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MEDIÇÃO DE ANGULOS TOPOGRAFICOS

DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DE TOPOGRAFIA


TURMA: VI SEMESTRE – 2018.2
PROF.: DANIEL ADLAN VIEIRA BARBOSA
ÂNGULOS TOPOGRAFICOS

Dentro dos objetivos de topografia de representar no papel uma porção


limitada da superfície terrestre e o controle geométrico das obras de
engenharia, além da necessidade de medir grandezas de distâncias temos
também as grandezas angulares.

Em topografia lidamos frequentemente com a medição de ângulos. É


importante um estudo detalhado dos métodos e instrumentos utilizados para
obtenção desses ângulos. o ramo de topografia que expresse ligação dos
ângulos é denominado Goniologia.
A abertura do ângulo é uma propriedade invariante e é medida em radianos ou
graus. O instrumento mais usado para leitura de ângulos na topografia
denomina-se goniômetro, se esse possui os fios estadimétricos se chama
teodolito. Esses instrumentos tem a mesma finalidade do transferidor quando
usado em uma figura no papel.

Os angulos topograficos podem ser:

HORIZONTAIS

ÂNGULOS

VERTICAIS
ÂNGULOS HORIZONTAIS:

No plano horizontal que está perpendicular ao eixo Zênite - Nadir os


ângulos horizontais são medidos a partir de um ponto topográfico de uma
determinada poligonal ou alinhamento, de acordo com o método a ser
empregado, visando obtenção do ângulo entre dois alinhamentos
considerados.

Os ângulos horizontais são medidos entre as projeções dos dois alinhamento do


local a ser levantado/ locado, projetado no plano topográfico.
• Ângulos Internos:

Para a medida de um ângulo horizontal interno a dois alinhamentos


consecutivos de uma poligonal fechada, o aparelho deve ser estacionado,
nivelado e centrado com perfeição, sobre um dos pontos que a definem (o
prolongamento do eixo principal do aparelho deve coincidir com a tachinha
sobre o piquete).

1) Fazer a pontaria fina sobre o ponto de referência;


2) Anotar o ângulo;
3) Destravar e girar o aparelho, executando a pontaria sobre o ponto
de interesse;
4) O ângulo obtido pela diferença entre as duas medições ou
marcado no visor corresponde ao ângulo interno.
• Ângulos Externo:

A fim de mensurar um ângulo externo a dois alinhamento consecutivos de uma


poligonal fechada, o aparelho deve ser estacionado, nivelado e centrado com
precisão sobre um dos pontos que a definem.

Pode ser obtido do mesmo modo que os ângulos internos, desde que a primeira
pontaria seja feliz sobre o ponto de referência e a segunda sobre o ponto de
interesse. Entretanto, se o valor do ângulo interno foi conhecido pode-se
utilizar a seguinte relação
• Deflexão:

A deflexão é o ângulo horizontal que o alinhamento posterior forma com o


prolongamento do alinhamento anterior, para um aparelho estacionado,
nivelado e centrado com perfeição, em um determinado ponto de uma
poligonal.

Este ângulo varia de 0° a 180°. Pode ser positivo, ou à direita, se o sentido do


giro for horário; negativo, ou à esquerda, se o sentido do giro for anti-horário.
Assim, para a medida da deflexão, utilizando um goniômetro, procede-se da
seguinte maneira:

Tombando a Luneta:

1) Executar a pontaria (fina) sobre o ponto do alinhamento anterior;


2) Zerar o círculo horizontal do aparelho nesta posição;
3) Liberar somente a luneta do aparelho e tombá-la segundo o prolongamento
do primeiro alinhamento;
4) Liberar e girar o aparelho (sentido horário ou anti-horário), executando a
pontaria (fina) sobre o ponto a vante do alinhamento posterior;
5) Anotar ou registrar o ângulo (Hz) marcado no visor LCD que corresponde à
deflexão medida.
Girando o Aparelho:

1) Executar a pontaria (fina) sobre o ponto do alinhamento anterior;


2) Imputar ao círculo horizontal do aparelho, nesta posição, um ângulo Hz =
180°00'00";
3) Liberar e girar o aparelho (sentido horário ou anti-horário), executando a
pontaria (fina) sobre o ponto do alinhamento posterior;
4) Anotar ou registrar o ângulo (Hz) marcado no visor LCD que corresponde à
deflexão medida
• Ângulos de Orientação:

São ângulos formados pelo os alinhamentos do levantamento com algum tipo


de orientação.

Essa orientação são eixos que servem com base para os alinhamentos. Os eixos
são linhas que unem o polo Norte ao polo Sul denominada linha dos Polos ou
eixo de rotação.

Esses ângulos formados com esse eixos são chamados de:


• Azimute
• Rumo
ÂNGULOS VERTICAIS:

O plano vertical, que está paralelo ao eixo Zênite - Nadir, os ângulos


verticais são aqueles lidos a partir de uma origem escolhida pelo
topógrafo, para medição desse ângulo em um determinado lugar. De acordo
com o início de sua contagem podem ser denominados de:

• ângulos zenitais
• inclinação
• nadiral
• Ângulos Zenital:

O termo Esfera Celeste pode ser considerado como um globo fictício de raio
indefinido, cujo centro radial é o olho do observador.

O ângulo zenital trata-se do ângulo formado entre a linha vertical do lugar


(alinhamento perpendicular à esfera celeste) acima do observador com a linha de
visada.

Os ângulos zenitais são aqueles que o início de sua Contagem


no Zênite 0°, acima do instrumento seguindo a direção da gravidade e varia até
360 graus.
• Ângulos De Inclinação:

A inclinação é uma medida angular entre a linha horizontal


local( perpendicular ao Zênite) e a linha de visada.

