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A Vida de Dr.

Bach

(Texto preparado para a Mostra Histórica das Essências Florais, apresentada em todo o
Brasil em 2006)

Retirado do site:
http://www.essenciasflorais.com.br/biografia-vida-de-dr-bach/

Ao olharmos para a obra de Edward Bach, médico inglês, nascido em Moseley, na


Inglaterra, em 24 de setembro de 1886, portanto há 120 anos atrás, se focalizarmos nos
conceitos e na filosofia que estão por detrás de suas descobertas, concluímos que ele foi
uma pessoa muito à frente de seu tempo.
Analisando sua biografia, aprendemos que além de extremamente intuitivo Bach era
estudioso, dedicado ao trabalho e à cura, fosse como médico alopata, sanitarista,
homeopata ou simplesmente “herbalista”, como gostava de ser chamado depois da
descoberta das essências florais.

Dr Edward Bach – como o vemos através da imagem mais conhecida de todos

Nascimento e ligação com a natureza


Nasceu numa das regiões da Grã Bretanha que abrigou, em passado longínquo, a antiga
cultura celta, guardiã de tradições religiosas ligadas à natureza.
Os celtas se relacionavam com as forças sutis ou espirituais dos fenômenos da natureza
e com os seres elementais em seu cotidiano.
A Drª Carmen Monari, médica, terapeuta e educadora especializada nos Florais de Bach,
incluiu em um de seus livros o significado do nome Edward Bach: Edward de origem
teutônica significa “aquele que precisa ser o guardião, alerta de seus sentidos”
Bach em sua origem alemã significa “fonte de água” e em sua origem persa significa
“jardim”.

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Desde pequeno se sobressaia pela sua determinação
Desde pequeno se sobressaia por sua capacidade de concentração e por sua grande
determinação. Era independente e tinha imenso desejo de saber. Bem humorado e
alegre, desde menino tinha o hábito de sair sozinho pelos campos e sentar para observar
detalhes da natureza.
Desde criança tinha o ímpeto de ajudar a qualquer ser que estivesse passando por uma
aflição, fosse um animalzinho ou uma pessoa.

A época em que viveu e quem foram os seus contemporâneos


Teve como contemporâneos outras almas que deixaram marcas importantes no mundo
como Gandhi, Rudolf Steiner, Albert Einstein, Sigmund Freud, Tolstoi, Pessoa, Chaplin,
Monteiro Lobato, Villa Lobos, Hitler…
Filho primogênito de família descendente do País de Gales, Edward foi um bebê de saúde
delicada, mas passados os primeiros meses de vida tornou-se uma criança cheia de
vitalidade.

Ainda menino já falava em ser médico!


Aos 16 anos concluiu os estudos e foi trabalhar na empresa de seu pai – uma usina de
fundição de cobre, porque sabia que cursar a escola de medicina seria muito caro.
Ainda nessa época, trabalhando nas Usinas Bach, Edward observava os problemas de
saúde dos operários de seu pai e a pobreza de recursos e de tratamentos, levando ao
uso, quase sempre, apenas de paliativos para atender as queixas.
O jovem Edward, tocado por essas questões dos operários tomou então, nesse período, a
decisão de que como médico encontraria um método simples de cura verdadeira que
tranquilizaria as mentes e os corpos. Esse episódio certamente o ajudou a fazer sua
escolha final, pondo fim a um questionamento interior a respeito de se deveria vir a ser
médico ou teólogo.
Não aguentando mais o confinamento imposto pelo trabalho na usina, Edward alistou-se
no Corpo de Cavalaria e nesse período pôde voltar a se deleitar por estar novamente em
contato com a natureza.
Até que finalmente teve uma conversa decisiva com seu pai que se ofereceu para pagar
sua Universidade para que ele pudesse cursar medicina.

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Dr Edward Bach e sua filha

Cursou Medicina e iniciou sua prática de consultório


Durante o período em que cursou medicina e por vários anos depois, evitava ir aos
parques de Londres ou estar em meio à natureza, porque sabia que a força do chamado
da mãe natureza para ele seria forte demais para suportar.
No mesmo ano em que formou-se médico, Edward, agora sim o Dr. Bach, casou-se com
sua primeira mulher. Começou sua carreira médica como alopata, num Pronto Socorro de
Londres (Casualty House Surgeon).

