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CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA AGENTES CULTURAIS

PLANO DE CURSO

Local: O curso será ministrado de forma presencial em todos os 144 municípios que compõem
as 12 regiões de integração do estado do Pará, em locais definidos pelos secretários municipais
de cultura, diretores de cultura e/ou por profissionais e instituições colaboradoras.

Carga horária: O curso terá uma carga horária total de 15h, sendo ministrado em regime de
oficina em 3 sessões/turnos (manhã, tarde e manhã do dia seguinte, ou 3 sessões à noite, em
alguns casos)

A quem se destina esse curso: O curso está voltado para os fazedores e fazedoras de cultura
que atuam ajudando a fortalecer o patrimônio cultural do seu município, em todas as
expressões e/ou linguagens culturais, seja na área urbana ou rural. Deve contemplar a
diversidade de sujeitos e expressões, pois a cultura se desenvolve em todos os lugares: na
cidade, nas periferias, nos assentamentos, nas beiras de rio, nas aldeias, nas comunidades
rurais, em que os trabalhadores e trabalhadoras da cultura desenvolvem poesia, literatura,
comidas típicas, documentários, filmes, música, teatro, dança, festas populares, contação de
histórias, artesanatos, pinturas, brincadeiras, e criam muitas formas de produção cultural, de
modos muito particulares e diversos.

Apresentação e objetivo

O curso de capacitação é uma iniciativa conjunta da SECULT/PA e a FADESP, e objetiva capacitar


os agentes culturais na elaboração e execução de projetos para que estejam orientados a
participar e concorrer nos editais de fomento à cultura das Leis Paulo Gustavo, Aldir Blanc,
Rouanet e Semear. O curso é um grande movimento que será promovido em todas as 12
regiões de integração, envolvendo os 144 municípios do estado do Pará, de forma presencial,
para que todos e todas trabalhadores e trabalhadoras da cultura recebam treinamento inicial,
informações e exercitem a prática de elaboração de projetos. Sabemos das complexidades e
desafios que envolvem uma missão dessa envergadura, mas, com a colaboração de todos e
todas, conseguiremos penetrar em todas regiões e lugares para que possamos levar formação
inicial e incentivos para que os recursos destinados ao povo possam ser acessado de modo
democrático e inclusivo, com vistas a fortalecer o patrimônio cultural material e imaterial em
nosso estado do Pará, gerando renda, entretenimento e qualificação. O curso é totalmente
gratuito e dará direito a um certificado a todos e todas que concluírem a formação com 15
horas e versará sobre conteúdos e exercícios atinentes às leis federais Paulo Gustavo, Aldir
Blanc, Rouanet e à lei estadual Semear.

Conteúdos a serem trabalhados no curso: objetivo do curso; introdução às leis de incentivo e


fomento à cultura (Lei Paulo Gustavo, Lei Aldir Blanc, Lei Rouanet, Lei Semear); histórico,
especificidades, público destinado, regramentos e normas de cada lei; como construir um
projeto cultural: estudo e apropriação de um edital – início de tudo; discussão da ideia coletiva
e/ou individual de um projeto; passo a passo da construção de um projeto até sua execução;
prestação de contas e entrega de relatório.

ROTEIRO DO CURSO DE CAPACITAÇÃO

Módulos Conteúdos Metodologia sugerida Carga


horária
1 - Introdução Parte 1: Apresentação e Explanação pelos 5 horas
objetivo do curso; introdução formadores e formadoras de
às leis (aspectos relevantes: maneira dialogada (uso de
histórico, especificidades, power point)
normas e regramentos);
parte 2: estudando de forma
detalhada um edital
(primeiro passo para ter
sucesso numa candidatura).
Edital sugerido:
https://leialdirblanc.pa.gov.b
r/culturaafro-brasileira.asp.

2- Construindo Como construir um projeto Explanação pelos 5 horas


um projeto cultural com chance de formadores e formadoras de
(modelo 1) aprovação: da sua concepção forma dialogada (uso de
ao relatório final. Exemplo: power point)
projeto premiado na Lei Aldir
Blanc
3- Como construir um projeto Sugestão: Exercício de 5 horas
Aprofundamento cultural com chance de construção de um projeto
de elaboração de aprovação: da sua concepção
um projeto ao relatório final. fictício a partir da realidade
(modelo 2: Exercitando a construção de regional ou local.
exercício de um projeto regional ou local
construção) a partir de dinâmica
dialogada entre o
formador/a e a turma de
cursistas.

PROGRAMAÇÃO DO CURSO

PRIMEIRO DIA: MANHÃ: MÓDULO I

Detalhamento dos conteúdos:

Lei Paulo Gustavo: histórico, objetivo, normas e regramentos:

✔ A Lei Complementar (LC) nº 195, de 8 de julho de 2022, é conhecida popularmente

como Lei Paulo Gustavo (LPG), em homenagem ao artista de mesmo nome, vítima de
Covid-19. A sua morte gerou comoção nacional, com forte atuação da classe artística
e da sociedade em defesa da categoria. A criação desta lei teve como principal
motivação a crise econômica vivida pelo setor cultural como consequência do
contexto de pandemia.

✔ Nesse sentido, a LC nº 195/2022 prevê o repasse de R$3.862.000.000,00 (três bilhões,

oitocentos e sessenta e dois milhões de reais) a Estados, Distrito Federal e Municípios


para aplicação em ações emergenciais que visem combater e mitigar os efeitos
sociais e econômicos da pandemia da Covid-19 sobre o setor cultural. Decreto Nº
11.525, de 11 de maio de 2023.

✔ Maior investimento no setor cultural da história do Brasil: Investimento direto de

R$3.862.000.000,00 no setor cultural.

✔ Origem do recurso: Fundo Setorial do Audiovisual e Fundo Nacional da Cultura.


✔ Você sabia? O Projeto de Lei Complementar (PLC) 73/21 - que criou a Lei Paulo

Gustavo (LPG) - teve sua origem no Senado Federal, a partir da proposição do senador
Paulo Rocha (PT/PA). Contando com amplo apoio e mobilização da sociedade civil na
sua construção, o projeto foi aprovado na Câmara dos Deputados, no dia 24 de
fevereiro de 2021, com 411 votos favoráveis e 27 contrários, e, no Senado Federal, em
24 de novembro de 2021, com 68 votos favoráveis e 5 votos contrários. Mesmo com
essa aprovação, o PLC foi vetado integralmente pelo Governo Federal à época. Após
muita mobilização social, esse veto foi derrubado pelo Congresso Nacional em julho de
2022. Em agosto, o Governo Federal editou a Medida Provisória (MP) 1.135/2022, com
o objetivo de adiar os repasses para a Lei Paulo Gustavo, o que mais uma vez frustrou
as expectativas. No final de 2022, o Supremo Tribunal Federal foi provocado a se
manifestar sobre o tema e decidiu suspender a MP, garantindo a manutenção dos
valores conforme previstos no texto inicial. Em fevereiro deste ano, o Plenário do
Supremo Tribunal Federal (STF) referendou a liminar que assegurou o repasse de
recursos.

✔ QUAIS SEGMENTOS CULTURAIS SERÃO CONTEMPLADOS?

Do valor total destinado à LPG, serão destinados o total de R$2.797.000.000,00 (dois


bilhões, setecentos e noventa e sete milhões de reais) exclusivamente a ações na
modalidade de recursos não reembolsáveis ao audiovisual, da seguinte forma:

a) R$1.957.000.000,00 para apoio a produções audiovisuais, de forma exclusiva


ou em complemento a outras formas de financiamento;
b) R$447.500.000,00 para apoio a reformas, restauros, manutenção e
funcionamento de salas de cinema;
c) R$224.700.000,00 para capacitação, formação e qualificação no audiovisual,
apoio a cineclubes e à realização de festivais e mostras de produções audiovisuais; e
d) R$167.800.000,00 para apoio às microempresas e às pequenas empresas do
setor audiovisual. Neste caso, o recurso é exclusivo para Estados e Distrito Federal.

