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Biologia e Geologia - Exercícios e Testes de Professores com


Soluções - 11ºAno
Biologia e Geologia (Ensino Médio - Portugal)

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TESTE-TIPO INTERMÉDIO 1
Biologia e Geologia
Duração do teste: 90 minutos
10.° e 11.° Anos de Escolaridade

GRUPO I
As aves e o controle de pragas florestais

As pragas são um dos grandes problemas das florestas. Vários meios são utilizados na sua luta, mas é cada vez
mais reconhecido que se deve apostar em meios que garantam o equilíbrio do ecossistema.
As aves insetívoras têm um papel muito importante nos ecossistemas florestais, ao influenciarem a dinâmica e o
tamanho das populações da maioria dos insetos presentes nesses habitats. As aves têm uma ação quer direta, pois
são predadores dos insetos, quer indireta, ao favorecerem as populações de outros predadores, de parasitas e de
agentes patogénicos. As aves controlam igualmente os surtos epidémicos e os ciclos populacionais dos insetos,
podendo aumentar o intervalo entre vários surtos ou diminuir a sua intensidade.
As aves podem alimentar-se de insetos durante uma parte ou durante todo o seu ciclo de vida e o seu efeito nas
populações de insetos nocivos para a floresta pode servir de base, ou de apoio, a um programa de combate de
pragas florestais. Pode-se considerar que a maioria das aves insetívoras são consumidores facultativos, pelo que
existem dados muito contraditórios quando se pretende quantificar o seu impacto nas populações de insetos.
Contudo, a sua ação como meio de luta biológica é unanimemente considerada como positiva.
Baseado em www.naturlink.pt

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. As células constituintes das aves insetívoras são


(A) eucarióticas, pois apresentam a informação genética encerrada no núcleo.
(B) eucarióticas, pois não apresentam a informação genética encerrada no núcleo.
(C) procarióticas, pois apresentam a informação genética encerrada no núcleo.
(D) procarióticas, pois não apresentam a informação genética encerrada no núcleo.

2. As aves insetívoras transformam os insetos que ingerem em reservas energéticas, essencialmente na forma de um
(A) polissacarídeo, o glicogénio.
(B) polipeptídeo, o glicogénio.
(C) polipeptídeo, o amido.
(D) polissacarídeo, o amido.

3. Os insetos que se alimentam de seivas são organismos que dependem


(A) indiretamente da luz, uma vez que consomem matéria sintetizada pelos seres autotróficos.
(B) diretamente da luz, uma vez que consomem matéria sintetizada pelos seres autotróficos.
(C) diretamente da luz, uma vez que consomem matéria sintetizada pelos seres heterotróficos.
(D) indiretamente da luz, uma vez que consomem matéria sintetizada pelos seres heterotróficos.

4. Sempre que os insetos e as aves insetívoras estabelecem relações tróficas, os dois organismos, sendo
consumidores, ocupam
(A) o mesmo nível trófico, dentro da mesma comunidade biótica.
(B) o mesmo nível trófico, em comunidades bióticas diferentes.
(C) níveis tróficos distintos, dentro da mesma comunidade biótica.
(D) níveis tróficos distintos, em comunidades bióticas diferentes.

5. Os insetos apresentam sistema circulatório


(A) aberto e o fluido circulante é responsável pelo transporte de oxigénio.
(B) aberto e o fluido circulante não é responsável pelo transporte de oxigénio.
(C) fechado e o fluido circulante não é responsável pelo transporte de oxigénio.
(D) fechado e o fluido circulante é responsável pelo transporte de oxigénio.

6. Durante grande parte do século XX, a maioria das pragas de insetos nos campos agrícolas era combatida com
produtos químicos, como por exemplo, o DDT. Esta tendência tem vindo a desaparecer, pois sabem-se hoje os
perigos que a sua utilização acarreta para a saúde pública.
Explique em que medida a utilização das aves insetívoras, como método de controlo de pragas, poderá contribuir
para a prática de uma agricultura sustentável.

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7. Faça corresponder cada uma das afirmações que identificam características de diferentes tipos de células,
expressos na coluna A, ao respetivo organelo/estrutura que se esperaria encontrar em maior número nas referidas
células, que consta da coluna B. Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes. Utilize
cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Células da folha, produtoras de matéria orgânica. (1) Cloroplastos
(b) Células animais especializadas em processos de autofagia. (2) REL
(c) Células epiteliais que no intestino delgado do Homem, realizam (3) Lisossomas
absorção. (4) Cílios
(d) Organismos unicelulares que se movimentam eficazmente em meio (5) Mitocôndrias
aquático. (6) Microvilosidades
(e) Células musculares dos músculos esqueléticos dos membros (7) Vacúolos contráteis
inferiores do Homem. (8) Centríolos

GRUPO II
Respostas das plantas aos herbívoros

As plantas quando estão perante um potencial consumo por herbívoros reagem de diversas formas. Os efeitos da
herbivoria numa planta dependem das partes que são diretamente afetadas e da fase de desenvolvimento em que as
plantas se encontram.
Os predadores das plantas podem comer as folhas, sugar a seiva, consumir os meristemas (tecidos que asseguram
o crescimento), danificar as flores e os frutos e cortar as raízes. Cada planta tem reações de compensação à ação
dos herbívoros.
A remoção de folhas diminui o ensombramento das outras folhas e com esta remoção, o balanço geral entre a
fotossíntese e a respiração, na planta, pode até ser melhorado. Se o ataque se der nas folhas ensombradas, o efeito
tem um baixo impacto na produtividade global da planta.
Logo após o ataque de um herbívoro, as plantas, para compensarem as perdas, utilizam os hidratos de carbono
armazenados nos diferentes tecidos. Posteriormente, têm de recorrer à fotossíntese para formar novos tecidos.
Assim, o herbivorismo pode conduzir a um aumento da taxa de fotossíntese por unidade de área das folhas
sobreviventes e a taxa de mortalidade das restantes partes pode diminuir. No entanto, ainda que as plantas
apresentem várias formas de compensação aos ataques dos herbívoros, normalmente ficam lesadas após a
interação. Adaptado de BEGON, M., et al, Ecology, 1996

1. Determinados herbívoros alimentam-se preferencialmente das folhas localizadas nos ramos mais altos das
árvores. Explique em que medida a herbivoria praticada por estes herbívoros pode condicionar a produtividade
primária das folhas localizadas nos ramos mais baixos das árvores.

Na resposta a cada um dos itens de 2. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. Na atividade fotossintética das plantas, o CO2 é fonte de


(A) carbono, ocorrendo a sua fixação ao nível dos tilacoides.
(B) matéria, ocorrendo a sua fixação ao nível do estroina.
(C) matéria, ocorrendo a sua fixação ao nível dos tilacoides.
(D) carbono, ocorrendo a sua fixação ao nível das membranas dos cloroplastos.

3. Imediatamente após o ataque dos herbívoros, verifica-se


(A) uma diminuição da produção de compostos orgânicos através da fotossíntese.
(B) uma menor mobilização de compostos orgânicos a partir dos órgãos de reserva.
(C) uma maior mobilização de compostos orgânicos a partir dos órgãos de reserva.
(D) um aumento da produção de compostos orgânicos através da fotossíntese.

4. A entrada de sacarose nos elementos condutores do floema ocorre por


(A) transporte mediado e a favor do gradiente de concentração de solutos.
(B) difusão facilitada e exige a presença de proteínas transportadoras.
(C) transporte mediado criando-se um gradiente osmótico entre as células do mesófilo e as células do floema.
(D) difusão facilitada criando-se um gradiente osmótico entre as células do mesófilo e as células do floema.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
produção e acumulação de substâncias de reserva nas plantas. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência
das letras.
(A) Formação de um polissacarídeo nos órgãos de reserva.
(B) Síntese de moléculas de glicose, a partir de carbono inorgânico.
(C) Aumento da pressão de turgescência no interior do floema.
(D) Entrada de açúcar nos vasos condutores.
(E) Saída de sacarose do floema.

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GRUPO III
Nematoide das lesões radiculares

De Man, descreveu, em 1980, um nematoide encontrado num prado em Inglaterra. A espécie Pratylenchus pratensis,
vulgarmente conhecida como nematoide das lesões radiculares, é um endoparasita migrador. Esta espécie de
nematoide parasita uma ampla gama de hospedeiros, principalmente gramíneas. Este animal penetra e provoca a
necrose (morte de um tecido) da região do córtex da raiz, principalmente nas radicelas. Quando não encontram mais
células vivas do córtex, estes organismos migram para outras raízes. Depois de penetrarem na raiz, os nematoides
nutrem-se das células ingerindo matéria orgânica e causando lesões, ao princípio pequenas, mas que aumentam
gradualmente de dimensões.
As aberturas nas raízes causadas por estes parasitas são foco de entrada de fungos e bactérias patogénicas. As
plantas infetadas por estes parasitas tornam-se pequenas, possuem ramos finos e a parte aérea pode apresentar
clorose (situação em que a produção de clorofila é insuficiente) ou murchamento durante a estação seca. A desfolha
(perda de folhas) total pode acontecer quando o ataque é severo.
Baseado em http://nematobrasil.blogspot.pt/2012/03/nematoide-das-lesoes-radiculares.html

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. Cada nematoide, da espécie Pratylenchus pratensis, parasita


(A) apenas uma planta mas migra ao longo de vários órgãos vegetais.
(B) diferentes espécies de plantas sempre ao nível da raiz.
(C) diferentes espécies de plantas podendo infetar as folhas e raízes.
(D) apenas uma planta sempre ao nível da raiz.

2. O nematoide das lesões radiculares e o seu hospedeiro apresentam modos de nutrição


(A) semelhantes, sendo o nematoide heterotrófico microconsumidor.
(B) distintos, sendo o nematoide heterotrófico macroconsumidor.
(C) semelhantes, sendo o nematoide heterotrófico macroconsumidor.
(D) distintos, sendo o nematoide heterotrófico microconsumidor.

3. A taxa fotossintética das plantas infetadas pelos nematoides da raiz


(A) aumenta e o murchamento resulta de uma diminuição da pressão de turgescência nas células foliares.
(B) diminui e o murchamento resulta de um aumento da pressão de turgescência nas células foliares.
(C) aumenta e o murchamento resulta de um aumento da pressão de turgescência nas células foliares.
(D) diminui e o murchamento resulta de urna diminuição da pressão de turgescência nas células foliares.

4. A eficácia da absorção de sais minerais pelos hospedeiros do nematoide é dependente


(A) da área radicular e o seu transporte é efetuado em células mortas.
(B) da área radicular e o seu transporte é efetuado em células vivas.
(C) do volume xilémico e o seu transporte é efetuado em células vivas.
(D) do volume xilémico e o seu transporte é efetuado em células mortas.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
transpiração e absorção radicular. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência das letras.
(A) Aumento da pressão osmótica na raiz.
(B) Difusão do vapor de água através dos estornas.
(C) Absorção de água na raiz.
(D) Aumento da tensão no mesófilo foliar.
(E) Ascensão da coluna hídrica no caule.

6. Na figura 1 encontram-se representados os sistemas radiculares de duas plantas de cana-de-açúcar, uma tratada
com um nematicida (produto químico responsável pela morte de nematoides) e outra que não foi tratada.

Figura 1 - Sistema radicular de duas plantas de cana de


açúcar.

Retirado de http://www.nematoides.com.br/wordpress/

Explique em que medida a aplicação de um nematicida poderá alterar a capacidade de sobrevivência das plantas
infetadas por nematoides numa região árida.

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GRUPO IV
Biodiversidade em Madagáscar

Há pelo menos 8 milhões de espécies únicas no planeta e ninguém nos levaria a mal se acreditássemos que todas
podem ser encontradas em Andasibe. A luz do Sol penetra através das franjas da Ravenea louvelli, uma palmeira em
perigo que não pode ser encontrada em nenhum outro sítio. (...) Os gecos de cauda folhosa (répteis) sobem às
árvores, camuflados de verde e o indris preto e branco, uma espécie de lémur que só existe em Madagáscar,
também circula entre os ramos.

A ilha é, sob muitos aspetos, uma terra à parte. Cerca de 90% das plantas e 70% dos animais são endémicos, o que
significa que só se podem encontrar aqui. Mas o que torna única a vida na ilha, também a torna vulnerável. Outrora
com uma floresta luxuriante, Madagáscar viu mais de 80% da sua vegetação original cortada ou queimada, desde a
chegada dos seres humanos, pelo menos há 1500 anos, fragmentando habitats e deixando, de facto, os animais
sem-abrigo. A caça descontrolada eliminou diversas espécies de grande porte e, hoje em dia, a exploração mineira,
da madeira e da energia ameaçam as que restam.
Baseado em Visão (n.° 841)

1. O camaleão de Parson é uma das espécies endémicas de Madagáscar e encontra-se entre as mais
contrabandeadas. No seu habitat, este réptil passa grande parte do dia a descansar, preguiçosamente, nos ramos
das árvores. Muitos destes animais são vítimas de incêndios de grandes proporções, resultantes de queimadas
descontroladas.
Explique de que modo as características da circulação sanguínea do camaleão de Parson condicionam a capacidade
de fuga deste animal, em caso de incêndios de grandes proporções.

Na resposta a cada um dos itens de 2. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. Madagáscar é um ponto quente de conservação, termo atribuído a uma região com elevada biodiversidade e
particularmente ameaçada. Este estatuto
(A) deve-se à elevada proteção a que estão sujeitas as espécies presentes na ilha.
(B) é anterior à ocupação humana da ilha de Madagáscar.
(C) está associado à potencial utilização da ilha como local de ecoturismo.
(D) resulta do elevado número de espécies endémicas aí presentes e das alterações provocadas pelo Homem nos
ecossistemas.

3. O lémur e o geco de cauda folhosa


(A) apresentam digestão intracorporal e extracelular.
(B) são organismos heterotróficos por absorção.
(C) apresentam sistema circulatório aberto.
(D) apresentam tubo digestivo com uma só abertura.

4. Nos ecossistemas de Madagáscar, Ravenea louvelli assegura o fluxo de


(A) energia e, nas cadeias alimentares, ocupa o nível trófico mais energético.
(B) energia e, nas cadeias alimentares, ocupa o nível trófico menos energético.
(C) matéria e, nas cadeias alimentares, ocupa o nível trófico mais energético.
(D) matéria e, nas cadeias alimentares, ocupa o nível trófico menos energético.

FIM

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TESTE-TIPO INTERMÉDIO 2
Biologia e Geologia
Duração do teste: 90 minutos
10.° e 11.° Anos de Escolaridade

GRUPO I
Germinação de sementes

Um grupo de investigadores colocou sementes de feijoeiro a germinar em condições abióticas favoráveis. Ao longo
da experiência, efetuaram-se medições da quantidade de amido existente nos cotilédones (estruturas onde se
encontram substâncias de reserva que acompanham o embrião) e das quantidades de oxigénio consumidas por
semente. Os resultados obtidos estão representados na tabela 1 e no gráfico da figura 1.

Tempo decorrido após o início da


0 2 3 5 7 9 10 12
germinação (dias)
Quantidade de amido contido nos
120 105 100 90 60 30 25 0
cotilédones (mg)
Tabela 1

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. Com este procedimento experimental, pretendeu-se testar a seguinte hipótese


(A) a mobilização de reservas nutritivas da semente é feita em anaerobiose.
(B) a germinação da semente depende da existência de substâncias de reserva.
(C) a mobilização de reservas nutritivas da semente é feita em aerobiose.
(D) a velocidade de germinação da semente depende da concentração de oxigénio presente no meio.

2. Os resultados obtidos permitem afirmar que


(A) a germinação de sementes depende da oxidação anaeróbia de glicose.
(B) a germinação de sementes depende da presença de substâncias de reserva.
(C) a germinação das sementes depende da presença de água.
(D) a quantidade de amido mobilizada ao longo do tempo pela planta é constante.

3. O amido é um
(A) polímero de glicose que desempenha essencialmente função de reserva energética.
(B) monómero que desempenha essencialmente função de reserva energética.
(C) polímero de aminoácidos que desempenha essencialmente função de reserva energética.
(D) monómero que desempenha essencialmente função estrutural.

4. Durante o processo de germinação, os compostos orgânicos presentes na semente sofrem oxidação


(A) total, havendo formação de produtos finais ricos em energia potencial química.
(B) parcial, havendo formação de produtos finais ricos em energia potencial química.
(C) parcial, havendo formação de produtos finais pobres em energia potencial química.
(D) total, havendo formação de produtos finais pobres em energia potencial química.

5. Na prática de agricultura biológica é comum a interrupção de certas culturas numa determinada área, introduzindo
o cultivo de plantas leguminosas, tal como o feijoeiro. Estas plantas podem estabelecer relações de simbiose com
bactérias fixadoras de azoto atmosférico, que convertem este composto em amónia. A amónia é utilizada por
bactérias quimioautotróficas na síntese de compostos azotados, tais como nitritos e nitratos, compostos estes que
ficam disponíveis nos solos e que são fundamentais para a formação de algumas moléculas orgânicas por parte de
outras plantas.
Explique em que medida o cultivo de plantas leguminosas, em solos naturalmente pobres em azoto, poderá contribuir
para o aumento da produção de determinadas moléculas orgânicas durante a fotossíntese.

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6. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
germinação de uma semente de feijoeiro. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
(A) Consumo de oxigénio na mitocôndria.
(B) Degradação do amido nos seus monómeros constituintes.
(C) Formação de piruvato.
(D) Ativação da glicose.
(E) Reações de descarboxilação na matriz mitocondrial.

7. Faça corresponder cada uma das afirmações, expressas na coluna A, a respetiva designação, que consta da
coluna B. Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
(a) Substância impermeável que reveste externamente algumas das células da epiderme (1) Epiderme
das folhas do feijoeiro. (2) Lenhina
(b) Hipótese que admite que o transporte de seiva ocorre das áreas de elevada pressão de (3) Floema
turgescência para as áreas de baixa pressão de turgescência. (4) Cutina
(c) Tecido rico em cloroplastos situado entre as duas epidermes de uma folha de feijoeiro. (5) Fluxo de Massa
(d) Tecido de transporte cujos elementos condutores evidenciam placas crivosas nas (6) Mesófilo
paredes transversais. (7) Pressão radicular
(e) Hipótese que admite que na raiz se desenvolve uma pressão devido a forças (8) Xilema
osmóticas.

GRUPO II
Diabetes Insípida
A Diabetes Insípida é uma síndrome caracterizada pela excreção de volumes anormalmente elevados de urina
diluída, devida à diminuição da reabsorção de água nos tubos coletores. A Diabetes Insípida Central está associada
à diminuição da produção de hormona antidiurética (ADH) e a Diabetes Insípida Nefrogénica resulta da atuação
deficiente dessa hormona a nível renal.
O termo Diabetes Insípida foi usado em 1794 por John Peter Franc, quando se referiu a um quadro clínico com
alterações no metabolismo da água, cujas manifestações eram: poliúria intensa e persistente, urinas claras,
acompanhada de sede devoradora. A poliúria (produção de urina em grandes quantidades) é uma manifestação
primária e a polidipsia (sede intensa) deve-se a fenómenos de compensação do volume de água circulante.
O tratamento da Diabetes Insípida é feito recorrendo à desmopressina, que pode ser administrada por via intranasal,
subcutânea, intramuscular e endovenosa. Baseado em www.manualmerck.net

O gráfico da figura 2 refere-se aos efeitos da administração de desmopressina num paciente com Diabetes Insípida.

Figura 2 - Efeitos da administração da desmopressina na osmolaridade e no volume da urina, no peso corporal e na osmolaridade do plasma num
indivíduo com Diabetes Insípida.

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Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. A análise da figura 2 permite concluir que a desmopressina, no tratamento da Diabetes Insípida


(A) aumenta a permeabilidade dos tubos coletores à água.
(B) provoca uma diminuição do peso corporal.
(C) conduz à produção, após o 3.° dia, de uma urina menos hipertónica do que a urina produzida no 5.° dia.
(D) não provoca quaisquer alterações na osmolaridade do plasma.

2. No processo de formação da urina num indivíduo com Diabetes Insípida


(A) o filtrado glomerular não apresenta glicose.
(B) a reabsorção de determinadas substâncias exige dispêndio de energia.
(C) durante a passagem pelo tubo coletor, quase toda a água é reabsorvida.
(D) o filtrado glomerular é rico em elementos figurados do sangue.

3. Num indivíduo com Diabetes Insípida, imediatamente após a administração de desmopressina, o indivíduo irá
eliminar
(A) maior volume de urina com uma concentração de solutos inferior.
(B) menor volume de urina com uma concentração de solutos inferior.
(C) maior volume de urina com uma concentração de solutos superior.
(D) menor volume de urina com uma concentração de solutos superior.

4. A administração de desmopressina nos indivíduos com Diabetes Insípida assegura mecanismos de retroação
(A) positiva em que a resposta tende a anular o efeito provocado pelo estímulo.
(B) negativa em que a resposta tende a anular o efeito provocado pelo estímulo.
(C) positiva em que a resposta tende a ampliar o efeito provocado pelo estímulo.
(D) negativa em que a resposta tende a ampliar o efeito provocado pelo estímulo.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
formação de urina no Homem. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência das letras.
(A) Reabsorção de água nos tubos coletores.
(B) Reabsorção de monossacarídeos.
(C) Formação de um fluido de composição idêntica ao plasma.
+
(D) Secreção ativa de iões K .
(E) Chegada de sangue à arteríola aferente.

