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Matéria 4 Original
Matéria 4 Original
Título: Parques da Cidade Industrial não apresentam estrutura básica adequada ao lazer
Gravata: A falta de manutenção e estrutura básica como banheiros acessíveis torna parques
do bairro Cidade Industrial inadequados para o lazer
Texto:
Foto 1/Legenda: Famílias que visitam o Parque dos Tropeiros vêem problemas estruturais no
local. (Foto: Stephanie Pereira)
Curitiba é uma cidade famosa por seus parques; em 2018 uma pesquisa realizada pelo
Instituto Municipal de Turismo (IMT) mostrou que o ponto turístico mais visitado da cidade
foi o Jardim Botânico, com 17,9% dos visitantes. Outros parques conhecidos no circuito
turístico são o Parque Tanguá e o Parque Barigui. No entanto, parques considerados “de
bairro” são frequentados principalmente pela população de áreas residenciais. Para o
aposentado Lori França, por exemplo, parques regionais são muito mais acessíveis. Lori vai
ao parque dos Tropeiros com os netos sempre que pode. Ele conta que a proximidade do local
é um fator decisivo para frequentar o espaço: “Eu costumo visitar os parques turísticos só
esporadicamente, quando é de fácil acesso ou quando os ônibus param perto”, conta.
Infográfico 1: A pesquisa do IMT foi realizada com turistas que utilizaram a Linha
Turismo de Curitiba em 2018. (Imagem: Instituto Municipal de Turismo de Curitiba)
Com mais de 170 mil metros quadrados, o Parque dos Tropeiros beneficia cerca de 15
mil habitantes, principalmente moradores dos conjuntos habitacionais Caiuá, Diadema, Ilhéus
e Vera Cruz. O parque está localizado na Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e contém amplas
áreas verdes, anfiteatros e ciclovias para caminhada. Implantado em 1994, juntamente com os
parques Caiuá e Diadema, o espaço foi criado para recuperar o fundo de vale de um córrego
que estava sendo usado como depósito de lixo.
Segundo a urbanista Adriane Nunes, os parques devem conter uma estrutura básica
como banheiros, torneiras e lixeiras. No site da Prefeitura de Curitiba, as estruturas listadas
sobre o Parque dos Tropeiros são banheiros, anfiteatros e estacionamento. A situação atual
não é tão boa quanto o esperado: os banheiros do parque permanecem trancados, os
anfiteatros não tem limpeza ou manutenção e a área de estacionamento não aparenta ter
qualquer regulamentação.
Foto 2/Legenda: As construções do parque não têm recebido a manutenção adequada, o que
resulta no acúmulo de sujeira e representa um perigo para quem frequenta o local. (Foto:
Stephanie Pereira)
Olho 2: “A região sul da cidade é exposta a muita poluição e os parques agem como filtros de
ar” - Adriane Nunes
Foto 3/Legenda: O parque dos Tropeiros tem 173.474 mil metros quadrados de área verde
embora muitos de seus frequentadores digam que o espaço não é bem aproveitado. (Foto:
Stephanie Pereira)
“Aquele clichê famoso de que árvores são os pulmões do mundo é verdade”, diz
Nunes, “Esses parques agem como filtros de ar, principalmente porque a região sul da cidade
é exposta a muita poluição.” A urbanista também argumenta que a preservação de áreas como
essa pode eventualmente reduzir os gastos com saúde, pois cria ambientes mais saudáveis
para a população. Nunes ainda aponta que é necessário incentivo e conscientização dos
moradores da região: “A questão é que se as pessoas se envolvem na preservação e no
cuidado desses espaços, elas se sentem mais conectadas a eles e vão querer fazer uso dos
parques. Por isso, é preciso que se criem projetos como ‘adote um parque’, ‘plante uma
árvore’ ou ‘adote uma praça’. Quanto mais as pessoas colaboram, mais elas entendem a
importância disso”, esclarece Nunes.