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Contestação - Danone
Contestação - Danone
Contestação - Danone
NILÓPOLIS/RJ
Reclamação Trabalhista
I – DA SÍNTESE DA INICIAL
h) Honorários de sucumbência;
II – DO CONTRATO DE TRABALHO
trab.informacao@viseu.com.br
danone@viseu.com.br
PRELIMINARMENTE
18. Com base na atual redação do artigo 840 da CLT, introduzida pela lei
13.467/17, nas ações ordinárias, o pedido deverá ser certo e determinado, com a indicação
de seu valor, em condição similar ao já ocorrido nas ações submetidas ao rito sumaríssimo.
26. Sem prejuízo do mérito da presente defesa, por meio da qual será
possível verificar que nada é devido o Reclamante, na eventualidade da Reclamada vir a
sucumbir a quaisquer dos pedidos feitos na inicial, tais verbas merecem ser calculadas
levando-se em consideração o real valor do proveito econômico pretendido ou deferido, e
não o absurdo montante inserido pelo Reclamante.
28. Por tais razões, requer-se que a presente ação seja extinta sem
julgamento do mérito nos termos do artigo 485 do Código de Processo Civil e §3º do artigo
840 da Consolidação das Leis do Trabalho: “Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1º
deste artigo serão julgados extintos sem resolução do mérito.”, condenando-se o Reclamante
no pagamento das custas e demais despesas processuais.
PREJUDICIAL DE MÉRITO
29. A Danone requer que este MM. Juízo declare a prescrição dos
eventuais créditos resultantes da relação de trabalho sub judice, naquilo que ultrapassarem
o período de cinco anos contados da propositura desta ação que ocorreu em 08/12/2023, ou
seja, todos aqueles anteriores à data de 08/12/2018.
30. Isso porque, dispõe o artigo 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal:
NO MÉRITO
33. O Reclamante afirma em sua inicial que, não obstante ter sido
contratado para exercer o cargo de PROMOTOR DE VENDAS, executava as mesmas atividades
atribuídas ao cargo de VENDEDOR PROMOTOR, porém, com o recebimento de remuneração
inferior.
PRINCIPAIS RESPONSABILIDADES
48. Por isso, as gôndolas das lojas devem estar sempre bem arrumadas,
com os produtos expostos de maneira que chame a atenção do cliente a adquirir aquele
produto. Os preços dos produtos devem estar em local visível, os produtos danificados ou
65. O artigo 456, parágrafo único da CLT, todavia, estabelece que, quando
não existir prova a respeito da função exercida, ou quando esta não for contratada por
cláusula expressa, presume-se que “o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço
compatível com a sua condição pessoal” (art. 456, parágrafo único da CLT).
74. Assim, sabido que o empregado deve entregar sua força de trabalho
durante um determinado número de horas, presume-se que nesse período deverá exercer
todas as atividades a que esteja apto a praticar, sem que isso importe acréscimo salarial.
78. Ainda que assim não fosse, as provas colhidas nos autos não indicam
a ocorrência de diferenças salariais, mas tão somente, o fato de que o reclamante ter várias
atividades no decorrer da jornada, o que não, necessariamente, implica a ocorrência de
desvio de função, até porque, diga-se, tais atividades encontravam-se no escopo do cargo ao
qual então ocupava, ou seja, operador de loja.
80. Assim, sabido que o empregado deve entregar sua força de trabalho
durante um determinado número de horas, presume-se que nesse período deverá exercer
todas as atividades a que esteja apto a praticar, sem que isso importe acréscimo salarial.
82. No entanto, outras atividades poderiam ser exercidas, sendo que tal
condição por si só não autorizaria o pleito de pagamento de diferenças salariais por desvio de
funções, porquanto, não se exigiria maior conhecimento técnico, estando plenamente
adequadas à capacidade do reclamante, tampouco jornada superior a contratada.
91. Os documentos ora anexados aos autos pela Reclamada tais como,
Política de Remuneração Variável, contrato de trabalho presumem-se verdadeiros, pelo que
cabe ao Reclamante, nos termos dos artigos 818 da CLT e 373, I, do CPC a comprovação das
alegações postas na petição inicial.
“(...)
