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Caderno

LABORATÓRIO DE REDAÇÃO – 2022 25

INSTRUÇÕES PARA A REDAÇÃO

• O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.


• O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de
linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
• fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
• apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos.
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

TEXTOS MOTIVADORES

Texto I

O dia 2 de abril foi instituído pela ONU em 2008 como o Dia Mundial de Conscientização do Autismo.
O autismo é uma síndrome que afeta vários aspectos da comunicação, além de influenciar também no
comportamento do indivíduo. […]
Apesar de o autismo ter um número relativamente grande de incidência, foi apenas em 1993 que a
síndrome foi adicionada à Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde.
A demora na inclusão do autismo neste ranking é reflexo do pouco que se sabe sobre a questão. Ainda nos
dias de hoje, o diagnóstico é impreciso, e nem mesmo um exame genético é capaz de afirmar com precisão
a incidência da síndrome.
Disponível em: http://www.usp.br/espacoaberto/?materia=um-retrato-do-autismo-no-brasil.
Acesso em: 27 abril 2018.

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Texto II

LEI Nº 12.764, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2012.

Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera
o § 3o do art. 98 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Art. 2o São diretrizes da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro
Autista:

I – a intersetorialidade no desenvolvimento das ações e das políticas e no atendimento à pessoa com


transtorno do espectro autista;

II – a participação da comunidade na formulação de políticas públicas voltadas para as pessoas com


transtorno do espectro autista e o controle social da sua implantação, acompanhamento e avaliação;

III – a atenção integral às necessidades de saúde da pessoa com transtorno do espectro autista,
objetivando o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional e o acesso a medicamentos e nutrientes.

Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm. Acesso em: 27 abril 2017.

Texto III

Disponível em: https://www.facebook.com/AutismoOQueAconteceNoMundoDaLua/.


Acesso em: 27 abril 2017.

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Texto IV
“É urgente que se criem mecanismos de estímulo às autoridades no sentido de implementarem políticas de
saúde pública para o tratamento e o diagnóstico do autismo e, também, de apoio às pesquisas na área”,
alega o ex-senador Flávio Arns (PR).
A intenção, segundo Arns, é realizar debates e campanhas de alerta, para conscientizar a população sobre
o autismo e, com isso, evitar a discriminação das pessoas com o transtorno e permitir a participação delas
na vida em sociedade e o exercício da cidadania.
Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2018/04/16/
dia-nacional-de-conscientizacao-sobre-o-autismo-e-criado-por-lei. Acesso em: 27 abril 2018.

PROPOSTA I (Enem)
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa
sobre o tema “Os desafios para inclusão de pessoas com autismo no Brasil”. Sua redação deve
apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de
forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PROPOSTA II (Outros vestibulares)

Texto I

Disponível em: https://saxmozartfaggi.wordpress.com/2012/04/21/eutu-ele-ve/

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Texto II

BRASIL TEM, EM MÉDIA, 32 CICLISTAS INTERNADOS POR DIA DEVIDO A ACIDENTES


Levantamento mostra que 1.357 ciclistas morreram no trânsito em 2014.
Motoristas não respeitam os ciclistas e as marcações das ciclovias.

