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Universidade Federal de Pernambuco

Centro de Ciências da Saúde


Departamento de Ciências Farmacêuticas
Curso de Farmácia
Núcleo de Controle de Qualidade de Medicamentos e Correlatos

APOSTILA DE
HOMEOPATIA
CURRÍCULO 6115
Disciplina: FA642

Profa. Dra. Mônica Felts R. Soares


Esta apostila tem por objetivo, facilitar o estudo dos estudantes do curso de Farmácia da UFPE, vis-
to que na biblioteca são disponibilizados poucos livros de Homeopatia. No entanto, em nenhum momento
está apostila dispensa a leitura do livro. Estes pontos importantes foram retirados de livro, farmacopeia e
formulados pela professora.
Referencias:
CESAR, A. T. et al. Farmácia homeopática: teoria e pratica (4 edição), 2013, São Paulo:
Manole, 2013.

ANVISA. AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Farmacopeia Homeopatia,


3ª Ed. Brasilia,2011.

Em nenhum momento fica disponível a reprodução por qualquer processo, fica apenas disponível
para o estudo dos estudantes da disciplina de Homeopatia do curso de farmácia da UFPE. Esta apostila não
visa fins lucrativos, apenas a disponibilização e facilitação dos alunos ao conhecimento homeopático.
Sumário
História, Princípios e Fundamentos da Homeopatia ................................................................................. 4
Concepção Homeopática do processo Saúde-Doença ............................................................................. 12
Farmacologia Homeopática.................................................................................................................... 16
Medicamento Homeopático .................................................................................................................. 20
Formas Farmacêuticas Básicas ............................................................................................................... 32
Lista de Exercício – Formas Farmacêuticas Básicas ............................................................................................. 36
Conceitos e Definições - Escalas e Métodos de preparo de Formas Farmacêuticas Derivadas ................. 38
Lista de Exercício – Escalas e métodos de preparação ........................................................................................ 50
Formas Farmacêuticas de Uso Interno ................................................................................................... 51
Lista de exercício – formas farmaceuticas de uso interno .................................................................................. 74
Formas Farmacêuticas de Uso Externo ................................................................................................... 76
Lista de exercício – formas farmaceuticas de uso externo .................................................................................. 83
Gabarito ................................................................................................................................................ 84
Lista de Exercício – Capítulo 5 – Formas Farmacêuticas Básicas ......................................................................... 84
Gabarito ................................................................................................................................................ 91
Lista de Exercício – Capítulo 6 – Escalas e métodos de preparação ..................................................................... 91
Gabarito .............................................................................................................................................. 102
Lista de Exercício – Capítulo 7 - FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS ........................................................... 102
Gabarito .............................................................................................................................................. 107
Lista de Exercício – Capítulo 8 – FF de USO EXTERNO ....................................................................................... 107
CAPÍTULO 1
História, Princípios e Fundamentos da Homeopatia

1. HIPÓCRATES E O PRINCÍPIO DA SIMILITUDE


Na Pré-História, a medicina se utilizava do instinto para avaliar qualquer expressão da dor. Os sacer-
dotes eram dotados de poderes pela coletividade e desempenhavam uma medicina mágica e empírica, bus-
cando causas místicas e sobrenaturais para as doenças.
A enfermidade era primariamente uma enfermidade moral, castigo. A prescrição se dava através de
“medicamentos” a base de flores, frutos, cascas e raízes de plantas, parte de órgãos de animais e substâncias
minerais. A relação que existia entre o médico e o paciente era de fé. Por volta de 350 a.C. na Antiga Grécia
nas escolas médicas foi que ocorreu as primeiras tentativas de se criar uma teoria racional sobre a saúde e a
doença.
O maior representante do pensamento médico grego foi sem dúvida Hipócrates (468 a.C. – 377 a.C.),
considerado o pai da medicina, responsável pela atividade médica apoiada no conhecimento experimental,
desvinculado da religião, magia e da superstição.
Para Hipócrates, a terapêutica tinha por base o poder curativo da natureza, e as doenças interpretadas
como um quadro particular de cada indivíduo. Ele entendia como doença uma perturbação do equilíbrio o
qual mantinha o ser humano em harmonia consigo mesmo e com a natureza. Demonstrou ainda que os sin-
tomas são reações do organismo frente a enfermidade, e que o trabalho do médico era ajudar as forças de-
fensivas naturais do organismo.
A homeopatia se alicerça no seguinte enunciado de Hipócrates: A doença é produzida pelos seme-
lhantes e pelos semelhantes o paciente retorna a saúde.Como exemplo, afirmou que as próprias substâncias
que causavam a tosse, a diarréia e provocavam vômitos curavam doenças que apresentavam sintomas seme-
lhantes, desde que utilizadas em doses menores. Em várias obras atribuídas a Hipócrates encontramos em
vários trechos referências a assertativa similia similibus curantur, embora a terapêutica da época adotava a
contraria contraris curantur. A medicina ocidental possui 2 correntes terapêuticas fundamentadas nos prin-
cípios dos contrários e dos semelhantes:
• Alopatia: emprega o princípio dos contrários para combater as doenças, através de substâncias que
atuam contrariamente aos sintomas como por exemplo os antiinflamatórios e antitérmicos.

• Homeopatia: emprega o princípio da similitude, apoiando-se na observação experimental de que toda


substância capaz de provocar determinados sintomas em um indivíduo sadio é capaz de curar, desde
que em doses adequadas, um doente que apresente sintomas semelhantes.

Embora tenha relatado e observado este fenômeno, Hipócrates não se aprofundou no princípio da si-
militude. Coube a Hahnemann demonstrá-lo clinicamente e firmá-lo como método terapêutico, bem como
dotá-lo de uma farmacopéia própria.

2. SAMUEL HAHNEMANN
Christian Friederick Samuel Hahenmann, nasceu em 11 de abril de 1755 em Meissen, Alemanha,
numa época em que o comércio de porcelana era a maior fonte de riqueza. Filho de artesãos da porcelana, já
na primeira infância tomou gosto pela química por observar seus pais no preparo das tintas e esmaltes.
Como na época a profissão de maior prestígio era a de mercador de porcelana, foi orientado pelo pai
para o aprendizado de várias línguas. Encontrou muitas dificuldades nos estudos por ser de origem humilde
e por isto não podia usar a biblioteca da escola. Porém recebeu ajuda de seu professor de línguas, Dr. Mül-
ler, que era amigo do príncipe da região e pôde aperfeiçoar seus conhecimentos lendo livros de botânica,
química, matemática e física. Finalizou seus estudos em Meissen aos 20 anos, dominando fluentemente vá-
rios idiomas. Entre eles, Francês, Italiano, Inglês, Espanhol, Latim, Grego, Árabe e Sírio.
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Em 1775 foi para Leipzig estudar medicina, e para sustentar-se ministrava aulas particulares de lín-
gua estrangeira e traduzia obras científicas para o Alemão. Além de estudar as patologias e as doenças,
Hahnemann pesquisou sobre as correntes filosóficas da época, em especial o vitalismo e o organicismo, que
acreditavam na força vital e na organização biológica, respectivamente. Para Hahnemann o princípio vital
era a causa e não conseqüência da estrutura orgânica, portanto era partidário do vitalismo da época.
Após 2 anos de estudo na Universidade de Leipzig, Hahnemann resolveu continuá-los em Viena,
pois esta escola proporcionava maiores conhecimentos científicos. Se dedicou a prática médica criando um
maior contato com as doenças e doentes, prática não muito comum à época.
Em 1779, Hahnemann recebeu o grau de doutor em medicina na Universidade da Alemanha, neste
mesmo ano foi eleito para a academia de ciências da Mongucia, devido às suas pesquisas na área química.
Seu Tratado de Matéria Médica, que fala sobre as propriedades medicinais das drogas, tornou-se o manual
oficial da época. Além disso, foi responsável pela sistematização da farmacopéia alemã.
Hahnemann não se fixava em nenhum lugar, sempre buscando novidades científicas e meios de ga-
nhar a vida. Entre 1779 e 1787, residiu em várias cidades, conquistando enorme clientela e excelente reputa-
ção como médico e farmacologista. Em Dessau, freqüentou a “Pharmacia” do boticário Haesseler onde co-
nheceu a sua primeira esposa, Johanna Henriette Leopoldine Kücheler, que lhe deu 11 filhos.
Hahnemann terceu várias críticas a medicina da época que se apoiava basicamente, em sangrias,
fórmulas complexas e medicamentos tóxicos para o tratamento das doenças. Abandonou a medicina em
1787 por achá-la empírica demais. Desiludido, escreveu a um de seus amigos: Para mim, foi uma agonia
estar sempre no escuro quando tinha de curar o doente e prescrever de acordo com essa ou aquela hipótese
arbitrária...renunciei a prática da medicina para não correr mais risco de causar danos à saúde alheia e
dediquei-me exclusivamente à química e às ocupações literárias. Para poder sobreviver, voltou a trabalhar
como tradutor, passando a enfrentar grandes dificuldades financeiras.

3. O NASCIMENTO DA HOMEOPATIA
Em 1970, ao traduzir a Matéria médica, do médico escocês Willian Cullen, Hahnemann ficou indig-
nado com o fato de esse autor atribuir a eficiência terapêutica da droga quina ao seu efeito tônico sobre o
estômago do paciente acometido de malária. Não concordando com essa hipótese, resolveu fazer experiên-
cias ingerindo por vários dias certa quantidade de quina. Para sua surpresa passou a apresentar uma série de
sintomas típicos de malária: esfriamento das pontas dos dedos dos pés e das mãos, fraqueza e sonolência,
taquicardia, pulsação rápida, ansiedade e tremor intoleráveis, pulsação na cabeça, rubor na face, sensação de
entorpecimento, enfim, um quadro que trazia a aparência global da febre intermitente, em paroxismo de 3 a
4 horas de duração. Ao suspender o uso da droga sua saúde voltou à normalidade. Deveria haver, portanto,
uma identidade entre a doença e a droga ingerida.
O resultado desse experimento chamou a atenção de Hahnemann para o adágio hipocrático similia
similibus curantur, ou seja, uma droga reconhecidamente eficiente no tratamento da malária era capaz de
produzir sintomas semelhantes aos da doença num indivíduo sadio. Em seguida, experimentou a quina em
seus familiares e amigos, notando que havia a presença dos mesmos sintomas.
A partir daí resolveu fazer observações no homem doente para confirmar se o princípio da similitude
funcionava na prática, e ao atender seus pacientes prescrevia drogas que produziam no homem sadio sinto-
mas semelhantes aos dos enfermos para observar se ocorria o fenômeno da cura. Como a maioria dos resul-
tados foi positiva, sua hipótese foi confirmada. A partir desse fato, reconheceu a necessidade da experimen-
tação humana par poder prescrever cientificamente aos doentes os agentes terapêuticos capazes de curá-los.
De 1790 a 1796, Hahnemann experimentou diversas substâncias, sempre nas pessoas sadias, além de
realizar extensa pesquisa a literatura médica sobre sinais e sintomas provocados por drogas tóxicas. Em
1976, publicou no Jornal de Medicina Prática o seu primeiro trabalho científico sobre suas descobertas de-
nominado “Ensaio sobre um novo princípio para descobrir as propriedades curativas das substâncias medi-
cinais”. Com finalidade de diminuir os efeitos tóxicos e nocivos das drogas, adotou as doses infinitesimais
para o tratamento dos seus pacientes.

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Em 1805 publicou a primeira Matéria Médica Homeopática, com 27 substâncias ensaiadas. Em
1810, editou a 1° edição do seu livro básico, ORGANON DA ARTE DE CURAR, no qual encontramos a
doutrina homeopática e seus ensinamentos, regras minuciosas para exame, entrevista e tratamento do paci-
ente. Entre 1811 e 1826, publicou 6 volumes da MATÉRIA MÉDICA PURA, com 64 medicamentos expe-
rimentados.
A reputação da homeopatia cresceu rapidamente por seus resultados e ganhou muitos simpatizantes.
Porém seus tratamentos apresentavam dificuldades diante da doença crônica, que reaparecia frequentemente
com novos sintomas. Passou a estudar estes casos até que encontrou um fator desencadeador destes proces-
sos, que denominou “miasmas”. Em 1828 divulgou suas descobertas por meio da obra “As Doenças Crôni-
cas”, composto por 5 volumes que fala sobre a causa das doenças crônicas, juntamente com o estudo de no-
vos medicamentos para o tratamento de doenças.
Hahnemann casou-se de novo aos 80 anos com uma jovem francesa de nome Marie Melaine Dervil-
le, indo viver em Paris, onde obteve permissão para exercer a medicina com muito sucesso. Morreu aos 88
anos, em 2 de julho de 1843, cercado de muito respeito e admiração pelo legado que deixou ao mundo cien-
tífico: 21 livros e 25 traduções.

4. A HOMEOPATIA NO BRASIL
Em 1840, a homeopatia foi introduzida no Brasil pelo médico francês, natural de Lyon, Dr. Benoit
Jules Mure, mais conhecido em nosso meio como Bento Mure, que logo garantiu discípulos entre os colegas
brasileiros. As tinturas e as substâncias utilizadas na homeopatia vinham da Europa e os próprios médicos
manipulavam-nas devido à inexistência de farmácias especializadas.
Por volta de 1851, a Escola Homeopática do Brasil, sob forte pressão dos farmacêuticos, aprovou a
separação da prática médica da prática farmacêutica. não existiam, até então, leis que regulamentassem a
farmácia homeopática do Brasil, facilitando a manipulação de medicamentos homeopáticos aos proprietários
leigos. Somente em 1886 com o Decreto n° 9554, surgiu uma Lei que dava o direito de manipular somente a
farmacêuticos. A partir de 1965 surgiram leis mais específicas para a farmácia homeopática e através do
Decreto 78841 aprovou-se a parte geral da 1ª Edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira. Em 1980 com
a resolução 1000/80, a homeopatia foi reconhecida como especialidade médica pelo Conselho Federal de
Medicina.
Em 1988 no Congresso Brasileiro de Homeopatia, foi aprovada a publicação do Manual de Normas
Técnicas para Farmácia Homeopática, qe foi revisado 3 anos depois. Em 1997, de acordo com a portaria
1180 foi aprovada a parte I da 2° edição da Farmacopéia Homeopática Brasileira. A 3a. Edição da Farmaco-
péia Homeopática Brasileira foi publicada em 2011.
A 3ª Edição do Manual de normas técnicas para farmácia homeopática foi publicada em 2003, com
o substituto “ampliação dos aspectos técnicos e práticos das preparações homeopáticas”. As propostas apro-
vadas nas assembléias, coordenadas pela diretoria da Associação Brasileira de Farmacêuticos Homeopatas
(ABFH), foram sistematizados pela comissão científica e transformadas no texto final da 3° edição do ma-
nual. Por meio de encaminhamento semelhante, em 2007, foi lançada a 4° edição deste importante compên-
dio.

5. O QUE É HOMEOPATIA?
A homeopatia é uma especialidade médica e farmacêutica que consiste em ministrar ao paciente do-
ses mínimas do medicamento, de acordo com a lei dos semelhantes, para evitar a agravação dos sintomas e
estimular a reação orgânica na direção da cura, ou seja, sobrepujar a força da doença. O termo homeopatia
vem do grego “homoios-pathos” (sofrimento/doença semelhante) e designa a doutrina que prega a cura de
doenças pela administração de substâncias que, aplicadas a um indivíduo são, geram sofrimento semelhante
ao do paciente, ou seja, sintomas semelhantes. A missão do clínico homeopata é de prescrever substâncias
que quando administradas em pessoas sadias provoca o mesmo sintoma análogo aos da doença a ser comba-
tida. Essas substâncias são transformadas em medicamento homeopático pelo especialista em homeopatia,
através de uma técnica denominada dinamização que permite diminuir os efeitos tóxicos da substância ori-
ginal.
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Desta forma, segundo a Farmacopéia Homeopática Brasileira, “o medicamento homeopático é toda
apresentação farmacêutica destinada a ser ministrada segundo o princípio da similitude, com finalidade pre-
ventiva e terapêutica, obtida pelo método de diluições seguida de sucussões e/ou triturações sucessivas”.

6. FUNDAMENTOS DA HOMEOPATIA (4 LEIS)

6.1. LEI DOS SEMELHANTES


Também chamado de princípio da similitude ou da analogia, a lei dos semelhantes foi utilizada empiri-
camente na medicina deste tempos remotos. Hahnemann teve como precursores vários médicos, em especial
Hipócrates e Paracelso, que por meio de suas obras difundiram a lei dos semelhantes. Todavia, foi Hahne-
mann o descobridor do seu mecanismo de aplicação e de sua utilização científica na cura de doentes.
Trata-se de qualquer substância capaz de provocar em um organismo sadio, porém sensível, em doses
adequadas, um conjunto de sinais e sintomas capaz de curar um indivíduo que apresente um quadro mórbido
semelhante, com exceção de lesão irreversível.
Ex. Suponhamos que um doente com úlcera gástrica, durante uma visita ao médico homeopata, afirme
ter hemorragias frequentes, eventuais diarreias explosivas, gosto amargo na boca, sensação de sufocamento
com falta de ar à noite, grande inquietude de espírito, ansiedade e muito medo da morte, diminuição da me-
mória, além de queimação no estômago, que acalmam com calor e pioram com o frio. Por serem sintomas
análogos aos da ingestão de Arsenicum álbum, tais sintomas sugerem ao médico a indicação de Arsenicum
álbum, que o prescreverá em doses bem diminutas. Deste modo, para a aplicação da lei dos semelhantes, é
necessário saber antecipadamente o que cada droga é capaz de provocar em indivíduos sadios (os chamados
experimentadores). (Obs: neste caso o medicamento Arsenicum álbum é o similimum do doente, ver defini-
ção de similimum a frente).
Um conceito importante para compreender a Lei dos Semelhantes é o de Patogenesia: Patogenesia é o
conjunto de sinais e sintomas objetivos (físicos) e subjetivos (emocionais e mentais) obtidos pela adminis-
tração experimental de determinada substância em indivíduos sadios porém sensíveis e equivale a uma
doença “experimental” ou doença artificial.
Ex. Administramos ao indivíduo uma substância em dose capaz de perturbar a homeostase orgânica e o
organismo apresentará sintomas relacionados a esta substância, os Sintomas Patogenéticos. Para um indiví-
duo apresentar estes sintomas a dose deve ser forte o suficiente para provocar um desequilíbrio ou um alto
grau de sensibilidade a substância testada.
Similimum: Medicamento cujos sintomas patogenéticos no homem sadio coincidem com a totalidade
sintomática de determinado quadro mórbido. Representa o medicamento adequado ao doente.
Para prescrever um medicamento homeopático o médico deverá observar o conjunto de características
do indivíduo, no aspecto físico, psíquico, emocional – e a partir daí prescrever o Similimum do paciente.
Para a homeopatia, a enfermidade é a reação incompleta do organismo com a doença. Ao administrar-
mos uma determinada droga a este indivíduo, num primeiro momento observamos uma piora sintomática,
mas que com o fim do efeito farmacológico notaremos um efeito biológico de sinal contrário que é a reação
orgânica a droga.
Hahnemann expõe assim o princípio da similitura no parágrafo 19 do Organon da arte de curar: “Visto
que as doenças não são mais do que alterações do estado de saúde do indivíduo sadio, expressando-se por
meio de sinais mórbidos, e a cura, igualmente, só é possível com a conversão desse estado em saúde, vê-se,
então, sem dificuldade, que os medicamentos não poderiam curar as doenças de modo algum, se não possu-
íssem a força de alterar o estado de saúde do homem, baseado em sensações e funções e mais: vê-se que
unicamente nesta sua força de alterar o estado de saúde é que se deve basear seu poder de cura”. (Hahne-
mann completa a afirmação no parágrafo 27, do mesmo livro).

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6.2. EXPERIMENTAÇÃO EM HOMEM SADIO
Para a homeopatia a única forma de conhecer de maneira confiável os efeitos farmacológicos de uma
substância medicinal é experimentando-a no organismo humano sadio (experimentação patogenética, home-
opática ou pura). Não são utilizados animais, pois cada espécie apresenta uma reação própria, muito diferen-
te da reação dos seres humanos, por serem distintas as suas constituições. Os testes em doentes também não
são tolerados, pois a mistura dos sintomas provocados pela droga teste impede uma avaliação correta do
experimento.
Ex. se administrarmos Belladona a um elefante, esta é mortal em pequenas doses, porém inócua a
animais pequenos. A Nux vômica e o Aconito são inofensivos a suínos e cães, mas podem matar um ho-
mem. Além do que em animais só observamos os sintomas mais grosseiros e nos doentes podemos ter uma
mistura de sintomas.
Quando administramos uma substância medicinal a um indivíduo e os sintomas resultantes são com-
pilados, estamos registrando as manifestações específicas do organismo diante da agressão proporcionada
por tal substância. Desse modo, revela-se a farmacodinâmica da substância testada. As drogas devem ser
testadas nas doses tóxicas, hipotóxica e dinamizadas para que possam revelar todos os sintomas. Desta for-
ma, os sintomas físicos, emocionais e mentais aparecem com maior riqueza de detalhes. Devem ser utiliza-
dos experimentadores sensíveis as substâncias dinamizadas (os medicamentos) durante os experimentos para
a obtenção de quadros completos de sintomas psicomentais.

CARACTERÍSTICAS DO EXPERIMENTADOR:
• Indivíduo aparentemente saudável;
• Indivíduo de ambos os sexos entre 18 a 45 anos;
• Indivíduo com boa capacidade de expressão oral e escrita;
• Conhecimento da sintomatologia homeopática;
• Vida saudável e equilibrada;
• Leve a experiência a sério.

CARACTERÍTICAS DA SUBSTÂNCIA PARA EXPERIMENTAÇÃO


• Substância pura;
• Corretamente identificada;
• Descrição completa da técnica de preparo.

REGIME
• Moderado;
• Evitar qualquer substância com poder medicamentoso, como a cafeína, especiaria, etc;
• Evitar comidas condimentadas;
• Evitar excessos físicos e mentais.

DOSES
• Sub-tóxicas;
• Experimentar o medicamento 3 vezes ao dia até aparecer os sintomas;
• Pacientes sensíveis passam para nova fase onde será aplicado medicamentos em potências mais altas.

6.3. DOSES MÍNIMAS


No início das experimentações, Hahnemann preocupou-se com a intensidade das reações provocadas
que eram muito fortes visto que não se utilizava medicamentos divididos e sim tinturas, o que muitas vezes
fazia com que o indivíduo desistisse da experimentação.

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Com a finalidade de se diminuir estes sintomas Hahnemann passou a diluir o medicamento em água
ou álcool, porém observou que se o medicamento não fosse forte o suficiente não produziria as reações or-
gânicas. Com resultados insatisfatórios continuou a sua pesquisa, e além de diluir o medicamento passou a
realizar agitações vigorosas que denominou sucussões. E ao administrar este medicamento observou que
além de diminuir a agravação dos sintomas e efeitos tóxicos das altas doses ocorria uma aumento da reação
orgânica. A partir desse momento Hahnemann passou a utilizar diluições infinitesimais e potencializadas.
Esse processo farmacotécnico é conhecido como dinamização.

Dinamização: divisão de uma droga pelo procedimento de diluição + sucussão ou trituração em lactose +
trituração, a fim de desenvolver a força medicamentosa.

Diluição:
É dividir 1 dada quantidade de droga em 10 (escala decimal) ou 100 (escala centesimal) partes do veículo.
Para uma explanação inicial do processo de preparação do medicamento homeopático, apresentamos o se-
guinte esquema:
• Uma parte do insumo ativo na forma de tintura mãe (substâncias solúveis) ou trituração mãe (subs-
tâncias insolúveis) + 99 partes do insumo inerte + 100 sucussões: 1ª dinamização centesimal hahne-
manniana (1CH);
• Uma parte da 1CH + 99 partes do insumo inerte + 100 sucussões: 2ª dinamização centesimal hahne-
manniana (2CH);
• Uma parte da 2CH + 99 partes do insumo inerte + 100 sucussões: 3ª dinamização centesimal hahne-
manniana (3CH);
• E assim sucessivamente... (Figura 1)

Figura 1 Tabela 1
Potência Diluição Concentração Exponentes
1a. CH 1/100 1 para 100 10-2

2a. CH 1/10.000 0,01 para 100 10-4

3a. CH 1/1.000.000 0,0001 para 100 10-6

4a. CH 1/100.000.000 0,000001 para 100 10-8

12a. CH 1/1.1023 0,(21zeros)1 para 100 10-24

Obs. Não é possível a conversão entre escalas, pois sua correlação é apenas matemática. Quanto maior a
potência do medicamento, mais diluído está, e menor é a probabilidade de encontrarmos moléculas da droga
original na solução.

6.4. REMÉDIO ÚNICO


O clínico homeopata procura, sempre que possível, individualizar o quadro sintomático do paciente
para encontrar o seu simillimum. Se ele utilizar em um mesmo paciente, de uma só vez, mais de um medi-
camento, estes mobilizarão conjuntamente os mecanismos de defesa do organismo, numa competição. Pelo
princípio da similitude, apenas um deve cobrir a totalidade dos sintomas apresentados pelo doente. Além
disso, com o uso simultâneo de dois ou mais medicamentos, fica impossível determinar, cientificamente,
qual foi o responsável pela cura. Entretanto, na prática, nem sempre é possível encontrar o simillimum.
O remédio único constitui um dos fundamentos mais importantes da homeopatia do ponto de vista médico-
científico e o mais difícil de ser realizado na prática, pois exige do clínico conhecimentos bastante profundos
da matéria médica homeopática.

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7. ESCOLAS MÉDICAS HOMEOPÁTICAS
As principais escolas homeopáticas são: unicismo, pluralismo, complexismo e organicismo. Existem vá-
rios motivos para a criação de diferentes escolas médicas, entre eles:
• Complexidade da doença;
• Imprecisão dos sintomas;
• Desconhecimentos dos princípios homeopáticos;
• Inexistência de patogenesias capazes de cobrir a totalidade dos sintomas;
• Necessidade do estudo constante;
• Experiência clínica particular de alguns homeopatas.

7.1. UNICISMO
Clínico prescreve um único medicamento, à maneira de Hahnemann, com base na totalidade dos sinto-
mas, independe do quadro fisiológico, corresponde ao simillimum do paciente.
• Inconveniência:
o existência de um medicamento que represente em todos os detalhes o quadro que o paciente
apresente;
o o médico conheça este medicamento;
o o medicamento esteja sempre disponível.

• Exemplo de receita unicista:


o Pulsatilla nigrans 6LM.
Tomar uma colher (chá) de 2 em 2 horas.
o Sepia 12CH.
Pingar 10 gotas diretamente na boca, 2 vezes ao dia.
Obs: Existe uma variante do Unicismo Hahnemaniano, que trata-se do Kentismo, dos seguidores de James
Tyler Kent (1849-1916), médico norte-americano responsável por realizar experiências com altíssimas po-
tências, e dose única, geralmente potências superiores a 1000FC (milésima potência preparada por aparelho
de fluxo contínuo).
• Exemplo de receita kentiana:
o Phosphorus 10000FC líquida.
Tomar todos o conteúdo do frasco, de uma só vez, em jejum.

7.2. PLURALISMO (ou ALTERNISMO)


Clínico prescreve 2 ou mais medicamentos para serem administrados em horários alternados ou não, com
finalidade de um completar a ação do outro, atingindo assim a totalidade dos sintomas do paciente. Os me-
dicamentos são administrados em frascos isolados, e o clínico leva em consideração os sintomas locais,
mentais e pode utilizar juntamente o similimum do paciente.
• Inconveniência:
o tendência a polifarmácia, dificultando a avaliação correta de cada medicamento;
o indução de um segundo estímulo diferente antes de haver se esgotado a ação farmacodinâmi-
ca anterior;
o emprego simultâneo de estímulos opostos;
o prolongamento do tratamento uma vez que a cura é mais rápida com o simillimum.

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• Exemplos de receita pluralista

Barium carbonicum 6CH, 20 mL, 1 frasco


Phytolacca decandra 6CH, 20 mL, 1 frasco
Pingar 5 gotas de cada medicamento, diretamente na boca, de 2 em 2 horas, alternando-os a cada tomada.

7.3. COMPLEXISMO
Clínico prescreve dois ou mais medicamentos para serem administrados simultaneamente. Podem ser prepa-
rados em mesmo frasco ou em frascos isolados.
• Inconvenientes:
o impossibilidade de distinguir qual medicamento realmente atuou;
o impossibilidade de distinguir qual remédio no complexo é eventualmente prejudicial;
o risco de interação medicamentosa desconhecida;
o foge do conceito de homeopatia pois nunca houve experimentação patogenética destes com-
plexos;
o estimulam auto-medicação; proporcionam resultado de curta duração; visam a paliação dos
sintomas; podem desenvolver patogenesias em indivíduos sensíveis; podem interferir no tra-
tamento bem conduzido.

• Exemplo da receita complexista:

Hydrastis canadensis 6CH, 20 mL, 1 frasco


Hepar súlfur 6CH, 20 mL, 1 frasco
Kalium bichromicum 6CH, 20 mL, 1 frasco
Pingar 5 gotas de cada um dos medicamentos, diretamente na boca, de 2 em 2 horas.

Eupatorium 5CH
Bryonia alba 6CH ãã...qsp...30mL. Tomar 5 gotas, 4 vezes ao dia.
Allium cepa 6CH

7.4. ORGANICISMO
Clínico prescreve o medicamento visando aos órgãos doentes, considerando as queixas mais imediatas do
paciente. Bastante próxima da medicina alopática. Fixa-se apenas no problema local.
Exemplo de receita organicista:
Urtica urens 6CH, 20 mL, 1 frasco. Tomar 5 gotas de hora em hora.

Referências Bibliográficas
• Farmácia homeopática: teoria e prática. Olney Leite Fontes. 4a. Edição. Editora MANOLE, 2001.
ISBN 8520434770, 9788520434772, 389 páginas.
• Farmacopeia Homeopática Brasileira. 3ª edição, 2011.
• Organon da arte de curar de Samuel Hahnemann para o século XXI. Marcelo Pustiglione, 286 pági-
nas. ISBN nº 978-85-86625-39-8.

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CAPITULO 2
Concepção Homeopática do processo Saúde-Doença

FENÔMENO VITAL
O modelo conceitual no qual a terapêutica homeopática se apóia é de origem vitalista. Somente
quando aceitamos a noção de um princípio de causalidade para a vida, fora das dimensões físicas habituais,
concordamos em considerá-lo um modelo para a homeopatia.
Vitalismo é uma doutrina filosófica, segundo o qual os seres vivos possuem uma força particular que
os mantém atuantes, o princípio ou força vital, distintas das propriedades físico-químicas do corpo.
Segundo o modelo filosófico homeopático, a condição do organismo depende apenas da saúde da vi-
da que o anima. Assim conclui-se que a doença consiste em uma condição alterada originalmente apenas nas
sensibilidades e funções vitais, independentemente de toda consideração química ou mecânica, ou seja, a
origem primária das doenças está na perturbação da força vital.

FORÇA VITAL
Hahnemann interpreta a força vital como mantenedora do equilíbrio orgânico.
É a força vital que mantém o organismo em harmonia. Sem ela, o organismo não age, não sente e se
desintegra, sendo a força vital responsável pela integração dos diversos níveis dinâmicos da realidade huma-
na (físico, emocional e mental).
No estado de saúde, a força vital imaterial que dinamicamente anima o corpo material reina com po-
der ilimitado e mantém todas as suas partes em admirável atividade harmônica, nas suas sensações e fun-
ções, de maneira que o equilíbrio dotado de razão, que reside em nós, pode livremente dispor desse instru-
mento vivo e são para atender aos mais altos fins de nossa existência.
A homeopatia define saúde como um estado de equilíbrio dinâmico que abrange as realidades física
e psicomental dos indivíduos em suas interações com o ambiente natural e social. A doença reflete, mediante
os sintomas, o esforço da força vital na tentativa de restabelecer o equilíbrio.
Concebe, desse modo, a doença como um processo que pode ter se iniciado nos níveis emocional e men-
tal dos indivíduos suscetíveis, e posteriormente se manifesta sob a forma de lesão orgânica. Assim, o ponto
final do adoecer para a homeopatia é o ponto inicial para a alopatia.
O ser humano apresenta 3 níveis dinâmicos identificáveis: o físico, o emocional e o mental. Sobre
eles age a força vital, mantendo-os equilibrados. O homem pensa por meio do seu nível mental, sente por
seu nível emocional, age pelo seu nível físico e encontra-se coeso em seus três níveis pela ação integradora
da força vital.
Existe uma hierarquia na constituição do ser humano: mental > emocional > físico. Para o homeopa-
ta é necessário distingui-los para avaliar a evolução da doença.
Existe também a hierarquia dentro de cada nível:
• Físico: órgãos respiratórios > pele;
• Emocional: depressão > irritabilidade;
• Mental: delírio ou paranóia > falta de concentração ou letargia.
Quando um órgão nobre é atingido por uma doença, a força vital transfere o problema para um nível
mais periférico para aliviar a agressão, como a pele. Ou ainda se esta estiver abalada poderá resultar em uma
doença mais grave.
A pele é muito importante no contexto geral do organismo, não devendo utilizar medicamentos de
forma paliativa, pois removendo os sintomas antes da cura do problema original pode ocorrer uma supressão
e dificultar a identificação do simillimum. Quando suprimimos algum sintoma podemos ter uma evolução no
quadro para níveis mais profundos e perigosos, que denominamos metástases mórbidas.

12
PROCESSO DE CURA
A primeira constatação de que o tratamento está correto é quando ocorre um aumento transitório dos
sintomas, que logo a seguir desaparecem com a cura do paciente.
Leis da cura:
• Os sintomas devem desaparecer na ordem inversa do seu aparecimento;
• A cura progride do alto do corpo para baixo;
• O corpo procura exteriorizar os sintomas, mantendo-os em suas partes mais exteriores (mucosas e
pele);
• A cura progride dos órgãos mais nobres para os menos nobres
• Antigos sintomas podem desaparecer.

SEMIOLOGIA HOMEOPÁTICA
Numa consulta homeopática bem conduzida, o homeopata escuta, interroga, observa e examina o
paciente, par obter a mais perfeita totalidade dos sinais e sintomas capazes de espelhar a imagem do seu es-
tado enfermo particular. Para isto é muito importante que o clínico conheça profundamente a Matéria Médi-
ca Homeopática e as técnicas para interrogar o paciente.
As fichas clínicas representam o meio mais interessante para anotara as informações disponibilizadas
pelo paciente e seus acompanhantes para a escolha do simillimum. Esta ficha deve conter, além da data e dos
dados pessoais do paciente, um questionário que desperte espontaneamente as informações que individuali-
zam o paciente. Talvez o problema mais difícil da homeopatia seja a retratação do caso, quando esta é bem
feita, o trabalho posterior é mito reduzido, ou então tornar-se-á muito difícil prescrever corretamente.

ROTEIRO DA CONSULTA HOMEOPÁTICA


A. REGRAS
• Anotar tudo com as palavras empregadas pelo paciente;
• Não fazer perguntas cuja as respostas sejam sim ou não;
• Nunca fazer sugestões de respostas;
• Observar o temperamento do paciente;
• Qualificar a queixa com todas as suas nuances;
• Anotar coisas raras, estranhas, peculiares.

B. EXAME FÍSICO

C. SINTOMAS

• Gerais: traduzem o organismo no esforço global ou unitário de reação e adaptação frente às agres-
sões.
o Categorias:
§ Calor vital – reação global no esforço da homeostase;
§ Desejos, aversões e intolerâncias alimentares;
§ Sinais e sintomas sexuais;
§ Sono e sonhos repetidos;
§ Dores;
§ Modalidades gerais.

• Locais: se refere a um órgão ou região topográfica circunscrita e refletem perturbações profundas da


Força Vital.
o Condições que valorizam o sintoma local:
§ Raridade;
13
§ Intensidade;
§ Modalidade marcante;
§ Alternância com outros sintomas.

• Mentais: são aqueles sintomas psicológicos que juntamente com os demis sintomas ajudam a chegar
ao similliimum do paciente.

D. MODALIDADES
§ Modalizar um sintoma é dar a ele um característica especial, que o individualize.
§ Ex: choro – sintoma mental comum, e passa a ter valor se for modalizado, “choro durante a menstru-
ação”, “choro durante o sono”, etc.
§ Modalidade: piora; melhora; lateralidade

E. ANÁLISE DO CASO
§ Após anotar os sintomas do paciente, através de uma anamnese homeopática, será feita a análise do
caso, selecionando os sintomas que serão levados em conta para a escolha do medicamento. A pres-
crição homeopática não deve ser baseada em sintomas comuns das enfermidades, mas somente sobre
aqueles próprios do paciente.
§ Os sintomas são escolhidos entre aqueles mais raros, mais inexplicáveis, mais inusitados, ou seja, os
mais individualizantes deste paciente.
§ Serão priorizados os sintomas mentais, depois os gerais e os locais, que sempre deverão ser modali-
zados.

F. ESCOLHA DO MEDICAMENTO
§ Com base na totalidade de sintomas coletados, de posse de uma Matéria Médica Homeopática, e de
um Repertório Homeopático, o médico consegue chegar ao simillimum do paciente, que será aquele
medicamento cuja patogenesia melhor coincidir com a totalidade sintomática do paciente.

G. ESCOLHA DA POTÊNCIA DO MEDICAMENTO


§ Não existem normas quanto a dinamização a ser prescrita ao paciente, sendo a resposta ao simil-
limum dependente da força vital variável de cada paciente.

H. HORÁRIO E FREQUÊNCIAS DAS DOSES


§ Na medicina homeopática, a prescrição do medicamento não está relacionada a ponderabilidade da
dose, mas sim à sua capacidade de promover o estímulo da reação do organismo (Reação Vital), que
é variável de indivíduo para indivíduo.
§ O medicamento deverá ser administrado preferencialmente ao acordar ou deitar e espaçado das refei-
ções, para melhor contato com as mucosas livres, recomenda-se ainda que seja evitada a hora habitu-
al de agravação indicada na Matéria Médica.
§ A frequência da dose se justifica em função de quadros agudos e crônicos.

CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS


Doenças Agudas:
• Tendência espontânea para cura
• Prescrições são de baixa potência (3CH a 9CH), com freqüência em função da intensidade do caso,
que deve espaçar ou parar conforme a melhora.

Doenças Crônicas:
• Sem tendência de cura espontânea, de evolução progressiva.
• Segundo Hahnemann, não se considera apenas o tempo para classificar uma doença como crônica,
mas leva-se em consideração o estudo do terreno do indivíduo e suas predisposições mórbidas.

14
• Hahnemann estabeleceu 3 grandes diáteses ou modos reacionais crônicos ou miasmas:
o Psora: instala-se quando o organismo esgota suas possibilidades defensivas, procurando alí-
vio por meio de fenômenos episódicos e alternantes de descargas de toxinas. O estado reacio-
nal da psora refere-se a alergias e manifestações cutâneas, serosa e mucosas.
o Sicose: instala-se quando o organismo altera a quantidade ou qualidade das eliinações ou
bloqueiaas toxinas em órgãos ou regiões circunscritas, originando neoformações. O estado
reacional relaciona-se com as excrescências verrugosas (verrugas, condilomas, etc).
o Sífilis: (não confundir com a doença) instala-se quando o organismo tenta livra-se das toxinas
ou adaptar-se ao estresse persistente, sacrificando os próprios tecidos. O estado reacional da
sífilis está relacionado com a tendência à destruição dos tecidos (úlceras, furúnculos, fístulas,
etc).
• Prescrições: medias e alas potências (12CH para cima), com frequência espaçadas (1 vez ao dia, se-
mana, mês).

Referências Bibliográficas
• Farmácia homeopática: teoria e prática. Olney Leite Fontes. 4a. Edição. Editora MANOLE, 2001.
ISBN 8520434770, 9788520434772, 389 páginas.
• Farmacopeia Homeopática Brasileira. 3ª edição, 2011.
• Organon da arte de curar de Samuel Hahnemann para o século XXI. Marcelo Pustiglione, 286 pági-
nas. ISBN nº 978-85-86625-39-8.

15
CAPITULO 3
Farmacologia Homeopática

AÇÃO PRIMÁRIA E REAÇÃO SECUNDÁRIA


Toda força que atua sobre a vida, todo medicamento afeta, em maior ou menor escala, a força vital,
causando certa alteração no estado de saúde do homem por um período de tempo maior ou menor. A isto se
chama ação primária. A esta ação, nossa ação vital se esforça para opor a própria energia. Tal ação oposta
faz parte da nossa força de conservação, constituindo uma atividade automática dela, chamada ação secun-
dária ou reação.
Efeito primário:
• Modificação de maior ou menor duração provocada por toda substância na saúde do indivíduo;
• Consequência direta da droga no organismo;
• Efeito presente quando a concentração da droga no organismo está elevada.
Efeito secundário:
• Efeito rebote;
• Intensidade maior e em sentido oposto ao efeito primário;
• Concentração da droga em baixo limiar sanguíneo;

FARMACOLOGIA DOS CONTRÁRIOS


Hahnemann fez referência a quatro diferentes maneiras de medicar:
• Alopatia: tende a desenvolver o homem sadio sintomas diferentes em relação àqueles apresentados
pela doença a ser curada, ex. antibióticos ou antiparasitários;
• Enantiopatia: produz no homem sadio efeitos contrários (antipáticos) àqueles apresentados pelo do-
ente, ex. antitérmico ou antiácidos;
• Homeopático: faz uso de substâncias que produzem no homem sadio sintomas semelhantes àqueles
apresentados pelo doente, ex. digitalina para tratar cardiopatias;
• Isopático: é o método terapêutico que promove o tratamento da doença pelo mesmo princípio infec-
cioso que a produziu, ex. vacinas ou agentes dessensibilizantes.
Hahnemann combateu o método terapêutico dos contrários por jugá-los prejudicial aos doentes.
Afirmou que após uma pequena pausa promovida pelos medicamentos alopáticos, a doença piora. Isso por-
que o efeito primário, promovido pela ação do medicamento paliativo, induz à manifestação de um efeito
secundário do organismo semelhante à doença.

suspensão ou
eliminação da
droga com
"efeito • reação do
• Doente estimulante"
"indisposto, orgnismo "efeito
sonolento, • melhora secundário
cansaço" inicial dos depressor/rebote
droga "efeito sintomas " PIORA DOS
estimulante" SINTOMAS

Exemplo do efeito da farmacologia dos contrários


Exemplo evidente da observação do efeito rebote: Codeína
Indicação terapêutica: tratamento da dor.
Efeito rebote: dores generalizadas.

16
FARMACOLOGIA DOS SEMELHANTES
Atualmente, a cura por meio da terapêutica dos semelhantes pode ser explicada com o conceito de
homeostase – tendência que os organismos vivos apresentam de manter um estado de equilíbrio interno,
apesar das variações do meio ambiente externo. Sob a ação de estresses internos e externos, o sistema nervo-
so pode modular o sistema imunológico por meio dos nervos e das glândulas.

suspensão ou
eliminação
da droga
• doente com "efeito • Reação do
"indisposto, depressor" orgnismo "efeito
sonolento, • piora inicial secundário
cansado" dos estimulante/rebo
te"
droga "efeito sintomas MELHORA DOS
depressor" SINTOMAS

Exemplo do efeito da farmacologia dos semelhantes:

A ENERGIA MEDICAMENTOSA
A homeopatia emprega medicamentos diluídos e potencializados por meio do processo de dinamiza-
ção. Desta forma, é rara a ocorrência de sintomas primários perceptíveis, a não ser em indivíduos muitos
suscetíveis. O medicamento dinamizado é o estímulo necessário para despertar a reação vital no sentido da
cura. Com a diluição da droga, a agravação é controlada; e com a potencialização, a reação orgânica é esti-
mulada ainda mais no sentido da cura.

