Prof.

Renato Madeira

PROVA DE MATEMÁTICA IME 1ª FASE 2022-2023


ENUNCIADOS

 2 3  3 6
1) Considere as matrizes A    e B
T
 . Seja X a transposta da matriz X.
 1 5   2 1 
Sabendo que XT A1  B então X1 é
1  12 5  1  11 5 
a)    b)   
7  39 11 63  39 12 
1  12 39  1  12 5 
c)    d)   
63  5 11  63  39 11
1  11 39 
e)   
63  5 12 

2) Seja f  x  uma função definida em tal que f 1  1. Para todo x  valem as
seguintes desigualdades
f  x  7   f  x   7 e f  x  1  f  x   1.
Se g  x   f  x  1  x  2, o valor de g  2023 é
a) 0 b) 1 c) 2 d) 2022 e) 2023

3) Considere os conjuntos de números complexos:


A  x  iy tal que x, y  e x  y  r e
B  x  iy tal que x, y  e max  x  a , y  b   c ,
onde r, a, b e c são números reais positivos e max x1, x 2  é o maior valor entre os reais
x1 e x 2 . O menor valor de r, em função de a, b e c, para que se tenha B  A é
a) a  b  c
b)  a  b  2  c
c) 2  a  b   c
d) a  b  2c
e) 2  a  b  c 

4
4) A equação arctg  z   arctg  z  1  arctg   , em que arctg  x  é o arco tangente de
3
x, apresenta:
a) duas soluções reais sendo uma positiva e outra negativa.
b) duas soluções reais positivas.
c) duas soluções reais negativas.
d) uma única solução real, sendo esta positiva.
e) uma única solução real, sendo esta negativa.

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5) Dez números reais formam uma progressão geométrica (PG) com razão q  1.
Removem-se ao acaso cinco desses números. A probabilidade de que os cinco números
restantes estejam em PG é
1 1 3 2 3
a) b) c) d) e)
252 126 126 63 63

ˆ 
6) Seja um tetraedro de vértices A, B, C e D. São dados os ângulos em radianos ADB
3
ˆ  ADC ˆ  
e CDB e os comprimentos das arestas em centímetros CD  3 e
2
AD  BD  4. A distância em centímetros do ponto D ao plano ABC é
6
a) 7 b) 3 c) 2 3 d) 4 e) 5
7

x 2 3
7) A soma dos inversos das soluções inteiras da equação 2 x 3  0 é
2 3 x
19 19
a) 0 b)  c) 15 d) 15 e)
30 30

8) Seja f :   
definida como f  x   log x  x 2  1 . Então:
a) f  x  é uma função par.
b) f  x  é uma função ímpar.
c) f  2x   f  x  para todo x  0.
d) f  x  tem duas raízes reais.
e) f  x  não tem raiz real.

9) Um polígono regular possui 2n vértices  n  , n  1 . Escolhem-se ao acaso 4 vértices


do polígono, formando o quadrilátero ABCD. A probabilidade de ABCD ser um
retângulo é
n  n  2  2n 
     
n 1 n 2  2n  4
a)   c) 
4 
d)  
2 2
b) e)
 2n   2n   2n   2n   2n 
      6  12  
 4  4  4  4  4

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10) Considere um ponto P cujas coordenadas  x, y  , x, y  , satisfazem o sistema


4 cossec    x  6 cotg    y  4sen   

12 cossec    y  8cotg    x  0
onde  é um ângulo em radianos diferente de k  k   . O lugar geométrico descrito
pelos pontos P, conforme se varia o ângulo  , é um segmento de:
a) reta horizontal.
b) reta vertical.
c) reta inclinada.
d) elipse.
e) parábola.

