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FERNANDA STADLER DALAN

FLAUBERT ECHNATON RIBAS BOURGUIGNON


LUCAS CULPI
MARIA BEATRIZ MELO DE PEDER

INTERAÇÃO ENTRE SUJEITOS NA CICLOFAIXA DO PARQUE BARIGUI

1. INTRODUÇÃO
A utilização da área dos parques municipais é destinada à prática de atividades físicas
e de lazer, mas será que as pessoas frequentadoras desses espaços realmente seguem as regras
Curitiba
2019
sociais de convivências? O parque é um local público utilizado por cidadãos, principalmente
durante os fins de semana, para atividades de lazer e atividades físicas (Silva, Petroski &
Reis, 2009). Esse espaço aberto em contato com a natureza também serve como forma de
escapar da rotina e buscar a redução da tensão induzida pelos ritmos estabelecidos
cotidianamente (Maranho, 2017). Foi observado que há, nos parques, um número relevante
de praticantes de ciclismo, seja como atividade física ou lazer. Esses usuários entendem os
espaços do parque e suas ciclovias como um local específico e seguro para as suas atividades
(Rechia et al., 2015). Assim, o presente estudo busca avaliar por meio da observação, a
relação dos indivíduos dentro deste ambiente, naquilo que tange a dinâmica dos grupos ali
presentes e a existência ou ausência de respeito pelo espaço tanto individual como também
coletivo.
O Parque Barigui recebe uma média de 23.708 pessoas diariamente e apresenta a
maior frequência de visitantes comparado a outros parques públicos da cidade, como por
exemplo: Parque Alemão, Tanguá, São Lourenço e até mesmo o Jardim Botânico. Este
parque apresenta uma grande variedade de espaços para a prática de esportes como meio de
se exercitar e passar o tempo. Os principais atrativos são as pistas de corrida, caminhada e de
ciclismo, além de também existirem locais próprios para alongamento e áreas livres
destinadas a outras atividades, como jogar futebol ou tomar Sol (Maranho, 2017).
Pesquisas constatam que a área do parque apresenta normas de conduta para que haja
um melhor convívio entre todos. Maranho (2017), ao estudar a apropriação dos parques
públicos pelas assessorias esportivas, constatou, por meio de entrevistas com atletas e outros
usuários, que há pessoas que utilizam as pistas de forma errada. A área do parque conta com
três pistas pavimentadas coexistindo lado a lado, sendo elas destinadas à prática de ciclismo,
corrida e caminhada. Há placas e marcações ao longo das mesmas, sendo a cor azul para
ciclismo, amarelo para corrida e branca para caminhada.
Prado (2012) identificou que pedestres caminham na pista destinada exclusivamente
para o uso de bicicletas. Coelho e Braga (2010) destacaram, também, que existem outros
fatores que podem colocar em risco as pessoas que pedalam nessa via, tais como: pedestres,
praticantes de corrida, etc. Sendo o parque um dos pontos de encontro da cidade, há a
necessidades de estabelecer regras de convivência para a utilização dos diversos espaços e
pistas entre os seus frequentadores.
Oliveira (2009) destaca que efetuou observações diretas durante dias de semana no
parque e constatou que são raros os casos em que pessoas não respeitam as sinalizações de
pistas de corrida e de bicicletas. Porém durante os finais de semana com o aumento do
número de pessoas frequentando o parque estes eventos têm uma probabilidade maior de
acontecer em comparação com os dias de semana. Maranho (2017) embasa esta afirmação, já
que a autora destaca que as visitas ao parque são preferencialmente feitas durante os fins de
semana, e com 40% dos visitantes permanecendo de uma a duas horas no parque.

Também é possível constatar que muitos ciclistas e pedestres entram em colisão por
determinadas razões nos tráfegos compartilhados. Coelho e Braga (2010), por meio de
entrevistas, também verificaram que as diversas pistas disponíveis contam com sinalizações,
mas somente uma parcela dos frequentadores do parque as seguem. Entre elas, a mais
frequente é a invasão de pedestres nas ciclovias por motivos de ausência de sinalização no
parque. As diversas pistas disponíveis contam com sinalizações, mas somente uma parcela
dos frequentadores do parque as seguem. Este tipo de ação por parte dos usuários tende a
aumentar a probabilidade de acidentes dentro do parque além de piorar a experiência ligada
ao lazer do restante do público.

