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TOPOGRAFIA:

Erros e correções

Profª Rosângela Leal

UEFS/DTEC/Topografia
Recapitulando a
aula passada...

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AZIMUTE (o que saber mesmo?)
O AZIMUTE de um
alinhamento é o ângulo
horizontal formado
entre ele e a direçã
o do
Norte, medido a partir
do Norte em sentido
horário. Assim, o
azimute varia de 0º a
360º . Caso seja medido
a partir da direção
Norte Magnético ele
será um AZIMUTE
MAGNÉTICO mas, e se
a referência for Norte
Geográfico ele será um
AZIMUTE
GEOGRÁFICO ou
AZIMUTE
VERDADEIRO.
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Métodos de Medição de AH

Com acerto do zero em P: Em qualquer parte do


limbo:
LP = 00º 00’ 00”
LQ = 35º 20’ 10” LP = 40º 10’ 00”
α = LQ - LP = 35º 20’ 10” LQ = 75º 30’ 10”
α = LQ - LP = 35º 20’ 10”
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Azimutes e Contra-Azimute
• Nesta abordagem serão considerados apenas os
azimutes planos, ou seja, serão desconsideradas a
curvatura da terra e todas as suas influências no seu
azimute. Além disso, o azimute de um alinhamento
depende do sentido. O Cálculo do Azimute no sentido
contrário, ou Contra-Azimute é feito obedecendo-se a
seguinte relação: Se Az < 180° , então o Contra-
Azimute será Az + 180° . Se Az > 180° , então o
Contra-Azimute será Az − 180° :
Az DE ≠ Az ED
Az DE = 315°00'00"
Az ED = Az DE − 180° ⇒ Az ED = 135°00'00"
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RUMO

O RUMO de um alinhamento é o ângulo horizontal formado entre a


direção do alinhamento e as direções Norte ou Sul, no sentido
horário ou anti-horário, variando de 0° a 90° que SEMPRE necessita
da indicação do quadrante no qual se situa o alinhamento.
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Rumos

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Relações Rumos x Azimutes

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Aviventação de rumos

• Conversão de rumos magnéticos em rumos


verdadeiros

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Método de Medidas Compensadas ou de Bessel

α =L −L D D α = LIQ − LIP
Q P

LP = 10°15'20" LQ = 70°15'20"
LP = 190°15'30" LQ = 250°15'40" α = 320°31'00"−200°30'50" ⇒ α = 60°00'0
200°30'50" 320°31'00" 2
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Medição de
Ângulos
Verticais

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Ângulos verticais
• É o ângulo situado em um plano vertical que
contêm a direção medida
β = ângulo de
altura
z = ângulo zenital
= ângulo nadiral
ν

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Ângulos verticais

• Tipos de ângulos verticais:


– ângulo de altura (inclinação) (β) ; ângulo em
relação à horizontal;
– ângulo zenital (z): ângulo em relação à
vertical (direção N/S);
– ângulo nadiral (ν): ângulo em relação à
vertical (direção S/N).

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Ângulo de altura (inclinação) (∝)

• É o ângulo vertical que uma direção


espacial SP faz com a projeção dessa
direção no plano horizontal.
– Sentido do ângulo de inclinação:
• positivo: quando contado para cima do plano
horizontal;
• negativo: quando contado para baixo do plano
horizontal.

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Ângulo zenital (z)

• É o ângulo vertical que uma direção SP


faz com a direção da vertical no ponto,
contado a partir do norte (direção do
zenite).

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Ângulo nadiral (ν)

• É o ângulo vertical que a direção SP faz


com a direção vertical do ponto, contado
a partir do sul (direção do nadir).

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Ângulos verticais

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Erros de
fechamento

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Erros de fechamento

• Deve ser compensado entre os diversos


ângulos medidos, de modo que a condição
de fechamento seja satisfeita
– Angulares
– Lineares

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Erros de
Fechamento
Linear
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Principais fontes de erros na medição de distâncias com
diastímetro

• Tensão: decorrente da força aplicada às


extremidades do diastímetro. Esta
força varia de 8 a 12 kgf; tem influência
na catenária;
• Temperatura: decorrente das condições
atmosféricas/clima, influenciando na
dilatação (temperaturas altas) ou
contração (temperaturas baixas) do
diastímetro;

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Principais fontes de erros na medição de distâncias com
diastímetro

• Catenária: curvatura que o diastímetro faz


devido a seu peso;
Principais fontes de erros na medição de distâncias com
diastímetro

• Desvio Lateral: afastamento lateral em


relação ao alinhamento a ser medido;
– A baliza no ponto C está fora do alinhamento. Este
erro é pequeno, pois é percebível por quem informa
a condição de alinhamento.

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Principais fontes de erros na medição de distâncias com
diastímetro

• Desvio vertical: inclinação do diastímetro


durante a medição; O diastímetro deve ficar o
máximo possível na horizontal.