11) Um aluno distraído desmontou um relógio. Ao remonta-lo, trocou a posição dos


ponteiros das horas e dos minutos, de modo que o ponteiro das horas passou a girar com
a velocidade do ponteiro dos minutos e vice-versa. Sabendo que o relógio foi acertado
para as 4 horas, o intervalo que contém o horário t que marcará a hora certa novamente
pela primeira vez é
a) 4h 30 min  t  5h
b) 5h  t  5h 30 min
c) 5h 30 min  t  6h
d) 6h  t  6h 30 min
e) 6h 30 min  t  7h 10 min

12) Um triângulo ABC possui incentro I e ex-incentro G relativo ao lado BC. Se


ˆ  AGC
BIC ˆ é
ˆ  155, então o ângulo ACB
a) 30 b) 45 c) 50 d) 60 e) 90

144x  324x 6
13) Seja a equação  . A soma dos módulos das soluções reais desta
64  729
x x 7
equação é:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 8 e) 9

14) Se a equação 2x 2  cxy  3x  6y 2  4y  2  0 representa no plano real duas retas


concorrentes, então o valor positivo do número real c é
a) 6 b) 7 c) 8 d) 9 e) 10

15) Um número natural é palíndromo quando é o mesmo lido da esquerda para a direita
e vice-versa. Seja n um número natural palíndromo tal que 1000  n  9999. Se n é um
cubo perfeito, então a soma dos algarismos de n é
a) 8 b) 10 c) 12 d) 14 e) 16

FIM ENUNC

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RESPOSTAS E CLASSIFICAÇÃO DAS QUESTÕES

1) b (Matrizes – matriz transposta e matriz inversa)


2) b (Equação funcional)
3) d (Função modular)
4) d (Função trigonométrica inversa)
5) d (Probabilidade e progressão geométrica)
6) a (Geometria espacial – tetraedro)
7) e (Determinantes e equações polinomiais)
8) b (Função – paridade e logaritmo)
9) a (Probabilidade e geometria plana – polígonos e quadriláteros)
10) a (Sistemas lineares e relações fundamentais da trigonometria)
11) b (Geometria plana – ângulos no relógio)
12) c (Geometria plana – pontos notáveis do triângulo e teorema do ângulo externo)
13) a (Equação exponencial)
14) b (Geometria analítica – análise da equação geral do 2° grau)
15) a (Teoria dos números – sistema de numeração e divisibilidade)

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ENUNCIADOS E RESOLUÇÕES

 2 3  3 6
1) Considere as matrizes A    e B
T
 . Seja X a transposta da matriz X.
 1 5 2 1
Sabendo que XT A1  B então X1 é
1  12 5 
a)   
7  39 11
1  11 5 
b)   
63  39 12 
1  12 39 
c)   
63  5 11 
1  12 5 
d)   
63  39 11
1  11 39 
e)   
63  5 12 

Resolução: b
XT A 1  B  XT A 1A  BA 
 3 6   2 3  12 39 
 XT  BA     
 2 1   1 5   5 11 
T  12 5 
 X   XT    
 39 11
Vamos agora obter X 1.
Como det X  12 11  5  39  63  0, então a matriz X é invertível.
A matriz dos cofatores X ' é dada por:
11
X11   1 11  11
1 2
X12   1  39  39
21
X 21   1  5  5
2 2
X 22   1 12  12
 11 39 
X'   
 5 12 
T  11 5 
A matriz adjunta é X   X '    .
 39 12 

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1 1  11 5 
Portanto, X 1  X    .
det X 63  39 12 
a a 
Note que poderíamos ter calculado a inversa da matriz A   11 12  usando
 a 21 a 22 
1  a 22 a12 
diretamente a expressão A 1   .
det A  a 21 a11 

2) Seja f  x  uma função definida em tal que f 1  1. Para todo x  valem as
seguintes desigualdades
f  x  7   f  x   7 e f  x  1  f  x   1.
Se g  x   f  x  1  x  2, o valor de g  2023 é
a) 0 b) 1 c) 2 d) 2022 e) 2023