✔ Sendo assim, o valor de R$1.065.000.000,00 (um bilhão, sessenta e cinco milhões de

reais) deverá ser destinado às demais áreas, exclusivamente a ações na modalidade


de recursos não reembolsáveis, da seguinte forma:
a) apoio ao desenvolvimento de atividades de economia criativa e de economia
solidária;
b) apoio, de forma exclusiva ou em complemento a outras formas de
financiamento; e
c) desenvolvimento de espaços artísticos e culturais, de microempreendedores
individuais, de microempresas e de pequenas empresas culturais, de cooperativas,
de instituições e de organizações culturais comunitárias.

✔ COMO O DECRETO DE REGULAMENTAÇÃO FOI CRIADO? Após a publicação da Lei

Complementar (LC) nº 105/202 - a Lei Paulo Gustavo (LPG) -, foi criado um Grupo de
Trabalho (GT), por meio da Portaria do Ministério da Cultura (MinC) nº 2, de 15 de
fevereiro de 2023. O GT, composto por representantes das Secretarias e unidades
vinculadas do MinC, teve como objetivo elaborar a minuta do Decreto de
Regulamentação da LPG, Nº 11.525, de 11 de maio de 2023. A proposta foi elaborada a
partir do acúmulo de contribuições obtidas nos diálogos, plenárias e reuniões, com
representantes estaduais e municipais e agentes da sociedade civil. Nesta escuta ativa
e participativa foram apresentadas dúvidas e sugestões que nortearam os trabalhos da
equipe do GT com o objetivo de tornar a Lei acessível e facilmente aplicável nas mais
diversas regiões do país, respeitando suas especificidades e urgências.

✔ AGENTES CULTURAIS E ASSOCIAÇÕES ACESSAM A VERBA PELO MINISTÉRIO DA

CULTURA OU PELOS ENTES FEDERADOS? No caso da Lei Paulo Gustavo, as pessoas


físicas e jurídicas da área cultural devem submeter suas propostas diretamente aos
Estados, Distrito Federal ou Municípios, de acordo com o previsto nos Editais de cada
ente federado, que por sua vez repassará os recursos aos/às proponentes
selecionados/as.

✔ Nesta escuta ativa e participativa foram apresentadas dúvidas e sugestões que

nortearam os trabalhos da equipe do GT com o objetivo de tornar a Lei acessível e


facilmente aplicável nas mais diversas regiões do país, respeitando suas especificidades
e urgências.

✔ ENTES FEDERADOS QUE AINDA NÃO REALIZARAM A PRESTAÇÃO DE CONTAS DA LEI

ALDIR BLANC 1 PODERÃO ACESSAR A LEI PAULO GUSTAVO? Sim. Mas é importante
que todos os Estados e Municípios observem os prazos de prestação de contas para
não ficarem em situação de inadimplência.
✔ QUEM PODE CONCORRER? De modo geral, podem concorrer à verba da LPG pessoas

físicas, pessoas jurídicas com finalidade lucrativa – empresas - e pessoas jurídicas sem
finalidade lucrativa - associações, fundações, organizações da sociedade civil sem fins
lucrativos, etc -, que atuem na área da cultura.

✔ Considera-se pessoa física e jurídica apta a concorrer aos Editais aquelas que

desenvolvem atividades relacionadas a artes visuais, música popular, música erudita,


teatro, dança, circo, livro, leitura e literatura, arte digital, artes clássicas, artesanato,
dança, cultura hip-hop e funk, expressões artísticas culturais afro-brasileiras, culturas
dos povos indígenas, culturas dos povos nômades, culturas populares, capoeira,
culturas quilombolas, culturas dos povos e comunidades tradicionais de matriz
africana, coletivos culturais não formalizados, carnaval, escolas de samba, blocos e
bandas carnavalescos e qualquer outra manifestação cultural, de acordo com o
disposto no § 9º do art. 8 da Lei. Importante destacar que o Edital local é que deve
trazer estas especificações de quem pode concorrer e em quais categorias. Fique
atento/a!

✔ COMO SERÁ FEITA A REDISTRIBUIÇÃO DOS VALORES NÃO UTILIZADOS POR ESTADOS E

MUNICÍPIOS? Encerrado o prazo de 60 dias para cadastro dos Planos de Ação na


plataforma TransfereGov, o saldo dos recursos não solicitados será redistribuído
conforme as regras estabelecidas no Decreto Nº 11.525, de 11 de maio de 2023. Os
saldos dos recursos recebidos pelos Estados poderão ser utilizados pelos Entes para
suplementação de chamamentos públicos já lançados ou realização de novos, que
deverão passar por aprovação do Ministério da Cultura.

✔ O RECURSO DA LEI PAULO GUSTAVO PODE SER UTILIZADO PARA ATIVIDADES DE

OPERACIONALIZAÇÃO? Sim, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão


utilizar percentual de até 5% do total dos recursos recebidos para operacionalização
das ações, observando o teto de R$ 6 milhões de reais. Atenção: estes recursos devem
ser gastos apenas com ações voltadas para a Lei Paulo Gustavo. Confira alguns
exemplos:
Ferramentas digitais de mapeamento, monitoramento, cadastro e inscrição de propostas;
oficinas, minicursos, atividades para sensibilização de novos públicos e realização de busca
ativa para inscrição de propostas; análise de propostas incluindo remuneração de
pareceristas e custos relativos ao processo seletivo realizado por comissões de seleção,
incluindo bancas de heteroidentificação; consultorias, auditorias externas e estudos
técnicos, incluindo avaliações de impacto e resultados.

SISTEMA NACIONAL DE CULTURA (SNC)

Segundo o art. 216-A da Constituição Federal, o Sistema Nacional de Cultura é um processo de


gestão e promoção das políticas públicas de cultura democráticas e permanentes, pactuadas
entre os Entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios) e a sociedade. O SNC é
organizado em regime de colaboração, de forma descentralizada e participativa, tendo por
objetivo promover o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercício dos
direitos culturais. Atualmente todos os Estados, o Distrito Federal e 3 mil Municípios já
aderiram ao SNC. A adesão permite a gestão compartilhada das políticas públicas no setor
cultural com Estados, Distrito Federal e Municípios, para criar, coordenar e desenvolver o
Sistema estadual ou municipal de cultura e seus componentes. Isso porque a adesão ao SNC
exige uma lei e um plano de cultura local. Para fazer parte do Sistema Nacional de Cultura,
basta solicitar a adesão ao SNC na plataforma do Sistema. A associação do ente federado é
uma maneira do/a gestor/a se comprometer com o desenvolvimento e fortalecimento das
políticas públicas do setor cultural em sua região. Para receber o recurso da LPG, não há
obrigatoriedade de Estados, Distrito Federal e Municípios não cadastrados no SNC realizarem o
cadastro. No entanto, uma vez que solicite o recurso, o ente federado se compromete a aderir
ao SNC. Os Entes devem implantar o seu sistema de cultura e, se já for existente, fortalecê-lo.
Esta é uma maneira de reforçar a institucionalização da cultura e de promover a distribuição
equilibrada dos investimentos no setor cultural, por meio de um acompanhamento mais
próximo sobre os perfis de cada ente federado informado no cadastro da plataforma.

QUAIS FORMAS DE INCLUSÃO E DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO À CULTURA A LPG OFERECE?