6. A eritropoetina (EPO) é uma hormona endógena, sintetizada, principalmente, nas células epiteliais que revestem
os capilares peritubulares renais. Esta hormona é responsável pela produção de eritrócitos e pela síntese de
hemoglobina. O doping pela EPO é utilizado, principalmente, por atletas de modalidades desportivas classificadas
como atividades aeróbias. Explique em que medida a administração de uma substância sintética de ação semelhante
à EPO poderá condicionar os resultados dos atletas.

GRUPO III
Descoberta primeira rã sem pulmões

Uma equipa de investigadores confirmou a descoberta da primeira "rã sem


pulmões". De acordo com o estudo da revista científica Current Biology, os
cientistas da National University of Singapore encontraram duas populações do
anfíbio Barbourula kalimantanensis, uma rã aquática que respira através da pele,
numa recente expedição à região indonésia do Bornéu.
A descoberta da ausência de pulmões na rã vai ao encontro da ideia de que os
pulmões são uma característica maleável nos anfíbios. Este anfíbio vive em
ambientes frios e de água corrente rápida, pelo que a ausência de pulmões pode
ter resultado da adaptação a uma combinação de fatores. Entre esses fatores
destacam-se: o ambiente rico em oxigénio, o baixo metabolismo do animal, o
achatamento do corpo que aumenta a área superficial da pele e a sua tendência para se afundar em vez de flutuar.
Os cientistas apelam, desde já, à conservação dos habitats agora descobertos. "É uma espécie ameaçada sobre a
qual não sabemos praticamente nada, com uma capacidade fantástica de respirar totalmente através da pele e cujo
futuro está a ser ameaçado, por exemplo, pela exploração ilegal das minas de ouro da região", disse um dos
investigadores: `Não há respostas simples para este problema".
Baseado em www.cienciahoje.pt

1. A exploração ilegal das minas de ouro da região indonésia do Bornéu leva à acumulação na água de substâncias
que impermeabilizam a superfície cutânea destes anfíbios.
Explique de que modo a exploração mineira pode ser um dos fatores relacionados com a extinção destes anfíbios,
tendo em conta as interações Geosfera 4 ↔ Hidrosfera ↔ Biosfera.

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Na resposta a cada um dos itens de 2. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. O anfíbio Barbourula kalimantanensis, ao contrário dos restantes anfíbios, apresenta exclusivamente uma
superfície respiratória
(A) interna, o que demonstra uma dependência superior em relação ao ambiente aquático.
(B) interna, o que demonstra uma dependência inferior em relação ao ambiente aquático.
(C) periférica, o que demonstra uma dependência superior em relação ao ambiente aquático.
(D) periférica, o que demonstra uma dependência inferior em relação ao ambiente aquático.

3. O anfíbio Barbourula kalimantanensis apresenta uma razão entre a área da superfície e o volume corporal
(A) reduzida, beneficiando de um ambiente de elevado hidrodinamismo.
(B) elevada, beneficiando de um ambiente de elevado hidrodinamismo.
(C) elevada, beneficiando de um ambiente de reduzido hidrodinamismo
(D) reduzida, beneficiando de um ambiente de reduzido hidrodinamismo.

4. A difusão dos gases respiratórios através da pele, nos anfíbios, ocorre por difusão
(A) simples e o transporte de oxigénio às células é feito de forma direta.
(B) simples e o transporte de oxigénio às células é feito de forma indireta.
(C) facilitada e o oxigénio movimenta-se para o local onde a sua pressão parcial é inferior.
(D) facilitada e o oxigénio movimenta-se contra um gradiente de concentração de gases.

5. As rãs são organismos que


(A) oxidam matéria inorgânica, de forma aeróbia, para produzir energia.
(B) reduzem matéria orgânica, de forma aeróbia, para produzir energia.
(C) utilizam indiretamente a luz, para síntese de energia.
(D) oxidam compostos orgânicos, de forma aeróbia, para produzir energia.

GRUPO IV
Efeito do ácido abscísico na maturação de oliveiras

O ácido abscísico (ABA) é uma hormona vegetal e, nas oliveiras, a sua concentração aumenta no início da
maturação dos frutos.
São necessárias intervenções que acelerem a maturação dos frutos das oliveiras que se encontram em climas frios
para antecipar a colheita e impedir a exposição dos frutos às primeiras geadas. Essa exposição a baixas
temperaturas pode afetar a qualidade do azeite.
Foi realizado um estudo cujo objetivo era avaliar o efeito da aplicação de ABA na maturação dos frutos de oliveiras. O
estudo foi realizado entre abril de 2006 e maio de 2007, numa província do Chile, que apresenta condições climáticas
semelhantes às mediterrânicas.
A hipótese a ser testada era a de que a aplicação de ABA acelerava a síntese e a acumulação de lípidos nos frutos,
conduzindo a um amadurecimento precoce. Para testar essa hipótese foi realizado o seguinte procedimento
experimental:
– Em abril de 2006 foi aplicado ABA, em cinco oliveiras da variedade Arbequina. Cada tratamento foi repetido cinco
vezes.
– A aplicação das diferentes concentrações de ABA (0, 100, 200, 300 e 400 mg/L) ocorreu no início do processo de
maturação.
– Foram contados os frutos que caíram desde a aplicação do tratamento até à colheita (10 de junho de 2006) e foi
quantificado o conteúdo em óleo, expresso em percentagem de peso seco. O conteúdo em óleo foi analisado, a cada
sete dias, através da colheita de amostras de frutos.
Os resultados encontram-se expressos nos gráficos das figuras 3 e 4. Na figura 5 encontra-se representado o índice
de maturação de Ferreira, habitualmente utilizado como indicativo do grau de maturação dos frutos da oliveira. Na
figura 6 estão representadas as classes do índice de maturação de Ferreira.

Figura 3 - Queda total de frutos, antes da colheita, após a aplicação de ABA no início do amadurecimento em oliveiras da variedade Arbequina.

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Percentagem de óleo baseado no peso seco (%)


Tratamento (mg/L ABA)
6 de maio 20 de maio 3 de junho 10 de junho
0 45,9 50,7 48,4 48,6
100 45,9 52,9 45,5 47,4
200 45,9 47,2 42,1 45,4
300 45,9 46,2 47,7 44,9
400 45,9 50,2 43,2 42,7
Figura 4 - Mudanças no conteúdo em óleo baseado no peso seco nas diferentes datas em oliveiras da variedade Arbequina tratadas com
diferentes concentrações de ABA. As diferenças observadas entre os tratamentos não são significativas do ponto de vista estatístico.
Nota: Não estão indicados todos os dias avaliados.

Figura 5 - Índice de Ferreira na colheita (12 de junho de 2006) em oliveiras da variedade Arbequina.

Classe Características
0 Epiderme de cor verde intensa.
1 Epiderme verde amarelada.
2 Epiderme verde com pontos cor de rosa em menos de metade do fruto.
3 Epiderme rosa ou púrpura em mais de metade do fruto.
4 Epiderme preta e polpa branca.
Figura 6 - Classes do índice de maturação de Ferreira de acordo com Beltrán et a1(2004).
Baseado em Contreras, A. e Lagos, T. «Effect of abscisic acid in the maturation of olive trees cv. Arquevina», IDESIA, 2012.

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 3., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. Na experiência delineada, o grupo controlo foi constituído por oliveiras


(A) às quais foram fornecidas exogenamente diferentes concentrações de ácido abscísico (ABA).
(B) em que a formação dos frutos ainda não tinha ocorrido.
(C) às quais não foi fornecido exogenamente ácido abscísico (ABA).
(D) em que o processo de maturação dos frutos ainda não se tinha iniciado.

2. Relativamente à queda de frutos e à acumulação de óleo, a análise dos resultados permite concluir que
(A) nem a queda de frutos nem a acumulação de óleo são influenciadas pela concentração de ABA aplicada.
(B) a queda de frutos é mais acentuada quando são aplicadas concentrações de 100 mg/L de ABA.
(C) a concentração de ABA aplicada interfere significativamente na acumulação óleo nos frutos.
(D) a queda de frutos por planta é mais pronunciada nas oliveiras em que foi aplicada a concentração de 300 mg/L e
400 mg/L de ABA.

3. É correto afirmar que os efeitos de uma dada hormona vegetal


(A) são independentes do estado de desenvolvimento da planta.
(B) são independentes da concentração utilizada.
(C) só são visíveis quando são aplicadas concentrações muito elevadas.
(D) podem resultar da sua interação com outras hormonas vegetais.

4. O índice de maturação de Ferreira é habitualmente utilizado como indicativo do grau de maturação dos frutos da
oliveira. Quanto mais elevado é o valor numérico do índice maior é o grau de maturação do fruto.
Explique em que medida os resultados obtidos pelos investigadores, no que diz respeito ao índice de Ferreira e à
acumulação de óleo, permitem aceitar ou refutar a hipótese inicialmente colocada.

FIM

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TESTE TIPO INTERMÉDIO 3


Biologia e Geologia
Duração do teste: 90 minutos
10.° e 11.° Anos de Escolaridade
GRUPO I
O Grande Vale do Rifte

O Grande Vale do Rifte segue o rebordo das placas tectónicas que se fundiram há mais de mil milhões de anos. Atualmente,
essas placas estão a afastar-se, separando-se ao longo das costuras (rifting). A placa arábica foi a primeira a afastar-se, entre
trinta e vinte cinco milhões de anos. Estima-se que daqui a cerca de trinta milhões de anos, o estiramento poderá separar a
placa da Somália do continente africano e soltar o bloco conhecido como cratão da Tanzânia (figura 1).

Há 10 milhões de anos, as placas tectónicas afastaram-se à medida que o magma se elevou e formou-se um vale pouco
profundo com uma escarpa baixa ao longo da linha de falha.
Há 7,5 milhões de anos ascenderam grandes quantidades de magma à medida que a crosta se estirava e fraturava. Cones
vulcânicos pontilharam o vale. A falha levou ao afundamento do setor ocidental do vale e à elevação da escarpa.
Há 3 milhões de anos o vale do rifte, afundou-se ainda mais, criando uma escarpa do lado oriental. Cursos de água correram a
partir das terras altas ocidentais e preencheram o primitivo lago Kivo. Vulcões em erupção formaram as montanhas Virunga.
Na atualidade três vulcões mantêm-se em atividade e o Niragongo entrou em erupção em 1977 e 2002 provocando mortes e
migrações populacionais. O magma em fusão, localizado sobre o lago Kivo, liberta dióxido de carbono que fica retido no lago. Se
um sismo ou uma erupção libertassem o metano e o dióxido de carbono, o número de mortes seria catastrófico.
Baseado em "O Grande Vale do Rifte" National Geographic n.° 128 (novembro de 2011)

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta. Escreva, na folha
de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. No movimento das placas ao longo das costuras (rifting) ocorreram fenómenos de


(A) espessamento crusta) e de formação de crosta.
(B) distensão tectónica e de magmatismo.
(C) compressão tectónica e de orogénese.
(D) distensão tectónica e de destruição de crosta.

2. O estabelecimento de correntes de convecção no manto resulta da


(A) variação do estado físico dos materiais mantélicos com a profundidade.
(B) distribuição uniforme do calor interno no interior da geosfera.
(C) diminuição da densidade dos materiais mantélicos com o aumento da temperatura.
(D) influência da composição mineralógica das rochas sobre a sua rigidez.

3. O lago Kivo representa um ambiente sedimentar de


(A) fraco hidrodinamismo, com condições muito propícias à fossilização.
(B) forte hidrodinamismo, com condições muito propícias à fossilização.
(C) forte hidrodinamismo, com condições pouco propícias à fossilização.
(D) fraco hidrodinamismo, com condições pouco propícias à fossilização.

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4. A formação do Grande Vale do Rifte foi resultante de um processo


(A) cíclico e contínuo, o que está de acordo com o Catastrofismo.
(B) cíclico e contínuo, o que está de acordo com o Uniformitarismo.
(C) lento e pontual, o que está de acordo com o Catastrofismo.
(D) lento e pontual, o que está de acordo com o Uniformitarismo.

5. O Grande Vale do Rifte alberga quatro ecossistemas vitais, dependentes dos solos vulcânicos férteis e da chuva abundante.
Esta região assegura também o sustento de uma imensa população humana. Os conflitos pelo controlo da terra, dos abundantes
recursos minerais e do poder mataram milhões de pessoas nas duas últimas décadas.
Explique, tendo em conta a classificação da Terra enquanto sistema quase fechado, porque se revela imprescindível uma gestão
sustentável dos recursos minerais na região do Vale do Grande Rifte.

GRUPO II
Plutão revisitado pelo telescópio espacial Hubble

As imagens divulgadas pela agência espacial NASA através do telescópio espacial Hubble deixaram os cientistas surpreendidos: o
planeta (despromovido a anão) ficou mais avermelhado e o polo norte tornou-se mais brilhante. O que está na origem destes
fenómenos é um mistério, embora os cientistas tenham algumas hipóteses. Provavelmente, devem-se a mudanças na superfície
gelada de Plutão, agora que, na sua órbita de 248 anos, começa a sair do ponto mais perto do Sol. Em relação ao brilho, a luz
solar terá provocado o "descongelamento" da superfície no polo norte e os gases resultantes terão voltado a congelar no outro
polo. Quanto ao aspeto avermelhado, pode estar relacionado com a presença de metano, já detetado na superfície do planeta.
Plutão é constituído por uma crosta fina e congelada e mais internamente por um manto e um grande núcleo rochoso.
Baseado em www.publico.pt

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 3., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. A distribuição dos planetas no sistema solar fez-se de acordo com a sua densidade. Assim, na periferia do sistema solar,
encontram-se planetas com
(A) menor densidade e períodos de translação de maior duração.
(B) maior densidade e períodos de translação de maior duração.
(C) menor densidade e períodos de translação de menor duração.
(D) maior densidade e períodos de translação de menor duração.

2. Tal como na Lua, verifica-se que as possíveis alterações na superfície de Plutão estão
(A) reduzidas ao efeito do impactismo.
(B) relacionadas com o elevado dinamismo interno do planeta.
(C) associadas à ação dos agentes atmosféricos.
(D) relacionadas com a erosão hidráulica.

3. A zonação interna de Plutão permite afirmar que este planeta sofreu processos de diferenciação
(A) tal como a Terra, com migração gravítica para zonas menos profundas de materiais com maior densidade.
(B) ao contrário da Terra, com migração gravítica para zonas menos profundas de materiais com maior densidade.
(C) tal como a Terra, com migração gravítica para zonas menos profundas de materiais com menor densidade.
(D) ao contrário da Terra, com migração gravítica para zonas menos profundas de materiais com menor densidade.

4. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a formação
de planetas telúricos. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
(A) Aglutinação de materiais da nébula solar, devido à força gravítica.
(B) Individualização das unidades estruturais crosta, manto e núcleo.
(C) Diferenciação interna, de acordo com as densidades dos materiais.
(D) Fusão parcial dos materiais, devido a impactos meteoríticos e à desintegração radioativa.
(E) Acreção de planetesimais e formação de um protoplaneta.

5. A superfície de Plutão mudou entre 1994 e 2003: a região polar do norte ficou mais brilhante e o
hemisfério sul escureceu. Essas mudanças rápidas estão, provavelmente, relacionadas com as variações
de estações do ano, que são grandes em Plutão devido à inclinação axial e à excentricidade orbital.
Explique de que modo a inclinação do eixo de Plutão e a incidência de radiação solar na sua superfície
poderão ter contribuído para as mudanças observadas no brilho de Plutão.

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GRUPO III
Atividade do vulcão Monowai no fundo do oceano Pacífico
Os vulcões submarinos em atividade encontram-se espalhados por todo o mundo, encontrando-se concentrados ao nível dos
arcos de subducção. Um deles é o Monowai, cuja existência se deve ao afundamento da placa litosférica do Pacífico sob a placa
indo-australiana. Em apenas duas semanas, de 14 de maio a 1 de junho de 2011, o vulcão Monowai, localizado perto de Tonga,
sofreu profundas transformações. Parte do topo do vulcão desabou cerca de 19 metros e novos fluxos de lava fizeram uma
outra zona ganhar cerca de 79 metros de altura. As imagens, com um pormenor inédito, foram captadas por um sovar instalado
a bordo do navio de investigação R/V Sonne.
Inicialmente, o R/V Sonne detetou uma cor amarelada na água do mar e bolhas de gás à superfície, na zona por cima do vulcão.
Três dias depois, os sensores de atividade sísmica instalados nas ilhas Cook detetaram uma violenta atividade nas proximidades
do vulcão Monowai. O navio regressou ao local onde tinham sido detetadas bolhas de gás e os cientistas ficaram surpreendidos
com o quanto tinha mudado o vulcão. Aquilo que os investigadores viram foi uma chamada de atenção para o facto de o fundo
do mar ser mais dinâmico do que aquilo que se pensava. Pensa-se que o Monowai sofreu um dos episódios mais rápidos de
crescimento vulcânico já registados no planeta. A maioria dos vulcões da Terra está debaixo de água. Baseado em www.futura-sciences.com

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. A atividade vulcânica submarina detetada no oceano Pacífico pelo R/V Sonne está relacionada com a proximidade a um limite
(A) convergente, assegurando a existência de elevados valores de gradiente geotérmico.
(B) convergente, assegurando a existência de baixos valores de gradiente geotérmico.
(C) divergente, assegurando a existência de baixos valores de gradiente geotérmico.
(D) divergente, assegurando a existência de elevados valores de gradiente geotérmico.

2. Os novos fluxos de lava formaram, à superfície, rochas


(A) intrusivas em que a razão isótopo-pai /isótopo-filho é inferior à de rochas mais antigas.
(B) intrusivas em que a razão isótopo-pai /isótopo-filho é superior à de rochas mais antigas.
(C) extrusivas em que a razão isótopo-pai /isótopo-filho é superior à de rochas mais antigas.
(D) extrusivas em que a razão isótopo-pai /isótopo-filho é inferior à de rochas mais antigas.

3. O vulcanismo recente do vulcão Monowai permite considerá-lo um laboratório aberto para o conhecimento do interior da
geosfera. O seu estudo constitui um método
(A) direto e as rochas recém-formadas evidenciam polaridade inversa.
(B) direto e as rochas recém-formadas evidenciam polaridade normal.
(C) indireto e as rochas recém-formadas evidenciam polaridade inversa.
(D) indireto e as rochas recém-formadas evidenciam polaridade normal.

4. O vulcão Monowai apresenta episódios de erupções de caráter explosivo, havendo libertação de magma
(A) rico em sílica e elevada fração volátil.
(B) rico em sílica e reduzida fração volátil.
(C) pobre em sílica e elevada fração volátil.
(D) pobre em sílica e reduzida fração volátil.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que permitem a ocorrência de
uma erupção explosiva subaérea. Escreva na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
(A) Ascensão do magma através de zonas débeis da crosta.
(B) Extensa pulverização piroclástica.
(C) Arrefecimento e desgaseificação do magma.
(D) Aumento da pressão da câmara magmática por efeitos tectónicos.
(E) Instalação do magma em bolsadas profundas da crosta.

6. Faça corresponder cada uma das afirmações, expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta da coluna B.
Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Emissões periódicas de água subterrânea em ebulição sob a forma de colunas de água. (1) Lavas encordoadas
(b) Fluxos de piroclastos pulverizados, suspensos numa fase gasosa, que se movimentam a (2) Fumarolas
grande velocidade. (3) Nuvens ardentes
(c) Fragmentos de grandes dimensões, expelidos violentamente, total ou parcialmente (4) Lavas em almofada
fundidos e solidificados no seu percurso aéreo. (5) Géiseres
(d) Escoamento lento de lava, originando rochas de superfície áspera e muito rugosa. (6) Bombas vulcânicas
(e) Formação de depressões resultantes do colapso da câmara magmática, em (7) Lavas escoriáceas
consequência da ascensão e descompressão do magma. (8) Caldeiras vulcânicas

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7. Explique em que medida os estudos de gravimetria em regiões vulcânicas permitem prever a ocorrência de atividade
vulcânica.
GRUPO IV
Sismo de Lisboa de 1755
Onde foi a origem do terramoto de Lisboa? Duzentos e cinquenta anos depois, poderia pensar-se que os cientistas teriam uma
resposta. Nada disso! Com 8,7 de magnitude, foi a primeira catástrofe considerada global. Nunca mais houve na Europa um
sismo tão forte como o de 1 de novembro de 1755. Afinal, o que aconteceu na crosta terrestre para causar um terramoto tão
violento?
Segundo Marc-André Gutscher, o epicentro foi no Arco de Gibraltar — relatou em 2002, na revista Geology. A falha que
desempenhou um papel decisivo por ocasião deste sismo situa-se no golfo de Cádiz onde colidem as placas africana e
euroasiática. O investigador considerou que há ali "uma zona de subducção ainda ativa (mergulho da crosta oceânica por baixo
de uma placa litosférica adjacente), na qual um bloco de uma placa mais antiga mergulha e, ao descer no manto, deforma a
superfície (10 mm por ano)." "Entre os 10 e os 40 km de profundidade, no ponto de fricção entre as duas placas, as tensões
acumulam-se. Em determinado momento, elas são suscetíveis de se relaxar, provocando um enorme sismo análogo àquele de
1755", afirmou o investigador. Na figura 3 encontram-se representadas possíveis estruturas geradoras de sismos e tsunamis na
margem continental portuguesa.

