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Jamil Chade

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Reportagem

Sanders receberá nos EUA


comitiva brasileira para debater
ataques de 8/1
Jamil Chade Colunista do UOL, em Genebra
29/04/2024 05h04 Atualizada em 29/04/2024 08h53

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O senador americano Bernie Sanders
Imagem: EPA

O senador democrata Bernie Sanders receberá uma delegação de


deputados, senadores e entidades de direitos humanos do Brasil, com
vistas a debater os ataques de 8 de janeiro de 2023 contra as
instituições brasileiras.

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Sanders deve receber a comitiva no dia 1º de maio. Os brasileiros


também estarão com o Departamento de Estado norte-americano e
com o deputado Jamie Raskin e outros parlamentares que fazem parte
da Comissão do Congresso Americano que investigou os ataques
contra o Capitólio por aliados de Donald Trump.

A viagem ocorre no âmbito de uma troca de informações entre


parlamentares americanos e brasileiros sobre o avanço da extrema
direita e as ameaças desses grupos tanto para os EUA como para o
Brasil.

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Felipe O grupo é liderado pela senadora Eliziane Gama (PSD), relatora da CPI
Salto
que examina o caso dos ataques golpistas em Brasília, além do
Zanin acerta na
desoneração da senador Humberto Costa (PT) e dos deputados Pastor Henrique Vieira
folha (PSOL), Rogério Correia (PT), Jandira Feghali (PC do B) e Rafael Brito
(MDB/AL). Também fará parte da delegação o diretor-executivo do
Josias de
Souza Instituto Vladimir Herzog, Rogério Sottili. O Washington Brazil Office
Desoneração é também apoia a missão.
fantasma de
Dilma para
Haddad Ofensiva da extrema direita em eleições
Milly pelo mundo
Lacombe
Botafogo é só
A viagem ocorre num momento de clara coordenação dos movimentos
mais um que
derruba a teoria de extrema direita pelo mundo, ancorados na ofensiva do bilionário
de Textor Elon Musk, supostamente em nome da "defesa da liberdade de
expressão".
Gustavo
Cabral
A capacidade do Na semana passada, em Budapeste e com a presença de alguns dos
SUS e seus principais nomes do movimento ultraconservador no mundo, o
desafios na PUBLICIDADE
deputado Eduardo Bolsonaro saiu em defesa das pessoas detidas por
ciência
conta do envolvimento com os ataques de 8 de Janeiro, defendeu
Mauro Cid, auxiliar de ordens de seu pai Jair Bolsonaro, denunciou
supostas "torturas" com aliados bolsonaristas e teceu elogios a Elon
Musk.

O discurso construído para dar uma impressão de que uma repressão e


"censura" estaria ocorrendo no Brasil e que a democracia estaria em
risco foi feito no CPAC 9 (Conferência de Ação Política Conservadora),
a principal conferência ultraconservadora mundial, desta vez
transformada em um palco para articular posições para eleições
estratégicas que vão ocorrer em 2024.

A tática de disseminação desta narrativa repete o que Eduardo


Bolsonaro e outros parlamentares fizeram nos EUA em março e numa
sala praticamente vazia do Parlamento Europeu em abril. Eles ainda
foram ao Tribunal Penal Internacional para apresentar uma queixa,
ainda que não existam evidências de que tenham sido recebidos pelo
procurador-geral.

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No público em Budapeste, ouviam Eduardo Bolsonaro os herdeiros do
franquismo na Espanha, aliados de Donald Trump, membros da equipe
de Javier Milei e alguns dos partidos mais xenófobos da Holanda, Itália,
Eslovênia, Polônia, França, Alemanha e Áustria.

Antes de Eduardo Bolsonaro, os demais discursos fizeram ataques


explícitos contra o movimento LGBTQI+, ONGs, intelectuais, judiciário,
imprensa e imigrantes.

2024: ano decisivo


Sob som de rock, o tom foi dado pelo apresentador do evento ao
chamar cada um dos oradores ao palco: "Sabemos que os liberais são
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todos comunistas".
O discurso mais aguardado era o do primeiro-ministro do país europeu,
Viktor Orbán, aliado e referência do bolsonarismo. "Vamos ter eleições
pelo mundo e elas terão de ser vencidas", conclamou o anfitrião
húngaro.

Os discursos formais são apenas a face pública do encontro. O foco da


articulação envolve principalmente as eleições em junho para o
Parlamento Europeu, onde a extrema direita chega com posição de
destaque em quatro dos seis países fundadores da UE (União
Europeia). Outro objetivo central é a eleição americana e o retorno de
Donald Trump para a Casa Branca.
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Segundo Orbán, essas votações ocorrem num momento em que o
Newsletter
mundo vive uma mudança geopolítica importante. "Temos de sair
vencedor", insistiu. A narrativa usada por vários dos palestrantes era a
JAMIL CHADE
mesma: aqueles no poder estão "instrumentalizando" a Justiça para
Todo sábado, Jamil
"reprimir" os partidos de extrema direita.
escreve sobre temas
sociais para uma
personalidade com
base em sua carreira Reportagem
de correspondente.
Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou
Quero receber verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas
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