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1. INTRODUÇÃO
A utilização da área dos parques municipais é destinada à prática de atividades físicas
e de lazer, mas será que as pessoas frequentadoras desses espaços realmente seguem as regras
Curitiba
2019
sociais de convivências? O parque é um local público utilizado por cidadãos, principalmente
durante os fins de semana, para atividades de lazer e atividades físicas (Silva, Petroski &
Reis, 2009). Esse espaço aberto em contato com a natureza também serve como forma de
escapar da rotina e buscar a redução da tensão induzida pelos ritmos estabelecidos
cotidianamente (Maranho, 2017). Foi observado que há, nos parques, um número relevante
de praticantes de ciclismo, seja como atividade física ou lazer. Esses usuários entendem os
espaços do parque e suas ciclovias como um local específico e seguro para as suas atividades
(Rechia et al., 2015). Assim, o presente estudo busca avaliar por meio da observação, a
relação dos indivíduos dentro deste ambiente, naquilo que tange a dinâmica dos grupos ali
presentes e a existência ou ausência de respeito pelo espaço tanto individual como também
coletivo.
O Parque Barigui recebe uma média de 23.708 pessoas diariamente e apresenta a
maior frequência de visitantes comparado a outros parques públicos da cidade, como por
exemplo: Parque Alemão, Tanguá, São Lourenço e até mesmo o Jardim Botânico. Este
parque apresenta uma grande variedade de espaços para a prática de esportes como meio de
se exercitar e passar o tempo. Os principais atrativos são as pistas de corrida, caminhada e de
ciclismo, além de também existirem locais próprios para alongamento e áreas livres
destinadas a outras atividades, como jogar futebol ou tomar Sol (Maranho, 2017).
Pesquisas constatam que a área do parque apresenta normas de conduta para que haja
um melhor convívio entre todos. Maranho (2017), ao estudar a apropriação dos parques
públicos pelas assessorias esportivas, constatou, por meio de entrevistas com atletas e outros
usuários, que há pessoas que utilizam as pistas de forma errada. A área do parque conta com
três pistas pavimentadas coexistindo lado a lado, sendo elas destinadas à prática de ciclismo,
corrida e caminhada. Há placas e marcações ao longo das mesmas, sendo a cor azul para
ciclismo, amarelo para corrida e branca para caminhada.
Prado (2012) identificou que pedestres caminham na pista destinada exclusivamente
para o uso de bicicletas. Coelho e Braga (2010) destacaram, também, que existem outros
fatores que podem colocar em risco as pessoas que pedalam nessa via, tais como: pedestres,
praticantes de corrida, etc. Sendo o parque um dos pontos de encontro da cidade, há a
necessidades de estabelecer regras de convivência para a utilização dos diversos espaços e
pistas entre os seus frequentadores.
Oliveira (2009) destaca que efetuou observações diretas durante dias de semana no
parque e constatou que são raros os casos em que pessoas não respeitam as sinalizações de
pistas de corrida e de bicicletas. Porém durante os finais de semana com o aumento do
número de pessoas frequentando o parque estes eventos têm uma probabilidade maior de
acontecer em comparação com os dias de semana. Maranho (2017) embasa esta afirmação, já
que a autora destaca que as visitas ao parque são preferencialmente feitas durante os fins de
semana, e com 40% dos visitantes permanecendo de uma a duas horas no parque.
Também é possível constatar que muitos ciclistas e pedestres entram em colisão por
determinadas razões nos tráfegos compartilhados. Coelho e Braga (2010), por meio de
entrevistas, também verificaram que as diversas pistas disponíveis contam com sinalizações,
mas somente uma parcela dos frequentadores do parque as seguem. Entre elas, a mais
frequente é a invasão de pedestres nas ciclovias por motivos de ausência de sinalização no
parque. As diversas pistas disponíveis contam com sinalizações, mas somente uma parcela
dos frequentadores do parque as seguem. Este tipo de ação por parte dos usuários tende a
aumentar a probabilidade de acidentes dentro do parque além de piorar a experiência ligada
ao lazer do restante do público.