MEDICAMENTO
HOMEOPÁTICO

Informação
medicamento-
sa depressora
/efeito primá-
rio depressor

Doente “indisposto,
sonolento, cansado”

Reação do
organismo
“efeito se-
cundário
estimulante

CURA

17
A concentração de um medicamento homeopático é proporcional a 100-n molar, sendo “n” o grau de
dinamização (diluições sucessivas seguidas de agitações). O limite de Avogrado é superado quando n>12,
ou seja, a parti de uma diluição 100-12 (12CH) não há mais moléculas da droga original.
Desse modo, a ação do medicamento homeopático não depende da presença de moléculas da droga.
Todavia, existe uma “informação”, algum tipo desconhecido de energia, uma vez que os organismos vivos
reagem a ela. A energia produzida pelas agitações medicamentosas às soluções.
Existem duas linhas de pesquisa que tentam explicar o fenômeno das ultradiluições homeopáticas:
a. Molecular: busca associar aos medicamentos homeopáticos alterações estruturais nas moléculas do
solvente (tamanho e ângulo). Empregando as técnicas de Raman e espectroscopia de IV, descreveu-
se modificações na auto-organização das moléculas da água após o processo de dinamização, origi-
nando quase cristais, formados por ligações de hidrogênio entre as moléculas da água (clusters).

b. Não – molecular: uma substância exerce papel de significante biológico capaz de gerar modificações
fisiológicas, após interpretação pelo organismo. Propriedades físico-químicas podem ser transmitidas
nas dinamizações. Segundo a teoria dos significados corporais, sistemas em interação podem trocar
informação não molecular.

LEIS DE ARNDT DE SCHULTZ


Tendo em vista as experimentações científicas, Hahnemann foi o primeiro médico a afirmar que os
efeitos primário e secundário dos medicamentos dependem da dose em que são administrados. Em 1920,
essa constatação foi confirmada pelo farmacologista Hugo Schultz, da Universidade de Greifswald.
Ao fazer experiências com levedura observou que seu crescimento dependia da concentração de
substâncias tóxicas que recebiam, ou seja, enquanto doses pequenas estimulavam o crescimento das levedu-
ras, doses grandes o inibiam.
A Lei da Farmacoterapia, que resume o trabalho de Schultz, dispõe: “Toda excitação provoca sobre a
célula um aumento ou uma diminuição de sua função biológica em relação à atividade fraca ou forte de exci-
tação”.
Rudolf Arndt, fisiologista da mesma universidade, baseando na Lei da Farmacoterapia de Schultz,
após uma série de trabalhos de pesquisa anunciou a Lei Biológica Fundamental, que pode ser resumida da
seguinte forma.

• Pequenas excitações provocam a atividade vital, despertando-a;


• Excitações médias aumentam-na;
• Excitações fortes anulam-na em parte;
• Excitações exageradas anulam-na totalmente.

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E DE ELIMINAÇÃO


O medicamento homeopático pode ser administrado pelas mucosas, pela epiderme e pelas vias áreas
superiores e inferiores.
O método mais empregado pelos homeopatas, pela tradição, com relativa ausência de danos locais e
conveniência para o paciente, é a administração oral. Além disso, essa forma de administração é a única uti-
lizada nos experimentos patogenéticos, pois as drogas podem apresentar diferentes ações dependendo da via
em eu forem introduzidas. Entretanto os medicamentos homeopáticos não devem ser engolidos, mas deixa-
dos na boca para que sejam absorvidos pela mucosa bucal. Essa mucosa absorve muito bem os medicamen-
tos homeopáticos e evita que estes recebam influências do estômago e do fígado.a absorção por essa via é
rápida e segura, sendo a ação medicamentosa transmitida por todo o organismo.
O medicamento homeopático não age pela quantidade de droga presente nas suas diferentes formas
farmacêuticas, mas por meio da “informação” que veicula, fazendo o organismo reagir de acordo com a qua-
18
lidade dessa informação. Portanto, ele não se acumula no organismo, nem é eliminado, como ocorre com os
medicamentos alopáticos.
POSOLOGIA
Para medicina alopática, a dose útil de cada droga está diretamente relacionada com a sua quantida-
de. Nesse caso, prevalecem os efeitos primários, químicos e cumulativos. Entretanto, para medicina homeo-
pática a prescrição do medicamento não está relacionada à ponderabilidade da dose, mas a sua capacidade
de promover o estímulo da reação do organismo (reação vital), que é variável de indivíduo para indivíduo,
por meio da informação correta que o simillimum veicula. A escolha da potência depende do caso clínico,
apesar de o simillimum atuar em todas as dinamizações, em menor ou maior profundidade.

Referências Bibliográficas
• Farmácia homeopática: teoria e prática. Olney Leite Fontes. 4a. Edição. Editora MANOLE, 2001.
ISBN 8520434770, 9788520434772, 389 páginas.

• Farmacopeia Homeopática Brasileira. 3ª edição, 2011.

• Organon da arte de curar de Samuel Hahnemann para o século XXI. Marcelo Pustiglione, 286 pági-
nas. ISBN nº 978-85-86625-39-8.

19
CAPITULO 4
Medicamento Homeopático

1. O QUE É MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO?

É toda forma farmacêutica de dispensação ministrada segundo o princípio da semelhança e/ou da identida-
de, com finalidade curativa e/ou preventiva. É obtido pela técnica de dinamização e utilizado para uso in-
terno ou externo (FHB III, 2011).

Os medicamentos homeopáticos efetuam a cura mediante sua capacidade dinâmica de atuar sobre a
vitalidade. Portanto, o medicamento homeopático deve ser compreendido por suas características energéti-
cas, já que não atam diretamente no organismo por meio de átimos ou moléculas.

Assim, não basta que as substâncias originais e as preparações básicas sejam apenas diluídas e potencia-
lizadas pelos métodos da dinamização para serem consideradas medicamentos homeopáticos. Elas precisam
ter sido previamente testadas no homem sadio, de acordo com os protocolos de experimentação patogenéti-
ca, e utilizadas em conformidade com a lei dos semelhantes. Nenhuma substância dinamizada torna-se ho-
meopática por estar estocada em uma prateleira de uma farmácia homeopática. Nesse local, encontramos
apenas medicamentos que serão homeopáticos ou não na razão direta da sintonia da semelhança, pois sem
ela o estímulo adicional necessário para a cura não ocorre. Dessa perspectiva, o medicamento homeopático
será sempre o “remédio”do paciente, ou seja, o seu simillimum.

2. ORIGEM DO MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO

A Farmacopeia Homeopática 3a. edição apresenta o seguinte texto:

Os medicamentos usados em homeopatia têm origem nos diferentes reinos da natureza, assim como nos
produtos químico-farmacêuticos, substâncias e/ou materiais biológicos, patológicos ou não, além de outros
agentes de diferente natureza.

O Reino Vegetal constitui a maior fonte de drogas para a preparação de medicamentos homeopáticos. O
vegetal pode ser usado inteiro e/ou suas partes, nas diversas fases vegetativas, tais como: parte suprater-
rânea, sumidade, folha, flor, pelo, casca, lenho, rizoma, fruto, e semente. Utiliza-se ainda seus produtos
extrativos ou de transformação: suco, resina, essência, etc. A parte utilizada, o estado vegetal (fresco ou
dessecado) são indicados na monografia. O vegetal deve apresentar-se em estado hígido, não deteriorado,
isento de impurezas e contaminantes microbiológicos, conforme legislação em vigor.

O Reino Animal também é uma fonte para a preparação de medicamentos homeopáticos, mas em menor
quantidade. Os animais podem ser utilizados inteiros, vivos ou não, recentemente sacrificados ou desseca-
dos, como também em partes ou ainda sob a forma de produtos de extração e/ou transformação. A parte
usada e o estado do animal são indicados na monografia.
20
O Reino Mineral fornece substâncias em seu estado natural e/ou sintéticas, decorrentes de transformações
químico-farmacêuticas. Os produtos químico-farmacêuticos, soros, vacinas, culturas bacterianas, produ-
tos opoterápicos, medicamentos alopáticos, cosméticos e outros também são utilizados na preparação de
medicamentos homeopáticos.

Todos os produtos utilizados na preparação de medicamentos homeopáticos devem ser identificados, de


acordo com as regras de classificação ou literatura técnica científica.

Contudo alguns outros livros de Farmácia Homeopática podem trazer certas alterações. O livro Far-
mácia Homeopática: Teoria e Prática (Olney Leite Fontes, 3a. edição), descreve a origem dos medicamentos
homeopáticos, como:

Medicamentos que provêm dos reinos vegetal, mineral e animal, dos produtos de origem química, farma-
cêutica e biológica, bem como dos preparados especiais desenvolvidos por Hahnemann. Fungos (reino fun-
gi), bactérias (reino monera) e protozoários (reino protista) também representam importantes fontes de
matérias-primas empregadas na preparação dos medicamentos homeopáticos e são classificados a parte, já
que, segundo a moderna classificação dos seres vivos, não pertencem aos reinos animal e vegetal. Alguns
compêndios incluem, ainda, medicamentos cuja origem não se enquadra em nenhuma das fontes citadas
acima, sendo pouco utilizados. Estes medicamentos são chamados de imponderáveis, como Eletricidade,
Luna, Magnetis polus articus, Magnetis polus astralis, Magnetis polus ambos, Raios X, Radium, Sol, etc.

Outros livros diferenciam-se pois ao invés de classificar o Reino Mineral como principal, e adicionar
a esta origem as substâncias de origem química e farmacêutica, denominam tal origem como ORIGEM
QUÍMICA, e a esta origem agrupam as substâncias inorgânicas (formados por substâncias inorgânicas,
que constituem a maioria dos medicamentos homeopáticos de origem química empregados em homeopatia.
Ex: Acidum nitricum, Alumina (alumen), Argetum nitricum (nitrato de prata), Borax (borato de sódio), Io-
dum (Iodo), etc.), substâncias orgânicas (compreende substâncias orgânicas, que são menos utilizadas que
as inorgânicas. Ex: Petroleum (petróleo), Acidum carbonicum (fenol), Terebinthinum (terebentina)), subs-
tâncias minerais (formados também por substâncias inorgânicas, mas por seus minérios naturais e não pe-
los compostos purificados. Sua utilização é rara no cotidiano. Ex: Galena, Pirolusita, etc.), substâncias
complexas de origem natural (engloba os metabólitos secundários extraídos de vegetais, em grau PA.
Também pouco utilizados no cotidiano. Ex: Aconitum (aconitina), Strychninum nitricum (nitrato de estri-
quinina), Pilocarpina nitricum (nitrato de pilocarpina), etc.), produtos e misturas, definidas somente por
seu modo de preparo. Ex: Hepar súlfur, Causticum, Mercurius solubilis, etc.)

a. DETALHAMENTO DAS ORIGENS


I. Origem Vegetal

A grande maioria das drogas desta origem é obtida pela forma farmacêutica básica denominada
TINTURA-MÃE (substâncias solúveis, devido a solubilidade dos constituintes desta origem nos solventes
permitidos para a preparação das tinturas mães), embora algumas exceções sejam preparadas pela forma
farmacêutica básica denominada TRITURAÇÕES-MÃE (substâncias insolúveis).
As espécies de origem vegetal a serem utilizadas em homeopatia devem ser coletadas em épocas e
em condições adequadas, seguidas de identificação, sendo essa identificação complementada em laboratório
por profissional habilitado. As drogas vegetais devem ser utilizadas, preferencialmente, no seu estado fresco
e, na impossibilidade de tal procedimento, podem ser empregadas no estado seco. As plantas utilizadas em
homeopatia devem estar em estado hígido, isentas de contaminação patogênica ou de outra natureza qual-
quer e sem sinais de deterioração.

21
A forma de colheita e preparo da tintura-mãe ou da trituração-mãe deve seguir rigorosamente a MO-
NOGRAFIA da PLANTA VEGETAL da FARMACOPEIA BRASILEIRA 3a. edição. Podemos utilizar:

• Planta inteira:
Ex: Balladonna, Drosera, Pulsatilla nigricans, Hypericum perforatum.

• Partes vegetais:
Ex: Allium cepa (bulbo), Ipecacuanha (raiz), Paeonia officinalis (raiz), Sanguinaria canadensis (rizoma),
Coffea cruda, Nux vomica (sementes), Tabacum (folhas), Calendula officinalis (flores ou sumidades flori-
das).

• Outras partes:
Ex: Lycopodium clavatum (esporos), China officinalis (casca do caule), Thuya occidentalis (ramos).

• Produtos extrativos ou de transformação (sarcódios):


Ex: Terebentina (óleo ou resina), Colchicum (alcalóide), Opium (látex).

• Produtos Patológicos (nosódicos):


Ex: Sercale Cornutum (esporão de centeio), Ustilago maidis (doença milho por fungos).

Para a preparação das tinturas homeopáticas, o vegetal passa por uma seleção rigorosa em que são retiradas
as partes deterioradas e as contaminações grosseiras (penas, casca de ovos, insetos, etc.). Em seguida, o
planta é lavada em água corrente e, por último, em água purificada.

Cuidados importantes para a preparação de TM Homeopática:


- perfeita identificação do vegetal,
- parte utilizada,
- época da coleta,
- seleção e limpeza.

Quando não descritas nas respectivas monografias, as matérias primas de origem vegetal devem ser coleta-
das, preferencialmente, obedecendo as seguintes orientações gerais (Farm. Bras. Homeop. III):
1 - Plantas inteiras: coletadas na época de sua floração.
2 - Folhas: após o desenvolvimento completo do vegetal, antes da floração.
3 - Flores e sumidades floridas: imediatamente antes do seu desabrochar total.
4 - Caule e ramos: após o desenvolvimento das folhas e antes da floração.
5 - Cascas de plantas resinosas: no período de desenvolvimento das folhas e brotos, ocasião em que há maior
produção de seiva.
6 - Cascas de plantas não resinosas: no período de maior produção de seiva, em exemplares jovens.
7 - Madeira ou lenho: de exemplares jovens, porém completamente desenvolvidos.
8 - Raízes de plantas anuais ou bi-anuais: no final do período vegetativo.
9 - Raízes de plantas perenes: antes de completar seu ciclo vegetativo.
10 - Frutos e sementes: na sua maturidade.
11 - Brotos: no momento da sua eclosão.

22
12 - Folhas jovens: logo após a eclosão dos brotos.
II. Origem Mineral
Além dos minerais obtidos em seu estado natural, consideramos pertencentes ao reino mineral os
produtos extraídos, purificados e produzidos pelos laboratórios químicos-farmacêuticos, bem como os pre-
parados obtidos segundo fórmulas originais de Hahnmenann. O reino mineral fornece grande variedade de
substâncias para a preparação dos medicamentos homeopáticos, que podem ser simples como Aurum metal-
licum, Chlorum e Bromum, ou compostas, como Natrium chloratum Acidum phoshoricum e Kalium bi-
chromicum.
Depois do reino vegetal, o reino mineral é o que fornece o maior número de drogas experimentadas,
sendo alguns medicamentos minerais bastante usados na clínica diária, como Sulfur, Phosphorus e Causti-
cum.
Os minerais naturais são assim chamados pois são utilizados na forma que são encontrados na natu-
reza. Para que possam reproduzir fielmente as patogenesias, devem ser recolhidos de preferencia no mesmo
local, já que suas características químicas podem variar de um lugar para outro. Na impossibilidade da ob-
tenção do mineral no seu local de origem, podemos lançar mão de drogas vindas de outros lugares, desde
que apresentem composição uniforme e compatíveis com aquelas testadas no homem são. O Sulfur, adotado
na homeopatia, é o enxofre proveniente de minas italianas situadas na Silícia; já o Graphites é obtido nas
minas inglesas de Borrowdale, que contêm o menor teor de ferro; o Natrium cholatum ensaiado no homem
sadio é o sal marinho, que apresenta em sua composição vários fármacos, além do cloreto de sódio; o Petro-
leum homeopático é procedente da Áustria ou do Méxio, pois ambos apresentas as mesmas características
físicas e químicas.
As drogas de origem industrial são aquelas elaboradas por laboratórios químicos e farmacêuticos,
como Acidum phosphoricum, Kalium sulfuricum e Sulfanilamidum. Elas devem ser empregadas na forma
mais pura possível e identificadas pelos métodos comuns da química analítica. Nas drogas hidratadas deve-
mos considerar o peso correspondente ao da mesma droga anidra, computando a água no peso do veículo a
ser utilizado na ocasião da preparação do medicamento.
III. Origem Animal
Não são tão numerosas quanto as matérias-primas originárias dos reinos vegetal e mineral, mas o rei-
no animal fornece importantes drogas empregadas com frequência em homeopatia, como Sepia officinalis e
a Calcarea carbônica. Podem ser utilizados:
• Animal Inteiro
Ex: Apis melifica (abelha européia), Formica rufa (formiga ruiva), Blatta orientalis (barata do oriente), Bufo
rana (sapo), etc.

• Partes de animais
Ex: Carbo animalis (couro de boi carbonizado), Hypophysinum (porção posterior da glândula hipófise), etc.

• Produtos fisiológicos (secreções/excreções – produtos extrativos ou de transformação) – Sarcódios (quimi-


camente definidos)
Ex: Lashesis muta (veneno da Surucucu), Moschus moschiferus (Almiscar), Sepia officinalis (Sibia Ordina-
ria/Calamar), etc.

• Produtos patológicos (ou Nosódios): produtos quimicamente não definidos (secreções, excreções patológi-
cas ou não, certos produtos de origem microbiana, alergenos).
Ex: Medorrhinum (pus blenorrágico), Psorinum (conteúdo seroso da vesícula da sarna), Luesinum (raspado
do cancro sifilítico).

23
As drogas de origem animal devem ser obtidas a partir de exemplares devidamente identificados e
classificados zoologicamente, sendo essa identificação complementada em laboratório por profissional habi-
litado. Salvo descrição diferente na respectiva monografia, devem ser utilizados animais sãos e jovens, mas
completamente desenvolvidos.

Cuidados importantes para a preparação de TM Homeopática animal:

- Perfeita identificação da espécie animal.


- Condições em que se encontram.
- Quando se tratar de órgãos e glândulas – veterinário para localizá-lo e identificá-los.
- Usar monografia das farmacopéias.
- Época da coleta
- Materiais patológicos

IV. Drogas de outras origens biológicas, patológicas ou não

As drogas de origem microbiológica (bacteriana, virótica ou fúngica), tecidos, órgãos e secreções, de-
vem ser tratadas de forma a garantir biosegurança. Aquelas provenientes de patologias de notificação com-
pulsória deverão cumprir com a legislação em vigor.

V. Drogas de outras naturezas

São os medicamentos cuja origem não se enquadra em nenhuma das anteriores, disponibilizados a partir
de outros recursos naturais ou físicos.

3. NOMENCLATURA, NOMES ABREVIADOS, ABREVIATURAS E SÍMBOLOS, SINONÍMIA


(retirado da Farm. Bras. Homeopatica, 3a. ed)

a. NOMENCLATURA

Para designação dos medicamentos homeopáticos poderão ser utilizados Nomes Científicos, de acordo
com as regras dos códigos internacionais de nomenclatura botânica, zoológica, biológica, química e farma-
cêutica, assim como Nomes Homeopáticos consagrados pelo uso (constantes em Farmacopeias, Matérias
Médicas, Repertórios ou obras científicas reconhecidas pela homeopatia).

• Na nomenclatura botânica, zoológica e biológica, o gênero escreve-se com a primeira letra maiúscula
e a espécie com letras minúsculas.

Exemplos:
Apis mellifica.
Bryonia alba.
Chelidonium majus.
Conium maculatum.
Digitalis purpurea.
Lycopodium clavatum.

• Em relação aos medicamentos com nomes consagrados homeopaticamente pelo uso, é facultado usar
somente o nome da espécie omitindo-se o do gênero.

Exemplos:
Belladona, em vez de Atropa belladona.
24
Colocynthis, em vez de Citrullus colocynthis.
Dulcamara, em vez de Solanum dulcamara.
Millefolium, em vez de Achillea millefolium.
Nux vomica, em vez de Strychnos nux vomica.

• Em relação à espécie pouco usada deve-se citar o nome completo.

Exemplos:
Aconitum ferox, a fim de distinguí-la de Aconitum napellus.
Clematis erecta, a fim de distinguí-la de Clematis vitalba.
Crotalus horridus, a fim de distinguí-la de Crotalus terrificus.
Dioscorea petrea, a fim de distinguí-la de Dioscorea villosa.
Eupatorium purpureum, a fim de distinguí-la de Eupatorium perfoliatum.
Lobelia inflata, a fim de distinguí-la de Lobelia purpurea.

• Em relação à designação de medicamentos de origem química são permitidas, além do nome cientí-
fico oficial, também aquelas designações consagradas pelo uso na homeopatia.

Exemplos:
Barium e seus compostos - Baryta e seus compostos.
Bromum e seus compostos - Bromium e seus compostos.
Calcium e seus compostos - Calcarea e seus compostos.
Kalium e seus compostos - Kali e seus compostos.
Iodum e seus compostos - Iodium e seus compostos.
Magnesium e seus compostos - Magnesia e seus compostos.
Natrium e seus compostos - Natrum e seus compostos.
Sulfur e seus compostos - Sulphur e seus compostos.

• Em relação aos medicamentos químicos, ácidos e sais, de natureza orgânica ou inorgânica, é permi-
tida, além da designação química oficial, aquela consagrada pelo uso homeopático, escrevendo-se, de
preferência, em primeiro lugar, o nome do elemento ou do íon de valência positiva e, em segundo lu-
gar, o de valência negativa.

Exemplos:
Acidum aceticum ou Acetic acidum.
Acidum benzoicum ou Benzoic acidum.
Acidum muriaticum ou Muriatis acidum.
Acidum lacticum ou Lactis acidum.
Acidum nitricum ou Nitri acidum.
Acidum sulfuricum ou Sulphuris acidum.

b. NOMES ABREVIADOS
O emprego de nome abreviado do medicamento pode dificultar a compreensão do receituário. O uso
de abreviaturas arbitrárias é proibido pela legislação farmacêutica brasileira.

Exemplos de notações que podem gerar confusão:

Arsenic. sulf.
- Arsenicum sulfuratum flavum = Arsenic. sulf. flav = Sulfeto de arsênio = As2S3

25
- Arsenicum sulfuratum rubrum = Arsenic. sulf. rub. = Bissulfeto de arsênio = As2S2

Aur. chlor.
- Aurum chloratum = Aur. chlorat. = AuHCl4-4H2O
- Aurum chloratum natronatum = Aur. chlorat. natron. = NaAuHCl4-2H2O

Kali chlor.
- Kalium chloratum = Kali chloratil = Clorato de potássio = KClO3
- Kalium chloricum = Kali chloric. = Cloreto de potássio = KCl

Antim. ars.
- Antimonium arsenicosum = Antim. arsenic. = Sb2O5-As2O3
- Antimonium arsenicum = Antim. arsenicum = Sb3-AsO3

Exemplos de notações corretas:


Aconitum napellus ou Aconitum - Acon. ou Aconit.
Atropa belladona ou Belladona - Bell. ou Bellad.
Mercurius solubilis - Merc. sol. ou Mercur. sol. Mercurius sublimatus corrosivus - Merc. corr.
Solanum dulcamara ou Dulcamara - Dulc. ou Dulcam.

c. ABREVIATURAS E SÍMBOLOS

Comprimido = comp.
Diluição = dil.
Dinamização = din.
Escala centesimal preparada segundo o método hahnemanniano = CH
Escala cinquenta milesimal = LM
Escala decimal de Hering preparada segundo o método hahnemanniano = DH Farmacopeia Brasileira =
FB
Farmacopeia Homeopática Brasileira = FHB
Forma farmacêutica básica, Tintura-mãe = Tint.mãe, TM, f
Glóbulo = glob.
Método de fluxo contínuo = FC
Método Korsakoviano = K
Microglóbulo = mcglob.
Partes iguais = ana = ãã
Pastilha = past.
Quantidade suficiente = qs
Quantidade suficiente para = qsp
Resíduo seco tintura-mãe = r.s.
Resíduo sólido de vegetal fresco = r.sol.
Solução = sol.
Tablete = tabl.
Título alcoólico da tintura-mãe = tit.alc.
Trituração = trit.
d. SINONÍMIA

O emprego de sinônimos deve restringir-se aos constantes de obras consagradas na literatura científi-
ca.

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Exemplos:
Apisinum = Apis vírus.
Arsenicum album = Metallum album.
Blatta orientalis = Periplaneta orientalis.
Bryonia alba = Vitis alba.
Calcarea carbonica = Calcarea ostrearum, Calcarea osthreica.
Chamomilla = Matricaria.
Glonoinum = Trinitrinum.
Graphites = Carbo mineralis.
Hydrastis canadensis = Warneria canadensis.
Ipeca ou Radix = Cephaelis ipecacuanha.
Lycopodium = Muscus clavatus.
Mercurius sulf. ruber = Cinnabaris.
Nux vomica = Colubrina.
Pulsatilla = Anemone pratensis.
Rus toxicocodendron = Vitis canadensis.
Secale cornutum = Claviceps purpurea.
Sterculla acuminata = Kola, Cola.
Sulphur = Flavum depuratum.
Thuya occidentalis = Arbor vitae.

Medicamentos apresentados com denominação de sinônimos arbitrários, não constantes nas obras cita-
das anteriormente, assim como o uso de código, sigla, número e/ou nome arbitrário não são permitidos.

4. CATEGORIA DOS MEDICAMENTOS

a) Medicamentos Policrestos e Semi-policrestos


Policresto (do grego, polys = muitos e khréstos= benéfico; e do latim polycrestus = que tem muitas
aplicações), são medicamentos homeopáticos utilizados com frequência na prática clínica diária.
Neste grupos temos também os medicamentos semipolicrestos, que apresentam elaborada patogene-
sia, mas não tem utilização tão frequente como os outros.

b) Medicamentos Agudos e de Fundo


Medicamentos agudos são aqueles que provocam quadros agudos violentos durante o experi-
mento patogenético. Ex.: Belladonna, Aconitum e Cantharis, são utilizados na prática clínica para ali-
viar sintomas agudos de determinadas doenças.
Medicamentos de fundo, como Phosphorus, Silicea e Calcarea carbonica, dentre outros, são os
que estão relacionados a estado crônicos, de acordo com a constituição, o temperamento.
Contudo, nenhum medicamento poderá ser considerado, de antemão, agudo ou de fundo, pois
todos os medicamentos homeopáticos poderão ser utilizados como simillimum, independentemente do
quadro manifestar-se agudo ou crônico.

c) Medicamentos complementares e antídotos


Medicamentos complementares são aqueles que suprem as deficiências patogenéticas do outro.
Deve ter utilização apenas em casos especiais.
Antídotos neutralizam os sintomas da agravação, provocados por outro medicamento. Ex.: o
Mercurius solubilis inativa o Antimonium crudum.

d) Placebo

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A palavra placebo deriva do verbo latino placere, que significa agradar. Na medicina é definido com
substância inerte administrada com a finalidade de agir terapêuticamente por meio da sugestão. Substância
inerte, "sem finalidade terapêutica“.
O placebo é utilizado ainda em pesquisa, visando o grupo paralelo testemunha, de maneira que os sujei-
tos de pesquisa não possam distinguir entre o ingrediente ativo e o inerte (duplo cego).

Organon § 281:
“ A fim de se convencer disso, o paciente é deixado sem qualquer medicamento por oito, dez ou quinze dias,
e, neste ínterim recebe somente um pouco de pó de açúcar de leite.....”
Motivos para usar o placebo na Homeopatia:
• Interromper dependência medicamentosa antes do uso do simillimum;
• Para satisfazer os impulsos dos hipocondríacos, que se encontram sob tratamento homeopático;
• Nas provas duplo-cego, durante o experimento patogenético;
• Nas agravações iniciais enquanto se aguarda o desenvolvimento de sintomas secundários.

Aspectos éticos: "enganar" o paciente

Aspectos legais: A Farmacopéia Homeopática Brasileira proíbe o uso de sinônimos arbitrários, não constan-
tes em obras oficiais. Tais medicamentos são considerados secretos.

• Identificação de placebos no Manual de Normas Técnicas da ABFH

Nome do medicamento, potencia, escala e método, acrescido do número zero, de uma barra e do volume ou
peso a ser dispensado.

Exemplos:
Aconitum 6CH 0/20 ml (para liquidos)
Argentum nitricum 6CH 0/15g (para glóbulos, tabletes e comprimidos)
Thuya occidentalis 12 CH 0/1 papel (para pós)

Quando a prescrição for de medicamento e placebo, o número antes da barra indicará o papel que deverá
conter o medicamento.

Exemplos:
Phosphorus 30CH 1/10 Papéis
Luesinum 12CH 1,5,9,13,17/20 Papéis

O número indicado após a barra indica o número total de papéis;


Os papéis deverão ser rotulados e numerados sequencialmente.

5. VEICULOS E EXCIPIENTES USADOS EM HOMEOPATIA

Insumos inertes: são substâncias e produtos utilizados em homeopatia para realizar diluições, incorpo-
rar dinamizações e extrair os princípios ativos das drogas na elaboração das formas homeopáticas.

São:

• Água purificada.
• Apósitos inertes (gaze e outros).
• Bases ou insumos para linimentos.
28
• Bases ou insumos para cremes, géis, géis-creme, loções, pomadas e supositórios. Bases ou insumos
para pós medicinais.
• Bases ou insumos para xaropes.
• Comprimidos inertes.
• Insumos ou adjuvantes farmacotécnicos para formas farmacêuticas sólidas. Etanol a 96% (v/v) e suas
diluições.
• Glicerol (glicerina) e suas diluições.
• Glóbulos e microglóbulos inertes ou insumos para prepará-los.
• Lactose.
• Sacarose.
• Tabletes inertes.

a. Soluções alcoólicas:

As soluções alcoólicas serão obtidas a partir da mistura de álcool (etanol) com água purificada, até se obter o
teor alcoólico desejado. O etanol e a água purificada utilizados devem seguir as exigências farmacopeicas.

Na preparação das tinturas-mãe, matrizes e formas farmacêuticas de uso interno ou de uso externo, líquidas,
é lícito adotar o critério ponderal (p/p), ou volumétrico (v/v), ou, ainda (v/p) ou, ainda, (p/v), contanto que se
conserve o mesmo critério até o fim da operação.

• Etanol a 20%: é empregado na passagem da forma sólida (trituração) para a forma líquida.
• Etanol a 30%: é utilizado na dispensação de medicamentos homeopáticos administrados em gotas.
• Etanol a 70%: é usado nas dinamizações que irão impregnar a lactose, os glóbulos, os comprimidos e
os tabletes, bem como na moldagem de tabletes.
• Etanol a 96%: é empregado na dinamização de medicamenros preparados na escala cinquenta mile-
simal (proporção 1/50.000).
• Diferentes graduações alcoólicas são adotadas na elaboração das tinturas homeopáticas e na diluição
de drogas solúveis, nas primeiras três dinamizações na proporção 1/100 (centesimais) ou nas seis
primeiras dinamizações preparadas na proporção 1/10 (decimais).

b. Diluições Glicerinadas

As diluições glicerinadas serão obtidas a partir da mistura de glicerina com água purificada e/ou etanol. A
glicerina, o etanol e a água purificada utilizados devem seguir as exigências farmacopeicas.
Exemplos:
Glicerina + água (1:1)
Glicerina + etanol (1:1)
Glicerina + água + etanol (1:1:1)

6. MATERIAL DE ACONDICIONAMENTO E EMBALAGEM

a. Recipientes

É permitido o emprego dos seguintes materiais nas operações abaixo relacionadas.

PREPARAÇÃO E ESTOCAGEM DE MEDICAMENTOS:


• Vidro: âmbar, classe hidrolítica I, II, III e NP (6.1) FB 5.

29
DISPENSAÇÃO DE MEDICAMENTOS:
• Vidro: âmbar, classe hidrolítica I, II, III e NP (6.1) FB 5.
• Plástico: branco leitoso de polietileno, polipropileno (6.2.1) FB 5 e policarbonato.
• Papel: papel manteiga ou outro papel semitransparente com baixa permeabilidade a substâncias
gordurosas.
• Blister.
• Sachê.
• Flaconete.

b. Acessórios

• Tampas: polietileno ou polipropileno.


• Batoques: polietileno ou polipropileno.
• Cânulas: vidro, polietileno, polipropileno ou policarbonato. Bulbos: látex, silicone atóxico ou
polietileno.
• Gotejadores: polietileno ou polipropileno.
• Rótulos.

7. ROTULAGEM E EMBALAGEM

• Deve obedecer a RDC 67 de 08/10/2007 da ANVISA e as regras da FHB III


• Parte fixa do rótulo: nome fantasia e comercial do estabelecimento, endereço completo, telefone,
CNPJ, IE, nome do farmacêutico responsável, número do CRF.
• Parte móvel do rótulo: nome do paciente, nome do médico, CRM, nome do medicamento homeopá-
tico com potência, escala e método, modo de usar, FHB III ou MNT 3ª Ed, data de Fabricação e va-
lidade, conteúdo preparado, lote, uso interno/ externo.

8. MEDICAMENTOS TÓXICOS EM BAIXA POTÊNCIA

- Tabela de Toxicidade: HPUS


- Manual de Normas Técnicas da ABFH
- Portaria 344/98:
o Proscritos: Cannabis sativa; Cannabis indica; Cocainum etc.
o Codeinum; Morphinum e o Opium.
o
Referências Bibliográficas
• Farmácia homeopática: teoria e prática. Olney Leite Fontes. 4a. Edição. Editora MANOLE, 2001.
ISBN 8520434770, 9788520434772, 389 páginas.
• Farmacopeia Homeopática Brasileira. 3ª edição, 2011.
• Cesar T., Amarilys; Tese de doutorado: O Medicamento Homeopático nos Serviços da Saúde;

30
31
CAPITULO 5
Formas Farmacêuticas Básicas
Constitui o ponto de partida para obtenção das formas farmacêuticas derivadas.
Pode ser:
• Tintura-mãe de origem animal ou vegetal, solução-mãe (drogas solúveis)
• Trituração-mãe (drogas insolúveis) (ver em Formas Farmacêuticas Derivadas).

Tintura-mãe:
É o resultado da ação extrativa e/ou dissolvente, de um insumo inerte hidroalcoólico ou hidroglicerinado
sobre uma droga vegetal ou animal, fresca ou dessecada, pelo processo de maceração ou percolação.
1. MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DA TINTURA-MÃE
• Droga: vegetal ou animal

a. PREPARAÇÃO DE TINTURA-MÃE DE ORIGEM VEGETAL

Droga: vegetal fresco ou dessecado.

Parte empregada: vegetal inteiro, parte ou secreção.

Líquido extrator: etanol em diferentes graduações segundo monografia da droga. Caso não haja especifica-
ção em monografias, o teor alcoólico no início da extração deverá ser de 60% (v/v) e ao final da extração
deverá ser de 55% (v/v) a 65% (v/v).

Método de extração: maceração ou percolação (a depender do estado, para drogas frescas a percolação é
proibida).

Relação resíduo sólido/volume final da TM: 1:10 (p/v) (10%).

I. PREPARAÇÃO DE TINTURA-MÃE A PARTIR DE PLANTAS SECAS

As tinturas-mãe obtidas a partir de plantas secas são preparadas por maceração ou PERCOLAÇÃO.

PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE A PARTIR DE PLANTAS SECAS POR MACERAÇÃO

PROCEDIMENTO:
Consiste em deixar o vegetal dessecado, devidamente dividido, por pelo menos 15 dias, em contato
com o volume total do líquido extrator apropriado descrito na respectiva monografia, em ambiente protegido
da ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. A seguir, filtrar e guardar o filtrado.
Prensar o resíduo, filtrar e juntar o líquido resultante dessa operação àquele anteriormente filtrado.

32
Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente. Para tinturas-mãe cujas monografias
determinem o teor de marcador especificado, um ajuste de concentração desse marcador pode ser realizado
por adição de etanol de mesmo teor que aquele utilizado para a preparação da tintura-mãe.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

PRAZO DE VALIDADE:
A ser determinado pelo fabricante, segundo a legislação em vigor.

PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE A PARTIR DE PLANTAS SECAS POR PERCOLAÇÃO

PROCESSO PERCOLAÇÃO (VEGETAL SECO APENAS)

Consiste em colocar a droga vegetal dessecada, finamente dividida e tamisada (tamis 40 ou 60), em recipien-
te adequado. Adicionar o líquido extrator em quantidade suficiente para umedecer o pó e deixar em contato
por 4 horas. Transferir cuidadosamente para percolador de capacidade ideal, de forma a se evitar a formação
de canais preferenciais para o escoamento do solvente. Colocar volume suficiente de líquido extrator para
cobrir toda a droga e para a obtenção da quantidade almejada de tintura-mãe. Deixar em contato por 24 ho-
ras. Percolar à velocidade de oito gotas por minuto para cada 100 g da droga, repondo o solvente de forma a
manter a droga imersa, até se obter o volume previsto de tintura-mãe. Deixar em repouso por 48 horas, fil-
trar e armazenar adequadamente.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO:
Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

PRAZO DE VALIDADE:
A ser determinado pelo fabricante, segundo a legislação em vigor.

II. PREPARAÇÃO DE TINTURAS-MÃE A PARTIR DE PLANTAS FRESCAS

As tinturas-mãe obtidas a partir de plantas frescas são preparadas EXCLUSIVAMENTE por MA-
CERAÇÃO. Para a preparação da tintura-mãe, é necessária a determinação do resíduo sólido do vegetal
fresco, conforme descrito abaixo ou de acordo com a respectiva monografia. Com esse valor, pode-se calcu-
lar o volume total da tintura-mãe a ser obtido, assim como o volume e o teor de etanol a ser adicionado. Em
seguida, pode-se iniciar o processo extrativo.

DETERMINAÇÃO DO RESÍDUO SÓLIDO DE VEGETAL FRESCO:

Tomar uma amostra de peso definido de vegetal fresco, fracioná-la em fragmentos suficientemente
reduzidos, deixando-a em estufa à temperatura entre 100 °C e 105°C, até peso constante, salvo quando hou-
ver outra especificação na monografia. Calcular a porcentagem do resíduo sólido na amostra. Calcular o
peso total do resíduo sólido contido no vegetal fresco.
Para se calcular o volume final de tintura-mãe a ser obtido, multiplicar o valor do resíduo sólido con-
tido no vegetal fresco por dez (10). O volume do líquido extrator a ser adicionado será equivalente ao volu-
me final de tintura-mãe a ser obtido subtraído do volume de água contido no vegetal fresco.
A graduação alcoólica final do líquido extrator deve ser a especificada na monografia e resultante da
mistura alcoólica acrescida do teor de água contido na planta. Caso não haja especificação em monografias,
o teor alcoólico no início da extração deverá ser de 60% (v/v) e ao final da extração deverá ser de 55% (v/v)
33
a 65% (v/v), obedecendo a seguinte orientação:

• Utilizar etanol a 90% (p/p) para resíduo sólido até 29% (plantas com alto teor de água). Se o resíduo
sólido for inferior a 20% deve-se considerá-lo igual a 20%.

• Utilizar etanol a 80% (p/p) para resíduo sólido de 30% a 39% (plantas com médio teor de água).

• Utilizar etanol a 70% (p/p) para resíduo sólido igual ou acima de 40% (plantas com baixo teor de
água).

Resíduo Sólido da Droga: verifica quanto de parte seca tem a planta e a partir daí a quantidade de TM a ser
obtida, pois a TM (droga vegetal) = 10 vezes o porcentual do Resíduo Sólido obtido.
Exemplo 1:
Vegetal fresco = 1000 g.
Resíduo sólido = 20%.
Resíduo sólido total do vegetal = 200 g.
Quantidade de água contida no vegetal = 800 mL.
Teor alcoólico do líquido extrator a ser utilizado (etanol) = 90% (v/v).
Volume de tintura-mãe a ser obtida = 2000 mL (10 vezes o resíduo sólido total).
Volume de álcool 90% (v/v) a ser adicionado: 2000 mL – 800 mL = 1200 mL.
Relação resíduo sólido/volume final da TM 1:10 (p/v) (10%).
Calcular o título etanólico da TM

Ci x Vi = Cf x Vf
90% x 1200g = Cf x 2000g
Cf = 54,00%
Exemplo 2:
Vegetal fresco = 1000 g.
Resíduo sólido = 32%.
Resíduo sólido total do vegetal = 320 g.
Quantidade de água contida no vegetal = 680 mL.
Teor alcoólico do líquido extrator a ser utilizado (etanol) = 80% (v/v).
Volume de tintura-mãe a ser obtida = 3200 mL (10 vezes o resíduo sólido total).
Volume de etanol 80% a ser adicionado: 3200 mL – 680 mL = 2520 mL.
Relação resíduo sólido/volume final da TM 1:10 (p/v) (10%).
Calcular o título etanólico da TM

Ci x Vi = Cf x Vf
80% x 2520g = Cf x 3200g
Cf = 63,00%
PROCESSO DE MACERAÇÃO

Consiste em deixar o vegetal fresco, devidamente dividido, por pelo menos 15 dias, em contato com
o volume total do líquido extrator apropriado descrito na respectiva monografia, em ambiente protegido da
ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. A seguir, filtrar e guardar o filtrado. Prensar o
resíduo, filtrar e juntar o líquido resultante dessa operação àquele anteriormente filtrado. Deixar em repouso
por 48 horas, filtrar e armazenar adequadamente. Para tinturas-mãe cujas monografias determinem o teor de
marcador especificado, um ajuste de concentração deste marcador pode ser realizado por adição de etanol de

34
mesmo teor que aquele utilizado para a preparação da tintura-mãe.

b. PREPARAÇÃO DE TINTURA-MÃE DE ORIGEM ANIMAL

Droga: animal vivo, recém sacrificado ou dessecado.


Parte empregada: animal inteiro, parte ou secreção.
Líquido extrator: etanol (65% a 70% (v/v)), mistura de etanol, água e glicerina (1:1:1), mistura de água e
glicerina (1:1), mistura de etanol e glicerina (1:1) ou outro qualquer especificado na respectiva monografia.

Relação droga/líquido extrator: 1:20 (p/v) (5%).


Processo: maceração.

Deixar a droga animal convenientemente fragmentada ou não, de acordo com a respectiva monogra-
fia, em contato com volume do líquido extrator equivalente ao volume final da tintura-mãe, em ambiente
protegido da ação direta de luz e calor, agitando o recipiente diariamente. Deixar em contato por pelo menos
15 dias quando o líquido extrator for alcoólico e por pelo menos 20 dias quando o líquido extrator for glice-
rinado. Filtrar sem promover a expressão. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar adequada-
mente.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO:
Recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta.

PRAZO DE VALIDADE:
A ser determinado pelo fabricante, segundo a legislação em vigor.

c. ACONDICIONAMENTO E CONSERVAÇÃO DE TM
Acondicionamento: em frascos de vidro âmbar bem vedado, ao abrigo da luz e calor
Conservação: as TM hidroalcoólicas devem ser conservadas em temperatura entre 16 e 22oC, e as TM hi-
droglicerinadas devem ser mantidas em refrigeração, e com validade inferior a 6 meses.
Alterações:
• Oxidação – taninos, clorofila, flavonas, etanol.
• Precipitados – resinas, mucilagens, tanatos de alcalóides, amidos e sais de cálcio e potássio.
• Hidólises – alcalóides, flavonóides.
• Reações – com os próprios componentes cedidos pelos recipientes de acondicionamentos.
• Validade:
• 5 anos, para TM de origem vegetal, porém a cada ano deverão ser feitos testes de controle de quali-
dade para verificação dos componentes farmacológicos, e também visuais. Descartá-las antes do 5
anos caso se alterem.
• Menos de 6 meses de validade para TM animais.