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Principais fontes de erros na medição de distâncias com
diastímetro

• Comprimento nominal do diastímetro diferente do que


está sendo utilizado (diastímetro não-aferido)
– O comprimento Nominal de um diastímetro é a medida
padrão (de fábrica);
– Com o uso contínuo do mesmo, e dependendo do material, há
uma tendência para deformação, tendendo a dilatar ou
contrair o comprimento real.
– De posse de um diastímetro que permita fazer a comparação
da medida padrão, ocorre o que se chama aferição do
diastímetro.
– A aferição do diastímetro, em geral, é feita por órgãos
oficiais. Por exemplo, uma trena de fibra de vidro que marca
20,00 m e, depois de aferida, o comprimento real é de 20,08
m.

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Principais fontes de erros na medição de distâncias com
diastímetro

• As distâncias medidas com esse tipo de


erro podem ser corrigidas através da
expressão:

lA × D M
Dc =
Onde, lN
DC é a distância corrigida;
ℓN é o comprimento Nominal do diastímetro;
ℓA é o comprimento aferido do diastímetro e
DM, a distância medida.
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Erros de
Fechamento
Ângular
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Erros nas medidas de ângulos
horizontais
• Quando se trabalha com observações deve-se ter
em mente que as medidas estão sujeitas a
inevitáveis erros de observação.
– Causas do aparecimento dos erros:

•Imperfeições do instrumento de
medida;
•Condições meteorológicas;
•Falhas humanas; e
•Causas não conhecidas (erros
acidentais).
Erros devidos a imperfeições do
instrumento de medida
• Os três eixos do teodolito devem ser
ortogonais:
– eixo principal deve ser vertical quando o
instrumento estivar calado (nivelado);
– eixo secundário (horizontal), em torno do qual gira
a luneta, deve ser perpendicular ao eixo principal;
– eixo de colimação (linha de vista) passa pelo
orifício da ocular, atravessa o cruzamento dos dois
retículos e chega ao centro óptico da objetiva. Este
eixo deve ser ortogonal ao eixo secundário.

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Outros erros de medição angular

• Mesmo o teodolito esteja isento de erro


referentes a sua regulagem (retificação),
ainda existem outros tipos de erros que, se
não forem evitados, irão afetar o valor do
ângulo medido:
– Erro de estacionamento
– Erro de visada
– Erro de excentricidade

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Outros erros de medição angular
• Erro de estacionamento
– Este tipo de erro acontece quando o operador comete as
seguintes imprudências:
• Má instalação do tripé;
• Calagem imperfeita do teodolito; e
• Suposição de que toda a operação está ‘boa’:

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Erro de estacionamento

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Pode-se escrever:
Outros erros de medição angular

• Erro de visada
– Este tipo de erro é resultante de duas
causas:
• Falta de verticalidade da baliza: deve-se
evitar o deslocamento lateral da baliza,
mantendo-a rigorosamente na posição vertical.
• Colimação imprecisa

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Erro de visada
• Falta de verticalidade da baliza: deve-se
evitar o deslocamento lateral da baliza,
mantendo-a rigorosamente na posição
vertical.

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Erro de visada

• Falta de verticalidade da baliza


– Considerando o valor de dl constante, o valor de εa
será afetado somente pela extensão da linha de
visada, uma vez admitido o mesmo grau de
imperícia.
– Ou seja, quanto menor L, maior será o valor de εa.
– Nos trabalhos topográficos as distâncias medidas
são muitas vezes, inferiores a 100 m, o que pode
resultar em um acúmulo de erro angular.

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Outros erros de medição angular

• Colimação imprecisa
– Resultante da imperícia dos operadores do
teodolito e baliza, deve-se então assentar a
baliza sobre o piquete e à correta colimação
da baliza: fio colimador (retículo vertical)
deve coincidir o mais rigorosamente
possível com o eixo da baliza.

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Outros erros de medição angular
• Erro de excentricidade
– Os teodolitos possuem no limbo horizontal
dois círculos graduados: limbo e vernier,
cujos centros devem ser coincidentes.
• Um erro linear de excentricidade (e) produz um
erro angular (εa) em radianos, dado pela
expressão:
e
εa =
r
• Em topografia, o erro linear de excentricidade
admissível é de 0,01 mm, o que resulta para um
raio r = 100 mm, um erro angular máximo:
• εamax ≈ 41”
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Métodos de
correção de
erros angulares
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Métodos para eliminação de erros
nas medidas de ângulos
• Métodos usados para medir e conferir
os ângulos em campo são:
– Fechamento em 360º;
– Repetição;
– Ângulo Duplo;
– Reiteração

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Fechamento em 360o

• Consiste em medir o ângulo horário (ângulo à


direita) e o seu respectivo replemento.

