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UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR

NÚCLEO DE TECNOLOGIA - NT
DEPARTAMENTO DE ENG CIVIL – DECIV
TOPOGRAFIA I

Docente: Prof. Esp. Aline Da Cruz Dias

PASSO A PASSO – TRABALHO DE TOPOGRAFIA


Trabalho:
Realizar o levantamento topográfico da poligonal pelo método direto, com
trena de lona. Realizar o levantamento pela Estação Total.
Calcular a área e o erro das poligonais pelos métodos e comparar.
Entrega: 25/05/2023

1. LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO POR CAMINHAMENTO


Este método geralmente é utilizado em terrenos que possuem um relevo
acidentado e áreas relativamente grandes. O levantamento planimétrico por
caminhamento consiste numa medição sucessiva de ângulos e distâncias
descrevendo uma poligonal fechada. Para isso, é necessário percorrer todos os
pontos que demarcam o contorno da poligonal.

1.1. Caminhamento pelos ângulos horários


Os ângulos horários são ângulos horizontais medidos no sentido horário.
Dependendo do sentido do caminhamento, os ângulos medidos podem ser
internos ou externos. Quando o caminhamento é feito no sentido horário, os
ângulos horizontais medidos são externos, já quando o caminhamento é feito
no sentido anti-horário os ângulos horizontais medidos são os ângulos internos.
Figura 1- Caminhamento sentido horário Figura 2- Camin. no sentido anti-horário

1.2. Prática – Levantamento planimétrico por caminhamento com a Estação


Total
Local de realização da prática: Campus Unir, Porto Velho – RO (Ver mapa
em Anexo)
• Grupo 1 – Maleta 1 – Tripé 1 – ÁREA AMARELA
Componentes: Catarina (Responsável pela maleta), Maurício, Nayelle,
Amanda, Lucas Fanuel, Lucas Garcia.
• Grupo 2 – Maleta 2 – Tripé 2 – ÁREA LARANJA
Componentes: Jackson (Responsável pela maleta), Natália, Lucas Alves,
Pedro, Rafael, Eduarda.
• Grupo 3 – Maleta 3 – Tripé 5 – ÁREA VERDE
Componentes: Pablo Jordan (Responsável pela maleta), Agnes Beatriz,
Caroliny De Matos, Raynara Vieira, Taynara Doce, Henrique Lunguinho.
• Grupo 4 – Maleta 4 – Tripé 6 – ÁREA ROSA
Componentes: Yago Lino (Responsável pela maleta); Sara Corneau;
Gabriel Tupan; João Vitor; Vitória Negretti; Ellora Veigant.

❖ Materiais necessários:
o 01 estação total;
o 07 piquetes;
o 07 estacas;
o 01 tripé;
o 01 bastão de prisma;
o 01 prisma refletor;
o 01 marreta;
o 01 caderneta de campo.

❖ Resultados esperados pelo levantamento: Cálculo da verificação do


erro angular de fechamento, compensação do erro, cálculo da área
da poligonal levantada e caderneta de campo preenchida.

1.3. Operação da Estação Total Topcon OS 105


1. Materializar a poligonal topográfica no campo;
2. Nos pontos materializados, marcar com o piquete e a estaca
3. Coloque ao lado de cada piquete uma estaca para tornar o ponto
topográfico visível;
4. Estacione, centre e nivele a estação total ponto inicial;
5. Certifique se o centro do aparelho coincide com o centro do piquete.
Para isso, use o prumo. Caso o prumo não esteja no centro do piquete,
ajuste as pernas do tripé e deixe-o no centro;
6. Se necessário, nivele o instrumento novamente;
7. Meça a altura do instrumento com a trena e anote o valor encontrado na
caderneta de campo;
8. Com o auxílio da bússola topográfica vise o norte magnético;
9. Solte o parafuso de trava do movimento horizontal e coloque o
instrumento na mesma direção do norte magnético. Em seguida, trave o
movimento horizontal;
10. Ligar – apertar botão verde do painel de botões (primeiro botão da última
coluna de botões);
11. Nivelar mesa seguindo as indicações da bolha na tela inicial (X e Y devem
estar zerados no ponto notável (ponto que se deseja ler).
12. Após nivelado, apertar botão “PRG”, que vai exibir a tela de programação.
Na própria tela do aparelho, clique no ícone “TRABALHO/OBRA”
(indicado pela seta vermelha na imagem abaixo). Uma nova tela abrirá,
clique no ícone “NOVO”. Com isso um novo trabalho será criado.