Referências Bibliográficas

• Farmácia homeopática: teoria e prática. Olney Leite Fontes. 4a. Edição. Editora MANOLE, 2001.
ISBN 8520434770, 9788520434772, 389 páginas.

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• Farmacopeia Homeopática Brasileira. 3ª edição, 2011.

Lista de Exercício – Formas Farmacêuticas Básicas

1. O que são formas farmacêuticas homeopáticas básicas? Quais são?

2. O que é tintura-mãe? Quais os métodos de preparação?

3. Quais as alterações passíveis de acontecer a uma tintura-mãe?

4. Descreva o processo de preparação de tintura-mãe a partir de plantas secas por maceração.

5. Descreva o processo de preparação de tintura-mãe a partir de plantas secas por percolação.

6. Descreva o método de preparação de tintura-mãe de origem animal.

7. Resíduo sólido encontrado: 28%


Vegetal fresco: 750g
Pergunta-se:
a) Qual a quantidade de resíduo sólido presente na amostra?
b) Qual a quantidade de água?
c) Qual o teor hidroalcoólico a ser utilizado na preparação? Por quê?
d) Qual a quantidade final de tintura-mãe obtida?
e) Qual a quantidade de álcool que será usada na preparação?
f) Qual o título hidroalcoólico da TM?
g) Qual a relação resíduo sólido/volume final da TM?
h) Descreva o procedimento para a obtenção da TM.
i) E se tivermos somente etanol a 96%?
j) Cuidados na conservação?
k) Quais os dizeres devem conter no rótulo da TM?

8. Resíduo sólido encontrado: 30%


Vegetal fresco: 800g
Pergunta-se:
a) Qual a quantidade de resíduo sólido presente na amostra?
b) Qual a quantidade de água?
c) Qual o teor hidroalcoólico a ser utilizado na preparação? Por quê?
d) Qual a quantidade final de tintura-mãe obtida?
e) Qual a quantidade de álcool que será usada na preparação?
f) Qual o título hidroalcoólico da TM?
g) Qual a relação resíduo sólido/volume final da TM?
h) Descreva o procedimento para a obtenção da TM.
i) E se tivermos somente etanol a 96%?
j) Cuidados na conservação?
k) Quais os dizeres devem conter no rótulo da TM?

9. Resíduo sólido encontrado: 57%


Vegetal fresco: 2000g
36
Pergunta-se:
a) Qual a quantidade de resíduo sólido presente na amostra?
b) Qual a quantidade de água?
c) Qual o teor hidroalcoólico a ser utilizado na preparação? Por quê?
d) Qual a quantidade final de tintura-mãe obtida?
e) Qual a quantidade de álcool que será usada na preparação?
f) Qual o título hidroalcoólico da TM?
g) Qual a relação resíduo sólido/volume final da TM?
h) Descreva o procedimento para a obtenção da TM.
i) E se tivermos somente etanol a 96%?
j) Cuidados na conservação?
k) Quais os dizeres devem conter no rótulo da TM?

10. Animal vivo: 500g


Líquido extrator: etanol 60%
Pergunta-se:
a) Qual o volume de TM a ser obtido?
b) Qual o volume de líquido extrator devo preparar para obter a quantidade almejada de TM?
c) Qual a quantidade de água e álcool para compor o veículo se partirmos de etanol 96%?
d) Qual o processo utilizado do preparo da TM? Descreva-o detalhadamente.
e) Cuidados quanto à conservação?
f) Quais os dizeres do rótulo?

11. Animal vivo: 800g


Líquido extrator: mistura de etanol, água e glicerina (1:1:1)
Pergunta-se:
a) Qual o volume de TM a ser obtido?
b) Qual o volume de líquido extrator devo preparar para obter a quantidade almejada de TM?
c) Qual a quantidade de glicerina, água e álcool para compor o veículo se partirmos de etanol 96%?
d) Qual o processo utilizado do preparo da TM? Descreva-o detalhadamente.
e) Cuidados quanto à conservação?
f) Quais os dizeres do rótulo?

12. Planta seca: 200g


Líquido extrator: etanol 65%
Método de extração: Percolação
Pergunta-se:
a) Qual o volume de TM a ser obtido?
b) Qual o volume de líquido extrator devo preparar para obter a quantidade almejada de TM?
c) Qual a quantidade de água e álcool para compor o veículo se partirmos de etanol 96%?
d) Descreva o processo de obtenção da TM detalhadamente.
e) Cuidados quanto à conservação?
f) Quais os dizeres do rótulo?

13. Planta seca: 350g


Líquido extrator: etanol 55%
Método de extração: Percolação
Pergunta-se:
37
a) Qual o volume de TM a ser obtido?
b) Qual o volume de líquido extrator devo preparar para obter a quantidade almejada de TM?
c) Qual a quantidade de água e álcool para compor o veículo se partirmos de etanol 96%?
d) Descreva o processo de obtenção da TM detalhadamente.
e) Cuidados quanto à conservação?
f) Quais os dizeres do rótulo?

14. Planta seca: 300g


Líquido extrator: etanol 60%
Método de extração: Maceração
Pergunta-se:
a) Qual o volume de TM a ser obtido?
b) Qual o volume de líquido extrator devo preparar para obter a quantidade almejada de TM?
c) Qual a quantidade de água e álcool para compor o veículo se partirmos de etanol 96%?
d) Descreva o processo de obtenção da TM detalhadamente.
e) Cuidados quanto à conservação?
f) Quais os dizeres do rótulo?

15. Planta seca: 250g


Líquido extrator: etanol 65%
Método de extração: Maceração
Pergunta-se:
a) Qual o volume de TM a ser obtido?
b) Qual o volume de líquido extrator devo preparar para obter a quantidade almejada de TM?
c) Qual a quantidade de água e álcool para compor o veículo se partirmos de etanol 96%?
d) Descreva o processo de obtenção da TM detalhadamente.
e) Cuidados quanto à conservação?
f) Quais os dizeres do rótulo?

CAPITULO 6
Conceitos e Definições - Escalas e Métodos de preparo de Formas Farmacêuticas Deri-
vadas

1. Conceitos e Definições (Farm. Bras. Homeop. III)


Diluição: É a redução da concentração do insumo ativo pela adição de insumo inerte adequado.

38
Dinamização: É o processo de diluições seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas do insumo ativo em insumo
inerte adequado.

Droga: Matéria prima de origem mineral, vegetal, animal ou biológica, utilizada para preparação do medicamento
homeopático.

Escala: É a proporção entre o insumo ativo e o insumo inerte empregada na preparação das diferentes dinamizações.
As formas farmacêuticas derivadas são preparadas segundo as escalas Centesimal, Decimal e Cinquenta milesimal:

Escala Centesimal: preparada na proporção de 1/100 (uma parte do insumo ativo em 99 partes de insumo inerte, per-
fazendo um total de 100 partes);

Escala Decimal: preparada na proporção de 1/10 (uma parte do insumo ativo em nove partes de insumo inerte, perfa-
zendo um total de 10 partes);

Escala Cinquenta Milesimal: preparada na proporção de 1/50.000.

Fármaco: Insumo ativo com finalidade terapêutica que, em contato ou introduzida em um sistema biológico, modifica
uma ou mais de suas funções.

Formas farmacêuticas derivadas: São preparações oriundas do insumo ativo obtidas por diluições em insumo inerte
adequado seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas, conforme a farmacotécnica homeopática.

Insumo ativo: É o ponto de partida para a preparação do medicamento homeopático, que se constitui em droga, fár-
maco, tintura-mãe ou forma farmacêutica derivada.

Insumo inerte: Substância utilizada como veículo ou excipiente para a preparação dos medicamentos homeopáticos.

Matriz: Insumo ativo de estoque para a preparação de medicamentos homeopáticos ou formas farmacêuticas deriva-
das.
Medicamento homeopático: É toda forma farmacêutica de dispensação ministrada segundo o princípio da semelhan-
ça e/ou da identidade, com finalidade curativa e/ou preventiva. É obtido pela técnica de dinamização e utilizado para
uso interno ou externo.

Medicamento homeopático composto: É preparado a partir de dois ou mais insumos ativos.

Medicamento homeopático de componente único: É preparado a partir de um só insumo ativo.

Potência: É a indicação quantitativa do número de dinamizações que uma matriz ou medicamento homeopático rece-
beram.

Sucussão: Processo manual que consiste no movimento vigoroso e ritmado do antebraço, contra anteparo semirrígido,
do insumo ativo, dissolvido em insumo inerte adequado. Pode ser também
realizado de forma automatizada, desde que simule o processo manual.

Tintura-mãe: É preparação líquida resultante da ação de líquido extrator adequado sobre uma determinada droga de
origem animal ou vegetal.

Trituração: Consiste na redução do insumo ativo a partículas menores por meio de processo automatizado ou manual,
utilizando lactose como insumo inerte, visando dinamizar o mesmo.

2. Escalas e Métodos de preparo de Formas Farmacêuticas Derivadas


Formas farmacêuticas derivadas representam o resultado do processo de dinamização, que consiste
basicamente, na concentração decrescente de insumos ativos por meio de diluições seguidas de sucussões ou
39
de triturações sucessivas. Para prepará-las empregamos as escalas decimal, centesimal e cinqüenta milesi-
mal, e os métodos hahnemanniano, korsakovianos e de fluxo contínuo.
a. ESCALAS
Emprega-se 3 escalas, de acordo com a proporção entre os insumos ativos e inerte: decimal, centesi-
mal e cinqüenta milesimal.
I. Escala decimal
Na escala decimal, uma parte do insumo ativo é diluída em 9 partes do insumo inerte, perfazendo um to-
tal de 10 partes. Essa escala surgiu com o pretexto de diminuir as distâncias entre a quantidade de insumo
ativo e insumo inerte, tornando a diluição mais uniforme e fácil de preparar. É a escala mais antiga nos EUA
e na Alemanha.
Símbolos: X e D, ou ainda DH, que significa dinamização na escala decimal de Hering preparada segun-
do o método hahnemanniano. No Brasil, emprega-se o símbolo DH, antecedido da potência, sendo essa
identificação mais interessante, pois designa tanto a escala quanto os métodos empregados.
II. Escala centesimal
Na escala centesimal, uma parte do insumo ativo é diluída em 99 partes do insumo inerte, perfazendo um
total de 100 partes. Criada por Hahnemann. Mais empregada no Brasil.
Símbolos: C, ª, nenhuma indicação ou CH. No Brasil é utilizado o CH.
III. Escala cinquenta milesimal
Na escala cinqüenta milesimal, sempre que uma potência é elevada, temos uma proporção 1/50000 entre
o insumo ativo e o insumo inerte. Símbolos conhecidos: Q ou LM.
Observação: Apesar das correspondências matemáticas (1CH possui a mesma diluição da 2DH), não po-
dem ser realizadas conversões entre as escalas, pois o número de dinamizações são diferentes. Podem pos-
suir correspondências quantitativas, mas não quantitativas.
b. SUCUSSÕES
Existem 2 processos para a sucussão: o manual e o mecânico. O manual é feito golpeando-se forte-
mente o frasco 100 vezes, contra um anteparo semi-rígido, em um movimento contínuo e ritmado, para
promover energia cinética constante. Deve-se segurar fortemente o frasco para que somente o seu fundo bata
no anteparo. Com isso, evita-se o amortecimento do impacto e possíveis dores na mão. Revezamento dos
braços permite uma pausa para repouso e o desenvolvimento dos harmônico dos músculos dessa região. Du-
rante a sucussão, o braço deve formar um ângulo de 90° com o anteparo.
O processo mecânico é feito com máquinas sucussonizadoras, também chamadas de braços mecâni-
cos, capazes de reproduzir o movimento manual. Torna mais rápida a obtenção de potencias medicamento-
sas, por meio de um movimento oscilatório em arco proporcionando o impacto periódico do frasco.
c. MÉTODOS
Há três métodos de preparação de formas farmacêuticas derivadas hahnemaniano, korsakoviano e
de fluxo contínuo.
I. Método Hahnemanniano (H)
O método hahnemanniano (H) pode ser subdividido em:
• Método clássico ou dos frascos múltiplos: desenvolvido para preparar formas farmacêuticas deri-
vadas nas escalas decimal e centesimal, a partir das tinturas-mãe e drogas solúveis.

40
• Método de trituração: desenvolvido para preparar formas farmacêuticas derivadas nas escalas de-
cimal e centesimal, a partir de drogas insolúveis. Este é utilizado também na escala cinquenta mile-
simal, a partir de drogas solúveis ou não.
• Método da cinqüenta milesimal: preparar formas farmacêuticas derivadas na escala cinqüenta mi-
lesimal, a partir de drogas minerais, animais e vegetais, estas duas últimas no estado fresco, ou, ex-
cepcionalmente, a partir das tinturas-mães.

II. Método Korsakoviano (K)


O método korsakoviano (K), também chamado de método do frasco único ou do fluxo descontínuo.
Criado por Korsakov que teve a idéia de realizar a dinamização em um único frasco que, ao ser esvaziado,
retinha nas paredes a quantidade de líquido equivalente a um centésimo do volume anterior, sendo necessá-
rio acrescentar mais 99 partes de insumo inerte e sucussionar a solução assim obtida para alcançar a potência
seguinte. Vários fatores colaboram para a indefinição da escala, como a viscosidade da solução, o tamanho e
a porosidade do frasco, a força empregada na dinamização, etc. Portanto, este método não apresenta escala
definida como o hahnemanniano. Seu uso é consagrado para preparar altas potências com maior rapidez e
quando não há frascos esterilizados suficientes. Seu caso somente se justifica em casos de urgência médica.
No Brasil, esse método é empregado para preparar formas farmacêuticas derivadas a partir de 30 CH.

III. Método do Fluxo Contínuo (FC)


O método do fluxo contínuo (FC) introduz altíssimas potências na homeopatia, por intermédio do
médico norte-americano James Tyler Kent, que, para obtê-las, projetou um aparelho dinamizador. Este mé-
todo é empregado para a preparação de formas farmacêuticas a partir da dinamização 30 CH. Não proporci-
ona uma escala definida.

IV. Método de preparo de medicamentos pelo método Hahnemanniano (H)

a. ESCALAS DECIMAL E CENTESIMAL

I. DROGAS INSOLÚVEIS

Ponto de partida: Drogas insolúveis, quando sua solubilidade for inferior a 10% (DH) ou 1% (CH) em
água ou em etanol em diferentes graduações.

Insumo inerte: Lactose nas três primeiras triturações para a escala centesimal e nas seis primeiras para a
escala decimal, salvo especificação de solubilidade contida na respectiva monografia. A partir da 4 CH ou 7
DH, utilizar como insumo inerte etanol em diferentes graduações.

Processo: Trituração para a fase sólida, diluição e sucussão para a fase líquida.

Técnica:
1. Dividir a quantidade total de lactose a ser utilizada em três partes iguais. Uma terça parte de lactose será
colocada em gral de porcelana e triturada para tapar os poros do mesmo.

41
2. Sobre esse terço de lactose, coloca-se o insumo ativo a ser triturado obedecendo à escala decimal (1 parte
de insumo ativo para 9 partes de insumo inerte) ou centesimal (1 parte de insumo ativo para 99 partes de
insumo inerte).
3. Homogeneizar com espátula de porcelana ou de aço inox.
4. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.
5. Raspar, com espátula de porcelana ou de aço inox, o triturado aderido ao gral e ao pistilo, durante 4 minu-
tos, homogeneizando-o.
6. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos, sem acréscimo de lactose.
7. Raspar o triturado durante 4 minutos.
8. Acrescentar a segunda terça parte de lactose.
9. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.
10. Raspar o triturado durante 4 minutos.
11. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos, sem acréscimo de lactose.
12. Raspar o triturado durante 4 minutos.
13. Acrescentar o último terço de lactose.
14. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.
15. Raspar o triturado durante 4 minutos.
16. Triturar, vigorosamente, durante 6 minutos.
17. Raspar o triturado durante 4 minutos.
18. Esse triturado será acondicionado em recipiente bem fechado e protegido da luz, recebendo o respectivo
nome homeopático e a designação de primeiro triturado. 1/10 ou 1/100. Ex.: Petroleum 1 DH trit. ou Petro-
leum 1 CH trit.
19. Para obtenção do segundo triturado, 2 DH ou 2 CH, usar como insumo ativo 1 parte do primeiro tritura-
do, para 9 ou 99 partes de lactose (respectivamente escala decimal ou centesimal) repetindo- se o procedi-
mento anterior (itens de 3 a 17).
20. Esse triturado será acondicionado em recipiente bem fechado e protegido da luz, recebendo o nome da
droga e a designação de segundo triturado. Ex.: Petroleum 2 DH trit., Petroleum 2 CH trit.
21. Para obtenção do terceiro triturado, 3 DH ou 3 CH, usar como insumo ativo 1 parte do segundo triturado
para 9 ou 99 partes de lactose (respectivamente escala decimal ou centesimal) repetindo-se o procedimento
anterior (itens 3 a 17).

42
22. Esse triturado será acondicionado em frasco em recipiente bem fechado e protegido da luz, recebendo o
nome da droga e a designação de terceiro triturado. Ex.: Petroleum 3 DH trit., Petroleum 3 CH trit.
23. No caso de trituração na escala decimal (DH), para obtenção das triturações subsequentes, repetir o pro-
cedimento anterior até a obtenção da 6a trituração (itens 3 a 17).

Figura 1: Trituração na escala


2o.
decimal
1 parte do insumo
ativo

1o.

3o.

Realizar entre:
2o. e 3o.
4o. 3o. e 4o.
E após 4o

9 partes do insumo inerte Triturar 6 minutos


(lactose) Raspar 4 minutos
Dividida em 3 partes iguais Triturar 6 minutos
Raspar 4 minutos

24. Para solubilizar o triturado: Para solubilizar a 6 DH trit., considerando


a. DECIMAL que a lactose não é solúvel a frio na proporção de
1/10 (p/v), aquecer água purificada a temperatura

Figura 2: Trituração na escala


centesimal 2o.

1 parte do insumo
ativo

1o.

3o.

Realizar entre:
2o. e 3o.
4o. 3o. e 4o.
E após 4o

Triturar 6 minutos
99 partes do insumo inerte (lacto-
Raspar 4 minutos
se)
Triturar 6 minutos
Dividida em 3 partes iguais 43
Raspar 4 minutos
entre 40 °C e 45 °C. Adicionar 10 partes dessa cada, completar com 20 partes de etanol a 96%
água aquecida sobre 1 parte da 6 DH trit. e homo- (v/v) e sucussionar 100 vezes, para obter a 4 CH.
geneizar até completa dissolução e resfriamento. Essa preparação intermediária não pode ser esto-
Em seguida, sucussionar 100 vezes para obter a 7 cada. As demais dinamizações serão preparadas
DH. Essa preparação intermediária não pode ser em etanol de graduação igual ou superior a 77%
estocada. Para preparar a 8 DH, diluir 1 parte da 7 (v/v) para estocar e etanol a 30% (v/v) para dis-
DH em 9 partes de etanol a 30% (v/v) para dis- pensar.
pensar e igual ou superior a 77% (v/v) para esto- Embalagem e armazenamento. Recipiente bem
car. fechado, protegido do calor, umidade e da luz di-
b. CENTESIMAL reta.
Para solubilizar a 3 CH trit., dissolver 1 Prazo de validade. A ser determinado, caso a
parte dessa trituração em 80 partes de água purifi- caso, conforme legislação pertinente.

Ponto de partida: Tintura-mãe, droga solúvel


em água ou etanol de diferentes graduações
II. DROGAS SOLÚVEIS com solubilidade igual ou superior a 10% (DH)
ou 1% (CH).
44
inerte. Sucussionar 100 vezes. Obtém-se assim a 1
Insumo inerte: Água purificada ou etanol em DH ou 1 CH.
diferentes graduações. Nas três primeiras dinami- 4. Transferir para o 2o frasco 1 parte da 1 DH ou 1
zações, para a escala centesimal e nas seis primei- CH em 9 ou 99 partes do insumo inerte, respecti-
ras para a escala decimal, será empregado o etanol vamente. Sucussionar 100 vezes. Obtém-se assim
com o mesmo teor da tintura-mãe ou, no caso de a 2 DH ou 2 CH.
mineral solúvel, utilizar água purificada ou so-
lução alcoólica que o solubilize. Para estocar e 5. Transferir para o 3o frasco 1 parte da 2 DH ou 2
preparar as demais formas derivadas utilizar eta- CH em 9 ou 99 partes do insumo inerte, respecti-
nol a 77% (v/v) ou superior. Para a dispensação, vamente. Sucussionar 100 vezes. Obtém-se assim
quer na escala centesimal, quer na decimal, utili- a 3 DH ou 3 CH.
zar etanol a 30% (v/v). No caso de medicamentos 6. Proceder de forma idêntica para as preparações
nas potências até 3 CH e 6 DH inclusive, dispen- subseqüentes até atingir a dinamização desejada.
sar no mesmo teor alcoólico do ponto de partida,
colocando observação que “deverá ser administra-
do diluído em água na hora do uso”. Número de frascos: Tantos frascos quantas forem
as dinamizações a serem preparadas.
Processo: Diluição e sucussão, manual ou me-
Volume: O líquido a ser dinamizado deverá ocu-
cânica.
par de 1/2 a 2/3 da capacidade do frasco utilizado
Técnica: na preparação.
1. Dispor sobre a bancada tantos frascos quantos Número de sucussões: 100.
forem necessários para atingir a dinamização de-
Embalagem e armazenamento: Recipiente bem
sejada.
fechado, protegido do calor, umidade e da luz di-
2. Colocar em cada frasco, volume de insumo reta.
inerte na proporção indicada, conforme escalas
Prazo de validade: A ser determinado, caso a
decimal ou centesimal.
caso, conforme legislação pertinente.
3. Acrescentar no 1o frasco 1 parte do ponto de
partida em 9 (DH) ou 99 (CH) partes do insumo

b. ESCALA CINQUENTA MILESIMAL um método mais aperfeiçoado, onde temos medi-


camentos mais poderosos e suaves. Estes medi-
Este método foi descrito por Hahnemann camentos poderiam ser usados com menor risco
na 6º edição do Organon, onde ele nos apresenta de agravação mesmo em indivíduos sensíveis.
45
• Pesar 63 mg do 3o triturado e dissolver em qui-
Escala: LM 1:50.000 nhentas gotas de etanol a 20% (v/v).

Ponto de partida: Droga vegetal, animal ou bi- Terceira etapa. Preparação da 1a dinamização
ológica, sempre que possível no estado fresco e LM (1 LM).
droga mineral. Poderá ser utilizada a tintura-mãe, • Em frasco de capacidade adequada, colocar uma
tendo sua força medicamentosa corrigida com gota da solução anterior em 100 gotas de etanol a
posterior evaporação. 96% (v/v).
• Aplicar 100 sucussões.
Nota: no caso de utilizar a TM como ponto de • Umedecer 500 microglóbulos com uma gota
partida, fazer a correção da força medicamentosa. desta solução (100 microglóbulos devem corres-
Logo após tapar os poros do gral, a TM será adi- ponder a 63 mg).
cionada ao primeiro terço da lactose (ao preparar a • Deixar secar à temperatura ambiente. Essa é a
1 CH trit.). Após evaporação, em temperatura in- matriz na potência 1 LM.
ferior a 50 °C, seguir com a técnica de trituração.
Quarta etapa. Preparação da 2a potência LM (2
Exemplos: LM).
Uma TM de origem vegetal (10%) tem força me- • Em frasco de capacidade adequada, dissolver um
dicamentosa de 1/10, ou seja, 1 parte da droga está microglóbulo da 1 LM em uma gota de água puri-
contida em 10 partes de TM. Para a 1a trituração ficada.
centesimal, colocar 10 partes da TM para 100 par- • Acrescentar 100 gotas de etanol a 96% (v/v).
tes de lactose. Para TM de origem animal (5%) a • Aplicar 100 sucussões.
força medicamentosa é de 1/20, ou seja, colocar • Umedecer 500 microglóbulos com uma gota da
20 partes da TM para 100 partes de lactose. solução intermediária anterior.
• Separá-los, rapidamente, sobre papel de filtro,
Insumo inerte: deixar secar à temperatura ambiente. Essa é a ma-
Água purificada, lactose, microglóbulos e etanol triz na potência 2 LM.
em diferentes graduações.
-Lactose para as 3 primeiras triturações da Quinta etapa. Preparação das demais potências
escala CH; LM.
-Etanol em ≠ graduações alcoólicas para a • Em frasco de capacidade adequada, dissolver um
fase líquida; microglóbulo da LM imediatamente anterior, em
-Etanol 30% - dispensação. uma gota de água purificada.
• Acrescentar 100 gotas de etanol a 96% (v/v).
Volume: Para a fase líquida, o líquido a ser dina- • Aplicar 100 sucussões.
mizado deverá ocupar entre 1/2 e 2/3 da capacida- • Umedecer 500 microglóbulos com uma gota da
de do frasco utilizado na preparação. solução intermediária anterior. • Deixar secar à
temperatura ambiente.
Número de sucussões: 100.
Embalagem e armazenamento: Recipiente de
Processo: Para a fase sólida, trituração; para a vidro âmbar, bem fechado, protegido de calor,
fase líquida, diluição e sucussão, manual ou me- umidade, radiações e luz direta.
cânica.
Prazo de validade: A ser determinado, caso a
TÉCNICA: caso, conforme legislação pertinente.

Primeira etapa. Trituração da droga até 3 CH Dispensação: Para dispensar o medicamento na


trit., conforme técnica de trituração. LM devemos dissolver 1 mcglob em 1 gota de
água destilada em um frasco de vidro âmbar de
Segunda etapa. Dissolução do 3o triturado. 20mL e completar o volume com solução hidroal-

46
coólica a 30%, devendo o volume ocupar 2/3 da capacidade do frasco.

4. MÉTODO KORSAKOVIANO Processo: Diluição e sucussão. Manual ou me-


cânico.
Ponto de partida: Matriz na potência 30 CH em
etanol a 77% (v/v). TÉCNICA:
Colocar num frasco quantidade suficiente da ma-
Insumo inerte: triz na potência 30 CH de modo que ocupe de 1/2
- Etanol a 77% (v/v) nas preparações interme- a 2/3 de sua respectiva capacidade. Emborcar o
diárias. frasco, deixando o líquido escorrer livremente por
- Etanol a 30% (v/v) na dispensação. cinco segundos. Adicionar o insumo inerte na
quantidade previamente estabelecida e sucussionar
Número de frascos: Frasco único. por 100 vezes. A resultante dessa sequência de
operações corresponde à 31 K. Repetir esse pro-
Volume: O líquido a ser dinamizado deverá ocu- cedimento para obter as dinamizações subsequen-
par 1/2 a 2/3 da capacidade do frasco. Portanto tes.
para preparar 20mL de medicamento usar frasco
de 30mL. A dispensação do medicamento preparado segun-
do método Korsakoviano deve se dar a partir de
Escala: Não definida. 31 K até a 100 000 K como limite máximo.

Número de sucussões: 100. É vedada a estocagem de medicamentos prepara-


dos por esse método.

47
Embalagem e armazenamento: Recipiente de a entrada de água e o motor do equipamen-
vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor, to.
umidade, radiações e luz direta. • Retirar da câmara dinamizadora o volume
necessário para que sejam feitas, a seguir,
Prazo de validade: A ser determinado, caso a duas dinamizações centesimais hahneman-
caso, conforme legislação pertinente. nianas em etanol a 77% (v/v) ou superior.
5. MÉTODO DE FLUXO CONTÍNUO
Técnica:
• Adicionar o volume da matriz de partida
Ponto de partida: Matriz na potência 30 CH em
em etanol a 77% (v/v) ou superior, equiva-
etanol a 77% (v/v).
lente à capacidade volumétrica da câmara
Insumo inerte: Água purificada. do aparelho. A entrada de água purificada
e a rotação do motor serão acionadas si-
Número de frascos: Câmara de dinamização multaneamente.
única. • A dinamização inicia-se sempre com a
câmara cheia.
Controle da vazão: Deve garantir que um fluxo • O processo será reiniciado com a última
contínuo e constante de insumo inerte passe atra- potência FC em que ele foi interrompido,
vés da câmara de dinamização de forma controla- adicionando o volume da matriz de partida
da para que no final de 100 rotações o conteúdo da equivalente à capacidade volumétrica da
câmara seja completamente renovado. câmara do aparelho.
• Acionar, então, a entrada da água purifica-
Escala: Não definida.
da e o motor, simultaneamente.
Número de rotações: Nesse método considera-se • Interromper o processo sempre duas po-
que 100 rotações equivalem a 100 sucussões, pois tências antes da desejada.
a cada 100 rotações obtêm-se uma nova potência. • Para o preparo das duas últimas potências
será seguido o método hahnemanniano em
Processo: Diluição e turbilhonamento contínuos. escala centesimal, usando como insumo
Mecânico. inerte etanol a 77% (v/v) ou superior para
a primeira dinamização e a segunda para
Características obrigatórias do equipamento: atender a prescrição médica (graduação al-
• A câmara de dinamização deverá possuir coólica para dispensaçãoo é de 30%).
capacidade volumétrica conhecida e siste- • Somente as potências em etanol a 77%
ma de entrada e saída de diluente de forma (v/v) poderão ser estocadas (como matri-
que esse volume se mantenha constante zes).
durante o processo.
• A entrada de água deve ocorrer junto ao Alcançado o tempo programado para o término da
centro do vórtice do líquido em dinami- operação, o aparelho será desligado. Tomando
zação, de forma que a água purificada que como base um aparelho de fluxo contínuo com
entra na câmara seja turbilhonada antes de câmera de dinamização com capacidade de 2 mL e
ser expulsa. com motor de 3.600 rpm, teremos o tempo de
• A vazão deve estar sincronizada com o 1,6666 para cada dinamização. O processo será
número de rotações por minuto do motor, interrompido sempre duas dinamizações anteriores
conforme manual do equipamento. aquela que se pretende obter. Fazer mais duas
dinamizações manuais de acordo com o método
• A potência desejada será função do tempo
Hahnemanniano.
necessário para sua obtenção. Alcançado o
tempo definido, desligar simultaneamente
48
A dispensação do medicamento preparado segun- Embalagem e armazenamento: Recipiente de
do o Método de fluxo contínuo deve se dar a partir vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor,
da 200 FC até a 100 000 FC, como limite umidade, radiações e luz direta.
máximo.
Prazo de validade: A ser determinado, caso a
caso, conforme legislação pertinente.

Figura 1: Dinamizador de fluxo contínuo


(Vídeo no youtube) http://www.youtube.com/watch?v=pV-Aq21ycdY

Referências Bibliográficas

• Farmácia homeopática: teoria e prática.


Olney Leite Fontes. 4a. Edição. Editora
MANOLE, 2001. ISBN 8520434770,
9788520434772, 389 páginas.

• Farmacopeia Homeopática Brasileira. 3ª


edição, 2011.

49
Dispensar 20 mL de Ruta graveolens 5LM
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Ruta
Lista de Exercício – Escalas e métodos graveolens Tintura-Mãe (T.M.), droga solúvel.
de preparação 12º Exercício:
Dispensar 20 mL de Apis mellifica 4LM
1º Exercício: Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Ruta
Dispensar 20 mL de Pulsatila 6 CH graveolens Tintura-Mãe (T.M.), solúvel.
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Pulsa- 13º Exercício:
tila Tintura-Mãe (T.M.), % alcoólica 60% Dispensar 20 mL de Ácido benzoico 32K
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida Ácido
2º Exercício: benzoico matriz a 30 CH (etanol 70%)
Dispensar 10 mL de Sene 8DH
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Sene 14º Exercício:
Tintura-Mãe (T.M.), % alcoólica 45% Dispensar 20 mL de Acetic acidum 40K
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida Acetic
3º Exercício: acidum 38K
Dispensar 10 mL de Atropa belladona 6DH
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Bella- 15º Exercício:
dona Tintura-Mãe (T.M.), % alcoólica 45% Dispensar 10 mL de Graphite 31K
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida graphi-
4º Exercício: te em pó (droga insolúvel)
Dispensar 20 mL de Aesculus hippocastanum 3CH
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Aescu- 16º Exercício:
lus hippocastanum Tintura-Mãe (T.M.), % alcoólica Dispensar 20 mL de Aesculus hippocastanum 35K
65% Informações ao farmacêutico: Ponto de partida Aescu-
lus hippocastanum matriz 30CH
5º Exercício:
Dispensar 20 mL de Magnesium phosphoricum 10 DH 17º Exercício:
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Fosfa- Dispensar 20 mL de Aesculus hippocastanum 203FC
to de magnésio dibásico em pó (insolúvel) Informações ao farmacêutico: Ponto de partida Aescu-
lus hippocastanum matriz 30CH
6º Exercício:
Dispensar 20 mL de Natrium carbonicum 5CH 18º Exercício:
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Car- Dispensar 20 mL de Anilinum 220FC
bonato de sódio monoidratado (droga insolúvel) Informações ao farmacêutico: Ponto de partida Anili-
num matriz na 30CH
7º Exercício:
Dispensar 10 mL de Graphite 10 CH 19º Exercício:
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: graphi- Dispensar 20 mL de Argentum 300 FC
te em pó (droga insolúvel) Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: prata
Obs. Armazenar todas as intermediárias possíveis metálica (droga insolível).

8º Exercício:
Dispensar 20 mL de Sulfur 9 DH
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: enxo-
fre em pó (droga insolúvel)

9º Exercício:
Dispensar 20 mL de Argentum metalium 10 LM
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: prata
metálica em pó (droga insolúvel)

10º Exercício:
Dispensar 20 mL de Lachesis 3LM
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Lache-
sis 1 LM

11º Exercício:
CAPITULO 7 Ponto de partida. Insumo ativo na potência ante-
rior à desejada. Na escala LM, o ponto de partida
Formas Farmacêuticas de Uso Interno é o microglóbulo na potência desejada.

INTRODUÇÃO a. Técnica de Obtenção da Prepa-


ração líquida
As formas farmacêuticas homeopáticas de uso 1. Dinamizar o medicamento desejado em
interno, segundo a Farmacopeia homeopática etanol a 30% (v/v), a partir do insumo ati-
brasileira III, podem ser reunidas em dois grandes vo na potência anterior à desejada. No caso
grupos: líquidas e sólidas. Todas as formas farma- de medicamentos nas potências até 3 CH
cêuticas usuais podem ser utilizadas em homeopa- ou 6 DH inclusive, utilizar no preparo e
tia. para a dispensação o mesmo teor alcoólico
do ponto de partida. Adote o método indi-
Porém, as mais correntemente utilizadas no
cado na receita.
Brasil:
2. Transferir o conteúdo do frasco dinamiza-
• Formas farmacêuticas líquidas: Preparação
dor, que contém a última potência, para o
líquida administrada sob a forma de gotas;
frasco que será dispensado ao paciente. O
Dose única líquida; Formulações líquidas.
volume do medicamento a ser dispensado,
• Formas farmacêuticas sólidas: Comprimi-
quando não especificado pelo clínico, é
dos; Glóbulos; Pós; Tabletes; Dose única
normalmente padronizado pelas farmácias
sólida; Formulações sólidas.
homeopáticas em 15 ou 20 mL.
3. Munir o frasco com conta-gotas, batoque
Há, ainda, outras formas farmacêuticas home-
opáticas de uso interno citadas em farmacopeias conta-gotas ou outro dispositivo afim.
estrangeiras, como ampolas bebíveis, injetáveis e 4. Rotular de acordo com as normas técnicas
grânulos. legais.

As técnicas descritas neste capítulo para a Na escala LM, dissolver um microglóbulo do me-
preparação de medicamentos homeopáticos estão dicamento na potência desejada, em uma gota de
fundamentadas, principalmente, nas orientações água purificada e acrescentar etanol a 30% (v/v); o
da Farmacopeia homeopática brasileira III. Po- volume dispensado deverá ocupar 2/3 da capaci-
rém, embora não seja considerado um documento dade do frasco.
oficial, apresentamos também as considerações
mais importantes encontradas no Manual de nor- b. EXEMPLOS DE PREPARAÇÃO
LÍQUIDA ADMINISTRADA SOB
mas técnicas para farmácia homeopática prática
A FORMA DE GOTAS:
da ABFH.
Exemplo 1:
1. PREPARAÇÃO LÍQUIDA ADMINIS- Aconitum nap. 6CH 20 mL
Nome do medicamento: Aconitum napellus
TRADA SOB A FORMA DE GOTAS
Potência: sexta dinamização
Preparação líquida administrada sob a
forma de gotas é uma forma farmacêutica nor- Escala: centesimal
malmente dispensada em etanol a 30%, obtida por Método: hahnemanniano dos frascos múltiplos
meio dos métodos hahnemanniano, korsakoviano Volume: 20 mL
e de fluxo contínuo, conforme o volumo prescrito
pelo clínico. Essa forma farmacêutica é uma das
mais dispensadas pelas farmácias homeopáticas.

51
Farmácia Homeopática UFPE Farmácia Homeopática UFPE

Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci- Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
fe – PE. 52740-520 fe – PE. 52740-520
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares – Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
CRF-PE YYYY CRF-PE YYYY
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX

Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B. Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Santos Santos
Aconitum napellus 6CH líquida. Conteúdo: 20 mL Aurum metallicum 5CH líquida. Conteúdo: 20 mL
Tomar conforme prescrição médica. Tomar conforme prescrição médica.

Farmacopeia Homeopática Brasileira III Farmacopeia Homeopática Brasileira III


Uso: Interno Uso: Interno
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13 Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
Validade: 2 anos Validade: 2 anos

Exemplo 2: c. Dispensação da Preparação Lí-


Plumbum 30CH 1 frasco quida
Nome do medicamento: Plumbum metallicum Dispensar sempre o volume indicado na
Potência: trigésima dinamização receita ou o padronizado pela farmácia, quando
Escala: centesimal ele não vier especificado na receita.
Método: hahnemanniano de trituração, para três as O medicamento será dispensado no volu-
três primeiras dinamizações, pois trata-se de droga me desejado dinamizado em etanol a 30% (v/v).
insolúvel, e hahnemanniano dos frascos múltiplos No caso de medicamentos nas potências até 3 CH
para as demais dinamizações. e 6 DH inclusive, dispensar no mesmo teor al-
coólico do ponto de partida, colocando observação
Farmácia Homeopática UFPE
que “deverá ser administrado diluído em água na
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci- hora do uso”.
fe – PE. 52740-520 Potências superiores a 3CH ou 6DH, pre-
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares – paradas a partir da TM ou de drogas solúveis, são
CRF-PE YYYY
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
dispensadas em etanol a 30%, ou em insumo iner-
te indicado pelo clínico. Vale lembrar que as três
Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B. primeiras dinamizações, para a decimal, usam
Santos
veículos compatíveis com a solubilidade dos fár-
Plumbum metallicum. Conteúdo: 15 mL
Tomar conforme prescrição médica. macos que as compõem. Potências superiores a
3CH ou 6DH, preparadas a partir de drogas inso-
Farmacopeia Homeopática Brasileira III
lúveis, seguem o mesmo raciocínio. Porém, as
Uso: Interno
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13 dinamizações 4CH e 8DH provenientes de insu-
Validade: 2 anos mos ativos insolúveis são dispensadas em teores
Volume: padronizado pela farmácia, uma vez que ele hidroetanólicos iguais ou inferiores a 20%, em
não foi especificado pelo prescritor. razão da solubilidade triturado. Segundo o manual
Exemplo 3: de normas técnicas para farmácia homeopática, a
Aurum 5LM. 20mL 7DH poderá ser dispensada somente se preparada
em água purificada a partir de 6DH trituração.
Nome do medicamento: Aurum metallicum
Todavia, sendo uma preparação extemporânea,
Potência: quinto grau de dinamização
terá seu prazo de validade bastante reduzido.
Escala: cinquenta milesimal
As potências devem ser aviadas puras, ou
Método: hahnemanniano dos frascos múltiplos seja, após a sua obtenção devem ser transferidas
Volume: 20 mL para os frascos que serão dispensados ao paciente.
Dispensados em um frasco de 30 mL Entretanto, algumas farmácias preparam a potên-
cia desejada diluída a 1%. Seus defensores afir-
52
mam que a potência dispensada continua sendo a
desejada, estando apenas mais diluída. Porém po- Dose única líquida é uma preparação farma-
tências diluídas somente poderão ser aviadas me- cêutica com quantidade limitada de medicamento
diante receitas que expressem essa intenção (pres- líquido a ser tomada de uma só vez, obtida por
crição magistral). meio dos métodos hahnemanniano, korsakoviano
Apenas para a escala cinquenta milesimal, ou de fluxo contínuo.
o volume dispensado deverá ocupa dois terços da
capacidade do frasco. Para a dispensação de medi- Ponto de partida: Matriz na potencia desejada.
camentos preparados na escala cinquenta milesi-
mal, dissolver 1 mcglob. Do medicamento em Insumo inerte: Água purificada ou etanol até 5%
etanol a 30%, de acordo com o volume relatado na (v/v).
receita. Independentemente do volume prescrito
na cinquenta milesimal, dissolver sempre Técnica: Diluir o ponto de partida no insumo
1mcglob. Ou a quantidade indicada na receita. inerte na proporção desejada.
Quando a receita não informar o volume a ser
dispensado, dispensar 20 mL em um frasco de 30 Volume de preparação e dispensação: De acor-
mL. É possível, ainda, opcionalmente, dissolver 1 do com o solicitado. Quando não especificado na
mcglob. do medicamento na potência desejada prescrição, serão dispensadas na proporção de
com 1 gota de água purificada e, em seguida, duas gotas do ponto de partida por mL do insumo
acrescentar o veículo de dispensação em quanti- inerte, até um volume máximo de 10 mL.
dade suficiente para o volume prescrito.
Nunca se esquecer de prestar a atenção a. Técnica de Obtenção da Dose
farmacêutica homeopática ao paciente. Aconse- Única Líquida
lhamos prazos de validade para os medicamentos 1. Preparar a potência na escala e no método
preparados para serem administrados em gotas, de determinados pelo clínico, em etanol a
acordo com os seguintes insumos inertes: 30%.
• Água purificada: 7 dias (o álcool contido 2. Preparar a dose única (DU) de acordo com
na matriz ajuda a aumentar o prazo de va- o volume indicado na receita ou, quando
lidade da água purificada). Para a potência não especificado, dispensar duas gotas da
7DH preparada a partir da potência 6DH potência desejada, preparada em etanol a
trituração, o prazo de validade é de 24 ho- 30%, em 1 mL de água purificada ou eta-
ras. nol a 5%.
• Etanol a 5%: 3 meses. 3. Rotular de acordo com as normas técnicas
• Etanol a 30%: 2 anos. legais.
• Etanol a 70%: 5 anos. b. EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO
Entretanto, esses prazos de validade suge- DE DOSE ÚNICA LÍQUIDA,
ridos dependem do controle adequado de inúme- QUANDO O VOLUME ESTÁ
ros fatores (qualidade da água, condições de ar- ESPECIFICADO NA RECEI-
mazenamento dos insumos, processo de prepara- TA:
ção dos medicamentos, etc.). Portanto, devem ser Exemplo 1:
determinados de acordo com cada caso,, por cada
Lycopodium clavatum 30CH ....XX/30
uma das farmácias que preparam e dispensam
Tomar todo o conteúdo do frasco em jejum=
medicamentos homeopáticos. Para a obtenção dos
Lycopodium clavatum 30 CH .......... XX gotas
prazos de validade de seus produtos, elas devem
proceder de acordo com o descrito na Farmaco- Água purificada .................................. 30 mL
peia brasileira, 4ª edição, IV.6.