Um dos objetivos mais importantes na implementação da Lei Paulo Gustavo é garantir formas
de inclusão e democratização do acesso aos investimentos destinados pelo Ministério da
Cultura para o setor cultural. São elas:

ACESSIBILIDADE

A Lei prevê que os projetos ofereçam condições de acessibilidade a pessoas com deficiência e
definem que os proponentes destinem ao menos 10% da verba recebida para custear a adoção
dessas medidas e para o uso de tecnologias assistivas.
AÇÕES AFIRMATIVAS

De acordo com o Decreto de Regulamentação da Lei Complementar 195/2022, deverão ser


asseguradas medidas de democratização, desconcentração, descentralização e regionalização
do investimento cultural, com a implementação de ações afirmativas, os mecanismos de
estímulo à participação e ao protagonismo de agentes culturais e equipes compostas de forma
representativa por mulheres, pessoas negras, pessoas indígenas, comunidades tradicionais,
inclusive de terreiro e quilombolas, populações nômades e povos ciganos, pessoas do
segmento LGBTQIA+, pessoas com deficiência e outros grupos minorizados serão
implementados por meio de cotas, critérios diferenciados de pontuação, editais específicos ou
qualquer outra modalidade de ação afirmativa que garanta a participação e o protagonismo,
observadas a realidade local, a organização social do grupo, quando aplicável, e a legislação.
Sem prejuízo de outras ações afirmativas, o Decreto Nº 11.525, de 11 de maio de 2023,
estabelece a obrigatoriedade dos chamamentos ofertarem um mínimo de 20% das vagas para
pessoas negras e no mínimo 10% para pessoas indígenas.

CONTRAPARTIDA SOCIAL

O art. 7º demanda dos beneficiários dos recursos da LPG a realização de contrapartida social a
ser pactuada com o gestor de cultura do Município, do Distrito Federal ou do Estado, como, por
exemplo, a realização de exibições gratuitas dos conteúdos selecionados, assegurados a
acessibilidade de grupos com restrições e o direcionamento à rede de ensino da localidade.

PARTICIPAÇÃO E PROTAGONISMO

Para colocar isso em prática, o art. 17 da Lei demanda que Estados, Distrito Federal e
Municípios assegurem “mecanismos de estímulo à participação e ao protagonismo” das
populações menos privilegiadas, tais como mulheres, indígenas, comunidade LBGTQIA+,
quilombolas e outros povos tradicionais, como os de terreiro, entre outros, através de cotas,
critérios diferenciados de pontuação, editais específicos ou qualquer outro meio de ação
afirmativa.

COMO SERÁ A PRESTAÇÃO DE CONTAS DOS ENTES FEDERADOS COM A UNIÃO?

Preenchimento na TransfereGov de relatório de gestão final com informações sobre a execução


dos recursos recebidos, incluindo os relativos ao percentual de operacionalização.

MAIS TRANSPARÊNCIA:
Pela plataforma TransfereGov, será possível realizar o acompanhamento dos recursos enviados
pelo Ministério da Cultura aos Entes Federados e execução destes no âmbito local.

E COMO SERÁ A PRESTAÇÃO DE CONTAS DOS/AS BENEFICIÁRIOS/AS CONTEMPLADOS/AS?

Os/as proponentes beneficiados/as pela verba destinada em Edital pelos Estados, Distrito
Federal e Municípios irão prestar contas à administração pública local. A prestação de contas
poderá ser em uma das seguintes maneiras: A prestação de informações in loco pode ser
realizada quando o apoio recebido tiver valor inferior a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), nos
casos em que o ente federado considere que uma visita de verificação, realizada por um agente
público, seja suficiente para aferir o cumprimento do objeto; A prestação de informações em
relatório de execução do objeto deve ser utilizada quando não for possível aferir o
cumprimento por meio da prestação de informações in loco. Nesse caso, o beneficiário
apresenta o relatório de execução do objeto comprovando que foram alcançados os resultados
da ação cultural. Após, o agente público designado para atuar na prestação de contas analisará
o relatório apresentado pelo beneficiário; A prestação de informações em relatório de
execução financeira é uma medida excepcional que deve ser adotada quando, após adoção das
categorias anteriores, não estiver comprovado o cumprimento do objeto ou quando for
recebida pela administração pública denúncia de irregularidade sobre a execução da ação
cultural.

DIREITO À CULTURA

A recriação do Ministério da Cultura é, acima de tudo, o resgate do direito à cultura. Direito ao


acesso a circos, centros culturais, cinemas, museus e teatros, pela valorização da contação de
histórias, do registro de memórias e do culto à criatividade. A cultura pode ser feita por muitos,
desde projetos idealizados por jovens nas periferias, até propostas idealizadas e desenvolvidas
por povos tradicionais, movimentos sociais, associações de bairro e organizações da sociedade
civil. Por ser plural, como o povo brasileiro, ela é para todos e todas. Por isso, o acesso à cultura
deve ser entendido como um direito humano, um direito básico, porque garante dignidade da
pessoa humana, geração de renda e fortalece os laços, aproximando as pessoas ao seu
território e umas às outras. No novo contexto do Brasil, recuperar, fortalecer e preservar são as
palavras-chave que devem ser cultivadas na prática cotidiana das políticas públicas de cada
região do país, com o objetivo de, em paralelo com as demandas emergenciais da sociedade,
ter mais emprego, renda, combater a desigualdade social e os preconceitos, retomar a
democracia e trazer a verdade à tona. Ou, nas palavras da Ministra da Cultura, Margareth
Menezes, retomar o “reencantamento de um país propositadamente desencantado”. Viva a
Cultura!

✔ Lei Aldir Blanc 2: histórico, objetivo, normas e regramentos

A Lei nº 14.399, de 8 de julho de 2022 institui a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à
Cultura. A lei terá vigência de 5 anos e prevê o repasse anual de R$ 3 bilhões da União a
estados e municípios para incentivar o setor cultural, com respeito à diversidade, à
democratização e à universalização do acesso à cultura no Brasil. A Lei 14.017, de 2020
(Lei Aldir Blanc) foi aprovada durante o período da pandemia de covid-19.

Quem poderá receber o recurso?

Trabalhadores da cultura, entidades/coletivos, pessoas físicas e jurídicas que atuam na


produção, na difusão, na promoção, na preservação e na aquisição de bens, produtos ou
serviços artísticos e culturais, inclusive o patrimônio cultural material e imaterial. A Lei Aldir
Blanc 2 estendeu por cinco anos a política de fomento à cultura criada durante a pandemia
de covid-19 (Lei 14.017, de 2020). A União vai remeter aos estados e municípios o valor
global de R$ 3 bilhões anuais até 2027. O dinheiro deverá ser usado para o financiamento
de projetos culturais, montagem de cursos, pesquisas e estudos no setor e preservação de
patrimônio cultural, entre outras finalidades.

Lei Rouanet: histórico, objetivo, normas e regramentos

A Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991 - mais conhecida como Lei

Rouanet - sancionada com o objetivo de fomentar a atividade cultural no

Brasil, instituiu o Programa Nacional de Incentivo à Cultura (Pronac) para

captar e canalizar recursos para o setor. Diversos estados e municípios

também possuem leis de incentivo à cultura, que se estruturam a partir de

renúncias fiscais e incentivos de diversas naturezas. Dentre seus objetivos

estão:

1. Contribuir para facilitar, a todos, os meios para o livre acesso às fontes da

cultura e o pleno exercício dos direitos culturais.

2. Promover e estimular a regionalização da produção cultural e artística

brasileira, com valorização de recursos humanos e conteúdos locais.

3. Apoiar, valorizar e difundir o conjunto das manifestações culturais e seus


respectivos criadores.

4. Proteger as expressões culturais dos grupos formadores da sociedade

brasileira e responsáveis pelo pluralismo da cultura nacional.

