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PL 3578 2015
PL 3578 2015
, DE 2015
(Da Senhora Jô Moraes)
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
DOS MEIOS E TÉCNICAS SIGILOSOS DE AÇÕES DE BUSCA DE
INFORMAÇÃO
I – entrevista;
II – recrutamento operacional;
III – infiltração;
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IV – entrada;
V – reconhecimento;
VI – vigilância;
IX – estória-cobertura.
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Art. 11. Ainda que não prevista, explicitamente, a reserva de
jurisdição, o juiz competente poderá decidir sobre o uso de meios e
técnicas sigilosos, quando importar em grave intervenção em direitos
fundamentais.
CAPÍTULO III
DO CONTROLE JUDICIAL
Seção I
Do Juízo Competente
Art. 14. Nos procedimentos de controle judicial do uso de meios ou
técnicas sigilosos de ações de busca de informação pela atividade de
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inteligência de Estado, será competente o juízo federal especializado do
Distrito Federal.
Seção II
Do Procedimento Ordinário
Art. 15. O uso de meios ou técnicas sigilosos de ações de busca
de informação pela atividade de inteligência de Estado poderá ser
autorizado pelo juiz competente, a requerimento do Diretor-Geral da
Agência Brasileira de Inteligência.
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§ 2º. Excepcionalmente, o juiz competente poderá admitir que o
pedido seja formulado verbalmente, desde que estejam presentes os
requisitos legais, caso em que a concessão será condicionada à sua
redução a termo pelo funcionário autorizado pelo magistrado, que
deverá conter todos os requisitos legais que autorizem o uso dos meios
ou técnicas sigilosos, tais como expostos pelo requerente.
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§ 5º. O juiz competente poderá autorizar atividades fora do País,
no estrito cumprimento das atribuições legais da atividade de
inteligência de Estado.
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meio a ser empregado, para preservar o sigilo dos meios ou técnicas
autorizados.
Seção III
Do Procedimento Especial da Infiltração
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Art. 22. Aplicam-se as normas do procedimento ordinário ao
procedimento especial da infiltração.
III – ter seu nome, sua qualificação, sua imagem, sua voz e demais
informações pessoais preservadas durante e após a operação, salvo se
houver decisão judicial em contrário, devidamente fundamentada;
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IV – não ter sua identidade revelada, nem ser fotografado ou
filmado pelos meios de comunicação, sem sua prévia autorização por
escrito e consentimento da agência de inteligência.
CAPÍTULO V
DAS PENALIDADES
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
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Art. 40. Havendo necessidade justificada de manter sigilo sobre a
capacidade da atividade de inteligência, poderá ser dispensada licitação
para contratação de serviços técnicos especializados, aquisição ou
locação de equipamentos, dispensada a publicação de que trata o
parágrafo único do art. 61 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
devendo ser comunicado o Tribunal de Contas da União da realização
da contratação, preservando-se o sigilo da informação.
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JUSTIFICAÇÃO
A atividade de inteligência é essencial ao desenvolvimento e à
preservação do Estado Democrático de Direito brasileiro.
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comunicações de qualquer parlamentar, autoridade ou cidadão
brasileiros.
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Nessa linha, a inteligência de Estado (ou inteligência “clássica”) é
voltada, principalmente, ao assessoramento do processo decisório das
mais altas autoridades de um país, especialmente de seus Chefes de
Estado e Chefes de Governo. Nesse sentido, no Brasil, nos termos
legais, o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) tem a finalidade de
fornecer subsídios ao Presidente da República nos assuntos de
interesse nacional (art. 1º da Lei 9.883/1999), possuindo, como órgão
central, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
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a observação, memorização e descrição; as comunicações sigilosas; o
disfarce; e a leitura de fala).
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NACIONES UNIDAS. Asablea General. A/HRC/14/46. Consejo de Derechos Humanos. 14º período de
sesiones. Tema 3 de la agenda: Promoción y protección de todos los derechos humanos, civiles, políticos,
económicos, sociales y culturales, incluido el derecho al desarrollo. Informe de Martin Scheinin, Relator Especial
sobre la promoción y la protección de los derechos humanos y las libertades fundamentales en la lucha contra el
terrorismo: Recopilación de buenas prácticas relacionadas con los marcos y las medidas de carácter jurídico e
institucional que permitan garantizar el respeto de los derechos humanos por los servicios de inteligencia en la
lucha contra el terrorismo, particularmente en lo que respecta a su supervisión. 17 de mayo de 2010. Disponível
em: <http://www2.ohchr.org/english/bodies/hrcouncil/docs/14session/A.HRC.14.46_sp.pdf>. Acesso em: 29 mar.
2012.
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doutorado2, que pesquisaram profundamente a matéria, inclusive
contrastando o contexto brasileiro com o estrangeiro.
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O Projeto de Lei garante a inviolabilidade do domicílio e, portanto,
nos termos da Constituição da República (art. 5º, XI), somente é
possível realizar entrada em domicílio mediante prévia autorização
judicial (art. 9º. do PL).
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A competência para decidir sobre os meios e técnicas sigilosos,
nesse caso, é de juiz federal, nos termos do art. 109, I, da Constituição
da República, pois se trata de causa que envolve a União, da qual faz
parte a Agência Brasileira de Inteligência.
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Não obstante, foi estabelecida a possibilidade de requerimento
oral, que somente pode ser feito de maneira excepcional, com todos os
cuidados previstos no § 2º. do art. 16 do Projeto de Lei.
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Ora, a partir do momento em que ele aceita o cumprimento do
plano de operação de infiltração, no exercício legal e específico do seu
cargo público, parece-nos que ele está no estrito cumprimento do seu
dever legal.
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Inúmeros órgãos públicos podem utilizar placas especiais “de
segurança”. Não faz sentido que justamente um serviço “secreto” não
possa fazê-lo, independentemente da situação “sigilosa” em que se
encontre. Portanto, foi prevista a possibilidade de uso de placas
especiais, que dependerá de regulamentação conjunta da Agência
Brasileira de Inteligência (Abin) e do Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN), como já ocorre com outras instituições.
Deputada JÔ MORAES
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