2. DOSE ÚNICA LÍQUIDA


53
Preparar Lycopodium clavatum em potência ficada, em mL, que diluirá as gotas do medica-
30CH, em etanol a 30%, pelo método hahneman- mento e do etanol a 96%.
niano dos frascos múltiplos, transferir vinte gotas Farmácia Homeopática UFPE
da 30CH para um frasco de 30 mL e acrescentar
30 mL de água purificada. Misturar. Está pronta a Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
fe – PE. 52740-520
dose única líquida.
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
• O número romano identifica o número de CRF-PE YYYY
gotas do medicamento a ser diluído. CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
• O número arábico, após a barra, identifica Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
a quantidade de água purificada, em mL, Santos
que diluirá as gotas do medicamento. Natrium sulfuricum 200FC..... X/V/20. Dose única líquida.
Conteúdo: 20 mL
Tomar todo o conteúdo à noite, ao deitar.
Farmácia Homeopática UFPE
Farmacopeia Homeopática Brasileira III
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci- Uso: Interno
fe – PE. 52740-520 Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares – Validade: 7 dias
CRF-PE YYYY
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
c. EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO
Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B. DE DOSE ÚNICA LÍQUIDA,
Santos
QUANDO O VOLUMA NÃO
Lycopodium clavatum 30CH....XX/30. Dose única líquida.
Conteúdo: 30 mL ESTÁESPECIFICADO NA RE-
Tomar todo o conteúdo do frasco, em jejum. CEITA:
Farmacopeia Homeopática Brasileira III
Uso: Interno Exemplo 3:
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13 Pulsatilla nigricans 30CH D.U. líquida
Validade: 7 dias
Preparar a Pulsatilla nigricans na potência 30CH,
Exemplo 2: em etanol a 30%, pelo método hahnamenniano
Natrium sulfuricum 200FC..... X/V/20 dos frascos múltiplos, transferir duas gotas desta
Tomar todo o conteúdo do frasco à noite, ao dei- para um flaconete e acrescentar 1 mL de água
tar. purificada ou etanol a 5%. Misturar. Está pronta a
dose única líquida. Rotular.
= Natrium sulfuricum 200FC.......... X go-
tas
Farmácia Homeopática UFPE
Etanol a 96% (v/v) .......................... V
gotas Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
Agua purificada ............................... 20 fe – PE. 52740-520
mL Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
CRF-PE YYYY
Preparar o Natrium sulfuricum na potência de CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
200FC, em etanol a 30%, pelo método de fluxo
Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
contínuo, transferir 10 gotas da 200FC para um
Santos
frasco de 20 mL, acrescentar cinco gotas de etanol Pulsatilla nigricans 30 CH D.U líquida. Conteúdo: 1 mL
a 96% e 20 mL de água purificada. O primeiro Tomar todo o conteúdo do frasco de uma só vez
número romano identifica o número de gotas do
Farmacopeia Homeopática Brasileira III
medicamento a ser diluído. O segundo, que está Uso: Interno
entre barras, identifica o número de gotas de eta- Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
nol a 96%, necessário para conservar o medica- Validade: 7 dias
mento por um tempo maior. O número arábico,
após a barra, identifica a quantidade de água puri-
54
O Manual de normas técnicas para a farmácia 1. Para formulações líquidas que apresentam
homeopática, em sua 4ª edição, diferentemente da apenas um insumo ativo, diluí-lo no volu-
técnica farmacopeica apresentada anteriormente, me de insumo inerte indicado na receita.
sugere dispensar 4 gotas do insumo ativo em 2 mL 2. Para formulações líquidas que apresentam
de água purificada ou solução hidroalcoólica até mais de um insumo ativo, preparar os dife-
5%, quando a quantidade de medicamento não rentes medicamentos, em separado, em
estiver determinada na receita. etanol 30%.
3. Em m cálice, misturar os medicamentos
d. Dispensação da Dose Única Lí-
em partes iguais e suficientes conforme as
quida
proporções adequadas ao volume prescrito.
O paciente deverá ser orientado a tomar
4. Transferir a mistura ao frasco a ser dispen-
todo o medicamento, de uma só vez, em jejum ou
ao deitar, conforme indicação na prescrição médi- sado.
ca. Prestar a atenção farmacêutica homeopática ao 5. Rotular de acordo com as normas técnicas
paciente. legais.
O prazo de validade das doses únicas é
curto, pois, em geral, elas são preparadas em água b. EXEMPLO DE FORMULA-
purificada. Aconselhamos um prazo de validade ÇÃO LÍQUIDA PREPARADA
de 7 dias para as doses únicas líquidas preparadas COM UM INSUMO ATIVO:
em água purificada. Porém, são válidas as mesmas Exemplo 1:
recomendações feitas para as preparações farma- Nux vômica 1M................................ 5%
cêuticas administradas em gotas. Etanol a 30%.................................... 20 mL

Diluir 1 mL (5%) de Nux vômica 1M, preparada


3. FORMULAÇÕES LÍQUIDAS em etanol a 30%. Misturar. Transferir a mistura
Formulações líquidas são preparações farma- para um frasco de 20 mL e rotular.
cêuticas homeopáticas que apresentam, numa
composição, um ou mais insumos ativos, obtidos Farmácia Homeopática UFPE
por meio de métodos hahnemannianos, korsakovi-
ano e de fluxo contínuo. As formulações que apre- Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
sentam mais de um insumo ativo visam atender ao fe – PE. 52740-520
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
receituário da escola médica que segue o comple-
CRF-PE YYYY
xismo. Há ainda as fórmulas comerciais pré- CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
elaboradas, conhecidas como “complexos homeo-
páticos”, ou “específicos homeopáticos”. Esses Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Santos
complexos normalmente recebem a designação de Nux vômica 1M............5%
fantasias para identifica-los no comércio de medi- Etanol a 30%............20 mL
camentos. Apresentam relativa utilidade nos casos Tomar conforme a prescrição médica – Conteúdo: 20 mL
agudos mais simples por constarem em sus fórmu-
Farmacopeia Homeopática Brasileira III
las substanciais por propriedades farmacodinâmi- Uso: Interno
cas relacionadas a uma síndrome comum. Entre- Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
tanto devem ser contra-indicados nos casos crôni- Validade: 2 anos
cos, pois proporcionam a paliação de sintomas e
não individualizam o quadro. c. EXEMPLO DE FORMULA-
ÇÃO LÍQUIDA PREPARADA
a. Técnica de Obtenção das Formu- COM MAIS DE UM INSUMO
lações Líquidas
ATIVO:

55
Exemplo 1: Farmacopeia Homeopática Brasileira III
Drosera 6CH e Bryonia 6CH: ãã 10 mL Uso: Interno
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
Validade: 2 anos
= Drosera 6CH ãã ................... 10 mL
Bryonia 6H
Exemplo 3:
Preparar a Drosera 6CH e Bronya 6CH, separa- Ignatia amara 5CH ............. 1%
damente, em etanol a 30%, de acordo com o mé- Nux vômica 6CH ................ 5%
todo hahnemanniano dos frascos múltiplos. Em Etanol a 30% ........qsp........30 mL
um cálice misturar 10 mL de cada um dos medi-
camentos (ãã = partes iguais), obtendo-se o volu- Peparar a Ignatia amara 5CH e a Nux vômica
me final de 20 mL. 6CH, separadamente, em etanol a 30%, de acordo
Farmácia Homeopática UFPE com o método hahnemanniano dos frascos múlti-
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci- plos. Misturar 0,3 mL (1%) de Ignatia amara 5CH
fe – PE. 52740-520 com 1,5 mL (5%) de Nux vômica 6CH e comple-
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares – tar o volume com quantidade suficiente para 30
CRF-PE YYYY
mL de etanol a 30%.
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
Farmácia Homeopática UFPE
Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Santos Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
Drosera 6CH e Bryonia 6CH: 10 mL. Conteúdo: 20 ml fe – PE. 52740-520
Tomar conforme a prescrição médica. Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
CRF-PE YYYY
Farmacopeia Homeopática Brasileira III
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
Uso: Interno
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13 Paciente: Maria B. Silva Prescritor:
Validade: 2 anos Mário B. Santos
Ignata amara 5CH............1%
Nux vômica 6CH...........5%
Exemplo 2:
Etanol a 30%............30 mL
Aconitum 6CH e Belladona 6CH: ãã...qsp...30 mL Tomar conforme a prescrição médica – Conteúdo: 20 mL
,

= Aconitum 6CH Farmacopeia Homeopática Brasileira III


Belladona 6CH ãã...qsp...30 mL Uso: Interno
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
Preparar o Aconitum 6CH e a Belladona 6CH, Validade: 2 anos
separadamente, em etanol a 30%, de acordo com o
método hahnemanniano dos frascos múltiplos. Em
d. Dispensação das Formulações
um cálice misturar 15 mL de cada um dos medi-
Líquidas
camentos (partes iguais e suficientes para 30 mL),
pra obter o volume final de 30 mL. As formulações líquidas podem ser admi-
nistradas sob forma de gotas ou em dose única.
Farmácia Homeopática UFPE
Sempre que possível serão dispensadas em etanol
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci- a 30% ou no insumo inerte indicado pelo clínico
fe – PE. 52740-520 na prescrição. Prestar a atenção farmacêutica ho-
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares – meopática ao paciente. Quanto ao prazo de vali-
CRF-PE YYYY dade, seguir as mesmas recomendações para as
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
preparações farmacêuticas administradas em gotas
Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B. e doses únicas líquidas.
Santos
Aconitum 6CH e Belladona 6CH: ãã....qsp...30 mL. Conteú-
4. COMPRIMIDOS
do: 30 mL
Tomar conforme a prescrição médica.

56
Os comprimidos homeopáticos são formas (v/v) (equivalente a 70% (p/p)) ou superi-
farmacêuticas sólidas, cilíndricas, com peso com- or.
preendido entre 100 e 300 mg, obtidos por com- • Pesar os comprimidos inertes e colocá-los
pressão da trituração ou do insumo inerte (lactose em um recipiente adequado, como um
ou mistura de lactose e sacarose) impregnado com frasco de boca larga, com tampa.
a potência prescrita. Eles podem ser elaborados
• Impregnar os comprimidos inertes com o
também a partir da impregnação dos comprimidos
insumo ativo agitando o recipiente alguns
inertes. Os comprimidos utilizados em homeopatia
minutos. A proporção entre a quantidade
não devem ser deglutidos, mas deixados na boca
para dissolver lentamente. Na preparação de com- do insumo ativo e o peso dos comprimidos
primidos inertes, para posterior impregnação, será inertes é de no mínimo 10% (v/p), ou seja,
permitida a adição de adjuvantes em quantidade usar no mínimo 2 mL de insumo ativo para
que não dificulte a capacidade de impregnação cada 20 g de comprimidos inertes.
dos mesmos. • Secar os comprimidos sobre o papel de fil-
tro numa temperatura inferior a 50ºC.
a. Quando o insumo ativo for líquido: • Transferi-los para um frasco de boca larga
e rotular.
I. Técnica.
Os comprimidos inertes podem ser adquiridos na
1) Compressão: indústria farmacêutica homeopática. Eles absor-
vem muito bem o medicamento, pois apresentam
• Preparar o insumo ativo líquido na potên- ampla superfície porosa.
cia desejada, em etanol 77% (v/v) (equiva- .
lente a 70% (p/p)) ou superior. b. Quando o insumo ativo for
• Impregnar a lactose ou mistura de lactose e sólido:
sacarose com o insumo ativo líquido, pro-
porção de no mínimo 10% (v/p), ou seja, I. Técnica.
usar no mínimo 10 mL de insumo ativo
para cada 100 g de insumo inerte. 1) Compressão:
• Homogeneizar e deixar secar. • Preparar o insumo ativo, por trituração, na
• Umedecer o insumo inerte impregnado potência desejada. Essa dinamização será
com quantidade suficiente de etanol a 90% igual ou inferior a 3CH ou 6DH, pois se
e granular. trata de uma forma farmacêutica derivada
• Tamisar e secar em temperatura inferior a obtida a partir de insumo ativo insolúvel.
50°C. • Misturar essa preparação (triturado sólido),
• Levar à compressão. na proporção de no mínimo 10% (p/p), em
• Transferir os comprimidos para um frasco lactose ou mistura de lactose com sacaro-
de boca larga e rotular. se, com ou sem adição de adjuvantes.
2) Impregnação: • Levar à compressão direta ou com umede-
cer a mistura com quantidade suficiente de
• Preparar comprimidos inertes por com- etanol a 90% e ganular.
pressão de lactose ou da mistura de lactose • Tamisar e secar em temperatura inferior a
e sacarose. 50°C.
• Preparar o insumo ativo líquido na potên- • Levar à compressão.
cia desejada, em etanol em etanol 77% • Transferir os comprimidos para um frasco
de boca larga e rotular.

57
c. Quando os insumos ativos forem Preparar o Colocynthis 5CH de acordo com o mé-
sólidos e líquidos: todo hahnemanniano dos frascos múltiplos, em-
pregando etanol igual ou superior a 70% na última
I. Técnica. dinamização. Pesar 15g de comprimidos inertes e
coloca-los em um frasco de boca larga. Quando a
1) Compressão: quantidade ou o conteúdo não vêm especificados
• O total dos insumos ativos deve perfazer no na receita, as farmácias normalmente dispensam
mínimo 10% da formulação. de 15 a 20 comprimidos. Impregnar com 1,5 mL
• Dividir essa proporção pelo número de insumos (10%) de Colocynthis 5CH preparado em etanol a
ativos, sólidos e líquidos, da formulação. 90% para a impregnação dos comprimidos. Deixar
• Preparar, separadamente, os insumos ativos secar os comprimidos sobre papel de filtro. Trans-
sólidos por trituração, na potência desejada, em ferir para um frasco de boca larga e rotular.
quantidades iguais e suficientes para compor essa
fase. Farmácia Homeopática UFPE
• Misturar e homogeneizar as preparações sólidas.
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
• Preparar, separadamente, os insumos ativos fe – PE. 52740-520
líquidos, na potência desejada, em quantidades Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
iguais e suficientes para compor essa fase. CRF-PE YYYY
• Misturar e homogeneizar as preparações CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
líquidas. Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
• Pesar a lactose total da formulação, adicionada Santos
ou não de adjuvantes, descontando a fase sólida. Colocynthis 5CH. Comprimidos. Conteúdo: 15 g
• Adicionar a fase líquida a essa lactose e homo- Chupar 1 comprimido 4 vezes ao dia.
geneizar. Farmacopeia Homeopática Brasileira III
• Em seguida adicionar a fase sólida a essa mistura Uso: Interno
e homogeneizar. Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
• Levar à compressão direta ou com granulação Validade: 2 anos
prévia, após secar em estufa temperatura não su-
perior a 50 °C. d. Dispensação dos Comprimidos
• A secagem será executada separadamente, medi- Os comprimidos em geral são dispensados
camento a medicamento, em temperatura não su- em frascos de boca larga, bem fechados e protegi-
perior a 50 °C. dos da luminosidade. Devem ser separados na
tampa do frasco antes de serem levados à boca
Enquanto a Farmacopeia homeopática brasileira para dissolver lentamente. Os comprimidos que
III propõe a preparação dos comprimidos na pro- contêm sacarose não devem ser consumidos por
porção de no mínimo 10% (v/p, para insumo ativo diabéticos. Prestar a atenção farmacêutica homeo-
líquido ou p/p, para insumo ativo sólido) e sua pática ao paciente.
secagem em temperatura inferior a 50ºC, o Manu- Os comprimidos conservam-me muito bem
al de normas técnicas para a farmácia homeopá- protegidos da umidade, do calor e da luz. Sugeri-
tica (ABFH) recomenda a preparação dos com- mos o prazo de validade de 2 anos para essa forma
primidos na proporção de 15% e a secagem em farmacêutica homeopática de uso interno.
temperatura inferior a 40º C.
5. GLÓBULOS
EXEMPLO DE UMA RECEITA QUE SOLICI-
TA COMPRIMIDOS: Glóbulos são preparações farmacêuticas sóli-
Exemplo 1: das, esféricas, ligeiramente porosas, que apresen-
Colocynthis 5CH. Comprimidos tam diversos pesos, obtidos industrialmente a par-
1 frasco tir dos núcleos de grão de açúcar borrifados em
Chupar 1 comprimido 4 vezes ao dia máquinas drageadoras, com solução de sacarose
ou mistura de sacarose e lactose. É a forma farma-
58
cêutica sólida mis dispensada nas farmácias ho- 6. Transferir para uma cuba rasa ou uma pla-
meopáticas. Assim como os comprimidos homeo- ca de petri e secá-los em temperatura infe-
páticos, os glóbulos devem ser lentamente dissol- rior a 50°C.
vidos na boca. 7. Impregnar os glóbulos com o último terço
No Brasil, os glóbulos mais usados são os de do volume de insumo ativo, agitando o re-
número 3, 5 e 7, pesando, respectivamente, na cipiente por alguns minutos.
média 30, 50 e 70 mg. Eles são adquiridos da in- 8. Transferir para uma cuba rasa ou uma pla-
dústria farmacêutica homeopática na forma inerte
ca de petri e secá-los em temperatura infe-
para serem impregnados com a dinamização dese-
rior a 50°C.
jada pelos métodos da tríplice ou da simples im-
pregnação. 9. Colocar os glóbulos impregnados e secos
em um frasco de boca larga para dispensa-
a. Técnica de Obtenção dos Glóbu- ção e rotular.
los (tríplice impregnação)
1. Preparar o insumo ativo líquido na potên- O método da tríplice impregnação adotado
pela Farmacopeia homeopática brasileira III,
cia desejada, em etanol 77% (v/v) (equiva-
com o insumo ativo na proporção mínima de
lente a 70% (p/p)) ou superior.
5% (v/p), proporciona contaminação homogê-
2. Pesar os glóbulos inertes (números 3, 5 e
nea e uniforme dos glóbulos, sobretudo se im-
7) e colocá-los em um recipiente adequa- pregnados a partir de potência preparada com
do, como um frasco de boca larga, com etanol a 90%.
tampa, de capacidade superior ao volume O Manual de normas técnicas para farmá-
ocupado pelos glóbulos. cia homeopática adota os métodos de tríplice
3. Impregnar os glóbulos inertes, agitando o impregnação e da simples impregnação, com o
recipiente por alguns minutos, com um insumo ativo na faixa de 2 a 5%. Porém, re-
terço do volume de insumo ativo calculado comenda que a quantidade de insumo ativo
na proporção no mínimo 5% em relação deverá ser definida de acordo com a capacida-
ao peso dos glóbulos (v/p), ou seja, para de de absorção dos glóbulos e determinada pe-
uma impregnação de 5% utilizar 0,75 mL lo controle de qualidade, ou seja, os diferentes
de insumo ativo dividido em 3 partes métodos e técnicas devem ser avaliados antes
iguais (0,25 mL) para cada 15 g de glóbu- de sua utilização na prática. Novas validações
los inertes. devem ser realizadas sempre que ocorrer alte-
ração da técnica empregada, do fornecedor, do
lote e das condições de temperatura e umidade
*A Farmacopeia cita MÍNIMO DE 5%,
do local de manipulação. Esse manual sugere,
consequentemente posso usar mais de 5%,
ainda, que a temperatura de secagem não ul-
como, por exemplo, 10%, contudo mais a
trapasse 40°C.
frente você verá que existem preparações
Um indicador visual pode ser utilizado pa-
sólidas compostas e no caso de glóbulos
ra a validação da técnica, como uma solução
impregnados com 2 o mais ativos eu uso
corante de violeta de genciana a 0,2% (p/v) em
uma concentração de 10% para impregna-
etanol igual ou superior a 70%. A técnica em-
ção (diferentemente de no mínimo 5%).
pregada deverá proporcionar glóbulos homo-
gêneos e uniformemente corados, ausência de
4. Transferir para uma cuba rasa ou uma pla-
formação de grumos e de resíduos.
ca de petri e secá-los em temperatura infe-
rior a 50°C.
b. EXEMPLO DE RECEITA QUE
5. Impregnar os glóbulos com mais um terço
SOLICITA GLÓBULOS:
do volume de insumo ativo, agitando o re-
cipiente por alguns minutos. Exemplo 1:
59
Veratrum album 12DH
1frasco c. Dispensação dos Glóbulos
Chupar 5 glóbulos 4 vezes ao dia
Os glóbulos são, em geral, dispensados em
Preparar o Veratrum album 12DH de acor- frasco de boca larga, bem fechados e protegidos
do com o método hahnemanniano dos frascos da luminosidade. Devem ser separados na tampa
múltiplos, empregando etanol igual ou superior a do frasco antes de serem levados à boca para dis-
70% na última dinamização. Pesar 15 g de glóbu- solver lentamente. Os glóbulos não devem ser
los inertes e colocá-los num frasco de boca larga. consumidos por diabéticos. Prestar a atenção far-
Quando a quantidade ou o conteúdo não vêm es- macêutica homeopática ao paciente.
pecificados na receita, as farmácias normalmente Os glóbulos apresentam boa conservação se
dispensam de 1 a 20 g de glóbulos. protegidos da umidade, do calor e da luz. Sugeri-
mos o prazo de validade, do valor e da luz. Suge-
Para este exemplo vamos dispensar 15 rimos o prazo de validade de 2 anos para essa
gramas de glóbulos, impregnados a 10% (pois a forma farmacêutica homeopática de uso interno.
Farmacopeia diz MINIMO de 5%). Impregnar os
glóbulos com 1,5 mL, dividido em 3 partes de 0,5 6. PÓS
mL de Veratrum album 12DH preparado em eta- Os pós são preparações farmacêuticas de
nol a 90%. Em um frasco/flaconete com capacida- uso interno, com peso unitário compreendido en-
de interna adequada, impregne os glóbulos com a tre 300 e 500 mg, constituídos de insumo ativo
primeira terça parte do volume do ativo (0,5 mL) e incorporado à lactose, sendo dispensados em pa-
agitar o frasco alguns minutos. Na prática, temos péis ou em cápsulas gelatinosas.
obtido melhores com a utilização de etanol 90% Enquanto a Farmacopeia homeopática
para impregnação dos glóbulos. Deixar os glóbu- brasileira III propõe a preparação dos pós na pro-
los secar sobre papel de filtro. Devolvê-los ao porção mínima de 10% (v/p, para insumo ativo
frasco e adicionar mais 0,5 mL do insumo ativo líquido, ou p/p, para insumo ativo sólido) e sua
(segunda terça parte). Agitar o frasco alguns mi- secagem em temperatura inferior a 50°C, o Manu-
nutos. Deixar os glóbulos secar sobre papel de al de normas técnicas para farmácia homeopática
filtro. Devolvê-los ao frasco e adicionar, por últi- recomenda a preparação dos pós na proporção de
mo, mais 0,5 mL do insumo ativo (terceira terça 15% e a secagem em temperatura inferior a 40°C.
parte). Agitar o frasco alguns minutos. Deixar os
glóbulos secar. Transferi-los para um frasco de a. Técnica de Obtenção dos Pós
boca larga e rotular.
I. Quando o insumo ativo
Farmácia Homeopática UFPE for líquido:
• Preparar o insumo ativo líquido, na potência
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci- desejada, em etanol a 77% (v/v) (equivalente a
fe – PE. 52740-520
70% (p/p)) ou superior.
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
CRF-PE YYYY • Impregnar a lactose com insumo ativo líquido,
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX na proporção de, no mínimo, 10% (v/p).
• Homogeneizar e deixar e deixar secar em tem-
Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Santos
peratura inferior a 50°C.
Veratrum album 12DH. Glóbulos. Conteúdo: 15 g • Repartir em porções de 300 mg a 500 mg,
Chupar 5 glóbulos 4 vezes ao dia. quando for o caso.
• Acondicionar em papéis em papéis ou em cáp-
Farmacopeia Homeopática Brasileira III
Uso: Interno
sulas.
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13 • Embalar e rotular.
Validade: 2 anos

60
b. EXEMPLO DE RECEITA QUE 3. Homogeneizar.
SOLOCITA PÓS, COM INSU- 4. Repartir em porções de 300 a 500 mg.
MO ATIVO LÍQUIDO: 5. Acondicionar em papéis ou em cápsulas.
Exemplo 1 6. Embalar e rotular
Natrium muriaticum 30CH Pós..............12 cápsu-
las d. EXEMPLO DE RECEITA QUE
Tomar todo o conteúdo de 1 cápsula 2 vezes ao SOLICITA PÓS, COM INSU-
dia, por 6 dias MO ATIVO SÓLIDO:

Preparar o Natrium muriaticum 30CH, em etanol Exemplo 1:


igual ou superior a 70%, pelo método hahneman- Magnesium phosphoricum 3DH Pós ..................
niano dos frascos múltiplos. Pesar 6 g de lactose 30 papéis
(500 mg x 12 cápsulas). Impregnar a lactose com Tomar todo o conteúdo de 1 papel 3 vezes ao dia,
0,6 mL (10%) de Natrium muriaticum 30CH. Mis- por 10 dias.
turar bem e deixar secar. Repartir a lactose im-
pregnada em 12 porções de 500 mg. Adicionar em Preparar o Magnesium phosphoricum 3DH, em
cápsulas gelatinosas nº 0 incolor. Embalar e rotu- lactose, pelo método hahnemanniano da tritura-
lar. ção. Pesar 13,5 g (90%) de lactose e 1,5 g (10%)
Farmácia Homeopática UFPE de Magnesium phosphoricum 3DH trit. (30 papéis
de 500 mgcada um = 15.000 mg = 15 g). Misturar.
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
Repartir em 30 porções de 500 mg cada uma.
fe – PE. 52740-520
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares – Acondicionar em papéis. Rotular cada um dos
CRF-PE YYYY papéis. Embalar em um pote de boca larga ou em
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX outro recipiente adequado e rotulá-lo.
Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Santos Farmácia Homeopática UFPE
Natrium muriaticum 30CH. Conteúdo: 12 cápsulas de 500
mg Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
Tomar todo o conteúdo de uma cápsula 2 vezes ao dia, por 6 fe – PE. 52740-520
dias. Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
CRF-PE YYYY
Farmacopeia Homeopática Brasileira III
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
Uso: Interno
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13 Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Validade: 2 anos Santos
Magnesium phosphoricum 3DH Pós
Conteúdo: 30 papéis de 500 mg
c. Quando o insumo ativo for sóli-
Tomar todo o conteúdo de 1 papel 3 vezes ao dia, por 10
do: dias.

Farmacopeia Homeopática Brasileira III


1. Preparar o insumo ativo por trituração com Uso: Interno
lactose, na potência desejada. Essa dina- Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
mização será igual ou inferior a 3CH ou Validade: 2 anos
6DH, pois se trata de uma forma farmacêu-
tica derivada obtida a partir de insumo ati- e. Quando os insumos ativos forem
vo insolúvel. sólidos e líquidos:
2. Misturar essa trituração com lactose na
proporção de 10% (p/p), ou seja, utilizar Impregnação e Mistura:
10 g do triturado mais 90 g de lactose.
61
• Os insumos ativos devem perfazer 10% (p/p) Enquanto a Farmacopeia homeopática brasi-
da formulação. leira III propõe a preparação dos tabletes na pro-
• Dividir essa proporção pelo número de insu- porção de mínima de 10% (v/p, para insumo ativo
mos ativos da formulação. líquido, ou p/p, para insumo ativo sólido) e sua
• Preparar, separadamente, os insumos ativos secagem numa temperatura inferior a 50°C, o Ma-
sólidos por trituração, na dinamização deseja-
da em quantidades iguais e suficientes para nual de normas técnicas para farmácia homeopá-
compor essa fase. tica recomenda a preparação dos tabletes na pro-
• Misturar e homogeneizar as preparações porção de 15% e a secagem em temperatura infe-
sólidas. rior a 40°C.
• Preparar, separadamente, os insumos ativos a. Técnica de Obtenção dos Tab-
líquidos em etanol 77% (v/v) (equivalente a letes
70% (p/p)) ou superior, na dinamização dese-
jada em quantidades iguais e suficientes para
I. Quando o insumo ativo
compor esta fase.
• Misturar os líquidos em partes iguais e sufici- for líquido, os tabletes se-
entes para compor essa fase. rão preparados por im-
• Pesar a lactose, descontando a fase sólida. pregnação ou moldagem.
• Adicionar a fase líquida à lactose e homoge-
neizar. • Por impregnação
• Em seguida adicionar fase sólida a essa mistu-
ra e homogeneizar. 1. Preparar o insumo ativo líquido na potência
• Repartir em porções de 300 mg a 500 mg,
desejada, em etanol 77% (v/v) (equivalente a
quando for o caso.
79% (p/p)) ou superior.
• A secagem será executada separadamente, em
2. Impregnar os tabletes inertes com o insumo
temperatura não superior a 50 °C.
ativo, na proporção de no mínimo 10% (v/p),
ou seja, utilizar no mínimo 2 mL do insumo
Dispensação dos Pós
ativo para cada 20 g de tabletes. Como os ta-
A dispensação dos pós pode ser realizada
bletes são bastante friáveis, para impregná-los
em papéis ou cápsulas, tomando-se o cuidado de
sugerimos colocá-los sobre uma placa de petri,
liberar, diretamente na boca, o conteúdo de dentro
dispostos lado a lado e, em seguida, distribuir
do papel ou da cápsula ou ainda dissolvido em um
as gotas uniformemente.
pouco d’água antes de ser lavado à boca. Os pós
3. Secar sobre papel de filtro em temperatura
apresentam boa conservação se protegidos da
inferior a 50°C.
umidade, do calor e da luz. Sugerimos o prazo de
4. Transferir os tabletes para um frasco de boca
validade de 2 anos para essa forma farmacêutica
larga, colocar algodão por cima para evitar o
homeopática de uso interno.
choque entre elas e rotular.
7. TABLETES
• Por moldagem
Os tabletes homeopáticos são formas farma-
cêuticas sólidas, cilíndricas, friáveis, com peso 1. Preparar o insumo ativo líquido na potência
entre 75 e 150 mg, obtidos a partir de modagem, desejada, em etanol 77% (v/v) (equivalente a
em tableteiro, da lactose impregnada com o insu- 70% (p/p)) ou superior.
mo ativo, sem a adição de adjuvantes. Eles podem 2. Impregnar a lactose com o insumo ativo líqui-
ser elaborados também a partir da impregnação de do, na proporção de no mínimo 10% (v/p), ou
tabletes inertes. Assim como comprimidos, glóbu- seja, utilizar 10 mL de insumo ativo para casa
los e pós, os tabletes utilizados em homeopatia 100 g de lactose.
não devem ser deglutidos, mas deixados na boca 3. Homogeneizar e secar.
para dissolver lentamente.
62
4. Dar ponto de moldagem (umedecer a lactose) 8. Transferir os tabletes para um frasco de boca
com adição de quantidade suficiente de etanol larga, colocar algodão por cima para evitar o
a 77% (v/v) (equivalente a 70% (p/p)) ou su- choque entre elas e rotular.
perior, de forma que se obtenha uma massa
que, ao ser espremida entre as mãos, receba o a. EXEMPLO DE RECEITA QUE
formato de um pão. Ao ser quebrada ao meio, SOLICITA TABLETES:
essa massa não deve esfarelar-se (ponto de
massa). Exemplo 1:
5. Levar a massa ao tableteiro e moldar os table- Ferrum phosphoricum 3DH. Tabletes
tes com uma espátula de aço inoxidável. 1 frasco
6. Deixar secar por alguns minutos. Não deixar Chupar um tablete em jejum e ao deitar.
secar totalmente.
7. Proceder à extrusão e secar em temperatura Preprarar o Ferrum phosphoricum 3DH de
inferior a 50°C. acordo com o método hahnemanniano da tritura-
8. Transferir os tabletes para um frasco de boca ção. Pesar 1,5 g (10%) de Ferrum phosphoricum
3DH trit. E 13,5 (90%) de lactose (75 tabletes de
larga, colocar algodão por cima para evitar o
200 mg cada um = 15.000 mg = 15 g). Quando a
choque entre elas e rotular.
quantidade ou o conteúdo não vêm especificados
na receita, as farmácias normalmente dispensam
II. Quando o insumo ativo de 15 a 20 g de tabletes. Homogeneizar. Obter o
for sólido (trituração), os ponto de massa com etanol a 70%. Levar ao table-
tabletes serão preparados teiro e moldar com uma espátula de aço inoxidá-
apenas por moldagem. vel. Secar o suficiente e proceder à extrusão dos
tabletes. Secar totalmente em temperatura inferior
1. Preparar o insumo ativo por trituração, na po- a 50°C. Transferir os tabletes para um frasco de
tência desejada. Essa dinamização será igual boca larga, colocar algodão e rotular.
ou inferior a 3CH ou 6DH, pois se trata de
forma farmacêutica derivada obtida a partir de Farmácia Homeopática UFPE
insumo ativo insolúvel.
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
2. Misturar a trituração na proporção de no mí- fe – PE. 52740-520
nimo 10% (p/p) em lactose, ou seja, para cada Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
100 g da mistura pesar no mínimo 10 g do tri- CRF-PE YYYY
turado mais 90 g da lactose. CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX

3. Homogeneizar bem a mistura. Paciente: Maria B. Silva Prescritor:


4. Umedecer a mistura em etanol a 77% (v/v) Mário B. Santos
Ferrum phosphoricum 3DH Tabletes. Conteúdo: 15 g
(equivalente a 70% (p/p)) de forma que se ob- Chupar 1 tablete em jejum e ao deitar.
tenha uma massa que, ao ser espremida entre
as mãos, receba o formato de um pão. Ao ser Farmacopeia Homeopática Brasileira III
Uso: Interno
quebrada ao meio, a massa não deve esfarela- Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
se (ponto de massa). Validade: 2 anos
5. Levar a massa ao tableteiro e moldar os table-
tes com uma espátula de aço inoxidável. b. Dispensação dos Tabletes
6. Deixar secar por alguns minutos. Não deixar Os tabletes geralmente são dispensados em
secar totalmente. frascos de boca larga, bem fechados e protegidos
7. Proceder à extrusão e secar em temperatura da luminosidade, com algodão entre a tampa e os
inferior a 50°C. tabletes, para evitar sua desintegração, pois são
bastante friáveis. Eles devem ser separados na
63
tampa do frasco antes de levados à boca para se- protegida da umidade, do calor e da luz. Sugeri-
rem dissolvidos lentamente. Prestar a atenção mos o prazo de validade de 2 anos para essa forma
farmacêutica homeopática ao paciente, minima- farmacêutica homeopática de uso interno.
mente, conforme as orientações fornecidas no
Capítulo 4. c. EXEMPLO DE PRESCRIÇÃO
Os tabletes apresentam boa conservação se DE DOSE ÚNICA SÓLIDA:
protegidos da umidade, do calor e da luz. Sugeri-
mos o prazo de validade de 2 anos para essa forma Exemplo 1:
farmacêutica homeopática de uso interno. Sulfur 30CH. Glóbulos.
Deixar dissolver na boca todo o conteúdo do fras-
8. DOSE ÚNICA SÓLIDA co, em jejum.

A dose única sólida é uma forma farma-


Preparar o Sulfur na potência 30CH, em etanol
cêutica obtida por meio dos métodos hahnemanni-
igual ou superior a 70%, pelo método hahneman-
ano, korsakoviano e de fluxo contínuo, com quan-
niano. Transferir cinco glóbulos para um flaconete
tidade limitada de medicamento (comprimidos,
glóbulos, tabletes e pós), para ser tomada de uma e acrescentar duas gotas de insumo ativo líquido.
só vez. Agitar o flaconete dois minutos para promover a
absorção do líquido pelos glóbulos. Secá-los sobre
a. Técnica de Obtenção da Dose papel de filtro. Transferir para outro flaconete e
única Sólida rotular.
Farmácia Homeopática UFPE
1. Preparar o insumo ativo de acordo com o mé-
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
todo indicado na receita, na potência desejada, fe – PE. 52740-520
em etanol a 77% (v/v) (equivalente a 70% Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
(p/p)) CRF-PE YYYY
2. Caso não venha especificada na receita a CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX

quantidade a ser tomada, impregnar com duas Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
gotas do insumo ativo os insumos inertes Santos
Sulfur 30CH. Conteúdo: 5 glóbulos
abaixo conforme as quantidades indicadas:
Deixar dissolver na boca todo o conteúdo do frasco, em
jejum.
A Gelsemiun 30 CH .......... 1 comprimido
B Gelsemiun 30 CH .......... 5 glóbulos Farmacopeia Homeopática Brasileira III
Uso: Interno
C Gelsemiun 30 CH .......... 1 papel Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
D Gelsemiun 30 CH .......... 1 tablete Validade: 2 anos
E Gelsemiun 30 CH .......... 1 flaconete ou
1 sachê
9. FORMULAÇÕES SÓLIDAS
3. Secar em temperatura inferior a 50°C.
As formulações sólidas são preparações far-
4. Embalar e rotular.
macêuticas homeopáticas obtidas por meio dos
métodos hahnemanniano, korsakoviano e de fluxo
b. Dispensação da Dose única Sóli- contínuo, que apresentam, numa composição, um
da ou mais insumos ativos.
Enquanto a Farmacopeia homeopática brasi-
O paciente deverá ser orientado a tomar leira III propõe a preparação dos tabletes na pro-
todo o medicamento de uma só vez, em jejum ou porção de no mínimo 10% (v/p, para insumo ativo
ao deitar, conforme a prescrição médica. Prestar a
líquido, ou p/p, para insumo ativo sólido) e sua
atenção farmacêutica homeopática ao paciente. A
secagem numa temperatura inferior a 50°C, o Ma-
dose única sólida apresenta boa conservação se
nual de normas técnicas para farmácia homeopá-
64
tica recomenda a preparação dos tabletes na pro- 2. Preparar os insumos ativos líquidos da formu-
porção de 15% e a secagem em temperatura infe- lação, separadamente, nas potências desejadas,
rior a 40°C. em etanol 77% (v/v) (equivalente a 70% (p/p))
a. Técnica de Obtenção das Formu- ou superior.
lações Sólidas 3. Misturar os insumos ativos em partes iguais e
volume suficiente e homogeneizar.
I. Quando os insumos ativos 4. Pesar os comprimidos inertes e coloca-los em
líquidos, os comprimidos um recipiente adequado, como um frasco de
serão preparados, por boca larga, com tampa.
compressão ou impregna- 5. Impregnar os comprimidos inertes com a mis-
ção (DOIS OU MAIS IN- tura de insumos ativos líquidos agitando o re-
SUMOS ATIVOS LÍ- cipiente por alguns minutos. A proporção en-
QUIDOS). tre a quantidade da mistura de insumos ativos
e o peso dos comprimidos inertes é de no mí-
• Por compressão nimo 10% (v/p), ou seja, utilizar 2 mL da mis-
tura de insumos ativos para cada 20 g de com-
1. Preparar os insumos ativos líquidos da formu- primidos inertes.
lação, separadamente, nas potências desejadas, 6. Secar os comprimidos sobre o papel de filtro
em etanol 77% (v/v) (equivalente a 70% (p/p)) em temperatura inferior a 50ºC.
ou superior. 7. Transferi-los para um frasco de boca larga e
2. Misturar os insumos ativos em partes iguais e rotular.
volume suficiente e homogeneizar.
3. Impregnar a lactose ou mistura de lactose e EXEMPLO DE FORMULAÇÃO SÓLIDA
sacarose com a mistura dos insumos ativos lí- (COMPRIMIDOS) PREPARADA COM INSU-
quidos, na proporção de no mínimo 10% MOS ATIVOS LÍQUIDOS:
(v/p), ou seja, utilizar no mínimo 10 mL da Exemplo 1
mistura de insumos ativos para casa 100 g de Nux vômica 12CH e Arsenicum álbum 6CH:
insumo inerte. ãã...qsp...30 comprimidos
4. Homogeneizar e deixar secar. Deixar dissolver 1 comprimido na boca, de 1/1
5. Levar a compressão direta ou granular previ- hora.
amente, para posterior compressão.
6. Umedecer o insumo inerte impregnado com = Nux vômica 12CH
quantidade suficiente de etanol 77% (v/v) Arsenicum álbum 6CH ãã...qsp...30
(equivalente a 70% (p/p)) ou superior e granu- comprimidos
lar.
7. Tamisar e secar em temperatura inferior a Preparar, separadamente, a Nux vômica 12CH líq,
50°C. e o Arsenicum album 6CH líquido, em etanol
8. Levar à compressão. igual ou superior a 70%, pelo método hahneman-
niano. Em um cálice, medir 1 mL de cada um dos
9. Transferir os comprimidos para um frasco de
medicamentos e misturar bem. Pesar 30 compri-
boca larga e rotular.
midos inertes (200 mg por comprimido x 30 = 6
g). Impregnar os comprimidos inertes com 0,6 mL
• Por impregnação: (10%) da mistura. Secar em temperatura inferior a
50ºC. Colocar os comprimidos em um frasco de
1. Preparar comprimidos inertes por compressão boca larga e rotular.
da lactose ou da mistura de lactose e sacarose.