5. Preservar os bens materiais e imateriais do Patrimônio Cultural Brasileiro.

A lei beneficia diversos segmentos artísticos e culturais entre eles, a

preservação do patrimônio cultural, histórico, arquitetônico, arqueológico,

bibliotecas, museus e demais acervos, através dos seguintes mecanismos de

apoio: Incentivos a projetos culturais, Fundo Nacional de Cultura (FNC) e

Fundo de Investimento Cultural e Artístico (Ficart), ainda não regulamentado.

O incentivo a projetos culturais baseia-se na renúncia fiscal e possibilita às

empresas tributadas com base no lucro real a descontar até 4% do imposto

devido e aos cidadãos contribuintes aplicarem, a título de doações ou

patrocínios, uma parte do imposto de renda devido em projetos aprovados pelo

Ministério da Cultura. Essas ações podem ser apresentadas tanto por pessoas

físicas ou jurídicas quanto por pessoas jurídicas de natureza cultural.

O FNC é um fundo de natureza contábil, com prazo indeterminado de duração,

que funciona sob as formas de apoio a fundo perdido ou de empréstimos

reembolsáveis. É constituído principalmente de recursos do Tesouro Nacional;

doações e legados; subvenções e auxílios de qualquer natureza; saldos de

projetos não executados e 3% (três por cento) da arrecadação bruta dos

concursos de prognósticos e loterias federais e similares.

Etapas do Pronac

1. O proponente encaminha a proposta cultural ao Ministério da Cultura, via

Internet, em formulário próprio.

2. O projeto é analisado formal e tecnicamente pelas instituições vinculadas ao


Ministério da Cultura, em suas áreas específicas, e submetido à Comissão

Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic), para apreciação.

3. Caso o projeto seja aprovado, é publicada no Diário Oficial da União (DOU)

a portaria que autoriza a captação de recursos incentivados, habilitando seu

proponente a obter patrocínios ou doações, de acordo com a Lei de Incentivo à

Cultura.

4. Obtendo recursos suficientes, o projeto entra em execução que é

acompanhada pelo MinC, por meio das unidades vinculadas.

5. Ao final, o proponente presta contas de seu projeto cultural ao patrocinador e

ao MinC.

✔ Lei Semear: histórico, objetivo, normas e regramentos:

Dispõe sobre a concessão de incentivo fiscal para a realização de projetos culturais no


Estado do Pará, e dá outras providências.

Art. 3º - Os benefícios desta Lei visam alcançar os seguintes objetivos:

I - promover o incentivo à pesquisa, ao estudo, à edição de obras e à produção das atividades


artístico-culturais nas seguintes áreas:

a) artes cênicas, plásticas, gráficas e filatelia;

b) cinema e vídeo;

c) fotografia;

d) literatura;

e) música e dança;

f) artesanato, folclore e tradições populares;

g) museus;

h) bibliotecas e arquivos;

II - promover a aquisição, manutenção, conservação, restauração, produção e construção de


bens móveis e imóveis de relevante interesse artístico, histórico e cultural;
III - promover campanhas de conscientização, difusão, preservação e utilização de bens
culturais;

IV - instituir prêmios em diversas categorias.

O Decreto Nº 2.127, DE 20 de Janeiro de 2022, destinou 15 milhões de reais para o


apoio à cultura no estado do Pará.

PRIMEIRO DIA: MÓDULO II

Construindo um projeto cultural: passo-a-passo

Passo 1: leitura e estudo do edital:

a- público-alvo (a quem se destina o chamamento/edital);

b- leitura e apropriação de regras e normas (exigências, documentos, prestação de


contas, etc.);

c- categorias de candidaturas;

d- formas de efetivação de inscrição (canais de submissão);

e- observância de prazos, normas e regramentos. Tudo ok com a compreensão do


edital? Não tenho mais dúvidas? Vamos elaborar o projeto.

Passo 2: construindo um projeto cultural

a- Pensar a ideia do projeto, sempre considerando o foco da chamada e seu


atendimento (por exemplo, se a chamada é exclusiva para o campo audiovisual,
torna-se mais difícil ou impossível você aplicar um projeto para a recuperação, por
exemplo, de uma museu de cultura popular, pois há chance de sua proposta ser
indeferida.

b- O título do projeto deve ser instigante e criativo;

c- O objetivo do projeto deve ser claro e conciso. Considera-se objetivo aquilo que
você quer alcançar com o projeto, pensando também no público que deseja atingir. O
objetivo é a alma do projeto.

d- Pensar e descrever as metas: As metas são os produtos e/ou ações que você
pretende: publicação de 1 livro; 200 estudantes formados numa determinada ação,
como oficina de teatro, por exemplo, ou elaboração de 2 vídeos-documentários; 2
exposições fotográficas;
e- Metodologia ou Técnicas: é a maneira como você executará o seu projeto. Por
exemplo: que ferramentas vai usar, com quem vai construir parcerias, quanto tempo
será preciso, com quais pessoas, instituições vai dialogar. Trata-se fundamentalmente
da descrição de todos os passos de como seu projeto vai ser conduzido, incluindo aí
parcerias, formas de acessibilidade e disponibilização do produto, atenção aos
aspectos da diversidade de gênero, pessoas com deficiência, criatividade, dentre
outros.

f- Justificativa: escreva de forma clara e concisa as razões pelas quais o seu projeto
deve ser aprovado e financiado, pontuando os elementos diferenciais e criativos, sua
conexão com os objetivos da chamada, a democratização do acesso aos resultados
por todas e todos. Neste ponto o candidato/candidata deve construir um esforço para
convencer a comissão avaliadora a aprovar a sua proposta baseada em sua
significância para o fortalecimento do patrimônio cultural no estado do Pará;

g- atendimento às exigências específicas do edital/chamamento: o/a candidato/a deve


ficar atento a aspectos específicos da chamada, como por exemplo, vagas destinadas
a povos e comunidades tradicionais, povos indígenas, relação com justiça social e
direitos humanos, inclusão social, PCD’s, direitos da natureza; contrapartida para a
comunidade.

h- Resultados esperados: neste ponto você deve descrever os resultados que almeja
alcançar; ou seja, ao final do meu projeto, espero tirar 10 jovens das drogas por meio
da capoeira e aulas de violão; com este festival da canção do meu município espero
ter ao menos 5 jovens formados em voz e violão.

i- Elaborando o orçamento: O orçamento é a descrição detalhada de tudo o que vai ser


gasto durante a execução do projeto. É importante que o orçamento tenha coerência e
relação com a proposta. Não faz sentido você incluir gastos com tecido para
confecção de figurino se o seu projeto não contempla esse elemento. É importante
que o projeto alcance o valor máximo conforme consta no edital para a determinada
categoria. Por exemplo, se você está concorrendo a uma categoria cuja premiação ou
fomento é de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), tente desenvolver um orçamento que dê
conta de alcançar esse valor. Não esqueça de estar atento aos impostos oficiais
cobrados pelos órgãos fiscais. Considere se está concorrendo como pessoa física ou
pessoa jurídica, pois há regras distintas para cada tipo de ente assim como descontos.
Lembre-se que o orçamento bem feito permitirá que seu projeto seja bem sucedido em
termos de sua exequibilidade. O orçamento também deve ser compatível com os
objetivos e metas do projeto. Estando tudo certinho e ajustado, aumentam as chances
de seu projeto ser aprovado.

j- Cronograma de execução: Neste item é preciso planejar o tempo para a realização


das atividades, dando um passo de cada vez para que tudo ocorra dentro do prazo
previsto. Um bom planejamento é essencial para o sucesso do projeto, e as etapas
devem ser pensadas de forma coerente com os objetivos e metas a serem
alcançados.

k- Equipe do projeto: Descreva com detalhe o grupo que compõe a proposta,


detalhando o papel de cada pessoa.

l- Currículo/portfolio: item de enorme relevância. É aqui que você vai apresentar sua
trajetória artística e cultural, demonstrando sua trajetória de produção cultural. Seja
criativo em termos de apresentação de sua história, descrevendo sobretudo os
aspectos que guardem maior relação com seu projeto e o objetivo da chamada. Faça
uso das ferramentas tecnológicas, inclua registros fotográficos, sites, links, matérias
publicadas, premiações, homenagens, vídeos e tudo o que considerar relevante para
melhorar sua performance na candidatura,

Passo 3: Execução da proposta

Projeto aprovado, recurso liberado, chega a hora de colocar a mão na massa. Vamos
cair em campo para botar o projeto para rodar? Gere esforços para cumprir os
objetivos e metas dentro do tempo previsto em seu cronograma.