1. Explique, recorrendo aos dados


da figura 3, por que razão o consenso em relação à origem do terramoto de 1 de novembro de 1755 é tão difícil.

Na resposta a cada um dos itens de 2. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. Segundo Marc-André Gutscher, o foco sísmico localizou-se numa zona


(A) intraplaca, como consequência do afastamento de duas placas litosféricas.
(B) intraplaca, como consequência da aproximação de duas placas litosféricas.
(C) interplaca, como consequência da aproximação de duas placas litosféricas.
(D) interplaca, como consequência do afastamento de duas placas litosféricas.

3. Durante o terramoto de Lisboa, ocorreu


(A) rotura de rochas que conduziu à libertação de energia no epicentro.
(B) rotura de rochas que conduziu à libertação de energia no hipocentro.
(C) acumulação de tensões que conduziu à libertação de energia no hipocentro.
(D) acumulação de tensões que conduziu à libertação de energia no epicentro

4. "O sismo de 1 de novembro de 1755 provocou uma grande destruição e um elevado número de vítimas." Esta afirmação diz
respeito à
(A) intensidade, que é um parâmetro qualitativo. (C) intensidade, que é um parâmetro quantitativo.
(B) magnitude, que é um parâmetro qualitativo. (D) magnitude, que é um parâmetro quantitativo.

5. Na passagem da crosta para o manto assiste-se à


(A) diminuição da velocidade de propagação das ondas internas.
(B) alteração da constituição litológica.
(C) diminuição da rigidez dos materiais.
(D) aumento da velocidade de propagação das ondas S e diminuição da velocidade das ondas P. FIM

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TESTE-TIPO INTERMÉDIO 4
Biologia e Geologia
Duração do teste: 90 minutos
10.° e 11.° Anos de Escolaridade

GRUPO I
A digestão nas plantas carnívoras

As plantas carnívoras realizam a fotossíntese como modo de nutrição. No entanto,


por serem típicas de solos pobres em azoto, complementam a alimentação digerindo
presas. A finalidade da digestão de presas pelas plantas carnívoras é a obtenção
das substâncias azotadas contidas nas mesmas e que serão, posteriormente,
transformadas em matéria assimilável. A captura de presas permite um maior
crescimento destas plantas e um aumento da produção de sementes.
Para que a digestão da matéria orgânica seja possível, as plantas segregam
enzimas a partir de verdadeiras glândulas digestivas.
Essas plantas possuem, também, enzimas que desempenham um papel bactericida e fungicida — o que é
compreensível se nos lembrarmos que o processo digestivo nestas espécies é lento e, caso não produzissem tais
moléculas, ocorreria naturalmente uma competição entre a planta e os decompositores. Assim, o complexo de
enzimas presente nessas plantas permite a preservação e a digestão do alimento até que este seja, de facto,
consumido.
Baseado em www.karnivoras.com

1. Explique por que razão, em solos em que o azoto é um nutriente limitante o desenvolvimento de plantas carnívoras
e não carnívoras é diferente.

Na resposta a cada um dos itens de 2. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. As células constituintes das bactérias são


(A) procarióticas pois apresentam um sistema intramembranar especializado.
(B) procarióticas pois apresentam o material genético livre no hialoplasma.
(C) eucarióticas pois apresentam um sistema intramembranar especializado.
(D) eucarióticas pois apresentam o material genético livre no hialoplasma.

3. A utilização de um inibidor da atividade das enzimas com papel fungicida e bactericida provocaria
(A) a diminuição dos processos catabólicos de bactérias e fungos.
(B) o aumento da velocidade de decomposição das presas pelas plantas.
(C) a diminuição da densidade populacional de bactérias e fungos.
(D) a diminuição da disponibilidade de compostos azotados assimiláveis pela planta.

4. As plantas carnívoras são típicas de ambientes tropicais. Quando submetidas experimentalmente a uma atmosfera
com reduzidos níveis de vapor de água, ocorre
(A) aumento da tensão foliar responsável pela diminuição da absorção de água.
(B) diminuição da tensão foliar, sendo que os estomas tendem a abrir.
(C) diminuição da tensão foliar, sendo que os estornas tendem a fechar.
(D) aumento da tensão foliar responsável pelo aumento da absorção de água.

5. Os insetos apresentam elevados índices metabólicos pois


(A) o sistema circulatório é extremamente eficiente no transporte de gases respiratórios.
(B) a distância entre as células e o exterior é reduzida, assegurando a elevada eficácia das trocas.
(C) os gases difundem-se diretamente através da superfície corporal.
(D) a extensa rede de traqueias garante um difusão dos gases para o fluido circulante.

6. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
produção e utilização de compostos orgânicos nas plantas carnívoras. Escreva, na folha de respostas, apenas a
sequência de letras.
(A) Armazenamento da glicose sob a forma de amido.
(B) Fixação do carbono inorgânico.
(C) Oxidação dos pigmentos fotossintéticos.
(D) Hidrólise do amido para consumo metabólico.
(E) Absorção de energia luminosa pelos pigmentos fotossintéticos.

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GRUPO II
Tucanos usam bico para regular a temperatura do corpo

O tucano tem o maior bico entre todas as aves quando comparado com o tamanho do corpo, já que este representa
cerca de um terço do seu comprimento. Uma equipa de investigadores da Universidade de Brock, Canadá e da
Universidade Estadual Paulista, Brasil, analisou o tucano toco Ramphastos toco, a espécie que exibe o maior bico de
todos os tucanos.
Glenn Tattersall, autor principal do artigo e investigador da Universidade de Brock, referiu que: "Utilizámos tecnologia
de imagem térmica por infravermelhos para avaliar a temperatura superficial do bico dos tucanos quando estas aves
estão expostas a uma variedade de temperaturas do ar, desde 10°C a 35°C. Isso permitiu-nos medir a temperatura
exata do bico".
"Os bicos dos tucanos têm uma rede de capilares sanguíneos que permite regular o fluxo de sangue no seu interior",
explica Tattersall: "Ao alterar o fluxo de sangue para a superfície do bico, os tucanos podem controlar a quantidade
de calor corporal que perdem. Essencialmente, a grande área superficial do bico e o facto de não ser isolado,
significa que o sangue que nele circula pode libertar calor para o bico. Este calor proveniente do sangue é depois
dissipado para o ar, arrefecendo a ave."
O estudo publicado na revista Science também demonstra que o tucano é extremamente eficaz no controlo do calor
corporal: o bico é responsável pela perda de até 100% de calor corporal ou no mínimo 5%, se o fluxo sanguíneo for
reduzido. Mais uma vez Tattersall explica: "Os bicos das aves não são formados por tecidos mortos, incapazes de
desempenhar um papel na termorregulação mas, pelo contrário, contribuem ativamente para esse equilíbrio. As aves
não transpiram, logo têm que ter outros mecanismos para lidar com as temperaturas elevadas."
Baseado em http://yourwebapps.com

Figura 2 - Resultados obtidos na investigação.


Baseado em Tattersall, G., Andrade, D e Abe, A., «Heat Exchange from Toucan Bill reveals a controlable vascular termal radiator», Science, 2009

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 3., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. A variável independente deste estudo experimental é a


(A) temperatura ambiente.
(B) quantidade de calor perdida através do bico do tucano.
(C) dimensão do bico dos tucanos.
(D) espécie de tucanos utilizada.

2. A análise dos resultados da investigação permite concluir que a dissipação de calor através do bico dos tucanos é
(A) independente do estado de desenvolvimento dos tucanos e da velocidade do vento.
(B) superior nos adultos e aumenta com o aumento da velocidade do ar.
(C) superior nos juvenis e aumenta com o aumento da velocidade do ar.
(D) independente da velocidade do vento e dependente do estado de desenvolvimento dos tucanos.

3. Os tucanos são organismos


(A) homeotérmicos e a dissipação de calor é um mecanismo fisiológico.
(B) poiquilotérmicos e a dissipação de calor é um mecanismo fisiológico.
(C) homeotérmicos e a dissipação de calor é um mecanismo comportamental.
(D) poiquilotérmicos e a dissipação de calor é um mecanismo comportamental.

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4. O tucano toco, espécie utilizada por este grupo de investigadores, é o maior e o mais bicudo dos tucanos. Os
indivíduos desta espécie vivem nas matas da região do cerrado, onde pousam em galhos expostos na copa das
aves, sob o sol quente. O bico do tucano possui uma rede de capilares sanguíneos que permite a regulação do fluxo
sanguíneo no seu interior.
Explique de que modo a alteração do fluxo sanguíneo periférico nos capilares do bico dos tucanos e a dimensão do
bico permitem a manutenção da temperatura corporal deste animal, nos ecossistemas em que habitam.

5. Faça corresponder cada uma das afirmações, expressas na coluna A, à respetiva designação, que consta da
coluna B. Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra e cada número
apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(A) Resposta decorrente da retroação negativa que sucede à diminuição da (1) Vasoconstrição
temperatura externa. (2) Vasodilatação
(B) Ser vivo cuja temperatura interna se mantém sensivelmente constante apesar (3) Ser homeotérmico
das oscilações da temperatura ambiental. (4) Ser poiquilotérmico
(C) Termorrecetores da pele conduzem o estímulo ao centro nervoso. (5) Regulação nervosa
(D) Resposta a um estímulo ambiental conduzida por via sanguínea. (6) Regulação hormonal
(E) Ser vivo cuja temperatura corporal varia em função da temperatura ambiental. (7) Sudorese
(8) Diurese

GRUPO III
As Surpreendentes Fontes Hidrotermais
Nas últimas duas décadas foram feitas inúmeras descobertas associadas a estes centros de atividade, que estão a
mudar significativamente a nossa compreensão sobre a vida nos fundos marinhos, permitindo compreender como é
que depósitos minerais ricos em metais se formam através da reação química entre a água do mar e a crosta
terrestre. Nas fontes hidrotermais a temperatura da água pode exceder os 100 °C, contrastando com a temperatura
das zonas abissais, que é em média 2 °C. As fontes hidrotermais são o resultado da circulação da água do mar pelas
fraturas e fissuras existentes na nova crosta terrestre, à medida que esta se forma nas zonas de rifte. Ao circular
através destas fraturas, a água do mar aquece até cerca de 350 °C, dando origem a uma complexa série de reações
químicas. O sulfato (S024-), o terceiro ião mais abundante dissolvido na água do mar, quando aquecido, reage com a
água formando sulfureto de hidrogénio (H2S), o qual, embora tóxico para a maioria dos animais, desempenha um
papel nos processos subsequentes, à medida que a água quente emerge das chaminés.
Nos povoamentos hidrotermais, a produção primária é assegurada por bactérias quimiossintéticas, que obtêm a
energia necessária para a fixação do CO2 a partir da oxidação dos sulfuretos, e em particular do H2S, presentes nos
fumos emergentes. As bactérias desempenham, neste ecos-sistema, um papel primordial, pois invertebrados como
os mexilhões e outros bivalves usam-nas como fonte alimentar, enquanto outras espécies estabelecem com estas
bactérias relações de simbiose. A distribuição dos organismos em torno das emanações de fumos hidrotermais vai
obedecer às exigências térmicas de cada um deles, seguindo um gradiente de temperatura. Baseado em http://naturlink.sapo.pt

1. Explique em que medida o dinamismo interno da Terra, ao nível dos riftes, permite a existência de um "oásis de
vida marinha" ao nível das fontes hidrotermais.
Na resposta a cada um dos itens de 2. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. Nas zonas de rifte, a placa oceânica é formada por


(A) basalto, sendo a sua idade inferior à da crosta continental.
(B) granito, sendo a sua idade inferior à da crosta continental.
(C) basalto, sendo a sua idade superior à da crosta continental.
(D) granito, sendo a sua idade superior à da crosta continental.

3. Nas fontes hidrotermais profundas verifica(m)-se


(A) valores de fluxo térmico reduzidos.
(B) a ascensão de fluidos com reduzida densidade e ricos em sais.
(C) a ascensão de fluidos com elevada densidade e ricos em sais.
(D) ascensão de fluidos magmáticos ricos em sais.

4. Nos ecossistemas que se desenvolvem em torno das fontes hidrotermais, os seres vivos produtores estão
especialmente bem adaptados a
(A) elevadas concentrações de sais. (C) elevadas concentrações de oxigénio.
(B) intensa luminosidade. (D) elevadas concentrações de sulfureto de hidrogénio.

5. Nas fontes hidrotermais registam-se fenómenos de vulcanismo


(A) fissural, associados à formação de recursos minerais renováveis.
(B) fissural, associados à formação de recursos minerais não renováveis.
(C) central, associados à formação de recursos minerais renováveis.
(D) central, associados à formação de recursos minerais não renováveis.

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GRUPO IV
Estromatólitos
A 4000 metros de altitude, no deserto de Puna de Salta, nos Andes argentinos, o oxigénio escasseia na atmosfera e
as lagunas têm uma concentração de sal tão elevada que se torna complicado mergulhar nelas. Foi nestas águas
cristalinas que os cientistas encontraram um ecossistema único, com estromatólitos "vivos". Um ecossistema que
pode ajudar a compreender o princípio da vida na Terra e no espaço.
Os estromatólitos resultam de associações de cianobactérias e outras bactérias que cooperam entre si, obtendo
benefício mútuo.
Formam estratos e captam sais como o carbonato de cálcio do meio que os rodeia. Parecem
rochas recobertas de uma fina camada de microrganismos. Na parte superior existem cianobactérias, organismos
capazes de utilizar energia luminosa. Estas cianobactérias estão associadas a outros organismos capazes de reciclar
elementos essenciais à vida como o ferro, o azoto e o enxofre. No Pré-Câmbrico, os estromatólitos envenenaram o
oceano com oxigénio, um gás extremamente tóxico para os outros organismos vivos.
Os estromatólitos mais antigos datam de há 3500 milhões de anos, pouco tempo depois (em termos geológicos, pelo
menos) da formação do planeta — são portanto os primeiros vestígios da existência de vida na Terra. Atualmente,
existem apenas algumas destas estruturas vivas e em construção, em ambientes hipersalinos da Austrália, Chile e
México.
A bióloga María Eugenia Farías, diretora do Laboratório de Investigação Microbiológica das Lagunas Andinas
(LIMLA), referiu em declarações ao jornal espanhol El Mundo que "foram estes microrganismos extremófilos
(capazes de sobreviver em condições extremas) e outros semelhantes, que criaram a nossa atmosfera, rica em
ozono, e permitiram o aparecimento de formas mais complexas de vida".
Para a investigadora argentina, no entanto, estas lagunas não são apenas janelas para o passado, são sobretudo
portas para o futuro. "O estudo destes fósseis vivos permite recriar os processos que intervieram na criação da vida
na Terra e pensar na existência de organismos semelhantes em outros planetas. O deserto de Atacama e as lagunas
salgadas são dois ambientes extremos, parecidos com o planeta Marte". Baseado em www.dn.pt

1. Para María Eugenia Farías, "estas lagunas não são apenas janelas para o passado, são sobretudo portas para o
futuro. O deserto de Atacama e estas lagunas salgadas são dois ambientes extremos, com condições muito
semelhantes, às que se observam no planeta Marte".
Explique em que medida o conhecimento acerca das condições em que vivem os estromatólitos permite inferir a
existência de organismos semelhantes em outros planetas telúricos, nomeadamente em Marte.

Na resposta a cada um dos itens de 2. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. A formação de estromatólitos revela uma interação entre


(A) biosfera e geosfera. (C) biosfera e hidrosfera.
(B) biosfera e atmosfera. (D) hidrosfera e geosfera.

3. A distribuição das cianobactérias numa região mais


(A) interna dos estromatólitos revela-se essencial na captação de energia luminosa.
(B) periférica dos estromatólitos revela-se essencial na captação de carbono inorgânico.
(C) interna dos estromatólitos revela-se essencial na captação de carbono inorgânico.
(D) periférica dos estromatólitos revela-se essencial na captação de energia luminosa.

4. A atividade dos estromatólitos esteve relacionada, inequivocamente, com a alteração da concentração de


(A) O2 nos oceanos e favoreceu a proliferação de organismos aeróbios.
(B) O2 nos oceanos e favoreceu a proliferação de organismos anaeróbios.
(C) CO2 nos oceanos e favoreceu a proliferação de organismos aeróbios.
(D) CO2 nos oceanos e favoreceu a proliferação de organismos anaeróbios.

5. As cianobactérias que edificam os estromatólitos vivem num meio com


(A) reduzida pressão osmótica e a água movimenta-se contra o gradiente de concentração de soluto.
(B) elevada pressão osmótica e a água movimenta-se a favor do gradiente de concentração de soluto.
(C) elevada pressão osmótica e a água movimenta-se contra o gradiente de concentração de soluto.
(D) reduzida pressão osmótica e a água movimenta-se a favor do gradiente de concentração de soluto.

6. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
formação de estromatólitos na Terra primitiva e com as alterações ocorridas no planeta. Escreva, na folha de
respostas, apenas a sequência de letras.
(A) Diversificação de formas de vida terrestre.
(B) Sobreposição de camadas de carbonato de cálcio.
(C) Estabelecimento de uma relação interespecífica.
(D) Colonização das lagunas por seres fotossintéticos.
(E) Aumento da concentração de ozono na atmosfera.
FIM

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TESTE TIPO INTERMÉDIO 5


Biologia e Geologia
Duração do teste: 90 minutos
10.° e 11.° Anos de Escolaridade

GRUPO I
DNA polimerase e envelhecimento celular

Na espécie humana, o DNA mitocondrial (mtDNA) contém 16 500 pares de bases, representando uma pequena
fração do total de DNA das células.
O mtDNA humano contém 37 genes sendo todos essenciais para o normal funcionamento das mitocôndrias: 13
desses genes são responsáveis pela síntese das enzimas envolvidas na fosforilação oxidativa.
Problemas no crescimento, desenvolvimento e funcionamento de uma série de órgãos estão relacionados com
alterações no mtDNA. A acumulação de mutações no mtDNA tem sido associada ao aumento da probabilidade de
um indivíduo apresentar doenças cardíacas, Alzheimer e Parkinson. Os resultados de certas investigações sugerem
igualmente a associação entre a acumulação destas mutações e o processo de envelhecimento.
Considere o seguinte procedimento experimental:
1. Foram recolhidas 100 células embrionárias de ratos da subespécie Rattus norvergicus albinus na mesma fase
inicial de desenvolvimento e retiraram-se às mesmas todas as mitocôndrias.
2. No DNA mitocondrial foi inserida uma sequência de DNA nuclear, numa localização específica, ficando impedida a
síntese da enzima DNA polimerase.
3. As mitocôndrias cujo DNA foi modificado foram inseridas novamente nas células embrionárias.
4. Por divisão celular, cada uma destas células modificadas originou um embrião.
5. Após este passo, todos os 100 embriões foram colocados na incubadora, em condições propícias ao seu
desenvolvimento.
6. Utilizou-se, igualmente um outro conjunto de 100 embriões de ratos da mesma subespécie que não foram alvo do
procedimento acima mencionado. Estes embriões foram colocados em condições semelhantes às dos embriões
modificados.
7. Após 21 dias de gestação, os dois grupos foram analisados semanalmente e os resultados obtidos foram
registados no gráfico da figura 1.

Figura 1 - Percentagem de sobrevivência e alterações macroscópicas e microscópicas observadas nos dois grupos. Baseado http: //juvenom.com

1. Durante a realização da experiência, foi observada uma acumulação crescente de mutações e o envelhecimento
precoce e contínuo dos ratos modificados. Estes tiveram, igualmente, uma morte precoce. A DNA polimerase corrige
eventuais modificações no material genético resultantes de erros no emparelhamento de determinados monómeros.
Explique de que modo os resultados obtidos na experiência rejeitam ou apoiam a hipótese de uma associação entre
alterações nos genes mitocondriais e o envelhecimento precoce dos indivíduos.

Na resposta a cada um dos itens de 2. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. Na experiência referenciada no documento o principal objetivo foi


(A) relacionar a alteração na atividade da DNA polimerase mitocondrial e as mutações ocorridas no DNA nuclear.
(B) estudar a influência do DNA nuclear no desenvolvimento dos ratos.
(C) estudar a influência da DNA polimerase mitocondrial no desenvolvimento dos ratos.
(D) relacionar a atividade do DNA mitocondrial e a síntese da DNA polimerase.

3. A DNA polimerase desempenha um papel relevante no processo de


(A) tradução, permitindo a síntese de proteínas específicas.
(B) transcrição, assegurando o emparelhamento de desoxirribonucleótidos.
(C) replicação, permitindo a síntese de novas sequências desoxirribonucleotídicas.
(D) replicação, permitindo o aumento da variabilidade genética nas células.

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4. As células constituintes dos ratos são eucarióticas pois


(A) apresentam organização intramembranar especializada.
(B) apresentam informação genética muito descondensada.
(C) apresentam material genético e ribossomas.
(D) realizam síntese proteica a partir da informação genética.

5. Durante o desenvolvimento embrionário dos ratos, as células sofrem processos de especialização pois
(A) as proteínas expressas nos diferentes tipos de células são as mesmas.
(B) as células apresentam diferente expressão bioquímica.
(C) as diferentes células sofreram diferentes tipos de mutações.
(D) as diferentes células formadas possuem cópias diferentes do seu genoma.

