Roteiro – Trabalho Literatura 2ª Etapa 3º Ano A

Resenha: Chamado de Cthulhu

Com a participação de: João Victor Carrera Fernandes, Rafael Souto Moreira, Thiago
Arruda Bittencourt de Oliveira, Gabriel Lucas Gomes, Jin Jia Chen Rick Jin e Henrique
Ferreira Mendes

- Cena 1 –

Cenário: Sombrio, velas, livros e papéis com símbolos espalhados.

Música: Dramática

Carrera sentado no chão, pose de ritual.

- Ph’nglui mglw’nafh Cthulhu R’lyeh wgah’nagl fhtan (Repetição)

Olhos lentamente se abrem, brilho verde.

Som: barulho de alguém esbarrando em algo

Música para

Olhos do Carrera voltam ao normal e olha para câmera

- Oh, perdão. Eu não vi você aí. (Se levanta) Venha, vamos para um lugar um pouco
mais (pausa) confortável

Cenário: Sala normal, possivelmente no quarto.

Música: relaxada

- Ah, agora sim.

- Barulhos não entendíveis vindo do câmera
- Hm? O Livro? É apenas a minha cópia do Chamado do Cthulhu.
- Barulhos não entendíveis vindo do câmera
- O que? Você não conhece Cthulhu e os contos de Lovecraft? Bom, nesse caso... Senta
que lá vem a história!

~ Vinheta ~

- Cena 2 –

Carrera sentado na cadeira

Música: Clássica e refinada

- Howard Philips Lovecraft, popularmente conhecido como H. P. Lovecraft foi um

escritor americano nascido em Providence, Rhode Island no dia 15 de março de 1937.
Vindo de uma família rica, porém possuindo um corpo frágil, Lovecraft acabou se
interessando em poemas e contos desde cedo graças ao seu avô Whipple van Buren
Phlips que lhe introduziu a obras como Ilíada, Odisseia e contos clássicos do terror
gótico. Quando Whipple veio a falecer, Lovecraft e sua família foram levados a
pobreza, o que acabou resultando em um colapso que o impediu que ganhar o seu
diploma do Ensino Médio. Em certo momento, Howard se viu trabalhando como
jornalista, onde conheceu Sonia Greene com quem mais tarde ele se casa e vai morar
junto em Nova Iorque. No entanto, em 1926, graças ao seu desgosto pela cidade, ele
retorna a Providence. É nesse mesmo ano que pobre, separado de sua mulher e tendo
pesadelos constantes, H.P. Lovecraft viria escrever a obra considerada por muitos como
seu Magnum Opus: O Chamado de Cthulhu.

Shot dos Livros

A cópia que eu tenho em minhas mãos na verdade se trata de uma coletânea publicada
pela editora Pandorga de 3 volumes dos Melhores Contos de H.P. Lovecraft. O box vem
com três livros que contêm esses contos (mostrar contos na tela através do poder da
edição), cada um desses livros acompanha um marca-páginas combinando e, para
completar, ele também tem um poster do queridíssimo monstro titular da obra de hoje,
Cthulhu.

- Cena 3 –
Música tensa
Carrera aparece de costas, cercado por papeis e símbolos. Ele freneticamente escreve
algo em um papel

Narração de fundo, feita posteriormente:

- ‘’Não há no mundo graça maior, penso eu, do que a incapacidade humana de
correlacionar todos os conteúdos encerrados em sua mente. Vivemos numa plácida ilha
de ignorância em meio a tenebrosos oceanos infindáveis em que não fomos feitos para
navegar muito longe. As ciências, cada uma delas seguindo uma direção diferente, até
agora pouco nos prejudicaram; mas em algum momento, quando encaixarmos as peças
separadas do conhecimento, teremos revelada uma aterrorizante visão da realidade e de
nossa desditosa posição nesse panorama, e, diante disso, ou enlouqueceremos ou
abandonaremos a luz para buscar abrigo na paz e na segurança da nova idade das
trevas’’

Corte para Carrera no cenário normal

-É com esse parágrafo que iniciamos essa obra. O Chamado de Cthulhu, ou Call of
Cthulhu em inglês, é um conto dividido em três partes. Três narrativas que,
isoladamente, seriam histórias estranhas, incomuns. Porém, ao serem conectadas e
analisadas em conjunto, um mistério macabro começa a se fazer evidente. Um terror
profundo, antigo, cósmico e além da compreensão humana toma forma. Você irá
preferir permanecer na benção da ignorância ou irá seguir as descobertas de Francis
Wayland Thurston e arriscar escutar o chamado de Cthulhu?

