Você está na página 1de 2

Resumo de A Colonização do Imaginário

Publicado pela primeira vez em 1988, este livro marcou época nos
estudos sobre a colonização do México, dominados até então por duas
tendências: a "arqueologia" dos mundos pré-hispânicos e a história da
implantação espanhola no Novo Mundo.

A colonização do imaginário se situa na interseção das duas questões.O


choque entre os dois povos exigiu uma série de adaptações por parte dos
índios. Gruzinski analisa, por exemplo, os deslocamentos na composição
e na forma dos pictogramas, e também o progressivo aparecimento da
paisagem de fundo e da escrita alfabética nos mapas indígenas,
marcando a gradual assimilação da representação ocidental de
espaço.Outras fontes já conhecidas são iluminadas por nova perspectiva.

É o caso dos questionários aplicados pela administração espanhola na


colônia. Gruzinski mostra, na própria formulação das perguntas, como os
índios eram obrigados a rever suas concepções segundo critérios
alheios.Por meio de investigações como essas, o leitor descobre como os
índios se submetiam às expectativas espanholas.

E percebe que não apenas os índios mudavam nesse processo: também


os espanhóis se tornavam "outros" ao recorrer a xamãs indígenas e ao
tentar compreender o que diziam seus interlocutores.

O mundo colonial mexicano é, assim, restaurado em seus aspectos mais


sutis e, do ponto de vista das culturas indígenas sob domínio espanhol,
mais fundamentais.

Acesse aqui a versão completa deste livro

Você também pode gostar