2. MÉTODO
2.1 Sujeitos
Dessa forma, para enquadrar os sujeitos com maior precisão, a equipe desenvolveu
categorias de definição, como: etapas do desenvolvimento (criança, adulto, idoso), gênero
(masculino ou feminino), tipo de locomoção (caminhada, corrida, bicicleta, bicicleta alugada
(yellow), skate e patins), vestimenta (esporte ou casual), utilização de aparelho móvel/celular
(ou não) e a presença de animal, com ou sem guia.
2.2 Ambiente
Este local é um grande referencial para a capital paranaense, porque além de ser um
dos maiores e mais antigos parques da cidade, em sua extensão conta com diversas atrações,
entre elas estão o Heliponto (aeródromo destinado as aterragens e decolagens de
helicópteros), Expo Renault Barigui, Pista de Aeromodelismo, Trilha Ecológica, Museu do
Automóvel, campo de futebol, quadras, restaurantes, bares, bistrô, entre outros
entretenimentos disponíveis ao público.
Categorias: lado da pista, atividade, tipo de pista, vestimentas, gênero, faixa etária,
presença de animal e utilização de aparelhos eletrônicos;
2.4 Procedimento
Decidiu-se então que o melhor momento para realizar a observação é aos domingos
no período da tarde, devido ao número de pessoas que frequentam o parque e realizam
atividades variadas, enquanto durante a semana a maioria dos participantes pratica alguma
modalidade de esporte. A ciclofaixa, que é o foco do presente trabalho, é muito utilizada
neste dia em específico, por pessoas de diferentes idades e gêneros, e realizando atividades
diversas. Já o registro cursivo contínuo teve a função de exercitar a capacidade do observador
de escrever cientificamente os fenômenos observados, com precisão e neutralidade.
A fidedignidade dos dados coletados pela dupla de observadores será testada através
da comparação entre os dois protocolos de observação utilizados, ambos os protocolos
testados devem ter mais de 75 % de semelhança, e terem 100% de fidedignidade ao observar
o quesito “sujeito”. Tendo estas exigencias compridas os dados coletados serão utilizados na
pesquisa.
O cálculo usado para verificar a fidedignidade dos dados entre os dois protocolos será
o seguinte:
C C = Número de Concordâncias
C+D
Procedimentos gerais
Procedimentos específicos
3. RESULTADOS
Figura 1. Frequência de participantes que se encontrava no sentido correto ou incorreto na
ciclofaixa do Parque no momento da observação.
80%
75%
70%
60%
50%
40%
30%
25%
20%
10%
0%
Certo Errado
Sentido
51%
29%
12%
8%
Idade
Figura 3. Frequência de roupas esportivas e casuais dos participantes observados no Parque.
55%
45%
Esporte Casual
Traje
Eletrônico
11%
Sim
Nã o
89%
Figura 5. Relação entre faixas etárias que transitavam pelo sentido errado da ciclofaixa no
Parque.
54%
35%
8%
3%
Criança Jovem Adulto Idoso
Errados na ciclofaixa
Atividade
39%
18%
16%
13%
6% 5%
3%
Ciclismo Corrida Caminhada Skate Patinete Yellow Patins/
Roller
Atividade
Figura 7. Frequência de atividades praticadas em comparação ao sentido incorreto na
ciclofaixa do Parque.
39%
18%
17%
16%
13% 13%
7% 7%
6% 6%
5% 5%
3%
1%
Ciclismo Corrida Caminhada Skate Patinete Yellow Patins/roller
59%
54%
46%
41%
Homens Mulheres
Correto Errado
Figura 9. Frequência da utilização correta ou incorreta da ciclofaixa do Parque, dividido por
faixas etárias.
51%
29% 28%
18%
12%
8%
4%
2%
Criança Jovem Adulto Idoso
Ciclofaixa Errado
77%
65% 64%
62%
53% 53%
50% 50%
47% 47%
38%
35% 36%
23%
Homens Mulheres
4. DISCUSSÃO
-Parágrafo de limitações;
-Sugestões para estudos futuros;
-Evitar citação direta;
-Figura com F.;
Referências:
Coelho, L. & Braga, M. (2010). A percepção dos ciclistas quanto ao risco existente
no uso das ciclovias. Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
32(15), 2-22.
Rechia et al.. (2015). O lazer sobre duas rodas: uma questão de espaço, tempo e ação
em Curitiba-PR. Revista Pensar a Prática, Goiânia, v. 19, n. 3, jul./set. 2016.