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A
CONTEMPORANEIDAD
E NA LITERATURA
NORTE-AMERICANA
Autoria: Ma. Anay Cardoso Miranda
#PraCegoVer
A figura mostra o mapa dos Estados Unidos da
América com abreviatura dos estados. É possível
verificar a localização desses estados e a da
capital, Washington DC. Também, verifica-se a
inserção do Alasca e do Havaí, que não fazem
parte fisicamente do país, porém contabilizam,
juntamente com os 48 estados contíguos, a
nação estadunidense.
Robert Trail Spence Lowell IV, ou Robert Lowell (1917-1977), foi um dos mais
influentes poetas da contemporaneidade, vindo a influenciar inúmeros outros
poetas. Difere dos poetas do “eu” e “do mundo”, na divisão de Kathryn
Vanspanckeren (1994), pois ele iniciou trabalhando os versos dentro do
tradicionalismo, com métrica marcada e revendo a chegada dos primeiros
colonos, e das atrocidades por eles realizadas, no Período Colonial.
Figura 2 - Selo comemorativo à autora Gwendolyn Elizabeth Brooks (1917-2000), poeta e professora
Fonte: Olga Popova, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Imagem de selo comemorativo à autora
estadunidense Gwendolyn Elizabeth Brooks
(1917-2000), negra, que escreveu poesias desde
criança. No selo, a autora está de óculos,
sorrindo e a imagem dela está centralizada.
Após essa fase, ele passou a ver os fatos mais próximos dele em nível histórico
e iniciou inúmeros protestos contra a Segunda Guerra Mundial e contra a Guerra
do Vietnã. Sofreu imensamente a influência da poesia experimental dos anos
1950, quando reformulou seu estilo de escrita, optando por versos livres e por
formas mais mistas.
Se Robert Lowell representou grandes feitos na poesia, Sylvia Plath (1932-1963),
embora tenha vivido pouco tempo, também estabeleceu uma empatia grande
entre os leitores. Ela é considerada por Kathryn Vanspanckeren (1994) como
uma poeta idiossincrática, ou seja: “[com] estilos ímpares a partir da tradição,
estendendo-a porém para novos campos, com um sabor distintamente
contemporâneo” (VANSPANCKEREN, 1994, p. 84).
Assim, Sylvia Plath, que foi aluna de Lowell, dominava uma métrica formal e
tradicional; entratanto, com o desenvolvimento de sua criação artística, ela foi
apresentando uma familiaridade com as palavras, criando imagens muito vívidas
de seu quadro conjuntural: mulher independente, porém presa às convenções
dos anos 1950, do padrão de esposa passiva. Plath suicidou-se aos trinta anos,
mas deixou poemas inesquecíveis em Ariel (1965), por exemplo, Morning song.
Figura 3 - Selo comemorativo à autora Sylvia Plath (1932-1963), poeta, romancista e contista
Fonte: Olga Popova, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
Selo comemorativo à autora estadunidense
Sylvia Plath (1932-1963). A autora foi fotografada
de lado, com um sorriso discreto. Ela estava bem
jovem na imagem, pois cometeu suicídio aos
trinta anos.
Se o tom, às vezes perturbador de uma mulher afetada pelo tempo surge nos
versos de Sylvia Plath, Adrienne Cecile Rich, ou Adrienne Rich, (1929-2012),
também criticou padrões rígidos em relação às mulheres. Rich reiterou a
questão de as mulheres viverem em uma sociedade patriarcal que as tolhe na
qualidade de indivíduos ativos e criativos.
VOCÊ QUER LER?
Muitas poesias e obras em ficção não estão traduzidas para a língua
portuguesa, porém a vasta autoria norte-americana pode ser apreciada
em diferentes mídias na internet, bem como em livros autênticos e em
obras traduzidas. Há um poema muito marcante de um autor
estadunidense, cujos pais eram judeus e imigrantes e cuja
representatividade focaliza a poesia do mundo, modalidade que
evidencia, com tom naturalista-realista, muitas vezes na defesa da
perspectiva das minorias marginalizadas das cidades. Você poderá ler na
íntegra, em inglês, e também ouvir o poema The Mercy, do autor Philip
Levine (1928-2015).