- Cena 4 –
Música lenta e séria

- É fácil perceber que o conto não é igual a outros contos de terror normais. Enquanto
boa parte das obras do mesmo gênero trariam o objeto do medo, a ‘’criatura’’ como
foco principal da trama, Lovecraft opta por trazer o conhecimento da existência desse
ser como tema principal e como isso afeta profundamente as mentes humanas que não
foram feitas para conceber tal entidade. Apesar da aparição de Cthulhu nos eventos do
livro, essa é breve e de fato apenas serve como maneira de enlouquecer e confirmar os
medos dos personagens. H.P. também é notório pela maneira como combina elementos
de ficção científica com o terror para criar o seu Horror Cósmico, Horror Lovecraftiano
ou apenas Cosmicismo. Nele, não existe nenhum deus ou divindade no universo e a
humanidade e suas crenças são absolutamente insignificantes perante ao caos cósmico e
aos seres que daí vem.
Carrera na cama, se debatendo e suando frio
- O sentimento de medo não origina de um susto ou de um monstro horripilante. Ele é
mais profundo. O medo vem de descobrir que esses seres existem. O medo vem de
tentar entender uma existência além do ser humano, além dos limites da sanidade. O
medo vem de ver o quão minúscula sua existência é comparada a deles. O medo vem de
saber que não há nada que você possa fazer a respeito.

Carrera acorda no susto

- Cena 5 –

- Vindo de uma mente perturbada por pesadelos frequentes, não é surpreendente que se
possa traçar relações entre o estilo Lovecraftiano e o estilo gótico. Ora, Mary Shelley
teve sua inspiração para Frankstein graças a um de seus pesadelos, não é mesmo? "

( Carrera aparece brevemente fantasiado de Frankstein)

" Referências a parte, Lovecraft teve sim algumas inspirações no horror gótico,
principalmente de Edgar Allan Poe, escritor gótico de quem Lovecraft era um grande fã,
chegando a chamar esse de ‘’autor brilhante e revolucionário’’. É possível traçar uma
relação direta entre a maneira como Poe analisa a mente humana para conseguir trazer
um medo mais genuíno à maneira como Howard lida com o horror em suas obras. Além
disso, em seu ensaio ‘’O Horror Sobrenatural em Literatura’’ onde discute sobre o
gênero como um todo, o Lovecraft também cita nomes Horace Walpole, escritor do que
é considerado o primeiro romance gótico, O Castelo de Otranto, e também Maturin,
autor de Melmoth.

- Além disso, por suas obras serem inspiradas por seus sonhos e, portanto, por seu
subconsciente, também é possível traçar uma relação entre os seus livros e o estilo
literário simbolista que também vai explorar o inconsciente humano e os sentidos para
formar uma imagem na mente do leitor.

- Cena 6 –

- Apesar de ter sido pouco conhecido durante sua vida, H.P. Lovecraft se tornou um dos
maiores autores do terror sobrenatural. Seus livros revolucionaram o gênero e é difícil
encontrar obras que não possuam alguma inspiração nos contos Lovecraftianos. Além
disso, os seres e entidades de suas histórias seriam posteriormente incorporados ao que
hoje é conhecido como Cthulhu Mythos, uma espécie de mitologia centrada nos seres
alienígenas ancestrais infinitamente superiores à raça humana. Ademais, o artefato
mágico conhecido como Necronomicon ou o Livro dos Mortos que você com certeza
deve conhece de algum lugar também é um dos frutos de sua imaginação macabra.
Howard Philips possui genuinamente um dos maiores legados quando se trata da cultura
pop de modo que é possível citar músicas, filmes, jogos, jogos de tabuleiro, RPGs de
mesa, personagens, séries, animes e honestamente qualquer tipo de media por aí. Além
disso, é possível ver a sua influência em grandes peças da cultura pop moderna como as
obras de Stephen King (autor de It, a Coisa), na franquia Alien, Hellboy e no asilo
Arkham de Batman que foi inspirado na cidade lovecraftiana de mesmo e até mesmo na
série de Stranger Things. Fica óbvio, portanto, a relevância cultural do Chamado de
Cthulhu e do restante das obras de Lovecraft e como esse ajudou a construir o que é
hoje o gênero de terror contemporâneo.
- E é por isso e pelo fato de ser genuinamente uma obra interessante que eu vou sim
recomendar o Chamado de Cthulhu. Se você é um amante de Terror então isso é uma
leitura essencial para você e mesmo se você não é, eu ainda recomendaria você ler. É
um conto bem curtinho, apenas umas 60 páginas e vai te ajudar a entender melhor toda
a história por trás dos mitos de Cthulhu. E ei, quem sabe você acabe se interessando e
leia mais contos lovecraftianos.

- Cena Final –

Câmera muda para um foco mais aberto

Carrera em pé em frente a uma janela
Música dramática com tom náutico de fundo
Canto de Cthulhu se intensifica gradualmente

- Bom pessoal, por hoje e só. Se você gostou do vídeo e quer dar uma força aqui pro
canal, deixa aí o seu gostei, compartilha com aqueles amigos que tu achas que vai se
interessar e se inscreve para acompanhar qualquer vídeo futuro. Ah e não esquece de
clicar no sininho caso queira receber notificações. Até outra vez...

Tela escurece
Figura de Cthulhu ao fundo

- E bons sonhos...

Tela preta
Olhos brilhando verde aparece vindo de onde Carrera estava
Mais olhos brilhando onde Cthulhu estava

Fim

Nota: Provavelmente irei adicionar mais cenas de teatrinho, mas são 5 da manhã agora,
eu passei a noite toda escrevendo e eu quero receber a gratificação mental de ter
completado a tarefa no teams.