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ROTEIRO DE

APRENDIZADO ATIVO
TOPOGRAFIA

Semana 01
Curso: Engenharia Civil Introdução à Topografia
21/02 – 25/02/2022

VÍDEO-POCKET
LEARNING

Bem-vindo (a) à primeira semana do módulo 51!

Conhecendo o dia-a-dia da profissão

Definição de erros em um levantamento topográfico e estimativa de valores de


equipamentos.

O aluno deverá fazer uma lista de prováveis erros, e suas respectivas consequências,
em um levantamento topográfico utilizando uma estação total.
A estação total é um equipamento utilizado para levantamentos topográficos. Esse
equipamento é a união de um teodolito (leitor de ângulos) com um distanciômetro
(leitor de distancias) e um processador matemático, o qual permite, com um único
equipamento, obter as medidas planimétricas e altimétricas do terreno.

Figura 1 – Estação Total.


Em seguida, deverá fazer uma cotação rápida, na Internet mesmo, para começar a
ter noção de custos de equipamentos (Teodolito, Estação Total e Receptor GNSS
RTK).

Para melhor entendermos, assista o nosso vídeo pocket learning do


professor André Simões.

https://www.youtube.com/watch?v=X-NcOFyyOE4
MÃO NA MASSA
Bem-vindo(a) ao roteiro de aprendizado da primeira semana!

“Erros acontecem”, ou “errar é humano”, são ditados muito recorrentes,


especialmente quando alguma coisa não sai da forma que gostaríamos, não é
mesmo?

Na Topografia, apesar de o erro não ser algo desejável, não deve ser encarado
também como algo misterioso. É necessário entende-lo muito bem e ter
conhecimento sobre as suas principais fontes, ou seja, em quais momentos de um
levantamento topográfico eles podem ocorrer.

Vamos aplicar, agora, uma análise rápida para um levantamento topográfico.

Atividade 1. Imagine o seguinte exemplo ilustrativo:

Considere que você é o topógrafo responsável por um levantamento planialtimétrico


de uma área rural, do município onde você reside. Como você ainda está começando
na profissão, resolveu investir no aluguel de uma estação total para um melhor
desempenho em seus levantamentos, uma vez que este equipamento é completo.

Você, calouro na Topografia, lembra-se de todas as instruções e técnicas para um


correto levantamento.
Para a utilização da Estação Total, você se lembra que os procedimentos envolvem
três aspectos:

I. Instalação do equipamento
II. Focalização e pontaria
III. Leitura da direção

Na Instalação do equipamento, deve-se considerar:


1. Estacionar o equipamento no ponto de referência (com coordenadas
topográficas de referência) (Figura 2);

Figura 2 – Base instalada na horizontal.

2. Posicione o tripé: abra o tripé sobre o ponto de instalação de modo que a sua
base fique paralela ao plano horizontal e, aproximadamente, na altura do seu
peito. Note que ele possui travas que permitem o ajuste da sua altura (Figura
3).
Figura 3 – Posição do tripé no ponto de instalação do equipamento.

3. Observe o orifício da base do tripé: por meio dele, deve ser possível a
visualização do ponto. Tudo em ordem? Então você deve cravar os pés do
tripé para evitar o seu movimento (Figura 4).
Figura 4 – Ponto topográfico focalizado.
4. Fixe o equipamento ao tripé: somente após posicionar o tripé, retire
cuidadosamente o equipamento do estojo e posicione-o sobre a base do tripé
(Figura 5).
Figura 5 – Retire o equipamento do estojo para fixar ao tripé.

5. Agora, fixe o equipamento à base por meio do parafuso de fixação. Tenha


cuidado para não soltar o equipamento até que ele seja preso ao tripé (Figura
6).
Figura 6 – Fixe o equipamento à base por meio do parafuso de fixação.
6. Faça a centragem e nivelamento: com o equipamento fixado ao tripé, você
deverá centralizar e nivelar a sua estação. Esse procedimento é fundamental
para garantir que o eixo vertical do equipamento passe sobre o ponto
topográfico (cabeça do prego) (Figura 7).

Figura 7 – Parafusos calantes na base da estação total.

7. Posicione o visor da estação total paralelo a dois parafusos calantes e,


observando o nível bolha, mova simultaneamente os dois parafusos como
mostra a figura a seguir. Você deverá mover os parafusos até que a bolha
esteja centralizada (Figura 8).

