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Colombo durante muito tempo não teve importância para a história da conquista,
no entanto este cenário é alterado durante as comemorações doo tricentenário e
quadricentenário da descoberta da América, movidos pelo espírito nacionalista
realizaram esforços para “ ... implantar de tal modo um certo Colombo na mentalidade
popular dos dois lados do Atlântico...” pag 39 que sobrevive a atualidade. Portanto para o
autor visões como de um Colombo a frente do seu tempo, como propagador da teoria
da esfericidade da Terra, expressa “ ... um homem não do século XV, mas do XIX –
com tintas do XX. “ pag40
O quinto capítulo- Sob o domínio do rei- O mito da conclusão, mais uma vez
deixa claro a relação entre os mitos. Neste caso o autor questiona a rapidez da conquista
e colonização da América explicando que tal equívoco é consequência da pressão da
Coroa já que exercia um controle mediante a concessão e licenças ou contratas de
exploração ou ocupação os títulos de adelantado e títulos e privilégios de governo. È
devido a esses benefícios que os conquistadores se encarregarão de demonstrar que a
conquista estava tendo êxito em tempo hábil, o que explica o conteúdo das probanza de
mérito. Para desmistificar RESTALL demonstra sete pontos da “dimensão de
incomplecitude” sendo estes: a rapidez da conquista em áreas cruciais e subsequente
instalação dos colonos, o prolongamento das conquistas militares, a suposta pax
colonial, a autonomia dos nativos dentro do império hispânico, a ineficiência da
conquista espiritual e cultural.
O sexto capítulo trata do mito da desolação nativa que retrata a apatia dos
nativos mediante a conquista estando eles receptivos à dominação caminhando a uma
ruína cultural e social, ele mostra como o mito foi desenvolvido desde Colombo.
Colombo constrói a imagem, segundo o autor, de um nativo bondoso, gentil e
consequentemente vulnerável como é relatado ao rei sobre a forma como vivem
aparentando serem facilmente cristianizados gerando “... tentativas de construir utópicas
comunidades cristãs...” pag 187. Para RESTALL tal visão é um equívoco ao que ele
contesta ao afirmar que o projeto espanhol só funcionava relativamente bem quando
coincidiam com as práticas, padrões e estruturas nativas, quando não, enfrentavam o
mesmo nível de resistência. Resistências e até estratégias de negociação como a de
conceder permissão em determinadas ações hispânicas pra não perder costumes nativos
a exemplo da postura de Montezzuma em evitar um embate direto com Cortés afim de
evitar a dizimação de população asteca tendo em vista força bélica já conhecida dos
conquistadores.