Passo 4: Prestação de contas e relatório final

Projeto executado, é hora de reunir a documentação de prestação de contas conforme


exigências e regras do edital que você participou. Reúna recibos, notas fiscais, fotos,
gravações, listas de frequências (se for o caso). Crie uma planilha com demonstrativo
de todo o gasto efetuado no projeto. Feito isso, é hora de escrever e preparar o
relatório de execução da proposta apoiada. Comente, descreva, fale sobre os desafios
vivenciados, as dificuldades surgidas durante o percurso e como as sanou. Inclua tudo
o que considerar importante para iluminar e deixar mais completo possível seu
relatório. Lembre-se que seu projeto foi financiado com recurso público e prestação de
contas e entrega de um bom relatório o qualifica para participar de outros editais e
chamadas do setor cultural.

Que tal estudarmos um projeto aprovado e premiado com o valor de R$ 40.000,00 (Quarenta
Mil Reais) em edital Aldir Blanc?
EDITAL CULTURA AFRO-BRASILEIRA

LEI ALDIR BLANC DE EMERGÊNCIA


CULTURAL/PARÁ-SECULT

1- CATEGORIA/MODALIDADE DO PRÊMIO (escolher apenas uma opção):

( ) CULTURA QUILOMBOLA ( ) POVO DE TERREIRO

( ) CULTURA ARTESANAL E TRADIÇÃO ALIMENTAR ( )

PRETA ARTE ( X ) CELEBRAÇÃO 1 ( ) CELEBRAÇÃO 2

Declaro estar ciente dos termos e condições previstos neste Edital e na minuta do Termo

Simplificado de Fomento Cultural ( X ) - Assinale com um X em caso de concordância.

Formulário de Inscrição de acordo com o item 7.1.2 do Edital de Cultura Afro- brasileira da
Lei Aldir Blanc:

A) NÚMERO DA INSCRIÇÃO NO MAPA CULTURAL:


B) CATEGORIA (MODALIDADE) DA PREMIAÇÃO (CONFORME LISTA INDICADA
NO ITEM 3 DESTE EDITAL);
Celebração 1.

C) INFORMAÇÕES SOBRE O PROPONENTE:

D) CURRÍCULO RESUMIDO:

E) INFORMAÇÃO SOBRE O COLETIVO OU ASSOCIAÇÃO:

O Grupo de Juventude Negra Abayomi nasceu no dia 28 de Abril de 2013, em um


encontro na comunidade quilombola de Deus me Ajude, depois de alguns jovens já terem
participado de outros encontros em comunidades quilombolas situados em municípios
vizinhos e perceberem a necessidade de trazer as informações para suas próprias
comunidades, com a finalidade de resgatar a cultura quilombola e debater costumes,
história, ancestralidade, políticas públicas, políticas afirmativas e fortalecer o movimento
negro.
Desde então, o Grupo vem atuando em várias frentes de modo a beneficiar todas
as 15 comunidades quilombolas que ficam próximas ao município de Salvaterra, que são:
Salvar, Mangueiras, Caldeirão, Barro Alto, Pau Furado, Bacabal, Santa Luzia, Providência,
Deus me Ajude, São Benedito da Ponta, Siricari, Boa Vista, Paixão, União e Rosário.

Atualmente o Grupo Abayomi é composto por 13 coordenadores e mais

15 presidentes das comunidades quilombolas como apoiadores, e atua de acordo com os


projetos aprovados e apoios que consegue junto a parceiros, além de fazer uma caixinha
própria para alguns eventos específicos.
Dessa forma, em 2016 realizou oficinas nos quilombos de Mangueiras, Bairro Alto,
Santa Luzia, Rio Gurupá (Cachoeira do Arari), Mangueiras e a última em Boa Vista, com o
1º Encontro Estadual da Juventude Quilombola, em um projeto apoiado pelo Cese.

Em julho de 2018, em uma parceria com o Coletivo Pulsar Marajoara, ajudamos a


organizar a Festa de Quilombo, que aconteceu na Comunidade Quilombola do Barro Alto.
Com essa parceria também recebemos as seguintes Oficinas, ministradas por oficineiros
da Fundação Cultural do Pará: Construção de Instrumentos de Percussão (Barro Alto),
Ritmos de Percussão (Bacabal), Banjo (Pau Furado), Canto (Caldeirão), Produção
Audiovisual (parte no Caldeirão e parte na UEPA-Salvaterra pela necessidade de
infraestrutura audiovisual) e Teatro (Caldeirão).
Em 2019, o grupo executou um projeto apoiado pela Ong alemã Asw, o que
proporcionou as Oficinas de Mapeamento Patrimonial e Cartografia Social (Quilombo de
Boa Vista), a de Fortalecimento Sociocultural (Quilombo do Barro Alto), a de Dança Afro
(Quilombo de Santa Luzia) e a de Ritmos e Percussão Afro (Quilombo de Deus me Ajude).
Em julho de 2019, em nova parceria com o Coletivo Pulsar Marajoara, ajudamos
novamente a organizar a Festa de Quilombo, que aconteceu na Comunidade Quilombola
do Barro Alto, e recebemos a Oficina de Percussão e Confecção de Adereços e Brinquedos
Populares (Quilombo do Barro Alto).
Em 2020, foi executado outro projeto, também aprovado pela Ong alemã Asw,
sobre a Extração de Óleos da Polpa do Tucumã, Buriti, Côco e Beneficiamento da Castanha
de Caju, que proporcionou a Oficina de Extração de Óleo da Polpa do Tucumã, feita no
quilombo de Providência, no mês de março de 2020.
Em novembro de 2020 aprovamos outro projeto pelo Cese, sobre a criação de uma
horta mandala, com um galinheiro no centro, para ser implantado no quilombo de Siricari.
A execução vai iniciar na segunda quinzena de janeiro. Além disso, apoiamos desde 2013 a
realização dos Jogos de Identidade Quilombola, que tem grande repercussão e acontecem
todos os anos no mês de

novembro, em homenagem ao Dia da Consciência Negra.

E em relação à Administração Pública local, a Juventude Negra Quilombola


Abayomi está continuamente em reuniões com os Secretários Municipais e o Prefeito de
Salvaterra, solicitando políticas públicas e melhoramentos nas 15 comunidades
quilombolas, bem como relatando necessidades e dificuldades do seu povo, de forma a
fazer com que o Município

tenha uma visão mais aproximada da realidade dos quilombos e possa atender melhor a
todos.