Resolução: b
Vamos construir alguns casos iniciais para entender o comportamento dessa função.
f  x  7   f  x   7  f 1  7   f 1  7  1  7  f 8  8
f  x  1  f  x   1  f 1  1  f 1  1  1  1  f  2   2
Vamos partir de f  x   f  x  1  1 e tentar obter uma desigualdade para f  2  .
f  x   f  x  1  1  f  2   f  2  1  1  f  3  1
f  2   f  3  1   f  4   1  1  f  4   2
f  2   f  4   2   f  5   1  2  f  5   3
f  2   f  5   3   f  6   1  3  f  6   4
f  2   f  6   4   f  7   1  4  f  7   5
f  2   f  7   5   f 8   1  5  f 8   6  8  6  2
Logo, f  2   2 e f  2   2, o que implica f  2   2.
Vamos tentar fazer algo similar para f  x  .
f  x  1  f  x   1  f  x   f  x  1  1
f  x  1  f  x   1
f  x  7  f  x   7  f  x   f x  7  7
f  x   f  x  6   1  7  f  x  6   6
f  x   f  x  6   6  f  x  5   1  6  f  x  5   5
f  x   f  x  5   5   f  x  4   1  5  f  x  4   4
f  x   f  x  4   4  f  x  3  1  4  f  x  3  3
f  x   f  x  3  3   f  x  2   1  3  f  x  2   2
f  x   f  x  2   2  f  x  1  1  2  f  x  1  1
 f  x  1  f  x   1
Logo, f  x  1  f  x   1 e f  x  1  f  x   1, o que implica f  x  1  f  x   1.

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Assim, para x  *
, devemos ter f  x   x.
Isso é imediato por indução finita, pois f 1  1 e, se f  x   x, temos
f  x  1  f  x   1  x  1.
Portanto, se g  x   f  x  1  x  2, temos
g  2023  f  2022   2023  2  2022  2023  2  1.

REFERÊNCIA: IME 2002 e 1ª fase e Olimpíada Chinesa de Matemática 2002

3) Considere os conjuntos de números complexos:


A  x  iy tal que x, y  e x  y  r e
B  x  iy tal que x, y  e max  x  a , y  b   c ,
onde r, a, b e c são números reais positivos e max x1, x 2  é o maior valor entre os reais
x1 e x 2 . O menor valor de r, em função de a, b e c, para que se tenha B  A é
a) a  b  c
b)  a  b  2  c
c) 2  a  b   c
d) a  b  2c
e) 2  a  b  c 

Resolução: d
Vamos identificar o lugar geométrico correspondente ao conjunto
A  x  iy tal que x, y  e x  y  r .
 x  y  r  y   x  r, se x, y  0
 x  y  r  y  x  r, se x  0  y  0

x  y r
 x  y  r  y  x  r, se x  0  y  0
 x  y  r  y   x  r, se x, y  0
A união dessas quatro regiões forma um quadrado no plano de Argand-Gauss, conforme
a figura a seguir.

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Vamos agora identificar o lugar geométrico correspondente ao conjunto


B  x  iy tal que x, y  e max  x  a , y  b   c .
max  x  a , y  b   c  x  a  c  y  b  c 
 c  x  a  c   c  y  b  c  a  c  x  a  c  b  c  y  b  c
Essa desigualdades correspondem a um quadrado de lado 2c e centro  a, b  no plano de
Argand-Gauss, conforme figura a seguir. Note que  a, b  é um ponto no primeiro
quadrante.

Colocando as figuras correspondentes aos dois lugares geométricos no mesmo plano de


Argand-Gauss, observa-se que o menor valor de r para o qual A  B ocorre quando o
ponto A, que é o vértice do quadrado mais distante da origem, está sobre a reta x  y  r,
conforme a figura a seguir.

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As coordenadas do vértice A do quadrado são A  a  c, b  c  e para que ele pertença à


reta x  y  r, devemos ter  a  c   b  c   r  r  a  b  2c.

4
4) A equação arctg  z   arctg  z  1  arctg   , em que arctg  x  é o arco tangente de
3
x, apresenta:
a) duas soluções reais sendo uma positiva e outra negativa.
b) duas soluções reais positivas.
c) duas soluções reais negativas.
d) uma única solução real, sendo esta positiva.
e) uma única solução real, sendo esta negativa.