Trinta e dois ciclistas são internados por dia no Brasil vítimas de acidentes. Muitas vezes nem a
ciclovia é respeitada. O Bom Dia Brasil flagrou carros invadindo a ciclovia.
A malha de ciclovias em todo o país aumentou muito nos últimos anos, mas falta educação no
trânsito. Motoristas não respeitam ciclistas, não respeitam sequer as marcações das ciclovias.
O empresário Cláudio Garbi guarda em casa as dezenas de medalhas conquistadas em provas de
triatlo. Ele também tem uma outra recordação. Só que essa, nada agradável. É a bicicleta toda quebrada.
É que, há um mês, ele e um amigo foram atropelados enquanto andavam de bike em uma pista
de Brasília. Imagens mostram que o carro sai de uma rua e avança em direção aos ciclistas. O motorista
não prestou socorro.
“Eu rolei uns 10 metros, a minha bicicleta quebrou e o meu amigo, que estava do meu lado, ainda
rolou em cima do capô do carro do cara”, contou Cláudio. Colar na traseira do ciclista ou apertá-lo contra a
calçada é uma infração grave. O Código de Trânsito Brasileiro diz que o motorista tem que ficar a um metro
e meio de distância do ciclista em pistas ou em ciclofaixas como a mostrada na reportagem.
Mas tem motorista que parece brincar com a vida dos ciclistas. Em um vídeo mostrado na
reportagem, um carro passa raspando por um grupo. Um deles quase perde o controle da bike.
O último levantamento do Ministério da Saúde – feito em 2014 - sobre acidentes de trânsito diz
que 1.357 ciclistas morreram em todo o país. Em 2013 foram 1.348 mortes.
O gasto com ciclistas acidentados é alto. Em 2015, foram 10.935 internações de ciclistas, o que
gerou um custo de R$ 13,2 milhões ao Sistema Único de Saúde. No ano passado, esse número aumentou.
Foram 11.741 internações com o custo aproximado de R$ 14,3 milhões.
“Muitas vezes os motoristas acham que, então, a bicicleta não tem o direito de andar na rua, mas
tem. Então, tem que ter uma campanha educativa nesse sentido, ter ciclovia não impede ciclista de andar
na rua”, disse Raphael Dorneles, da ONG Rodas da Paz.
Nem nas ciclovias os ciclistas conseguem pedalar direito. Em Goiânia, motoristas ignoram a faixa
exclusiva. Caminhões, carros e motos usam o espaço a toda hora. O ciclista mesmo passa no canto, com
medo de ser atingido pelos veículos.
Isso também acontece em Salvador. Em Brasília, os motoristas transformaram o espaço das
bicicletas em estacionamento. Tem carro parado até embaixo da placa.
“A gente tem que se locomover com segurança e com respeito”, afirmou o professor Felipe Reis.

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Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, tem 90 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas que não são
interligados. E quem vai para o trabalho de bicicleta passa por trechos perigosos. O especialista em trânsito
David Duarte acredita que é preciso investir mais em ciclovias.
“O motorista no Brasil infelizmente ainda não está preparado para conviver com ciclista nas vias.
Ele desrespeita, ele não se coloca no lugar do ciclista. As nossas ciclovias e ciclofaixas ainda são, na sua
maioria, construídas de forma precária, o que representa muito risco para o ciclista, disse o especialista.
O Governo do Distrito Federal disse que vai ampliar a malha cicloviária e integrá-la ao sistema de
transporte.
A Secretaria de Trânsito de Goiânia disse que vai corrigir as falhas encontradas e que vai reforçar
a fiscalização.
Já a prefeitura de Campo Grande disse que vai investir em novas ciclovias e ciclofaixas.
A prefeitura de Salvador disse que multa veículos que estacionam ou trafegam nas ciclovias.

Disponível em: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2017/03/


brasil-tem-em-media-32-ciclistas-internados-por-dia-devido-acidentes.html.

O manifesto situa-se entre os chamados gêneros argumentativos, cujo propósito do emissor é


persuadir, convencer o interlocutor por meio de argumentos considerados plausíveis. Didaticamente,
devemos concebê-lo como sendo a forma pela qual um grupo, de forma coletiva, expressa seus
pensamentos sobre um determinado assunto de ordem social, política, cultural, etc.
No que concerne à linguagem empregada, esta pode variar conforme o estilo dos manifestantes,
o público-alvo e o instrumento de divulgação. Normalmente, quando divulgado em jornais, revistas e/ou até
mesmo na Internet, atribui-se o padrão formal da língua. Quanto aos aspectos estruturais, compõe-se dos
seguintes elementos:
1. Título – Revela de modo sintético a ideia, o pensamento apresentado;
2. Corpo do texto – Retrata de modo claro o posicionamento dos autores em questão,
acompanhado dos argumentos convincentes que o justificam; e
3. Local, data e assinatura dos manifestantes.
Disponível em: http://portugues.uol.com.br/redacao/o-manifesto---um-genero-que-visa-ao-exercicio-
cidadania.html.

A leitura dos textos de apoio possibilitou a você conhecer melhor o gênero textual manifesto, cujo
objetivo é defender um ponto de vista (coletivo ou individual) acerca de um determinado fato. “Escreva um
manifesto a favor do direito de ir e vir dos ciclistas nas grandes cidades”, com o intuito de convencer
seus leitores de seu ponto de vista acerca do tema. Lembre-se de que você escreverá seu manifesto em
seu nome. Use argumentos convincentes.

DIGITADOR(A): Zilmar – REVISOR(A): RITA DE CÁSSIA

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