Trabalhou como pesquisador, Bacteriologista e Imunologista


Logo, passou a trabalhar como bacteriologista, numa época em que a medicina avançava
em grandes estudos sobre imunologia.
Pasteur e outros grandes cientistas já haviam aberto as portas para esta nova área de
cura e acreditava-se que bacteriologia e imunologia eram as chaves para a saúde mundial
e o futuro da medicina.
O cientista Edward Bach descobre vacinas que eram preparadas utilizando diversos tipos
de bactérias. Os resultados obtidos foram muito além de sua expectativa. Mais tarde,
Bach usou dessas vacinas durante a grave epidemia de gripe espanhola, salvando
milhares de vidas dentre as tropas militares.

Dr Edward Bach em sua juventude

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Primeiras reflexões sobre a complexa relação entre o indivíduo e a doença
Durante a epidemia ele se questionava: porque em meio a uma infecção tão poderosa,
uma parte da população sucumbe, enquanto a outra parte continua saudável? Com tantos
infectados, por que alguns continuavam intactos?
Sua experiência clínica já havia demonstrado a diferença de atitude emocional que seus
pacientes demonstravam diante da doença. E esta atitude influenciava o prognóstico.
Durante a 1ª. Guerra Mundial tentou em vão se alistar, mas como sua própria saúde
nessa época já era frágil ele nunca foi aceito.
Acabou ficando em Londres, onde foi responsável por 400 leitos de feridos de guerra, no
Hospital Universitário.
Nessa época nasce sua filhinha; falece sua primeira esposa e ele se casa novamente.

Adoece seriamente e é desenganado


Logo depois Edward adoece seriamente sofrendo uma cirurgia da qual nem seus amigos
médicos acreditavam que ele poderia se recuperar. Mas, assim que pôde, voltou ao
trabalho de maneira ainda mais intensa do que antes.
Trabalhou dia e noite, sem perceber o tempo que passava, até que se viu mais forte e
saudável do que jamais fora. E este foi mais um elemento em sua vida que lhe mostrou o
caminho que deveria percorrer: o envolvimento apaixonado por um propósito nos faz
fortes e livres de doenças.
Deixa, então de atender no Hospital Universitário por não concordar com as regras
impostas e abre um novo consultório onde atende os pobres sem cobrar.

Iniciado na Maçonaria; a seguir, ingressa no Hospital Homeopático


Nessa mesma época é iniciado na Maçonaria.
Em 1919, Dr. Bach ingressou no Hospital Homeopático de Londres, trabalhando ainda
como patologista e não como homeopata. Até então, suas vacinas eram administradas
através de injeções subcutâneas. Ao tomar contato com a obra de Hahnemann, muda o
modo de preparo de sua vacina, para que elas pudessem ser administradas oralmente. E
segue trilhando seu caminho em direção ao sutil.
Nesta época, entusiasmado com as ideias de Hahnemann, acreditava que a alopatia e a
homeopatia tomariam rumos convergentes, ou seja, seguiriam o caminho que ele próprio
estava seguindo.

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Sabemos que a homeopatia oferece um retrato mais fiel da saúde e da doença no ser
humano porque considera também os estados mentais. Isso levou Bach a abraçar esta
modalidade da medicina.

Cresce em sua prática como homeopata e deixa de trabalhar dentro do hospital


Na década de 20, Dr. Bach era um médico homeopata reconhecido, trabalhando com
uma equipe de assistentes. Desenvolveu os 7 Nosódios de Bach, usados para tratar
diferentes doenças.
Já havia sido indicada por Hahnemann a ideia de que existia uma associação entre
personalidade e fatores físicos. Dr. Bach queria entender o Ser como um todo e escreveu
que o objetivo do médico deveria ser, mais do que a cura, a prevenção das doenças. Para
ele era claro que o corpo humano não deveria ser visto pela medicina como um campo de
batalha.
Em um discurso feito à Sociedade Homeopática em 1920, Dr. Bach já demonstra certa
crítica à maneira como suas vacinas estavam sendo usadas: o médico queria um remédio
fácil de ser prescrito, enquanto os laboratórios queriam fabricar remédios em grande
escala e vendê-los.
Pouco tempo depois, Dr. Bach separa-se de sua segunda esposa e deixa seu cargo no
Hospital Homeopático.