Resolução: d
  
Sejam   arctg  z  e   arctg  z  1 , com ,     ,  .
 2 2
4 4
arctg  z   arctg  z  1  arctg        arctg  
3 3
4  
 tg             0, 
3  2
tg   tg  z   z  1
  3  2z  1  4 1  z 2  z   4z 2  10z  1  0
4 4
  
1  tg   tg  3 
1 z  z 1 3 
10  116 5  29
z 
8 4
5  29 5  29
Note que z  0 e z  0.
4 4
 
Como      0,  , convém analisar a solução negativa.
 2

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5  29 1  29
z  0  z 1  0
4 4
       
   arctg  z     , 0     arctg  z  1    , 0       0, 
 2   2   2
5  29
Logo, z  não é uma solução válida.
4
5  29
Portanto, a única solução real é z  , que é positiva.
4

5) Dez números reais formam uma progressão geométrica (PG) com razão q  1.
Removem-se ao acaso cinco desses números. A probabilidade de que os cinco números
restantes estejam em PG é
1 1 3 2 3
a) b) c) d) e)
252 126 126 63 63

Resolução: d
Seja a PG  a n  de 10 números com primeiro termo a1  0 e q  1.
Há 6 PGs de 5 termos e razão q obtidas a partir da PG original, começadas por
a1, a 2 , , a 6 .
Há 2 PGs de 5 termos e razão q 2 obtidas a partir da PG original que são  a1, a 3 , a 5 , a 7 , a 9 
e  a 2 , a 4 , a 6 , a 8 , a10  .
Logo, o número de casos favoráveis é # A  6  2  8.
O número de elementos do espaço amostral  é o número de maneiras de escolher 5
10!
números dentre os 10 da PG original, então #   C10
5
  252.
5!5!
#A 8 2
Portanto, a probabilidade pedida é P  A     .
#  252 63

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ˆ 
6) Seja um tetraedro de vértices A, B, C e D. São dados os ângulos em radianos ADB
3
e CDBˆ  ADC ˆ   e os comprimentos das arestas em centímetros CD  3 e
2
AD  BD  4. A distância em centímetros do ponto D ao plano ABC é
6
a) 7 b) 3 c) 2 3 d) 4 e) 5
7

Resposta: a

Inicialmente, observe que CD é a altura do tetraedro relativa à face ABD, então


1 1 42 3
VABCD   SABD  CD    3  4 3.
3 3 4

Como os triângulos BDC e ADC são triângulos retângulos, então AC  BC  5. Como o


triângulo ADB é equilátero, então AB  4. Logo, o semiperímetro do triângulo ABC é
55 4
p  7.
2
Aplicando a fórmula de Heron, a área do triângulo ABC é dada por
S  7  7  5 7  5  7  4   7  2  2  3  2 21
Seja d  D, ABC   DE  H, então

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1 1 6 6 7
VABCD   SABC  H  4 3   2 21  H  4 3  H  
3 3 7 7
x 2 3
7) A soma dos inversos das soluções inteiras da equação 2 x 3  0 é
2 3 x
19 19
a) 0 b)  c) 15 d) 15 e)
30 30

Resolução: e
1ª solução:
x 2 3 x 5 2 3 1 2 3
C1C1C2C3
2 x 3 0  x  5 x 3  0   x  5  1 x 3  0
2 3 x x 5 3 x 1 3 x
Note que, se x  2, a 1ª e a 2ª linhas do determinante são iguais e o determinante é nulo,
e se x  3, a 2ª e a 3ª linhas do determinante são iguais e novamente ele é nulo.
Logo, 5, 2 e 3 são raízes da equação dada.
1 1  1  15  10  6 19
Portanto, a soma dos inversos das soluções inteiras é       .
2 3  5  30 30
2ª solução:
x 2 3
2 x 3  0  x 3  12  18  6x  4x  9x  0  x 3  19x  30  0
2 3 x
Note que, se x  2, a 1ª e a 2ª linhas do determinante são iguais e o determinante é nulo,
e se x  3, a 2ª e a 3ª linhas do determinante são iguais e novamente ele é nulo.
Logo, 2 e 3 são raízes da equação dada.
Pelas relações de Girard, observamos que a soma das raízes 1  0, o que implica que a
terceira raiz é 5.
Assim, o conjunto solução da equação é S  5, 2,3 .
1 1  1  15  10  6 19
Portanto, a soma dos inversos das soluções inteiras é       .
2 3  5  30 30
Note que é fácil achar diretamente a soma dos inversos das raízes usando as relações de
Girard. Sejam r1 , r2 e r3 as raízes da equação, temos:
19
1 1 1 r1r2  r1r3  r2 r3 2 19
     1  .
r1 r2 r3 r1r2 r3 3  30 30
1
Entretanto, é preciso encontrar as raízes para garantir que todas são inteiras.

