Queridos alunos,
Pintores de todos
Nesta atividade, vamos explorar as partes de uma história, construir perfis de
personagens e usar nossa imaginação para produzir um texto.
Vocês podem se lembrar de algumas histórias e personagens que conhecemos,
desde a infância, como a Branca de Neve e os Sete Anões, Chapeuzinho Vermelho,
Cinderela e outras. Todas essas histórias narram fatos (imaginárias ou reais) que
acontceram com alguém, em algum lugar, em algum tempo, de um certo modo.
Conto é uma narrativa breve: desenrola um só acontecimento predominante e um
só personagem principal; contém um só assunto cujos detalhes são tão compridos
e o cunjunto do tratamento tão organizado, que produzem uma só impressão.
(GOTLIB, 2003, p.16)
Abaixo, leremos a história do rei Mahendra, um monarca muito vaidoso, que
desejava pendurar na parede de seu palácio um quadro com a sua imagem.
Mahendra tinha um narigão, mas sempre se considerou um ícone de beleza e não
se apercebia da sua imperfeição. Vamos ver o que aconteceu?
O NARIZ DO REI MAHENDRA
MALBA TAHAN
Há muito tempo já passado, reinava no
Nepal, Mahendra.
Um governante bastante honesto...
Mas ele tinha um defeito. Possuía um nariz
enorme, monstruoso. Porém não tinha a
percepção da sua tamanha deformidade.
Muito pelo contrário, julgava-se um perfeito
exemplo de beleza masculina. E ai daquele que
zombasse de seu narigão. Mahendra mandava
cortar a cabeça fora!
Vaidoso de sua beleza sem igual, o rei
espalhara pelo reino muitos bustos e estátuas
de sua figura. E em seu palácio havia inúmeros
espelhos...
Certo dia, olhando as paredes do salão
principal, pensou Mahendra que muito lhe
agradaria um retrato, um retrato seu, vestido em
trajes militares.
Queria um quadro que fosse capaz de reproduzir toda sua força, sua
beleza... E para tal feito, não poderia ser qualquer pintor. Tinha que ser o melhor
pintor do Oriente.
Sendo assim, resolveu promover um concurso no reino.
os lugares poderiam participar, mas somente aquele que pintasse o retrato mais
bonito, julgado pelo próprio rei, ganharia um prêmio magnífico: um palácio, uma
urna cheia de ouro e um elefante.
Inscreveram-se quatro pintores.
O primeiro era Kedar, um famoso pintor árabe. Conhecido em todo Oriente.
Kedar pegou a tela, seus melhores pincéis, as mais variadas tintas e
pigmentos... E fez o retrato.
Pintou o rei exatamente como ele era, parecia uma fotografia, uma
perfeição...
Mas quando o rei Mahendra viu o quadro, ficou furioso:
- Mas que zombaria é essa!? Esse pintor é louco? Este não sou eu! Eu não
tenho esse nariz enorme!
E mandou cortar a cabeça do primeiro pintor.
O segundo a se inscrever foi Meriem, um artista sírio de grande renome.
Famoso por retratar muitos cheiques árabes.
Porém, Meriem achou prudente não imitar a escola realista de seu colega.
Essa história de retratar os soberanos como eles realmente são, nunca deu muito
certo!
Pegou a tela, as tintas, os pincéis... E começou a pintar o retrato do rei, mas
tomando o cuidado de corrigir algumas imperfeições. Diminuiu o narigão, afinou as
sobrancelhas... Levantou as bochechas caídas do rei... Enfim, fez do rei um
verdadeiro galã de novela das seis!
Porém, Mahendra não se reconheceu. Achou que aquele pintor era uma
enganação.
- Que atrevimento! Fazer-me perder tempo, horas aqui posando para o
retrato! Qualquer um vê que este não sou eu! Este pintor é um imbecil! Não sabe
pintar porcaria nenhuma!
E mandou cortar a cabeça do pobre
do Meriem.
O terceiro a participar foi Fauzi
Nalik, um pintor paquistanês, que havia
estudado na Inglaterra e na França, e era
conhecido por sua ousadia, sua
personalidade inventiva e moderna.
Fauzi pensou que o problema do rei
não era o nariz. O nariz era moderno,
arrojado, aerodinâmico... O problema é que
o resto do rosto não combinava com aquele
nariz!
Então, tomando a tela, e seu
material de trabalho, Fauzi decidiu inovar.
Manteve o nariz, mas projetou um
pouco o queixo para frente, buscando
harmonia nas formas; alongou a testa;
aumentou a cabeça; achou o rei muito
pálido e fez duas bochechas bem vermelhas como duas maçãs... ___________________________________________________________________
O rei ficou parecendo uma máscara! De fato, Fauzi era um homem muito a
frente do seu tempo.
Quando o soberano viu o retrato. Ficou enfurecido! Aquilo só podia ser uma ___________________________________________________________________
brincadeira de muito mal gosto! E rosnando, como um cachorro raivoso, cortou ele
mesmo a cabeça do pintor. ___________________________________________________________________
O quarto pintor não era famoso. Era do próprio reino, e nem mesmo era
muito conhecido.
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Ele havia se inscrito por causa do prêmio, mas já estava se arrependendo!
Pensou: se pinto o rei com o nariz grande, perco a cabeça; se diminuo o
nariz e corrijo seus defeitos; perco a cabeça; se resolvo inovar como o famoso Fauzi, ___________________________________________________________________
perco a cabeça!
E o modesto pintor já dava sua morte como certa. Já lamentava o fato de ___________________________________________________________________
que jamais seria famoso... De que morreria muito jovem...
Foi quando ele teve uma ideia. Uma daquelas ideias muito boas e que
poderia salvar sua vida. ___________________________________________________________________

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A partir de agora, você será o escritor do conto e criará um final para essa ___________________________________________________________________
história. O que poderia ter acontecido com o quarto pintor? Como será que ele
retratara o rosto do rei Mahendra? Ele agradaria o monarca?
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