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Esse ano, resolvi começar a listar as minhas leituras de fruição, pra não me perder no
meio de títulos e memórias literárias daqui pra frente. Já que a lista estava à mão, segui
com um breve comentário sobre cada obra. A quem interessar, vejamos. A lista está em
ordem cronológica de leitura.
Conheci o autor por este livro, me apaixonei no primeiro conto, estilo de escrita muito
sedutor. Fantasia urbana brasileira maravilhosa.
Leve, apesar do tema “suicídio”. Aborda com sensibilidade, mas sem melodrama.
4. Crash — J. G. Ballard
É um soco no estômago mesmo. Não me chocou, mas também não saí intacto da leitura.
Para corações calejados.
Percebe-se uma temporada meio autodestrutiva do meu ano, sim? É um livro muito
doloroso de se ler e que, por isso, precisa ser lido por todos.
Curtinho, daí que li muito rápido, acabei não me aprofundando. Talvez precise revisitar.
Posso dizer que, até hoje, esse foi apenas o 2º livro que me fez chorar.
Atualiza distopias políticas clássicas para jovens contemporâneos de maneira ágil. Não
me marcou, mas recomendo.
Tudo que eu mais gosto de ler em um romance contemporâneo tem aqui. Rico e sem
firula literária. De um colorido que eu gostaria de ver mais nos romancistas atuais.
Achei este sem querer, trama muito interessante, mas que perde por ser muito curto.
Queria ter lido mais sobre essa história.
Alta fantasia que discute questões reais importantes dentro de um universo muito bem
construído. Sistema de magia muito consistente e instigante. Meta para 2017 é ler o
segundo da trilogia.
Neil Gaiman sendo Neil Gaiman, no nicho que mais gosto de ler dele, aquela
infantilidade melancólica e sombria. Amei.
Caio sendo Caio. Excitante e agudo como sempre. Contém alguns dos contos clássicos
do autor. Mas o meu favorito daqui foi “Pequeno Monstro”.
Deliciosamente melancólico. Parece uma música que a gente ouve ao fundo, sem
precisar prestar muita atenção, pois toca em algo mais profundo do que apenas os
sentidos.
Releitura. Depois de Dragões, quis revisitar o primeiro livro que li de Caio. Não me
arrependi. “Aqueles Dois” segue sendo meu favorito deste volume.
Boa história, excelente reflexão. Mas achei mais longo do que precisaria. Pra mim, o
livro perdeu o tempo de terminar umas três vezes.
Voltei ao Novello. Não decepcionou no estilo. Cena de sexo mais excitante que já li em
algo que não seja do Caio F. Abreu. Pena que não curti muito a trama em si.
Depois de terminar, lamentei ter concluído que esta distopia não faz parte da trindade
clássica distópica, provavelmente, por ter sido escrita por uma mulher. Pra mim, está
um nível acima das distopias clássicas mais aclamadas.
Decepcionado com a discussão acerca da crítica aos papéis de gênero que esperei
encontrar aqui. O estilo também me foi um pouco cansativo. A trama tampouco foi
totalmente interessante. Queria ter gostado.
Gosto do Marcelo por causa de “Feliz Ano Velho”. A história da mãe dele, que envolve
a Ditadura Militar, foi bastante interessante de se ler. Pra nunca esquecermos.
O conto que dá nome à coletânea foi interessante, pra mim, por motivos óbvios. Mas só
gostei dele mesmo. Comecei a compreender que a ficção científica clássica está me
soando cada vez mais ultrapassada.
Sim, me julguem. Amo ela. Apesar de livro de Youtuber, não achei ruim. É bonzinho,
mas é muito #ClasseMediaSofre pra mim. Poderia ter passado.
Apesar de muito visceral, achei raso. Gostei da leitura, mas não pude deixar de pensar
que Jogos Vorazes, obra que acusam ser plágio desta, aprofunda-se muito mais na
crítica que a situação exposta possibilita. Quer gore? Tem de sobra. Mas só.
Decepcionei-me pois, por causa do título e do início da trama, pensei que trataria com
tridimensionalidade sobre personagens idosos. Eles não ficam idosos, a discussão se
dissipa. Acaba se tornando uma versão de Tropas Estelares, só que com super soldados
verdes. Sei que tem mais dessa série, mas não continuarei.
Não ficção. Saber que mesmo este estímulo mais predominante para o conhecimento
também tem seus significados construídos socialmente me foi importante pra aprender a
lidar com as cores sem necessariamente enxergá-las.
Livro importante. Mas o estilo do China não ornou comigo de jeito nenhum. Sofri pra
terminar, quase desisti. Vou tentar “Estação Perdido” em 2017, pra ver se me redimo.
37. Nada de Novo no Front — Erich Maria Remarque
38. Harry Potter and the Cursed Child — Jack Thorn (e outros)
Arrepiou meus pelinhos todos. Thriller psicológico bem intenso. E é daquelas histórias
que não te dão respostas no final, o melhor tipo de história.
Não ficção. Indicação do Podcast Mamilos. Apesar do nome péssimo, é um ótimo livro
de psicologia com casos interessantíssimos que expõem o processo da psicoterapia na
sua mais vulnerável intimidade: as incertezas do próprio psicoterapeuta.
Não ficção. Esse ano, notei que precisava aprender a me comunicar menos
agressivamente. Ainda estou longe de ser bom nisso. Mas tento.
É clássico, mas, pra mim, foi daqueles livros que parecem mais interessantes quando
conversamos sobre eles, do que propriamente enquanto o estamos lendo.
Fantasia maravilhosa e bem escrita. Conto ligeiro, estava grátis pra Kindle. Exemplo de
que obras fantásticas não precisam sacrificar a densidade em prol de uma construção de
universo.
Não ficção. Biografia interessantíssima sobre o primeiro homem trans a ser operado no
Brasil. Um estilo de escrita delicadíssimo. Uma história de vida muito sensível. E ainda
tive o privilégio de entrevistar o João pro HQ da Vida, ele é encantador.
Fui ler pelo hype do filme “A Chegada”. Posso ser bem realista? (CABELLO!) Achei
superestimado. Os dois últimos contos deste volume me pareceram infinitamente mais
interessantes, um deles esboçando, inclusive, uma discussão sobre capacitismo de
maneira bastante inteligente.
Foi legal pra terminar o ano. Gostei do estilo do Milton, e da ambientação do romance.
Daquelas leituras pra degustar o texto mais do que descobrir a história.
Ufa! Não tenho meta de leitura pro ano que vem. Nem tive pra este. Li quantos quis e
quantos pude. Farei o mesmo em 2017. Minha meta é apenas listar. Comenta aí se você
leu algum desses e tem uma opinião diferente da que eu tive. =D