Os ângulos de inclinação são aqueles que tem seu início de contagem no plano
horizontal 0° e vão até o Zênite (90°) e até o Nadir(90°), assumindo valores
positivos no primeiro caso e negativos no segundo
• Ângulo Nadiral:

O ângulo nadiral é o ângulo formado entre a direção vertical abaixo do


observador e a linha de visada.

Os ângulos Nadirais são aqueles que tem sua origem no Nadir 0° e vai ate o
Zênite 180 °. Varia de 0 ° a 180 ° ou de 0° a 360 ° dependendo do equipamento.
MÉTODOS DE MEDIÇÃO DE ÂNGULOS HORIZONTAIS

Existe alguns diferentes métodos de medição para obtenção dos entre


alinhamentos do terreno a ser levantado. Os métodos diferenciam-se pela
complexidade e, consequentemente, pela precisão obtida. Dessa forma,
métodos mais simples podem gerar mais erros.

Os métodos podem ser:


• Simples
• Zeragem
• Repetição
• “Claudio”
• Reiteração
• SIMPLES:

Este processo é usado em trabalhos de pouca precisão, pois o valor do ângulo é


medido uma única vez. O ângulo é obtido pela diferença entre as leituras de um
alinhamento qualquer aos dois alinhamentos em estudo no terreno.

1) Instalar e Nivelar o equipamento no ponto 0;


2) Apontar a luneta para a baliza posicionada no vértice 1;
3) Anotar a leitura do limbo horizontal (o zero da graduação do limbo está
numa posição qualquer);
4) Com o movimento geral do aparelho fixo, liberar o movimento particular e
apontar a luneta para a baliza instalada no vértice 3;
5) Anotar a leitura do limbo.
6) A diferença das duas leituras fornece o ângulo horizontal (Hz) entre os
alinhamentos.
• ZERAGEM:

O Método da Zeragem, apesar de ser um dos mais utilizados, não costuma ser
demonstrado em livros por ser pouco eficiente. Trata-se do Método Simples,
sendo feita, porém, apenas uma leitura, e zerando-se o limbo no alinhamento
com o vértice 1. Desse modo, a precisão é ainda mais reduzida do que no
método anterior.
• REPETIÇÃO:

Este método consiste em visar, sucessivamente, os alinhamento a vante e a ré


de um determinado ponto ou estação, fixando o ângulo horizontal lido e
tomando-o como partida para a próxima medida.

Os procedimentos são:

1) Instalar e Nivelar o teodolito no ponto 0;


2) Zera-se o limbo do aparelho em uma direção qualquer;
3) A luneta é apontada para o primeiro alinhamento, vértice 1 e a leitura
angular é lida e anotada;
4) O aparelho é liberado e a luneta é apontada para o ponto do próximo
alinhamento, vértice 3;
5) A leitura angular é lida e anotada;
6) Fixa-se a leitura angular horizontal (limbo), destrava-se o aparelho
(movimento horizontal) e aponta-se a luneta novamente para o primeiro
alinhamento, vértice 1;
7) Observe que, neste momento, a leitura angular de partida utilizada é a
leitura angular lida anteriormente;
8) Liberar o ângulo horizontal (limbo) e destravar o aparelho, apontando-se
para o ponto do próximo alinhamento, vértice 3;
9) Uma nova leitura angular é feita e anotada.
Onde; x = numero de círculos completos do círculo
graduados, devendo ser contado toda vez que passa pela
graduação zero.
• “CLAUDIO”:

Este método, alternativo ao da repetição tradicional, consiste em realizar o


método simples por pelo menos três vezes, mas com diferentes ângulos no
limbo horizontal.

A cada medida de ângulo horizontal deve-se zerar o limbo em uma direção


qualquer, a fim de utilizar-se partes diferentes e aleatórias do limbo. Assim,
obtem-se no mínimo três ângulos.

O ângulo formado entre os vértices 1 e 3 da poligonal será a média dos ângulos


medidos.
Este método era utilizado em aparelhos ópticos-mecânicos (teodolitos
analógicos), devido a dificuldade de fixar a pontaria fina na fase de
arrastamento da leitura fixada no próximo alinhamento para o alinhamento
anterior, de acordo com o método anterior.

• REITERAÇÃO

Este método tem como objetivo fazer medições do ângulo utilizando regiões
opostas do limbo, para minimizar erros devido a deformações e/ou problemas
de fabricação no aparelho. Para isso, bascula-se a luneta (girár
aproximadamente 180º00’00”) após a visada no ponto de ré.
O procedimento é:
1) Instalar e Nivelar o equipamento no ponto 0;
2) A luneta do aparelho é apontada para o primeiro alinhamento, vértice 1 e é
feita a leitura angular horizontal e anotada;
3) O aparelho é apontado para o próximo alinhamento, vértice 3;
4) A leitura angular é lida e registrada;
5) A luneta é basculada (girar a luneta verticalmente, em torno do eixo
horizontal) em aproximadamente 180º, a fim de que ela fique na mesma
direção, mas no sentido oposto;
6) A luneta é novamente apontada para o primeiro alinhamento, vértice 1 ;
7) A leitura angular de partida tomado agora é diferente da anterior em
180°00’00”;
8) Aponta-se para o próximo alinhamento, vértice 3;
9) Outra leitura angular é feita e anotada
O ângulo será a média dos n pares de leituras conjugadas.
FAZER EXERCICIO DE CORREÇÃO DE ANGULOS, COLOCAR ASSUNTO DE
CORREÇÃO DE ÂNGULO ZENITAL, E PROCEDIMENTO PRA ESTACIONAMENTO DE
TEODOLITO

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