6. Faça corresponder cada uma das afirmações relativas à síntese e maturação de proteínas, expressas na coluna A,
ao respetivo interveniente, que consta da coluna B. Escreva, na folha de respostas, apenas as letras e os números
correspondentes. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
(A) Unidade de informação hereditária constituída por uma sequência de nucleótidos. (1) Aminoácido
(B) Sequência de ribonucleótidos que especifica a estrutura primária das proteínas. (2) RNA mensageiro
(C) Local onde ocorre a síntese de proteínas. (3) RNA ribossómico
(D) Monómero constituinte das proteínas. (4) Complexo de Golgi
(E) Origem das vesículas responsáveis pelo transporte de proteínas para exocitose. (5) Gene
(6) Nucleótido
(7) DNA
(8) Ribossoma

7. A formação de gerações contínuas de ratos pressupõe a existência de reprodução.


Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que possibilitam a
formação de gâmetas nos ratos. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
(A) Sinapse.
(B) Passagem da diploidia para a haploidia.
(C) Divisão do centrómero.
(D) Recombinação cromatídica.
(E) Duplicação da informação genética.

GRUPO II
Nematoide das galhas

Em 1855, Berkeley descobriu que as galhas (células gigantes) existentes em raízes de pepino eram
causadas por um nematoide (animal que possui corpo cilíndrico e afilado nas extremidades). As plantas, quando
atacadas por este parasita, apresentam sinais de enfraquecimento, baixa produtividade, desfolhamento precoce e
declínio prematuro. Ocasionalmente ocorria a morte das plantas infetadas. Os sintomas associados à presença deste
parasita podem ser potenciados em situações de seca.
O ciclo de vida destes organismos dura entre 3 a 4 semanas e encontra-se representado na fig. 2.
As fêmeas não possuem a capacidade de abandonar a raiz pois são formas sedentárias enquanto que os
machos são capazes de a abandonar. As fêmeas iniciam a sua ovoposição (400 a 500 ovos) sem necessidade de
acasalamento com o macho. A ovoposição é externa à raiz, porém a fêmea mantem-se no interior da mesma.
Quando a fêmea morre, os ovos permanecem junto à raiz ou fixam-se em fragmentos do solo.
O desenvolvimento embrionário dos ovos inicia-se algumas horas depois da deposição, em locais com
condições ideais (alta temperatura e humidade), formando-se no seu interior a larva do primeiro estádio. Esse juvenil
sofre a primeira ecdise e transforma-se no juvenil do segundo estádio (J2). Este juvenil migra no solo à procura das
raízes da planta hospedeira e penetra nas células das raízes com os seus estiletes. Já no interior da raiz libertam
uma secreção esofagiana que dará origem a galhas na região do cilindro central da raiz. No terceiro estádio juvenil a
larva cresce e desenvolve o seu sistema reprodutivo. A fase adulta é marcada por um acentuado dimorfismo sexual e
a fêmea só inicia a sua metamorfose após a infeção na raiz hospedeira. O número de machos numa dada população
depende, entre outros fatores, da disponibilidade de nutrientes. Quando existe abundância de alimentos, a maior
parte das larvas origina fêmeas, e quando existe escassez de alimentos, decorrente de um aumento do número de
indivíduos na população ocorre produção de grande quantidade de machos.

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Figura 2 - Ciclo de vida de Meloidogyne spp. Baseado em www.nematoides.com.br

1. Explique por que razão, quando existe reduzida disponibilidade de alimento no meio, a reprodução com
intervenção de machos é mais vantajosa para assegurar a sobrevivência da população de nematoides das galhas.

Na resposta a cada um dos itens de 2. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. Na população de nematoides das galhas, os descendentes e os progenitores evidenciam


(A) mesmo cariótipo e a infeção das raízes do hospedeiro pode ser efetuada pelos juvenis.
(B) mesmo cariótipo e a infeção das raízes do hospedeiro é efetuada pelos machos.
(C) cariótipos distintos e a infeção das raízes do hospedeiro é efetuada pelos machos.
(D) cariótipos distintos e a infeção das raízes do hospedeiro pode ser efetuada pelos juvenis.

3. As células especializadas na produção de enzimas digestivas no intestino dos juvenis e dos indivíduos adultos são
(A) diploides e os genes expressos nessas células são maioritariamente os mesmos.
(B) haploides e os genes expressos nessas células são maioritariamente os mesmos.
(C) haploides e os genes expressos nessas células são maioritariamente diferentes.
(D) diploides e os genes expressos nessas células são maioritariamente diferentes.

4. No ciclo de vida do nematoide das galhas verificam-se fenómenos de recombinação génica


(A) no desenvolvimento do segundo estádio larvar.
(B) no desenvolvimento do ovo.
(C) na formação de gâmetas.
(D) apenas na formação de gâmetas.

5. Os organismos do género Meloidogyne pertencem, inequivocamente, de acordo com o sistema de classificação de


Whittaker, a um reino em que os seres vivos são
(A) multicelulares e heterotróficos por ingestão.
(B) eucariontes e heterotróficos por ingestão.
(C) heterotróficos e multicelulares.
(D) eucariontes e multicelulares.

6. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com o
ciclo de vida das plantas hospedeiras de nematoides, culminando com a especialização de células haploides no
gametófito. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
(A) Diferenciação de células embrionárias diploides.
(B) Formação de células haploides por meiose.
(C) Diferenciação de gâmetas.
(D) Desenvolvimento de uma entidade pluricelular diploide.
(E) Recombinação genética em células diploides.

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GRUPO III
Novo órgão sensorial descoberto nas maiores baleias-de-barbas
Os cientistas descobriram um novo órgão sensorial em certas baleias-
de-barbas, mais precisamente nos rorquais, que serve para coordenar a
sua forma característica de ingestão de alimento. A descoberta poderá
explicar como é que estas baleias conseguem sustentar um corpo de
um tamanho tão desmesurado.
Os rorquais incluem a baleia-azul, a baleia-de-bossa (Megaptera novae-
angliae) a baleia-comum (Balaenoptera physalus) ou ainda a baleia-
anã. Todas estas baleias possuem um conjunto de pregas de pele, que
se estende da parte inferior da boca até ao umbigo. Quando a baleia se
alimenta, essas pregas expandem-se, enchendo-se com grandes
quantidades de água. A água, ao ser expulsa, é filtrada pelas barbas da baleia, para apenas serem retidos o krill e os
peixes que são o seu alimento.
A análise de imagens do queixo dos cetáceos revelou a presença de um órgão, alojado no tecido ligamentoso situado
entre as extremidades dos ossos da mandíbula destes animais. Os investigadores pensam que este órgão sensorial
envia informações ao cérebro de forma a coordenar o mecanismo complexo de alimentação, que implica rodar as
mandíbulas, inverter a língua e expandir as pregas e a camada de gordura subcutânea. No início da refeição, ajuda
provavelmente os rorquais a sentirem a densidade das presas.
Baseado em www.publico.pt

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. A colocação de seres vivos morfologicamente semelhantes em grupos distintos pode ser feita recorrendo a dados
de natureza
(A) bioquímica.
(B) morfológica.
(C) citológica.
(D) paleontológica.

2. A presença de um conjunto de pregas na baleia-de-bossa e na baleia-comum, organismos filogeneticamente


aparentados, permite afirmar a existência de
(A) ancestrais diferentes e essa estrutura será considerada homóloga.
(B) ancestrais diferentes e essa estrutura será considerada análoga.
(C) um ancestral comum e essa estrutura será considerada homóloga.
(D) um ancestral comum e essa estrutura será considerada análoga.

3. A baleia e a maioria dos peixes apresentam em comum


(A) hematose branquial e forma hidrodinâmica do corpo que resulta de convergência adaptativa.
(B) hematose pulmonar e forma hidrodinâmica do corpo que resulta de divergência adaptativa.
(C) coração dividido em cavidades e forma hidrodinâmica do corpo que resulta de divergência adaptativa.
(D) difusão indireta de gases e forma hidrodinâmica do corpo que resulta de convergência adaptativa.

4. Megaptera novaeangliae é a designação científica da baleia-de-bossa. Megaptera designa


(A) o género e novaeangliae é o nome da espécie.
(B) a espécie e novaeangliae é o restritivo específico.
(C) o género e novaeangliae é o restritivo especifico.
(D) a espécie e novaeangliae é o nome do género.

5. A existência deste órgão sensorial terá, em termos evolutivos, desempenhado um papel fundamental num dos
métodos de alimentação mais extremos observados em criaturas aquáticas.
Explique a existência deste novo órgão sensorial na baleia-de-bossa, de acordo com a teoria neodarwinista.

GRUPO IV
Relações filogenéticas das espécies da Macaronésia

A investigação científica sobre endemismos insulares desempenhou desde sempre um papel preponderante na área
da biologia evolutiva. Com efeito, tanto Darwin como Wallace desenvolveram as suas teorias de evolução e seleção
natural com base em estudos realizados em ilhas.
Até há poucos anos atrás, pensava-se que as ilhas da Macaronésia (arquipélagos das Canárias, da Madeira, Açores
e de Cabo Verde) funcionavam como locais onde as floras ancestrais tinham sido preservadas, sendo mesmo
consideradas relíquias de espécies continentais extintas.
Os dados moleculares contribuíram de forma decisiva para clarificar a origem da flora endémica (conjunto de
espécies únicas e características de uma dada região) da Macaronésia e perceber que a maioria das espécies
endémicas, outrora consideradas relíquias, têm afinal uma origem recente. Presume-se que uma espécie originária
da Península Ibérica terá estado na origem das espécies existentes nos arquipélagos. Apesar da grande diversidade

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morfológica exibida pelos organismos que habitam estes arquipélagos, as análises do DNA nuclear demonstraram
que a grande maioria dos géneros analisados parece descender de um ancestral continental.
Na figura 3 encontra-se representada uma árvore filogenética construída com base na sequenciação de DNA nuclear
de espécies da Macaronésia. Foram analisadas 6 espécies (sp) de Cabo Verde, 5 sp das Canárias, 3 sp da Madeira
e 1 sp da Península Ibérica.

Figura 3 I Árvore filogenética de algumas espécies endémicas da Macaronésia. O comprimento dos ramos dá uma ideia do tempo de divergência e
os valores indicados por cima dos ramos representam as variações nucleotídicas ocorridas.
Baseado em Evolução, História e Argumentos, "Esfera do Caos", 2008

1. Pensou-se, inicialmente, que as ilhas da Macaronésia funcionavam como reservatórios naturais de preservação de
floras ancestrais, consideradas relíquias de espécies continentais extintas. As análises do DNA nuclear
demonstraram, no entanto, que a grande maioria dos géneros analisados parece descender de um ancestral
continental.
Explique de que modo a via investigativa utilizada permite inferir acerca do grau de proximidade filogenética entre as
espécies da Madeira, das Canárias e de Cabo Verde.

Na resposta a cada um dos itens de 2. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. Na árvore filogenética representada na figura 3, as bifurcações significam que


(A) membros de duas espécies diferentes podem cruzar-se livremente na natureza.
(B) é sempre possível uma convergência num grupo filogenético.
(C) se verificam fenómenos de convergência e divergência ao longo do tempo.
(D) espécies com características diferentes partilham planos anatómicos semelhantes.

3. A variabilidade das espécies endémicas da Macaronésia é explicada pela acumulação de mutações


(A) génicas que só têm valor evolutivo se ocorrerem em células sexuais.
(B) génicas que só têm valor evolutivo se forem letais para o organismo.
(C) cromossómicas que só têm valor evolutivo se forem letais para o organismo.
(D) cromossómicas que só têm valor evolutivo se ocorrerem em células sexuais.

4. A figueira-do-inferno é uma espécie endémica da Macaronésia, característica da Floresta Laurissilva da Madeira.


Relativamente ao ciclo de vida da figueira-do-inferno podemos afirmar que
(A) a geração esporófita inicia-se com a fecundação e é constituída por entidades diploides.
(B) a meiose é pré-gamética, ocorrendo no interior do gametófito.
(C) os gametófitos são estruturas haploides e unicelulares em cujas estruturas se diferenciam os gâmetas.
(D) a geração esporófita inicia-se com a meiose e é constituída por entidades diploides.

FIM

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TESTE TIPO INTERMÉDIO 6


Biologia e Geologia - 10.° e 11.° Anos de Escolaridade
Duração do teste: 90 minutos

GRUPO I
Geodinâmica das arribas do litoral do Algarve central

A costa do barlavento algarvio é dominada pela presença de arribas verticais talhadas em rochas mesozoicas e
miocénicas, interrompidas por três troços de litoral de acumulação, correspondentes a barreiras arenosas que
encerram lagunas costeiras, em diferentes estados de evolução.
As arribas são cortadas em rochas carbonatadas, com alternância de camadas sub-horizontais decimétricas de
calcarenitos finos (rocha constituída por grãos de areia e silte de textura fina a média unidos por uma matriz
carbonatada) e calcarenitos bioclásticos (calcarenitos que apresentam alguns restos biológicos).

Uma característica típica destas arribas é a elevada carsificação traduzida na presença de uma rede de algares e
cavernas, cuja reação com a erosão marinha produz um modelado rendilhado e recortado, assim como diversos
elementos morfológicos característicos como grutas, arcos, Leixões, etc. A expressão da cobertura arenosa varia ao
longo do litoral, em alguns setores constitui uma parte considerável da arriba, enquanto noutros resume-se a uma
fina camada superficial.
Em termos médios, nos últimos 14 anos, registaram-se anualmente 14 movimentos em massa nas arribas do
barlavento. 80% das ocorrências estão associadas a picos de atividade dos agentes mesológicos, nomeadamente
precipitação intensa ou concentrada e agitação marítima de tempestade (Hs ≥ 2,5 m). Os resultados mostram ainda
que a resposta das arribas à solicitação externa não é imediata, revelando alguma inércia; os movimentos em massa
ocorrem até 5 dias após a ocorrência do mecanismo desencadeador (precipitação ou tempestade), sendo mais
frequentes os intervalos de resposta iguais ou inferiores a 3 dias.
A mesma série de registos mostra ainda que apenas 5% dos eventos registados têm influência humana, por regra,
resultantes de acidentes associados a ruturas de canalizações de água ou regas descontroladas. Nos restantes 15%
das ocorrências não foi possível identificar o "gatilho" direto do movimento em massa, possivelmente associado às
características internas dos maciços rochosos, como a fracturação e a carsificação, ou a fatores externos como
sismos.
Baseado em www.arhalgarve.pt

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
1. As arribas verticais podem ser talhadas em calcarenitos finos que são rochas sedimentares
(A) detríticas e encontram-se intensamente carsificadas como resultado da ocorrência de oxidação.
(B) quimiogénicas e encontram-se intensamente carsificadas como resultado da ocorrência de carbonatação.
(C) detríticas e encontram-se intensamente carsificadas como resultado da ocorrência de carbonatação.
(D) quimiogénicas e encontram-se intensamente carsificadas como resultado da ocorrência de oxidação.

2. A cobertura arenosa ao longo do litoral algarvio apresentará uma expressão


(A) superior em regiões em que a suscetibilidade das rochas à meteorização é superior.
(B) superior em regiões em que a suscetibilidade das rochas à meteorização é inferior.
(C) independente da suscetibilidade das rochas à meteorização e dependente da intensidade da abrasão marinha.
(D) dependente da suscetibilidade das rochas à meteorização e independente da intensidade da abrasão marinha.

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3. De acordo com o estudo realizado, os movimentos em massa registados nas arribas do barlavento algarvio estão
principalmente relacionados com
(A) o aumento da saturação dos solos em água como resultado de episódios pluviométricos intensos e concentrados
no tempo.
(B) a diminuição da instabilidade dos materiais associados a vagas de grande dimensão.
(C) a diminuição da coesão entre os materiais constituintes das arribas associados a atividades antrópicas, tais como
regas descontroladas.
(D) a intensa fracturação e carsificação das arribas e a consequente instabilidade da arriba.

4. As barreiras arenosas que encerram lagunas costeiras são formas de


(A) erosão e retardam o recuo da linha do litoral.
(B) deposição e retardam o recuo da linha do litoral.
(C) deposição e favorecem a abrasão marinha.
(D) erosão e favorecem a abrasão marinha.

5. A rotação da Península Ibérica e a sua colisão com África fechou o Mediterrâneo e grandes extensões de terra
ficaram emersas, depois de no Mesozoico terem existido condições para a formação de calcários. A deriva para norte
tornou o clima mais frio e as zonas continentais ficaram mais elevadas. Pioraram as condições para a precipitação
química de carbonatos e aumentou a sedimentação detrítica nas bacias sedimentares miocénicas. Grande parte da
componente carbonatada dos calcarenitos tem origem no substrato carbonatado do Mesozoico.
Explique de que modo a formação de rochas carbonatadas e a posterior elevação da crosta continental permitiu o
recobrimento destas rochas por calcarenitos.

GRUPO II
Ambientes sedimentares e génese de petróleo

As bacias sedimentares são depressões na crosta terrestre, para onde são carreados e onde se acumulam detritos
de rochas mais antigas, substâncias químicas e muitas vezes matéria orgânica. À medida que os sedimentos se
acumulam na bacia, aumenta a pressão e a temperatura sobre estes e sobre a matéria orgânica depositada,
podendo-se formar petróleo.
A origem orgânica do petróleo está fundamentada, entre outras evidências, por análises geoquímicas, por estudos de
paleontologia e pela ocorrência de compostos orgânicos azotados. No entanto, para a formação de petróleo é
necessário que as bacias tenham sido formadas em condições muito específicas. Normalmente, são áreas em que
sucessões espessas de sedimentos marinhos foram soterradas, a grandes profundidades. A formação do petróleo é
mais frequente em bacias que se formam nas plataformas continentais ou ao longo da margem continental dos
oceanos do que em bacias continentais emersas originadas a partir de antigas bacias sedimentares marinhas.
Baseado em www.apetro.pt

1. Explique de que modo a abundância de determinadas formas de vida e as condições geológicas das plataformas
continentais e das bacias continentais emersas condicionam a localização da maior parte das jazidas petrolíferas.
Na resposta a cada um dos itens de 2. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. A prospeção do petróleo é precedida por estudos


(A) indiretos, como a sismologia detetando-se alterações na velocidade das ondas P.
(B) diretos, como a gravimetria detetando-se anomalias negativas.
(C) diretos, como análises do gradiente geotérmico terrestre.
(D) indiretos, como análise de formações geológicas.

3. Na passagem de ambientes abissais para ambientes litorais é possível encontrar-se a seguinte sequência de
rochas detríticas
(A) conglomerados, argilas e areias, revelando um aumento da energia do agente transportador.
(B) argilas, areias e conglomerados, revelando uma diminuição da energia do agente transportador.
(C) argilas, areias e conglomerados, revelando um aumento da energia do agente transportador.
(D) argilas, conglomerados e areias, revelando uma diminuição da energia do agente transportador.

4. As bacias continentais emersas formaram-se durante episódios de


(A) transgressão marinha, conduzindo à existência de ambientes de águas com baixo hidrodinamismo.
(B) regressão marinha, conduzindo à existência de ambientes de águas com baixo hidrodinamismo.
(C) transgressão marinha, conduzindo à existência de ambientes de águas com elevado hidrodinamismo.
(D) regressão marinha, conduzindo à existência de ambientes de águas com elevado hidrodinamismo.

5. As fronteiras litorais são regiões altamente


(A) estáveis, dificultando a aplicação do princípio do catastrofismo geológico.
(B) instáveis, permitindo a aplicação do princípio do catastrofismo geológico.
(C) instáveis, o que dificulta a correta reconstituição tectónica terrestre.
(D) estáveis, o que permite a correta reconstituição tectónica terrestre.

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6. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
formação e posterior acumulação de hidrocarbonetos líquidos na rocha-armazém.
Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
(A) Formação de um ambiente anaeróbio.
(B) Migração de hidrocarbonetos através de zonas de instabilidade geológica.
(C) Intensa deposição terrígena.
(D) Acumulação de matéria orgânica.
(E) Acumulação progressiva de hidrocarbonetos na rocha-mãe.

GRUPO III
A Pedreira do Campo

No decurso de trabalhos de campo preliminares de levantamento de afloramentos fossilíferos na ilha de Santa Maria,
realizados em finais de julho de 2001, constatou-se a existência, na Pedreira do Campo, localizada a oeste do Pico
do Facho, de uma frente de lavra talhada em basaltos de antigas lavas submarinas da base do Complexo do Facho-
Pico Alto.
Na Pedreira do Campo pode observar-se uma sequência de rochas sedimentares e magmáticas extrusivas com
cerca de 20 m de espessura total.
A sequência da Pedreira do Campo regista a passagem do topo da unidade Complexo do Touril, ali representada por
rochas sedimentares, à base do Complexo do Facho de natureza vulcânica submarina (figura 2). De acordo com os
elementos de datação por métodos radiométricos disponíveis, estas unidades terão idade aproximada de 5 Ma.
A Pedreira do Campo é um dos locais da Ilha de Santa Maria onde é possível observar, em afloramento, rochas
sedimentares fossilíferas. No local afloram biocalcarenitos conglomeráticos com conteúdo fóssil abundante e
diversificado. A associação fossilífera inclui micro e macro-somatofósseis e icnofósseis. Os icnofósseis estão
representados, basicamente, por estruturas de bioerosão de esponjas e de bivalves afetando elementos esqueléticos
de outros organismos.
Baseado em Cachão, M. et aL,«Pedreira do Campo (Santa Maria, Açores): monumento natural», Ciências da Terra (UNL)

1. A atividade vulcânica na ilha de Santa Maria estendeu-se até ao Pliocénico, com fases alternadamente subaéreas
e submarinas e terá parado após os episódios em que grandes quantidades de piroclastos foram expelidos. Estes
materiais de projeção estão transformados em campos de argilas vermelhas.
Explique em que medida a presença de campos de argilas vermelhas, formadas a partir dos materiais expelidos
durante a última erupção, poderá ser indicativo de um paleoclima com características distintas das atuais.

