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Atos 2.42-47 - Marcas de Uma Igreja Cheia Do Espírito Santo
Atos 2.42-47 - Marcas de Uma Igreja Cheia Do Espírito Santo
Introdução:
A igreja de Jerusalém conjugava doutrina e vida, credo e conduta, palavra e poder, qualidade e
quantidade. Hoje vemos igrejas que revelam grandes desequilíbrios. As igrejas que zelam pela doutrina
não celebram com entusiasmo. As igrejas ativas na ação social desprezam a oração. Aquelas que mais
crescem em número mercadejam a verdade. Ao contrário disso, a igreja de Jerusalém era unificada
(2.44), exaltada (2.47a) e multiplicada (2.47b).
Esboço:
A bíblia não é um conjunto de ideias concebidas por homens e mulheres que em um êxtase
anotaram suas experiências físicas e metafísicas, porém são compilações de pessoas que foram
inspiradas por Deus para instruir, os presentes e o que hão de vir, através da salvação conquistada
em Jesus Cristo.
Descobrimos se alguma igreja ou movimento é seita de acordo com sua crença em relação a bíblia.
Alguns acrescentam ideias e outros retiram, mas ambos são heresias.
“O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.” (Oseías 4:6)
O nosso crescimento espiritual está intrinsecamente ligado à nossa intensidade de leitura bíblica.
Consequentemente, a Escritura nos foi dada não para tornar-nos eruditos, mas santos!
A palavra de Deus é alimento ao necessitado, bálsamo para os feridos e refrigério aos cansados. Ela
é ajuda bem presente aos que estão sendo perseguidos. E de acordo com as Sociedades Bíblicas
Unidas, os países que os cristãos são perseguidos, obtiveram o maior percentual de crescimento na
demanda de leitura bíblica (2012).
É inadmissível ver estatísticas de leitura bíblica dos cristãos e aceitar que menos de 20% leem a
bíblia diariamente. Centros de pesquisas apontam que 50% dos pastores nunca leram a bíblia por
completo, nem ao menos uma única vez; e a porcentagem cai drasticamente para 20% com relação
aos membros.
Parece até poético esse texto falando da comunhão da igreja. Eles tinham comunhão,
compartilhavam seus bens e não havia pessoas necessitadas dentro da igreja. Parecia tudo perfeito,
mas não era assim:
foi nessa mesma igreja que houve mentira e orgulho de Ananias e Safira (Atos 5);
que as viúvas helenistas foram esquecidas pelos cristãos judeus (Atos 6);
um falso convertido queria comprar o poder do Espírito Santo (Atos 8);
a divisão entre os cristãos por causa de líderes (Coríntios);
um cristão estava em um relacionamento incestuoso com a esposa de seu pai (1 Coríntios
5:1-13);
cristão estava processando um ao outro (1 Coríntios 6:1-8);
os crentes estavam ficando bêbados na igreja durante a santa ceia (1 Coríntios 11:17-34);
havia legalismo e condenação dos cristãos para outras pessoas e entre si (Gálatas 2:16; 5:2-
4);
havia cristãos nas igrejas com imoralidade sexual e impureza (Efésios 5:3-5);
havia cristãos nas igrejas com palavras impróprias e maledicência (Efésios 4:29);
havia cristãos nas igrejas com amargura, ira e rancor (Efésios 4:31-32);
havia cristãos nas igrejas com ingratidão e murmuração (Filipenses 2:14-15; 4:4);
tinha falsos mestres dentro das igrejas (Colossenses 2:8, 18-23);
"Cuidemos também de nos animar uns aos outros no amor e na prática de boas obras. Não
deixemos de nos congregar, como é costume de alguns. Pelo contrário, façamos admoestações,
ainda mais agora que vocês veem que o Dia se aproxima." Hebreus 10:24-25
A igreja é como a arca de Noé, tem fedor, tem barulho, é apertado, mas é dentro dela que Deus
deseja que estejamos, pois fora não tem vida. Outro exemplo da nossa espiritualidade e a igreja é
como um graveto retirado da fogueira, por um tempo ele continua pegando fogo, mas logo ele se
apaga, enquanto a fogueira ainda está pegando fogo. Assim somos nós, por um tempo continuamos
firmes em Deus longe da igreja (pegando fogo), mas logo apagamos, pois não temos mais os
demais gravetos juntos.
Quer saber se uma igreja tem profunda comunhão? O pastor precisa apagar as luzes se não o povo
não vai embora! Me preocupa quando o culto acaba e todo mundo está com pressa em ir embora.
Ter comunhão entre os irmãos não é algo fácil, pois somos diferentes e teremos desavenças, mas
vale a pena sermos o corpo de Cristo. Quantas famílias são constituídas pela comunhão na igreja?
Quantas bençãos Deus derrama por causa da comunhão? Quanto crescimento nós temos no meio
da comunhão?
Uma igreja cheia do Espírito ora com fervor e constância. A igreja de Jerusalém não apenas possuía
uma boa teologia da oração, mas efetivamente orava. Ela dependia mais de Deus do que dos
próprios recursos.
Existem igrejas que só promovem milagres. Existem cristãos que corre atrás de milagres. Contudo,
a bíblia diz os milagres são consequências da nossa fidelidade e não a nossa razão de estarmos na
igreja.
Precisamos aprender a valorizar os pequenos milagres diários que Deus nos dá e não somente as
coisas grandes, tais como:
Uma igreja cheia do Espírito canta com fervor e louva a Deus com entusiasmo. O culto era um
deleite. Eles amavam a casa de Deus. Uma igreja viva tem alegria de estar na casa de Deus para
adorar. O louvor da igreja era constante. Uma igreja alegre canta. Uma igreja viva tem um louvor
fervoroso, contagiante, restaurador, sincero, verdadeiro.
O louvor que agrada a Deus tem origem no próprio Deus, tem como propósito exaltá-lo e tem como
resultado quebrantamento dos corações. O culto verdadeiro produz reverência e alegria, pois, se a
alegria do Senhor for obra do Espírito, o temor do Senhor também será autêntico.
6. Simpatia dos homens e a bênção do crescimento numérico por parte de Deus (2.47)
O crescimento que a igreja primitiva experimentava não era forçado ou forjado, mas espontâneo e
espiritual. Devemos observar que quem fazia crescer era o Senhor e não estratégias e homens. O
que atrai as pessoas a Cristo não somos nós, mas o Espírito Santo. Claro que Deus usa pessoas e
modelos, mas nós não somos essenciais.
Se a igreja fechar as portas hoje, os vizinhos sentirão falta ou dirão “finalmente!” ou ainda “tinha
alguma igreja aqui?”?
Essa igreja tem qualidade e também quantidade. Cresce para o alto e também para os lados. Mostra
vida e também números. A igreja de Jerusalém produziu impacto na sociedade por causa de seu estilo
de vida. Era uma igreja comprometida com a verdade, mas não legalista; era uma igreja santa, mas não
farisaica; era uma igreja piedosa, mas não com santorronice. Os crentes eram alegres, festivos,
íntegros. Eles contagiavam. O estilo de vida da igreja impactava a sociedade: melhores maridos,
esposas, filhos, pais, estudantes, profissionais. O resultado da qualidade é a quantidade. Deus mesmo
acrescentava a essa igreja, dia a dia, os que iam sendo salvos.