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8) Seja f :   
definida como f  x   log x  x 2  1 . Então:
a) f  x  é uma função par.
b) f  x  é uma função ímpar.
c) f  2x   f  x  para todo x  0.
d) f  x  tem duas raízes reais.
e) f  x  não tem raiz real.

Resolução: b
Inicialmente, vamos identificar o domínio de f  x   log x  x 2  1 .  
x 2  1  0, x 
x2 1  x2  x  x  x2 1  x  x  0
Portanto, o domínio da função é Df  .
Vamos agora analisar a paridade de f  x  .
 
f   x   log  x    x   1  log  x  x 2  1
2  
 x2 1  x  
x 2  1  x   x 2  1  x 2  1

 f   x   log  x  x 2  1  log   1 

 
  log x  x 2  1  f  x 
 x  x 1 
2

Portanto, f é uma função ímpar.


Vamos analisar as alternativas.
a) Falsa, conforme desenvolvimento anterior.
b) Verdadeira, conforme desenvolvimento anterior.
c) Falsa.
Supondo que a proposição seja verdadeira, obtemos um absurdo. Logo, não é verdade
que f  2x   f  x  para todo x  0.
f  2x   f  x   f  2    x    f   x   f  2x   f  x 
 f  2x   f  x   f  2x   f  x 
d) Falsa.
 
f  x   log x  x 2  1  0  x  x 2  1  100  x 2  1  1  x

  1
2
 1  x 
2
x 2
 1 x  0
 x 2  1  x 2  2x  1  x  1
 x  0  x 1 x  0
Logo, a função possui apenas uma raiz real.
e) Falsa, conforme desenvolvido em d).

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9) Um polígono regular possui 2n vértices  n  , n  1 . Escolhem-se ao acaso 4 vértices


do polígono, formando o quadrilátero ABCD. A probabilidade de ABCD ser um
retângulo é
n  n  2  2n 
     
n 1 n 2  2n  4
a)   c) 
4 
d)  
2 2
b) e)
 2n   2n   2n   2n   2n 
      6  12  
 4  4  4  4  4

Resposta: a
 2n 
Escolhendo-se 4 vértices ao acaso de um polígono de 2n vértices é possível formar  
 4 
 2n 
quadriláteros distintos. Logo, o número de elementos do espaço amostral é #       .
 4

Tomando n vértices consecutivos do polígono de 2n lados, para cada dois vértices


distintos escolhidos dentre eles, fica determinado um único retângulo e cada retângulo
que pode ser formado com vértices no polígono está associado a exatamente um par
desses vértices. Logo, o número de retângulos distintos que podem ser formados é
n
# A   .
 2
O exemplo acima apresenta alguns retângulos formados em um dodecágono regular
convexo a partir dos vértices A1 a A 6 .
n
 
#A  2 
Portanto, a probabilidade pedida é P   .
#     2n 
 
 4

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10) Considere um ponto P cujas coordenadas  x, y  , x, y  , satisfazem o sistema


4 cossec    x  6 cotg    y  4sen   

12 cossec    y  8cotg    x  0
onde  é um ângulo em radianos diferente de k  k   . O lugar geométrico descrito
pelos pontos P, conforme se varia o ângulo  , é um segmento de:
a) reta horizontal.
b) reta vertical.
c) reta inclinada.
d) elipse.
e) parábola.