65
Farmácia Homeopática UFPE Exemplo 1
Graphites 3CH trit. e Stannum metallicum 3CH trit.:
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci- ãã...qsp....30 comprimidos
fe – PE. 52740-520 Deixar dissolver 1 comprimido na boca 4 vezes ao
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
dia.= Graphites 3CH trit.
CRF-PE YYYY
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
Stannum metallicum 3CH trit. ãã...qsp....30
comprimidos
Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Santos Preparar, separadamente, o Graphites 3CH trit.
Nux vômica 12CH e Arsenicum álbum 6CH: ãã...qsp...30
e o Stannum metallicum 3CH trit., em lactose, pelo
comprimidos
método hahnemanniano da trituração. Misturar esses
triturados em partes iguais e em quantidade suficiente
Conteúdo: 30 comprimidos de 200 mg
para preparar os comprimidos (30 comprimidos de 200
Deixar dissolver 1 comprimido na boca, de 1/1 hora
mg = 6 g). Pesar 0,6 g da mistura e acrescentar 5,4 g de
Farmacopeia Homeopática Brasileira III lactose ou mistura de lactose e sacarose. Na realidade,
Uso: Interno os cálculos devem ser efetuados para mais de 6 g, pois
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13 ocorrem perdas durante o processo de preparação dos
Validade: 2 anos comprimidos. Homogeneizar bem. Umedecer a mistu-
ra com quantidade suficiente de etanol a 90% e granu-
lar. Tamisar e secar em temperatura inferior a 50ºC.
II.Quando os insumos ativos forem sóli- Transferir s comprimidos para um frasco de boca larga
e rotular.
dos (trituração), os comprimidos serão
preparados apenas por compressão
(DOIS OU MAIS INSUMOS ATIVOS Farmácia Homeopática UFPE
SÓLIDOS). Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
fe – PE. 52740-520
• Por compressão Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
CRF-PE YYYY
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
1. Preparar os insumos ativos na formulação,
separadamente, por trituração, nas potências Paciente: Maria B. Silva Prescritor:
Mário B. Santos
desejadas.
Graphites 3CH trit. e Stannum metallicum 3CH trit.:
2. Misturar os triturados em partes iguais e em ãã...qsp...30 comprimidos
quantidade suficiente e homogeneizar.
3. Adicionar a mistura de triturados na proporção Conteúdo: 30 comprimidos de 200 mg
de no mínimo 10% (p/p), em lactose ou mistu- Deixar dissolver 1 comprimido na boca 4 vezes ao dia.
ra de lactose com sacarose, ou seja, para cada Farmacopeia Homeopática Brasileira III
100 g a serem obtidos pesar 10 g da mistura de Uso: Interno
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
triturados mais 90 g do insumo inerte.
Validade: 2 anos
4. Homogeneizar bem.
5. Umedecer a mistura com quantidade suficiente
III.Quando os insumos ativos forem sólidos
de etanol 70% ou superior e granular.
(trituração) e líquidos, os comprimidos serão
6. Tamisar e secar em temperatura inferior a
preparados apenas por compressão (DOIS OU
50°C. MAIS INSUMOS ATIVOS, SÓLIDOS E LÍ-
7. Levar à compressão. QUIDOS).
8. Transferir os comprimidos para um frasco de
boca larga e rotular. • Por compressão

EXEMPLO DE FORMULAÇÃO SÓLIDA 1. Preparar os componentes da fase sólida, sepa-


(COMPRIMIDOS) PREPARADA COM IN- radamente, por meio da técnica da trituração,
SUMOS ATIVOS SÓLIDOS: nas potências desejadas.
66
2. Misturar os triturados em partes iguais e em zar. Umedecer a mistura com quantidade sufi-
quantidades e em quantidades suficiente, ou ciente de etanol a 70% ou superior e granular.
nas proporções indicadas pela formulação. Tamisar e secar em temperatura inferior a
3. Homogeneizar. 50°C. Levar à compressão. Transferir os com-
4. Preparar os componentes da fase líquida, sepa- primidos para um frasco de boca larga e rotu-
radamente, em etanol igual ou superior a 70%, lar.
nas potências desejadas.
Calcarea carbonica 3CH trit.
5. Misturar os insumos ativos líquidos em partes
Magnesium phosphoricum 3CH trit.
iguais e volume suficiente e homogeneizar.
ãã.....qsp...5%
6. Misturar 5% (p/p) da fase sólida na lactose ou
mistura de sacarose e lactose. Lycopodium clavatum 12CH
7. Homogeneizar. Phosphorus12CH
8. Acrescentar à mistura acima 5% (v/p) da fase ãã.....qsp...5%
líquida.
9. Deixar secar em temperatura inferior a 50°C. Lactose..... qsp .....50 comprimidos
10. Homogeneizar.
11. Umedecer a mistura com quantidade suficiente Farmácia Homeopática UFPE
de etanol a 70% ou superior e granular.
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
12. Tamisar e secar em temperatura inferior a
fe – PE. 52740-520
50°C. Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
13. Levar à compressão. CRF-PE YYYY
14. Transferir os comprimidos para um frasco de CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
boca larga e rotular. Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Santos
Calcarea carbonica 3CH trit., Magnesium phosphori-
EXEMPLO DE FORMULAÇÃO SÓLIDA
cum 3CH trit., Lycopodium clavatum 12CH e Phospho-
(COMPRIMIDOS), PREPARADA COM IN- rus 12CH: ãã.... .qsp.....50 comprimidos
SUMOS ATIVOS SÓLIDOS E LÍQUIDOS:
Exemplo 1 Conteúdo: 30 comprimidos de 200 mg
Calcarea carbonica 3CH trit. Dissolver 1 comprimido na boca a cada 4 horas.
Magnesium phosphoricum 3CH trit. Farmacopeia Homeopática Brasileira III
Lycopodium clavatum 12CH Uso: Interno
Phosphorus12CH ãã.... Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
qsp .....50 comprimidos Validade: 2 anos

Dissolver 1 comprimido na boca a cada 4 ho- IV.Quando os insumos ativos forem líquidos, os
ras. glóbulos serão preparados por tríplice impreg-
nação.
Preparar os componentes das fases líquida
e sólida conforme as técnicas descritas. Consi- 1. Preparar os insumos ativos líquidos da formu-
derando o peso médio de 200 mg para cada lação, separadamente, nas potências desejadas,
comprimido, teremos um peso total de 10 g em etanol igual ou superior a 70%.
(200 mg x 50 comprimidos = 10.000 mg = 10 2. Misturar os insumos ativos líquidos em partes
g). Pesar 0,5 g (5%) da fase sólida e acrescen- iguais e volume suficiente e homogeneizar.
tar 9,5 g de lactose ou mistura de lactose e sa-
3. Pesar os glóbulos inertes (números 3, 5 ou 7) e
carose. Homogeneizar bem. Incorporar à mis-
coloca-los em m recipiente adequado, com um
tura 0,5 mL (5%) da fase líquida. Deixar secar
em temperatura inferior a 50ºC e homogenei- frasco de boca larga, com tampa.

67
4. Impregna os glóbulos inertes com a mistura de Preparar o Hydrasis canadensis 6CH e o
insumos ativos líquidos, agitando o recipiente Kalium bichromicum 6CH, separadamente,
por alguns minutos, com um terço do volume em etanol a 77% (v/v) (equivalente a 70%
da mistura calculado na proporção de no mí- (p/p)) ou superior. Misturar os dois medica-
nimo 10% em relação ao peso dos glóbulos mentos em partes iguais. Pesar 15 g de glóbu-
(v/p), ou seja, utilizar 1,5 mL da mistura divi- los inertes. Utilizar a técnica da tríplice im-
dido em três partes iguais (0,5 mL) para cada pregnação, adicionando 0,5 mL a cada passa-
gem: 3 x 0,5 mL = 1,5 mL (10% do peso dos
15 g de glóbulos inertes.
glóbulos). Deixar secar em temperatura inferi-
5. Transferir os glóbulos para uma cuba rasa ou
or a 50°C. Embalar em frasco de boca larga e
uma placa de petri e secá-los em temperatura rotular.
inferior a 50°C.
Farmácia Homeopática UFPE
6. Impregnar os glóbulos com mais avanço do
volume de insumo ativo, agitando o recipiente Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
por alguns minutos. fe – PE. 52740-520
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
7. Transferir os glóbulos para uma cuba rasa ou CRF-PE YYYY
uma placa de petri e secá-los em temperatura CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
inferior a 50°C.
Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
8. Impregnar os glóbulos com o último terço do Santos
volume de insumo ativo, agitando o recipiente Hydrasis canadensis 6CH e Kalium bichromicum 6CH:
por alguns minutos. ãã.... qsp.....15g glóbulos
Conteúdo: 15 g
9. Transferir os glóbulos para uma cuba rasa ou Chupar 5 glóbulos de 2 em 2 horas
uma placa de petri e secá-los em temperatura
inferior a 50°C. Farmacopeia Homeopática Brasileira III
Uso: Interno
10. Colocar os glóbulos impregnados em um fras- Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
co de boca larga para dispensação e rotular. Validade: 2 anos

Vale ressaltar que não é possível obter a V.PÓS: Quando DOIS OU MAIS insumos ati-
forma farmacêutica glóbulos a partir de insu- vos forem líquidos, os pós serão preparados
mos ativos sólidos. como explicado a seguir.

Podem-se utilizar outros métodos e técni- 1. Preparar os insumos ativos líquidos da formu-
cas de impregnação de glóbulos inertes para as lação, separadamente, nas potências desejadas,
formulações sólidas preparadas a partir desses
em etanol igual ou superior a 77% (v/v) (equi-
suportes. Porém, esses métodos e técnicas de-
valente a 70% (p/p)).
verão ser validados conforme relatado anteri-
2. Misturar os insumos ativos líquidos em partes
ormente na exposição da obtenção de medi-
camentos sob a forma de glóbulos. iguais e volume suficiente e homogeneizar.
3. Impregnar a lactose com a mistura na propor-
EXEMPLO DE FORMULAÇÃO SÓLIDA ção de no mínimo 10% (v/p).
: 4. Homogeneizar e deixar secar à temperatura
Exemplo 1 inferior a 50°C.
Hydrasis canadensis 6CH e Kalium bichromi- 5. Repartir em porções de 300 a 500 mg e acon-
cum 6CH: ãã.... qsp.... 15 g glob. dicionar em papéis, sachês ou flaconetes.
Chupar 5 glóbulos de 2 em 2 horas. 6. Embalar e rotular.

= Hydrasis canadensis 6CH


Kalium bichromicum 6CH ãã.... EXEMPLO DE FORMULAÇÃO SÓLIDA
qsp.... 15 g glob. (PÓS), PREPARADAS COM INSUMOS ATI-
VOS LÍQUIDOS:
68
Exemplo 1 3. Adicionar a mistura de triturados na proporção
Paeonia 5CH e Hamamelis 5CH: ãã.... qsp....10 de no mínimo10% (p/p), em lactose, ou seja,
papéis para cada 100 g a serem obtidos pesar 10 g da
Tomar todo o conteúdo de 1 papel 2 vezes ao dia. mistura de triturados mais 90 g de lactose.
4. Homogeneizar bem.
= Paeonia 5CH 5. Repartir em porções de 300 a 500 mg.
Hamamelis 5CH ãã.... qsp....10 papéis 6. Acondicionar em papéis, sachês ou flaconetes.
Embalar e rotular.
Preparar a Paeonia 5CH e o Hamamelis
5CH, em etanol igual ou superior a 70%, separa-
EXEMPLO DE FORMULAÇÃO SÓLIDA
damente, conforme o método hahnemanniano dos
(PÓS), PREPARADAS COM INSUMOS ATI-
frascos múltiplos. Misturar os dois medicamentos
VOS SÓLIDOS:
em partes iguais. Pesar 5 g de lactose (500 mg x
10 papéis = 5.000 mg = 5 g). Impregnar a lactose
Ferrum metallicum 3CH trit. e Magnesium phospho-
com 0,5 mL (10%) da mistura. Homogeneizar e
ricum 3CH trit.: ãã....qsp...10 flaconetes
deixar secar em temperatura inferior a 50ºC. Re-
Tomar todo o conteúdo de 1 flaconete, em jejum.
partir a lactose impregnada em 10 porções de 500
mg. Acondicionar em papéis. Colocá-los em um
Preparar o Ferrum metallicum 3CH trit. e o Mag-
pote de boca larga e rotular.
nesium phosphoricum 3CH trit., em lactose, pela
técnica da trituração. Misturar os triturados em
partes iguais e homogeneizar. Pegar 0,5 g (10%)
Farmácia Homeopática UFPE desse preparado e misturar com 4,5 g de lactose.
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci- Homogeneizar. Repartir a mistura final em 10
fe – PE. 52740-520 porções de 500 mg. Acondicionar cada pedaço em
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares – um flaconete. Colocar os flaconetes em um pote
CRF-PE YYYY de boca larga e rotular.
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX

Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B. Farmácia Homeopática UFPE


Santos
Paeonia 5CH e Hamamelis 5CH: ãã.... qsp.... 10 papéis Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
Conteúdo = 10 papéis de 500 mg fe – PE. 52740-520
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
Tomar todo o conteúdo de 1 papel 2 vezes ao dia. CRF-PE YYYY
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
Farmacopeia Homeopática Brasileira III
Uso: Interno Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13 Santos
Validade: 2 anos Ferrum metallicum 3CH trit. e Magnesium phosphoricum
3CH trit: ãã..qsp..10 flaconetes
Conteúdo: 10 flaconetes de 500 mg
VI.PÓS: Quando os insumos ativos forem sóli-
dos (trituração), os pós serão preparados como Tomar todo o conteúdo de 1 flaconete, em jejum.
explicado a seguir:
Farmacopeia Homeopática Brasileira III
1. Preparar os insumos ativos da formulação,
Uso: Interno
separadamente, por trituração, nas potências Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
desejadas. Validade: 2 anos
2. Misturar os triturados em partes iguais e quan-
tidade suficiente ou nas proporções indicadas VII.PÓS: Quando os insumos ativos forem só-
na receita e homogeneizar. lidos (trituração) e líquidos, os pós serão pre-
parados como explicado a seguir:

69
porção em um papel. Colocar os papéis em um
1. Preparar os componentes da fase sólida, sepa- pote de boca larga e rotular.
radamente, nas potências desejadas.
2. Misturar os preparados em partes iguais e Farmácia Homeopática UFPE
quantidade suficiente, ou nas proporções indi-
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
cadas pala formulação. fe – PE. 52740-520
3. Homogeneizar. Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
4. Preparar os componentes da fase líquida, sepa- CRF-PE YYYY
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
radamente, em etanol igual a ou superior a
70%, nas potências desejadas. Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
5. Misturar os insumos ativos líquidos em partes Santos
Graphites 3CH trit., Calcarea carbonica 3CH trit., Bryonia
iguais e volume suficiente e homogeneizar. 12CH e Aconitum 12CH: ãã.... qsp....10 papéis.
6. Misturar 5% (p/p) da fase sólida na lactose.
7. Homogeneizar. Conteúdo: 10 papéis de 500 mg
8. Acrescentar à mistura acima 5% (v/p) da fase Dissolver 1 papel na boca a cada 4 horas.
líquida, Farmacopeia Homeopática Brasileira III
9. Deixar secar em temperatura inferior a 50°C. Uso: Interno
10. Homogeneizar. Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
Validade: 2 anos
11. Repartir em porções de 300 a 500 mg.
12. Acondicionar em papéis, sachês ou flaconetes.
13. Embalar e rotular. VIII.TABLETES. Quando DOIS OU MAIS
insumos ativos forem líquidos, os tabletes serão
EXEMPLO DE FORMULAÇÃO SÓLIDA preparados por impregnação e moldagem.
(PÓS), PREPARADA COM INSUMOS ATI-
VOS SÓLIDOS E LÍQUIDOS. • Por impregnação
Graphites 3CH trit., Calcarea carbonica 3CH trit.,
Bryonia 12CH e Aconitum 12CH: ãã.... qsp....10 1. Preparar os insumos ativos líquidos, separa-
papéis. damente, nas potências desejadas, em etanol
igual ou superior a 77% (v/v) (equivalente a
Dissolver 1 papel na boca a cada 4 horas 70% (p/p)) ou superior.
2. Misturar os insumos ativos líquidos em partes
= Graphites 3CH trit. iguais e volume suficiente.
Calcarea carbonica 3CH trit. 3. Umedecer a lactose em etanol a 70% ou supe-
ãã.........qsp....5% rior de forma que se obtenha uma massa que,
ao ser espremida entre as mãos, essa massa
Bryonia 12CH não deve esfarelar-se (ponto de massa).
Aconitum12CH ãã.........qsp....5% 4. Levar a massa ao tableteiro e moldar os table-
tes inertes com uma espátula de aço inoxidá-
Lactose... qsp....10 papéis de 500 mg.
vel.
5. Deixar secar por alguns minutos. Não deixar
Preparar os componentes das fases líquida
e sólida conforme as técnicas descritas. Conside- secar totalmente.
rando o peso de 500 mg para cada papel, teremos 6. Proceder à extrusão dos tabletes inertes e secá-
um peso total de 5 g. Pesar 0,25 g (5%) da fase los totalmente em temperatura inferior a 50°C.
sólida e acrescentar 4,75 g de lactose. Homoge- 7. Impregnar os tabletes inertes com a mistura de
neizar bem. Incorporar à mistura 0,25 mL (5%) da insumos ativos líquidos na proporção de no
fase líquida. Homogeneizar e deixar secar à tem- mínimo 10% (v/p), ou seja, utilizar 2 mL da
peratura inferior à 50ºC. Repartir a mistura final mistura para cada 20 g de tabletes. Como os
em dez porções de 500 mg. Acondicionar cada tabletes são bastante friáveis, para impregná-
70
los sugerimos colocá-los sobre uma placa de IX.TABLETES. Quando DOIS OU MAIS in-
petri, dispostos lado a lado e em seguida, dis- sumos ativos forem sólidos (trituração), os ta-
tribuir as gotas uniformemente. bletes serão preparados apenas por moldagem.
8. Secar sob papel de filtro em temperatura infe-
rior a 50°C. 1. Preparar os componentes da formulação, sepa-
9. Transferir os tabletes para um frasco de boca radamente, por trituração.
larga, colocar algodão por cima para evitar o 2. Misturar os triturados em partes iguais e em
choque entre eles e rotular. quantidade suficiente ou nas proporções indi-
cadas e homogeneizar.
• Por moldagem 3. Misturar a preparação obtida anteriormente na
proporção de no mínimo 10% (p/p) com lacto-
1. Preparar o insumo ativo líquido na potência se, ou seja, para cada 100 g da mistura pesar
desejada, em etanol igual ou superior a 77% 10 g do triturado mais 90 g da lactose.
(v/v) (equivalente a 70% (p/p)) ou superior. 4. Homogeneizar bem a mistura.
2. Misturar os insumos ativos líquidos ativos em 5. Umedecer a mistura em etanol a 70% ou supe-
partes iguais e volume suficiente. rior de forma que se obtenha uma massa que,
3. Impregnar a lactose com o insumo ativo líqui- ao ser espremida entre as mãos, receba o for-
do, na proporção de no mínimo 10% (v/p), ou mato de um pão. Ao ser quebrada ao meio, a
seja, utilizar 10 mL de insumo ativo para casa massa não deve esfarela-se (ponto de massa).
100 g de lactose. 6. Levar a massa ao tableteiro e moldar os table-
4. Homogeneizar e secar. tes com uma espátula de aço inoxidável.
5. Umedecer a lactose impregnada em etanol a 7. Deixar secar por alguns minutos. Não deixar
70% ou superior de forma que se obtenha secar totalmente.
uma massa que, ao ser espremida entre as 8. Proceder à extrusão e secá-los totalmente em
mãos, receba o formato de um pão. Ao ser temperatura inferior a 50°C.
quebrada ao meio, essa massa não deve esfare- 9. Transferir os tabletes para um frasco de boca
lar-se (ponto de massa). larga, colocar algodão por cima para evitar o
6. Levar a massa ao tableteiro e moldar os table- choque entre elas e rotular.
tes com uma espátula de aço inoxidável.
7. Deixar secar por alguns minutos. Não deixar EXEMPLO DE FORMULAÇÃO SÓLIDA
secar totalmente. (TABLETES), PREPARADA COM INSUMOS
8. Proceder à extrusão e secar em temperatura ATIVOS SÓLIDOS:
inferior a 50°C.
Calcarea phosphorica 3DH trit., Calcarea carboni-
9. Transferir os tabletes para um frasco de boca
ca 3 DH trit. e Baryta carbonica 3DH trit.: ãã....
larga, colocar algodão por cima para evitar o
qsp....50 tabletes
choque entre elas e rotular. Chupar 1 tablete em jejum e ao deitar.

EXEMPLO DE FORMULAÇÃO SÓLIDA (TA- = Calcarea phosphorica 3DH trit.


BLETES), PREPARADA COM INSUMOS Calcarea carbonica 3 DH trit.
ATIVOS LÍQUIDOS: Baryta carbonica 3DH trit. ãã....
qsp....50 tabletes
Apis mellifica 6 CH ãã...........qsp 30g tabl.
Ledum palustre 6 CH Preparar a Calcarea phosphorica 3DH trit.,
a Calcarea carbonica 3 DH trit. e a Baryta carbo-
nica 3DH de acordo com o método hahnemannia-
no da trituração, Misturar os triturados em partes
71
iguais. Considerando o peso de 200 mg para cada 8. Acrescentar à mistura acima 5% (v/p) da fase
tablete, teremos: 200 mg x 50 tabletes = 10g. Pe- líquida.
sar 1 g (10%) da mistura de triturados e 9 g (90%) 9. Deixar secar em temperatura inferior a 50°C.
de lactose. Homogeneizar. Dar o ponto de massa 10. Homogeneizar.
com etanol a 70% ou superior. Levar ao tabuleiro 11. Umedecer a mistura em etanol a 70% ou supe-
e moldar com uma espátula de aço inoxidável. rior de forma que se obtenha uma massa que,
Secar o suficiente e proceder à extrusão dos table- ao ser espremida entre as mãos, receba o for-
tes. Secar em temperatura inferior a 50ºC. Trans-
mato de um pão. Ao ser quebrada ao meio, a
ferir os tabletes para um frasco de boca larga, co-
massa não deve esfarela-se (ponto de massa).
locar algodão e rotular.
12. Levar a massa ao tableteiro e moldar os table-
tes inertes com uma espátula de aço inoxidá-
Farmácia Homeopática UFPE
vel.
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci- 13. Deixar secar por alguns minutos. Não deixar
fe – PE. 52740-520 secar totalmente.
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
CRF-PE YYYY
14. Proceder à extrusão dos tabletes e secá-los
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX totalmente em temperatura inferior a 50°C.
15. Transferir os tabletes para um frasco de boca
Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Santos larga, colocar algodão por cima para evitar o
Calcarea phosphorica 3DH trit., Calcarea carbonica 3 DH choque entre eles e rotular.
trit. e Baryta carbonica 3DH trit.: ãã.... qsp....50 tabletes EXEMPLO DE FORMULAÇÃO SÓLIDA
Conteúdo: 50 tabletes de 200 mg
(TABLETES), PREPARADA COM INSUMOS
Chupar 1 tablete em jejum e ao deitar.
ATIVOS SÓLIDOS E LIQUIDOS:
Farmacopeia Homeopática Brasileira III
Uso: Interno Baryta carbônica 3CH trit., Calcarea phosphorica
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
Validade: 2 anos
3CH trit., China officinalis 5CH e Eupatorium
5CH.: ãã.... qsp...... 30 tabletes

X.TABLETES. Quando DOIS OU MAIS in- Baryta carbônica 3CH trit. ããqsp30 tbl
sumos ativos forem sólidos (trituração) e líqui- Calcarea phosphorica 3CH trit
dos, os tabletes serão preparados como explica- China officinalis 5CH
do a seguir. Eupatorium 5CH

1. Preparar os componentes da fase sólida, sepa-


radamente, por trituração, nas potências dese- Baryta carbônica 3CH trit. ãã......5%
jadas. Calcarea phosphorica 3CH trit
2. Misturar os triturados em partes iguais e em
quantidades e em quantidades suficiente, ou China officinalis 5CH ãã.......5%
nas proporções indicadas pela formulação. Eupatorium 5CH
3. Homogeneizar.
4. Preparar os componentes da fase líquida, sepa- Lactose..................qsp.........30 tabl.
radamente, em etanol igual ou superior a 70%,
nas potências desejadas. Preparar os componentes das fases líquidas
5. Misturar os insumos ativos líquidos em partes e sólidas conforme as técnicas descritas. Conside-
iguais e volume suficiente e homogeneizar. rando o peso de 200 mg para cada tablete, tere-
mos: 200 mg x 30 tabletes = 6 g. Pesar 0,3 g (5%)
6. Misturar 5% (p/p) da fase sólida na lactose ou
da fase sólida e acrescentar 5,7 g de lactose. Ho-
mistura de sacarose e lactose.
mogeneizar. Incorporar à mistura 0,3 mL (5%) da
7. Homogeneizar.
fase líquida e deixar secar em temperatura inferior
a 50°C. Proceder conforme a técnica geral de
72
moldagem. Transferir os tabletes para um frasco Eupatorium perfoliatum 30 CH ãã...... qsp.....
de boca larga e rotular. 1 tablete

Farmácia Homeopática UFPE XII. DOSE ÚNICA. Quando DOIS OU MAIS


insumos ativos forem sólidos, serão preparados
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci- como explicado a seguir.
fe – PE. 52740-520
• Preparar por trituração, separadamente, os insu-
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
CRF-PE YYYY mos ativos constantes da formulação, nas po-
CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX tências desejadas.
• Misturar essas preparações em partes iguais e
Paciente: Maria B. Silva Prescritor:
Mário B. Santos suficientes e homogeneizar.
Baryta carbônica 3CH trit., Calcarea phosphorica 3CH trit., • Misturar essa preparação na proporção de, no
China officinalis 5CH e Eupatorium 5CH.: ãã.... qsp...... 30 mínimo, 10% (p/p) com lactose.
tabletes
Conteúdo: 30 tabletes de 200 mg
Exemplos.
Dissolver 1 tablete na boca a cada 4 horas.
a) Calcarea carbonica 3 CH trit. ãã.qsp..1c
Farmacopeia Homeopática Brasileira III Ferrum metallicum 3 CH trit.
Uso: Interno
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13 Procedimento: preparar por impregnação confor-
Validade: 2 anos me descrito em Comprimidos.

XI.DOSE ÚNICA. Quando DOIS OU MAIS b) Calcarea carbonica 3 CH trit. ãã..... qsp.....
1 papel, 1 sachê ou 1 flaconete
insumos ativos forem líquidos, serão prepara-
Ferrum metallicum 3 CH trit.
dos como explicado a seguir.
Procedimento: conforme descrito em Pós.
• Preparar, separadamente, os insumos ativos
constantes da formulação, nas potências deseja- c) Calcarea carbonica 3 CH trit. ãã.qsp..1tab
das, em etanol a 77% (v/v) (equivalente a 70% Ferrum metallicum 3 CH trit.
(p/p)) ou superior.
• Misturar essas preparações em partes iguais e Procedimento: conforme descrito em Tabletes.
suficientes e homogeneizar.
• Impregnar com duas gotas da mistura assim pre- Dispensação das Formulações Sólidas
parada e deixar secar à temperatura não superior a Na dispensação das formulações sólidas os
50 °C. cuidados a serem tomados e os prazos de validade
são os mesmo recomendados para as formas far-
Exemplos. macêuticas sólidas correspondentes (comprimidos,
A Gelsemium 30 CH glóbulos, pós e tabletes).
Eupatorium perfoliatum 30 CH
ãã...... qsp..... 1 comprimi- do Glossário

B Gelsemium 30 CH Extrusão. Ato de empurrar para fora. Retirada


Eupatorium perfoliatum 30 CH dos tabletes da fôrma, após pressão na placa com
ãã......qsp..... 5 glóbulos furos sobre a placa com pinos.

C Gelsemium 30 CH Friável. Suscetível de se esfarelar e reduzir a pó.


Eupatorium perfoliatum 30 CH ãã...... qsp..... 1
papel, 1 sachê ou 1 flaconete Tableteiro. Fôrma para moldagem de tabletes. O
tableteiro é composto de três peças: as placas-
D Gelsemium 30 CH
73
base, com furos (placa fêmea) e com pinos (placa
macho). Pulsatilla nigricans 30CH D.U. Líquida

GOTAS
Exercício 4:

Belladona é uma planta tradicionalmente utilizada


na Europa e no mundo todo por suas propriedades
medicinais. Em homeopatia ela também é utiliza-
da tendo sua patogenesia descrita e fazendo parte
dos medicamentos dos primeiros socorros. Uma
cliente chega à farmácia com uma receita médica
de Belladona 6CH gotas. Verificando no estoque
Referências Bibliográficas vemos que a farmácia possui Tintura mãe de bela-
dona e no rótulo podemos ler: Tintura mãe de Bel-
• Farmácia homeopática: teoria e prática. ladona (Atropa belladona), grau alcoólico 60%,
tóxico, validade: 2 anos.
Olney Leite Fontes. 4a. Edição. Editora
MANOLE, 2001. ISBN 8520434770, a) Prepare 20mL do medicamento prescrito.
9788520434772, 389 páginas. b) É possível dispensar Belladona 1CH go-
tas? Por quê?
• Farmacopeia Homeopática Brasileira. 3ª
edição, 2011. Exercício 5:

O Bicromato de potássio é a fonte do medicamen-


Lista de exercício – formas farmaceuti- to homeopático Kali bichromicum, sendo que se
cas de uso interno trata de um mineral solúvel em água. Descreva a
preparação de Kali bi 4 CH gotas a partir da
TM 60%. Dispensar 10 mL.
FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUI-
DAS FORMULAÇÕES LÍQUIDAS COM MAIS DE
Dose Única Líquida (DUL) UM INSUMO ATIVO

Ponto de partida: Matriz na potência desejada.


Exercício 6:
Insumo inerte: água purificada ou etanol até 5%
(v/v). Belladona 6 CH ãã .......... 30 mL
Phytolacca dec. 6 CH
Técnica: Diluir o ponto de partida no insumo iner-
te na proporção desejada.
Exercício 1: Exercício 7:

Lycopodium clavatum 30 CH .... XX/30 Belladona 6 CH ãã ..... qsp ..... 30 mL


Tomar todo o conteúdo do frasco em jejum Phytolacca dec. 6 CH
Exercício 2:
Exercício 8:
Natrium sulfuricum 200FC..... X/V/20
Tomar todo o conteúdo do frasco à noite, ao dei- Belladona 6 CH .........................................1%
tar. Phytolacca dec. 6 CH ................................2%
Etanol a 30% (v/v) ...... qsp ...................... 30 mL
Exercício 3:
74
FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLI-
DAS Exercício 13:

COMPRIMIDOS Pulsatila 6 CH ---------80 tabletes

Quando insumo ativo for sólido: Chupar 1 tablete 2 vezes.

Compressão
DOSE ÚNICA SÓLIDA (DUS)
Preparar o insumo ativo, por trituração, na potência
desejada. Ponto de partida. Insumo ativo na potência deseja-
• Misturar essa preparação, na proporção de no da.
mínimo 10% (p/p), em lactose com ou sem adição
de adjuvantes. Técnica. Impregnar a forma sólida com duas gotas
do insumo ativo ou de acordo com a prescrição.
• Levar à compressão direta ou com granulação
prévia. Dispensação. Quando não indicado na prescrição,
• Para granular, quando necessário, umedecer com dispensar:
quantidade suficiente de solução alcoólica. - comprimidos: um (1) comprimido;
- glóbulos: cinco (5) glóbulos;
Exercício 9: - pó: 300 a 500 mg de lactose;
- tablete: um (1) tablete.
Calcarea carbonica 3 CH trit..................1 frasco
Insumo ativo líquido
Chupar 1 comprimido 4 vezes ao dia
Exercício 14:
GLÓBULOS Sulfur 30CH. ---------------------------Glóbulos.
Deixar dissolver na boca todo o conteúdo do fras-
Exercício 10:
co, em jejum.
Veratrum album 12DH.............1frasco
Chupar 5 glóbulos 4 vezes ao dia FORMULAÇÕES SÓLIDAS
COMPRIMIDO (insumo ativo líquido e sólido)
PÓS
Exercício 11: Exercício 15:
Natrium muriaticum 30CH Pós.............16 cápsu- Calcarea carbonica 3CH trit.
las Magnesium phosphoricum 3CH trit.
Tomar todo o conteúdo de 1 cápsula 2 vezes ao
dia, por 8 dias Lycopodium clavatum 12CH
Phosphorus12CH
ãã.....qsp .....50 comprimidos
Exercício 12:
Magnesium phosphoricum 3DH Pós .................. Técnica – compressão
30 papéis
GLÓBULOS – insumo ativo líquido
Tomar todo o conteúdo de 1 papel 3 vezes ao dia,
por 10 dias. Exercício 16:
Hydrasis canadensis 6CH ãã.qsp.15g glob
TABLETES Kalium bichromicum 6CH
Por moldagem (ativo líquido)
Chupar 5 glóbulos de 2 em 2 horas.
75
bases emulsionáveis) na proporção de 10%
Técnica – tríplice impregnação (p/v) ou (v/v), garantindo uma dispersão
uniforme.
CAPITULO 8 • Proceder segundo a arte.
Formas Farmacêuticas de Uso Externo
Introdução Observação: no caso de sistemas bifásicos a ho-
mogeneização dever ser conseguida por meio de
Segundo a Farmacopeia Homeopática Bra- agitação suave.
sileira III, as formas farmacêuticas homeopáticas
de uso externo correspondem à incorporação de Exemplo:
formas farmacêuticas derivadas, a partir de 1CH e Arnica 1CH............................... 10 mL
3DH, em insumos inertes adequados. Essas for- Óleo de amendoim.... qsp.... 100 mL
mas farmacêuticas estão reunidas em 3 grandes
grupos: formas líquidas, sólidas e semi-sólidas Friccionar o local afetado 3 vezes ao dia.
(plásticas).
Farmácia Homeopática UFPE
Há ainda outras formas farmacêuticas de
uso externo citadas nas farmacopeias estrangeiras, Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
no Manual de normas técnicas para farmácia ho- fe – PE. 52740-520
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
meopática da ABFH e em diferentes compêndios CRF-PE YYYY
homeopáticos. Consideramos formas farmacêuti- CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
cas de uso homeopático as preparações de uso
externo que correspondem à incorporação, em Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Santos
insumos inertes adequados, de insumos ativos Arnica 1CH............................... 10 mL
empregados na elaboração de medicamentos ho- Óleo de amendoim.... qsp.... 100 mL
meopáticos, como a TM e as baixas dinamizações, Friccionar o local afetado 3 vezes ao dia. (agitar antes de
uma vez que essas formas são normalmente solici- usar)
tadas pelo receituário homeopático. Farmacopeia Homeopática Brasileira III Conteúdo:
100 mL Uso: Externo
Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
1. FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS Validade: 2 anos

Linimentos, preparações nasais, preparações of- Dispensação dos Linimentos:


tálmicas, preparações otológicas Os linimentos devem ser dispensados
acondicionados em frascos de vidro com tampa e
a. LINIMENTOS batoque. A validade deve ser determinada caso a
caso.
Definição: Linimentos são formas farmacêuticas
de uso externo, que apresentam em sua composi- b. PREPARAÇÕES NASAIS
ção insumos ativos veiculados por óleos, podendo
ser incorporadas em soluções hidroalcoólicas ou São preparações destinadas à aplicação na mu-
bases emulsionáveis de baixa viscosidade, desti- cosa nasal sendo apresentadas sob formas líquidas
nados a serem aplicados sobre a pele com fric- ou semi-sólidas. Apresentam em sua composição
ções. insumos ativos veiculados em água purificada,
solução de cloreto de sódio 0,9% (p/v), soluções
Técnica de Obtenção dos Linimentos: hidroglicerinadas e bases para preparações semis-
• Preparar a potência solicitada. Não usar sólidas.destinadas a serem aplicadas na mucosa
tinturas-mães ou baixas potências com nasal, sob a forma de gotas ou nebulização.
fármacos tóxicos ou que irritem a pele ou Vale ressaltar que algumas pomadas e géis
as mucosas. também podem ser utilizados também podem ser
• Quando for mais de um insumo ativo, mis- utilizados como preparações nasais. Todavia, não
turá-los em partes iguais e homogeneizar. aconselhamos o uso desses veículos, pois eles
• Acrescentar o insumo ativo no insumo afetam a motilidade ciliar. Veículos oleosos po-
inerte (óleos, soluções hidroalcoólicas ou dem acidentalmente causar pneumonia lipoide e,
76
por esse motivo, devem ser evitados nas prepara- Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
ções nasais. Soluções hidroalcoólicas causam res- CRF-PE YYYY
secamento de membranas e devem ser empregadas CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
sob constante acompanhamento médico. Paciente: Maria B. Silva Prescritor: Mário B.
Os requisitos mínimos exigidos para essa for- Santos
ma farmacêutica são osmolaridade e pH compatí- Calendula 1CH.............0,2 mL
veis, viscosidade comparada à do muco nasal, Carboximetilcelulose sódica ..........0,066 g
limpidez e esterilidade. Fosfato monossódico ...................0,144 g
Fosfato dissódico ........................ 0,019 g
Cloreto de banzalcônio ............... 1:500
Técnica de Obtenção das Preparações Nasais: Cloreto de sódio ......................... 0,132 g
• Preparar a potência solicitada. Não usar Água destilada ............qsp........... 20 mL
tintura-mães ou baixas potências que con- Pingar duas gotas em cada narina 3 vezes ao dia.
tenham fármacos tóxicos ou irritantes para
a mucosa nasal. Farmacopeia Homeopática Brasileira III Conteúdo:
• Quando for mais de um insumo ativo, mis- 20 mL Uso: Externo
turá-los em partes iguais e homogeneizar. Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
Validade: 7 dias
• Dissolver o insumo ativo no insumo inerte
(água purificada, solução de cloreto de
sódio 0,9% (p/v), soluções hidroglicerina- Dispensação das Preparações Nasais:
das e bases para preparações semissólidas) Habitualmente as preparações nasais líqui-
na proporção de 1% a 5% (p/v) ou (v/v). das são acondicionadas em dois tipos de recipien-
Essa preparação deverá seguir os requisi- te: em frascos de vidro ou plástico, de pequena
tos de pH e osmolaridade citados na litera- capacidade, munidos de conta-gotas, ou em fras-
tura específica, sendo indicados, nesses ca- cos nebulizadores. As soluções nasais devem pos-
sos, tampões à base de sais fosfatos e clo- suir devem possuir estabilidade que se mantenha
reto de sódio como isotonizante. A limpi- por longo tempo, sendo desejável que sejam esté-
dez pode ser obtida por filtração através do reis. Portanto, recomendamos que elas sejam ad-
papel de filtro. A esterilização deve ser fei- quiridas da indústria farmacêutica homeopática,
ta por filtração por meio de membranas pois esses estabelecimentos apresentam infra-
com porosidade 0,22 µm. A esterilização estrutura e recursos para a manufatura de soluções
por calos deve ser evitada. A esterilidade estéreis. Todavia, as preparações nasais podem ser
deve ser mantida com o uso de conservan- preparadas nas farmácias homeopáticas, de modo
tes microbiológicos. Não devem ser utili- que atendam ao receituário magistral. Nesse caso,
zadas substâncias ou concentrações que todas as precauções para manter a qualidade do
modifiquem o movimento ciliar normal. produto devem ser tomadas. A validade deve ser
• Proceder segundo a arte. determinada caso a caso.