Suas observações sobre o comportamento humano e o preparo dos primeiros


florais
Consta que por volta de seus 42 anos, Edward Bach entediado em um jantar da
sociedade, passou a atentar para as atitudes dos convidados e teve os primeiros insights
sobre os temperamentos, que mais tarde descreveria como os 12 estados mentais.
Pouco tempo depois, atendendo a um chamado interior, fez uma viagem até o País de
Gales e encontrou Impatiens e Mimulus, mas preparou essas duas flores como os
remédios ou vacinas que ele utilizava na época.

Mimulus – foto Ruth Altschuler

Ainda não satisfeito, Edward decidiu deixar completamente sua vida e prestígio em
Londres e, sob protesto de seus colegas médicos que o tinham como um líder e um gênio
da pesquisa, foi viver no campo para poder se dedicar àquilo que sentia ser sua missão
do momento: descobrir os tipos ou estados mentais e os novos remédios que pudessem
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curar aquelas pessoas.
Vale lembrar que, ao deixar Londres, por engano trocou a mala onde levava seus
instrumentos de pesquisa pela mala de sapatos. Como nada é por acaso, descobriu que
estes seriam os instrumentos necessários nesta sua nova fase de pesquisas: sapatos
para percorrer incessantemente os campos ingleses em busca de plantas que curassem
as dores da alma humana.
Nora Weeks juntou-se ao Dr. Bach nessa empreitada, e veio a ser sua devotada e
incansável assistente. São dela os desenhos que mostram os locais onde o Dr. Bach
encontrava as flores e preparava as essências florais.

Completa o preparo dos Primeiros Doze Florais de Bach


Entre 1930 e 1932 Bach encontrou e preparou as essências florais daqueles que ele
mesmo chamou de Os Doze Curadores: Impatiens, Mimulus, Clematis, Agrimony,
Chicory, Vervain, Centaury, Cerato, Scleranthus, Water Violet, Gentian e Rock
Rose, e escreveu o tratado Cura-te a ti mesmo.
Nessa época, ele já cuidava de seus pacientes com muito sucesso usando seus novos
elixires.

Chicory – um dos Doze Curadores – Florais de Bach – foto Ruth Toledo Altschuler

Escreveu vários artigos publicados em periódicos ligados à medicina homeopática e ao


final de 1932 escreveu Liberte-se, obra muito importante, em que fala com simplicidade a
respeito de como o homem pode aprender a usar sua intuição e a confiar em si mesmo e
em sua orientação interior, tornando-se assim saudável, útil e feliz. A este texto ele
acrescenta a descrição das suas essências florais.

Indícios de sua visão filosófica


Não há registros sobre a religião ou a filosofia que Edward Bach seguia. Mas, em seus
escritos, podemos destacar referências a Buda, Cristo, Grandes Mestres da Fraternidade
Branca. Ainda em seus escritos, lemos expressões como Eu Superior, Guia Divino,
Imortalidade da Alma, Vidas Sucessivas… Alguns relatos falam sobre uma estreita
relação com a Maçonaria. É difícil afirmar em que escola ou tradições espirituais ele se
inspirou, mas através de seu legado, temos a certeza de que o foco de seus estudos era
o contexto espiritual dos seres humanos.
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Dr. Bach nos deixou um caminho para a cura. Ele dizia:
“A prevenção e cura acontecem quando localizamos o erro dentro de nós mesmos e
suprimimos este defeito por meio do cuidadoso aprimoramento da virtude que o destruirá;
não combatendo diretamente o erro, mas desenvolvendo tanto estas virtudes que ele
chegue a ser varrido de nossas naturezas”.

Observações decorrentes de sua prática com as essências florais


Durante esses primeiros anos de pesquisa e preparo das essências florais, Edward Bach
viveu em Cromer, à beira mar, e viajava para encontrar as flores que precisava para ir
completando sua obra.
Trabalhando com os Doze Curadores, percebeu que alguns pacientes não mostravam
muito progresso, mesmo sabendo que havia identificado corretamente seu tipo de floral.
Percebeu que algumas pessoas tinham estados crônicos: haviam sofrido doenças ou
desequilíbrios em suas vidas por tanto tempo, que estes estados tornaram-se
profundamente enraizados ou cristalizados.