F) INFORMAÇÕES SOBRE A PROPOSTA; Título da Proposta:

1º Festival de Cultura Quilombola Abayomi


Apresentação:

As 15 comunidades quilombolas situadas próximas a Salvaterra têm muitas


manifestações artístico-culturais que ainda são pouco difundidas pelo Estado. São
expressões culturais quilombolas que vêm sendo repassadas de geração a geração, como o
boi-bumbá, as danças quilombolas, as rodas de carimbó, a culinária, o artesanato, as
músicas, e são todas expressões culturais que merecem reconhecimento.
Sendo assim, a Juventude Quilombola Abayomi resolveu promover e dar
visibilidade a essas expressões culturais através desse projeto que pretende agregar os
moradores das 15 comunidades quilombolas da região (Salvar, Mangueiras, Caldeirão,
Barro Alto, Pau Furado, Bacabal, Santa Luzia, Providência, Deus me Ajude, São Benedito da
Ponta, Siricari, Boa Vista, Paixão, União/Campinas e Rosário) em uma grande imersão
cultural quilombola.
Nesses termos, o objeto deste projeto é a realização do 1º Festival de Cultura
Quilombola Abayomi, que vai reunir grupos musicais, artistas, dançarinos, mestres
quilombolas e um grande público, das diversas comunidades envolvidas, no Centro
Comunitário da Comunidade Quilombola do Siricari, durante o período de 20 a 23 de maio
de 2021.
A programação do Festival será um grande diferencial, já que além das expressões
musicais e artísticas já citadas, também haverá exposição e venda de produtos artesanais,
barracas de comidas e bebidas típicas e artesanais da comunidade, 7 (sete) oficinas, rodas
de conversa, desfiles, cineclubes e

brincadeiras. Pretende-se também, através da documentação, produzir um vídeo de 8 a 15


minutos com o resumo de tudo o que aconteceu durante o Festival.
Informa-se que conforme o costume local das comunidades, todos os participantes
irão pernoitar na Comunidade Quilombola do Siricari durante a época do evento, tendo
em vista a distância entre as comunidades quilombolas, o que tornaria muito mais
oneroso se todos os dias os participantes voltassem às suas comunidades para retornar no
outro dia. Por isso é esse o costume da região: construir barracas para agasalhar os
convidados e/ou conseguir hospedagens solidárias nas residências e centros comunitários.
Justificativa:

A proposta do 1º Festival de Cultura Quilombola Abayomi nasceu da necessidade


das 15 Comunidades Quilombolas situadas na região de Salvaterra terem um evento mais
abrangente para que possam demonstrar suas expressões culturais, artes e conhecimentos
quilombolas.
Esse Festival é de extrema importância tendo em vista a necessidade de criar
espaços permanentes como fonte de transmissão, criação e difusão de práticas culturais
para a preparação dos jovens como multiplicadores da educação cultural quilombola,
ajudando na valorização de seus costumes e facilitando o surgimento de novos fazedores
de cultura e novas lideranças comunitárias.
Dessa forma, o 1º Festival de Cultura Quilombola Abayomi será um momento de
celebração, um encontro agregador de várias expressões culturais, promovendo um maior
intercâmbio entre as 15 comunidades quilombolas envolvidas, seus grupos culturais e
mestres, facilitando a manutenção de suas redes de apoio e fortalecendo as suas
identidades culturais.

Objetivos:

Objetivo Geral:

Promover a valorização, transmissão, difusão e a qualificação da cultura quilombola


por meio do 1º Festival de Cultura Quilombola Abayomi, que

reunirá participantes das 15 (quinze) comunidades quilombolas situadas próximas ao


Município de Salvaterra.

Objetivos Específicos:
1. Conferir maior destaque às produções artístico-culturais das quinze
comunidades quilombolas da região.
2. Promover o intercâmbio entre os participantes dessas quinze comunidades,
de forma a estreitar, ainda mais, os laços e a sensação de pertencimento do
grupo.
3. Realizar Oficinas, Rodas de Conversa, apresentação de Mestres
Quilombolas, grupos de dança, boi-bumbá, grupos de carimbó, desfiles,
cineclube e brincadeiras.
4. Incentivar a economia criativa por meio dos estandes de venda de comidas
e bebidas artesanais e de produtos artesanais produzidos pela comunidade,
e plantas ornamentais e medicinais.

5. Documentar todo o Festival, através de fotos e vídeos.

6. Produzir um vídeo documental de 8 a 15 minutos sobre o Festival de


Cultura Quilombola Abayomi.
7. Fazer do Festival de Cultura Quilombola Abayomi uma referência na
celebração de manifestações populares afro-brasileiras.

Plano de Trabalho:

Etapa 1 - Pré-produção (12 a 30 de abril de 2021):

Contratação da equipe de realização do projeto. Contratação dos


Oficineiros para os 3 dias de evento. Contratação dos facilitadores
das Rodas de Conversa.
Contato com os grupos artísticos, mestres e grupos de carimbó. Criação da
arte do evento, a ser veiculada em redes sociais e blogs. Contato para formar
parcerias.

Início da divulgação do evento.


Etapa 2 – Produção (1º a 23 de maio de 2021):

Contratação dos demais profissionais que darão apoio ao projeto.


Contratação do equipamento de som para os 4 dias de evento.
Contratação do kit de microfone para os 4 dias de evento. Contratação do
Equipamento de projeção para os 2 dias de cineclube. Abertura de inscrições
para as Oficinas e para as Rodas de Conversa. Reforço da divulgação nos meios
de comunicação locais.

Contratação do transporte para o traslado dos participantes e grupos das outras


comunidades.

Confirmar todas as hospedagens solidárias durante os dias do evento.


Construção dos estandes de artesanato, comidas, etc.
Decorar o Centro Comunitário da Comunidade Quilombola do Siricari.

Etapa 3 – Realização do 1º Festival de Cultura Quilombola Abayomi (20 a 23 de maio


de 2021):

FESTIVAL DE CULTURA QUILOMBOLA


ABAYOMI

20/05 (QUINTA-FEIRA)
Café da manhã/lanche de acolhimento dos integrantes
das comunidades quilombolas (que chegarão de ônibus).
Comunidades envolvidas:
1. Quilombo Siricari (anfitriã)

2. Quilombo Salvar

3. Quilombo Mangueiras

4. Quilombo Caldeirão

5. Quilombo Barro Alto

6. Quilombo Pau Furado

7. Quilombo Bacabal

9h às 12
8. Quilombo Santa Luzia

9. Quilombo Providência

10. Quilombo Deus me Ajude

11. Quilombo São Benedito da Ponta

12. Quilombo Boa Vista

13. Quilombo Paixão


14. Quilombo União

15. Quilombo Rosário

12h Almoço.

14h às Oficina 1: Trança Afro - As tranças como ferramentas de resgate da cultura


16h30 negra e empoderamento da mulher. Oficineira: Isabele Leal.
(ambiente
1)

14h às Oficina 2: Turbante - Tecendo saberes e entrelaçando africanidades.


16h30 Oficineira: Dayane Chaves Amador.
(ambiente
2)
14h às
Oficina 3: Fotografia. Oficineiro: Valério Silveira – StudioDezBelém.
16h30
(ambiente
3)

14h às 16h30 Roda de Conversa 1: O protagonismo masculino quilombola.

(ambiente 4) Facilitador: Raimundo Hilário.

16h30 às 17h Lanche

17h às 18h
(ambiente Finalização Oficina 1: Trança Afro - As tranças como ferramentas de
1)
resgate da cultura negra e empoderamento da mulher. Oficineira: Isabele
Leal.
17h às 18h Finalização Oficina 2: Turbante - Tecendo saberes e entrelaçando
(ambiente africanidades. Oficineira: Dayane Chaves Amador.
2)

17h às 18h Continuação Oficina 3: Fotografia. Oficineiro: Valério Silveira –


(ambiente StudioDezBelém.
3)

17h às 18h Continuação da Roda de Conversa 1: O protagonismo masculino


(ambiente quilombola. Facilitador: Raimundo Hilário.
4)

Noite Cultural, que envolve:

Estandes de produtos artesanais, plantas ornamentais e medicinais da


comunidade.
Estandes culinários.
Estande de roupas afro.
Cineclube criança. Filme: Kiriku e a Feiticeira. Desfile de
miss quilombola. Categoria mirim e jovem.
Apresentação do grupo de dança afro do Quilombo do Caldeirão, do
Quilombo do Barro Alto, do Quilombo de Boa Vista e do Quilombo do
Salvar.