Exemplo: c. PREPARAÇÕES OFTÁLMICAS


Calendula 1CH...............................0,2 mL São preparações destinadas à aplicação na mu-
Carboximetilcelulose sódica ..........0,066 g cosa ocular sendo apresentadas sob formas
Fosfato monossódico ...................0,144 g líquidas ou semissólidas. Apresentam em sua
Fosfato dissódico ........................ 0,019 g composição insumos ativos veiculados adequada-
Cloreto de banzalcônio ............... 1:500 mente (solução de cloreto de sódio 0,9% (p/v),
Cloreto de sódio ......................... 0,132 g água purificada, derivados de celulose e bases
Água destilada ............qsp........... 20 mL para preparações semissólidas) para instilação no
olho.
Pingar duas gotas em cada narina 3 vezes ao dia. Vale ressaltar que algumas pomadas e disposi-
tivos intra-oculares também podem ser utilizados
como preparações oftálmicas. As soluções oftál-
Farmácia Homeopática UFPE
micas devem ser preparadas observando-se rigo-
Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci- rorsos padrões de qualidade; ao contrário, poderão
fe – PE. 52740-520 proporcionar sérios problemas à saúde ocular. Por

77
isso, aconselhamos que essas preparações sejam Água destilada.........qsp.........10 mL
adquiridas da indústria farmacêutica homeopática,
que possui recursos adequados para sua produção. Pingar 2 gotas em cada olho 4 vezes ao dia.
Todavia, se preparada na farmácia, impõe-se que a
solução oftálmica seja manipulada com cuidado Farmácia Homeopática UFPE
máximo. Para tanto, dentre outras coisas, a farmá-
cia homeopática deverá observar as condições de Av. Professor Arthur de Sá, s/n, Cidade Universitária, Reci-
instalação e a manutenção do local destinado à fe – PE. 52740-520
Farmacêutica Responsável: Dra. Monica Felts R Soares –
manipulação de produtos estéreis. CRF-PE YYYY
Essas soluções devem cumprir os seguintes CNPJ 0123456 – Licença n° XXXX
requisitos: precisão na composição, isotonicidade,
pH compatível, limpidez e esterilidade. Embora a Paciente: Maria B. Silva Prescritor:
Mário B. Santos
tolerância para a osmolaridade da solução seja Belladonna 3DH ................. 0,1 mL
equivalente à faixa de 0,7 a 1,4 g% de NaCl, não NaCl.................................. 0,064 g
há razões para manter a essa preparação hipotôni- Fosfato monossódico ........0,016 g
ca ou hipertônica. A esterilidade deve ser mantida Fosfato dissódico...............0,076 g
com o uso de conservantes microbiológicos. Cloreto de benzalcônio ...... 1:500
Água destilada.........qsp.........10 mL
Pingar 2 gotas em cada olho 4 vezes ao dia.
Técnicas de Obtenção das Preparações Oftál-
micas:
Farmacopeia Homeopática Brasileira III Conteúdo:
• Preparar a potência solicitada. Não usar 20 mL Uso: Externo
tintura-mães ou baixas potências que con- Lote G0899 Data da Manipulação: 26.06.13
tenham fármacos tóxicos ou irritantes para Validade: 7 dias
a mucosa ocular.
• Quando for mais de um insumo ativo, mis- Dispensação das Preparações Oftálmicas:
turá-los em partes iguais e homogeneizar. Normalmente as preparações oftálmicas lí-
• Dissolver o insumo ativo no veículo (in- quidas são acondicionadas em frascos de vidro de
sumo inerte) na proporção de 0,5% a 1% elevada resistência hidrolítica ou em frascos plás-
(p/v) ou (v/v). Essa preparação deverá se- ticos de polietileno de alta densidade, polipropile-
guir os requisitos de pH, osmolaridade, no e policarbonato munidos de dispositivos conta-
limpidez, esterilidade e presença de con- gotas. A validade deve ser determinada caso a
servantes. Os tampões fosfato são mais in- caso.
dicados para manutenção do pH. O cloreto
de sódio é indicado como isotonizante. O d. PREPARAÇÕES OTOLÓGICAS
cloreto de benzalcônio (1:5.555) é o con-
servante microbiológico sugerido para Definição: São preparações destinadas à aplicação
manter a esterilidade. A limpidez pode ser na cavidade auricular, apresentadas sob formas
obtida por filtração através do papel de fil- líquidas ou semissólidas.
tro. A esterilização deve ser feita, prefe-
rencialmente, por filtração por meio de Insumo inerte. Soluções alcoólicas, água purifi-
membranas com porosidade 0,22 µm. A cada, óleos, solução de cloreto de sódio a 0,9%
esterilização por calor deve ser evitada. Na (p/v), soluções hidroglicerinadas e bases para pre-
esterilização das preparações oftálmicas parações semissólidas.
homeopáticas não serão permitidos os se-
guintes métodos: calor úmido, calor seco, Técnica:
radiação ionizante e por gás esterilizante. • Preparar o insumo ativo na potência dese-
• Proceder segundo a arte. jada e incorporá-lo ao insumo inerte na
proporção de 10% (p/v) ou (v/v).
Exemplo: • Quando for mais de um insumo ativo, pre-
Belladonna 3DH ................. 0,1 mL pará-los, separadamente, nas potências de-
NaCl.................................. 0,064 g sejadas. Misturá-los em partes iguais e
Fosfato monossódico ........0,016 g homogeneizar. Incorporar esta preparação
Fosfato dissódico...............0,076 g ao insumo inerte na proporção de 10%
Cloreto de benzalcônio ...... 1:500
78
(p/v) ou (v/v). É facultado o uso de con- Técnica:
servantes. • Preparar, por trituração, o insumo ativo na
2. FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS potência desejada e incorporá-lo ao insu-
mo inerte na proporção de 10% (p/p).
Apósitos medicinais, pós medicinais, supositórios • Quando for mais de um insumo ativo, pre-
retais, supositórios vaginais pará-los separadamente, misturá-los em
partes iguais e homogeneizar.
• Adicionar os insumos ativos na proporção
a. APÓSITOS MEDICINAIS de 10% (p/p) ao insumo inerte e homoge-
neizar.
Definição: São substratos adequados umedecidos III. Com insumos ativos líquidos e
com insumo(s) ativo(s) na potência desejada. sólidos:
Técnica.
Substratos: Algodão esterilizado ou gaze esterili- • Os insumos ativos da fase sólida serão
zada. preparados por trituração, separadamente,
nas potências desejadas.
Técnica: • Misturar os insumos ativos da fase sólida,
• Preparar o medicamento contendo um ou em partes iguais e suficientes, nas pro-
mais insumos ativos, nas potências deseja- porções da formulação e homogeneizar pa-
das. ra comporem essa fase.
• Umedecer o substrato com quantidade su- • Os insumos ativos da fase líquida serão
ficiente de medicamento. preparados separadamente, nas potências
• Caso seja necessária a secagem do produ- desejadas.
to, esta deverá ser realizada em estufa com • Misturar os insumos ativos da fase líquida,
temperatura não superior a 50 °C. em partes iguais e suficientes, nas pro-
porções da formulação e homogeneizar pa-
ra comporem esta fase.
b. PÓS MEDICINAIS (TALCOS MEDICINAIS) • A soma dos insumos ativos deve corres-
ponder a 10% do produto final.
Definição: São preparações resultantes da incor- • Calcular o peso total de insumo inerte a ser
poração de insumo ativo na potência desejada, ao adicionado (peso total da formulação, me-
insumo inerte adequadamente pulverizado. nos o peso total dos insumos ativos
sólidos). Incorporar a fase líquida ao in-
Insumo inerte: Amidos, carbonatos, estearatos, sumo inerte e homogeneizar. Em seguida,
óxidos, silicatos e outros. incorporar a fase sólida e homogeneizar.
• Secar à temperatura não superior a 50 °C.
I. Com um ou mais insumos ativos
líquidos:
Técnica: c. SUPOSITÓRIOS
• Preparar o insumo ativo na potência dese-
jada e incorporá-lo ao insumo inerte na I. Supositórios retais
proporção de 10% (v/p).
• Quando for mais de um insumo ativo, pre- Definição: São preparações farmacêuticas com
pará-los, separadamente, misturá-los em formato adequado para administração retal.
partes iguais e homogeneizar.
• Impregnar o insumo ativo, na proporção de Insumo inerte: Manteiga de cacau, polióis e ou-
10% (v/p) ao insumo inerte, homogeneizar tras bases para supositórios.
e secar à temperatura não superior a 50 °C.
1. Com um ou mais insumos ativos líquidos:
II. Com um ou mais insumos ativos Técnica:
sólidos:

79
• Preparar o insumo ativo na potência dese- Insumo inerte: Gelatina glicerinada, manteiga de
jada e incorporá-lo ao insumo inerte na cacau, polióis e outras bases para supositórios.
proporção de no mínimo 5% (v/p).
• Quando for mais de um insumo ativo, pre-
pará-los separadamente, misturá-los em 1. Com um ou mais insumo ativo líquido:
partes iguais e homogeneizar. Técnica.
• Incorporar, em temperatura não superior a • Preparar o insumo ativo na potência dese-
50 °C, o insumo ativo ao insumo inerte jada e incorporá-lo ao insumo inerte na
fundido, na proporção de no mínimo 5% proporção de no mínimo 5% (v/p).
(v/p) e moldar adequadamente. • Quando for mais de um insumo ativo, pre-
pará-los separadamente, misturá-los em
2. Com um ou mais insumos ativos sólidos: partes iguais e homogeneizar.
Técnica. • Incorporar, em temperatura não superior a
• Preparar, por trituração, o insumo ativo na 50 °C, o insumo ativo ao insumo inerte
potência desejada e incorporá-lo ao insu- fundido, na proporção de no mínimo 5%
mo inerte na proporção de no mínimo 5% (v/p) e moldar adequadamente.
(p/p).
• Quando for mais de um insumo ativo, pre- 2. Com um ou mais insumos ativos sólidos:
pará-los separadamente, misturá-los em Técnica.
partes iguais e homogeneizar. • Os insumos ativos da fase sólida serão
• Incorporar, em temperatura não superior a preparados por trituração, separadamente,
50 °C, o insumo ativo ao insumo inerte nas potências desejadas.
fundido, na proporção de no mínimo 5% • Misturar os insumos ativos da fase sólida,
(p/p) e moldar adequadamente. em partes iguais e suficientes, nas pro-
porções da formulação e homogeneizar pa-
3. Com insumos ativos líquidos e sólidos: ra comporem essa fase.
Técnica: • Os insumos ativos da fase líquida serão
• Os insumos ativos da fase sólida serão preparados separadamente, nas potências
preparados por trituração, separadamente, desejadas.
nas potências desejadas. • Misturar os insumos ativos da fase líquida,
• Misturar os insumos ativos da fase sólida, em partes iguais e suficientes, nas pro-
em partes iguais e suficientes, nas pro- porções da formulação e homogeneizar pa-
porções da formulação e homogeneizar pa- ra comporem essa fase.
ra comporem essa fase. • A soma dos insumos ativos deve corres-
• Os insumos ativos da fase líquida serão ponder a no mínimo 5% do produto final.
preparados separadamente, nas potências • Incorporar, em temperatura não superior a
desejadas. 50 °C, os insumos ativos ao insumo inerte
• Misturar os insumos ativos da fase líquida, fundido, na proporção de no mínimo 5%
em partes iguais e suficientes, nas pro- (p/p) e moldar adequadamente.
porções da formulação e homogeneizar pa-
ra comporem essa fase. 3. Com insumos ativos líquidos e sólidos:
• A soma dos insumos ativos deve corres- Técnica.
ponder a no mínimo 5% do produto final. • Os insumos ativos da fase sólida serão
• Incorporar, em temperatura não superior a preparados por trituração, separadamente,
50 °C, os insumos ativos ao insumo inerte nas potências desejadas.
fundido, na proporção de no mínimo 5% • Misturar os insumos ativos da fase sólida,
(p/p) e moldar adequadamente. em partes iguais e suficientes, nas pro-
porções da formulação e homogeneizar pa-
II. Supositórios Vaginais (Óvulos) ra comporem essa fase.
• Os insumos ativos da fase líquida serão
Definição: São preparações farmacêuticas com preparados separadamente, nas potências
formato adequado para administração vaginal. desejadas.
• Misturar os insumos ativos da fase líquida,
em partes iguais e suficientes, nas pro-
80
porções da formulação e homogeneizar pa- • Misturar os insumos ativos da fase sólida,
ra comporem essa fase. em partes iguais e suficientes, nas pro-
• A soma dos insumos ativos deve corres- porções da formulação e homogeneizar pa-
ponder a no mínimo 5% do produto final. ra comporem essa fase.
• Incorporar, em temperatura não superior a • Os insumos ativos da fase líquida serão
50 °C, os insumos ativos ao insumo inerte preparados separadamente, nas potências
fundido, na proporção de no mínimo 5% desejadas.
(p/p) e moldar adequadamente. • Misturar os insumos ativos da fase líquida,
em partes iguais e suficientes, nas pro-
4. FORMAS FARMACÊUTICAS SEMI- porções da formulação e homogeneizar pa-
SÓLIDAS (Plásticas) ra comporem essa fase.
• A soma dos insumos ativos deve corres-
Cremes, géis, géis-cremes e pomadas ponder a 10% do produto final.
• Em temperatura não superior a 50 °C, in-
a. CREMES corporar a fase líquida ao insumo inerte e
homogeneizar, depois incorporar a fase
Definição: São preparações emulsionadas consti- sólida e homogeneizar.
tuídas por uma fase aquosa, uma oleosa e um
agente emulsivo. b. GÉIS

Insumo inerte: Bases emulsionáveis ou auto- Definição: São dispersões coloidais predominan-
emulsionáveis. temente hidrofílicas constituídas por uma fase
sólida e uma líquida, de aspecto homogêneo.
I. Com um ou mais insumo ativo líquido:
Técnica: Insumo inerte. Alginatos, derivados de celulose,
• Preparar o insumo ativo na potência dese- polímeros carboxivinílicos e outras bases para
jada. géis.
• Quando for mais de um insumo ativo, pre-
pará-los, separadamente, misturá-los em I. Com um ou mais insumos ativos líquidos:
partes iguais e homogeneizar. Técnica.
• Incorporar, em temperatura não superior a • Preparar o insumo ativo na potência dese-
50 °C, o insumo ativo, na proporção de jada.
10% (v/p), ao insumo inerte e homogenei- • Quando for mais de um insumo ativo, pre-
zar. pará-los, separadamente, misturá-los em
partes iguais e homogeneizar.
II. Com um ou mais insumos ativos sólidos: • Incorporar, em temperatura não superior a
Técnica. 50 °C, o insumo ativo ao insumo inerte na
• Preparar, por trituração, o insumo ativo na proporção de 10% (v/p) e homogeneizar.
potência desejada.
• Quando for mais de um insumo ativo, pre- II. Com um ou mais insumos ativos sólidos:
pará-los, separadamente, misturá-los em Técnica.
partes iguais e homogeneizar. • Preparar, por trituração, o insumo ativo na
• Incorporar, em temperatura não superior a potência desejada.
50 °C, o insumo ativo, na proporção de • Quando for mais de um insumo ativo, pre-
10% (p/p), ao insumo inerte e homogenei- pará-los, separadamente, misturá-los em
zar. partes iguais e homogeneizar.
• Incorporar, em temperatura não superior a
III. Com insumos ativos líquidos e sólidos: 50 °C, o insumo ativo ao insumo inerte na
Técnica. proporção de 10% (p/p) e homogeneizar.
• Os insumos ativos da fase sólida serão
preparados por trituração, separadamente, III. Com insumos ativos líquidos e sólidos:
nas potências desejadas. Técnica.
81
•Os insumos ativos da fase sólida serão III. Com insumos ativos líquidos e sólidos:
preparados por trituração, separadamente, Técnica.
nas potências desejadas. • Os insumos ativos da fase sólida serão
• Misturar os insumos ativos da fase sólida, preparados por trituração, separadamente,
em partes iguais e suficientes, nas pro- nas potências desejadas.
porções da formulação e homogeneizar pa- • Misturar os insumos ativos da fase sólida,
ra comporem essa fase. em partes iguais e suficientes, nas pro-
• Os insumos ativos da fase líquida serão porções da formulação e homogeneizar pa-
preparados separadamente, nas potências ra comporem essa fase.
desejadas. • Os insumos ativos da fase líquida serão
• Misturar os insumos ativos da fase líquida, preparados separadamente, nas potências
em partes iguais e suficientes, nas pro- desejadas.
porções da formulação e homogeneizar pa- • Misturar os insumos ativos da fase líquida,
ra comporem essa fase. em partes iguais e suficientes, nas pro-
• A soma dos insumos ativos deve corres- porções da formulação e homogeneizar pa-
ponder a 10% do produto final. ra comporem essa fase.
• Incorporar, em temperatura não superior a • A soma dos insumos ativos deve corres-
50 °C, a fase líquida ao insumo inerte e ponder a 10% do produto final.
homogeneizar. Em seguida, incorporar a • Incorporar, em temperatura não superior a
fase sólida e homogeneizar. 50 °C, a fase líquida ao insumo inerte e
homogeneizar. Em seguida, incorporar a
c. GEIS-CREMES fase sólida e homogeneizar.

Definição: São preparações de aspecto homo- d. POMADAS


gêneo que apresentam características comuns aos
géis e cremes. Definição: São preparações monofásicas de ca-
ráter oleoso ou não.
Insumo inerte. Bases emulsionáveis ou auto-
emulsionáveis, alginatos, derivados de celulose, Insumo inerte. Substâncias graxas, alginatos,
polímeros carboxivinílicos e outras bases. derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos
e outras bases.

I. Com um ou mais insumos ativos líquidos: I. Com um ou mais insumos ativos líquidos:
Técnica. Técnica.
• Preparar o insumo ativo na potência dese- • Preparar o insumo ativo na potência dese-
jada. jada.
• Quando for mais de um insumo ativo, pre- • Quando for mais de um insumo ativo, pre-
pará-los, separadamente, misturá-los em pará-los, separadamente, misturá-los em
partes iguais e homogeneizar. partes iguais e homogeneizar.
• Incorporar, em temperatura não superior a • Incorporar, em temperatura não superior a
50 °C, o insumo ativo ao insumo inerte, na 50 °C, o insumo ativo ao insumo inerte na
proporção de 10% (v/p) e homogeneizar. proporção de 10% (v/p) e homogeneizar.

II. Com um ou mais insumos ativos sólidos:


Técnica. II. Com um ou mais insumos ativos sólidos:
• Preparar, por trituração, o insumo ativo na Técnica.
potência desejada. • Preparar, por trituração, o insumo ativo na
• Quando for mais de um insumo ativo, pre- potência desejada.
pará-los, separadamente, misturá-los em • Quando for mais de um insumo ativo, pre-
partes iguais e homogeneizar. pará-los, separadamente, misturá-los em
• Incorporar, em temperatura não superior a partes iguais e homogeneizar.
50 °C, ao insumo inerte o insumo ativo, na • Incorporar, em temperatura não superior a
proporção de 10% (p/p) e homogeneizar. 50 °C, o insumo ativo ao insumo inerte na
proporção de 10% (p/p) e homogeneizar.
82
III. Com insumos ativos líquidos e sólidos: ções? Qual a técnica de obtenção de prepara-
Técnica. ções nasais?
• Os insumos ativos da fase sólida serão
preparados por trituração, separadamente,
nas potências desejadas.
• Misturar os insumos ativos da fase sólida, 4) O que são preparações oftálmicas? Quais os
em partes iguais e suficientes, nas pro- veículos que podem ser utilizados? Quais os
porções da formulação e homogeneizar pa- requisitos mínimos exigidos para essas formu-
ra comporem essa fase. lações? Qual a técnica de obtenção de prepa-
• Os insumos ativos da fase líquida serão rações oftálmicas?
preparados separadamente, nas potências
desejadas.
• Misturar os insumos ativos da fase líquida,
em partes iguais e suficientes, nas pro- 5) O que são preparações otológicas? Quais os
porções da formulação e homogeneizar pa- veículos que podem ser utilizados? Qual a téc-
ra comporem essa fase. nica de obtenção?
• A soma dos insumos ativos deve corres-
ponder a 10% do produto final.
• Incorporar, em temperatura não superior a 6) O que são apósitos medicinais? Qual a técnica
50 °C, a fase líquida ao insumo inerte e de obtenção?
homogeneizar. Em seguida, incorporar a
fase sólida e homogeneizar.

Referências Bibliográficas 7) O que são pós medicinais? Quais os insumos


inertes utilizados em suas formulações? Qual
• Farmácia homeopática: teoria e prática. Olney a técnica de obtenção dos pós medicinais
Leite Fontes. 4a. Edição. Editora MANOLE, 2001. quando os ativos forem líquidos, sólidos ou lí-
ISBN 8520434770, 9788520434772, 389 páginas.
quidos e sólidos?
• Farmacopeia Homeopática Brasileira. 3ª edição,
2011.
8) O que são supositórios e óvulos? Quais os
insumos inertes que podem ser utilizados na
Lista de exercício – formas farmaceuti- formulação de cada um?
cas de uso externo

1) Quais as formas farmacêuticas para uso exter- 9) Quais as técnicas de obtenção de supositórios
no que podem ser utilizadas em medicamentos retais e vaginais, quando os ativos forem lí-
homeopáticos? Exemplique. quidos, sólidos ou ambos?

2) O que são linimentos? Qual a técnica de ob- 10) O que são cremes, géis, géis-cremes e poma-
tenção dos linimentos? das? Quais os insumos inertes utilizados em
cada um deles?

3) O que são preparações nasais? Quais os veícu-


los que podem ser utilizados? Quais os requi- 11) Qual a técnica de obtenção de cremes, géis, géis-
sitos mínimos exigidos para essas formula- cremes e pomadas quando os ativos forem líqui-
dos, sólidos ou ambos?

83
horas, filtrar e armazenar adequadamente.
Para tinturas-mãe cujas monografias determi-
Gabarito nem o teor de marcador especificado, um
Lista de Exercício – Capítulo 5 – For- ajuste de concentração desse marcador pode
mas Farmacêuticas Básicas ser realizado por adição de etanol de mesmo
teor que aquele utilizado para a preparação
1. O que são formas farmacêuticas homeopáticas da tintura-mãe.
básicas? Quais são?
São o ponto de partida para obtenção 5. Descreva o processo de preparação de tintura-
das formas farmacêuticas derivadas, que por mãe a partir de plantas exclusivamente secas por
sua vez originam as formas farmacêuticas fi- percolação. (Relação droga/líquido extrator: 1:10
nais. Podem ser tintura-mãe (origem animal (p/v), ou seja 10%).
ou vegetal) ou solução-mãe para insumos ati- Consiste em colocar a droga vegetal des-
vos solúveis em água e/ou soluções hidroal- secada, finamente dividida e tamisada (tamis 40
coólicas e/ou soluções hidroglicerinadas; ou ou 60), em recipiente adequado. Adicionar o lí-
trituração-mãe para insumos ativos insolúveis quido extrator em quantidade suficiente para
em água e/ou soluções hidroalcoólicas. umedecer o pó e deixar em contato por 4 horas.
Transferir cuidadosamente para percolador de
2. O que é tintura-mãe? Quais os métodos de prepa- capacidade ideal, de forma a se evitar a formação
ração? de canais preferenciais para o escoamento do sol-
É o resultado da ação extrativa e/ou vente. Colocar volume suficiente de líquido extra-
dissolvente, de um insumo inerte hidroalcoó- tor para cobrir toda a droga e para a obtenção da
lico ou hidroglicerinado sobre uma droga ve- quantidade almejada de tintura-mãe. Deixar em
getal ou animal, fresca ou dessecada, pelo contato por 24 horas. Percolar à velocidade de oi-
processo de maceração ou percolação. to gotas por minuto para cada 100 g da droga, re-
pondo o solvente de forma a manter a droga
3. Quais as alterações passíveis de acontecer a uma imersa, até se obter o volume previsto de tintura-
tintura-mãe? mãe. Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e
Oxidação: taninos, clorofila, flavonas, etanol. armazenar adequadamente.
Precipitação: resinas, mucilagens, tanatos de
alcalóides, amidos e sais de cálcio e potássio. Obs: Antes do prepare da TM, olhar na monogra-
Hidólise: alcalóides, flavonóides. fia da droga a % alcoólica a ser usada. Caso não
Reações químicas: com os próprios compo- haja especificação, para planta fresca utilizar eta-
nentes cedidos pelos recipientes de acondici- nol 60% (v/v) e ao final da extração deverá ser de
onamentos. 55% (v/v) a 65% (v/v) e para planta seca, utilizar
etanol a 90% (p/p) para resíduo sólido até 29%
4. Descreva o processo de preparação de tintura- (plantas com alto teor de água). Se o resíduo sóli-
mãe a partir de plantas secas/frescas por macera- do for inferior a 20% deve-se considerá-lo igual a
ção. (Relação droga/líquido extrator: 1:10 (p/v), 20%; utilizar etanol a 80% (p/p) para resíduo sóli-
ou seja 10%). do de 30% a 39% (plantas com médio teor de
Consiste em deixar o vegetal desseca- água); utilizar etanol a 70% (p/p) para resíduo só-
do, devidamente dividido, por pelo menos 15 lido igual ou acima de 40% (plantas com baixo te-
dias, em contato com o volume total do líqui- or de água).
do extrator apropriado descrito na respectiva
monografia, em ambiente protegido da ação 6. Descreva o método de preparação de tintura-mãe
direta de luz e calor, agitando o recipiente di- de origem animal. (Relação droga/líquido extra-
ariamente. A seguir, filtrar e guardar o filtra- tor: 1:20 (p/v), ou seja 5%).
do. Deixar a droga animal convenientemente fra-
Prensar o resíduo, filtrar e juntar o lí- gmentada ou não, de acordo com a respectiva mono-
quido resultante dessa operação àquele ante- grafia, em contato com volume do líquido extrator
riormente filtrado. Deixar em repouso por 48 equivalente ao volume final da tintura-mãe, em ambi-

84
ente protegido da ação direta de luz e calor, agitando Transforma o álcool 96% em 90% usando
o recipiente diariamente. Deixar em contato por pelo a seguinte fórmula
menos 15 dias quando o líquido extrator for alcoólico C1 x V1 = C2 x V2
e por pelo menos 20 dias quando o líquido extrator 90 x 1560 = 96 x V2
for glicerinado. Filtrar sem promover a expressão. V2 = 1462,5 mL de etanol 96%
Deixar em repouso por 48 horas, filtrar e armazenar
adequadamente. Para preparar a solução a 90%: 1462,5 mL
de etanol 96% + 97,5 mL de água
7. Resíduo sólido encontrado: 28% Sendo (1560 mL vol. final– 1462,5 mL vo-
Vegetal fresco: 750g lume em etanol 96% = 97,5mL de água)
Pergunta-se:
a) Qual a quantidade de resíduo sólido presente j) Cuidados na conservação?
na amostra? Conservar a TM em temperatura entre 16
28% x 750g = R.sol. a 22C, acondicionar em frasco de vidro
R.sol. = 210g âmbar bem vedado, longe da luz, calor e
radiação.
b) Qual a quantidade de água?
Veg. Fresco – r. sol. = qtde de água k) Quais os dizeres devem conter no rótulo da TM?
750 – 210 = 540g água .:. 540 mL de água
Gerais:
c) Qual o teor hidroalcoólico a ser utilizado na pre- - Nome do estabelecimento, CNPJ, ende-
paração? Por quê? reço e telefone.
Utilizar etanol a 90% (p/p) para resíduo - Nome do responsável técnico e o
sólido até 29% (plantas com alto teor de número de inscrição do mesmo no Conse-
água). lho Regional de Farmácia.

d) Qual a quantidade final de tintura-mãe obtida? Específicas:


210 x 10 = 2100 mL (10 vezes o resíduo - Nome científico da droga.
sólido total) - Tintura-mãe por extenso ou sigla TM ou
símbolo θ.
e) Qual a quantidade de álcool que será usada na - Farmacopeia utilizada na preparação.
preparação? - Data de fabricação, prazo de validade e
lote.
2100 mL – 540mL = 1560 mL de álcool a
- Estado da droga (seca ou fresca).
90% (p/p)
- Parte usada.
- Grau alcoólico.
f) Qual o título hidroalcoólico da TM?
- Volume.
Ci x Vi = Cf x Vf
8. Resíduo sólido encontrado: 30%
90 x 1560 = Cf x 2100
Vegetal fresco: 800g
Cf = 66,86%
Pergunta-se:
g) Qual a relação resíduo sólido/volume final da TM?
a) Qual a quantidade de resíduo sólido presente
1:10 (p/v) (10%).
na amostra?
h) Descreva o procedimento para a obtenção da TM. 800g ----------100%
Xg ----------30%
Por ser uma planta no estado seco, des-
X = 240g
crever a técnica de maceração ou perco-
lação, para TM Vegetal.
b) Qual a quantidade de água?
800 – 240 = 560g de água .:. 560 mL de
i) E se tivermos somente etanol a 96%?
água

85
c) Qual o teor hidroalcoólico a ser utilizado na k) Quais os dizeres devem conter no rótulo da
preparação? Por quê? TM?
Utilizar etanol a 80% (p/p) para resíduo Gerais:
sólido de 30% a 39% (plantas com médio - Nome do estabelecimento, CNPJ, ende-
teor de água). reço e telefone.
- Nome do responsável técnico e o
d) Qual a quantidade final de tintura-mãe obti- número de inscrição do mesmo no Conse-
da? lho Regional de Farmácia.
Vtm = 10 x R.sol.
Vtm = 10 x 240 Específicas:
Vtm = 2400 mL - Nome científico da droga.
- Tintura-mãe por extenso ou sigla TM ou
e) Qual a quantidade de álcool que será usada símbolo θ.
na preparação? - Farmacopeia utilizada na preparação.
V álcool = Vtm – H20 planta - Data de fabricação, prazo de validade e
= 2400 – 560 lote.
= 1840 mL de etanol 80% - Estado da droga (seca ou fresca).
- Parte usada.
f) Qual o título hidroalcoólico da TM? - Grau alcoólico.
CxV=CxV - Volume.
80% x 1840 = C x 2400 (Vtm)
C = 61,3% 9. Resíduo sólido encontrado: 57%
R. O título etanólico da TM é de 61,3%. Vegetal fresco: 2000g
Pergunta-se:
g) Qual a relação resíduo sólido/volume final da a) Qual a quantidade de resíduo sólido presente
TM? na amostra?
1:10 (p/v) (10%). 2000g --------100%
Xg --------57%
h) Descreva o procedimento para a obtenção da X = 1140g
TM.
Descrever a técnica de maceração ou per- b) Qual a quantidade de água?
colação, para TM Vegetal. 2000 – 1140 = 860g de água .:. 860 mL de
água
i) E se tivermos somente etanol a 96%?
Transforma o álcool 96% em 80% usando
a seguinte fórmula c) Qual o teor hidroalcoólico a ser utilizado na
C1 x V1 = C2 x V2 preparação? Por quê?
80 x 1840 = 96 x V2 Utilizar etanol a 70% (p/p) para resíduo
V2 = 1533,33 mL de etanol 96% sólido igual ou acima de 40% (plantas com
Para preparar a solução a 80%: 1533,33 baixo teor de água).
mL de etanol 96% + 306,67 mL de água
Sendo (1840 mL vol. final– 1533,33 mL d) Qual a quantidade final de tintura-mãe obti-
vol. em etanol 96% = 306,67 mL de água) da?
Vtm = 10x R.sol.
j) Cuidados na conservação? Vtm = 10 x 1140
Conservar a TM em temperatura entre 16 Vtm = 11400 mL
a 22C, acondicionar em frasco de vidro
e) Qual a quantidade de álcool que será usada
âmbar bem vedado, longe da luz, calor e
radiação. na preparação?
V álcool = Vtm – H20 planta
=11400 – 860

86
= 10540 mL de álcool 70% - Data de fabricação, prazo de validade e
lote.
f) Qual o título hidroalcoólico da TM? - Estado da droga (seca ou fresca).
CxV=CxV - Parte usada.
70% x 10540 = C x 11400 (Vtm) - Grau alcoólico.
C = 64,7% - Volume.
R. O título etanólico da TM é de 64,7%.
10. Animal vivo: 500g
g) Qual a relação resíduo sólido/volume final da
Líquido extrator: etanol 60%
TM?
Pergunta-se:
1:10 (p/v) (10%). a) Qual o volume de TM a ser obtido?
Vtm = 20 x P animal
h) Descreva o procedimento para a obtenção da Vtm = 20 x 500
TM. Vtm = 10.000mL
Descrever a técnica de maceração para R: O volume de TM a ser obtido é de
TM Vegetal (vegetal fresco). 10.000 mL (10 L)

i) E se tivermos somente etanol a 96%? b) Qual o volume de líquido extrator devo prepa-
Transforma o álcool 96% em 70% usando rar para obter a quantidade almejada de TM?
a seguinte fórmula O volume do líquido extrator é o mesmo
C1 x V1 = C2 x V2 volume da T.M., ou seja, 10 L.
70 x 10540 = 96 x V2
V2 = 7685,4 mL de álcool a 96% c) Qual a quantidade de água e álcool para com-
por o veículo se partirmos de etanol 96%?
Para preparar a solução a 70%: 7685,4 mL Ci x Vi = Cf x Vf
de etanol 96% + 2854,6 mL de água 96 x Vi = 60 x 10.000
Sendo (10540 mL vol. final– 7685,4 mL Vi= 6250
vol. em etanol 96% = 2854,6 mL de água) Vi= 6.250 mL de álcool 96% e 3.750 mL de
água purificada
j) Cuidados na conservação?
d) Qual o processo utilizado do preparo da TM?
Conservar a TM em temperatura entre 16
Descreva-o detalhadamente.
a 22C, acondicionar em frasco de vidro
Descrever o processo de maceração para
âmbar bem vedado, longe da luz, calor e
TM animal.
radiação.
e) Cuidados quanto à conservação?
Conservar a TM em temperatura entre 16
a 22C, acondicionar em frasco de vidro
k) Quais os dizeres devem conter no rótulo da
âmbar bem vedado, longe da luz, calor e
TM?
radiação.
Gerais:
- Nome do estabelecimento, CNPJ, ende- f) Quais os dizeres do rótulo?
reço e telefone.
Gerais:
- Nome do responsável técnico e o
- Nome do estabelecimento, CNPJ, ende-
número de inscrição do mesmo no Conse-
reço e telefone.
lho Regional de Farmácia.
- Nome do responsável técnico e o
número de inscrição do mesmo no Conse-
Específicas:
lho Regional de Farmácia.
- Nome científico da droga.
- Tintura-mãe por extenso ou sigla TM ou
Específicas:
símbolo θ. - Nome científico da droga.
- Farmacopeia utilizada na preparação.
87
- Tintura-mãe por extenso ou sigla TM ou Conservar a TM em temperatura entre 16
símbolo θ. a 22C, acondicionar em frasco de vidro
- Farmacopeia utilizada na preparação. âmbar bem vedado, longe da luz, calor e
- Data de fabricação, prazo de validade e radiação.
lote.
- Estado da droga (seca ou fresca). f) Quais os dizeres do rótulo?
- Parte usada. Gerais:
- Grau alcoólico. - Nome do estabelecimento, CNPJ, ende-
- Volume. reço e telefone.
- Nome do responsável técnico e o
11. Animal vivo: 800g número de inscrição do mesmo no Conse-
Líquido extrator: mistura de etanol 80%, água lho Regional de Farmácia.
e glicerina (1:1:1) Específicas:
Pergunta-se: - Nome científico da droga.
a) Qual o volume de TM a ser obtido? - Tintura-mãe por extenso ou sigla TM ou
Vtm = 20 x P animal símbolo θ.
Vtm = 20 x 800 - Farmacopeia utilizada na preparação.
Vtm = 16.000 mL - Data de fabricação, prazo de validade e
R: O volume de TM a ser obtido é de lote.
16.000 mL (16L). - Estado da droga (seca ou fresca).
- Parte usada.
b) Qual o volume de líquido extrator devo prepa-
- Grau alcoólico.
rar para obter a quantidade almejada de TM? - Volume.
O volume do líquido extrator é o mesmo
volume da T.M. O volume do líquido ex- 12. Planta seca: 200g
trator é o mesmo volume da T.M., ou seja,
Líquido extrator: etanol 65%
16L.
Método de extração: Percolação
c) Qual a quantidade de glicerina, água e álcool Pergunta-se:
para compor o veículo se partirmos de etanol a) Qual o volume de TM a ser obtido?
96%? Vtm = 10x R.sol.
Ci x Vi = Cf x Vf Vtm = 10 x 200
96 x Vi = 80 x 16.000/3 Vtm = 2000 mL
Vi= 4444,4 mL de etanol 96%
Vi= 4.444,4 mL de álcool 96%, 5.333,3 mL b) Qual o volume de líquido extrator devo prepa-
de glicerina e 6.222,3 mL de água purifi- rar para obter a quantidade almejada de TM?
cada (Glicerina 16000/3 e a água tem que O volume do líquido extrator é o mesmo
completar a quantidade, já que o volume volume da T.M.
de etanol adicionado foi menor por partir
do etanol 96%, portanto, para que ao final c) Qual a quantidade de água e álcool para com-
ele esteja a 80%, é necessário que a água
por o veículo se partirmos de etanol 96%?
o dilua, com a diferença de quanto seria
adicionado de etanol 80% (5333,3 – Ci x Vi = Cf x Vf
4444,4 = 888,9 mL) e a quantidade que 96 x Vi = 65 x 2000
seria adicionada de água se o etanol fosse Vi= 1354,17 mL de etanol 96%
80% (5333,3 mL). Vi= 1354,17 mL de álcool 96%, 645,83 mL
de água purificada.
d) Qual o processo utilizado do preparo da TM?
Descreva-o detalhadamente. d) Descreva o processo de obtenção da TM deta-
Descrever o processo de maceração para lhadamente.
TM animal. Descrever o processo de percolação para
e) Cuidados quanto à conservação? TM vegetal.

e) Cuidados quanto à conservação?


88
Conservar a TM em temperatura entre 16 Descrever o processo de percolação para
a 22C, acondicionar em frasco de vidro TM vegetal.
âmbar bem vedado, longe da luz, calor e
radiação. e) Cuidados quanto à conservação?
Conservar a TM em temperatura entre 16
f) Quais os dizeres do rótulo? a 22C, acondicionar em frasco de vidro
Gerais: âmbar bem vedado, longe da luz, calor e
- Nome do estabelecimento, CNPJ, ende- radiação.
reço e telefone.
- Nome do responsável técnico e o f) Quais os dizeres do rótulo?
número de inscrição do mesmo no Conse- Gerais:
lho Regional de Farmácia. - Nome do estabelecimento, CNPJ, ende-
reço e telefone.
Específicas: - Nome do responsável técnico e o
- Nome científico da droga. número de inscrição do mesmo no Conse-
- Tintura-mãe por extenso ou sigla TM ou lho Regional de Farmácia.
símbolo θ.
- Farmacopeia utilizada na preparação. Específicas:
- Data de fabricação, prazo de validade e - Nome científico da droga.
lote. - Tintura-mãe por extenso ou sigla TM ou
- Estado da droga (seca ou fresca). símbolo θ.
- Parte usada. - Farmacopeia utilizada na preparação.
- Grau alcoólico. - Data de fabricação, prazo de validade e
- Volume. lote.
- Estado da droga (seca ou fresca).
13. Planta seca: 350g - Parte usada.
Líquido extrator: etanol 55% - Grau alcoólico.
Método de extração: Percolação - Volume.
Pergunta-se:
a) Qual o volume de TM a ser obtido? 14. Planta seca: 300g
Vtm = 10x R.sol. Líquido extrator: etanol 60%
Vtm = 10 x 350 Método de extração: Maceração
Vtm = 3500 mL Pergunta-se:
a) Qual o volume de TM a ser obtido?
b) Qual o volume de líquido extrator devo prepa- Vtm = 10x R.sol.
rar para obter a quantidade almejada de TM? Vtm = 10 x 300
O volume do líquido extrator é o mesmo Vtm = 3000 mL
volume da T.M.
b) Qual o volume de líquido extrator devo prepa-
c) Qual a quantidade de água e álcool para com- rar para obter a quantidade almejada de TM?
por o veículo se partirmos de etanol 96%? O volume do líquido extrator é o mesmo
Ci x Vi = Cf x Vf volume da T.M
96 x Vi = 55 x 3500
Vi= 2005,2 mL de etanol 96% c) Qual a quantidade de água e álcool para com-
Vi= 2005,2 mL de álcool 96%, 1494,8 mL por o veículo se partirmos de etanol 96%?
de água purificada.
Ci x Vi = Cf x Vf
96 x Vi = 60 x 3000
d) Descreva o processo de obtenção da TM deta- Vi= 1875 mL de etanol 96%
lhadamente. Vi= 1875 mL de álcool 96%, 1125 mL de
água purificada.
89
d) Descreva o processo de obtenção da TM deta- d) Descreva o processo de obtenção da TM deta-
lhadamente. lhadamente.
Descrever o processo de maceração para Descrever o processo de maceração para
TM vegetal. TM vegetal.

e) Cuidados quanto à conservação?


e) Cuidados quanto à conservação? Conservar a TM em temperatura entre 16
Conservar a TM em temperatura entre 16 a 22C, acondicionar em frasco de vidro
a 22C, acondicionar em frasco de vidro âmbar bem vedado, longe da luz, calor e
âmbar bem vedado, longe da luz, calor e radiação.
radiação.
f) Quais os dizeres do rótulo?
f) Quais os dizeres do rótulo? Gerais:
Gerais: - Nome do estabelecimento, CNPJ, ende-
- Nome do estabelecimento, CNPJ, ende- reço e telefone.
reço e telefone. - Nome do responsável técnico e o
- Nome do responsável técnico e o número de inscrição do mesmo no Conse-
número de inscrição do mesmo no Conse- lho Regional de Farmácia.
lho Regional de Farmácia.
Específicas:
Específicas: - Nome científico da droga.
- Nome científico da droga. - Tintura-mãe por extenso ou sigla TM ou
- Tintura-mãe por extenso ou sigla TM ou símbolo θ.
símbolo θ. - Farmacopeia utilizada na preparação.
- Farmacopeia utilizada na preparação. - Data de fabricação, prazo de validade e
- Data de fabricação, prazo de validade e lote.
lote. - Estado da droga (seca ou fresca).
- Estado da droga (seca ou fresca). - Parte usada.
- Parte usada. - Grau alcoólico.
- Grau alcoólico. - Volume.
- Volume.

15. Planta seca: 250g


Líquido extrator: etanol 65%
Método de extração: Maceração
Pergunta-se:
a) Qual o volume de TM a ser obtido?
Vtm = 10x R.sol.
Vtm = 10 x 250
Vtm = 2500 mL

b) Qual o volume de líquido extrator devo prepa-


rar para obter a quantidade almejada de TM?
O volume do líquido extrator é o mesmo
volume da T.M

c) Qual a quantidade de água e álcool para com-


por o veículo se partirmos de etanol 96%?
Ci x Vi = Cf x Vf
96 x Vi = 65 x 2500
Vi= 1692,7 mL de etanol 96%
Vi= 1692,7 mL de álcool 96%, 807,3 mL de
água purificada.
90
Gabarito CALCULOS:
Lista de Exercício – Capítulo 6 – Escalas Raciocínio 1:
e métodos de preparação Escala centesimal = 1/10 = 10/10 = 1,0 mL do insumo ativo
Consequentemente terei 9,0 mL do insumo inerte

ou

1º Exercício: Raciocínio 2:
1 mL do insumo ativo -------- 10 mL do medicamento
Dispensar 20 mL de Pulsatila 6 CH x mL do insumo ativo ------ -- 10 mL do medicamento
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Pulsatila x = 1,0 mL do insumo ativo
Tintura-Mãe (T.M.), % alcoólica 60% Consequentemente terei 9,0 mL do insumo inerte

Resposta.: MANIPULAÇÃO:

CALCULOS:
1 mL T.M. + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 1 DH - des-
Raciocínio 1: carto
Escala centesimal = 1/100 = 20/100 = 0,2 mL do insumo 1 mL 1DH. + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 2 DH - des-
ativo carto
Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte 1 mL 2DH. + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 3 DH - des-
carto
ou
1 mL 3DH + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 4 DH – des-
carto
Raciocínio 2:
1 mL do insumo ativo -------- 100 mL do medicamento 1 mL 4DH + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 5 DH - des-
x mL do insumo ativo ------ -- 20 mL do medicamento carto
x = 0,2 mL do insumo ativo 1 mL 5DH + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 6 DH – des-
Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte carto
1 mL 6DH + 9,0 mL etanol 70% + 100 êé = 7 DH – posso
MANIPULAÇÃO: estocar como matriz
1 mL 7DH + 9,0 mL etanol 30% + 100 êé = 8 DH – medi-
0,2 mL T.M. + 19,8 mL etanol 60% + 100 êé = 1 CH - camento p/ dispensação
descarto
0,2 mL 1CH. + 19,8 mL etanol 60% + 100 êé = 2 CH -
OBSERVAÇÕES:
descarto
0,2 mL 2CH. + 19,8 mL etanol 60% + 100 êé = 3 CH - • Manipular em frasco de 20 mL (de vidro âmbar);
descarto • Se for uma Forma Farmacêutica: GOTAS de uso in-
0,2 mL 3CH + 19,8 mL etanol 70% + 100 êé = 4 CH – terno, dispensar em frasco de 10 mL (de vidro âm-
posso estocar como matriz bar, adicionado de batoque ou conta gotas).
0,2 mL 4CH + 19,8 mL etanol 70% + 100 êé = 5 CH -
posso estocar como matriz 3º Exercício:
0,2 mL 5CH + 19,8 mL etanol 30% + 100 êé = 6 CH –
medicamento p/ dispensação Dispensar 10 mL de Atropa belladona 6DH
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Belladona
Tintura-Mãe (T.M.), % alcoólica 45%
OBSERVAÇÕES:
Resposta.:
• Manipular em frasco de 30 mL (de vidro âmbar);
• Se for uma Forma Farmacêutica: GOTAS de uso in- CALCULOS:
terno, dispensar em frasco de 20 mL (de vidro âm-
bar, adicionado de batoque ou conta gotas). Raciocínio 1:
Escala centesimal = 1/10 = 10/10 = 1,0 mL do insumo ativo
Consequentemente terei 9,0 mL do insumo inerte
2º Exercício:
ou
Dispensar 10 mL de Sene 8DH
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Sene Tintu- Raciocínio 2:
ra-Mãe (T.M.), % alcoólica 45% 1 mL do insumo ativo -------- 10 mL do medicamento
Resposta.: x mL do insumo ativo ------ -- 10 mL do medicamento
x = 1,0 mL do insumo ativo

91
Consequentemente terei 9,0 mL do insumo inerte 0,2 mL T.M. + 19,8 mL etanol 65% + 100 êé = 1 CH –
descartar.

MANIPULAÇÃO: 0,2 mL 1CH. + 19,8 mL etanol 65% + 100 êé = 2 CH


– descartar.
0,2 mL 2CH. + 19,8 mL etanol 65% + 100 êé = 3
1 mL T.M. + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 1 DH - des- CH - medicamento p/ dispensação
carto
1 mL 1DH. + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 2 DH - des-
% alcoólica =
carto OBSERVAÇÕES:
1 mL 2DH. + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 3 DH - des- ao da T.M.
carto • Manipular em frasco de 30 mL (de vidro âmbar);
1 mL 3DH + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 4 DH – des- • Se for uma Forma Farmacêutica: GOTAS de uso in-
carto terno, dispensar em frasco de 20 mL (de vidro âm-
1 mL 4DH + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 5 DH - descar- bar, adicionado de batoque ou conta gotas).
to • Devido a graduação alcoólica do medicamento dis-
1 mL 5DH + 9,0 mL etanol 45% + 100 êé = 6 DH – medi- pensado ser de 65%, deve-se OBRIGATORIAMENTE
camento p/ dispensação constar no rótulo a informação: DILUIR EM ÁGUA
ANTES DO USO.
Manipular em frasco de 20 mL (de vidro âmbar) 5º Exercício:
Dispensar em frasco de 10 mL (de vidro âmbar, adicionado
de batoque ou conta gotas). Devido à graduação alcoólica Dispensar 20 mL de Magnesium phosphoricum 10 DH
ser de 45% deve-se informar que deverá ser administrado Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Fosfato de
diluído em água na hora do uso (constar no rótulo). magnésio dibásico em pó (insolúvel)

Resposta.:

OBSERVAÇÕES: CALCULOS:
• Manipular em frasco de 20 mL (de vidro âmbar);
Raciocínio 1:
• Se for uma Forma Farmacêutica: GOTAS de uso in-
Escala centesimal = 1/10 = 20/10 = 2 mL do insumo ativo
terno, dispensar em frasco de 10 mL (de vidro âm- Consequentemente terei 18 mL do insumo inerte
bar, adicionado de batoque ou conta gotas).
• Devido a graduação alcoólica do medicamento dis- ou
pensado ser de 45%, deve-se OBRIGATORIAMENTE
constar no rótulo a informação: DILUIR EM ÁGUA Raciocínio 2:
ANTES DO USO. 1 mL do insumo ativo -------- 10 mL do medicamento
x mL do insumo ativo ------ -- 20 mL do medicamento
4º Exercício: x = 2 mL do insumo ativo
Consequentemente terei 18 mL do insumo inerte
Dispensar 20 mL de Aesculus hippocastanum 3CH
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Aesculus Quanto irei usar da preparação na 6DH para solubilização:
hippocastanum Tintura-Mãe (T.M.), % alcoólica 65% 2g
Quanto devo manipular do triturado para ter 2 g, contando
Resposta.: com as perdas do processo: 10g.
*OBS: esta quantidade de 10g é uma escolha do farmacêuti-
CALCULOS: co, a escolha de outras quantidades não é errada, desde que
sobre 2 g para a continuação da manipulação do medica-
Raciocínio 1: mento.
Escala centesimal = 1/100 = 20/100 = 0,2 mL do insumo
ativo MANIPULAÇÃO:
Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte
Para manipular 10 g do triturado na escola DECI-
ou MAL, devo possuir:
1g do insumo ativo: fosfato de magnésio dibásico
Raciocínio 2: em pó
1 mL do insumo ativo -------- 100 mL do medicamento 9g do insumo inerte: lactose, dividido em 3 partes
x mL do insumo ativo ------ -- 20 mL do medicamento iguais de 3g.
x = 0,2 mL do insumo ativo Colocar no gral a 1ª terça parte de lactose (3g), triturar por 2
Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte minutos para tampar os poros.
Colocar sobre este gral 1g do insumo ativo (M. phosphori-
cum).
MANIPULAÇÃO: Homogeneizar (T6’+ R4’; T6’+ R4’):
- Triturar por 6 minutos;

92
- Raspar por 4 minutos; Quanto irei usar da preparação na 3 CH para solubilização:
- Triturar por 6 minutos; 0,2g
- Raspar por 4 minutos. Quanto devo manipular do triturado para ter 0,2 g, contando
Colocar sobre este gral a 2a terça parte da lactose com as perdas do processo: 5g.
(3g), homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
Colocar sobre este gral a 3a terça parte da lactose
*OBS: esta quantidade de 5g é uma escolha do farmacêuti-
(3g) , homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
co, a escolha de outras quantidades não é errada, desde que
Obtenho o preparado na 1 DH.
sobre 0,2 g para a continuação da manipulação do medica-
mento.
Preparar o 2 DH partindo da 1 DH (1g da 1DH + 9g
lactose, dividida em 3 partes iguais) MANIPULAÇÃO:
Preparar o 3 DH partindo da 2 DH (1g da 2DH + 9g
lactose, dividida em 3 partes iguais) Para manipular 5 g do triturado na escola CENTESIMAL,
.... Preparar até a 6 DH. devo possuir:
0,05g do insumo ativo: carbonato de sódio monoidratado
Solubilizar a preparação 6 DH, obtendo a 7 DH: 4,95g do insumo inerte: lactose, dividido em 3 partes iguais
Aquecer água purificada a temperatura entre 40- de 1,65g.
45°C.
Adicionar 10 partes da água purificada aquecida Colocar no gral a 1ª terça parte de lactose (1,65g), triturar
(20 mL) sobre 1 parte da 6 DH triturada (2g). Ho- por 2 minutos para tampar os poros.
mogeneizar até completa dissolução e aguardar o Colocar sobre este gral 0,05g do insumo ativo (Natrium
resfriamento. carbonicum).
Em seguida, sucussionar 100 vezes para obter a 7 Homogeneizar (T6’+ R4’; T6’+ R4’):
DH (não posso estocar). - Triturar por 6 minutos;
- Raspar por 4 minutos;
2 mL 7 DH + 18 mL etanol 70% + 100 êé = 8 - Triturar por 6 minutos;
DH - posso estocar como matriz - Raspar por 4 minutos.
2 mL 8 DH + 18 mL etanol 70% + 100 êé = 9 Colocar sobre este gral a 2a terça parte da lactose (1,65g),
DH - posso estocar como matriz homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
2 mL 9 DH + 18 mL etanol 30% + 100 êé= 10 Colocar sobre este gral a 3a terça parte da lactose (1,65g) ,
DH - medicamento p/ dispensação homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
Obtenho o preparado na 1 CH.
OBSERVAÇÕES:
Preparar o 2 CH partindo da 1 CH (0,05g da 1 CH + 4,95g
• Manipular em frasco de 30 mL (de vidro âmbar);
lactose, dividida em 3 partes iguais)
• Se for uma Forma Farmacêutica: GOTAS de uso in-
Preparar o 3 CH partindo da 2 CH (0,05g da 2 CH + 4,95g
terno, dispensar em frasco de 20 mL (de vidro âm-
lactose, dividida em 3 partes iguais)
bar, adicionado de batoque ou conta gotas).
6º Exercício: Solubilizar a preparação 3 CH, obtendo a 4 CH:
Dissolver 1 parte do triturado 3 CH (0,2g) em 80 partes de
Dispensar 20 mL de Natrium carbonicum 5CH água purificada (16 mL). Completar o volume mais com 20
partes de etanol a 96% (v/v) (4 mL) e sucussionar 100 vezes,
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Carbonato
para obter a 4 CH (não posso estocar).
de sódio monoidratado (droga insolúvel)

Resposta.: 0,2 mL 4CH + 19,8 mL etanol 30% + 100 êé = 5 CH - medi-


camento p/ dispensação.
CALCULOS:

Raciocínio 1: OBSERVAÇÕES:
Escala centesimal = 1/100 = 20/100 = 0,2 mL do insumo
• Manipular em frasco de 30 mL (de vidro âmbar);
ativo
Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte • Se for uma Forma Farmacêutica: GOTAS de uso in-
terno, dispensar em frasco de 20 mL (de vidro âm-
ou bar, adicionado de batoque ou conta gotas).