PAGAMENTO DE COMISSÕES
Alega a autora que "era remunerada com salário fixo somado a
comissões mensais, que eram descritas sob as rubricas "variável PLF",
"variável UHT" ou outras com a transcrição "premio" ou
"remuneração variável" além disso informa que : "ficou ajustado que
A Reclamante receberia a parte fixa do salário somada a comissões
na base de 9% do total de vendas efetuadas realizava vendas mensais
no montante aproximado de R$ 70.000,00 (setenta mil reais), porém,
não se sabe a razão, os referidos valores não eram devidamente
contabilizados para efeitos de pagamento à Reclamante.
Grifos da Reclamada
109. Por fim, uma vez que o Reclamante não demonstrou eventuais
diferenças a título de remuneração variável e reflexos, deverão ser julgados improcedentes
os referidos pleitos.
1
(TRT-22 - RO: 3528420155220004, Relator: ENEDINA MARIA GOMES DOS SANTOS, Data de
Julgamento: 29/02/2016, TRIBUNAL PLENO, Data de Publicação: 02/03/2016)
114. Nesta esteira, também não há de se falar em reflexos dos repousos semanais
remunerados e destes reflexos nas demais verbas. Isso porque a incidência de parcelas já acrescidas
pelos DSR’s sobre as demais parcelas listadas pelo Reclamante configura repercussão sobre
repercussão (“efeito cascata”), o que é repudiado pelo ordenamento jurídico pátrio, devendo ser
observado por este D. Juízo.
2
(TRT-3 - RO: 00100390520185030103 0010039-05.2018.5.03.0103, Relator: Convocado Ricardo
Marcelo Silva, Nona Turma)
B) DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
Calça Térmica
Proteção das pernas do usuário contra agentes térmicos - frio, para temperatura
Ambiente abaixo de -5ºc.
Proteção troco e membros superiores do usuário contra agentes térmicos - frio, para
temperatura Ambiente abaixo de -5ºc.
151. Inclusive, nenhum cliente da Reclamada recebe cargas dia sim dia não,
já que os pedidos são semanais/quinzenais e não diários.
162. Desta feita, restam impugnadas as pretensões obreiras, visto que não
há verbas concernentes ao aviso prévio, 13º, férias e demais verbas, bem como horas extras.
163. O Reclamante alega que por todo pacto laboral sempre se efetivou
na seguinte jornada:
3
(TRT-1 - RO: 01003181020175010012 RJ, Relator: CELIO JUACABA CAVALCANTE, Data de
Julgamento: 13/11/2018, Gabinete do Desembargador Célio Juaçaba Cavalcante, Data de
Publicação: 01/12/2018)
188. Define-se como serviço externo aquele que não comporta qualquer
tipo de controle de horário de trabalho, como é o caso do Reclamante. Se as circunstâncias
do trabalho executado evidenciam impossibilidade de controle da jornada de trabalho, é
evidente a inserção do contrato de trabalho na exceção prevista no art. 62, inciso I, da CLT.
189. Nesse sentido, vale trazer à baila julgado que corrobora tal assertiva,
consoante se infere:
192. Desta feita, compete ao Reclamante comprovar que sua jornada era
controlada, pois a presunção é que a lei e o contrato de trabalho são respeitados e labor
extraordinário deve ser provado.
217. Demais disso, ainda por cautela, cumpre observar que o pagamento
por intervalo não concedido – se vier, por absurdo, a ser deferido –, reveste-se de natureza
indenizatória e não gera nenhum reflexo ou integração em outras verbas, muito menos nas
descritas na inicial.
219. Nesta esteira, também não há de se falar em reflexos das horas extras
nos repousos semanais remunerados e destes reflexos nas demais verbas. Isso porque a
incidência de parcelas já acrescidas pelos DSR’s sobre as demais parcelas listadas pelo
224. Ainda, nenhum dos promotores da Reclamada exerce seu labor aos
domingos e feriados, o horário sugerido na contratação do Promotor de Vendas é de 8 (oito)
horas diárias em dias úteis, sempre respeitando o limite de 44 horas semanais.
226. Diante disso, a lei é bastante clara ao dispor que a folga deve ser
concedida preferencialmente aos domingos, sem, contudo, impedir que seja usufruída pelo
empregado em outro dia da semana, motivo pelo qual o labor aos domingos não enseja o
direito à dobra, caso a folga seja realizada em outro dia da semana (artigo 9º, Lei n. º 609, de
1949 e Lei 10.101 de 2.000).