Durante os fins de semana, o parque é utilizado por praticantes de esportes e por


outras pessoas que buscam atividades de lazer. As atividades mais realizadas nos nesses
locais são caminhada, corrida e alongamento (Silva, Petroski & Reis, 2009; Maranho, 2017).
Essas pessoas buscam desfrutar de momentos agradáveis, seja para a prática da atividade
física, seja para sair da rotina. As diversas pistas disponíveis contam com sinalizações, mas
somente uma parcela dos usuários a seguem, conforme constatado anteriormente por
Maranho (2017).

É importante caracterizar o comportamento dos indivíduos que frequentam a pista de


ciclismo no parque durante os fins de semana, catalogando a frequência com que estes
comportamentos acontecem e traçar um perfil das pessoas que mais os emite em sua maioria,
além de identificar os pontos do parque que são mais vulneráveis a estes tipos de
comportamento, uma vez que constatado a presença de pedestres caminhando nas pistas que
são destinadas exclusivamente para a utilização de bicicletas, como foi citado anteriormente
Prado (2012). Este estudo pode contribuir para diminuir o índice de acidentes dentro do
parque envolvendo ciclistas, assim como propor alternativas para as melhorias do tráfego no
parque e suas sinalizações quanto a ciclovia, tornando o ambiente mais seguro e
possibilitando uma melhor experiência dentro desse ambiente para todos e ainda contribuir
com literatura a respeito deste tipo de fenômeno.

2. MÉTODO

2.1 Sujeitos

Os participantes são as pessoas que transitam pela ciclofaixa do Parque Barigui no


momento em que ocorre a observação. Podem realizar qualquer tipo de fenômeno, como:
caminhada, corrida e utilização de meios de circulação (bicicleta, skate, patins, patinete).
Qualquer pessoa que transite pelo campo de visão do observador no momento da observação
será considerado como participante. Sujeitos que se encontram parados na ciclofaixa (ex:
vendedor de pipocas ou algodão doce) também são considerados participantes.

Dessa forma, para enquadrar os sujeitos com maior precisão, a equipe desenvolveu
categorias de definição, como: etapas do desenvolvimento (criança, adulto, idoso), gênero
(masculino ou feminino), tipo de locomoção (caminhada, corrida, bicicleta, bicicleta alugada
(yellow), skate e patins), vestimenta (esporte ou casual), utilização de aparelho móvel/celular
(ou não) e a presença de animal, com ou sem guia.

2.2 Ambiente

As observações foram feitas no Parque Barigui, localizado no estado do Paraná em


Curitiba, nos bairros Bigorrilho e Santo Inácio, entre Av. Manoel Ribas e a BR-277,
possibilitando a acessibilidade ao local pela BR-277 e Av. Cândido Hartmann. O local conta
com uma área de 1.400.000m², represando dentro dele o Rio Barigui, que possui uma área
equivalente a 230.000m².

Este local é um grande referencial para a capital paranaense, porque além de ser um
dos maiores e mais antigos parques da cidade, em sua extensão conta com diversas atrações,
entre elas estão o Heliponto (aeródromo destinado as aterragens e decolagens de
helicópteros), Expo Renault Barigui, Pista de Aeromodelismo, Trilha Ecológica, Museu do
Automóvel, campo de futebol, quadras, restaurantes, bares, bistrô, entre outros
entretenimentos disponíveis ao público.

O Parque Barigui é um grande atrativo aos moradores curitibanos, principalmente


nos finais de semana, onde o número de pessoas frequentadoras do parque durante esses dias
é relativamente maior em comparação com os dias de semana (segunda, terça, quarta, quinta
e sexta-feira). Aos domingos, é possível observar a grande variedade de pessoas que
frequentam e utilizam dos meios de lazer dispostos no parque. Entre os frequentadores,
encontram-se crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, de ambos os gêneros, tanto
esportistas quanto visitantes, acompanhados por familiares e amigos, desenvolvendo diversas
atividades dispostas no parque, as atividades mais frequentes e variadas aconteciam na
ciclofaixa.