Acesse (https://www.poemhunter.com/poem/the-mercy/)
Desse modo, em uma apresentação geral, esses homens e essas mulheres que
escolheram a poesia como labor artístico tiveram espaço para produzir, sendo,
com frequência, premiados por isso. Esse é o legado significativo do século 20 e
do desenvolvimento da literatura norte-americana, que também promoveu uma
maior inserção de textos nos jornais, por exemplo, aprimorando as vivências dos
leitores e permitindo um acesso fácil, ainda por meio da difusão de gêneros
textuais distintos, que se ramificaram à medida que avançavam os meios de
comunicação nos Estados Unidos da América e no mundo, até que as fronteiras
físicas já não mais existissem por conta da difusão da produção escrita e pela
globalização.
Os contos.
Os romances.
Uma das contistas bem influentes foi Katherine Anne Porter (1890-1980),
jornalista, ensaísta, ativista e também escritora de contos que marcaram o
gosto pelo gênero e esse gênero, realmente, produziu grandes frutos nos
Estados Unidos.
Figura 4 - Selo comemorativo à autora Katherine Anne Porter (1890-1980)
Fonte: Olga Popova, Shutterstock, 2021.
#PraCegoVer
A imagem mostra o selo comemorativo à autora
contemporânea Katherine Anne Porter (1890-
1980). Ela foi retratada jovem ainda e se
encontra olhando para a esquerda. Atrás da
autora, existe a imagem de um navio, o qual se
refere a uma de suas obras, Ship of fools (1962).
#PraCegoVer
A foto retrata uma imagem da infantaria
americana aliada entrando na Comuna francesa
de Saint Lo, Normandia, no dia 18 de julho de
1944. Na imagem, há muita destruição na cidade
por conta da invasão nazista.
A identidade estadunidense não é única. Ela foi sendo constituída à medida que
diferentes povos promoveram não apenas a ocupação do território físico, mas
também à proporção que suas conquistas e avanços puderam ser percebidos
até chegarmos a um multiculturalismo. A chegada de imigrantes a partir do
século 19 trouxe não somente uma leva de aspectos culturais importantes como
criou a ideia dos crossbreeds (mestiços), que se ambientaram de modo bastante
conflitante, pois seus pais diferiam em ancestralidade.
Desse modo, a literatura escrita por afro-americanos tinha como princípios
fundamentais a luta pelos direitos humanos e sociais. Um marco dessa autoria
foi William Edward Burghardt Du Bois, ou W.E.B. du Bois, (1868-1963), cujo
bisavô nasceu na África no século 18 e seus pais viviam em uma área onde a
população negra era livre, Great Barrington, Massachusetts. Ele escreveu The
Souls of black folk (1903), acima de tudo um trabalho documental sobre ser
negro nos Estados Unidos. Segundo Peter High: “Também, pela primeira vez na
literatura americana, descreve-se a cultura especial dos americanos negros”
(HIGH, 2000, p. 211, tradução nossa).
VERIFICAR
VAMOS PRATICAR?
#PraCegoVer
Ilustração do monstro em forma de polvo,
denominado Cthulhu, personagem do autor
americano H. P. Lovecraft (1890-1937), do conto
O chamado de Cthulhu (1928).
Se a ficção criou raízes e fantasias curiosas, ela também deu vazão a um gênero
que foi de algum modo iniciado no Romantismo americano, com Edgar Allan Poe
(1809-1849), com The Murders of the Rue Morgue (1841): a ficção das histórias
de detetive. Para Peter High (2015), dos anos 1920 até os primeiros anos da
década de 1950, houve a Golden age [Era de Ouro] dessas histórias (HIGH,
2000). Um exemplo é Mary Roberts Rinehard (1876-1958) que constrói uma
ficção apresentando uma mulher inteligente que segue as pistas em casas
antigas e trabalha sozinha, como em The Circular staircase (1908), com a
personagem Rachel Innes, que frustra uma série de crimes contra seus
sobrinhos enquanto eles estão de férias com ela.
TESTE SEUS CONHECIMENTOS
(ATIVIDADE NÃO PONTUADA)
VERIFICAR
Assim, chegamos ao fim desta disciplina, esperando que tenha contribuído para
sua formação. Boa sorte em seu percurso acadêmico!
CONCLUSÃO
Referências
HIGH, P. An outline of American Literature. Londres: Longman, 2000.