Resolução: a
Vamos resolver o sistema pelo método de Cramer.
4 cossec    x  6 cotg    y  4sen   

12 cossec    y  8cotg    x  0
 4 cossec  6 cotg  
A 
 8cotg  12 cossec  
 det A  48cossec2   48cotg 2   48  cossec2   cotg 2    48 1  48
4sen  6 cotg 
0 12 cossec  48
x  1
48 48
4cossec  4sen 
8cotg  0 32cos  2
y   cos 
48 48 3
 2 
Logo, o ponto P  x, y   1, cos   .
 3 
Como cos    1,1 , então y    ,  .
2 2
 3 3
Portanto, o lugar geométrico dos ponto P é um segmento de reta vertical contido na reta
x  1 com y    ,  .
2 2
 3 3

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11) Um aluno distraído desmontou um relógio. Ao remonta-lo, trocou a posição dos


ponteiros das horas e dos minutos, de modo que o ponteiro das horas passou a girar com
a velocidade do ponteiro dos minutos e vice-versa. Sabendo que o relógio foi acertado
para as 4 horas, o intervalo que contém o horário t que marcará a hora certa novamente
pela primeira vez é
a) 4h 30 min  t  5h
b) 5h  t  5h 30 min
c) 5h 30 min  t  6h
d) 6h  t  6h 30 min
e) 6h 30 min  t  7h 10 min

Resposta: b
O relógio montado corretamente, às 4 h, teria o ponteiro das horas na posição 120 e o
ponteiro dos minutos na posição 0. Assim, após t minutos, o relógio correto teria o
ponteiro das horas na posição H  120  0,5 t e o ponteiro dos minutos na posição
M  6 t.
O relógio montado com os ponteiros na posição trocada, às 4 h, teria também o ponteiro
das horas na posição 120 e o ponteiro dos minutos na posição 0. Mas, após t minutos,
o relógio com ponteiros trocados teria o ponteiro das horas na posição  'H  120  6 t
e o ponteiro dos minutos na posição  'M  0,5 t.
Para que o relógio com os ponteiros trocados marque a hora certa, é preciso que as
posições dos ponteiros das horas e dos minutos em ambos os relógios sejam,
respectivamente, coincidentes.
Assim, H   'H e M   'M (o símbolo "  " denota que os arcos são côngruos, ou seja,
diferem por um número inteiro de voltas). Note que eles não podem ser iguais, então a
primeira vez que o relógio marcara a hora correta será quando a diferença entre eles for
360.
 'H  H  120  6 t   120  0,5 t   5,5 t  360
5 5
 t  65 min  1h 5 min .
11 11
Note que esse é o mesmo resultado que obteríamos fazendo M   'M  360.
5
Portanto, o relógio marcará a hora correta pela primeira vez às 5h 5 min, ou seja, entre
11
5h e 5h 30min.

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12) Um triângulo ABC possui incentro I e ex-incentro G relativo ao lado BC. Se


ˆ  AGC
BIC ˆ é
ˆ  155, então o ângulo ACB
a) 30 b) 45 c) 50 d) 60 e) 90

Resposta: c

Sejam   2, B̂  2 e Ĉ  2 os ângulos do triângulo ABC do enunciado.


O incentro I é o ponto de interseção das bissetrizes internas do triângulo ABC, então AI,
BI e CI dividem os ângulos Â, B̂ e Ĉ em duas partes iguais.
O ex-incentro G, relativo ao lado BC, é a interseção das bissetrizes externas dos ângulos
B̂ e Ĉ com a bissetriz interna do ângulo Â.
Pelo teorema do ângulo externo, BCD ˆ  BACˆ  ABC
ˆ  2  2.
ˆ  DCG
Como CG é bissetriz externa do ângulo Ĉ, então BCG ˆ    .
Novamente pelo teorema do ângulo externo, temos:
GCDˆ  GACˆ  AGC ˆ        AGC ˆ  AGC ˆ  .
Usando o teorema do ângulo externo duas vezes, temos:
ˆ  ACI
BIC ˆ  CAI
ˆ  ABI ˆ          2    .
ˆ  BAI
ˆ  AGC
É dado que BIC ˆ   2         2  2    155. (*)
A soma dos ângulos internos do triângulo ABC é 2  2  2  180. (**)
Subtraindo (*) de (**), vem:  2  2  2    2  2     180  155    25.
ˆ  2  2  25  50.
Portanto, ACB

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144x  324x 6
13) Seja a equação  . A soma dos módulos das soluções reais desta
64  729
x x 7
equação é:
a) 1 b) 2 c) 3 d) 8 e) 9