Figura 8 – Mova os parafusos para centralizar a bolha.


8. Em seguida, gire a estação a 90° e, movendo apenas o parafuso calante
restante, centralize a bolha novamente. Para ter certeza que o equipamento
está nivelado, você pode girar para qualquer lado observando o nível bolha.
Se, ao girar o equipamento, a bolha não sair do centro, isso significa que o
equipamento está nivelado (Figura 9).

Figura 9 – Gire a estação a 90º e centralize a bolha.

9. Avalie o prumo do equipamento: o prumo pode ser verificado de duas formas:


por meio de um prumo posicionado no parafuso de fixação do tripé ou por meio
de um prumo laser (quando o equipamento possuir). Os equipamentos dos
polos possuem prumo laser, dessa forma, deve-se apenas verificar se o laser
coincide com o ponto topográfico. Caso este não coincida, você deverá,
cuidadosamente, desparafusar o equipamento, movendo-o até que o laser
coincida com o ponto. Feito isso, fixe novamente a estação e refaça a etapa
de nivelamento.
Figura 10 – Ponto de leitura (ré e vante).

10. Inicie a leitura: Para isso, faça uma dupla com um colega. Um deverá se
posicionar no ponto de leitura, enquanto o outro estará operando a estação
total.
11. Posicione-se no ponto de leitura (ré e vante): uma pessoa da dupla deverá ir
até o ponto de leitura com o prisma, esta deverá posicionar o prisma
exatamente sobre o ponto topográfico, isto é, sobre a cabeça do prego. O
prisma deve estar orientado na vertical, sendo, portanto, necessário que se
mantenha a bolha do nível da haste dentro do círculo vermelho, como mostra
a figura, durante todo o tempo da leitura (Figura 10).
12. Posicione-se na estação total: a outra pessoa da dupla deverá ficar na
operação da estação total, sendo a responsável por fazer as leituras. Para
isso, leia as seguintes instruções:
a) Mire no prisma: é necessário focalizar os retículos que representam o eixo
da luneta. Para isso, recomenda-se mirar a luneta para uma superfície
branca (Figura 11).
Figura 11 – Mire a luneta para uma superfície branca.

• Retículos bem nítidos e pontaria no objeto desejado, considerando a focaliza-


ção do mesmo (Figura 12).

Figura 12 – Exemplo de objeto não-focalizado e objeto focalizado.

Depois, deve-se focar no objeto (prisma). Para conseguir focar com


precisão, recomenda-se travar o movimento manual da luneta e utilizar os
parafusos laterais. Para isso, utilize os seguintes pontos do equipamento
(Figura 13).
Figura 13 – Utilize o equipamento para focar com precisão o objeto.

b) Leia os ângulos: após mirar corretamente no prisma, você irá observar os


ângulos informados na tela principal, como mostra a figura. O AZ
representa o ângulo vertical (azimute), enquanto AHD é o ângulo horizontal
(Figura 14).
Figura 14 – Observe os ângulos na tela do equipamento.

c) Leia a distância horizontal: a estação total mede a distância entre ela e


um ponto por meio da emissão de um laser. Para realizar essa medição,
você deve apertar DI (F1), após isso, irá aparecer, na tela principal, uma
nova linha com uma distância. Essa distância pode ser a distância
inclinada, a horizontal ou a vertical. Para alterar a distância informada,
você deve apertar IHV (F2) (Figura 15).

Figura 15 – Observe a distância horizontal na tela do equipamento.

Com estas informações, o que você deve fazer agora é investigar, em cada uma das
etapas da correta instalação e utilização de uma estação total, quais são os principais
erros que podem ocorrer neste levantamento, e quais são as consequências destes
erros para os resultados.

DICA: Seccione sua análise.

Exemplo:

ERRO: Na instalação do equipamento pode ocorrer um erro de não-nivelamento.


CONSEQUÊNCIA: Pode-se ocasionar diferenças nas leituras dos ângulos verticais.

Atividade 2. Você viu, na Atividade 1, que uma série de possíveis erros podem surgir
em um levantamento com a utilização de uma estação total. No universo da topografia
temos inúmeros equipamentos, a aquisição destes equipamentos depende muito do
tipo de atividade que você irá realizar, pois existem equipamentos mais e menos
caros a depender da complexidade do equipamento.