As pistas dispostas no parque são destinadas para pedestres, corredores e ciclistas,


variando entre 3,3km e 5km de distância e são planas. Porém é possível observar que não há
sinalização de destinatário para as pistas, ocorrendo frequentemente a utilização da pista para
ciclistas por pedestres ou corredores. Uma única pista (ciclofaixa) é utilizada pelos
frequentadores para a execução de diversas atividades de lazer, as mais frequentes são andar
de bicicleta, patinete (tanto bicicletas e patinetes alugados (Yellow) quanto pessoais), skate,
patins e roller.
2.3 Instrumentos e Materiais

Para a realização da observação e coleta de dados no Parque Barigui, fizemos a


utilização dos seguintes instrumentos:

Protocolo composto por três determinantes, sendo elas:

 Categorias: lado da pista, atividade, tipo de pista, vestimentas, gênero, faixa etária,
presença de animal e utilização de aparelhos eletrônicos;

 Sub-categorias: lado direito/esquerdo,


caminhando/correndo/skate/patins/bicicleta//bicicleta alugada
(yellow)/patinete/patinete alugado (yellow), vestimenta casual/esportiva, gênero
masculino/feminino, faixa etária criança/adulto/idoso e pessoas;

 Participantes: sujeito do gênero masculino ou feminino;

Para a realização da observação e coleta de dados no Parque Barigui, fizemos a


utilização dos seguintes instrumentos:

● Prancheta, folha A4, caderno, lápis, borracha, caneta e cronômetro.


● Roupa esportiva: bermuda/shorts de malha fina, calça legging, calça de moletom,
camiseta de manga curta, roupas de poliéster;
● Roupa casual: camiseta/camisa polo, vestido longo, vestido curto, calça jeans,
jaqueta de couro, blusa, sapato, sapatilha;
● Lado direito da pista: extremidade direita da pista (corrida, caminhada ou ciclofaixa)
a partir da perspectiva da pessoa que a utiliza;
● Lado esquerdo da pista: extremidade esquerda da pista (corrida, caminhada ou
ciclofaixa) a partir da perspectiva da pessoa que a utiliza;
● Caminhar: pessoa movimentando os braços de maneira alternada ao movimento das
pernas, com os braços suspensos ao lado do corpo, em sentido reto (pé em contato
com o solo);
● Correr: pessoa movimentando os braços dobrados para a frente em sequência
alternada ao movimento das pernas, que se dobram à frente do corpo;
● Skate: prancha de madeira que possui dois eixos, rolamentos e quatro pequenas
rodas;
● Bicicleta: veículo de duas rodas presas à um quadro, movido pelo esforço do próprio
usuário através de pedais;
● Patins: um par de botas com quatro rodas fixadas em suas extremidades;
● Bicicleta Yellow: veículo de duas rodas presas à um quadro, movido pelo esforço do
próprio usuário através de pedais. Quadro de cor amarela com a palavra “Yellow”
pintada em uma das extremidades, dos dois lados;
● Patinete: transporte constituído por duas rodas em série, que sustentam uma base
onde o usuário apoia os pés, guiando-o através de um guidão que se eleva até a altura
da cintura;
● Patinete alugado (yellow): transporte constituído por duas rodas em série, que
sustentam uma base onde o usuário apoia os pés, guiando-o através de um guidão que
se eleva até a altura da cintura, de cor amarela e com a palavra “yellow” escrito nas
laterais;
● Homem: Ser humano adulto do gênero masculino, com idade a partir dos 18 anos;
● Mulher: Ser humano adulto do gênero feminino, com idade a partir dos 18 anos;
● Adulto: Ser humano que atingiu o máximo do seu crescimento e a plenitude de suas
funções biológicas;
● Criança: Ser humano no início do seu desenvolvimento;
● Idoso: Ser humano que se encontra no estágio final do desenvolvimento;
● Presença de animal: animal que estiver acompanhando a pessoa, estando com guia
ou não.
● Presença de eletrônicos: utilização de celular, relógio digital, goPro, câmera de
vídeo, câmera fotográfica.

2.4 Procedimento

As observações inicialmente foram realizadas individualmente entre os membros da


equipe, variando entre horários, dias da semana e locais do parque. Essa primeira etapa teve
por objetivo principal realizar o registro cursivo contínuo das variáveis, assim como o melhor
horário e local do parque para realizar a observação. As observações ocorreram em períodos
de 10 minutos contínuos.