18h às 23h Apresentação do Grupo de Carimbó Encanto Marajoara.

21/05 (SEXTA-FEIRA)
6h30 Dança: Zumba ao ar livre. Facilitador: Alan Junior.
8h Café da manhã.

8h30 às 10h Roda de conversa 2: O protagonismo feminino quilombola. Facilitadora:


(ambiente Valeria Carneiro.
1)
8h30 às 10h Oficina 4: Dança afro - A ancestralidade em nós. Oficineiro: Márcio Araújo.
(ambiente
2)
Oficina 5: Direitos socioterritoriais. Oficineira: Páscoa Sarmento.
8h30 às 10h

(ambiente 3)
8h30 às 10h Continuação Oficina 3: Fotografia. Oficineiro: Valério Silveira –
(ambiente StudioDezBelém.
4)

10h às 10h30 Lanche

10h30 às Continuação Roda de conversa 2: O protagonismo feminino quilombola.


12h Facilitadora: Valeria Carneiro.
(ambiente
1)

10h30 às Continuação Oficina 4: Dança afro - A ancestralidade em nós. Oficineiro:


12h Márcio Araújo.
(ambiente
2)

10h30 às Continuação Oficina 5: Direitos socioterritoriais. Oficineira: Páscoa


12h Sarmento.
(ambiente
3)

10h30 às Continuação Oficina 3: Fotografia. Oficineiro: Valério Silveira –


12h StudioDezBelém.
(ambiente
4)

12h Almoço

14h às Continuação Oficina 4: Dança afro - A ancestralidade em nós. Oficineiro:


16h30 Márcio Araújo.
(ambiente
2)
14h às Continuação Oficina 5: Direitos socioterritoriais. Oficineira: Páscoa
16h30 Sarmento.
(ambiente
3)

14h às Continuação Oficina 3: Fotografia. Oficineiro: Valério Silveira –


16h30 StudioDezBelém.
(ambiente
4)

Prática esportiva 1 (vôlei, futebol e tacobol). Responsável: Alan Júnior.


15h às 16h30

(ambiente 5)

16h30 às 17h Lanche

17h às 18h Finalização Oficina 4: Dança afro - A ancestralidade em nós. Oficineiro:


(ambiente Márcio Araújo.
2)

17h às 18h Finalização Oficina 5: Direitos socioterritoriais. Oficineira: Páscoa


(ambiente Sarmento.
3)

17h às 18h Continuação Oficina 3: Fotografia. Oficineiro: Valério Silveira –


(ambiente StudioDezBelém.
4)

Noite Cultural, que envolve:

Estandes de produtos artesanais, plantas ornamentais e medicinais da


comunidade.

Estandes culinários.
Estande de roupas afro.
Cineclube jovens e adultos.
Apresentação do grupo de dança afro do Quilombo de Paixão, do
Quilombo da União, do Quilombo do Pau Furado e do Quilombo de
Bacabal.

Apresentação do Folguedo do Búfalo-bumbá Segredo das Meninas, de


Mestre Damasceno.
18h às 23h
Apresentação do Conjunto de Carimbó Nativos Marajoara e Mestre
Damasceno.

22/05 (SÁBADO)
6h30 Dança: Zumba ao ar livre. Facilitador: Alan Junior.

8h Café da manhã.

8h às 00h Exposição de Fotografia da Oficina 3: Fotografia. Facilitador: Valério Silveira


(ambiente – StudioDezBelém.
1)

8h30 às 10h
Roda de conversa 3: Quebra de tabus e preconceitos - Protagonismo
(ambiente
quilombola feminino e masculino. Facilitadores: Valéria Carneiro e
2)
Raimundo Hilário.

8h30 às 10h Oficina 6: Auto gestão e auto demarcação - Cartografia Social. Oficineiro:
(ambiente Deco Souza.
3)

8h30 às 10h Oficina 7: Protocolo de consulta. Oficineira: Páscoa Sarmento e Delma


(ambiente Brito.
4)

10h às 10h30 Lanche

10h30 às
Continuação Roda de conversa 3: Quebra de tabus e preconceitos -
12h
Protagonismo quilombola feminino e masculino. Facilitadores: Valéria
(ambiente
2) Carneiro e Raimundo Hilário.

10h30 às Continuação Oficina 6: Auto gestão e auto demarcação - Cartografia Social.


12h Oficineiro: Deco Souza.
(ambiente
3)

10h30 às Continuação Oficina 7: Protocolo de consulta. Oficineira: Páscoa Sarmento


12h e Delma Brito.
(ambiente
4)

12h Almoço.

14h às Roda de conversa 4: Atual conjuntura sociopolítica - eleições 2020.


16h30 Facilitadora: Jaqueline Alcântara.
(ambiente
2)

14h às Continuação Oficina 6: Auto gestão e auto demarcação - Cartografia Social.


16h30 Oficineiro: Deco Souza.
(ambiente
3)

14h às Continuação Oficina 7: Protocolo de consulta. Oficineira: Páscoa Sarmento


16h30 e Delma Brito.
(ambiente
4)

16h30 às 17h Lanche

17h às 18h Continuação Roda de conversa 4: Atual conjuntura sociopolítica - eleições


(ambiente 2020. Facilitadora: Jaqueline Alcântara.
2)

17h às 18h Finalização Oficina 6: Auto gestão e auto demarcação - Cartografia Social.
(ambiente Oficineiro: Deco Souza.
3)

17h às 18h Finalização Oficina 7: Protocolo de consulta. Oficineira: Páscoa Sarmento e


(ambiente Delma Brito.
4)

17h às 18h Celebração: Mastro de Santa Maria, com a Banda Instrumental Estrela do
(ambiente Norte. (17h).
5)

Noite Cultural, que envolve:

Estandes de produtos artesanais, plantas ornamentais e medicinais da


comunidade.

Estandes culinários.
Estande de roupas afro.
Desfile de miss quilombola. Categoria adulto, idoso e pessoa com
deficiência.
Apresentação do grupo de dança afro do Quilombo do Rosário, Quilombo
Deus me Ajude, Quilombo de Mangueiras e Quilombo da Providência.

Show de encerramento com o grupo Unidos do Marajó, com Mestre


Zampa e Mestre Vavá.

18h às 00h
23/05 (DOMINGO)

6h30 Dança: Zumba ao ar livre. Facilitador: Alan Junior.

8h Café da manhã.

Brincadeiras: bandeirinha, taco, cemitério, futebol, dança (idosos) e jogo de


dama (pessoas com deficiência). Responsáveis: Alan Junior, Antônio
8h30 às
11h30 Gilson, Gleisiane Pinho, Deco Souza, Géssica Cristina, Andreza Santos,
(ambiente Bianca Barbosa.

1)

8h30 às Grande roda de conversa 5 (encerramento): Grupo de Juventude Negra


11h30 Quilombola Abayomi - Atividades, Projetos e Protagonismo.
(ambiente
2)

11h30 às 12h Cerimônia de Encerramento.

12h Almoço.

13h Retorno dos participantes das outras comunidades (de ônibus).

Etapa 4 - Pós-produção (24 de maio a 11 de junho):

Clipagem.

Edição e posterior postagem nas redes sociais do vídeo de 8 a 15 minutos com o resumo de
tudo o que aconteceu durante o Festival.

Entrega de Relatório de cumprimento do objeto.

Contrapartidas:

A primeira contrapartida acontecerá no dia 15 de maio de 2021 (sábado), às 9h, na


Comunidade Quilombola do Bacabal: Dia de Recreação com atividades de pintura,
lanche, dança e encerramento com um grupo de carimbó da comunidade, sempre
inserindo idosos e pessoas com deficiência.
A segunda contrapartida acontecerá no dia 16 de maio de 2021 (domingo), às 9h, na
Comunidade Quilombola do Rosário: Dia de Recreação com atividades de pintura,
lanche, dança e encerramento com um grupo de carimbó da comunidade, sempre
inserindo idosos e pessoas com deficiência.