Resolução: a
144x  324x 6 122x  182x 6 42x  9x  4x  92x 6
  3x 3x    
64x  729x 7 4 9 7 43x  93x 7
4x  9x  4x  9x  6 4x  9x 6
    
 4x  9x  42x  4x  9x  92x  7  42x  4x  9x  92x  7
x x
42x  4x  9x  92x 7 4x 9x 7  9   4  13
   x 1 x          0
4x  9x 6 9 4 6 4 9 6
Note que o fator  4x  9x  que foi simplificado é sempre positivo.
x
9
Fazendo    y, temos:
4
1 13 13  25 3 2
y    0  6y 2  13y  6  0  y  y  y
y 6 12 2 3
Retornando a substituição, vem:
x 2x
9 3 3 3 1
       2x  1  x 
4 2 2 2 2
x 2x 1
9 2 3 3 1
        2x  1  x  
4 3 2 2 2
1 1
Logo, o conjunto solução é S   ,
2 2   e a soma dos módulos das raízes é

1 1 1 1
     1.
2 2 2 2

REFERÊNCIA: Esse problema é uma adaptação do problema 10 da página 3 do livro


“101 Problems in Algebra from de training of the USA IMO Team” de T. Andreescu e
Z. Feng.

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14) Se a equação 2x 2  cxy  3x  6y 2  4y  2  0 representa no plano real duas retas


concorrentes, então o valor positivo do número real c é
a) 6 b) 7 c) 8 d) 9 e) 10

Resolução: b
Teorema: A condição necessária e suficiente para que a equação
Ax 2  Bxy  Cy2  Dx  Ey  F  0 represente um par de retas é
2A B D
AE 2  B2 F  CD2  BDE  4ACF  0 ou   B 2C E  0 .
D E 2F
Vamos analisar o determinante da equação do enunciado
2x 2  cxy  3x  6y 2  4y  2  0  2x 2  cxy  6y 2  3x  4y  2  0
Assim, A  2, B  c, C  6, D  3, E  4 e F  2 e o determinante é dado por
2A B D 2  2 c 3 4 c 3
  B 2C E  c 2  6 4  c 12 4  0 
D E 2F 3 4 2   2  3 4 4
 192  12c  12c  108  4c 2  64  0  c 2  6c  91  0 
 c  13  c  7
Portanto, o valor positivo de c é 7.
2ª solução:
Se a equação 2x 2  cxy  3x  6y 2  4y  2  0 representa duas retas concorrentes, então
ela pode ser escrita como o produto dois fatores de 1º grau em x e y. Podemos identificar
essa fatoração resolvendo a equação do 2° grau em x.
2x 2  cxy  3x  6y 2  4y  2  0  2x 2   cy  3 x   6y 2  4y  2   0

 3  cy    cy  32  4  2   6y 2  4y  2 
x
22
 3  cy    c2  48 y2  2 16  3c  y  25
x
24
Para que x possa ser escrito como uma expressão do 1° grau em y, a expressão no interior
da raiz quadrada deve ser um quadrado perfeito. Para tanto, devemos ter
16  3c  c2  48  5  256  96c  9c2  25  c2  48 
 16c2  96c  1456  0  c2  6c  91  0  c  13  c  7
Portanto, o valor positivo de c é 7.

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15) Um número natural é palíndromo quando é o mesmo lido da esquerda para a direita
e vice-versa. Seja n um número natural palíndromo tal que 1000  n  9999. Se n é um
cubo perfeito, então a soma dos algarismos de n é
a) 8 b) 10 c) 12 d) 14 e) 16

Resposta: a
Se 1000  n  9999, então n possui 4 algarismos. Como n é palíndromo deve ser da forma
n  abba  1000a  100b  10b  a  1001a  110b  11 91a  10b  .
Logo, 11| n (11 divide n) e como n é um cubo perfeito, então 113 | n  1331| n.
Assim, podemos escrever n  1331 k 3 , onde k é um número natural e como
1000  n  9999, temos:
1000  1331 k 3  9999  10  11 k  21  k  1  n  1331
Logo, a soma dos algarismos de n  1331 é 1  3  3  1  8.

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