Decidiu-se então que o melhor momento para realizar a observação é aos domingos
no período da tarde, devido ao número de pessoas que frequentam o parque e realizam
atividades variadas, enquanto durante a semana a maioria dos participantes pratica alguma
modalidade de esporte. A ciclofaixa, que é o foco do presente trabalho, é muito utilizada
neste dia em específico, por pessoas de diferentes idades e gêneros, e realizando atividades
diversas. Já o registro cursivo contínuo teve a função de exercitar a capacidade do observador
de escrever cientificamente os fenômenos observados, com precisão e neutralidade.

Após essa primeira etapa de testagem, as observações passaram a partir da testagem


de um protocolo de variáveis, com o objetivo de especificar quais os fenômenos a equipe
deseja observar. Esse protocolo precisou ser aprimorado algumas vezes, para se adequar às
necessidades da pesquisa.

Em seguida, as observações passaram a ocorrer em duplas e com a aplicação da


versão final do protocolo. A necessidade de realizar essa etapa em duplas, é para determinar a
fidedignidade dos dados avaliados.

Como dito anteriormente, as observações ocorreram em períodos de 10 minutos cada,


com a utilização do cronômetro dos respectivos celulares dos observadores. Os observadores
sentam-se um ao lado do outro, ambos voltados com o rosto para a mesma direção,
objetivando observar o mesmo fenômeno. Os observadores não conversam entre si no
momento da observação.

Após devidamente posicionado, um dos observadores ativa o cronômetro no celular, e


a observação inicia efetivamente após o primeiro participante passar no campo de visão dos
observadores. Ambos observam apenas a ciclofaixa. Caso ocorra uma situação onde dois
participantes passem lado a lado pelo campo de visão, o critério de preferência é o meio de
transporte do participante. Segue a sequência: bicicleta, patinete, patins, skate, corrida e
caminhada. Caso os dois participantes estejam realizando a mesma atividade, o critério
escolhido é o gênero, optando por marcar primeiro o participante masculino e em seguida o
feminino.

Outros critérios como vestimenta, uso do celular, e se o indivíduo observado está


acompanhado por alguém também são computados. As observações serão interrompidas ao
sinal do celular (após os dez minutos terem passado), em seguida um intervalo de dois a três
minutos é feito para que os observadores se organizem e uma nova observação possa ser feita
seguindo os critérios anteriores. A observação somente poderá ser interrompida entre os dez
minutos de duração em caso de mau tempo ou por conta de outro fator externo inesperado.

A fidedignidade dos dados coletados pela dupla de observadores será testada através
da comparação entre os dois protocolos de observação utilizados, ambos os protocolos
testados devem ter mais de 75 % de semelhança, e terem 100% de fidedignidade ao observar
o quesito “sujeito”. Tendo estas exigencias compridas os dados coletados serão utilizados na
pesquisa.

O cálculo usado para verificar a fidedignidade dos dados entre os dois protocolos será
o seguinte:

C C = Número de Concordâncias

__________ X 100 D = Número de Discordâncias

C+D

Os protocolos serão anulados em dois casos, se porcentagem mínima de semelhança


(75%) não for atingida, e (ou) se não houver 100% de similaridade entre os protocolos de
observação ao observar o quesito “sujeito”. Caso os protocolos se enquadrem em qualquer
um destes critérios, ambos serão anulados e seus dados não serão computados na pesquisa.

Procedimentos gerais

 Observar sujeitos que utilizam a ciclofaixa;


 Observar o tipo de atividade que o sujeito está realizando;

Procedimentos específicos

 Observar as vestimentas dos sujeitos;


 Observar o gênero;
 Observar se o sujeito está acompanhado ou não;
 Observar o meio de transporte utilizado pelo sujeito;
 Observar a presença de eletrônicos;
 Lado da Pista;
 Faixa etária.

3. RESULTADOS
Figura 1. Frequência de participantes que se encontrava no sentido correto ou incorreto na
ciclofaixa do Parque no momento da observação.

80%

75%
70%

60%

50%

40%

30%

25%
20%

10%

0%
Certo Errado

Sentido

Figura 2. Frequência da faixa etária dos participantes observados na ciclofaixa do Parque.

51%

29%

12%
8%

Criança Jovem Adulto Idoso

Idade
Figura 3. Frequência de roupas esportivas e casuais dos participantes observados no Parque.

55%

45%

Esporte Casual

Traje

Figura 10. Frequência de utilização de aparelhos eletrônicos pelos participantes observados


no Parque.

Eletrônico

11%

Sim
Nã o

89%
Figura 5. Relação entre faixas etárias que transitavam pelo sentido errado da ciclofaixa no
Parque.