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Fechamento em 360o

• Procedimento da operação em campo:


• Medida do ângulo ‘α’:
– Instrumento em P,
– Zera-se o aparelho na direção em PA;
– Ler o ângulo em ‘α’ na direção PB.
• Medida do ângulo ‘β’ (replemento):
– Instrumento em P;
– Zera-se o aparelho na direção em PB;
– Ler o ângulo ‘β’ na direção PA.
• Têm-se: ‘α’ + ‘β’ = 360º
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Repetição

• Procedimentos da operação de campo:


– Observa-se o ponto PA e zera o aparelho. Desloca-se o
aparelho para a direção do ponto PB e efetua a leitura PB,
mede-se o ângulo (α1); e
– Efetua-se o mesmo procedimento acima e efetua a leitura do
ângulo α2. Repete este mesmo processo ‘n’ vezes. O valor
final do ângulo será:

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Repetição

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Repetição

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Ângulo Duplo

• Consiste em medir o ângulo, repetindo a


leitura com o valor do ângulo lido registrado
no limbo do instrumento na visada de RÉ.

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Ângulo Duplo

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Ângulo Duplo

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Reiteração

• Conceito:
– Consiste em medir o ângulo em posições diferentes
do limbo (simétricas), a certos intervalos regulares,
denominados intervalos de reiteração.
• Aplicação:
– Permite afetuar, simultaneamente, as medições
relativas a todos os ângulos com vértice na mesma
estação, mudando-se a orientação do limbo (leitura
inicial) em cada ângulo medido. Com isto em todas
as partes do círculo horizontal será medido um
ângulo o que elimina os erros de divisão do limbo.
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Reiteração

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Reiteração
• Procedimento da operação de campo:
– Faz-se as leituras, em posição direta da luneta, sobre os pontos A e
B, e calcula-se o ângulo horizontal ( α1 = PB – PA);
– Não zera o limbo e inverte-se o aparelho com um giro da luneta
sobre o eixo, passando a apontar para a direção PB’ (simétrica a B).
Observa-se que essa operação de inversão da luneta não altera o
valor de PB;
– Efetua um giro horizontal na luneta até focalizar novamente o ponto
A . O limbo registra o valor IA;
– Reaponta a luneta para o ponto B e anota-se a leitura IB;
– Anota o ângulo horizontal (α2 = IB – IA);
– Ângulo horizontal será:

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Reiteração Simples
• Quando a reiteração é efetuada numa única
posição do limbo em apenas uma série de
leituras.

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Reiteração Múltipla

• Em trabalhos de maior precisão


recomenda-se a execução de cinco
reiterações, sempre utilizando
diferentes regiões do limbo. O ângulo ‘α’
a ser usado nos cálculos será a média
dos valores obtidos em cada reiteração.

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Deflexão (processo em estradas)

• Chama-se deflexão o ângulo que a linha a


vante faz com o prolongamento da linha
a ré medido a partir desta linha para a
direita ou à esquerda.

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Deflexão à direita (dd) = ângulo lido – 180º

Deflexão à esquerda (de ) = 180º - ângulo lido

onde, D = PB, (+) à direita e (-) à esquerda


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Deflexão (processo em estradas)
• Procedimento da operação no campo:
– Estaciona e nivela o aparelho no centro da estaca;
– Gira o aparelho e posiciona na direção da visada de ré,
fixando o movimento horizontal;
– Inverte a luneta fazendo-a girar cerca de 180º em torno do
eixo horizontal (prolongamento da visada de ré);
– Abre o giro horizontal e leva a luneta na direção PB (visada
avante);
– Efetua a leitura (círculo do limbo está a direita da luneta).

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Compensação
das medidas

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Compensação das medidas

• Etapa obrigatória após todo e qualquer


trabalho de medição de ângulos ou de
distâncias.
• Correção dos erros de medidas

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Compensação das medidas

• Poligonal fechada
– Equação de Condição (Ângulos Internos)
• Si = (n-2) . 1800

sendo que:
Si = a somatória dos ângulos internos da figura;
n = o número total de ângulos.

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Compensação das medidas

• Poligonal fechada (na prática!!!)

– Equação de Condição (Ângulos Internos)


• Si = (n-2) . 1800 ± εf

sendo que:
Si = a somatória dos ângulos internos da figura;
n = o número total de ângulos.

ε f = erro de fechamento angular


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Compensação das medidas

• O erro de fechamento deve ser


compensado entre os diversos ângulos
medidos, de modo que a condição de
fechamento seja satisfeita.

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Compensação das Medidas:
Ajustamento Gráfico

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Compensação das medidas

• Método gráfico
– Onde é utilizado?
• Levantamentos expeditos
– O que faz?
• permite a compensação do erro total (angular e linear)
proporcionalmente entre todos os vértices da figura
– Melhores resultados
• quando os lados do polígono são aproximadamente iguais
– Como fazer?
• Utilizando-se as medidas de ângulo e de distância obtidas
no campo desenha-se a poligonal; verifica-se de imediato
que o ponto inicial I não coincide com o ponto de chegada F

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Ajustamento gráfico

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Ajustamento gráfico: consequencias

• Os novos valores dos ângulos e dos lados


resultam alterados em relação aos originais;
• Os novos valores angulares e lineares são
extraídos do desenho utilizando-se régua e
transferidor de boa qualidade (de precisão);
• A representação dos detalhes porventura
levantados deverá ser feita utilizando-se as
medidas originais de campo, uma vez que tais
elementos topográficos são medidos em
relação à poligonal

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