Red Chestnut – foto de Ruth Altschuler

Identifica mais 4 florais, os Quatro Auxiliares


Em 1933 Dr. Bach identificou mais quatro novos florais, aos quais chamou de Quatro
Auxiliares. Ele dizia que essas novas essências eram, em suas palavras para: “…pessoas
que se acostumaram à doença num tal grau que esta se torna parte de sua natureza”.
Sua sugestão foi a de que os Quatro Auxiliares poderiam tirar estes sofredores de seu
estado de estagnação e impulsioná-los para uma atividade totalmente nova. Voltariam,
então, para as dificuldades originais de seu tipo de floral, e poderiam ser auxiliados por
um dos Doze Curadores.
Os Quatro Auxiliares são Gorse, Oak, Heather e Rock Water. Mais tarde agregou a este
grupo mais três florais: Vine, Olive e Wild Oat. Estes se somaram, compondo então os 7
Auxiliares.

Reflete sobre a responsabilidade de cada um em relação à própria vida


De tempos em tempos, Dr. Bach escrevia sobre a responsabilidade dos pacientes em
analisar suas próprias vidas para achar as causas de sua doença, que ele acreditava
serem advindas de problemas espirituais e emocionais que terminavam por levar a uma
doença física.

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Desenvolve a combinação de emergência, depois conhecida como Rescue Remedy
Tratando de pacientes em Cromer, elaborou uma combinação de remédios florais para
ser usada em casos emergenciais: Impatiens para tonificar a mente e o coração,
dissolvendo o stress, Clematis, para trazer as forças da consciência para o momento
presente e Rock Rose para fortalecer a coragem evitando o pavor provocado nestas
situações. Mais tarde, acrescentou a esta fórmula outras 2 essências florais: Star of
Bethlehem, evocando o poder das forças espirituais protetoras para a cura de traumas
e Cherry Plum, para a manter a paz interior e o equilíbrio da mente. Assim nasce o
Rescue ou Five Flowers como conhecemos hoje.

Sweet Chestnut – detalhe – foto Ruth Altschuler

Fixa residência em Mount Vernon e pesquisa intensivamente mais uma série de


flores e suas propriedades
Em 1934, depois de muito andar por campos ingleses acreditando estar pronto seu
sistema de cura, fixou residência na vila de Sotwell. Alugou uma casa com o nome
de Mount Vernon.
Atendia seus clientes, cuidava do seu jardim e construía seus próprios móveis,
acreditando que seu sistema de cura estivesse completo. Mas no início da primavera de
1935 sentiu o impulso de retomar o trabalho de pesquisa de mais algumas flores e, desta
maneira, deu início ao preparo de uma nova série de essências florais.
Enquanto as primeiras essências foram descobertas em 6 anos, a partir de observação de
plantas, de temperamentos e de estados emocionais advindos de doenças há muito
tempo instaladas, este segundo grupo foi descoberto em 6 meses. Quase um floral por
semana!
A descoberta destas novas essências representou um desgaste muito grande para
Edward Bach. Nora Weeks relata que ele vivenciava os estados mentais antes de
encontrar as flores que iriam curá-los. Mas, apesar de enfraquecido e desgastado pelo
seu trabalho, cuidava de todos que lhe pediam ajuda e sempre apresentava um sorriso,
procurando dar alegria e felicidade a seus próximos. Afinal, este era, para ele, o caminho
da cura. Ele dizia:
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“A vida não nos exige grandes sacrifícios… pede-nos apenas para fazermos a nossa
viagem com alegria no coração e para sermos uma benção para aqueles que estão ao
nosso redor.”

Sweet Chestnut – início da florada – foto Ruth Toledo Altschuler


Em face a perseguições, determina sua opção de trabalhar com as flores
Desde que começou a ter seus primeiros artigos a respeito das essências florais
publicados, Edward Bach foi perseguido pelo Conselho de Medicina inglês. Em sua última
carta a este órgão em 1936, escreveu:
“Tendo provado que as ervas do campo são muito fáceis de usar e tão maravilhosamente
eficazes em seu poder curativo, eu abandono a medicina ortodoxa.”
Disse ainda que já não era médico e preferia ser chamado de herbalista. Mas seu nome
nunca chegou a ser retirado do Registro de Médicos da Inglaterra.
Durante o verão de 1936 escreveu a edição revisada de “Os Doze Remédios Curadores e
Outros Remédios”.