Na resposta a cada um dos itens de 2. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. Nos basaltos vesiculares, a relação isótopo-pai/ isótopo-filho é


(A) inferior à dos clastos de basalto, os quais são mais antigos que o calcário fossilífero.
(B) superior à dos clastos de basalto, os quais são mais antigos que o calcário fossilífero.
(C) superior à dos clastos de basalto, os quais são mais recentes que o calcário fossilífero.
(D) inferior à dos clastos de basalto, os quais são mais recentes que o calcário fossilífero.

3. As unidades representadas na figura 3 pelas letras A e B são, respetivamente,


(A) o manto superior e a crosta continental. (C) a astenosfera e a litosfera.
(B) o manto superior e a crosta oceânica. (D) o manto superior e a litosfera.

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4. As lavas em almofada caracterizam-se por


(A) resultarem da presença de um fundo de sedimentação de arrefecimento rápido.
(B) resultarem da presença de um fundo de sedimentação de arrefecimento lento.
(C) apresentarem uma superfície irregular resultante do rápido arrefecimento da lava.
(D) apresentarem uma superfície lisa, contorcida, resultante do rápido arrefecimento da lava.

5. Os gabros e os basaltos, quanto ao teor em sílica, caracterizam-se por serem rochas


(A) básicas e são constituídas essencialmente por quartzo e feldspatos alcalinos.
(B) ácidas e são constituídas por plagióclases calcossódicas, olivinas e piroxenas.
(C) ácidas e são constituídas exclusivamente por olivinas e piroxenas.
(D) básicas e são constituídas essencialmente por olivina, piroxenas e anortite.

6. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
formação do diorito da figura 3 como resultado de processos de cristalização fracionada e diferenciação gravítica.
Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
(A) Ascensão de um magma menos denso e com teor relativo em sílica superior.
(B) Formação de um magma parental com caráter básico.
(C) Cristalização dos minerais com ponto de fusão mais elevado.
(D) Fusão parcial de uma rocha ultrabásica.
(E) Formação de uma rocha plutónica com plagióclases calcossódicas.

7. Faça corresponder cada uma das descrições de rochas, expressas na coluna A, à respetiva designação, que
consta na coluna B.
Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra e cada número apenas
uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Rocha detrítica que, quando saturada, é praticamente impermeável. (1) Basalto
(b) Rocha básica com plagioclases (cálcicas) e minerais ferromagnesianos (2) Riólito
abundantes. (3) Areias calcárias
(c) Rocha que apresenta fragmentos biogénicos numa matriz carbonatada. (4) Xisto
(d) Rocha porosa, constituída por fragmentos resultantes da erosão dos esqueletos (5) Silte
de corais. (6) Granito
(e) Rocha consolidada, constituída por detritos siliciosos provenientes de um (7) Arenito
continente próximo. (8) Calcário fossilífero

GRUPO IV
Sistema aquífero Moura-Ficalho
O sistema aquífero Moura-Ficalho localizado no Alentejo, na margem esquerda do Guadiana, constitui uma das
grandes reservas de água subterrânea desta região, apesar da reduzida precipitação desta zona. Atualmente é
responsável por parte do abastecimento dos concelhos de Moura, Serpa, pela indústria de engarrafamento de água
mineral natural Pisões-Moura e pelas termas de Santa Comba e três Bicas, além de satisfazer as necessidades
agropecuárias. Este aquífero tem sofrido contaminação agrícola por nitratos, devido ao incremento da área de rega-
dio, que se tem verificado nos últimos anos.
A qualidade físico-química desta água reflete também a origem da maior parte da recarga do sistema. São águas
bicarbonatadas mistas cálcicas e magnesianas, com mineralizações geralmente elevadas em relação ao espaço
percorrido subterraneamente neste aquífero (resíduo seco 650 mg/1), com quantidades apreciáveis de iões cloreto e
nitrato. Em geral, nota-se uma diminuição da mineralização na época das chuvas, devida à maior contribuição da
água de escoamento superficial da Ribeira do Brenhas, com o consequente efeito de diluição na qualidade da água
de recarga.
A figura 4 é uma proposta de representação do sistema aquífero de Moura-Ficalho.
Baseado em www.ineg.pt

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 3., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

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1. A circulação da água subterrânea até à superfície é controlada, principalmente, pela falha


(A) F1 uma vez que esta coloca em contacto uma formação permeável com uma impermeável.
(B) F2 uma vez que esta coloca em contacto uma formação permeável com uma impermeável.
(C) F1 uma vez que esta coloca em contacto duas formações permeáveis.
(D) F2 uma vez que esta coloca em contacto duas formações permeáveis.

2. A nascente n1 apresenta águas com caráter termal que se relaciona com


(A) a ascensão da água através da falha normal F1.
(B) a velocidade de ascensão compatível com uma elevada perda de calor.
(C) a profundidade de proveniência da água nessa nascente.
(D) o contato com rochas sedimentares detríticas, tal como o calcário.

3. Na formação de mármores dolomitizados verificaram-se tensões


(A) não litostáticas e estes apresentam textura granoblástica.
(B) litostáticas e estes apresentam textura foliada.
(C) litostáticas e estes apresentam textura granoblástica.
(D) não litostáticas e estes apresentam textura foliada.

4. Nas proximidades da Ribeira do Brenhas verifica-se a existência de campos agrícolas.


Explique de que forma a localização dos campos agrícolas condiciona a qualidade da água do aquífero Moura-
Ficalho.
FIM

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TESTE-TIPO INTERMÉDIO 7
Biologia e Geologia - 10.° e 11.° Anos de Escolaridade
Duração do teste: 90 minutos

GRUPO I
Alga marinha mais comum consegue adaptar-se à acidificação dos oceanos

A diminuição do pH das águas está associada ao enriquecimento


das mesmas em dióxido de carbono, proveniente maioritariamente
da combustão do petróleo e do carvão. A acidificação pode ser um
grave problema para as espécies marinhas que constroem as
carapaças, conchas e esqueletos de carbonato de cálcio,
diminuindo o seu crescimento e a sua taxa de calcificação, além de
levar ao aparecimento de malformações. É o que acontece em
Emiliania huxleyi. A carapaça desta alga unicelular é formada por
várias placas de carbonato de cálcio, os cocólitos. Quando morre e
se deposita no fundo do mar, a Emiliania huxleyi acelera a
remoção de carbono das águas superficiais, pois as suas placas
ficam depositadas no leito marinho.
A maior parte dos estudos sobre os efeitos da acidificação do
oceano nos organismos marinhos, incluindo os cocolitóforos (grupo
de algas marinhas unicelulares a que pertence Emiliania huxleyi), tem sido de curto prazo e nenhum testou a
adaptação evolutiva.
Neste estudo foi avaliada a resposta de dois grupos de algas da espécie Emiliania huxleyi, recolhidos nas águas da
costa da Noruega, a condições de concentrações crescentes de CO 2: um grupo adaptado a um ambiente com
concentrações superiores de CO2 e outro não adaptado a estes ambientes (controlo). Estas algas foram mantidas em
laboratório sob a influência de concentrações crescentes de CO2 que correspondem às previsões deste gás para os
oceanos.
Um ano depois, após 500 gerações, verificou-se que as populações inicialmente adaptadas a concentrações
superiores de CO2 cresceram mais e apresentaram níveis de calcificação superiores aos evidenciados pela
população de algas não adaptadas. Do ponto de vista biogeoquímico a descoberta mais importante foi a de que
existe o restabelecimento parcial das taxas de calcificação em ambos os grupos.
Baseado em Lohbeck et al.,«Adaptive evolution of a key phytoplankton species to ocean acidification», Nature Geoscience, 2012

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. O objetivo da pesquisa descrita no documento foi estudar


(A) a influência do dióxido de carbono no aquecimento global.
(B) o papel das algas no equilíbrio dos gases com efeito de estufa.
(C) a interferência da concentração de dióxido de carbono no crescimento da carapaça das algas.
(D) o papel das algas no ciclo do carbono.

2. A variável independente do trabalho de investigação descrito é


(A) o crescimento da carapaça em algas.
(B) o crescimento da população de algas.
(C) a concentração de dióxido de carbono na água.
(D) o aumento dos gases com efeito estufa na atmosfera.

3. Os efeitos da concentração de CO2 na água do mar, neste estudo, foram avaliados


(A) pela monitorização dos níveis de CO2 libertados.
(B) pelos níveis de calcificação da carapaça das algas.
(C) pela monitorização dos níveis de 02 consumidos.
(D) pela quantificação dos compostos orgânicos sintetizados.

4. A designação Emiliania corresponde a um conjunto de seres vivos no qual estão, inequivocamente, incluídos
(A) organismos de diferentes famílias.
(B) todos os organismos de uma mesma família.
(C) organismos da mesma família.
(D) organismos de ordens diferentes.

5. Explique de que modo a alteração do pH do habitat de Emiliania huxleyi poderá conduzir, a curto prazo, ao
desequilíbrio das cadeias alimentares.

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GRUPO II
O renascimento das formigas "supersoldado"

O género Pheidole tem mais de 1000 espécies de formigas, mas só oito é


que têm "supersoldados". O surgimento de supersoldados faz parte das
opções normais que uma larva de formiga tem durante o seu
desenvolvimento. Se num primeiro momento a larva receber uma certa
hormona, produzida e fornecida pelas formigas trabalhadoras, irá
transformar-se numa rainha — maior do que o normal e com asas. Se não
receber essa hormona, a larva poderá desenvolver-se numa formiga
"trabalhadora", que vai buscar alimentos, ou num "supersoldado", que
assegura a proteção do formigueiro.
As larvas que não originam as rainhas, só se transformarão em
"supersoldados" se receberem, num segundo momento uma dose de uma
determinada hormona. Nas oito espécies do género Pheidole que têm
supersoldados, a larva precisa obrigatoriamente de receber uma dose hormonal, neste segundo momento.
Depois de um investigador ter visto os "supersoldados" da espécie Pheidole morrisi na natureza resolveu dar uma
dose de hormona no laboratório, às larvas desta espécie, utilizando uma substância química similar à produzida
pelas formigas. O biólogo obteve "supersoldados" e quando experimentou o mesmo noutras espécies do mesmo
género, que na natureza não desenvolvem esta casta gigante, obteve o mesmo resultado.
A descoberta fez a equipa pensar sobre a evolução deste género de formigas. O facto de se conseguir induzir em
todas as espécies analisadas (que não têm esta casta naturalmente) o aparecimento de "supersoldados" significa
que um antepassado comum a todas elas tinha "supersoldados". Ao longo da evolução, algumas espécies foram
perdendo a capacidade natural de desenvolver a casta e outras foram ganhando esta capacidade, mostrando que o
potencial genético estava lá.
Baseado em www.hypescience.com

1. Os “supersoldados” têm uma função óbvia de defesa. Durante um ataque, usam as suas grandes cabeças para
bloquear os túneis do ninho, impedindo a entrada dos invasores.
Explique de que forma um hipofuncionamento do sistema endócrino das formigas trabalhadoras poderá conduzir a
uma alteração populacional nos formigueiros atacados por invasores.

Na resposta a cada um dos itens de 2. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. Na investigação realizada, as formigas "supersoldado" resultam da expressão diferencial do genoma, determinada


pela exposição a substâncias hormonais num
(A) primeiro momento, numa fase de desenvolvimento pós-zigótica.
(B) primeiro momento, numa fase de desenvolvimento pré-zigótica.
(C) segundo momento, numa fase de desenvolvimento pós-zigótica.
(D) segundo momento, numa fase de desenvolvimento pré-zigótica.

3. As superfícies respiratórias das formigas localizam-se


(A) internamente, reduzindo as perdas de água por evaporação.
(B) perifericamente, reduzindo as perdas de água por evaporação.
(C) internamente, potenciando as perdas de água por evaporação.
(D) perifericamente, potenciando as perdas de água por evaporação.

4. A capacidade de originar as formigas "supersoldado" nas espécies do género Pheidole está associada a um
processo de evolução em que indivíduos filogeneticamente
(A) distantes sofreram, ao longo do tempo, pressões seletivas distintas.
(B) distantes sofreram, ao longo do tempo, pressões seletivas idênticas.
(C) próximos sofreram, ao longo do tempo, pressões seletivas distintas.
(D) próximos sofreram, ao longo do tempo, pressões seletivas idênticas.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
produção hormonal em formigas trabalhadoras.
Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
(A) Atuação da enzima RNA polimerase.
(B) Remoção de sequências não codificantes.
(C) Maturação de proteínas.
(D) Exocitose de hormonas.
(E) Migração de polipéptidos não funcionais no interior de vesículas.

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GRUPO III
Península Ibérica é mais antiga do que se julgava

A Península Ibérica tem o dobro da idade que se julgava. Segundo a nova datação, o complexo geológico galego tem
1160 milhões de anos, o dobro da idade das rochas mais antigas conhecidas até agora em território peninsular (cerca
de 590 milhões de anos).
Os investigadores consideraram os resultados obtidos "surpreendentes" por mostrarem um cenário inesperado e
complexo da geologia galega, pois só na Austrália, Canadá ou África do Sul existem formações tão primitivas como
as do Cabo Ortegal, no extremo noroeste da Galiza. Além disso, afirmaram que a descoberta permitirá estabelecer
ligações passadas entre os atuais continentes e aprofundar os seus movimentos ao longo da evolução.
A rocha datada no Cabo Ortegal, designada vulgarmente como granito negro, formou-se sob a superfície terrestre, a
partir de magma, há 1160 milhões de anos. Para a datação de uma rocha tão antiga, os investigadores tiveram de
estudar a concentração de isótopos radioativos que ela continha. Naquela época, o planeta tinha uma aparência
"bastante inóspita", não havia animais, nem plantas, só seres vivos unicelulares. A atmosfera quase não continha
oxigénio e o Sol era 10 por cento menos brilhante, segundo os autores do estudo. As rochas analisadas permanece-
ram a grande profundidade até aflorarem, quando os continentes, então juntos num único bloco — a Pangeia — se
dividiram, o que produziu um despenhadeiro de 700 metros de altura no que é hoje o Cabo Ortegal.
Baseado em www.cienciahoje.pt

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. A idade dos granitos negros foi obtida por um processo de datação


(A) absoluta, devido à presença de isótopos-pai estáveis. (C) absoluta, devido à presença de isótopos-pai instáveis.
(B) relativa, devido à presença de isótopos-pai estáveis. (D) relativa, devido à presença de isótopos-pai instáveis.

2. Nas reações de cristalização, à medida que a temperatura diminui verifica-se a intersubstituição de cálcio e sódio
formando-se minerais com
(A) diferente estrutura cristalina e cada vez mais ricos em cálcio.
(B) diferente estrutura cristalina e cada vez mais ricos em sódio.
(C) a mesma estrutura cristalina e cada vez mais ricos em sódio.
(D) a mesma estrutura cristalina e cada vez mais ricos em cálcio.

3. É possível avaliar, com maior rigor, a curta duração do transporte de sedimentos graníticos pela grande
abundância de
(A) quartzo, mineral muito resistente à meteorização química.
(B) feldspatos, mineral pouco resistente à meteorização química.
(C) quartzo, mineral pouco resistente à meteorização química.
(D) feldspatos, mineral muito resistente à meteorização química.

4. A formação do cabo Ortegal pode ser incluído num evento


(A) catastrofista, que pressupõe o princípio do gradualismo.
(B) catastrofista, enquadrando-se no princípio das causas atuais.
(C) uniformitarista, enquadrando-se no princípio do gradualismo.
(D) uniformitarista, que pressupõe a mobilidade dos continentes.

5. A manutenção da massa do planeta Terra está diretamente relacionada com a tectónica de placas. O movimento
das placas nos limites convergentes e divergentes tem subjacente a existência de correntes de convecção
mantélicas. Relacione a manutenção do mobilismo geológico com a subdução de placas tectónicas.

6. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
formação de rochas sedimentares a partir do granito negro do Cabo Ortegal. Escreva, na folha de respostas, apenas
a sequência de letras.
(A) Energia do agente transportador superada pela força gravítica.
(B) Litificação dos sedimentos.
(C) Os materiais rochosos sobrejacentes exercem tensões litostáticas.
(D) Formação de diáclases no maciço granítico.
(E) Atuação de forças tectónicas em rochas de textura fanerítica.

GRUPO IV
Uma cidade que reúne todos os riscos
O tipo de subsolo e a proximidade da parte urbana de Lorca ao epicentro explicam os danos registados na cidade de
Lorca como consequência do sismo. A cidade localiza-se numa zona de elevado risco sísmico e sofreu danos
relacionados com sismos em 1674 e em 1818.
Às 17h05, com epicentro a apenas 7 km da zona urbana de Lorca, um sismo superficial danificou os primeiros
edifícios. Às 18h47, registou-se um outro sismo, cujo epicentro se situou mais próximo da cidade.

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Lorca localiza-se em plena zona sísmica, "no arco que se estende entre o Estreito de Gibraltar e o sul de Alicante"
explicou Jesús Ibafíez, diretor do Instituto Andaluz de Geofísica. Os sismos não apresentaram uma magnitude
elevada mas a sua origem está relacionada com os seus efeitos: "o foco sísmico localizou-se a 1 km de
profundidade, provavelmente numa zona de falhas com direção este-oeste e nordeste-sudoeste. Próximo de Lorca
existe um conjunto de falhas ativas e que, por isso, são geradoras de sismos. O conjunto principal de falhas localiza-
se no Vale de Guadelentin que é um vale de origem tectónica e uma delas, a falha de Alhama — Murcia (FAM), é
particularmente ativa (figura 1).

Figura 1 - Principais falhas tectónicas da região sudoeste de Espanha

Roberto Rodriguez, do Instituto Geológico e Mineiro de Múrcia (IGME), aponta um outro fator decisivo para a
destruição causada por estes sismos de magnitude mediana — o tipo de subsolo e as alterações que este provoca
na amplificação das ondas sísmicas. As cidades de Lorca, Múrcia e Granada assentam em terrenos de aluvião. Em
Madrid, cidade situada a cerca de 350 km de Lorca, o sismo foi igualmente percetível nos edifícios mais altos da
Praça Castillo e em Pueblo de Vallecas. Nestas regiões, no subsolo, existem gessos que têm um efeito semelhante
aos aluviões no que diz respeito à amplificação das ondas sísmicas.

Data Hora Profundidade do foco sísmico (km) Intensidade Magnitude (Mw) Observações
11/05/2011 17:05:13 2 VI 4,5 Sismo prévio
11/05/2011 17:21:01 10 ---- 2,6 ---
11/05/2011 18:47:25 1 VII 5,1 Sismo principal
11/05/2011 18:53:15 11 --- 2,8 Réplica
11/05/2011 21:28:18 2 --- 2,9 Réplica
Figura 2 - Dados do Instituto Geográfico Nacional relativos aos sismos que atingiram Lorca e as réplicas com magnitude superior a 2,5 Mw
registadas no mês que se seguiu ao terramoto (dados com supressões). Baseado em www.elpais.com

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. O sismo de Lorca resultou da acumulação


(A) gradual de tensões em acidentes tectónicos com localização intraplaca.
(B) gradual de tensões em acidentes tectónicos com localização interplaca.
(C) brusca de tensões em acidentes tectónicos com localização interplaca.
(D) brusca de tensões em acidentes tectónicos com localização intraplaca.

2. Dos dois sismos que atingiram Lorca, o primeiro sismo apresentou uma intensidade
(A) superior e a zona urbana de Lorca localizou-se a uma distância epicentral inferior.
(B) inferior e a zona urbana de Lorca localizou-se a uma distância epicentral inferior.
(C) inferior e a zona urbana de Lorca localizou-se a uma distância epicentral superior.
(D) superior e a zona urbana de Lorca localizou-se a uma distância epicentral superior.

3. A destruição descrita pelos habitantes de Lorca pode ser avaliada através do parâmetro
(A) intensidade sísmica e relaciona-se com a propagação de ondas profundas.
(B) intensidade sísmica e relaciona-se com a propagação de ondas superficiais.
(C) magnitude sísmica e relaciona-se com a propagação de ondas profundas.
(D) magnitude sísmica e relaciona-se com a propagação de ondas superficiais.

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4. Nas falhas ativas do Vale de Guadelentin registam-se tensões


(A) cisalhantes e movimento horizontal do teto em relação ao muro.
(B) compressivas e movimento vertical do teto em relação ao muro.
(C) compressivas e movimento horizontal do teto em relação ao muro.
(D) cisalhantes e movimento vertical do teto em relação ao muro.

5. O sismo de Lorca provocou uma grande destruição no centro da cidade e a morte de pelo menos 9 pessoas.
Explique de que modo a profundidade do hipocentro e a natureza do subsolo contribuíram para a intensidade sísmica
registada na cidade de Lorca.

6. Faça corresponder cada uma das letras que identificam contextos tectónicos, que constam da coluna A, aos
processos geológicos dominantes nos mesmos, expressos na coluna B. Escreva, na folha de respostas, as letras e
os números correspondentes. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.

