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RETROFIT

Amanda Távora
Ellen Costa
Nathalia Claudino
Nayelle Carmo
"É a remodelação ou atualização do
edifício ou de sistemas, através da
O QUE É? incorporação de novas tecnologias e
conceitos, normalmente visando à
valorização do imóvel, mudança de
uso, aumento da vida útil e eficiência
operacional e energética"
(ABNT NBR 15575:2021)

Em português “reconversão”, é a
intervenção realizada em um edifício com
o objetivo de incorporar melhorias e
alterar seu estado de utilidade. Este
conceito de recuperação de um patrimônio
que esteja subutilizado ou totalmente
inutilizado, não encerra na escala do
edifício mas se estende ao entorno urbano.
(CBCS, 2013)
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RETROFIT É
IGUAL
REFORMA?
CENÁRIO
BRASILEIRO
O retrofit é um conceito relativamente novo no Brasil,
principalmente quando comparado à atuação do
mercado internacional em países como os Estados
Unidos ou como o continente europeu em geral, com
destaque para o contexto inglês. É possível afirmar
que no cenário nacional a conceituação dessa
modalidade de intervenção ainda é difusa, inclusive
para aqueles que projetam e executam obras de
retrofit.

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O Retrofit vem se difundindo no Brasil, principalmente em grandes centros
como São Paulo e Rio de Janeiro. Por possuírem extensas áreas com
construções antigas, essas cidades tem buscado uma forma de revitalizar e
dar um novo uso aos seus prédios históricos. Alguns exemplos a seguir:

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-Pinacoteca do Estado de São Paulo:
Um dos grandes exemplos de aplicação de retrofit no Brasil é o projeto da
Pinacoteca de São Paulo, realizado por Paulo Mendes da Rocha.
O edifício original – construído no final do século XIX – passou, ao longo
dos anos, por diversos tipos de ocupação, transformações, estragos e até
mesmo abandono.
Assim, o projeto de revitalização tinha como objetivo principal adequar a
edificação conforme as necessidades técnicas e funcionais para transformá-la
definitivamente na Pinacoteca.
Para tanto, havia diversos desafios para resolver, como umidade, vazios
internos, uma planta original rígida e um plano de acesso comprometido
pelas áreas em seu entorno. O projeto seguiu sem deixar de preservar a
construção original.

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ANTES DEPOIS

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ANTES DEPOIS

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-Edifício Galeria, no centro do Rio de Janeiro:

A empresa Tishman Speyer, responsável pelo projeto de retrofit do Edifício


Galeria, realizou o processo de restauração e modernização de 2009 a 2011.

A construção, que era da década de 1930, foi amplamente revitalizada,


trazendo novas instalações na parte elétrica, hidráulica e de
telecomunicações.

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O objetivo era possibilitar a
instalação de grandes empresas,
tornando a edificação um dos
melhores edifícios corporativos e
comerciais da cidade. Para tanto, o
projeto buscou manter a herança
cultural e histórica da construção,
trazendo ao mesmo tempo
modernização do espaço físico e
das instalações para atender as
demandas atuais.
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RETROFIT NO BRASIL
É expressiva a ausência de políticas e normas locais que disponibilizem orientações específicas e
incentivem financeiramente a realização de retrofits em edificações, principalmente em
regiões subdesenvolvidas ou em desenvolvimento.

Principais limitações frente à implementação de retrofits:

Limitações ambientais - incertezas quanto aos resultados de performance energética e emissão de


gases de efeito estufa
Limitações econômicas - Falta de incentivo financeiro por políticas públicas e empresas privadas;
Possível necessidade de elevado investimento inicial e longo período de retorno.
Limitações sociais - Falta de conscientização dos usuários; Conhecimento limitado em regiões
subdesenvolvidas ou em desenvolvimento.
Limitações técnicas - Adaptação às condições estruturais da edificação existente; Maiores
restrições em comparação a novas construções; Falta de projetos e dados da edificação; Ausência
de regulamentação específica; Falta de conhecimento técnico para tomada de decisões.

