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Centro Universitário do Planalto de Araxá

Apostila de aulas práticas de topografia

Prof. M.Sc. Diogo Aristóteles Rodrigues Gonçalves

Araxá – MG
AULAS PRÁTICAS

PRATICA 1 – Goniologia

Goniologia é a parte da topografia que se encarrega do estudo dos ângulos


utilizados na execução de seus trabalhos. É dividida em goniometria e
goniografia.

Goniometria: é a parte da Goniologia que se encarrega da medição de


ângulos no campo.

Goniografia: é a parte da Goniologia que se encarrega da representação


gráfica ou geométrica dos ângulos.

Goniômetro: todo aparelho utilizado para medir ângulos (teodolito).

CUIDADOS GERAIS NO MANUSEIO DO TEODOLITO

1. SEMPRE conduzir o instrumento dentro do estojo ao local de trabalho;


2. Antes de retirar o instrumento do estojo, deve-se observar a posição que
o mesmo se encontra de maneira que se possa, ao guardá-lo, encaixá-lo
coincidindo com a estrutura do estojo. Ao sacar o instrumento, deve-se
segurar com uma das mãos na alça de transportes e a outra por baixo da
base nivelante;
3. NUNCA tocar os níveis tubular e esférico dos instrumentos;
4. Coloca-se o instrumento sobre a plataforma do tripé e, sustentando-o com
uma das mãos, fixa-se imediatamente a base nivelante na plataforma.
CUIDADO PARA NÃO ESPANAR O PARAFUSO DE FIXAÇÃO DA BASE AO
APERTÁ-LO;
5. NUNCA deixar o instrumento SOLTO SOBRE O TRIPÉ;
6. NÃO apontar a luneta do instrumento diretamente para o sol, pois pode
causar sérios danos aos seus olhos e ao instrumento;
7. NÃO expor o instrumento à água;
8. SEMPRE proporcionar as proteções para diminuir o risco de golpes, pois
estes podem causar falhas nas medições.
9. SEMPRE guardar os aparelhos com os “movimentos” vertical e horizontal
soltos.
10. NUNCA sentar-se na caixa do equipamento.
PASSOS PARA INSTALAÇÃO DO TEODOLITO

1º. Abrir o tripé;

2º. Instalar o tripé no ponto de interesse;

3º. Retirar o teodolito da caixa;

4º. Fixar o teodolito no tripé;

5º. Movimentar 2 pés do tripé para ajustar o prumo óptico no “centro” do


piquete;

6º. Fixar o tripé no chão;

7º. Ajustar a bolha do nível circular movimentando os pés do tripé para cima ou
para baixo. Para isso solte o parafuso/presilha de movimento do tripé.

8º. Verificar pelo prumo ótico se o teodolito saiu do “centro” do piquete. Caso
isso tenha ocorrido afrouxar (um pouco) o parafuso de fixação do teodolito no
tripé e movimentá-lo ate que o mesmo esteja alinhado com o “centro” do
piquete;

9º. Nivelar a bolha tubular utilizando os calantes;

10º. Repetir o passo 8;

11º. Verificar se o teodolito se encontra nivelado, caso não esteja repita os


passos 9º e 8º.
ORGÃOS E PARTES COMPONENTES DOS TEODOLITOS

A Figura 1 apresenta os principais órgãos e partes componentes de um


teodolito.

Figura 1. Órgãos e partes componentes de um teodolito.

1. Órgãos de sustentação: tripés, pratos e parafuso de fixação do


instrumento no prato;

2. Órgãos de manobra: parafusos calantes ou niveladores, parafuso de


fixação do limbo horizontal e parafuso de fixação da luneta;

3. Orgãos de ajuste: parafuso de chamada do movimento geral, parafuso


de chamada da luneta, parafuso de enfoque do objeto visado e
parafuso de enfoque dos fios do reticulo;

4. Orgãos de visada: luneta;

5. Orgãos de leitura: tela de informação (visor), fios do reticulo;


5.Órgão acessórios: prumo, níveis de bolha, bússolas e alça de mira.
PRÁTICA 2 – Manejo de teodolitos (medição de ângulos horizontais e mira)

Materias utilizados: 01 teodolito com seu respectivo tripé, 01 baliza, 01


mira, caderneta de campo, 03 piquetes, 01 trena e 01 marreta.

Procedimentos:

1. Materializar os pontos topográficos A, B e C, conforme apresentada na


Figura 2;
2. Estacionar e centralizar o Teodolito no ponto topográfico A e medir a
altura do instrumento;
3. Visar a baliza no ponto topográfico B e zerar o ângulo horizontal;
4. Trocar a baliza pela mira e fazer as leituras dos fios (superior, médio e
inferior);
5. Fazer a feitura do ângulo zenital;
6. Girar o movimento do ângulo horizontal ate o ponto C;
7. Fazer as leituras dos fios e dos ângulos zenital e horizontal;
8. Medir com a trena a distancia entre os pontos AB e AC;
9. Repetir os passos 4 a 8 para os demais pontos, conforme solicitado na
caderneta de campo apresentada a seguir.

Figura 2. Alinhamentos a serem medidos.