13. Ao clicar em novo, nova tela se abrirá e você poderá nomear o seu novo
arquivo.

14. Clique no quadro em branco destinado ao “NOME” e nomeie seu trabalho.


A tela se abre para um painel com os caracteres de escrita, digite o nome
do arquivo e clique no ícone verde e o arquivo será nomeado. Repita o
processo com o nome do criador do arquivo (“CRIADO POR”).
15. Após nomear e acrescentar as informações necessárias ao arquivo, salve
o arquivo clicando no ícone verde (“CHECK”) no canto superior da tela e
espere.

16. Espere o arquivo ser criado. O programa voltará ao menu principal, com
vários ícones e opções de ações. Clique em “EDITAR”.

17. Na nova tela que se abrirá, clique no ícone “PONTOS” e, sem seguida,
“ADICIONAR”.
18. Com as coordenadas (decimalizadas) do ponto ocupado e da ré em mãos,
adicione os pontos notáveis (N, E, Z obtidos com a bússola). É importante
nomear os pontos numa sequência lógica.

19. Com dados adicionados, selecione a caixa “PTO. CONTROLE” e clique


no ícone verde do canto superior direito (“CHECK”).

20. Repita o procedimento para o ponto ocupado e o ponto de ré.


21. Feche a tela de edição e retorne ao menu principal. Clique no ícone
“SISTEMA”. Uma nova tela abrirá, clique na opção “LEC. ATRÁS” (“RÉ”).
22. Na nova tela, selecione a opção “PUNTO ESTACIÓN” (“CONFIG. EST.”),
em seguida selecione o segundo ícone do lado direito da barra de edição
do ponto. Esse ícone abrirá a opção de importar dados “DESDE LISTA”
(“DA LISTA”).

23. A partir da lista de pontos pré-definidos, selecione primeiro o ponto da


estação ocupada e insira a altura do instrumento neste ponto (essa altura
deve ser medida com o instrumento já estacionado, com auxílio de trena,
na marca do centro de mira da luneta do instrumento).
24. Não alterar o fator de escala.
25. Para o ponto “PTO TRASERO/RÉ”; selecione o segundo ícone do lado
direito da barra de edição do ponto. Esse ícone abrirá a opção de importar
dados “DESDE LISTA” (“DA LISTA”), com a lista aberta selecione o ponto
previamente anotado como ponto ré.
26. Com isso, insira a altura do PRISMA circular (deve ser medido pelo
auxiliar de quem está operando o prisma) e a constante do instrumento
(selecione o ícone do abaixo do ícone “PUNTO/PONTO”, clique em
“EDITAR” e outra janela se abrirá.
27. Na tela seguinte, selecione a constante “-30 OFFSET” nas duas janelas.

28. Em seguida faça a visada da estação na direção do prisma, com a visada


enquadrada corretamente, selecione o ícone “SEGUINTE”. O programa
perguntará se a altura fixada está correta (“ALTURA DO MARCO
CORRETA?”), selecione “SIM” e aguarde o programa processar a
informação.
29. Para configurar o Azimute (“AZ”), clique no ícone mostrado abaixo. Em
seguida, selecione a tecla “CONFIG. A AZ”. Depois, clique no ícone
“CONFIG”, no canto inferior da tela. Marque também a caixa “MED DIST”.
30. Em seguida a tela exibirá todas as informações inseridas.

31. Para conferir se o ponto materializado está fixado corretamente, volte ao


menu inicial e selecione o ícone “REPLANTEAR/LOCAÇÃO”, em seguida
selecione o comando “PUNTOS/PONTOS”, em seguida, selecione o
segundo ícone ao lado da caixa de edição do botão “PTO DISEÑO/PTO
PROJETO”.