Coluna A Coluna B
(a) Divergência placa continental-placa continental (1) Sismos de colapso
(b) Convergência placa oceânica-placa oceânica (2) Fraturação da crosta com afundamento dos blocos centrais
(c) Convergência placa oceânica-placa continental (3) Formação de arcos insulares
(d) Convergência placa continental-placa (4) Contexto tectónico que pode estar associado à formação do
continental magma andesítico
(e) Cisalhamento de placas oceânicas e/ou (5) Vulcanismo intraplacas
continentais (6) Cadeias de montanhas formadas por rochas
predominantemente ácidas
(7) Ausência de atividade vulcânica
(8) Formação de rochas sedimentares

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TESTE TIPO INTERMÉDIO 8


Biologia e Geologia - 10.° e 11.° Anos de Escolaridade
Duração do teste: 90 minutos

GRUPO I
Respostas fisiológicas de Ulva pertusa e Ulva armoricana à exposição ao cobre

As diferentes espécies de algas verdes do género Ulva são geralmente consideradas tolerantes a fatores de stress
ambiental, incluindo a exposição a metais. Devido à sua elevada capacidade de acumular metais, estas espécies são
muito utilizadas como bioindicadores da poluição das águas por essas substâncias. Os resultados dos estudos mais
recentes parecem indicar que a espécie Ulva pertusa evidencia maior sensibilidade a substâncias tóxicas, incluindo
metais, do que outras espécies de algas e mesmo plantas aquáticas.
De forma a investigar se espécies filogeneticamente relacionadas que habitam a mesma região apresentam diferente
tolerância a metais, foi delineado um protocolo experimental.
Algas pertencentes às espécies Ulva pertusa e Ulva armoricana foram recolhidas na costa da Coreia. O stock de
algas foi mantido num meio de água salgada artificial, incubado a 15°C e sob a influência de uma luz fluorescente
branca, durante um fotoperíodo de 12 horas. Foram retirados discos de algas com 6 mm de diâmetro da região
mediana do talo e os mesmos foram colocados em placas de Petri com um meio contendo uma determinada
concentração de cobre.
Ao fim de 3 dias foram analisados o crescimento e as concentrações de clorofilas a e b encontrando-se os mesmos
representados, respetivamente, nos gráficos das figuras 1 e 2.

Baseado em Han, T. et al, "Phisiological responses of Ulva pertusa e Ulva armoricana to copper exposure", Aquatic Toxicology, 2008

1. Explique de que modo a monitorização da densidade populacional das duas espécies de Ulva, numa determinada
área, poderá ser indicativa dos níveis de cobre nas águas costeiras da Coreia.

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Na resposta a cada um dos itens de 2. a 5., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. Os resultados obtidos nesta investigação


(A) corroboram os resultados dos estudos mais recentes uma vez que a inibição do crescimento de Ulva pertusa é
superior, qualquer que seja a concentração de cobre utilizada.
(B) não corroboram os resultados dos estudos mais recentes uma vez que a inibição do crescimento de Ulva
armoricana é superior, qualquer que seja a concentração de cobre utilizada.
(C) não corroboram os resultados dos estudos mais recentes pois as duas espécies utilizadas são igualmente
tolerantes aos níveis de cobre utilizados.
(D) corroboram os resultados dos estudos mais recentes pois a inibição do crescimento das duas espécies de algas
não é influenciado pela exposição a diferentes níveis de cobre.

3. No que respeita às concentrações de clorofilas a e b verificou-se que para concentrações de cobre


(A) iguais a 50 e 100 μg L , verificou-se um aumento dos teores de clorofilas a e b relativamente ao controlo,
-1

independentemente da espécie utilizada.


(B) superiores a 100 μg L , em Ulva pertusa verificou-se um aumento significativo dos teores de clorofilas a e b.
-1

(C) iguais a 250 μg L verificou-se um decréscimo nos teores de ambos os tipos de clorofila.
-1

(D) inferiores a 100 μg L , verificou-se uma redução significativa no teor de clorofilas a e b em ambas as espécies.
-1

4. O crescimento dos discos das algas, provenientes dos talos, expostos a cobre é assegurado por divisões
nucleares
(A) meióticas, antecedidas de uma intensa atividade biossintética.
(B) mitóticas, antecedidas de uma intensa atividade biossintética.
(C) mitóticas, antecedidas de uma reduzida atividade biossintética.
(D) meióticas, antecedidas de uma reduzida atividade biossintética.

5. As algas do género Ulva e as plantas aquáticas apresentam, de acordo com o sistema de classificação de
Whittaker, diferente
(A) modo de obtenção de matéria.
(B) interação nos ecossistemas.
(C) grau de diferenciação tecidular.
(D) nível de organização celular.

6. Faça corresponder cada uma das afirmações relativas a estruturas presentes nas plantas aquáticas, expressas na
coluna A, ao respetivo conceito, que consta da coluna B.
Escreva, na folha de respostas, as letras e os números correspondentes. Utilize cada letra e cada número apenas
uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Polissacarídeo que integra as paredes laterais dos elementos condutores do xilema. (1) Carotenoides
(b) Força responsável pela manutenção de uma coluna contínua de água, devido à (2) Amido
existência de ligações de hidrogénio. (3) Celulose
(c) Células responsáveis pelo fornecimento de energia metabólica, necessária ao (4) Clorofilas
transporte de sacarose para o interior dos tubos crivosos. (5) Células-guarda
(d) Pigmentos fotossintéticos que refletem a radiação verde. (6) Coesão
(e) Células suscetíveis a variações de turgescência, especializadas na troca de gases (7) Adesão
respiratórios. (8) Células de companhia

GRUPO II
Alcaptonúria

A alcaptonúria é uma doença hereditária causada por alterações num dos genes responsáveis pela síntese de uma
enzima que atua no metabolismo do aminoácido fenilalanina.
No nosso dia a dia ingerimos este aminoácido que é utilizado, em parte, como matéria-prima para sintetizarmos as
nossas próprias proteínas e a restante transformada noutras substâncias. Num desses processos intervém a enzima
homogentisato-1,2-dioxigenase. A alcaptonúria é causada pela mutação do gene HGD, que codifica a enzima acima
mencionada. Esta enzima é responsável pela transformação do ácido homogentísico em ácido maleiloacetoacético.
Esta enzima é expressa, principalmente, no fígado e nos rins. A diminuição da atividade da mesma, característica
dos indivíduos com alcaptonúria, é acompanhada pela acumulação do ácido homogentísico em diversos tecidos e
pela sua eliminação através da urina. Este ácido, em contacto com o ar ou com o oxigénio dissolvido nos tecidos é
oxidado, formando um pigmento de cor avermelhada conhecido como alcaptona. A alcaptona pode ser detetada na
urina ou no plasma e causa o escurecimento das cartilagens e uma certa propensão para a artrite.
Baseado em Brandão, L. et al «Alcaptonúria (Ocronose): relato de dois casos», Revista brasileira de reumatologia, n.° 5, 2006

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

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1. Um dos processos que permite detetar facilmente a alcaptonúria é a observação da urina.


A urina dos indivíduos afetados, quando exposta ao ar, deverá apresentar
(A) uma cor mais escura do que a de um indivíduo normal.
(B) um cheiro característico devido ao contacto com o ar.
(C) uma cor e cheiro semelhantes à de um indivíduo normal.
(D) uma cor mais clara do que a de um indivíduo normal.

2. Um indivíduo sem mutação no gene HGD codifica a forma


(A) funcional da enzima homogentisato-1,2-dioxigenase, verificando-se a acumulação de ácido homogentísico nas
células.
(B) funcional da enzima homogentisato-1,2-dioxigenase, não se verificando a acumulação de ácido homogentísico
nas células.
(C) não funcional da enzima homogentisato-1,2-dioxigenase, verificando-se a acumulação de ácido homogentísico
nas células.
(D) não funcional da enzima homogentisato-1,2-dioxigenase, não se verificando a acumulação de ácido
homogentísico nas células.

3. Durante a regeneração do fígado de um indivíduo com alcaptonúria, verifica-se uma elevada taxa metabólica,
ocorrendo em cada célula
(A) uma redução do teor DNA e aumento do teor RNA.
(B) uma redução do teor DNA e manutenção do teor RNA.
(C) uma manutenção do teor DNA e aumento do teor RNA.
(D) um aumento do teor DNA e de RNA.

4. A análise de cada uma das células do fígado de um indivíduo com alcaptonúria no período G1 revelou uma
quantidade de DNA igual a 8 x 10-12 gramas por célula. A quantidade de DNA por célula no período G2 é
-12
(A) 8 x 10 gramas e cada cromossoma é constituído por 1 cromatídio.
-12
(B) 16 x 10 gramas e cada cromossoma é constituído por 1 cromatídio.
-12
(C) 8 x 10 gramas e cada cromossoma é constituído por 2 cromatídios.
-12
(D) 16 x 10 gramas e cada cromossoma é constituído por 2 cromatídios.

5. Os alimentos "light" apresentam, regra geral, na sua composição adoçantes artificiais à base de aspartame. Este
adoçante é constituído por dois aminoácidos: a fenilalanina e o ácido aspártico.
Explique por que razão indivíduos em que a alcaptonúria é detetada precocemente não devem incluir grandes
quantidades destes alimentos na sua dieta.

GRUPO III
Cientistas fazem a monitorização do metabolismo de ursos-negros durante a hibernação

Um estudo publicado na revista Science foi realizado com cinco animais capturados na vida selvagem e colocados
num ambiente controlado, no Instituto de Biologia Ártica da Universidade do Alasca, em Fairbanks. Os cientistas
construíram tocas artificiais na floresta e equiparam-nas com câmaras para vigiar os animais 24 horas por dia. Além
disso, instalaram sensores nos ursos-negros para monitorizar a sua atividade metabólica. Durante cinco meses, a
equipa recolheu dados diários sobre as modificações ocorridas no corpo destes mamíferos.
De acordo com um dos investigadores, este estudo foi o primeiro a medir continuamente as taxas metabólicas e a
temperatura corporal dos ursos enquanto hibernavam. "Monitorizamos os animais dia e noite. As temperaturas
flutuaram entre os 30 °C e os 36 °C em ciclos de sete dias. Durante a hibernação, a temperatura corporal dos ursos
diminui, mas agora descobriu-se que esses animais conseguem regulá-la em ciclos, facto que nunca tinha sido
observado em mamíferos. Quando os termómetros baixavam para cerca de 30 °C, os animais começavam a tremer,
até que a temperatura voltava aos 36 °C. O ciclo, então, recomeçava (figura 3).
Os sensores instalados no corpo dos animais revelaram ainda que, assim como a atividade metabólica, o ritmo
cardíaco deles também diminuiu drasticamente, passando de 55 para 14 batidas por minuto.
Na primavera, quando os ursos acordaram e saíram das suas tocas, os investigadores pensavam que o metabolismo
iria rapidamente voltar aos níveis normais. Mas, novamente, foram surpreendidos ao descobrir que as taxas
metabólicas estavam 50% abaixo do normal. "Então, continuamos a monitorizá-los por mais um mês e descobrirmos
que eles levaram cerca de duas a três semanas para recuperar". Baseado em www.em.com.br

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Figura 3 - Regulação da temperatura corporal dos ursos-negros em ciclos.


Baseado em Toien et al, «Hibernation in Black Bears: Independence of Metabolic Suppression from Body Temperature» Science, 2011

1. Um dos ursos era uma fêmea que estava prenha e que durante a hibernação manteve a temperatura corporal
entre 30 °C e 36 °C, assegurando a existência de condições favoráveis ao desenvolvimento do feto. A regulação em
ciclos da temperatura está relacionada com movimentos corporais, tais como tremuras.
Explique de que modo a frequência dos movimentos corporais da fêmea, representados na figura 3, assegura uma
temperatura corporal compatível com a gestação.

Na resposta a cada um dos itens de 2. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

2. Os resultados deste estudo não podem ser generalizados pois


(A) a amostra utilizada era representativa de uma população de ursos-negros do Alasca.
(B) a amostra era constituída por um reduzido número de organismos.
(C) foram realizadas medições contínuas dos diferentes parâmetros.
(D) os ursos foram colocados em condições ambientais distintas das que existem na natureza.

3. A alteração da frequência cardiorrespiratória durante a hibernação conduz a


(A) um aumento da disponibilidade de oxigénio nas células e à consequente diminuição da produção de calor.
(B) um aumento da disponibilidade de oxigénio nas células e ao consequente aumento da produção de calor.
(C) uma diminuição da disponibilidade de oxigénio nas células e à consequente diminuição da produção de calor.
(D) uma diminuição da disponibilidade de oxigénio nas células e ao consequente aumento da produção de calor.

4. As reações que asseguram o retorno do metabolismo aos níveis normais, após a hibernação, são globalmente
(A) anabólicas sendo os compostos orgânicos utilizados como fonte de energia.
(B) anabólicas sendo os compostos inorgânicos utilizados como fonte de energia.
(C) catabólicas sendo os compostos orgânicos utilizados como fonte de energia.
(D) catabólicas sendo os compostos inorgânicos utilizados como fonte de energia.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
evolução do urso-negro do Alasca. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
(A) Fenómenos de recombinação genética.
(B) Reprodução diferencial.
(C) Aumento da frequência de determinados fenótipos.
(D) Alteração do fundo genético da população.
(E) Instalação de uma população de ursos no Alasca.

GRUPO IV
Os carvões minerais do Brasil
As maiores jazidas de carvão mineral do Brasil situam-se nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e as
menores, no Paraná e São Paulo. A jazida mais importante é a camada Candiota, com 4,5 metros de espessura, em
média, composta por dois bancos de carvão. Em todos estes estados, as camadas exploradas estão associadas às
litologias da Formação Rio Bonito, do Grupo Guatá, de idade pérmica. Atualmente, 85% do carvão utilizado no Brasil
é consumido na produção de eletricidade, 6% na indústria cimenteira, 4% na indústria de papel celulose e os
restantes 5% nas indústrias de cerâmica, de alimentos e secagem de grãos.
Para se explorarem as jazidas de carvão, tanto a céu aberto como subterrâneas, grandes áreas foram degradadas e
os seus recursos naturais ficaram comprometidos, tanto no Rio Grande do Sul como em Santa Catarina. Nas últimas
décadas, com a crescente pressão da sociedade organizada, órgãos de fiscalização ambiental, promotorias públicas,
empresas, governos estaduais e federal passaram a preocupar-se com a recuperação do passivo ambiental
decorrente da extração de carvão. Assim, algumas áreas, em ambos os estados, já foram recuperadas e outras estão
em fase de recuperação.

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Os sistemas de bacias seladas, circuitos fechados de águas, a monitorização do ar e solo, regeneração topográfica
com reposição do solo original e reflorestação, entre outras, constituem técnicas modernas de prevenção a maiores
impactos ambientais, compatíveis com a exploração e utilização do carvão mineral.
Baseado em www.cprm.gov.br

Na figura 4 encontra-se representada, em perfil e esquematicamente, uma jazida de lenhite numa dada região.

Figura 4 (Adaptado do Exame Nacional de Geologia 2006, 2.a fase)

Na resposta a cada um dos itens de 1. a 4., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Escreva, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

1. No corte vertical da jazida de carvão da figura 4, verifica-se a deposição, de forma cíclica, de lenhite e do
(A) conglomerado, sendo a deposição abundante de detritos orgânicos acompanhada de uma rápida subsidência dos
mesmos.
(B) arenito, sendo a deposição reduzida de detritos orgânicos acompanhada de uma rápida subsidência dos
mesmos.
(C) arenito, sendo a deposição abundante de detritos orgânicos acompanhada de uma rápida subsidência dos
mesmos.
(D) conglomerado, sendo a deposição reduzida de detritos orgânicos acompanhada de uma rápida subsidência dos
mesmos.

2. No perfil topográfico representado, as falhas correspondem a deformações


contínuas e são posteriores à deposição de balastros arredondados.
descontínuas e são posteriores à deposição de balastros arredondados.
contínuas e são anteriores à deposição de balastros arredondados.
descontínuas e são anteriores à deposição de balastros arredondados.

3. No perfil topográfico representado, o poço de extração 1 interseta uma deformação em


(A) antiforma associada a um regime de deformação frágil.
(B) sinforma associada a um regime de deformação dúctil.
(C) antiforma associada a um regime de deformação dúctil.
(D) sinforma associada a um regime de deformação frágil.

4. Na génese da lenhite ocorrem fenómenos de degradação de matéria orgânica em condições


(A) anaeróbias e o aumento progressivo do teor em voláteis e em carbono.
(B) aeróbias e a diminuição progressiva do teor em voláteis e em carbono.
(C) aeróbias e o aumento progressivo do teor em voláteis e em carbono.
(D) anaeróbias e a diminuição progressiva do teor em voláteis e em carbono.

5. Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos relacionados com a
formação da lenhite. Escreva, na folha de respostas, apenas a sequência de letras.
(A) Atuação de microrganismos fermentadores.
(B) Deposição abundante de detritos ricos em celulose em bacias lagunares.
(C) Atuação da pressão e temperatura no processo de incarbonização.
(D) Subsidência e formação de um ambiente redutor.
(E) Rápida cobertura por sedimentos terrígenos.

6. Tanto no Rio Grande do Sul como em Santa Catarina, grandes áreas foram degradadas e os seus recursos
naturais ficaram comprometidos. A exploração de determinados metais, à semelhança do carvão, pode ser feita em
minas a céu aberto ou em galerias subterrâneas. Explique em que medida a sobre-exploração de metais em minas a
céu aberto interfere com a geosfera e a biosfera no local da exploração.
FIM

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SOLUÇÕES TESTE-TIPO INTERMÉDIO 1


Grupo I
1. A. (As células das aves são células eucarióticas animais e apresentam núcleo individualizado, que encerra a informação
genética, bem como organelos membranares. As células procarióticas não apresentam núcleo individualizado e a informação
genética encontra-se dispersa no citoplasma, não apresentando organelos membranares.)
2. A. (Nos seres vivos, as reservas energéticas são normalmente polissacarídeos; nos animais é o glicogénio e nas plantas o
amido.)
3. A. (Os insetos que se alimentam de seivas são organismos heterotróficos que consomem matéria orgânica sintetizada por seres
vivos fotossintéticos; os seres vivos fotossintéticos utilizam a energia solar como fonte de energia para a síntese de matéria
orgânica. Assim, estes insetos utilizam indiretamente a luz solar.)
4. C. (As aves quando se alimentam de insetos, ocupam nas cadeias alimentares um nível trófico superior ao dos insetos. Como
estabelecem entre si relações interespecíficas, terão de pertencer à mesma comunidade biótica/biocenose — conjunto de
diferentes populações que estabelecem relações entre si e com o meio envolvente.)
5. B. (Os insetos apresentam sistema circulatório aberto, uma vez que o trajeto do fluido circulante realiza-se dentro de vasos e
em lacunas. A difusão dos gases respiratórios é direta para as células através de estruturas respiratórias as traqueias. Assim, o
fluido circulante não transporta os gases respiratórios.)
6. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— relação entre o controlo de insetos pelas aves e a diminuição do uso de inseticidas, como o DDT.
relação entre a diminuição da poluição do ecossistema associado ao uso de inseticidas e práticas de agricultura sustentável.
7. a — 1; b — 3; c — 6; d — 4; e — 5.
Grupo II
1. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
- relação entre a remoção das folhas dos ramos altos e a maior incidência de radiação solar nas folhas dos ramos inferiores;
- relação entre a maior incidência de radiação e a maior taxa fotossintética;
- relação entre a maior produção de compostos orgânicos durante a fotossíntese e a maior produtividade primária das folhas
localizadas nos ramos mais baixos das árvores.
2. B. (O dióxido de carbono, fonte de matéria/carbono, é incorporado nos compostos orgânicos sintetizados durante a fase química
da fotossíntese que decorre no estroina.)
3. C. (De acordo com o documento, logo após o ataque dos herbívoros, as plantas, para compensarem as perdas, utilizam os
hidratos de carbono armazenados. Logo, verifica-se uma maior mobilização de compostos orgânicos a partir dos órgãos de
reserva. Só posteriormente é que se verifica a produção de novos compostos orgânicos durante o processo fotossintético.)
4. C. (A sacarose entra nos elementos condutores do floema por transporte ativo, que é um transporte mediado, realizado com
intervenção de proteínas transportadoras. Este transporte ocorre contra o gradiente de concentração de solutos e com gasto de
energia. Este transporte cria um gradiente osmótico nas células do floema.)
5. B — D — C — E — A
Grupo III
1. B. (De acordo com o documento, esta espécie de nematoide parasita uma ampla gama de hospedeiros, principalmente
gramíneas, mas aloja-se sempre na raiz.)
2. B. (O nematoide é um organismo heterotrófico macroconsumidor ingerindo matéria orgânica presente nas células da raiz e
transformando-a na sua própria matéria orgânica. O seu hospedeiro é autotrófico, porque produz matéria orgânica a partir de
matéria mineral/inorgânica. Os seres microconsumidores transformam parte da matéria orgânica em matéria mineral/inorgânica.)
3. D. (A taxa fotossintética das plantas diminui, pois a área de absorção da raiz diminui. O murchamento resulta da diminuição da
quantidade de água presente das células do mesófilo, exercendo o conteúdo celular uma menor pressão de turgescência.)
4. A. (A eficácia de absorção de sais minerais pelas plantas depende da área radicular e o transporte de sais minerais é efetuado
no interior de elementos condutores do xilema cujas células são mortas. O volume xilémico está relacionado com a eficácia da
translocação da seiva xilémica.)
5. B — D — E — A — C
6. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— relação entre a aplicação de um nematicida e o maior desenvolvimento do sistema radicular das plantas (observação da figura);
— relação entre o maior desenvolvimento do sistema radicular e maior capacidade de absorção de água;
— relação entre a maior capacidade de absorção de água e a maior capacidade de sobrevivência num meio com reduzida
disponibilidade de água.
Grupo IV
1. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— relação entre a existência de duas aurículas e um ventrículo no coração do camaleão de Parson e a mistura parcial de sangue
venoso e arterial ao nível do ventrículo — circulação incompleta;
— relação entre a reduzida quantidade de O2 que chega às células e a reduzida taxa metabólica/ produção de energia e a baixa
capacidade de fuga destes répteis em caso de incêndios.
2. D. (A ilha de Madagáscar apresenta uma grande quantidade de animais e plantas endémicos — elevada biodiversidade e as
atividades humanas estão a provocar grande alterações nos habitats, ameaçando essa biodiversidade.)
3. A. (O lémur e o geco são seres heterotróficos por ingestão, apresentando digestão intracorporal — dentro do organismo — e
extracelular — numa cavidade digestiva especializada. Apresentam sistema circulatório fechado e tubo digestivo com duas
aberturas.)
4. A. (Nos ecossistemas verifica-se um fluxo de energia e um ciclo de matéria. Ravenea louvelli é um ser produtor/ autotrófico e
ocupa o primeiro nível trófico nas cadeias alimentares, assegurando a entrada de energia luminosa nas cadeias alimentares. Este
nível trófico corresponde ao nível mais energético.)