231. Quanto às alegações de labor nos feriados, melhor sorte não assiste a
Reclamante, uma vez que o trabalho era desenvolvido de segunda à sexta-feira e jamais
houve a prestação de serviço pela Reclamante nos dias de feriados e naqueles destinados às
folgas, ficando impugnada qualquer alegação contrária.
232. Ainda, conforme se verifica nos autos, não há uma prova contundente
sequer de que, havia labor aos feriados, não desincumbindo assim, o Reclamante, de ônus
que lhe competia.
H) DO TÍQUETE REFEIÇÃO
238. Vale ressaltar que NÃO havia labor em sábados, domingos e feriados.
242. Vale ressaltar que o Recorrente não o reclamante não juntou norma
coletiva especificando o pagamento do vale refeição, tampouco que estipule um valor
específico por cada dia trabalhado, não havendo o que se falar em diferenças.
247. Frisa-se que referido valor é direcionado para que pudesse suportar
despesas de deslocamentos, sem qualquer natureza salarial.
257. Ora, torna-se medida de prudência que o caso sub judice seja
analisado sob a ótica do princípio da verdade real, tendo em vista a realidade fática
consistente no incontroverso pagamento das diárias de viagem como adiantamentos,
conforme valores discriminados nas Ficha Financeiras e Demonstrativos de Pagamento.
• 2017/2018:
• 2018/2019:
• 2020/2021
• 2022/2023:
DIÁRIAS PARA VIAGEM. Pois bem, as diárias quando pagas até 50%
do salário não são consideradas salários (art. 457 da CLT). Quando não
consideradas salário sequer precisam constar no recibo salarial, pois
podem ser pagas "por fora".
(TRT-1 - RO: 01018717420165010482 RJ, Relator: IVAN DA COSTA
ALEMAO FERREIRA, Data de Julgamento: 13/11/2018, Nona Turma,
Data de Publicação: 27/11/2018)
266. Nos termos do art. 818 da CLT e art. 373, I do NCPC é ônus da autora
comprovar os fatos constitutivos dos seus direitos, portanto cabe a parte Reclamante apontar
e comprovar as diferenças que entende como devida.
273. Logo, não deve ser concedido por esse D. Juízo o pedido de benefício
da justiça gratuita.
279. Dessa forma, por extrema cautela, desde já requer a Reclamada que,
caso a parte tenha créditos obtidos em juízos capazes de suportar as despesas decorrentes
da sucumbência, seja nos autos desta reclamatória ou em qualquer outro processo judicial,
tal verba deverá ser paga não obstante a concessão do benefício da justiça gratuita.
280. Diante do exposto, resta claro que deverá ser acolhido o pedido da
Reclamada de deferimento dos honorários sucumbenciais, assim como a declaração da
inaplicabilidade da suspensão da sua exigibilidade, garantindo ao patrono da Reclamada o
direito de exigi-los do eventual crédito que venha a ser auferido pelo Reclamante.
L) DA COMPENSAÇÃO
289. Com relação a contribuição fiscal, é pacífico que essa deve incidir
sobre os rendimentos pagos em cumprimento da decisão judicial e ser retido na fonte pela
pessoa natural ou jurídica obrigada ao pagamento do crédito trabalhista, no momento em
que o rendimento se torne disponível para o beneficiário, observando o montante total das
parcelas passíveis de tributação fiscal.
291. Tal pretensão se justifica, pois a Reclamada não pode responder por
obrigações personalíssimas à figura do Reclamante, sendo válidas as deduções dos
recolhimentos previdenciários e fiscais incidentes sobre a sua cota parte em eventual
condenação, tudo de acordo com o disposto pela OJ 368, I, da SDI-I, do C. TST:
293. Por fim, cabe a Reclamada destacar que não há que se falar em
aplicação do índice IPCA-E para fins de correção monetária das verbas trabalhistas, muito
menos em aplicação da Súmula nº 73 do TRT da 3ª Região.
296. Assim, requerer a Reclamada seja aplicada a taxa SELIC desde a sua
citação, sem incidência autônoma de um índice de correção monetária e de juros mensais,
com incidência do IPCA-E na fase pré-judicial.
Súmula 121
Q) DA EMISSÃO DE OFÍCIOS
310. Como se vê, a ação deve ser julgada improcedente, porém, se outro
for o entendimento do Juízo e algum valor vier a ser deferido o Reclamante, o que se admite
apenas por eventualidade, requer:
Termos em que,
Pede deferimento.