54%

35%

8%
3%
Criança Jovem Adulto Idoso

Errados na ciclofaixa

Figura 6. Frequência de atividades realizadas pelos participantes observados no Parque.

Atividade

39%

18%
16%
13%

6% 5%
3%
Ciclismo Corrida Caminhada Skate Patinete Yellow Patins/
Roller

Atividade
Figura 7. Frequência de atividades praticadas em comparação ao sentido incorreto na
ciclofaixa do Parque.

39%

18%
17%
16%
13% 13%

7% 7%
6% 6%
5% 5%
3%
1%
Ciclismo Corrida Caminhada Skate Patinete Yellow Patins/roller

Atividade Sentido errado

Figura 8. Frequência de homens e mulheres que estavam no sentido correto ou incorreto da


ciclofaixa no Parque.

59%
54%

46%
41%

Homens Mulheres

Correto Errado
Figura 9. Frequência da utilização correta ou incorreta da ciclofaixa do Parque, dividido por
faixas etárias.

51%

29% 28%

18%

12%
8%
4%
2%
Criança Jovem Adulto Idoso

Ciclofaixa Errado

Figura 10. Frequência de atividades praticadas entre homens e mulheres observados no


Parque.

77%

65% 64%
62%

53% 53%
50% 50%
47% 47%

38%
35% 36%

23%

Ciclismo Corrida Caminhada Skate Patinete Yellow Patins/roller

Homens Mulheres
4. DISCUSSÃO

Considerando os dados representados na Figura 8, foi possível identificar uma


predominância maior no gênero masculino em comparação ao feminino na utilização da
ciclofaixa, tanto no sentido correto como incorreto. Em um estudo realizado por Fermino,
Hallal e Reis (2017), os autores afirmam que este índice diz respeito ao tipo de atividade
praticada por cada gênero. Por exemplo, as mulheres apresentam um alto índice na
caminhada (53% na Figura 10), enquanto as atividades físicas mais vigorosas como a corrida
ou os esportes, são de frequência menor (35% em ciclismo, 36% em corrida, 23% em skate,
na Figura 10). Como o ponto de observação do presente trabalho foi a ciclofaixa, grande
parte dos participantes ali presentes realizaram algum tipo de atividade que exige maior
resistência, por esta ser a faixa correta para estes exercícios. Com os resultados expostos na
Figura 6, destaca-se a frequência de 39% ciclismo, 18% yellow e 16% patinete.
Outra questão também apontada por Fermino, Hallal e Reis (2017) no que se refere ao
maior índice de homens que frequentam o parque e outros espaços públicos, tem relação com
maiores oportunidades que os homens possuem para realizar atividades no tempo livre,
permitindo a prática de atividades esportivas como o futebol, corrida e ciclismo.

Porém, o índice de mulheres que se encontravam no sentido errado da ciclofaixa foi


maior do que os homens.

-Parágrafo de limitações;
-Sugestões para estudos futuros;
-Evitar citação direta;
-Figura com F.;
Referências:

Araújo et al.. (2009). Andar de bicicleta: contribuições de um estudo psicológico


sobre mobilidade. Temas Psicologia, 17(2), 481-495.

Coelho, L. & Braga, M. (2010). A percepção dos ciclistas quanto ao risco existente
no uso das ciclovias. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
32(15), 2-22.

Fermino, R. C., Hallal, P. C. & Reis, R. S. (2017) Frequência de uso de parques e


prática de atividades físicas em adultos de Curitiba, Brasil. Rev Bras Med Esporte, 23 (4),
264-269.

Maranho, M. C. (2018). Lazer e o direito à cidade: o caso das assessorias esportivas


no parque barigui, Curitiba/PR. Pós-graduação em Ciências Sociais Aplicadas, 32(12), 3-
318.

Prado, D. A. R. (2012). Parque municipal Flamboyant: apropriação e usos para


lazer. Instituto de Estudos Socioambientais , 5(13), 5-73.

Rechia et al.. (2015). O lazer sobre duas rodas: uma questão de espaço, tempo e ação
em Curitiba-PR. Revista Pensar a Prática, Goiânia, v. 19, n. 3, jul./set. 2016.

Silva, D. A. S., Petroski, E. L. & Reis, R. S. (2009). Barreiras e facilitadores de


atividades físicas em frequentadores de parques públicos. Motriz, 15(2), 219-227.

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