Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(Texto preparado para a Mostra Histórica das Essências Florais, apresentada em todo o
Brasil em 2006)
Ao olharmos para a obra de Edward Bach, médico inglês, nascido em Moseley, na Inglaterra,
em 24 de setembro de 1886, se focalizarmos nos conceitos e na filosofia que estão por detrás
de suas descobertas, concluímos que ele foi uma pessoa muito à frente de seu tempo.
Analisando sua biografia, aprendemos que além de extremamente intuitivo Bach era
estudioso, dedicado ao trabalho e à cura, fosse como médico alopata, sanitarista, homeopata
ou simplesmente “herbalista”, como gostava de ser chamado depois da descoberta das
essências florais.
Aos 16 anos concluiu os estudos e foi trabalhar na empresa de seu pai – uma usina de fundição
de cobre, porque sabia que cursar a escola de medicina seria muito caro.
Ainda nessa época, trabalhando nas Usinas Bach, Edward observava os problemas de saúde
dos operários de seu pai e a pobreza de recursos e de tratamentos, levando ao uso, quase
sempre, apenas de paliativos para atender as queixas.
O jovem Edward, tocado por essas questões dos operários tomou então, nesse período, a
decisão de que como médico encontraria um método simples de cura verdadeira que
tranquilizaria as mentes e os corpos. Esse episódio certamente o ajudou a fazer sua escolha
final, pondo fim a um questionamento interior a respeito de se deveria vir a ser médico ou
teólogo.
Não aguentando mais o confinamento imposto pelo trabalho na usina, Edward alistou-se no
Corpo de Cavalaria e nesse período pôde voltar a se deleitar por estar novamente em contato
com a natureza.
Até que finalmente teve uma conversa decisiva com seu pai que se ofereceu para pagar sua
Universidade para que ele pudesse cursar medicina.
“A vida não nos exige grandes sacrifícios… pede-nos apenas para fazermos a nossa viagem com
alegria no coração e para sermos uma benção para aqueles que estão ao nosso redor.”
Em face a perseguições, determina sua opção de trabalhar com as flores
Desde que começou a ter seus primeiros artigos a respeito das essências florais publicados,
Edward Bach foi perseguido pelo Conselho de Medicina inglês. Em sua última carta a este
órgão em 1936, escreveu:
“Tendo provado que as ervas do campo são muito fáceis de usar e tão maravilhosamente
eficazes em seu poder curativo, eu abandono a medicina ortodoxa.”
Disse ainda que já não era médico e preferia ser chamado de herbalista. Mas seu nome nunca
chegou a ser retirado do Registro de Médicos da Inglaterra.
Durante o verão de 1936 escreveu a edição revisada de “Os Doze Remédios Curadores e
Outros Remédios”.
Nora Weeks, a mais devotada dentre seus colaboradores fala sobre o Dr Bach:
…Ele tinha um grande senso de humor e se contentava com as coisas simples da vida, como
apanhar os primeiros cogumelos, cozinhar, costurar e terminar uma mesa. Tinha uma grande
afinidade com plantas e animais. Os pássaros costumavam pousar na sua enxada enquanto ele
carpia e os cachorros selvagens com seus filhotes vinham comer em suas mãos. Se ele pegava
uma flor, não só conhecia suas qualidades curativas, assim como também sua história.
Ele seguia sempre a sua intuição. Às vezes saia de repente não importa o que estivesse
fazendo, em obediência a seu impulso interno. Certa vez, quando estava ditando uma carta,
ele deixou a casa e se dirigiu imediatamente ao cais onde se deparou com um homem prestes
a cometer suicídio. Outra vez levantou-se da mesa de almoço e se dirigiu apressadamente para
o final da praia onde se deparou com um homem entrando vestido no mar. Nas duas vezes
pessoas foram salvas por ele. Muitas pessoas diziam que só de vê-lo à distância sentiam-se
melhor.
Ele se achava um privilegiado por ser um canal de cura, embora sua primeira preocupação
fosse encontrar as flores que curam. Estas poderiam ser aplicadas por todos, enquanto que o
seu poder de cura, ele não o poderia transmitir diretamente aos outros. Sem dizer uma
palavra, ele poderia colocar a mão sobre o órgão doente de um paciente e obter uma melhora
instantânea. Mas, poderia também, com um olhar, revelar os sentimentos negativos, o medo
escondido, o ressentimento, a inveja, o que quer que fosse que estava por trás daquele
sofrimento, assim como o nome do floral que o aliviaria. E mais importante ainda, Dr Bach
tinha a amorosa habilidade de mostrar àquele que estava sofrendo a coragem, o amor, a
compaixão e compreensão que estava por detrás da sua dificuldade. Ele conseguia enxergar a
verdadeira natureza de cada pessoa e revelar sua grandeza.
Dizia: “as crianças de Deus nunca têm medo”. Sua voz tinha uma qualidade que inspirava
confiança, fazia a pessoa sentir-se bem e perceber-se como alguém melhor do que se julgava.
Em um dos artigos publicados pelo jornal Homeophatic World, Edward Bach nos diz: “Essa não
é a cura do “vocês não devem”, mas sim a do “sejam abençoados”.
Texto preparado por Cynthia Accioly Abu Asseff para a Mostra Histórica
A Mostra Histórica sobre as Essências Florais foi apresentada em várias cidades do Brasil
durante o ano de 2006, por ocasião dos 70 anos da passagem do Dr Bach.
Fontes:
Pesquisa biográfica
A Terapia Floral – Escritos Selecionados de Edward Bach (que contem os textos completos de
“Cura-te a Ti Mesmo” e de “Liberte-se”), organizado por Dina Venâncio