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TESTE-TIPO INTERMÉDIO 2
Grupo I
1. C. (Ao longo da experiência foi quantificado o amido (substância de reserva) contido nos cotilédones e o oxigénio utilizado pelo
embrião da semente. Assim, pretende-se verificar se durante o processo germinativo estão envolvidos processos aeróbios
dependentes da presença de oxigénio.)
2. B. (A germinação de sementes depende de processos aeróbios e, ao longo do tempo, a quantidade de amido mobilizado é cada
vez menor, uma vez que esta substância existe em quantidades cada vez menores. Nesta atividade não foi estudada a influência
da água.)
3. A. (O amido é um polímero de glicose e é a reserva nutritiva das plantas. Os polímeros de aminoácidos são as proteínas.)
4. D. (Nas células do feijoeiro, durante o processo de germinação, ocorre respiração aeróbia, que é um processo em que se
verifica oxidação total da glicose e os produtos finais são pobres em energia potencial química — água e dióxido de carbono.)
5. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— relação entre a presença de plantas leguminosas e o aumento da concentração de compostos azotados inorgânicos (nitritos e
nitratos) disponíveis no solo;
— relação entre o aumento da concentração de compostos azotados inorgânicos e o aumento da produção de proteínas e ácidos
nucleicos/compostos orgânicos azotados.
6. B — D — C — E — A
7. a — 4; — 5; c — 6; d — 3; e — 7.
Grupo II
1. A. (Pela análise dos gráficos é possível concluir que, após a administração da desmopressina, a osmolaridade do plasma
diminuí, o volume de urina produzida diminui e o peso corporal aumenta. A desmopressina provoca um aumento da osmolaridade
da urina tendo um efeito semelhante à ADH, promovendo a reabsorção de água. Ao terceiro dia, a urina é mais hipertónica do que
no quinto dia.)
2. B. (O filtrado glomerular apresenta glicose uma vez que esta é uma micromolécula que faz parte da constituição do filtrado. Nos
indivíduos com Diabetes Insípida, não se verifica grande reabsorção de água uma vez que ocorre poliúria. No filtrado glomerular
não estão presentes elementos figurados do sangue — glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas — porque apresentam
grandes dimensões.)
3. D. (De acordo com os gráficos, após a administração de desmopressina, verifica-se uma diminuição do volume de urina que
evidencia uma maior osmolaridade/ maior concentração de soluto.)
4. B. (A administração de desmopressina promove a ocorrência de mecanismos de osmorregulação por retroação negativa.
Nestes mecanismos de retroação, a resposta anula o efeito do estímulo.)
5. E — C — B — D — A
6. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— relação entre a administração de uma substância sintética de ação semelhante à EPO e o aumento do número de eritrócitos;
— relação entre o aumento do número de eritrócitos e a maior oxigenação das células;
— relação entre a maior taxa de respiração aeróbia/maior produção de energia/maior taxa metabólica e o maior rendimento
desportivo dos atletas.
Grupo III
1. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— relação entre a exploração mineira (geosfera) e acumulação de substâncias impermeabilizantes na água (hidrosfera);
— relação entre a impermeabilização da superfície corporal dos anfíbios (biosfera) e a menor eficácia das trocas gasosas através
da pele;
— relação entre a menor eficácia das trocas gasosas e a morte dos anfíbios.
2. C. (No anfíbio Barbourula kalimantanensis a superfície corporal é a superfície respiratória, logo apresenta localização periférica.
Por este motivo, a dependência em relação ao meio aquático é superior à de outros anfíbios que apresentam também os pulmões
como superfícies respiratórias.)
3. B. (O anfíbio apresenta uma elevada área de superfície corporal comparativamente ao volume corporal o que representa uma
elevada razão área de superfície/volume corporal, beneficiando estes seres de um ambiente de elevado hidrodinamismo, pois
vivem em locais com água de corrente rápida.)
4. B. (O movimento dos gases respiratórios através da membrana é por difusão simples uma vez que são moléculas de pequenas
dimensões difundindo-se através da bicamada fosfolipídica. O fluido circulante/sangue transporta os gases respiratórios, logo a
difusão é indireta.)
5. D. (Durante a respiração aeróbia verifica-se a oxidação da glicose (matéria orgânica) na presença de oxigénio, para a produção
de energia.)
Grupo IV
1. C. (O grupo de controlo é constituído por oliveiras às quais não foi aplicado ácido abscísico, enquanto que o grupo experimental
é constituído por oliveiras às quais foram aplicadas diferentes concentrações de ácido abscísico. Todas as oliveiras já
apresentavam frutos no início do processo de maturação.)
2. D. (De acordo com a análise dos resultados, a acumulação de óleo não é influenciada pela concentração de ácido abscísico
aplicada, porque os valores são muito semelhantes, e a queda de frutos é influenciada pela concentração de ácido abscísico
aplicada. A queda de frutos foi superior quando foi aplicada a concentração de 400 mg/L de ABA.)
3. D. (Os efeitos de uma hormona vegetal dependem do estado de desenvolvimento de uma planta, da concentração utilizada e,
normalmente, os seus efeitos dependem da aplicação de concentrações reduzidas. Diferentes hormonas podem apresentar os
mesmos efeitos ou efeitos contrários.)
4. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— referência a que a aplicação de concentrações crescentes de ácido abscísico conduz a uma diminuição da maturação dos
frutos, especialmente evidente na concentração de 400 mg/L e a que não existem diferenças significativas no que diz respeito à
acumulação de óleo nos frutos;
— referência a que a hipótese de que a aplicação de ABA acelerava a síntese e a acumulação de lípidos nos frutos, conduzindo a
um amadurecimento precoce, não é aceite, pois não existem diferenças significativas na acumulação de óleo.

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TESTE TIPO INTERMÉDIO 3


Grupo I
1. B. (Nas zonas de rifte existe estiramento da crosta associado à existência de um limite divergente e a fenómenos de
vulcanismo. A compressão tectónica está associada ao movimento convergente de placas tectónicas, assim como a orogénese —
formação de cadeias montanhosas. Nos riftes ocorre formação de nova crosta oceânica.)
2. C. (As correntes de convecção do manto terrestre ocorrem devido à diminuição da densidade dos materiais mantélicos com o
aumento da temperatura que permite a ascensão de material. Os materiais do manto encontram-se no estado sólido embora
apresentem baixa rigidez na astenosfera. O calor interno, no interior da geosfera, liberta-se de forma desigual através da
superfície terrestre. A composição mineralógica das rochas ao nível do manto não interfere com a sua rigidez.)
3. A. (O lago representa um ambiente sedimentar com fraco hidrodinamismo pois a agitação das águas é reduzida. Como a
agitação das águas é reduzida verificam-se condições favoráveis à sedimentação, o que é uma característica fundamental para
que ocorra fossilização.)
4. B. (A formação do Grande Vale de Rifte é resultante de processos cíclicos e contínuos, com periodicidade, o que está de acordo
com o Uniformitarismo. De acordo com o Catastrofismo, as transformações que ocorrem na superfície terrestre são resultantes de
grandes catástrofes/fenómenos pontuais.)
5. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— relação entre a reduzida entrada de matéria no nosso planeta, associada à classificação da Terra como sistema quase fechado,
e o caráter finito dos recursos minerais;
— relação entre o caráter não renovável dos recursos minerais e a necessidade de gestão sustentável dos mesmos.

Grupo II
1. A. (Na periferia do sistema solar localizam-se os planetas gigantes/gasosos que apresentam, na sua constituição, elementos
com reduzida densidade. Por se localizarem mais afastados do Sol, estes planetas apresentam períodos de translação — intervalo
de tempo que um planeta demora a executar uma volta completa em torno do Sol com maior duração.)
2. A. (A Lua é um planeta geologicamente inativo do ponto de vista interno e externo, pelo que quaisquer alterações na sua
superfície só poderão ser justificadas pelo impacto de meteoritos. O mesmo acontece em Plutão.)
3. C. (Plutão, à semelhança da Terra, sofreu fenómenos de diferenciação, em que se verificou migração gravítica dos materiais
menos densos para as zonas mais superficiais deste planeta.)
4. A — E — D — C — B
5. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— relação entre a grande inclinação do eixo de Plutão e a ausência de uniformidade de incidência de radiações solares que
atingem a superfície do planeta nas regiões polares;
— relação entre a maior proximidade do polo Norte em relação ao Sol e o aumento da temperatura superficial desta zona;
— relação entre o descongelamento dos gases no polo norte e o aumento do brilho/alterações ocorridas no brilho.

Grupo III
1. A. (As zonas de subducção estão associadas a limites convergentes de placas tectónicas, constituindo regiões com elevado
gradiente geotérmico, uma vez que a taxa de variação de temperatura com a profundidade é elevada. Estes locaiS estão
associados a zonas de vulcanismo ativo responsável pelo elevado fluxo térmico que explica o gradiente geotérmico aí observado.)
2. C. (O magma pode originar fluxos de lava que, consolidando à superfície, são responsáveis pela formação de rochas
magmáticas extrusivas. Nas rochas magmáticas mais recentes, a percentagem de isótopos-pai é superior porque a desintegração
destes elementos instáveis foi reduzida em comparação com as mais antigas; a razão isótopo-pai/isótopo-filho é superior nas
rochas mais antigas.)
3. B. (O vulcanismo é um método direto de estudo do interior da geosfera e as rochas recém-formadas registam polaridade
normal, o que significa que registam o campo magnético atual.)
4. A. (As erupções de caráter explosivo estão associadas a magmas com elevado teor em sílica e com elevada percentagem de
gases/fração volátil.)
5. E — D — A — C — B
6. a — 5; b — 3; c — 6; c — 7; e — 8.
7. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— relação entre a reduzida densidade do magma em ascensão relativamente à densidade das rochas encaixantes e a deteção de
anomalias gravimétricas negativas;
— referência à alteração da força de atração gravítica na região por ascensão do magma como uma das medidas de previsão de
erupções vulcânicas.

Grupo IV
1. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— referência à existência de vários limites/acidentes tectónicos na proximidade de Lisboa/Portugal e em que é possível a
acumulação de tensões nas rochas;
— relação entre o ultrapassar da resistência da rocha e a libertação de energia sob a forma de ondas sísmicas;
— referência às estruturas geradoras de sismos, não sendo possível chegar a um consenso em relação à origem do sismo de
1755.
2. C. (O foco sísmico/hipocentro localizou-se no arco de Gibraltar que corresponde a uma região de colisão de placas/limite
convergente/onde as placas euro-asiática e africana colidem/aproximam-se. Tem, por isso, uma localização interplaca.)
3. B. (A origem dos sismos tectónicos pode estar relacionada com a libertação brusca de energia acumulada, como resultado da
atuação de tensões e do ultrapassar do limite de resistência das rochas. Esta energia é libertada no hipocentro devido à rotura de
rochas.)
4. A. (Um dos parâmetros de avaliação sísmica é a intensidade sísmica que traduz os efeitos/grau de destruição associados a um
dado sismo e que é obtido através dos relatos feitos pelas populações afetadas. A magnitude corresponde a um valor numérico
que avalia a quantidade de energia libertada no foco sísmico.)
5. B. (Na passagem da crosta para o manto/descontinuidade de Mohorovicic verifica-se um aumento da velocidade das ondas P e
Sondas internas. Nessa região existe igualmente um aumento da rigidez e a constituição litológica é distinta.)

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TESTE-TIPO INTERMÉDIO 4
Grupo I
1. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
- referência a que, em solos com défice de azoto, as plantas carnívoras complementam a sua nutrição digerindo presas, o que
permite a obtenção de azoto pelas plantas carnívoras;
- relação entre a maior disponibilidade de azoto e o maior crescimento das plantas carnívoras por comparação com o das plantas
não carnívoras que não têm este mecanismo de obtenção de azoto.
2. B. (As células das bactérias são procarióticas, não apresentam núcleo individualizado e a informação genética encontra-se
dispersa no citoplasma, não apresentando organelos membranares. As células eucarióticas apresentam núcleo individualizado,
que encerra a informação genética, bem como organelos membranares.)
3. D. (As enzimas com papel fungicida e bactericida impedem o desenvolvimento de fungos e bactérias, respetivamente. O uso de
um inibidor da atividade dessas enzimas com papel fungicida e o bactericida irá aumentar a atividade decompositora por parte dos
fungos e bactérias, conduzindo a uma diminuição da disponibilidade de compostos azotados assimiláveis pela planta.)
4. D. (Numa atmosfera pobre em vapor de água existe um elevado gradiente de vapor de água entre a folha e o meio externo. Se
os estomas estiverem abertos verifica-se uma elevada transpiração e consequentemente uma elevada tensão foliar responsável
pelo aumento da absorção de água ao nível da raiz.)
5. B. (Os insetos apresentam sistema circulatório aberto e o fluido circulante não transporta gases respiratórios. A superfície
respiratória corresponde a invaginações da superfície corporal — traqueias — que aumentam a área de contacto entre as células
e o exterior, assegurando uma curta distância. A difusão de gases ocorre de forma direta através da superfície respiratória.)
6. E— C — B — A — D
Grupo II
1. A. (Pela análise dos gráficos pode-se concluir que a variável independente do estudo é a temperatura ambiente. Foi utilizada a
mesma espécie de tucano e a dimensão do seu bico não apresenta variações significativas de animal para animal. A quantidade
de calor perdida pelo bico corresponde ao resultado do trabalho experimental.)
2. B. (Pela análise dos dados do gráfico é possível concluir que a dissipação de calor depende do grau de desenvolvimento do
tucano e da velocidade do vento, sendo superior nos adultos e aumentando com o aumento da velocidade do ar.)
3. A. (Os tucanos regulam a temperatura corporal, essencialmente, por mecanismos fisiológicos, sendo por isso homeotérmicos.)
4. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— relação entre o aumento do fluxo sanguíneo periférico e a maior facilidade de dissipação de calor;
— relação entre a elevada dimensão do bico e a elevada área de dissipação de calor;
— relação entre a elevada temperatura a que são sujeitos os tucanos no seu habitat natural e a necessidade de existirem
mecanismos eficazes de dissipação de calor para assegurar a regulação da temperatura corporal/ elevada dissipação de calor
através do bico.
5. a — 1; b — 3; c — 5; d — 6; e — 4.
Grupo III
1. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— relação entre o dinamismo interno da Terra e a existência de fontes hidrotermais em zonas de rifte (onde ocorre o afastamento
das placas tectónicas) vulcanicamente ativas;
— referência à existência, nas fontes hidrotermais, de bactérias quimiossintéticas que utilizam os compostos inorgânicos
libertados nas mesmas para produzir compostos orgânicos;
— relação entre a presença de bactérias quimiossintéticas/ seres produtores/seres que constituem a base das cadeias alimentares
e a disponibilização de compostos orgânicos para seres consumidores/restantes níveis tróficos.
2. A. (A placa oceânica é essencialmente constituída por basalto, enquanto que o granito é a principal rocha constituinte da crosta
continental. A idade absoluta da crosta continental é superior à da crosta oceânica, pois a última está em contante renovação.)
3. B. (Nas fontes hidrotermais existem fenómenos de vulcanismo e consequentemente, elevados valores de fluxo térmico —
quantidade de calor libertada por unidade de superfície e unidade de tempo. Nas fontes hidrotermais verifica-se a ascensão de
fluidos de reduzida densidade e ricos em sais, uma vez que a água aquecida reage com as rochas envolventes).
4. D. (Os seres produtores/bactérias quimiossintéticas estão bem adaptados às elevadas concentrações de sulfureto de hidrogénio
que é emanado à medida que a água emerge. Não existe luz, uma vez que estas fontes localizam-se a elevada profundidade e os
níveis de oxigénio são reduzidos.)
5. B. (Nas fontes hidrotermais, os fenómenos de vulcanismo são do tipo fissural, uma vez que estas se encontram associadas a
zonas de rifte. Como resultado da interação entre a água do mar e a crosta terrestre ocorre a formação de depósitos de minerais
ricos em metais, que são recursos não renováveis.)
Grupo IV
1. A resposta deverá conter os seguintes tópicos:
— referência a que os estromatólitos só existem em condições restritas (pouco oxigénio, elevada altitude e elevada incidência de
radiações ultravioleta);
— relação entre a existência de condições semelhantes em Marte e na Terra primitiva e a possibilidade de existência de formas de
vida semelhantes em Marte.
2. C. (Os estromatólitos são formados devido à ação de cianobactérias e bactérias — biosfera — que formam estratos rochosos,
captando sais como o carbonato de cálcio do meio que os rodeia — hidrosfera.)
3. D. (As cianobactérias são seres vivos fotossintéticos e, por isso, necessitam de captar energia luminosa que é utilizada no
processo de síntese de compostos orgânicos. Para realizarem este processo, têm de se localizar na periferia do
estromatólitos/mais perto da superfície.)
4. A. (A atividade dos estromatólitos permitiu a libertação de oxigénio para a atmosfera "envenenando" o oceano. A presença de
um ambiente oxidante permitiu a proliferação de seres aeróbios.)
5. C. (As cianobactérias vivem em lagunas com elevadas concentrações de sais/meios com elevada pressão osmótica. A água
movimenta-se por osmose contra o gradiente de concentração de soluto: a água movimenta-se do meio de menor concentração
de soluto (hipotónico) para um meio com elevada concentração de soluto (hipertónico).)
6. D — C — B — E — A

