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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL E DE RECURSOS


HÍDRICOS
Disciplina: Narratologia Professora: Cíntia Cardoso
Data: 16/01/2024 Curso: Letras - Português Atividade narrativa
Aluno (a): Ester Batista Guimarães Matrícula:

PROPOSTA DE PRODUÇÃO DE TEXTO NARRATIVO

B
oa atividade!
Aquele momento ressoou como uma melodia nostálgica em minha mente, pois não a via desde aquele verão distante há
duas décadas. As circunstâncias da vida nos haviam levados para diferentes caminhos, mas a promessa do reecontro
permaneceu firme e foi cumprida.

Maria Clara estava linda como sempre, sua pele reluzia, seus olhos castanhos brilhavam, estava com um vestido floral
verde e um sapato branco com detalhes brilhantes
- Olá, como você está?
Disse clarita ao me avistat na entrada da portaria.
Ao me aproximar, falei sobre como o tempo moldou nossa trajetória. Maria clara sorriu, nos olhamos com uma mistura
de hesitação e reconhecimento.
Fomos para uma cafeteria e lá sentamos e conversamos sobre a vida, relembramos acontecimentos, ela contou sobre os
altos e baixos de sua jornada, sobre seus gatos, os lugares incríveis que havia inesperadamente conhecido através do
emprego, Maria Clara havia se formado em Letras, havia publicado artigos e entrevistas, falou também sobre o
tempo em que morou na Espanha com seu marido Jango e suas duas filhas Cíntya e Larissa.
Eu, por minha vez, partilhei as minhas conquistas, momentos ruins e bons, cicatrizes que o tempo não conseguiu
apagar. Eu não tinha muito o que acrescentar, pois como disse não tinha feitos muitos grandes. Estava enfrentando um
período turbulento em minha vida, vivia apenas das artes que confeccionava.
- Eu larguei a faculdade de moda, tentei abrir uma ateliê, no início foi bom, porém não obtive sucesso. Fechei e
hoje estou como você vê.
Senti um receio de contar sobre isso, pois eu deveria ter me formado e está com um emprego, vida financeira e
amorosa estáveis. Tudo o que tive de romance foram empregos e paixões e passageiras.
-Você ainda fala com Yuri?
perguntei a Clara
-Sim, está bem, continua do mesmo jeito, está morando em São Paulo devido ao emprego.
- Encontrei-me com Marcel e Ana esses dias, Ana voltará para o Rio grande do sul e Marcel para salvador - Falei
ainda sobre como nosso grupo estava afastado

No meio desse reencontro surpresa, percebemos que as nossa confiança e amizade não tinha mudado. Ficamos rindo das
tolices que já vivemos, dos momentos de brigas, tolices, lembramos das paixões. A saudade, que antes era algo
desconfortável, hoje é transformada em histórias e unia-nos novamente
-Deveríamos marcar um encontro, onde todas estivessem presentes. Sei que nós duas fizemos uma promessa com
chantilly na testa mas seria bom incluir as outras, né?

-Sim, concordo com você, seria perfeito.

No decorrer do encontro, o cafeteria transformou-se em um portal para o passado, onde as lembranças fluíam livremente.
Nos rostos marcados pelo tempo, encontramos os traços daquelas jovens cheias de sonhos. Sentimos a melancolia do que
se perdeu, mas também a alegria do que se reencontrou.

-Eu sempre lembrei de você, nos afastamos por motivos fúteis da vida, agora podemos recuperar o tempo perdido - disse
Maria

- Você tem razão, seria perfeito se pudéssemos ser o que éramos antes. Vou conversar com as meninas e marcar
um encontro.
Quando nos despedimos, não éramos as mesmas amigas que se separaram duas décadas atrás. Éramos versões mais
sábias, com bagagens enriquecidas pela vida. O reencontro não apagou o tempo, mas o transcendeu, revelando que, no
coração da amizade verdadeira, há uma magia capaz de resistir ao implacável fluir dos anos.

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