Raciocínio 2:
1 mL do insumo ativo -------- 100 mL do medicamento 7º Exercício:
x mL do insumo ativo ------ -- 20 mL do medicamento Dispensar 10 mL de Graphite 10 CH
x = 0,2 mL do insumo ativo Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: graphite em
Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte pó (droga insolúvel)
Obs. Armazenar todas as intermediárias possíveis

93
Resposta.: 0,1mL de 8CH + 9,9 mL de álcool 70% + 100 êé = 9 CH -
CALCULOS: posso estocar como matriz
0,1mL de 9CH + 9,9 mL de álcool 30% + 100 êé = 10 CH -
Raciocínio 1: medicamento p/ dispensação
Escala centesimal = 1/100 = 10/100 = 0,1 mL do insumo
ativo OBSERVAÇÕES:
Consequentemente terei 9,9 mL do insumo inerte
• Manipular em frasco de 20 mL (de vidro âmbar);
ou • Se for uma Forma Farmacêutica: GOTAS de uso in-
Raciocínio 2: terno, dispensar em frasco de 10 mL (de vidro âm-
1 mL do insumo ativo -------- 100 mL do medicamento bar, adicionado de batoque ou conta gotas).
x mL do insumo ativo ------ -- 10 mL do medicamento • Armazenar as preparações intermediárias: 5, 6, 7, 8
x = 0,1 mL do insumo ativo e 9 CH.
Consequentemente terei 9,9 mL do insumo inerte
Quanto irei usar da preparação na 3 CH para solubilização: 8º Exercício:
0,1g
Quanto devo manipular do triturado para ter 0,1 g, contando Dispensar 20 mL de Sulfur 9 DH
com as perdas do processo: 5g. Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: enxofre em
pó (droga insolúvel)
*OBS: esta quantidade de 5g é uma escolha do farmacêuti-
co, a escolha de outras quantidades não é errada, desde que
sobre 0,1g para a continuação da manipulação do medica- Resposta.:
mento. CALCULOS:
Raciocínio 1:
MANIPULAÇÃO:
Escala centesimal = 1/10 = 20/10 = 2 mL do insumo ativo
Para manipular 5 g do triturado na escola CENTESIMAL, Consequentemente terei 18 mL do insumo inerte
devo possuir: ou
0,05g do insumo ativo: graphite em pó
4,95g do insumo inerte: lactose, dividido em 3 partes iguais Raciocínio 2:
de 1,65g. 1 mL do insumo ativo -------- 10 mL do medicamento
x mL do insumo ativo ------ -- 20 mL do medicamento
Colocar no gral a 1ª terça parte de lactose (1,65g), triturar x = 2 mL do insumo ativo
por 2 minutos para tampar os poros. Consequentemente terei 18 mL do insumo inerte
Colocar sobre este gral 0,05g do insumo ativo (graphite em Quanto irei usar da preparação na 6 DH para solubilização:
pó). 2g
Homogeneizar (T6’+ R4’; T6’+ R4’): Quanto devo manipular do triturado para ter 2 g, contando
- Triturar por 6 minutos; com as perdas do processo: 10g.
- Raspar por 4 minutos;
- Triturar por 6 minutos; *OBS: esta quantidade de 10g é uma escolha do farmacêuti-
- Raspar por 4 minutos. co, a escolha de outras quantidades não é errada, desde que
Colocar sobre este gral a 2a terça parte da lactose (1,65g), sobre 2g para a continuação da manipulação do medica-
homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’. mento.
Colocar sobre este gral a 3a terça parte da lactose (1,65g) ,
homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’. MANIPULAÇÃO:
Obtenho o preparado na 1 CH.
Para manipular 10 g do triturado na escola DECIMAL, devo
Preparar o 2 CH partindo da 1 CH (0,05g da 1 CH + 4,95g possuir:
lactose, dividida em 3 partes iguais) 1g do insumo ativo: enxofre em pó
Preparar o 3 CH partindo da 2 CH (0,05g da 2 CH + 4,95g 9g do insumo inerte: lactose, dividido em 3 partes iguais de
lactose, dividida em 3 partes iguais) 3g.

Solubilizar a preparação 3 CH, obtendo a 4 CH: Colocar no gral a 1ª terça parte de lactose (3g), triturar por 2
Dissolver 1 parte do triturado 3 CH (0,1g) em 80 partes de minutos para tampar os poros.
água purificada (8 mL). Completar o volume mais com 20 Colocar sobre este gral 1g do insumo ativo (enxofre em pó).
partes de etanol a 96% (v/v) (2 mL) e sucussionar 100 vezes, Homogeneizar (T6’+ R4’; T6’+ R4’):
para obter a 4 CH (não posso estocar). - Triturar por 6 minutos;
- Raspar por 4 minutos;
0,1mL de 4CH + 9,9 mL de álcool 70% + 100 êé = 5 CH - - Triturar por 6 minutos;
posso estocar como matriz - Raspar por 4 minutos.
0,1mL de 5CH + 9,9 mL de álcool 70% + 100 êé = 6 CH - Colocar sobre este gral a 2a terça parte da lactose (3g), ho-
posso estocar como matriz mogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
0,1mL de 6CH + 9,9 mL de álcool 70% + 100 êé = 7 CH - Colocar sobre este gral a 3a terça parte da lactose (3g) , ho-
posso estocar como matriz mogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
0,1mL de 7CH + 9,9 mL de álcool 70% + 100 êé = 8 CH - Obtenho o preparado na 1 DH.
posso estocar como matriz
94
Preparar o 2 DH partindo da 1 DH (1g da 1 DH + 9g lactose, 1g de Argentum metalium ------------------ 100 g de insumo
dividida em 3 partes iguais) inerte
Preparar o 3 DH partindo da 2 DH (1g da 2 DH + 9g lactose, Xg de Argentum metalium ------------------ 5 g de insumo
dividida em 3 partes iguais) inerte
.... Preparar até a 6 DH.
X= 5/100 = 0,05 g de Argentum metalium (insumo ativo)

Solubilizar a preparação 6 DH, obtendo a 7 DH: para 4,95g do insumo inerte lactose, dividido em 3 partes
Adicionar 10 partes da água purificada aquecida (20 mL) iguais de 1,65g.
sobre 1 parte da 6 DH triturada (2g).
Homogeneizar até completa dissolução e aguardar o resfri-
amento. MANIPULAÇÃO:
Em seguida, sucussionar 100 vezes para obter a 7 DH (não
posso estocar). Para manipular 5 g do triturado na escola CENTESIMAL,
devo possuir:
2 mL 7 DH + 18 mL etanol 70% + 100 êé = 8 DH - posso 0,05g do insumo ativo: prata metálica em pó
estocar como matriz 4,95g do insumo inerte: lactose, dividido em 3 partes iguais
2 mL 8 DH + 18 mL etanol 30% + 100 êé = 9 DH - me- de 1,65g.
dicamento p/ dispensação
Colocar no gral a 1ª terça parte de lactose (1,65g), triturar
OBSERVAÇÕES: por 2 minutos para tampar os poros.
Colocar sobre este gral 0,05g do insumo ativo (prata metáli-
• Manipular em frasco de 30 mL (de vidro âmbar); ca em pó).
• Se for uma Forma Farmacêutica: GOTAS de uso in- Homogeneizar (T6’+ R4’; T6’+ R4’):
terno, dispensar em frasco de 20 mL (de vidro âm- - Triturar por 6 minutos;
bar, adicionado de batoque ou conta gotas). - Raspar por 4 minutos;
- Triturar por 6 minutos;
- Raspar por 4 minutos.

Colocar sobre este gral a 2a terça parte da lactose (1,65g),


9º Exercício: homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
Colocar sobre este gral a 3a terça parte da lactose (1,65g) ,
Dispensar 20 mL de Argentum metalium 10 LM homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: prata metá- Obtenho o preparado na 1 CH.
lica em pó (droga insolúvel)
Preparar o 2 CH partindo da 1 CH (0,05g da 1 CH + 4,95g
lactose, dividida em 3 partes iguais)
Resposta.:
Preparar o 3 CH partindo da 2 CH (0,05g da 2 CH + 4,95g
lactose, dividida em 3 partes iguais)
CALCULOS:
Raciocínio 1: Solubilizar a preparação 3 CH e preparo da 1 LM:
Escala centesimal = 1/100 = 20/100 = 0,2 mL do insumo
ativo Em um cálice dissolver 63mg da 3 CH trit. em 500 gotas da
Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte solução hidroalcoólica etanol 20%, obtidas obtidas com
comta-gotas calibrado. Cabe ressaltar que cada gota dessa
ou solução tem 1/500 da 3 CH trit.
Raciocínio 2:
1 mL do insumo ativo -------- 100 mL do medicamento Transferir uma gota da solução acima para um flaconete de
x mL do insumo ativo ------ -- 20 mL do medicamento 5 mL.
x = 0,2 mL do insumo ativo
Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte Acrescentar 100 gotas de etanol 96%, sempre com conta-
gotas calibrado, sobre a gota que esta no flaconete, que
Quanto irei usar da preparação na 3 CH para solubilização: será preenchido com mais ou menos dois terços do seu
63mg volume.
Quanto devo manipular do triturado para ter 63mg, contando
com as perdas do processo: 5g. Sucussionar 100 vezes. Está pronta a 1 LM líquida (1o. Grau
de dinamização). Uma gota da 1LM líquida contém 1/50 mil
*OBS: esta quantidade de 5g é uma escolha do farmacêuti-
co, a escolha de outras quantidades não é errada, desde que da 3CH trit., pois cada gota que continha 1/500 da 3CH trit.
sobre 63mg para a continuação da manipulação do medi- foi diluída 100 vezes (1/500 x 1/100 = 1/50 mil).
camento.

95
Em outro flaconete de 5 mL, colocar 500 microglóbulos papel de filtro, e deixar secar a temperatura ambiente. Essa
(mcglob.). Cada 100 mcglob. pesam 63mg, aproximadamen- é a matriz na potência 2 LM.
te. Portanto, 500 mcglob. pesam 315mg.
Preparar a potência 3LM: em frasco de capacidade adequa-
Acrescentar uma gota da 1 LM líq. sobre os 500 mcglob. da, dissolver 1 microglóbulo da 2 LM em 1 gota de água
Agitar o flaconete de tal forma que todos os mcglob. pos- purificada, posteriormente acrescentar 100 gotas de etanol
sam ser igualmente embebidos pela gota. 96% e realizar 100 êé (= 3LM líquida). Para obtenção dos
mcglob. na 3LM, umedecer 500 microglóbulos com uma
Colocar os mcglob. embebidos sobre uma placa de petri gota desta solução (100 microglóbulos devem corresponder
forrada com papel de filtro, para secá-los. a 63 mg, portanto 500 microglóbulos equivalem a aproxi-
madamente 315mg). Girar o flaconete de forma que todos
Guardar os mcglob. em um flaconete bem fechado, ao abri- os mcglob. possam ser igualmente embebidos pela gota.
go da luminosidade, e identifica-los com o nome do medi- Separá-los rapidamente em placa de petri, sobre papel de
camento acompanhado de 1 LM. filtro, e deixar secar a temperatura ambiente. Essa é a ma-
triz na potência 3 LM.
Preparo da 2 LM:
Para dispensar 20 mL do medicamento na 3 LM devemos
Preparar a 2a dinamização LM (2LM): em frasco de capaci-
dissolver 1 mcglob na 3 LM em 1 gota de água purificada e
dade adequada, dissolver 1 microglóbulo da 1 LM em 1 gota
completar o volume para 20 mL. com etanol a 30%.
de água purificada e acrescentar posteriormente 100 gotas
de etanol 96% + 100 êé. Esta pronta a 2LM líquida. Uma
gota desta solução contém 1/50 mil da 1LM. Dispensar em frasco de vidro âmbar de 30 mL (2/3 da capa-
cidade), bem fechado.
Em outro flaconete umedecer 500 microglóbulos padroni-
zados (315 mg) com uma gota da solução 2LM. Girar o fla-
conete de forma que todos os mcglob. possam ser igual- 11º Exercício:
mente embebidos pela gota. Dispensar 20 mL de Ruta graveolens 5LM
Colocar os mcglob. embebidos sobre uma placa de petri Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Ruta grave-
forrada com papel de filtro, para secá-los. olens Tintura-Mãe (T.M.), droga solúvel.
Guardar os mcglob. em um flaconete bem fechado, ao abri-
go da luminosidade, e identifica-los com o nome do medi-
Resposta.:
camento acompanhado de 2 LM.

Preparo das demais potências LM (de 3 LM até 10 LM) CALCULOS:


Raciocínio 1:
Dispensação do medicamento a 10 LM Escala centesimal = 1/100 = 20/100 = 0,2 mL do insumo
ativo
Para dispensar 20 mL do medicamento na escala LM deve- Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte
mos dissolver 1 mcglob do LM na potência desejada, neste
ou
exemplo 1 mcglob. do Argentum metalium na 10 LM, em 1
gota de água purificada e completar o volume com etanol Raciocínio 2:
30% para 20 mL. 1 mL do insumo ativo -------- 100 mL do medicamento
x mL do insumo ativo ------ -- 20 mL do medicamento
Dispensar em frasco de vidro âmbar de 30 mL (2/3 da capa- x = 0,2 mL do insumo ativo
cidade), bem fechado. Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte

10º Exercício: Quanto irei usar da preparação na 3 CH para solubilização:


Dispensar 20 mL de Lachesis 3LM 63mg
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Lachesis 1 Quanto devo manipular do triturado para ter 63mg, contando
LM com as perdas do processo: 5g.
*OBS: esta quantidade de 5g é uma escolha do farmacêuti-
a
Preparar a 2 dinamização LM (2LM): em frasco de capaci- co, a escolha de outras quantidades não é errada, desde que
dade adequada, dissolver 1 microglóbulo da 1 LM em 1 gota sobre 63mg para a continuação da manipulação do medi-
de água purificada, posteriormente acrescentar 100 gotas camento.
de etanol 96% e realizar 100 êé (= 2LM líquida). Para ob- MANIPULAÇÃO:
tenção dos mcglob. na 2LM, umedecer 500 microglóbulos
com uma gota desta solução (100 microglóbulos devem Para manipular 5 g do triturado na escola CENTESIMAL,
corresponder a 63 mg, portanto 500 microglóbulos equiva- devo possuir:
lem a aproximadamente 315mg). Girar o flaconete de forma 0,05g do insumo ativo: Ruta graveolens T.M.
que todos os mcglob. possam ser igualmente embebidos 4,95g do insumo inerte: lactose, dividido em 3 partes iguais
pela gota. Separá-los rapidamente em placa de petri, sobre de 1,65g.

96
Acrescentar uma gota da 1 LM líq. sobre os 500 mcglob.
Contudo o insumo ativo está no estado líquido (T.M.) então Agitar o flaconete de tal forma que todos os mcglob. pos-
a 1 parte do insumo ativo irá ser adicionado sobre as 100 sam ser igualmente embebidos pela gota.
partes do insumo inerte (e não 99 partes). Além disso como
a T.M. de origem VEGETAL esta a 10%, temos que corrigir Colocar os mcglob. embebidos sobre uma placa de petri
o % do insumo ativo e colocar 10 x 1 parte da insumo ativo. forrada com papel de filtro, para secá-los.

Para a 1ª trituração centesimal (1CH), utilizando o insumo Guardar os mcglob. em um flaconete bem fechado, ao abri-
ativo na forma de TM de origem vegetal, colocar 10 partes go da luminosidade, e identifica-los com o nome do medi-
da TM (10 x 0,05 mL, que equivale a 0,5 mL da T.M.) para camento acompanhado de 1 LM.
100 partes de lactose dividida em 3 vezes (5g/3= 1,66g).
Preparo da 2 LM:
Colocar no gral a 1ª terça parte de lactose (1,66g), triturar
por 2 minutos para tampar os poros. Preparar a 2a dinamização LM (2LM): em frasco de capaci-
Colocar sobre este gral 0,5mL do insumo ativo (T.M.). dade adequada, dissolver 1 microglóbulo da 1 LM em 1 gota
Homogeneizar (T6’+ R4’; T6’+ R4’): de água purificada e acrescentar posteriormente 100 gotas
- Triturar por 6 minutos; de etanol 96% + 100 êé. Esta pronta a 2LM líquida. Uma
- Raspar por 4 minutos; gota desta solução contém 1/50 mil da 1LM.
- Triturar por 6 minutos;
- Raspar por 4 minutos. Em outro flaconete umedecer 500 microglóbulos padroni-
Colocar sobre este gral a 2a terça parte da lactose (1,66g), zados (315 mg) com uma gota da solução 2LM. Girar o fla-
homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’. conete de forma que todos os mcglob. possam ser igual-
Colocar sobre este gral a 3a terça parte da lactose (1,66g) , mente embebidos pela gota.
homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’. Colocar os mcglob. embebidos sobre uma placa de petri
Obtenho o preparado na 1 CH trit.. forrada com papel de filtro, para secá-los.
Aguardar a evaporação completa do solvente da T.M. adici- Guardar os mcglob. em um flaconete bem fechado, ao abri-
onado sobre a lactose, em temperatura inferior a 50°C e go da luminosidade, e identifica-los com o nome do medi-
seguir com a técnica de trituração. camento acompanhado de 2 LM.

Preparar o 2 CH partindo da 1 CH (0,05g da 1 CH + 4,95g Preparo das demais potências LM (de 3 LM até 5 LM)
lactose, dividida em 3 partes iguais)
Preparar o 3 CH partindo da 2 CH (0,05g da 2 CH + 4,95g Dispensação do medicamento a 5 LM
lactose, dividida em 3 partes iguais)
Para dispensar 20 mL do medicamento na escala LM deve-
Solubilizar a preparação 3 CH e preparo da 1 LM: mos dissolver 1 mcglob do LM na potência desejada, neste
exemplo 1 mcglob. do Ruta graveolens na 5 LM, em 1 gota
Em um cálice dissolver 63mg da 3 CH trit. em 500 gotas da de água purificada e completar o volume com etanol 30%
solução hidroalcoólica etanol 20%, obtidas obtidas com para 20 mL.
comta-gotas calibrado. Cabe ressaltar que cada gota dessa
solução tem 1/500 da 3 CH trit. Dispensar em frasco de vidro âmbar de 30 mL (2/3 da capa-
cidade), bem fechado.
Transferir uma gota da solução acima para um flaconete de
5 mL.
12º Exercício:
Acrescentar 100 gotas de etanol 96%, sempre com conta- Dispensar 20 mL de Apis mellifica 4LM
gotas calibrado, sobre a gota que esta no flaconete, que Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: Ruta grave-
será preenchido com mais ou menos dois terços do seu olens Tintura-Mãe (T.M.), solúvel.
volume.
Resposta.:
o
Sucussionar 100 vezes. Está pronta a 1 LM líquida (1 . Grau
de dinamização). Uma gota da 1LM líquida contém 1/50 mil CALCULOS:
da 3CH trit., pois cada gota que continha 1/500 da 3CH trit.
Raciocínio 1:
foi diluída 100 vezes (1/500 x 1/100 = 1/50 mil).
Escala centesimal = 1/100 = 20/100 = 0,2 mL do insumo
ativo
Em outro flaconete de 5 mL, colocar 500 microglóbulos Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte
(mcglob.). Cada 100 mcglob. pesam 63mg, aproximadamen-
te. Portanto, 500 mcglob. pesam 315mg. ou
Raciocínio 2:
1 mL do insumo ativo -------- 100 mL do medicamento

97
x mL do insumo ativo ------ -- 20 mL do medicamento comta-gotas calibrado. Cabe ressaltar que cada gota dessa
x = 0,2 mL do insumo ativo solução tem 1/500 da 3 CH trit.
Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte
Transferir uma gota da solução acima para um flaconete de
Quanto irei usar da preparação na 3 CH para solubilização: 5 mL.
63mg
Quanto devo manipular do triturado para ter 63mg, contando Acrescentar 100 gotas de etanol 96%, sempre com conta-
com as perdas do processo: 5g. gotas calibrado, sobre a gota que esta no flaconete, que
será preenchido com mais ou menos dois terços do seu
*OBS: esta quantidade de 5g é uma escolha do farmacêuti- volume.
co, a escolha de outras quantidades não é errada, desde que
sobre 63mg para a continuação da manipulação do medi-
Sucussionar 100 vezes. Está pronta a 1 LM líquida (1o. Grau
camento.
de dinamização). Uma gota da 1LM líquida contém 1/50 mil
da 3CH trit., pois cada gota que continha 1/500 da 3CH trit.
foi diluída 100 vezes (1/500 x 1/100 = 1/50 mil).
MANIPULAÇÃO:
Em outro flaconete de 5 mL, colocar 500 microglóbulos
Para manipular 5 g do triturado na escola CENTESIMAL, (mcglob.). Cada 100 mcglob. pesam 63mg, aproximadamen-
devo possuir: te. Portanto, 500 mcglob. pesam 315mg.
0,05g do insumo ativo: Apis mellifica T.M.
4,95g do insumo inerte: lactose, dividido em 3 partes iguais Acrescentar uma gota da 1 LM líq. sobre os 500 mcglob.
de 1,65g. Agitar o flaconete de tal forma que todos os mcglob. pos-
sam ser igualmente embebidos pela gota.
Contudo o insumo ativo está no estado líquido (T.M.) então
a 1 parte do insumo ativo irá ser adicionado sobre as 100
partes do insumo inerte (e não 99 partes). Além disso como Colocar os mcglob. embebidos sobre uma placa de petri
a T.M. de origem ANIMAL esta a 5%, temos que corrigir o forrada com papel de filtro, para secá-los.
% do insumo ativo e colocar 20 x 1 parte da insumo ativo.
Guardar os mcglob. em um flaconete bem fechado, ao abri-
go da luminosidade, e identifica-los com o nome do medi-
Para a 1ª trituração centesimal (1CH), utilizando o insumo camento acompanhado de 1 LM.
ativo na forma de TM de origem ANIMAL, colocar 20 par-
tes da TM (20 x 0,05 mL, que equivale a 1,0 mL da T.M.)
Preparo da 2 LM:
para 100 partes de lactose dividida em 3 vezes (5g/3=
1,66g).
Preparar a 2a dinamização LM (2LM): em frasco de capaci-
dade adequada, dissolver 1 microglóbulo da 1 LM em 1 gota
Colocar no gral a 1ª terça parte de lactose (1,66g), triturar de água purificada e acrescentar posteriormente 100 gotas
por 2 minutos para tampar os poros. de etanol 96% + 100 êé. Esta pronta a 2LM líquida. Uma
Colocar sobre este gral 1,0 mL do insumo ativo (T.M.). gota desta solução contém 1/50 mil da 1LM.
Homogeneizar (T6’+ R4’; T6’+ R4’):
- Triturar por 6 minutos; Em outro flaconete umedecer 500 microglóbulos padroni-
- Raspar por 4 minutos; zados (315 mg) com uma gota da solução 2LM. Girar o fla-
- Triturar por 6 minutos;
conete de forma que todos os mcglob. possam ser igual-
- Raspar por 4 minutos.
mente embebidos pela gota.
Colocar sobre este gral a 2a terça parte da lactose (1,66g),
homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’. Colocar os mcglob. embebidos sobre uma placa de petri
Colocar sobre este gral a 3a terça parte da lactose (1,66g) , forrada com papel de filtro, para secá-los.
homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’. Guardar os mcglob. em um flaconete bem fechado, ao abri-
Obtenho o preparado na 1 CH trit.. go da luminosidade, e identifica-los com o nome do medi-
Aguardar a evaporação completa do solvente da T.M. adici- camento acompanhado de 2 LM.
onado sobre a lactose, em temperatura inferior a 50°C e
seguir com a técnica de trituração. Preparo das demais potências LM (de 3 LM até 4 LM)

Dispensação do medicamento a 4 LM
Preparar o 2 CH partindo da 1 CH (0,05g da 1 CH + 4,95g
lactose, dividida em 3 partes iguais)
Preparar o 3 CH partindo da 2 CH (0,05g da 2 CH + 4,95g Para dispensar 20 mL do medicamento na escala LM deve-
mos dissolver 1 mcglob do LM na potência desejada, neste
lactose, dividida em 3 partes iguais)
exemplo 1 mcglob. do Apis mellifica na 4 LM, em 1 gota de
água purificada e completar o volume com etanol 30% para
20 mL.
Solubilizar a preparação 3 CH e preparo da 1 LM:

Em um cálice dissolver 63mg da 3 CH trit. em 500 gotas da Dispensar em frasco de vidro âmbar de 30 mL (2/3 da capa-
cidade), bem fechado.
solução hidroalcoólica etanol 20%, obtidas obtidas com
98
Escala centesimal = 1/100 = 10/100 = 0,1 mL do insumo
ativo
13º Exercício: Consequentemente terei 9,9 mL do insumo inerte
Dispensar 20 mL de Ácido benzoico 32K ou
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida Ácido ben-
zoico matriz a 30 CH (etanol 70%) Raciocínio 2:
1 mL do insumo ativo -------- 100 mL do medicamento
x mL do insumo ativo ------ -- 10 mL do medicamento
Colocar 20 mL da matriz de ácido benzoico a 30 CH em um x = 0,1 mL do insumo ativo
frasco de vidro âmbar com capacidade para 30 mL (ocupar o Consequentemente terei 9,9 mL do insumo inerte
frasco com 1/2 a 2/3 da sua capacidade). Emborcar o frasco,
Quanto irei usar da preparação na 3 CH para solubilização:
deixando o líquido escorrer livremente por cinco segundos 0,1g
(ao final deste processo 1 parte (1%) da preparação restou Quanto devo manipular do triturado para ter 0,1 g, contando
no interior do frasco). Adicionar 19,8 mL (99 partes) de com as perdas do processo: 5g.
insumo inerte (etanol 70%) + 100 êé = 31 K.
*OBS: esta quantidade de 5g é uma escolha do farmacêuti-
Colocar 20 mL de ácido benzoico a 31 K em um frasco de co, a escolha de outras quantidades não é errada, desde que
vidro âmbar com capacidade para 30 mL (ocupar o frasco sobre 0,1g para a continuação da manipulação do medica-
mento.
com 1/2 a 2/3 da sua capacidade). Emborcar o frasco, dei-
xando o líquido escorrer livremente por cinco segundos.
MANIPULAÇÃO:
Adicionar 19,8 mL de insumo inerte (etanol 30%) + 100
êé = 32 K. Para manipular 5 g do triturado na escola CENTESIMAL,
devo possuir:
Se for uma Forma Farmacêutica GOTAS de uso interno, 0,05g do insumo ativo: graphite em pó
dispensar em frasco de 20 mL (de vidro âmbar, adicionado 4,95g do insumo inerte: lactose, dividido em 3 partes iguais
de batoque ou conta gotas). de 1,65g.

14º Exercício: Colocar no gral a 1ª terça parte de lactose (1,65g), triturar


Dispensar 20 mL de Acetic acidum 40K por 2 minutos para tampar os poros.
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida Acetic aci- Colocar sobre este gral 0,05g do insumo ativo (graphite em
dum 38K pó).
Homogeneizar (T6’+ R4’; T6’+ R4’):
- Triturar por 6 minutos;
Colocar 20 mL do Acetic acidum 38K em um frasco de - Raspar por 4 minutos;
vidro âmbar com capacidade para 30 mL (ocupar o frasco - Triturar por 6 minutos;
com 1/2 a 2/3 da sua capacidade). Emborcar o frasco, dei- - Raspar por 4 minutos.
xando o líquido escorrer livremente por cinco segundos. Colocar sobre este gral a 2a terça parte da lactose (1,65g),
Adicionar 19,8 mL (99 partes) de insumo inerte (etanol homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
70%) + 100 êé = 39 K. Colocar sobre este gral a 3a terça parte da lactose (1,65g) ,
homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
Colocar 20 mL Acetic acidum 39K em um frasco de vidro Obtenho o preparado na 1 CH.
âmbar com capacidade para 30 mL (ocupar o frasco com Preparar o 2 CH partindo da 1 CH (0,05g da 1 CH + 4,95g
1/2 a 2/3 da sua capacidade). Emborcar o frasco, deixando o lactose, dividida em 3 partes iguais)
líquido escorrer livremente por cinco segundos. Adicionar Preparar o 3 CH partindo da 2 CH (0,05g da 2 CH + 4,95g
19,8 mL (99 partes) de insumo inerte (etanol 30%) + 100 lactose, dividida em 3 partes iguais)
êé = 40 K.
Solubilizar a preparação 3 CH, obtendo a 4 CH:
Dissolver 1 parte do triturado 3 CH (0,1g) em 80 partes de
Se for uma Forma Farmacêutica GOTAS de uso interno,
água purificada (8 mL). Completar o volume mais com 20
dispensar em frasco de 20 mL (de vidro âmbar, adicionado partes de etanol a 96% (v/v) (2 mL) e sucussionar 100 vezes,
de batoque ou conta gotas) para obter a 4 CH (não posso estocar).
15º Exercício:
0,1mL de 4CH + 9,9 mL de álcool 70% + 100 êé = 5 CH -
Dispensar 10 mL de Graphite 31K posso estocar como matriz
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida graphite em ...... manipule de forma idêntica até a 30CH
pó (droga insolúvel)
Colocar 10 mL do Graphite 30CH em um frasco de vidro
Resposta.: âmbar com capacidade para 20 mL (ocupar o frasco com 1/2
a 2/3 da sua capacidade). Emborcar o frasco, deixando o
CALCULOS:
líquido escorrer livremente por cinco segundos. Adicionar
Raciocínio 1:

99
9,9 mL (99 partes) de insumo inerte (etanol 30%) + 100 mização, e a segunda para atender a prescrição mé-
êé = 31 K. dica (graduação alcoólica para dispensação é de
30% de a forma farmacêutica for GOTAS de uso
OBSERVAÇÕES:
oral ou água purificada/etanol a 5% para prepara-
• Manipular em frasco de 20 mL (de vidro âmbar); ções em dose única).
• Se for uma Forma Farmacêutica: GOTAS de uso in- • Dispensar em recipiente de vidro neutro, âmbar,
terno, dispensar em frasco de 10 mL (de vidro âm- bem fechado, ao abrigo da luz e do calor (se for pa-
bar, adicionado de batoque ou conta gotas). ra GOTAS adicionado de batoque ou conta gotas).
16º Exercício:
18º Exercício:
Dispensar 20 mL de Aesculus hippocastanum 35K
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida Aesculus Dispensar 20 mL de Anilinum 220FC
hippocastanum matriz 30CH Informações ao farmacêutico: Ponto de partida Anilinum
matriz na 30CH
Colocar 20 mL do Aesculus hippocastanum matriz 30CH em
um frasco de vidro âmbar com capacidade para 30 mL (ocu- • Adicionar o volume da matriz de partida (em etanol
par o frasco com 1/2 a 2/3 da sua capacidade). Emborcar o a 70%, ou superior) equivalente à capacidade vo-
frasco, deixando o líquido escorrer livremente por cinco lumétrica da câmara do aparelho. A entrada de água
segundos. Adicionar 19,8 mL de insumo inerte (etanol 70%) purificada e a rotação do motor serão acionadas si-
+ 100 êé = 31K. multaneamente.
• A dinamização inicia-se sempre com a câmara
....manipule de forma idêntica até a 34K cheia.
• O processo será reiniciado com a última potência
Colocar 20 mL Aesculus hippocastanum 34K em um frasco
FC em que ele foi interrompido, adicionando o vo-
de vidro âmbar com capacidade para 30 mL (ocupar o frasco
com 1/2 a 2/3 da sua capacidade). Emborcar o frasco, dei- lume da matriz de partida equivalente à capacidade
xando o líquido escorrer livremente por cinco segundos. volumétrica da câmara do aparelho.
Adicionar 19,8 mL (99 partes) de insumo inerte (etanol • Acionar, então, a entrada da água purificada e o
30%) + 100 êé = 35 K. motor, simultaneamente.
• Interromper o processo sempre duas potências an-
Se for uma Forma Farmacêutica GOTAS de uso interno, tes da desejada.
dispensar em frasco de 20 mL (de vidro âmbar, adicionado • Para o preparo das duas últimas potências será se-
de batoque ou conta gotas). guido o método hahnemanniano dos frascos múlti-
plos em escala centesimal (CH), usando como in-
17º Exercício: sumo inerte etanol a 70%, para a primeira dinami-
Dispensar 20 mL de Aesculus hippocastanum 203FC zação, e a segunda para atender a prescrição médica
Informações ao farmacêutico: Ponto de partida Aesculus (graduação alcoólica para dispensação é de 30% de
hippocastanum matriz 30CH a forma farmacêutica for GOTAS de uso oral ou
água purificada/etanol a 5% para preparações em
• Adicionar o volume da matriz de partida (em etanol dose única).
a 70%, ou superior) equivalente à capacidade vo- • Dispensar em recipiente de vidro neutro, âmbar,
lumétrica da câmara do aparelho. A entrada de água bem fechado, ao abrigo da luz e do calor (se for pa-
purificada e a rotação do motor serão acionadas si- ra GOTAS adicionado de batoque ou conta gotas).
multaneamente.
• A dinamização inicia-se sempre com a câmara 19º Exercício:
cheia. Dispensar 20 mL de Argentum 300 FC
• O processo será reiniciado com a última potência Informações ao farmacêutico: Ponto de partida: prata metá-
FC em que ele foi interrompido, adicionando o vo- lica (droga insolível).
lume da matriz de partida equivalente à capacidade
volumétrica da câmara do aparelho.
Resposta.:
• Acionar, então, a entrada da água purificada e o
motor, simultaneamente. CALCULOS:
• Interromper o processo sempre duas potências an- Raciocínio 1:
tes da desejada. Escala centesimal = 1/100 = 20/100 = 0,2 mL do insumo
• Para o preparo das duas últimas potências será se- ativo
Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte
guido o método hahnemanniano dos frascos múlti-
plos em escala centesimal (CH), usando como in- ou
sumo inerte o etanol a 70%, para a primeira dina- Raciocínio 2:
100
1 mL do insumo ativo -------- 100 mL do medicamento • O processo será reiniciado com a última potência
x mL do insumo ativo ------ -- 20 mL do medicamento FC em que ele foi interrompido, adicionando o vo-
x = 0,2 mL do insumo ativo lume da matriz de partida equivalente à capacidade
Consequentemente terei 19,8 mL do insumo inerte
volumétrica da câmara do aparelho.
Quanto irei usar da preparação na 3 CH para solubilização: • Acionar, então, a entrada da água purificada e o
0,2g motor, simultaneamente.
Quanto devo manipular do triturado para ter 0,2 g, contando
com as perdas do processo: 5g. • Interromper o processo sempre duas potências an-
tes da desejada.
*OBS: esta quantidade de 5g é uma escolha do farmacêuti- • Para o preparo das duas últimas potências será se-
co, a escolha de outras quantidades não é errada, desde que guido o método hahnemanniano dos frascos múlti-
sobre 0,2g para a continuação da manipulação do medica-
plos em escala centesimal (CH), usando como in-
mento.
sumo inerte etanol a 70%, para a primeira dinami-
MANIPULAÇÃO: zação, e a segunda para atender a prescrição médica
(graduação alcoólica para dispensação é de 30% de
Para manipular 5 g do triturado na escola CENTESIMAL, a forma farmacêutica for GOTAS de uso oral ou
devo possuir:
água purificada/etanol a 5% para preparações em
0,05g do insumo ativo: prata metálica
4,95g do insumo inerte: lactose, dividido em 3 partes iguais dose única).
de 1,65g. • Dispensar em recipiente de vidro neutro, âmbar,
bem fechado, ao abrigo da luz e do calor (se for pa-
Colocar no gral a 1ª terça parte de lactose (1,65g), triturar ra GOTAS adicionado de batoque ou conta gotas).
por 2 minutos para tampar os poros.
Colocar sobre este gral 0,05g do insumo ativo (prata metáli-
ca).
Homogeneizar (T6’+ R4’; T6’+ R4’): OBSERVAÇÕES:
- Triturar por 6 minutos;
• Manipular em frasco de 30 mL (de vidro âmbar);
- Raspar por 4 minutos;
- Triturar por 6 minutos; • Se for uma Forma Farmacêutica: GOTAS de uso in-
- Raspar por 4 minutos. terno, dispensar em frasco de 20 mL (de vidro âm-
Colocar sobre este gral a 2a terça parte da lactose (1,65g), bar, adicionado de batoque ou conta gotas).
homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
Colocar sobre este gral a 3a terça parte da lactose (1,65g) ,
homogeneizar: T6’+ R4’; T6’+ R4’.
Obtenho o preparado na 1 CH.
Preparar o 2 CH partindo da 1 CH (0,05g da 1 CH + 4,95g
lactose, dividida em 3 partes iguais)
Preparar o 3 CH partindo da 2 CH (0,05g da 2 CH + 4,95g
lactose, dividida em 3 partes iguais)
Solubilizar a preparação 3 CH, obtendo a 4 CH:
Dissolver 1 parte do triturado 3 CH (0,2g) em 80 partes de
água purificada (16 mL). Completar o volume mais com 20
partes de etanol a 96% (v/v) (4 mL) e sucussionar 100 vezes,
para obter a 4 CH (não posso estocar).

0,2mL de 4CH + 19,8 mL de álcool 70% + 100 êé = 5 CH -


posso estocar como matriz
........ manipule de forma idêntica até a 30CH.

FLUXO CONTÍNUO:
• Adicionar o volume da matriz de partida (em etanol
a 70%, ou superior) equivalente à capacidade vo-
lumétrica da câmara do aparelho. A entrada de água
purificada e a rotação do motor serão acionadas si-
multaneamente.
• A dinamização inicia-se sempre com a câmara
cheia.

101
Gabarito
Exercício 2:
Lista de Exercício – Capítulo 7 -
FORMAS FARMACÊUTICAS Natrium sulfuricum 200FC..... X/V/20
Tomar todo o conteúdo do frasco à noite, ao dei-
LÍQUIDAS tar.
Dose Única Líquida (DUL)
Ponto de partida: Matriz na potência desejada. Como o farmacêutico deve ler a receita:

Insumo inerte: água purificada ou etanol até 5% Natrium sulfuricum 200FC.............. X gotas = nº
(v/v). de gotas do insumo ativo
Etanol a 96% (v/v) .......................... V gotas = nº
Técnica: Diluir o ponto de partida no insumo iner- de gotas do álcool
te na proporção desejada. Agua purificada ....q.s.p..................... 20 mL =
volume a ser dispensado
Exercício 1:
Lycopodium clavatum 30 CH .... XX/30 Legenda:
Tomar todo o conteúdo do frasco em jejum O primeiro algarismo romano indica o nº de gotas do
PA; o segundo, o nº de gts do álcool.
Algarismo arábico, após a barra, indica o volume a ser
Como o farmacêutico deve ler a receita: dispensado.