Ré Estação Vante Descrição Altura do Ângulo Fios Distância


Instrumento Horizontal Zenital Sup. Méd. Inf. trena
C A Piquete
B Piquete
A1
A2
A3
A4
A5
A6
A7
A8
A figura abaixo mostra uma parte da mira e algumas leituras. Marque as
leituras apresentadas na mira.
1,615m 1,705m 1,658m 1,600m 1,725m
PRÁTICA 3 – Manejo de teodolitos (medição de ângulos externos de um triângulo)

Materiais utilizados: 01 teodolito com seu respectivo tripé, 01 baliza, 01 mira,


caderneta de campo, 03 piquetes, 01 trena e 01 marreta.

Procedimentos:

1. Materializar os pontos topográficos A, B, e C (polígono de 3 lados);


2. Estacionar e centralizar o Teodolito no ponto topográfico A e medir a Altura do
instrumento;
3. Visar o ponto C e zerar o ângulo horizontal;
4. Trocar a baliza pela mira e fazer as leituras dos fios (superior, médio e inferior);
5. Fazer a leitura do ângulo zenital;
6. Girar o movimento do ângulo horizontal até o ponto B;
7. Fazer as leituras dos fios e ângulos zenital. Fazer a leitura do ângulo externo do
triângulo;
8. Medir com a trena a distancia entre os pontos AB, AC e BC;
9. Repetir os passos 2 a 7 para os demais pontos.

Ré Estação Vante Descrição Altura do Ângulo Fios Distância


Instrumento Horizontal Zenital Sup. Méd. Inf.
C A Piquete
A B Piquete
A B Piquete
B C Piquete
B C Piquete
C A Piquete
C C1
C C2
C C3
A soma dos ângulos externos de um polígono é dada pela equação:

∑ = 180°. (𝑛 + 2)
𝑎𝑒

em que:

n é o numero de lados da poligonal.


PRÁTICA 4 – Levantamento Topográfico por irradiação

Materiais Utilizados: 01 teodolito com seu respectivo tripé, 01 baliza, 02 miras,


caderneta de campo, 01 piquete e 01 marreta.

Procedimentos:

1. Materializar o ponto topográfico A que será a sede da irradiação


2. Escolher alguns pontos definidores do polígono a ser levantado (limite da área a
ser levantada);
3. Estacionar e centralizar o Teodolito no ponto topográfico A e medir a altura do
instrumento;
4. Visar o ponto 0 e zerar o ângulo horizontal;
5. Trocar a baliza pela mira e fazer as leituras dos fios (superior, médio e inferior);
6. Fazer a leitura do ângulo zenital;
7. Girar o movimento do ângulo horizontal até o ponto 1;
8. Fazer as leituras dos fios e dos ângulos zenital e horizontal;
9. Repetir os passos 7 e 8 para os demais pontos.
10. Determinar as Dr e Dn dos pontos levantados.

A caderneta apresentada a seguir deve ser preenchida com os dados levantados nesta
aula prática.

Estação Pontos Descrição Altura do Ângulo Fios Dr Dn


visados Instrumento Horizontal Zenital Sup. Méd. Inf.
0
1
2
3
4
5
6
7
A 8
9
10
11
12
13
14
15
PRÁTICA 5 – Levantamento Topográfico por caminhamento (ângulos e horários)

Materiais utilizados: 01 teodolito com seu respectivo tripé, 02 balizas, 02 miras,


caderneta de campo, 04 piquetes e 01 marreta.

Ré Estação Vante Descrição Altura do Ângulo Fios OBS


Instrumento Horizontal Zenital Sup. Méd. Inf.
C A Piquete
A B Piquete
A B
B C
B C
C A
Procedimentos:

1. Materializar a poligonal com 4 vértices;


2. Estacionar e centralizar o Teodolito no ponto topográfico A e medir a altura do
instrumento;
3. Visar à estação D (Ré) e zerar o ângulo horizontal;
4. Trocar a baliza pela mira e fazer as leituras dos fios (sup., méd. e inf.);
5. Fazer a leitura do ângulo zenital;
6. Girar o movimento do ângulo horizontal até o ponto B;
7. Fazer as leituras dos fios e dos ângulos zenital e horizontal;
8. Visar todas as irradiações possíveis e fazer as leituras dos fios e dos ângulos zenital e
horizontal;
9. Estacionar o teodolito no ponto B e repetir os passos 2 a 8;
10. Repetir os passos para todos os vértices da poligonal;
11. Fazer o croqui da área levantada;
12. Fazer todos os cálculos, verificando as tolerâncias e erros, para determinar as
coordenadas absolutas;
13. Fazer o desenho; e
14. Interpolar as curvas de nível do desenho.
Pratica 6 – manejos de teodolitos (mediação de azimutes)

Matérias utilizadas: 01 teodolito com seu respectivo tripé,01 baliza, 02 piquetes e 01


marreta.

Azimute magnético de um alinhamento é um ângulo horizontal medido a partir do


Norte Magnético no sentido horário até o plano vertical que contém o alinhamento
considerado.

Procedimentos

1. Materializar os pontos topográficos A e B;


2. Estacionar e centralizar o Teodolito no ponto topográfico A;
3. Zerar o limbo horizontal e travar o movimento do limbo;
4. Soltar a alavanca de fixação da agulha imantada da bússola;
5. Orientar a luneta para o Meridiano Magnético com o movimento geral solto;
6. Travar o movimento geral; e
7. Liberar o movimento do limbo, visar a baliza no ponto topográfico B e fazer a
leitura do azimute.
Práticas 7, 8 e 9 – trabalhos práticos

PRÁTICA 10 – Demonstração com GPS de navegação

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