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TESTE-TIPO INTERMÉDIO 5
Grupo I
1. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— relação entre a ausência de síntese da DNA polimerase mitocondrial nos ratos modificados e a não correção dos erros na
replicação semiconservativa do DNA/ocorrência de mutações no DNA mitocondrial;
— relação entre o surgimento de características a nível celular que evidenciam o envelhecimento precoce em ratos modificados
como resultado da ocorrência de mutações e a aceitação da hipótese.
2. C. (Na atividade experimental manipulou-se o DNA mitocondrial impedindo a síntese da DNA polimerase. Os resultados indicam
que esta enzima tem um papel preponderante na correção de mutações responsáveis pelo envelhecimento celular, pois nos ratos
modificados, onde a enzima não é sintetizada, verifica-se o envelhecimento precoce.)
3. C. (A DNA polimerase é interveniente no processo de replicação semiconservativa do DNA, assegurando a formação de uma
nova cadeia polinucleotídica complementar da cadeia molde. Durante este processo assegura-se a manutenção da informação
genética ao longo das gerações.)
4. A. (As células dos ratos são eucarióticas apresentando o material genético encerrado no núcleo e um sistema endomembranar
desenvolvido. Quer as células eucarióticas quer as procarióticas apresentam informação genética descondensada (exceto durante
parte da divisão celular), apresentam material genético e ribossomas e realizam síntese proteica a partir da informação genética.)
5. B. (A especialização celular está relacionada com a presença, em diferentes células, de diferentes genes ativos e,
consequentemente, com a síntese de diferentes proteínas. Por este motivo, a expressão bioquímica é diferente.)
6. a — 5; b — 2; c — 8; d — 1; e — 4.
7. E — A — D — B — C
Grupo II
1. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— relação entre a existência de condições desfavoráveis e a ocorrência de reprodução sexuada;
— relação entre a ocorrência de reprodução sexuada e o aumento da variabilidade genética;
— relação entre o aumento da variabilidade de caraterísticas nos descendentes e o aumento da capacidade de sobrevivência em
condições adversas.
2. A. (Todos os indivíduos de uma mesma espécie apresentam o mesmo conjunto de cromossomas (cariótipo) e, de acordo com o
documento, a infeção das raízes do hospedeiro pode ser efetuada pelos juvenis ou pelas fêmeas.)
3. A. (O ciclo de vida dos animais é diplonte, sendo os juvenis e os adultos diploides, estando a haplofase reduzida aos gâmetas.
As células produtoras de enzimas digestivas são diferenciadas e por desempenharem a mesma função, expressam
maioritariamente os mesmos genes.)
4. C. (Nos ciclos de vida verificam-se fenómenos de recombinação génica, durante a meiose e fecundação. Como o ciclo de vida é
diplonte e a meiose é pré-gamética, verificam-se fenómenos de recombinação génica na formação de gâmetas.)
5. A. (Os nematoides pertencem ao reino dos animais que são seres multicelulares com elevado grau de diferenciação e
heterotróficos por ingestão. No reino dos fungos existem igualmente seres eucariontes, multicelulares, mas heterotróficos por
absorção. No reino protista, os protozoários, como a amiba são eucariontes, heterotróficos por ingestão como os animais, mas
unicelulares.)
6. A — D — E — B — C
Grupo III
1. A. (Seres morfologicamente semelhantes são incluídos em grupos distintos se forem utilizados dados bioquímicos, como a
análise da sequência de nucleótidos e de aminoácidos. Assim, apesar das semelhanças morfológicas estes organismos poderão
evidenciar grandes diferenças a nível molecular, o que justifica a sua inclusão em grupos diferentes.)
2. C. (A presença de estruturas homólogas — com o mesmo plano estrutural e a mesma origem embrionária — indica que os
organismos apresentam um mesmo ancestral comum.)
3. D. (A baleia e a maioria dos peixes apresentam difusão indireta de gases, sendo que a baleia apresenta hematose pulmonar e a
maioria dos peixes hematose branquial. A forma hidrodinâmica do corpo permite vantagem adaptativa a ambos, resultando da
existência de pressões seletivas semelhantes/convergência adaptativa.)
4. C. (A designação Megaptera novaeangliae refere-se à espécie, sendo uma nomenclatura binominal. Megaptera refere-se ao
nome do género e novaeangliae refere-se ao restritivo específico).
5. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— referência à variabilidade genética na população ancestral de baleia-de-bossa;
— relação da variabilidade com as mutações e com a recombinação genética;
— relação entre as alterações ambientais e a seleção natural/seleção diferencial/ reprodução diferencial de baleias portadoras de
genes que permitem a existência do órgão sensorial.
Grupo IV
1. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— relação entre a análise comparativa das sequências nucleotídicas do DNA nuclear e a existência de um ancestral comum mais
recente entre as espécies das Canárias e de Cabo Verde;
— relação entre a existência de um ancestral comum mais recente/ menor tempo de divergência e o maior grau de proximidade
filogenética entre as espécies destas ilhas.
2. D. (Nas árvores filogenéticas, as bifurcações estão relacionadas com fenómenos de divergência evolutiva, a partir de um
ancestral comum. Associado a estes fenómenos de divergência existem estruturas homólogas caracterizadas pela presença de
um plano estrutural/anatómico comum.)
3. A. (A árvore filogenética foi construída com base na sequenciação de DNA nuclear encontrando-se indicadas as variações
nucleotídicas ocorridas — mutações génicas. Qualquer que seja o tipo de mutação, as mesmas só tem valor evolutivo se
ocorrerem em células da linha germinativa/sexuais.)
4. A. (O ciclo de vida da figueira-do-inferno é haplodiplonte e a geração esporófita inicia-se com a formação do ovo/fecundação e
termina no momento anterior à meiose. Por este motivo esta geração é constituída por células diploides.)

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TESTE TIPO INTERMÉDIO 6


Grupo I
1. C. (Os calcarenitos finos são constituídos predominantemente por uma fração detrítica — areia e siltes — logo são rochas
detríticas. O processo de carsificação — processo que permite a formação de uma rede de algares e cavernas — resulta da
meteorização química das rochas carbonatadas por carbonatação.)
2. A. (A cobertura arenosa resulta da existência de processos de meteorização física e química, logo quanto maior for a
suscetibilidade/menor resistência das rochas à meteorização, maior será essa cobertura. A extensão da cobertura depende, não
só, da suscetibilidade das rochas à meteorização, mas também da intensidade da abrasão marinha.)
3. A. (De acordo com o documento, 80% das ocorrências estão associadas a picos de atividade dos agentes mesológicos,
nomeadamente precipitação intensa ou concentrada e agitação marítima de tempestade. Resultado desses episódios de
precipitação intensa e concentrada verifica-se um aumento da saturação dos solos em água, desencadeando-se os movimentos
em massa.)
4. B. (As barreiras arenosas são formas de deposição que funcionam como barreiras à ação erosiva do mar, retardando o seu
avanço/recuo do litoral.)
5. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— relação entre a existência na plataforma continental/ zonas costeiras pouco profundas/de um ambiente de águas quentes e
pouco profundas, com reduzido hidrodinamismo e a precipitação de carbonato de cálcio, originando as rochas carbonatadas;
— relação entre a elevação da crosta continental e o aumento da meteorização das rochas carbonatadas presentes na plataforma
continental;
— relação entre a sedimentação detrítica e a simultânea precipitação de substâncias químicas dissolvidas na água e a formação
dos calcarenitos que recobrem o substrato carbonatado.
Grupo II
1. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— referência à existência de maior quantidade de plâncton e de condições propícias à acumulação de grandes quantidades de
sedimentos terrígenos nas plataformas continentais/nas zonas costeiras, por comparação com as bacias continentais emersas;
— relação entre o rápido recobrimento e subsidência da matéria orgânica e a localização preferencial das grandes jazidas
petrolíferas nas plataformas continentais.
2. A. (A sismologia é um método indireto, assim como a gravimetria e a geotermia. Já a análise de formações geológicas constitui
um método direto. O petróleo está armazenado em estruturas geológicas, conferindo-lhes características diferentes,
nomeadamente densidade, das rochas envolventes, provocando alterações na velocidade de propagação das ondas P.)
3. C. (Em ambientes abissais depositam-se sedimentos de granulometria mais fina do que nos ambientes litorais. Analisando uma
sequência estratigráfica — da base para o topo é possível observar um aumento das dimensões dos detritos, o que é indicativo de
um aumento da energia do agente transportador.)
4. B. (As bacias continentais emersas foram originadas a partir de antigas bacias sedimentares marinhas, como resultado da
descida do nível médio das águas do mar/regressão marinha. Nessas bacias verifica-se a deposição de sedimentos como
resultado do baixo hidrodinamismo.)
5. C. (As fronteiras litorais são locais modelados pelas águas do mar, estando sujeitas quer a fenómenos erosivos e de
meteorização quer a fenómenos de sedimentação. São por isso instáveis, dificultando a correta constituição da tectónica
terrestre.)
6. D — C — A — E — B
Grupo III
1. A resposta deve conter os seguintes tópicos
— relação entre a presença de campos de argilas vermelhas e a ocorrência de processos de meteorização química por oxidação
dos minerais ferromagnesianos presentes nos piroclastos;
— relação entre a ocorrência de processos de meteorização química e a existência de temperaturas elevadas e disponibilidade de
água no estado líquido;
— referência à existência de um paleoambiente húmido e quente aquando da formação dos campos de argila vermelha.
2. B. (O basalto vesicular é mais recente que os clastos de basalto, logo a percentagem de isótopo-pai será superior à
percentagem de isótopo-filho. Assim, a relação isótopo-pai/isótopo-filho é superior à dos clastos de basalto. De acordo com o
princípio da inclusão, os clastos são mais antigos do que a rocha em que se encontram.)
3. B. (O manto é constituído essencialmente por peridotito e a crusta oceânica por rochas extrusivas magmáticas (basalto) e
intrusivas (gabro).)
4. A. (As lavas em almofada resultam do rápido arrefecimento do magma em erupções submarinas.)
5. D. (Os gabros e os basaltos apresentam cerca de 50% de sílica na sua constituição, sendo por isso rochas básicas, e os
minerais predominantes são ferromagnesianos (olivina e piroxena) e plagioclases ricas em cálcio (anortite).)
6. D — B — C — A — E
7. a — 5; b — 1; c — 8; d — 3; e — 7
Grupo IV
1. A. (De acordo com a figura, a ascensão de água verifica-se apenas através da falha F1. Isto acontece pois essa falha coloca em
contacto uma formação permeável (dolomias, calcários, mármores dolomitizados e rochas siliciosas) que permite a circulação de
água, com uma formação impermeável (metavulcanitos e xistos).)
2. C. (Na nascente n1 verifica-se a ascensão de água a partir de zonas profundas. Nessas zonas mais profundas regista-se uma
temperatura superior responsável pelo aquecimento da água.)
3. C. (Os mármores são rochas resultantes de metamorfismo de contacto, que se formam mediante a atuação de tensões
litostáticas ou não dirigidas, sendo a sua textura não foliada ou granoblástica.)
4. A resposta deve conter os seguintes tópicos
— relação entre a lixiviação de nitratos utilizados nos campos agrícolas e o enriquecimento em nitratos da água da Ribeira do
Brenhas;
— relação entre a recarga do aquífero pelas águas da Ribeira do Brenhas e o aumento do teor de nitratos na água do aquífero/
diminuição da qualidade da água do aquífero.

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TESTE-TIPO INTERMÉDIO 7
Grupo I
1. C. (De acordo com o documento pretendia-se analisar o efeito da concentração crescente de CO2 na água do mar/ acidificação
das águas do oceano nas algas que possuem uma carapaça formada por várias placas de carbonato de cálcio.)
2. C. (As algas da espécie Emiliania huxleyi foram submetidas a concentrações crescentes de CO2 que correspondem às
previsões deste gás para os oceanos.)
3. B. (Os efeitos das concentrações crescentes de CO2 são avaliados pela taxa de calcificação da carapaça das algas Emiliania
huxleyi. Os níveis de CO2 libertados e O2 consumidos estão relacionados com a respiração aeróbia. A quantificação dos
compostos orgânicos sintetizados está relacionada com a taxa fotossintética. Nenhum destes processos metabólicos está a ser
diretamente avaliado neste estudo.)
4. C. (A designação Emiliania corresponde ao nome do género, taxon que engloba alguns seres vivos de uma mesma família.
Todos os indivíduos pertencentes ao mesmo género pertencem também à mesma família e à mesma ordem, mas na mesma
família pode ser incluídos organismos pertencentes a géneros diferentes.)
5. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
relação entre o aumento do teor de CO2 atmosférico e o aumento do teor de CO2 dissolvido nas águas do mar;
— relação entre a acidificação das águas oceânicas e a carbonatação/dissolução das conchas e esqueletos de certos organismos
aquáticos fundamentais ao ecossistema aquático/menor quantidade de iões carbonato impedindo alguns seres aquáticos
marinhos de construírem as suas componentes duras e conchas nomeadamente os produtores;
— relação entre a menor capacidade de sobrevivência destes seres produtores e o desequilíbrio das cadeias
alimentares/diminuição do número de indivíduos nos restantes níveis tróficos.
Grupo II
1. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— referência a que o desenvolvimento de "supersoldados" depende do fornecimento de uma dose de hormonas, num dado
momento;
— relação entre o hipofuncionamento do sistema endócrino e a diminuição da quantidade dessa hormona produzida pelas
formigas trabalhadoras;
— relação entre o não desenvolvimento dos "supersoldados" com a consequente não proteção dos formigueiros atacados por
invasores e a diminuição do efetivo populacional dos mesmos.
2. C. (As formigas "supersoldado" desenvolvem-se quando às larvas é aplicada, num segundo momento, uma determinada
hormona. As larvas que recebem a hormona resultaram do desenvolvimento mitótico do ovo/zigoto e, por isso pertencem a uma
fase de desenvolvimento pós-zigótica.)
3. A. (As superfícies respiratórias das formigas têm uma localização interna, o que reduz as perdas de água por
evaporação/dessecação das superfícies respiratórias.)
4. C. (Todas as espécies de formigas analisadas partilham um ancestral comum, pelo que são filogeneticamente próximas, mas
sofreram processos de evolução divergente, como resultado da atuação de pressões seletivas diferentes. Este facto é evidenciado
pela presença, em apenas de algumas espécies, das formigas "supersoldado".)
5. A — B — E — C — D
Grupo III
1. C. (A idade dos granitos negros foi obtida através da concentração de determinados isótopos radioativos consistindo num
processo de datação absoluta. Os isótopos-pai são instáveis transformando-se em isótopos-filho estáveis.)
2. C. (Na série contínua, as plagióclases são minerais isomorfos — minerais que apresentam a mesma estrutura cristalina e
composição química diferente, resultado da intersubstituição de cálcio e sódio. À medida que ocorre uma diminuição da
temperatura, associada ao arrefecimento do magma, as plagióclases tornam-se progressivamente mais ricas em sódio.)
3. B. (O quartzo é um mineral muito estável e muito resistente à meteorização química, pelo que a sua presença não é reveladora
da duração do transporte. A presença de feldspato, mineral muito suscetível à meteorização química, será indicativa de uma curta
duração do transporte dos sedimentos graníticos. Quanto maior for a duração do transporte menor será a quantidade de feldspato
presente.)
4. C. (A formação do Cabo Ortegal está relacionada com o movimento das placas tectónicas e esteve associado a um processo
lento e gradual como defendido no princípio do Gradualismo que se insere na teoria Uniformitarista.)
5. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— referência a que as zonas de subducção se encontram associadas a limites convergentes; nestas regiões à medida que a placa
mais densa afunda, os materiais estão sujeitos a temperaturas mais elevadas;
— relação entre a fusão (parcial) dos materiais constituintes das placas e a alimentação das correntes de convecção, associadas
à ocorrência de mobilismo geológico.
6. E — D — A — C — B
Grupo IV
1. A. (O sismo de Lorca resultou da acumulação de tensões de forma gradual ao longo de uma falha de desligamento ativa. Esta
falha localiza-se no interior da placa Euro-asiática.)
2. C. (O primeiro sismo teve intensidade VI e o segundo VII. O primeiro sismo teve epicentro a 7 km de Lorca e o segundo um
epicentro mais próximo da cidade.)
3. B. (A destruição causada por um sismo e descrita pelos habitantes é utilizada para determinar a intensidade sísmica pois a
magnitude diz respeito à energia libertada no foco sísmico. A destruição é causada pela propagação de ondas na superfície
terrestre.)
4. A. (A partir da análise da figura 1 é possível ver que todas as falhas são desligamentos associadas à atuação de tensões
cisalhantes, em que o movimento relativo entre o teto e o muro é horizontal.)
5. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— relação entre a reduzida profundidade do foco sísmico e a reduzida dissipação de energia sísmica;
— relação entre a reduzida consolidação do solo/existência de rochas não consolidadas/aluviões no subsolo e a elevada
amplificação das ondas sísmicas;
— relação entre a elevada amplificação das ondas sísmicas e a reduzida dissipação da energia das mesmas e os elevados
estragos provocados pelo sismo/elevada intensidade sísmica.
6. a — 2; b — 3; c — 4; d — 6; e — 7.

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TESTE-TIPO INTERMÉDIO 8
Grupo I
1. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— referência a que as duas espécies de Ulva são boas bioindicadoras da poluição das águas por metais;
— relação entre o crescimento diferencial das duas populações e a diferente tolerância das duas espécies de Ulva a níveis
crescentes de cobre (Ulva armoricana cresce mais, qualquer que seja a concentração de cobre utilizada, logo é mais tolerante);
— relação entre discrepâncias no crescimento populacional destas duas espécies e o aumento dos níveis de cobre nas águas.
2. A. (De acordo com os resultados dos estudos mais recentes, Ulva pertusa é mais sensível a metais do que outras espécies de
algas. Neste estudo, a inibição do crescimento desta espécie é superior, qualquer que seja a concentração de cobre utilizada, o
que apoia esses mesmos resultados.)
3. C. (De acordo com os dados da figura 2, para concentrações de cobre iguais a 250 μg L , verificou-se um decréscimo nos
-1

teores de ambos os tipos de clorofila. Para concentrações de cobre iguais a 50 e 100 μg L verificou-se um aumento dos teores de
-1

clorofilas a e b, relativamente ao controlo, apenas em Ulva armoricana. Para concentrações de cobre superiores a 100 μg L
-1

verificou-se uma diminuição dos teores de clorofilas a e b em ambas as espécies. Para concentrações inferiores a 100 μg L ,
-1

verificou-se um aumento ou manutenção do teor de clorofilas a e b em ambas as espécies.)


4. B. (O crescimento dos discos é assegurado por divisões mitóticas que são antecedidas por uma interface, onde no período G1
se verifica uma intensa síntese de biomoléculas necessárias à divisão da célula.)
5. C. (As algas do género Ulva e as plantas aquáticas apresentam, de acordo com o sistema de classificação de Whittaker, o
mesmo modo de obtenção de matéria (seres autotróficos, fotossintéticos), a mesma interação nos ecossistemas (seres
produtores) e o mesmo nível de organização celular (seres eucariontes). No entanto, diferem no grau de diferenciação tecidular
(as algas, mesmo quando multicelulares, apresentam reduzida diferenciação, enquanto que as plantas apresentam elevado grau
de diferenciação).)
6. a — 3; b — 6; c — 8; d — 4; e — 5.
Grupo II
1. A. (A urina dos indivíduos com alcaptonúria apresenta uma cor avermelhada devido ao contacto do ácido homogentísico com o
2. ar que causa a sua oxidação, formando-se um pigmento conhecido como alcaptona.)
3. B. (O gene HGD é responsável pela síntese da forma funcional da enzima homogentisato-1,2-dioxigenase. Esta enzima é
responsável pela transformação do ácido homogentísico em ácido maleiloacetoacético. Se a enzima é funcional verifica-se a
transformação anteriormente mencionada, não se verificando a acumulação de ácido homogentísico.)
4. C. (A quantidade de DNA numa célula é constante e a elevada taxa metabólica é assegurada pela síntese de biomoléculas,
nomeadamente proteínas. Para que aumente a quantidade de proteínas tem de verificar-se um aumento do teor de RNA na
célula).
5. D. (Uma vez que o período G2 sucede ao período S, já ocorreu a replicação semiconservativa do DNA, e cada cromossoma é
constituído por dois cromatídios. Cada cromatídio corresponde a uma molécula de DNA. No período G1 cada cromossoma
apresenta um cromatídio, logo no período G2 a quantidade de DNA por célula é o dobro da quantidade de DNA no período G1.)
6. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
referência a que os indivíduos com alcaptonúria apresentam uma atividade da enzima homogentisato-1,2-dioxigenase reduzida,
acumulando ácido homogentísico nas suas células;
relação entre a ingestão de grandes quantidades de alimentos "light" e o aumento do teor de fenilalanina, na corrente sanguínea;
relação entre a não metabolização da fenilalanina, os elevados teores de ácido homogentísico nos tecidos e o surgimento de
danos, tais como, escurecimento das cartilagens e uma certa propensão para a artrite.
Grupo III
1. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— relação entre a diminuição da temperatura corporal para valores próximos dos 30 C e a existência de picos de movimentos
corporais ou tremuras/aumento da frequência de movimentos corporais ou tremuras;
— relação entre o aumento da produção de calor metabólico devido a tremuras ou movimentos corporais e o aumento da
temperatura corporal para valores próximos dos 36 2C.
2. B. (Os resultados não podem ser generalizados, pois a amostra não era representativa da população de ursos-negros do Alasca
já que era constituída por cinco indivíduos. As medições foram feitas de forma contínua e os ursos foram colocados em condições
ambientais semelhantes às que existem na natureza durante o período de hibernação.)
3. C. (Durante a hibernação, as frequências cardíaca e respiratória diminuem e, por isso, diminui a disponibilidade de oxigénio nas
células. Como a taxa metabólica diminui verifica-se uma diminuição da produção de calor metabólico.)
4. C. (O retorno do metabolismo corporal aos níveis normais após hibernação implica a utilização de energia, resultante da
degradação de compostos orgânicos em reações catabólicas.)
5. E — A — B — C — D
Grupo IV
1. B. (Pela análise figura 4 verificou-se que a deposição em camadas da lenhite e do arenito repete-se de uma maneira cíclica. Em
períodos de subsidência rápida, diminui a vegetação e também a deposição de detritos orgânicos, formando camadas pouco
espessas de lenhite, mas aumenta a deposição de detritos terrígenos.)
2. D. (Na figura 4, as falhas correspondem a deformações descontínuas, uma vez que ocorre rotura dos materiais. Visto que as
falhas não intersetam a camada de conglomerados (rochas sedimentares detríticas consolidadas, constituídas por balastros
arredondados) que se encontram no topo da sequência estratigráfica, estas são anteriores aos conglomerados — Princípio da
Interseção.)
3. B. (No perfil topográfico a dobra intersetada pelo poço de extração 1 apresenta a concavidade voltada para cima — sinforma —
e está associada a um regime de deformação onde não ocorre rutura dos materiais — regime dúctil.)
4. A. (Na formação de lignite ocorre transformação de matéria orgânica, em anaerobiose (ausência de oxigénio), aumentando os
teores relativos em voláteis e carbono.)
5. B — E — D — A — C
6. A resposta deve conter os seguintes tópicos:
— relação entre a captação excessiva de recursos minerais e o comprometimento dos mesmos dado o seu caráter não
renovável/destruição da zona mais superficial da geosfera;
— relação entre a exploração de recursos minerais em minas a céu aberto e a desflorestação/destruição do coberto vegetal
(biosfera).

Descarregado por Gabriel Moutinho (manic14x@gmail.com)

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