Minha tarefa está cumprida


Em 1936 escreveu a seus colaboradores:
“Minha tarefa está cumprida; minha missão neste mundo está terminada.”
Pediu ainda a seus colegas: Nora Weeks, Victor Bullen e Mary Tabor:
“Há momentos como este, em que estou esperando um chamado não sei de onde.
Se este chamado vier, como pode acontecer a qualquer minuto, eu lhes suplico, a vocês
três, que continuem a obra maravilhosa que começamos. Uma obra que pode libertar os
homens, eliminando os poderes da doença….”
26 dias depois de escrever esta carta, Edward Bach fez a sua passagem para o plano
maior.
Faleceu, na madrugada de 27 de novembro de 1936, de uma parada cardíaca.
Nora Weeks, a mais devotada dentre seus colaboradores fala sobre o Dr Bach:

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…Ele tinha um grande senso de humor e se contentava com as coisas simples da vida,
como apanhar os primeiros cogumelos, cozinhar, costurar e terminar uma mesa. Tinha
uma grande afinidade com plantas e animais. Os pássaros costumavam pousar na sua
enxada enquanto ele carpia e os cachorros selvagens com seus filhotes vinham comer
em suas mãos. Se ele pegava uma flor, não só conhecia suas qualidades curativas, assim
como também sua história.

Ele seguia sempre a sua intuição. Às vezes saia de repente não importa o que estivesse
fazendo, em obediência a seu impulso interno. Certa vez, quando estava ditando uma
carta, ele deixou a casa e se dirigiu imediatamente ao cais onde se deparou com um
homem prestes a cometer suicídio. Outra vez levantou-se da mesa de almoço e se dirigiu
apressadamente para o final da praia onde se deparou com um homem entrando vestido
no mar. Nas duas vezes pessoas foram salvas por ele. Muitas pessoas diziam que só de
vê-lo à distância sentiam-se melhor.

Ele se achava um privilegiado por ser um canal de cura, embora sua primeira
preocupação fosse encontrar as flores que curam. Estas poderiam ser aplicadas por
todos, enquanto que o seu poder de cura, ele não o poderia transmitir diretamente aos
outros. Sem dizer uma palavra, ele poderia colocar a mão sobre o órgão doente de um
paciente e obter uma melhora instantânea. Mas, poderia também, com um olhar, revelar
os sentimentos negativos, o medo escondido, o ressentimento, a inveja, o que quer que
fosse que estava por trás daquele sofrimento, assim como o nome do floral que o aliviaria.
E mais importante ainda, Dr. Bach tinha a amorosa habilidade de mostrar àquele que
estava sofrendo a coragem, o amor, a compaixão e compreensão que estava por detrás
da sua dificuldade. Ele conseguia enxergar a verdadeira natureza de cada pessoa e
revelar sua grandeza.

Dizia: “as crianças de Deus nunca têm medo”. Sua voz tinha uma qualidade que inspirava
confiança, fazia a pessoa sentir-se bem e perceber-se como alguém melhor do que se
julgava.

Em um dos artigos publicados pelo jornal Homeophatic World, Edward Bach nos
diz: “Essa não é a cura do “vocês não devem”, mas sim a do “sejam abençoados”.
Sua voz tinha uma qualidade que inspirava confiança, fazia a pessoa sentir-se bem e
perceber-se como alguém melhor do que se julgava.

Texto preparado por Cynthia Accioly Abu Asseff para a Mostra Histórica
A Mostra Histórica sobre as Essências Florais foi apresentada em várias cidades do Brasil
durante o ano de 2006, por ocasião dos 70 anos da passagem do Dr. Bach.

Agradecimento pelo especial apoio recebido


Para obter todo material de pesquisa sobre a vida e a abra de Edward Bach e escrever
este texto que compartilho com vocês, tive a ajuda da terapeuta floral Luciana Chammas,
10
do trabalho de pesquisa da biografia do Dr. Bach pela terapeuta floral Regina Oliveira e
de diversos livros que mencionam trechos de sua vida, seu pensamento, sua orientação
interior.

Fontes:
Pesquisa biográfica sobre Dr Bach pela terapeuta floral Regina Oliveira
As Descobertas Médicas de Edward Bach, de Nora Weeks
The Original Writings of Edward Bach, de Judy Howard e John Ramsell
A Terapia Floral – Escritos Selecionados de Edward Bach (que contem os textos
completos de “Cura-te a Ti Mesmo” e de “Liberte-se”), organizado por Dina Venâncio
Participando da Vida com os Florais de Bach, de Carmem Monari
The Story of Mount Vernon, de Judy Howard
Form & Function, de Julian Barnard
Apostila do Curso Aprenda a Usar Florais de Bach, da Healing Herbs

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