Lycopodium clavatum 30 CH .......... XX gotas = Técnica:


20 gotas • Preparar o Natrium sulfuricum na potência
Água purificada ...........q.s.p................. 30 mL = de 200FC, pelo método de fluxo contínuo.
volume a ser dispensado Sendo a última potência, a 200FC, prepa-
rada em etanol 30%
Legenda: • Transferir 10 gotas do medicamento na
Algarismos Romanos indicam o nº de gotas; 200FC para um frasco de 20 mL, acrescen-
Algarismo arábico, após a barra, indica o volume tar a este frasco cinco gotas de etanol 96%
a ser dispensado. e completar o volume para 20 mL com
água purificada.
Técnica: • Homogeneizar, embalar, rotular e dispen-
• Preparar Lycopodium clavatum em potên- sar.
cia 30CH, pelo método hahnemanniano
dos frascos múltiplos. Sendo a última po- Exercício 3:
tência, a 30CH, preparada em etanol 30%
• Transferir vinte gotas do medicamento na Pulsatilla nigricans 30CH D.U. Líquida
30CH para um frasco de 30 mL e comple-
tar o volume para 30 mL com água purifi- Como o farmacêutico deve ler a receita:
cada.
O volume de preparação e dispensação quando
• Homogeneizar, embalar, rotular e dispen-
não especificado na prescrição médica, serão dis-
sar.
pensadas na proporção de duas gotas do medica-
Obs.: O volume de preparação e dispensação mento no ponto de partida por mL do insumo
quando não especificado na prescrição médica, inerte (água purificada ou etanol a 5%), até um
serão dispensadas na proporção de duas gotas do volume máximo de 10 mL.
medicamento no ponto de partida por mL do in-
sumo inerte (água purificada ou etanol a 5%), até Técnica:
um volume máximo de 10 mL. • Preparar a Pulsatilla nigricans na potência
30CH, pelo método hahnemanniano dos
frascos múltiplos. Sendo a última potência,
a 30CH, preparada em etanol 30%
102
• Em um flaonete, transferir duas gotas desta Não é recomendável devido sua toxicidade
preparação para cada 1 mL de água purifi- ser muito alta. As doses letais indicadas na Far-
cada ou etanol a 5%. Não dispensar volu- macopeia homeopática Brasileira são de 1,5 mL
me superior a 10 mL em preparações Doses Únicas e de 5 mL para do-
• Homogeneizar, embalar, rotular e dispen- ses fracionadas (ex. GOTAS) em 24 horas.
sar. Exercício 5:

Obs.: O Manual de normas técnicas para a far- O Bicromato de potássio é a fonte do medicamen-
mácia homeopática, em sua 4ª edição, sugere dis- to homeopático Kali bichromicum, sendo que se
trata de um mineral solúvel em água. Descreva a
pensar 4 gotas do insumo ativo em 2 mL de água
preparação de Kali bi 4 CH gotas a partir da
purificada ou solução hidroalcoólica até 5%, TM 60%. Dispensar 10 mL.
quando a quantidade de medicamento não estiver
determinada na receita.
0,1 mL de TM + 9,9 mL de etanol 60% + 100 ↕=
1CH
GOTAS 0,1 mL de 1CH + 9,9 mL de etanol 60% + 100 ↕=
Exercício 4: 2CH
0,1 mL de 2CH + 9,9 mL de etanol 60% + 100 ↕=
Belladona é uma planta tradicionalmente utilizada 3CH
na Europa e no mundo todo por suas propriedades 0,1 mL de 3 CH + 9,9 mL de etanol 30 % + 100 ↕
medicinais. Em homeopatia ela também é utiliza- = 4 CH.
da tendo sua patogenesia descrita e fazendo parte Dispensar em vidro âmbar no volume da prescri-
dos medicamentos dos primeiros socorros. Uma ção, com tampa e batoque.
cliente chega à farmácia com uma receita médica Rotular e dispensar.
de Belladona 6CH gotas. Verificando no estoque
vemos que a farmácia possui Tintura mãe de bela- Formulações líquidas com mais de um insumo
dona e no rótulo podemos ler: Tintura mãe de Bel- ativo
ladona (Atropa belladona), grau alcoólico 60%,
tóxico, validade: 2 anos. Exercício 6:
c) Prepare 20mL do medicamento prescrito.
Belladona 6 CH ãã .......... 30 mL
Phytolacca dec. 6 CH
0,2 mL de TM + 19,8 mL de etanol a 60% + 100 ↕
= 1CH Resposta:
0,2 mL de 1CH + 19,8 mL de EtOH 60% + 100 ↕ • Preparar Belladona em potência 6CH, pelo
= 2CH método hahnemanniano dos frascos múltiplos.
0,2 mL de 2CH + 19,8 mL de etanol a 60% + 100
Sendo a última potência, a 6CH, preparada em
↕ = 3CH
etanol 30%;
0,2 mL de 3CH + 19,8 mL de etanol a 70% + 100
↕ = 4CH • Preparar Phytolacca dec em potência 6CH, pe-
0,2 mL de 4CH + 19,8 mL de etanol a 70% + 100 lo método hahnemanniano dos frascos múlti-
↕ = 5CH plos. Sendo a última potência, a 6CH, prepara-
0,2 mL de 5 CH + 19,8 mL de etanol a 30% + 100 da em etanol 30%;
↕= 6CH • Em um cálice de vidro misturar 30 mL de cada
Dispensar em vidro âmbar no volume da prescri- medicamento obtendo-se o volume final de
ção, com tampa e batoque. 60 mL.;
Rotular e dispensar. • Envasar em um frasco adequado munido de
batoque ou conta-gotas, rotular e dispensar.
d) É possível dispensar Belladona 1CH go-
tas? Por quê?

103
Exercício 7: Preparar o insumo ativo, por trituração, na potência
desejada.
Belladona 6 CH ãã ..... qsp ..... 30 mL • Misturar essa preparação, na proporção de no
Phytolacca dec. 6 CH mínimo 10% (p/p), em lactose com ou sem adição
de adjuvantes.
Resposta: • Levar à compressão direta ou com granulação
• Preparar Belladona em potência 6CH, pelo prévia.
método hahnemanniano dos frascos múltiplos. • Para granular, quando necessário, umedecer com
Sendo a última potência, a 6CH, preparada em quantidade suficiente de solução alcoólica.
etanol 30%; Exercício 9:
• Preparar Phytolacca dec em potência 6CH, pe-
Calcarea carbonica 3 CH trit..................1 frasco
lo método hahnemanniano dos frascos múlti-
plos. Sendo a última potência, a 6CH, prepara- Chupar 1 comprimido 4 vezes ao dia
da em etanol 30%; Técnica
• Em um cálice de vidro misturar 15 mL de cada
Obter Calcarea carbonica 3 CH pelo mé-
medicamento obtendo-se o volume final de
todo de trituração. Como não se especifi-
30 mL.;
cou a quantidade de comprimidos, dispen-
• Envasar em um frasco adequado munido de sar entre 15 a 20 comprimidos.
batoque ou conta-gotas, rotular e dispensar.
Pesar 15 g de comprimidos inertes e colo-
Exercício 8: ca-los em frasco de boca larga, misturar
1,5 g de lactose -> Levar a compressão di-
Belladona 6 CH .........................................1% reta.
Phytolacca dec. 6 CH ................................2% Dispensar com frasco rotulado.
Etanol a 30% (v/v) ...... qsp ...................... 30 mL GLÓBULOS
Resposta: Exercício 10:
• Preparar Belladona em potência 6CH, pelo
método hahnemanniano dos frascos múltiplos. Veratrum album 12DH.............1frasco
Sendo a última potência, a 6CH, preparada em Chupar 5 glóbulos 4 vezes ao dia
etanol 30%;
• Preparar Phytolacca dec em potência 6CH, Técnica
pelo método hahnemanniano dos frascos múl- Preparar Veratrum álbum 12DH utilizando etanol
tiplos. Sendo a última potência, a 6CH, prepa- a 70% na última dinamização. Pesar 15 g de gló-
rada em etanol 30%; bulos inertes e colocá-los num frasco de boca lar-
• Em um cálice de vidro misturar 0,3 mL (1%) ga.
de Belladona, 6CH, 0,6 mL (2%) de Phytolac- Impregnar os glóbulos inertes, agitando o recipi-
ca dec. 6 CH e complete o volume para 30mL ente por alguns minutos, com um terço do volume
com álcool a 30% (v/v).
de insumo ativo calculado na proporção no míni-
• Envasar em um frasco adequado munido de
mo 5% em relação ao peso dos glóbulos (v/p):
batoque ou conta-gotas, rotular e dispensar.

FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLI- 15 g x 5% = 0,75 g (que equivale a 0,75 mL)/ 3


DAS (tríplice impregnação) = 0,25 mL para cada 15 g
COMPRIMIDOS de glóbulos POR IMPREGNAÇÃO.
Quando insumo ativo for sólido:
Compressão Impregnar com 0,25 mL de Veratrum album
12DH preparado em etanol a 90% e agitar o frasco
alguns minutos. Deixar os glóbulos secar sobre

104
papel de filtro. Devolvê-los ao frasco e adicionar Preparar o Magnesium phosphoricum 3DH, em
mais 0,25 mL do insumo ativo. Agitar o frasco lactose, pelo método hahnemanniano da tritura-
alguns minutos. Deixar os glóbulos secar sobre ção. Pesar 13,5 g (90%) de lactose e 1,5 g (10%)
papel de filtro. Devolvê-los ao frasco e adicionar, de Magnesium phosphoricum 3DH trit. (30 papéis
por último, mais 0,25 mL do insumo ativo. Agitar de 500 mg cada um = 15.000 mg = 15 g). Mistu-
o frasco alguns minutos. Deixar os glóbulos secar. rar. Repartir em 30 porções de 500 mg cada uma.
Transferi-los para um frasco de boca larga e rotu- Acondicionar em papéis. Rotular cada um dos
lar.
papéis. Embalar em um pote de boca larga ou em
* Lembrar que é no mínimo 5%, mas vc pode- outro recipiente adequado e rotulá-lo.
ria manipular o medicamento em outra con-
centração no exercício. Lembrar também que
para FORMAS FARMACÊUTICAS COM- TABLETES
POSTAS o percentual de impregnação dos Por moldagem (ativo líquido)
glóbulos é de 10% (ao invés de no mínimo
5%). Exercício 13:

PÓS Pulsatila 6 CH -------------- 80 tabletes

Exercício 11: Chupar 1 tablete 2 vezes.

Natrium muriaticum 30CH Pós............16 cápsulas Técnica


Tomar todo o conteúdo de 1 cápsula 2 vezes ao Obter Pulsatila 6 CH pelo método hahneman-
dia, por 8 dias niano dos frascos múltiplos utilizando etanol a
70% na última dinamização.
Técnica 80 tabletes de 200mg cada = 16000mg = 16g.
Obter Natrium muriaticum 30 CH pelo método Impregnar a lactose com o insumo ativo líqui-
hanemmaniano dos frascos múltiplos utilizando do, na proporção de no mínimo 10% (1,6 mL
etanol a 70% na última dinamização. de Pulsatila 6 CH + 16g de lactose). Homoge-
neizar e secar
Pesar a quantidade de lactose a ser utilizada para
as cápsulas prescritas: Dar ponto de moldagem (umedecer a lactose)
com adição de quantidade suficiente de etanol
500 mg de lactose x 16 cápsulas = 8000mg ou 8 g
de lactose. a 70%, de forma que se obtenha uma massa
que, ao ser espremida entre as mãos, receba o
Impregnar 10% do N. muriaticum com a lactose formato de um pão. A ser quebrada ao meio,
(0,8 mL). Misturar bem e deixar secar. Repartir a essa massa não deve esfarelar-se (ponto de
lactose impregnada em 16 porções de 500 mg. massa).
Adicionar em cápsulas gelatinosas nº 0 incolor. Levar a massa ao tableteiro e moldar os table-
Embalar e rotular.
tes com uma espátula de aço inoxidável.
Exercício 12: Deixar secar por alguns minutos. Não deixar
secar totalmente.
Magnesium phosphoricum 3DH Pós ..................
Proceder à extrusão e secar em temperatura in-
30 papéis
ferior a 50°C.
Tomar todo o conteúdo de 1 papel 3 vezes ao dia,
Transferir os tabletes para um frasco de boca
por 10 dias.
larga, colocar algodão por cima para evitar o
choque entre elas e rotular.
Técnica

105
Dissolver 1 comprimido na boca a cada 4 ho-
ras.
Preparar os componentes das fases líquida e
DOSE ÚNICA SÓLIDA (DUS) sólida conforme as técnicas descritas. Consi-
derando o peso médio de 200 mg para cada
Ponto de partida. Insumo ativo na potência deseja-
comprimido, teremos um peso total de 10 g
da.
(200 mg x 50 comprimidos = 10.000 mg = 10
Técnica. Impregnar a forma sólida com duas gotas g). Pesar 0,5 g (5%) da fase sólida e acrescen-
do insumo ativo ou de acordo com a prescrição. tar 9,5 g de lactose ou mistura de lactose e sa-
carose. Homogeneizar bem. Incorporar à mis-
Dispensação. Quando não indicado na prescrição, tura 0,5 mL (5%) da fase líquida. Deixar secar
dispensar: em temperatura inferior a 50ºC e homogenei-
- comprimidos: um (1) comprimido; zar. Umedecer a mistura com quantidade sufi-
- glóbulos: cinco (5) glóbulos;
ciente de etanol a 70% ou superior e granular.
- pó: 300 a 500 mg de lactose;
- tablete: um (1) tablete. Tamisar e secar em temperatura inferior a
50°C. Levar à compressão. Transferir os com-
Insumo ativo líquido primidos para um frasco de boca larga e rotu-
Exercício 14: lar.

Sulfur 30CH. ---------------------------Glóbulos. GLÓBULOS – insumo ativo líquido


Deixar dissolver na boca todo o conteúdo do fras-
Exercício 16:
co, em jejum.
Hydrasis canadensis 6CH ãã.... qsp...15g glob.
Técnica Kalium bichromicum 6CH

Preparar o Sulfur na potência 30CH, em etanol Chupar 5 glóbulos de 2 em 2 horas.


igual ou superior a 70%, pelo método hahneman-
Técnica – tríplice impregnação
niano. Transferir cinco glóbulos para um flaconete
e acrescentar duas gotas de insumo ativo líquido. Preparar o Hydrasis canadensis 6CH e o Ka-
Agitar o flaconete dois minutos para promover a lium bichromicum 6CH, separadamente, em
absorção do líquido pelos glóbulos. Secá-los sobre etanol a 70. Misturar os dois medicamentos
papel de filtro. Transferir para outro flaconete e em partes iguais. Pesar 15 g de glóbulos iner-
rotular. tes. Utilizar a técnica da tríplice impregnação,
adicionando 0,5 mL a cada passagem: 3 x 0,5
FORMULAÇÕES SÓLIDAS mL = 1,5 mL (10% do peso dos glóbulos).
Deixar secar em temperatura inferior a 50°C.
COMPRIMIDO (insumo ativo líquido e sólido) Embalar em frasco de boca larga e rotular.

Exercício 15: *Lembrar que para FORMULAÇÕES SÓLI-


DAS COMPOSTAS o percentual de impregna-
Calcarea carbonica 3CH trit. ção dos glóbulos é de 10%, diferente de glóbulos
Magnesium phosphoricum 3CH trit. impregnados com apenas um medicamento que
utilizam NO MÍNIMO 5% (podendo ser 10%,
Lycopodium clavatum 12CH pois é no MÍNIMO 5%).
Phosphorus12CH
ãã..... qsp .....50 comprimidos

Técnica – compressão

106
Gabarito de 10% (p/v) ou (v/v), garantindo uma
Lista de Exercício – Capítulo 8 – FF de dispersão uniforme.
USO EXTERNO • Proceder segundo a arte.
• Embalar, rotular e dispensar.
12) Quais as formas farmacêuticas para uso exter-
no que podem ser utilizadas em medicamentos 14) O que são preparações nasais? Quais os veícu-
homeopáticos? Exemplique. los que podem ser utilizados? Quais os requi-
sitos mínimos exigidos para essas formula-
Resposta: ções? Qual a técnica de obtenção de prepara-
• Formas farmacêuticas líquidas: linimen- ções nasais?
tos, preparações nasais, preparações oftál-
Resposta:
micas e preparações otológicas.
• Formas farmacêuticas sólidas: apósitos São preparações destinadas à aplicação na
medicinais, pós medicinais, supositórios mucosa nasal sendo apresentadas sob formas lí-
retais e supositórios vaginais. quidas ou semi-sólidas. Apresentam em sua com-
• Formas farmacêuticas semi-sólidas posição insumos ativos veiculados em água purifi-
(plásticas): cremes, géis, géis-cremes e cada, solução de cloreto de sódio 0,9% (p/v), so-
luções hidroglicerinadas ou bases para prepara-
pomadas.
ções semissólidas, destinadas a serem aplicadas na
mucosa nasal, sob a forma de gotas ou nebuliza-
ção.
13) O que são linimentos? Qual a técnica de ob-
tenção dos linimentos? Os requisitos mínimos exigidos para essa
forma farmacêutica são:
Resposta:
• Osmolaridade compatível;
Linimentos são formas farmacêuticas de • pH compatível;
uso externo, que apresentam em sua composição • viscosidade comparada à do muco
insumos ativos veiculados por óleos, podendo ser nasal;
incorporadas em soluções hidroalcoólicas ou ba-
• limpidez;
ses emulsionáveis de baixa viscosidade, destina-
dos a serem aplicados sobre a pele com fricções. • esterilidade.

Técnica de Obtenção dos Linimentos:


Técnica de Obtenção das Preparações nasais:
• Preparar a potência solicitada pelo médico
(forma farmacêutica derivada). Não usar • Preparar o medicamento na potência soli-
tinturas-mães ou baixas potências com citada pelo médico (forma farmacêutica
fármacos tóxicos ou que irritem a pele ou derivada). Não usar tinturas-mães ou bai-
as mucosas. xas potências que contenham fármacos tó-
• Quando for mais de um insumo ativo, em xicos ou irritantes para a mucosa nasal.
um cálice de vidro misturá-los (na forma • Quando for mais de um insumo ativo, em
farmacêutica derivada) em partes iguais e um cálice de vidro misturá-los (na forma
homogeneizar. farmacêutica derivada) em partes iguais e
• Acrescentar o insumo ativo no insumo homogeneizar.
inerte (óleos, soluções hidroalcoólicas ou • Dissolver o insumo ativo no insumo inerte
bases emulsionáveis fluídas) na proporção (água purificada, solução de cloreto de só-
dio 0,9% (p/v), soluções hidroglicerinadas

107
e bases para preparações semissólidas) na A esterilidade deve ser mantida com o uso de con-
proporção de 1% a 5% (p/v) ou (v/v). servantes microbiológicos.
• Essa preparação deverá seguir os requisi- Técnica de Obtenção das Preparações oftálmi-
tos de pH e osmolaridade citados na litera- cas:
tura específica, sendo indicados, nesses ca-
sos, tampões à base de sais fosfatos e clo- • Preparar o medicamento na potência soli-
reto de sódio como isotonizante. A limpi- citada pelo médico (forma farmacêutica
dez pode ser obtida por filtração através do derivada). Não usar tinturas-mães ou bai-
papel de filtro. A esterilização deve ser fei- xas potências que contenham fármacos tó-
ta por filtração por meio de membranas xicos ou irritantes para a mucosa ocular.
com porosidade 0,22 µm. A esterilização • Quando for mais de um insumo ativo, em
por calor deve ser evitada. A esterilidade um cálice de vidro misturá-los (na forma
deve ser mantida com o uso de conservan- farmacêutica derivada) em partes iguais e
tes microbiológicos. Não devem ser utili- homogeneizar.
zadas substâncias ou concentrações que • Dissolver o insumo ativo no veículo (in-
modifiquem o movimento ciliar normal. sumo inerte) na proporção de 0,5% a 1%
• Proceder segundo a arte. (p/v) ou (v/v).
• Embalar, rotular e dispensar. • Essa preparação deverá seguir os requisi-
tos de:
15) O que são preparações oftálmicas? Quais os o pH,
veículos que podem ser utilizados? Quais os o osmolaridade,
requisitos mínimos exigidos para essas formu- o limpidez,
lações? Qual a técnica de obtenção de prepa- o esterilidade e;
rações oftálmicas? o presença de conservantes.

Resposta: Os tampões fosfato são mais indicados para manu-


tenção do pH. O cloreto de sódio é indicado como
São preparações destinadas à aplicação na isotonizante. O cloreto de benzalcônio (1:5.555) é
mucosa ocular sendo apresentadas sob formas o conservante microbiológico sugerido para man-
líquidas ou semissólidas. Apresentam em sua ter a esterilidade.
composição insumos ativos veiculados adequada-
mente (solução de cloreto de sódio 0,9% (p/v),
água purificada, derivados de celulose e bases A limpidez pode ser obtida por filtração através do
para preparações semissólidas) para instilação no papel de filtro.
olho.
A esterilização deve ser feita, preferencialmente,
Essas soluções devem cumprir os seguintes por filtração por meio de membranas com porosi-
requisitos: dade 0,22 µm. A esterilização por calor deve ser
evitada.
• precisão na composição,
• isotonicidade, Na esterilização das preparações oftálmicas ho-
• pH compatível, meopáticas não serão permitidos os seguintes mé-
• limpidez; todos: calor úmido, calor seco, radiação ionizante
• esterilidade. e por gás esterilizante.
• Proceder segundo a arte.
Embora a tolerância para a osmolaridade da solu-
• Embalar, rotular e dispensar.
ção seja equivalente à faixa de 0,7 a 1,4 g% de
NaCl, não há razões para manter a essa preparação
hipotônica ou hipertônica.

108
16) O que são preparações otológicas? Quais os • Em uma bandeja ou recipiente fundo,
veículos que podem ser utilizados? Qual a téc- umedecer o substrato (parte inerte: algodão
nica de obtenção? ou gaze estéril) com quantidade suficiente
de medicamento na forma farmacêutica
Resposta: derivada (no estado líquido) (quantidade
São preparações destinadas à aplicação na suficiente = imersão completa/molhagem
cavidade auricular, apresentadas sob formas líqui- completa).
das ou semissólidas. Os veículos utilizados são • Deixar drenar o excesso do líquido e, pos-
soluções alcoólicas, água purificada, óleos, solu- teriormente, deixar o substrato secar a
ção de cloreto de sódio a 0,9% (p/v), soluções temperatura ambiente ou em estufa com
hidroglicerinadas e bases para preparações semis- temperatura não superior a 50 °C.
sólidas. • Embalar cada substrato adequadamente
Técnica de obtenção de Preparações otológicas: com uma embalagem adequada para a dis-
pensação.
• Preparar o medicamento na potência soli- • Rotular e dispensar.
citada pelo médico (forma farmacêutica
derivada). 18) O que são pós medicinais? Quais os insumos
• Quando for mais de um insumo ativo, em inertes utilizados em suas formulações? Qual
um cálice de vidro misturá-los (na forma a técnica de obtenção dos pós medicinais
farmacêutica derivada) em partes iguais e quando os ativos forem líquidos, sólidos ou lí-
homogeneizar. quidos e sólidos?
• Incorporar o insumo ativo ao insumo inerte Resposta:
na proporção de 10% (p/v) ou (v/v).
São preparações resultantes da incorpora-
• Proceder segundo a arte. ção de insumo ativo na potência desejada, ao in-
• Embalar, rotular e dispensar. sumo inerte adequadamente pulverizado. Os in-
sumos inertes utilizados são: amidos, carbonatos,
É facultado o uso de conservantes. estearatos, óxidos, silicatos e outros.

17) O que são apósitos medicinais? Qual a técnica Técnica de obtenção de Pós medicinais com
de obtenção? ativos LÍQUIDOS
• Preparar o medicamento na potência soli-
Resposta:
citada pelo médico (forma farmacêutica
São substratos adequados (algodão ou gaze es- derivada).
terilizados) umedecidos com insumo(s) ati- • Quando for mais de um insumo ativo, em
vo(s) na potência desejada. um cálice de vidro misturá-los (na forma
Técnica de obtenção de Preparações apósitos farmacêutica derivada) em partes iguais e
medicinais: homogeneizar.
• Impregnar o insumo ativo, na proporção de
• Preparar o medicamento na potência soli-
10% (v/p) ao insumo inerte, homogeneizar
citada pelo médico (forma farmacêutica
e secar à temperatura não superior a 50 °C.
derivada).
• Pode ser necessário tamisar o medicamen-
• Quando for mais de um insumo ativo, em
to após a secagem, uma vez que pequenos
um cálice de vidro misturá-los (na forma
grupos podem ter sido formados.
farmacêutica derivada) em partes iguais e
o Quando o insumo ativo for líquido
homogeneizar.
deve-se colocar este a 10% do peso

109
da preparação sob o insumo inerte massas será somado, totalizando
a 100% do peso da preparação, 100%.
pois após a evaporação o peso do • Embalar, rotular e dispensar.
solvente será eliminado.
• Embalar, rotular e dispensar.
Técnica de obtenção de Pós medicinais com
ativos LÍQUIDOS E SÓLIDOS
Técnica de obtenção de Pós medicinais com
• Preparar o medicamento na potência soli-
ativos SÓLIDOS
citada pelo médico (forma farmacêutica
• Preparar o medicamento na potência soli- derivada) por trituração segundo técnica
citada pelo médico (forma farmacêutica hahnemanniana até a 3CH ou a 6DH para
derivada) por trituração segundo técnica os insumos ativos insolúveis e por diluição
hahnemanniana até a 3CH ou a 6DH. segundo a técnica hahnemanniana dos
o Caso a medicamento tenha sido so- frascos múltiplos para os insumos ativos
licitado em potencias superiores a solúveis.
3CH ou a 6DH, o farmacêutico de- o Caso a medicamento tenha sido so-
ve solubilizar a 3CH ou a 6DH em licitado em potencias superiores a
um insumo inerte líquido e conti- 3CH ou a 6DH, o farmacêutico de-
nuar a manipulação do medicamen- ve solubilizar a 3CH ou a 6DH em
to pela técnica hahnemanniana dos um insumo inerte líquido e conti-
frascos múltiplos até a potência nuar a manipulação do medicamen-
prescrita pelo médico. Para incor- to pela técnica hahnemanniana dos
porar insumo ativo no insumo iner- frascos múltiplos até a potência
te, tal incorporação será feita como prescrita pelo médico. Para incor-
um ativo líquido, pois este é o es- porar insumo ativo no insumo iner-
tado físico da forma farmacêutica te, tal incorporação será feita como
derivada para este caso. um ativo líquido, pois este é o es-
o Caso a medicamento tenha sido so- tado físico da forma farmacêutica
licitado em potencias INFERIO- derivada para este caso.
RES a 3CH ou a 6DH deve proce- o Caso a medicamento tenha sido so-
der a impregnação do pó medicinal licitado em potencias INFERIO-
com o insumo ativo no estado SÓ- RES a 3CH ou a 6DH deve proce-
LIDO. der a impregnação do pó medicinal
• Impregnação do pó medicinal com o insu- com o insumo ativo no estado SÓ-
mo ativo no estado SÓLIDO: Quando for LIDO.
mais de um insumo ativo, em um gral de • Em um gral de porcelana misturar os in-
porcelana misturá-los (na forma farmacêu- sumos ativos no estado SÓLIDO em partes
tica derivada) em partes iguais e homoge- iguais (na forma farmacêutica derivada) e
neizar com o pistilo. homogeneizar com o pistilo. Em um cálice
• Adicionar o insumo ativo (ou mistura des- de vidro misturar os insumos ativos no es-
tes) na proporção de 10% (p/p) ao insumo tado LÍQUIDO em partes iguais (na forma
inerte e homogeneizar em gral de porcela- farmacêutica derivada) e homogeneizar
na. com um bastão de vidro.
o Quando o insumo ativo for sólido • Adicionar a mistura de insumo ativo na fa-
deve-se colocar este a 10% do peso se LÍQUIDA e SÓLIDA na proporção de
da preparação sob o insumo inerte 10% (p/p ou v/p) ao insumo inerte e ho-
a 90% do peso da preparação, pois mogeneizar em gral de porcelana.
após incorporação o peso das duas
110
• Secar a preparação à temperatura não su- farmacêutica derivada) em partes iguais e
perior a 50 °C. homogeneizar.
• Pode ser necessário tamisar o medicamen- • Incorporar, em temperatura não superior a
to após a secagem, uma vez que pequenos 50 °C, o insumo ativo ao insumo inerte
grupos podem ter sido formados. fundido, na proporção de no mínimo 5%
o O peso do insumo ativo líquido não (v/p) e moldar adequadamente.
deve ser descontado do peso do in- o Como não haverá a evaporação do
sumo inerte, pois após a evapora- solvente do medicamento na forma
ção, tal peso irá ser eliminado da farmacêutica derivada após a in-
preparação. Já o peso do insumo corporação ao insumo inerte a
ativo sólido deve ser descontado do 50°C, o peso do insumo ativo deve
peso do insumo inerte, pois após ser descontado do peso do insumo
incorporação o peso das duas mas- inerte (base fundida para supositó-
sas será somado, totalizando 100%. rios/óvulos). Ex. Caso o medica-
• Embalar, rotular e dispensar. mento tenha sido solicitado a 5%,
deve-se adicionar 5% do peso da
19) O que são supositórios e óvulos? Quais os preparação total (ex. 10 supositó-
insumos inertes que podem ser utilizados na rios de 300 mg, originam 3 g de
formulação de cada um? preparação total), ou seja, 150 mL
Resposta: (5%) do insumo ativo líquido sobre
2,85g do insumo inerte (equivalen-
Supositórios são preparações farmacêuti-
cas com formato adequado para administração te a 95% do peso total da prepara-
retal. Os insumos inertes utilizados nestas formu- ção), sendo o insumo inerte a base
lações são: manteiga de cacau, polióis e outras fundida para supositórios/óvulos.
bases para supositórios. • Após secagem, retirar os supositó-
rios/óvulos do molde (caso seja um molde
Supositórios vaginais (óvulos) são prepa-
reutilizável), embalar individualmente ca-
rações farmacêuticas com formato adequado para
da supositório/óvulo em uma embalagem
administração vaginal. Os insumos inertes utiliza-
dos nestas formulações são: gelatina glicerinada, primária e posteriormente embalar o nú-
manteiga de cacau, polióis e outras bases para mero de unidades solicitadas no medica-
supositórios. mento em uma embalagem secundária
(caixa de isopor, papelão, etc..)
20) Quais as técnicas de obtenção de supositórios • Embalar, rotular e dispensar.
retais e vaginais, quando os ativos forem lí-
quidos, sólidos ou ambos? Técnica de obtenção de SUPOSITÓ-
RIOS/ÓVULOS com ativos SÓLIDOS
Resposta:
• Preparar o medicamento na potência soli-
Técnica de obtenção de SUPOSITÓ- citada pelo médico (forma farmacêutica
RIOS/ÓVULOS com ativos LÍQUIDOS derivada) por meio da técnica hahneman-
• Preparar o medicamento na potência soli- niana de trituração.
citada pelo médico (forma farmacêutica • Quando for mais de um insumo ativo, em
derivada) por meio da técnica hahneman- um gral de porcelana misturá-los (na forma
niana dos frascos múltiplos. farmacêutica derivada) em partes iguais e
• Quando for mais de um insumo ativo, em homogeneizar com o pistilo.
um cálice de vidro misturá-los (na forma

111
o Caso a medicamento tenha sido so- mento em uma embalagem secundária
licitado em potencias superiores a (caixa de isopor, papelão, etc..)
3CH ou a 6DH, o farmacêutico de- • Embalar, rotular e dispensar.
ve solubilizar a 3CH ou a 6DH em
um insumo inerte líquido e conti- Técnica de obtenção de SUPOSITÓ-
RIOS/ÓVULOS com ativos LÍQUIDOS e SÓ-
nuar a manipulação do medicamen-
LIDOS:
to pela técnica hahnemanniana dos
frascos múltiplos até a potência • Preparar o medicamento na potência soli-
prescrita pelo médico. Para incor- citada pelo médico (forma farmacêutica
porar insumo ativo no insumo iner- derivada) por trituração segundo técnica
te, tal incorporação será feita como hahnemanniana até a 3CH ou a 6DH para
um ativo líquido, pois este é o es- os insumos ativos insolúveis e por diluição
tado físico da forma farmacêutica segundo a técnica hahnemanniana dos
derivada para este caso. frascos múltiplos para os insumos ativos
o Caso a medicamento tenha sido so- solúveis.
licitado em potencias INFERIO- o Caso a medicamento tenha sido so-
RES a 3CH ou a 6DH deve proce- licitado em potencias superiores a
der a obtenção do medicamento 3CH ou a 6DH, o farmacêutico de-
com o insumo ativo no estado SÓ- ve solubilizar a 3CH ou a 6DH em
LIDO (triturado). um insumo inerte líquido e conti-
nuar a manipulação do medicamen-
• Incorporar, em temperatura não superior a to pela técnica hahnemanniana dos
50 °C, o insumo ativo (triturado) ao insu- frascos múltiplos até a potência
mo inerte fundido, na proporção de no mí- prescrita pelo médico. Para incor-
nimo 5% (v/p) e moldar adequadamente. porar insumo ativo no insumo iner-
o O peso do insumo ativo (triturado) te, tal incorporação será feita como
deve ser descontado do peso do in- um ativo líquido, pois este é o es-
sumo inerte (base fundida para su- tado físico da forma farmacêutica
positórios/óvulos). Ex. Caso o me- derivada para este caso.
dicamento tenha sido solicitado a o Caso a medicamento tenha sido so-
5%, deve-se adicionar 5% do peso licitado em potencias INFERIO-
da preparação total (ex. 10 suposi- RES a 3CH ou a 6DH deve proce-
tórios de 300 mg, originam 3 g de der a impregnação do pó medicinal
preparação total), ou seja, 150 mg com o insumo ativo no estado SÓ-
do insumo ativo sólido (triturado) LIDO.
sobre 2,85g do insumo inerte • Em um gral de porcelana misturar os in-
(equivalente a 95% do peso total da sumos ativos no estado SÓLIDO (tritura-
preparação), sendo o insumo inerte do) em partes iguais (na forma farmacêuti-
a base fundida para supositó- ca derivada) e homogeneizar com o pistilo.
rios/óvulos. Em um cálice de vidro misturar os insu-
• Após secagem, retirar os supositó- mos ativos no estado LÍQUIDO em partes
rios/óvulos do molde (caso seja um molde iguais (na forma farmacêutica derivada) e
reutilizável), embalar individualmente ca- homogeneizar com um bastão de vidro.
da supositório/óvulo em uma embalagem • Incorporar, em temperatura não superior a
primária e posteriormente embalar o nú- 50 °C, a mistura de insumos ativos (tritu-
mero de unidades solicitadas no medica- rado e líquido) ao insumo inerte fundido,

112
na proporção de no mínimo 5% (v/p e p/p)
e moldar adequadamente. Géis-cremes são preparações de aspecto homogê-
o O peso da mistura de insumos ati- neo que apresentam características comuns aos
vos (líquidos e triturados) deve ser géis e cremes. Insumo inerte. Bases emulsionáveis
descontado do peso do insumo ou auto-emulsionáveis, alginatos, derivados de
inerte (base fundida para supositó- celulose, polímeros carboxivinílicos e outras ba-
rios/óvulos) uma vez que não have- ses.
rá evaporação do solvente do in-
Pomadas são preparações monofásicas de caráter
sumo ativo líquido e não haverá
oleoso ou não. Insumo inerte. Substâncias graxas,
perda de peso do insumo ativo só- alginatos, derivados de celulose, polímeros carbo-
lido. Ex. Caso o medicamento te- xivinílicos e outras bases.
nha sido solicitado a 5%, deve-se
adicionar 5% do peso da prepara- 22) Qual a técnica de obtenção de cremes, géis, géis-
ção total (ex. 10 supositórios de cremes e pomadas quando os ativos forem líqui-
300 mg, originam 3 g de prepara- dos, sólidos ou ambos?
ção total), ou seja, 150 mg ou mL Resposta:
da somatória dos insumos ativos
Técnica de obtenção com ativo LÍQUIDO:
sólidos (triturado) e líquidos sobre
2,85g do insumo inerte (equivalen- • Preparar o medicamento na potência solici-
te a 95% do peso total da prepara- tada pelo médico (forma farmacêutica deri-
ção), sendo o insumo inerte a base vada) por meio da técnica hahnemanniana
fundida para supositórios/óvulos. dos frascos múltiplos.
• Após secagem, retirar os supositó- • Quando for mais de um insumo ativo, em
rios/óvulos do molde (caso seja um molde um cálice de vidro misturá-los (na forma
reutilizável), embalar individualmente ca- farmacêutica derivada) em partes iguais e
homogeneizar.
da supositório/óvulo em uma embalagem
primária e posteriormente embalar o nú- • Preparar a forma farmacêutica final (creme,
gel, gel-creme ou pomada) separadamente,
mero de unidades solicitadas no medica-
manipulando segundo a arte.
mento em uma embalagem secundária
• Incorporar, em temperatura não superior a
(caixa de isopor, papelão, etc..)
50°C, o insumo ativo líquido ao insumo
• Embalar, rotular e dispensar.
inerte fundido, na proporção de 10% (v/p) e
homogeneizar (ou seja, caso tenha sido ne-
21) O que são cremes, géis, géis-cremes e poma-
cessário o aquecimento dos excipientes para
das? Quais os insumos inertes utilizados em
a obtenção das formas farmacêuticas, deve-
cada um deles?
se aguardar o resfriamento destas prepara-
Resposta: ções até, pelo menos, 50°C, para proceder a
Cremes são preparações emulsionadas constituí- incorporação do insumo ativo).
das por uma fase aquosa, uma oleosa e um agente
o Como não haverá a evaporação do
emulsivo. Insumo inerte: Bases emulsionáveis ou
solvente do medicamento na forma
auto-emulsionáveis.
farmacêutica derivada após a incor-
poração ao insumo inerte (creme,
Géis são dispersões coloidais predominantemente
gel, gel-creme ou pomada) a 50°C, o
hidrofílicas constituídas por uma fase sólida e uma
peso do insumo ativo deve ser des-
líquida, de aspecto homogêneo. Insumo inerte.
contado do peso do insumo inerte.
Alginatos, derivados de celulose, polímeros car-
Ex. Dispensar 200 g de um gel: De-
boxivinílicos e outras bases para géis.
ve-se adicionar 10% do peso da pre-
113
paração total, ou seja, 20mL (10%) sumo inerte (creme, gel, gel-creme
do insumo ativo líquido sobre 180g ou pomada). Ex. Dispensar 200 g de
do insumo inerte, gel (equivalente a um gel: Deve-se adicionar 10% do
90% do peso total da preparação). peso da preparação total, ou seja,
• Embalar, rotular e dispensar. 20g (10%) do insumo ativo sólido
sobre 180g do insumo inerte, gel
Técnica de obtenção com ativo SÓLIDO: (equivalente a 90% do peso total da
• Preparar o medicamento na potência solici- preparação).
tada pelo médico (forma farmacêutica deri- • Embalar, rotular e dispensar.
vada) por meio da técnica hahnemanniana de
Técnica de obtenção com ativos LÍQUIDOS e
trituração.
SÓLIDOS:
• Quando for mais de um insumo ativo, em
um gral de porcelana misturá-los (na forma • Preparar o medicamento na potência solici-
farmacêutica derivada) em partes iguais e tada pelo médico (forma farmacêutica deri-
homogeneizar com o pistilo. vada) por trituração segundo técnica hahne-
o Caso a medicamento tenha sido soli- manniana até a 3CH ou a 6DH para os insu-
citado em potencias superiores a mos ativos insolúveis e por diluição segundo
3CH ou a 6DH, o farmacêutico deve a técnica hahnemanniana dos frascos múlti-
solubilizar a 3CH ou a 6DH em um plos para os insumos ativos solúveis.
insumo inerte líquido e continuar a o Caso a medicamento tenha sido soli-
manipulação do medicamento pela citado em potencias superiores a
técnica hahnemanniana dos frascos 3CH ou a 6DH, o farmacêutico deve
múltiplos até a potência prescrita pe- solubilizar a 3CH ou a 6DH em um
lo médico. Para incorporar insumo insumo inerte líquido e continuar a
ativo no insumo inerte, tal incorpo- manipulação do medicamento pela
ração será feita como um ativo líqui- técnica hahnemanniana dos frascos
do, pois este é o estado físico da múltiplos até a potência prescrita pe-
forma farmacêutica derivada para es- lo médico. Para incorporar insumo
te caso. ativo no insumo inerte, tal incorpo-
o Caso a medicamento tenha sido soli- ração será feita como um ativo líqui-
citado em potencias INFERIORES a do, pois este é o estado físico da
3CH ou a 6DH deve proceder a ob- forma farmacêutica derivada para es-
tenção do medicamento com o insu- te caso.
mo ativo no estado SÓLIDO (tritu- o Caso a medicamento tenha sido soli-
rado). citado em potencias INFERIORES a
• Preparar a forma farmacêutica final (creme, 3CH ou a 6DH deve proceder a im-
gel, gel-creme ou pomada) separadamente, pregnação do pó medicinal com o in-
manipulando segundo a arte. sumo ativo no estado SÓLIDO.
• Incorporar, em temperatura não superior a • Em um gral de porcelana misturar os insu-
50°C, o insumo ativo sólido ao insumo iner- mos ativos no estado SÓLIDO (triturado)
te fundido, na proporção de 10% (v/p) e ho- em partes iguais (na forma farmacêutica de-
mogeneizar (ou seja, caso tenha sido neces- rivada) e homogeneizar com o pistilo. Em
sário o aquecimento dos excipientes para a um cálice de vidro misturar os insumos ati-
obtenção das formas farmacêuticas, deve-se vos no estado LÍQUIDO em partes iguais
aguardar o resfriamento destas preparações (na forma farmacêutica derivada) e homoge-
até, pelo menos, 50°C, para proceder a in- neizar com um bastão de vidro.
corporação do insumo ativo). • Preparar a forma farmacêutica final (creme,
o O peso do insumo ativo (triturado) gel, gel-creme ou pomada) separadamente,
deve ser descontado do peso do in- manipulando segundo a arte.
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• Incorporar, em temperatura não superior a
50°C, os insumos ativos líquido e sólido ao
insumo inerte, na proporção de 10% (v/p e
p/p) e homogeneizar (ou seja, caso tenha si-
do necessário o aquecimento dos excipientes
para a obtenção das formas farmacêuticas,
deve-se aguardar o resfriamento destas pre-
parações até, pelo menos, 50°C, para proce-
der a incorporação do insumo ativo).
o O peso do insumo ativo LÍQUIDO e
SÓLIDO deve ser descontado do pe-
so do insumo inerte (creme, gel, gel-
creme ou pomada). Ex. Dispensar
200 g de um gel: Deve-se adicionar
10% do peso da preparação total, ou
seja, 20g ou mL (10%) da mistura de
insumos ativos sólidos e líquidos so-
bre 180g do insumo inerte, gel
(equivalente a 90% do peso total da
preparação).
• Embalar, rotular e dispensar.

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