Com isso em mente, voltando à situação hipotética de que você é um topógrafo


recém-formado, observando estes possíveis erros e com receio de que eles
atrapalhem o resultado final, você está disposto avaliar o preço de outros
equipamentos para aquisição em seu futuro escritório, lembrando que existem
equipamentos mais e menos sofisticados que a estação total que você alugou.

Você tem em mente duas opções: Estação Total, Teodolito e Receptor GNSS RTK.
Sugeriram para você:

• Estação Total TOPCON GTS-212


• Teodolito Eletrônico Kolida Kt-02 Topografia
• Receptor GNSS RTK UNISTRONG – Modelo A90

Com estas informações, faça uma pesquisa rápida em algum buscador de seu
navegador (Google, etc.) e pesquise preços para estes dois equipamentos. Se
possível, faça um orçamento com mais de uma opção com diferentes preços para
cada equipamento, e estime um valor médio que deverá ser desembolsado para cada
um deles.

RESOLUÇÃO PASSO-A-
PASSO E GABARITO

ATIVIDADE 1

ERRO 1: Estacionar o equipamento de forma errada no ponto de referência ou


estacionar o equipamento em um ponto em que não haja referências topográficas
CONSEQUÊNCIA: As informações coletadas, no levantamento topográfico, sem a
devida correlação com as referências não estarão “amarradas”, ou seja, relacionadas
a um dado que já é previamente conhecido

ERRO 2: Equipamento não alinhado com o ponto de referência.


CONSEQUÊNCIA: No desalinhamento da base do equipamento com o ponto de
referência, surgem-se erros de inclinação, que podem alterar, significativamente os
resultados. OBS.: Lembre-se que o ponto referência tem coordenadas conhecidas (em
X, Y e Z) e o desaprumo faz com que haja variação nisto.

ERRO 3: Não-fixação da base.


CONSEQUÊNCIA: Possibilidade de sútil oscilação da posição do equipamento na
base. Um outro problema que pode surgir com o equipamento “solto” na base é o risco
de ele cair.

ERRO 4: Não-calagem ou calagem incorreta, tanto a grosseira quanto a fina.


CONSEQUÊNCIA: A calagem, tanto a grosseira quanto a fina, é o processo
fundamental para ajustar o tripé e a base do equipamento de tal forma que ele fique
nivelado. Caso estes procedimentos sejam feitos de forma incorreta ou incompleta, o
nivelamento do equipamento, como um todo, estará comprometido.

ERRO 5: Não utilizar nível (de bolha, tubular ou digital) para ajustar a calagem do
equipamento.
CONSEQUÊNCIA: É o nível o parâmetro para checar, durante a calagem, se o
equipamento está sendo nivelado. Caso este nível não seja utilizado ou ainda, caso o
nível esteja descalibrado, o nivelamento estará comprometido.

ERRO 6: Retículos desfocados ou má pontaria do objeto.


CONSEQUÊNCIA: A leitura de PI e PD depende, precisamente, do posicionamento
focalizado do objeto nos retículos. Caso isto não ocorra, surgem erros de imprecisão
na visada.

ERRO 7: Erros na leitura da direção em função de ângulos lidos incorretamente.


CONSEQUÊNCIA: Especialmente para teodolitos analógicos, a conferência de erros
se dá pela comparação de PD e PI. Caso os ângulos PD e PI sejam lidos
incorretamente pelo topógrafo, surge aí mais um erro, que é de leitura.

ATIVIDADE 2

Estação Total TOPCON GTS-212


Preço Médio: R$ 9.435,00

Teodolito Eletrônico Kolida Kt-02 Topografia


Preço Médio: R$ 5.677,65

Receptor GNSS RTK UNISTRONG – Modelo A90


Preço Médio: R$ 68.893,00

REFERÊNCIA
ABNT. NBR 13133: Execução de levantamento topográfico. Rio de Janeiro: ABNT,
1994.

BORGES, A. C. Topografia aplicada à Engenharia Civil. 3. ed. v. 1. São Paulo:


Blucher, 2013.

TULER, M.; SARAIVA, S. Fundamentos de Topografia. Porto Alegre: Bookman, 2014.

MATERIAIS
EQUIPE PEDAGÓGICA HÍBRIDOS
LIVRO DIDÁTICO ENGENHARIAS

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