32. O programa abrirá uma lista dos pontos anotados, selecione o ponto ré e
espere carregar as informações; em seguida clique em
“REPLANTEAR/LOCAÇÃO” e espere. O programa abrirá uma tela com
um nível bolha, espere essa tela carregar totalmente e selecione o ícone,
conforme imagem abaixo.

33. Com a nova tela aberta verificar o ângulo horizontal e outros valores, que
devem em zero ou próximos de zero. Assim saberemos se a locação do
ponto está correta. Com tudo correto, passemos ao levantamento.
34. Volte ao menu inicial e selecione o ícone “REGISTRO/MEDIÇÃO”, e
depois o ícone “TOPO”.

35. A seguir, nomeie o ponto a ser lido e insira o código “TN”(Terreno Natural).
Aponte a estação para o PRISMA, que deve estar locado já no próximo
ponto a ser lido, e faça a visada.
36. Feita a visada do ponto, marque o ícone no canto inferior direito, como a
seguir, e espere o processamento do ponto.

37. Uma nova tela se abrirá, cheque as informações apresentadas, se tudo


certo, clique no ícone verde no canto superior à direita (“CHECK”).
38. Repita os passos 34, 35 e 36 para os pontos a serem lidos, sempre
checando se o código do prisma confere ao valor configurado inicialmente
se houve alteração da altura do prisma, caso haja, será necessário alterar
a configuração, repetindo o passo 34.
39. Para mover a horizontal, é destravar a mesa.
40. Para verificar os dados dos pontos medidos, acessar o menu inicial e
selecionar o ícone “MEDIÇÃO/REGISTRO” → “PONTOS”.
41. Preencha a caderneta de campo com todos os dados obtidos durante o
levantamento e faça os cálculos necessários;
42. Após a medição, desligue o aparelho e guarde-o com cuidado.

CADERNETA DE CAMPO
LEVANTAMENTO PLANIMÉTRICO POR CAMINHAMENTO
Pontos Distâncias Ângulo Ângulo Azimutes
Ré Estação Vante Horizontal Vertical

2. CÁLCULO DE ÁREAS
2.1. TRIANGULAÇÃO
Ao realizar o levantamento à trena de uma área, esta será dividida em
triângulos. O cálculo da área de cada triângulo será obtido pela Fórmula de
Heron, e a área total será o somatório das áreas de todos os triângulos. Primeiro,
deve-se dividir a poligonal em triângulos, conforme figura abaixo:
Fonte: Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”.

Com a área dividida em triângulos, calcula-se o semiperímetro (S) para


cada triângulo, conforme mostrado abaixo:

Onde a, b e c são os lados de cada triângulo.


Calculado o semiperímetro, calcula-se a área (A) conforme a fórmula a
seguir.

2.2. COORDENADAS
A área de uma poligonal também pode ser obtida pela Fórmula de Gauss,
que utiliza apenas as coordenadas dos pontos que compõem a poligonal. A
Figura a seguir, mostra uma forma simplificada para efetuar o cálculo da área.

Método de Gauss para cálculo de área de um polígono regular


Fonte: Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”.

Primeiro multiplica-se os valores de X por Y, no sentido esquerda →


direita, depois se multiplica os valores de Y por X, no sentido direita → esquerda.
Após, soma-se esses valores conforme destacado em 3 e 4 na Figura X.
Feito isso, aplica-se os valores na fórmula simplificada a seguir.

OBSERVAÇÃO
Para transformar coordenadas polares em coordenadas retangulares
aplica-se as seguintes fórmulas:
• Para obter a coordenada X
𝑋 = 𝑠𝑒𝑛 (𝐴𝑧) 𝑥 𝐷𝐻
• Para obter a coordenada Y
𝑌 = 𝑐𝑜𝑠 (𝐴𝑧) 𝑥 𝐷𝐻
Onde Az é o Azimute em graus e DH a Distância Horizontal em metros.
ANEXO

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