Acessibilidade:

Em atenção à contribuição na promoção da acessibilidade à pessoa com deficiência e à


pessoa idosa, a proponente se compromete a garantir:

1) Acessibilidade nas Contrapartidas:

1.1. Os dois dias de Recreação e apresentação de grupo de carimbó (de


Contrapartida) acontecerão em ambiente acessível tanto a idosos quanto a
pessoas com deficiência, com acesso facilitado e livre de obstáculos.
1.2. Além disso, os dois dias de Recreação e apresentação de grupo de carimbó
(de Contrapartida) irão garantir a participação de pessoas idosas e/ou pessoas com
deficiência, com assentos destinados especialmente a esses grupos.

2) Acessibilidade de participação na programação do Festival:

2.1. As Oficinas e Rodas de Conversa da programação serão ministradas em

ambiente acessível tanto a idosos quanto a pessoas com deficiência, com acesso facilitado
para as salas, livre de obstáculos, portas com largura que permitam a passagem de
cadeirantes.
2.2. As Oficinas e Rodas de Conversa terão a garantia de 30% de vagas para
pessoas idosas e/ou pessoas com deficiência.
2.3. Informa-se que os próprios Mestres Quilombolas que participarão deste
Festival são pessoas idosas e/ou com deficiência, a saber: Mestre Zampa, 86 anos;
Mestre Damasceno, 66 anos (e com deficiência visual), e outros que vierem a
confirmar participação.
2.4. Informa-se também que haverá assentos destinados às pessoas idosas e
pessoas com deficiência em todos os momentos da programação.

G) PÚBLICO-ALVO;

Quilombolas das 15 comunidades quilombolas da região e também comunidades vizinhas,


entre crianças, adolescentes, jovens, adultos, idosos e pessoas com deficiência. Além
disso, o público externo, de Salvaterra e municípios vizinhos, também será bem-vindo.
H) FICHA TÉCNICA (NOME E FUNÇÃO DOS
INTEGRANTES DA PROPOSTA);

I) COMO PRETENDE DIVULGAR SUA PROPOSTA EM CASO DE SER VENCEDORA;

Pretende-se divulgar esse projeto através de: 1) Páginas nas redes sociais, fazendo publicar
todos os convites para participação; 2) Bike-Som; 3) Rádio Comunitária (poste); 4) Rádio
FM; 5) Grupos e listas de transmissão no whatsapp; 6) Blogs especializados em matéria
quilombola (ex: Mulungu, Geledés); 7) Redes sociais de grupos parceiros; 8) Narração do
nome do projeto e da fonte de financiamento em todas as oportunidades; e 9) Inclusão
nos créditos de todo o material de divulgação as logomarcas da Fundação de Amparo e
Desenvolvimento de Pesquisa - FADESP, da Lei Aldir Blanc Pará, da Secult/Governo do
Estado do Pará e da Secretaria Especial de Cultura/Ministério do Turismo/Governo
Federal, obedecendo todos os critérios de veiculação visual, além de incluir a frase
“Projeto selecionado pelo Edital de Cultura Afro- brasileira - Lei Aldir Blanc, tudo de
acordo com o item 11.3 do edital.

J) INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

Clipping
Página do Facebook:

Canal do YouTube:

Vídeos:

K) ANEXOS PREVISTOS NESTE EDITAL.

Todos em anexo a esse projeto.

ANEXO 6 ORÇAMENTO

Etapa 1 - Pré-produção (período de 10 a 19 de


maio):

VALO VAL

ITE DESCRIÇÃO QUANTIDA R OR

M DE UNITÁR TOT
IO AL

Aluguel de Equipamento
1.1 4 300,00 1.200
Som

1.2 Contratação de DJ 4 200,00 800,00


Aluguel de Kit de
1.3 4 150,00 600,00
Microfones

1.4 Oficineiros 7 700,00 4.900

1.5 Fotógrafo 1 1.600 1.600

Documentarista
1,6 1 2.600 2.600
(Vídeo)

1.7 Sub-total 11.700

Etapa 2 - Produção (período de 20 a 23 de


maio):

VALO VAL

ITE DESCRIÇÃO QUANTIDA R OR

M DE UNITÁR TOT
IO AL

Alimentação para 150


2.1 1 2.000 2.000
pessoas, 4 dias

2.2 Coordenadora Geral 1 800,00 800,00

Assistentes de
2.3 1 250,00 250,00
Coordenação Geral

Coordenador de
2.4 1 400,00 400,00
Transporte
Coordenador de
2.5 1 400,00 400,00
Estandes e Cineclube
Coordenadora de
2.6 1 400,00 400,00
Alimentação
Assistente de
2.7 1 250,00 250,00
Alimentação
Coordenadora Noite
2.8 1 400,00 400,00
Cultural
Assistentes de Noite
2.9 1 250,00 250,00
Cultural
Coordenador de
2.1 1 400,00 400,00
Hospedagem
0

Assistentes de
2.1 1 250,00 250,00
Hospedagem
1

Coordenador de
2.1 1 400,00 400,00
Articulação
2

Coordenadora de
2.1 1 400,00 400,00
Recreação
3
Coordenadora de
Oficinas e Rodas de
2.1 Conversa 1 400,00 400,00
4

2.1 Materiais para Oficinas 7 70,00 490,00


5

Aluguel de Mesas e
2.1 40 7,5 300,00
cadeiras (jogo)
6 0

2.1 Cachê Grupo de Dança 12 100,00 1.200


7

2.1 Cachê Grupo Musical 5 500,00 2.500


8

Prêmios Concurso
2.1 5 200,00 1.000
de Miss
9
Transporte Local, ônibus
para as comunidades
2.2 1 4.010 4.010
(Verba – Ida e Volta)
0

2.2 Divulgação (Verba) 1 800,00 800,00


1

2.2 Sub-total 17.300


2
Total Geral (Etapa 1, Etapa 2 e Imposto de
Renda)

VALO VAL

ITE DESCRIÇÃO QUANTIDA R OR

M DE UNITÁRI TOT
O AL

A Etapa 1 11.700

B Etapa 2 17.300

Imposto de
C 1 11.000 11.000
Renda (27,5%)

TOTAL GERAL (A + B + C) 40.000

Vamos construir um projeto? Com base nesse roteiro, que segue abaixo, vamos construir um
projeto que tenha relação com a realidade local/regional:

Sugestão: o formador ou formadora poderá conduzir o exercício de construção de um projeto


com tema local/regional, seguindo o roteiro abaixo. Lembrando que este exemplo é apenas
um esforço de construção de um projeto fictício. Os editais podem contemplar e exigir outros
itens/componentes para elaboração de propostas. Vamos lá?

SEGUNDO DIA: MÓDULO III

ROTEIRO

1- Título da proposta:

2- Objetivos:

3-Justificativa:

4- Metas:
5- Resultados esperados:

6- Metodologia/técnica:

7- Equipe do projeto:

8- Currículo:

9-Orçamento:

10- Cronograma de execução da proposta:

ESTAMOS CHEGANDO AO FINAL DO CURSO

AVALIAÇÃO E ENCERRAMENTO: Caro formador/formadora, é importante agradecer a todos e


todas que estiveram presentes e contribuíram para que o curso fosse possível de ser realizado
de forma presencial. Ouvir alguns relatos que contribuam de forma significativa para a
qualificação do processo de formação, apontando aspectos positivos e de fragilidades para que
possamos aperfeiçoar nossa proposição formativa vinculada ao campo cultural. Muito
obrigado! Equipe Técnica.

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