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No Brasil o retrofit é uma técnica pouco disseminada e diversos fatores são citados como
obstáculos: o retorno financeiro em comparação com empreendimentos novos; a ausência de
legislação específica, pois as atuais não fazem distinção entre reforma e retrofit,
inviabilizando, em muitos casos, o aproveitamento de edifícios existentes; a escassez de
recursos tecnológicos disponíveis, sendo que em sua maioria são inadequados a obras em
edificações existentes e mais voltados para edificações novas; a falta de familiaridade com
essa prática por parte de projetistas e indústria.

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ASPECTOS TÉCNICOS
Segundo Moraes e Quelhas (2012 apud COSTA, 2018), o retrofit
tem por metodologia: analisar, customizar, adaptar, modificar
características que proporcionem melhorias no desempenho
energético, aumentar sua eficiência funcional e valorizar sua
estética.
• Estudo de viabilidade, seja financeira, técnica, de execução,
etc.: idade da edificação; uso residencial, comercial ou
industrial;
• Estudo sobre o estado do imóvel: pré-diagnóstico,
diagnóstico (vistoria, pesquisa documental, questionário,
entrevistas, medições físicas e investigações complementares)
e parecer final (montagem do diagnóstico, fluxograma,
programa de intervenções);

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GRAUS DE INTERVENÇÃO

• Quanto do edifício será alterado?

• Depende das características e estado do edifício.

• Como se estabelece o nível de intervenção?

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GRAUS DE INTERVENÇÃO

Barrientos (2004) apud Costa (p. 5, 2018)


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VANTAGENS X DESVANTAGENS

• Preservação de identidade e patrimônios históricos • Escassez de profissionais e empresas especializadas

• Adoção de um método menos destrutivo • Grande quantidade de imprevistos

• Valorização imobiliária
X • Falta de norma específica

• Economia financeira • Limitações físicas de espaço

• Sustentabilidade • Legalização/legislação

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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). ABNT NBR 15575. Edificações
habitacionais - Desempenho - Parte 1: Requisitos gerais. Rio de Janeiro, 2021.
CONSELHO BRASILEIRO DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL (CBCS). Retrofit: requalificação de
edifícios e espaços construídos. 2013. Disponível em:
<http://www.cbcs.org.br/_5dotsystem/userfiles/comite-
tematico/projetos/cbcs_ctprojeto_retrofit_folder.pdf>
COSTA, Daniele. A utilização do retrofit como técnica sustentável para reabilitação de
edifícios históricos. In: Fórum Maranhense de Urbanismo. 2 ed. 2018. São Luís - MA. Disponível
em: <https://patronage.fapema.br/anexos/ACC-PROD_0072020SECID-1320-20.pdf>
CRUZ, Talita. O que é Retrofit? Confira Se Vale a Pena Investir + 5 Exemplos no Brasil. VivaDecora. 2022.
Disponível em: <https://www.vivadecora.com.br/pro/retrofit/>
LUZ, Thaelys Cristine da. Retrofit: a requalificação e reutilização de construções antigas. Caçador,
2017. Disponível em: <https://acervo.uniarp.edu.br/?artigo_graduacao=retrofit-a-requalificacao-e-reutilizacao-
de-contrucoes-antigas>
OLIVEIRA, Candi Citadini. Uma revisão sobre estratégias de retrofit em edificações para melhoria
da eficiência energética e da sustentabilidade. 121 f. 2021. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) -
Departamento de Engenharia Civil - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis,
2021. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/223069/TCC%20Candi%20Citadini
%20de%20Oliveira.pdf?sequence=1&isAllowed=y>
SANTOS, Leonardo de Souza. Retrofit de edificações: uma visão da gestão da qualidade, dos prazos e
dos custos. 103 f. 2019. Monografia (Projeto de graduação) - Curso de Engenharia Civil - Escola
Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2019.Disponível
em: <http://repositorio.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10027304.pdf>
SANTOS, Verônica. Reforma x Retrofit: Entenda as Diferenças. SuaDecoração.com. 2023. Disponível
Amostra de Texto de Rodapé em: <https://suadecoracao.com/as-principais-diferencas-entre-reforma-e-retrofit/> 07/02/20XX

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