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Comunidade Evangélica Sarando a Terra Ferida

Av. Gov. Roberto Silveira nº 1271 – Nova Iguaçu - RJ

LIÇÃO 04
TEMA: A pessoa e a obra do Espírito Santo
Línguas estranhas
Texto base: Atos 2.4
“E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas,
conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”
INTRODUÇÃO

Nesta lição, veremos que o falar em línguas estranhas não foi somente um milagre isolado que
aconteceu naquele dia histórico, mas que continua sendo a evidência do recebimento desta dádiva de
Deus, conforme mostra a sua Palavra.

1. FALAR EM OUTRAS LÍNGUAS É SEMPRE A EVIDÊNCIA INICIAL DO BATISMO


COM O ESPÍRITO SANTO
Há quem afirme que a evidência do batismo com o Espírito Santo não precisa ser as línguas estranhas,
mas pode ser alegria, amor, maior compreensão da Palavra de Deus, maior zelo para ganhar almas
para Jesus, etc. É evidente que nenhuma das outras “evidências” acima mencionadas teria dado aos
discípulos plena certeza de que haviam recebido o batismo com o Espírito Santo. Vejamos:

1.1 Alegria. Não teria sido uma evidência convincente, pois muitas vezes antes já haviam sentido
grande alegria (Lc 10.17). Certa ocasião a alegria que sentiam fê-los louvar a Deus em alta voz (Lc
19.37). Depois que Jesus retornou ao céu, os discípulos retornaram com grande júbilo para Jerusalém
(Lc 24.52). Alegria não teria sido, portanto, uma evidência especial do batismo com o Espírito Santo,
embora depois do Pentecostes a alegria tivesse redobrado.

1.2 Amor. Também não teria sido uma evidência muito convincente, pois antes do Pentecostes
haviam experimentado e demonstrado amor. Jesus sempre lhes havia mostrado o seu grande amor, e
todos os discípulos amavam a Jesus a ponto de dizerem que queriam dar a sua vida por Ele (Mt 26.35).
Precisavam de uma outra evidência, embora o Espírito Santo opere amor no coração dos salvos (Rm
5.5).

1.3 Maior compreensão da Palavra de Deus. Haviam por três anos recebido o ensinamento de Jesus,
e em uma das últimas vezes que Jesus esteve com eles, “abriu-lhes o entendimento para
compreenderem as Escrituras” (Lc 24.45).

1.4 Zelo para ganhar almas para Jesus. Não teria sido uma novidade, porque eles vinham se
dedicando a ganhar almas, pregando e batizando (Jo 4.2). Com o batismo com o Espírito Santo
passaram a trabalhar com maior inspiração e capacidade renovadas (At 4.33), mas zelo não poderia
ter sido a evidência.
2. REGISTROS NO LIVRO DE ATOS
2.1 Em Samaria. Quando os crentes receberam o batismo com o Espírito Santo, (At 8.17), aconteceu
algo concreto que fez com que Simão visse que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o
Espírito Santo (At 8.18). O que ele viu? Alegria? Não, porque já antes “havia grande alegria naquela
cidade” (At 8.8). Certamente observou que começaram a falar noutras línguas.

2.2 Saulo. Logo após a sua conversão na estrada de Damasco, Saulo recebeu a visita de Ananias, que
orou por ele para que ele recebesse o Espírito Santo (At 9.17). Paulo afirmou mais tarde que falava
mais línguas que os demais (1Co 14.18). Quando falou línguas estranhas pela primeira vez?
Certamente quando foi batizado com o Espírito Santo naquela ocasião.

2.3 Na casa de Cornélio. Depois que Deus purificou os corações daqueles que haviam se reunido na
casa de Cornélio, caiu sobre todos o Espírito Santo, e começaram a falar em línguas estranhas (At
10.44-46). Pedro disse mais tarde que “caiu sobre eles o Espírito Santo como também sobre nós ao
princípio” (At 11.15). Como foi isso? Ver o modelo em At 2.4. “E os fiéis que eram da circuncisão,
todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se
derramasse também sobre os gentios. Porque os ouviam falar em línguas, e magnificar a Deus” (At
10.45).

2.4. Em Éfeso. Os crentes foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas e a
profetizar (At 19.6).
Esse padrão bíblico continua sendo o mesmo em nossos dias.

3. QUAL A FINALIDADE DAS LÍNGUAS ESTRANHAS?

3.1 A língua estranha é uma fala dirigida a Deus. A língua estranha tem uma finalidade muito além
daquela que é ser um sinal do recebimento do batismo com o Espírito Santo. Conforme 1 Coríntios
14.2 o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus, e em espírito fala de mistérios.
Assim, embora aquele que fala não entenda o que está falando, o seu espírito está falando de mistérios
com Deus, isto é, a língua estranha torna-se um modo de comunicação com Deus.

Orando em línguas, o crente expressa a Deus palavras que o Espírito concede que ele fale. O Espírito
ajuda nas nossas fraquezas porque não sabemos o que havemos de pedir como convém (Rm 8.26)

3.2. O que fala em língua estranha edifica-se a si mesmo (1Co 14.4). Em línguas, o crente batizado
com o Espírito Santo adora a Deus em mistérios e é edificado. Que riqueza gloriosa Deus coloca à
disposição de seus filhos!

O Espírito Santo é derramado sobre vidas verdadeiramente regeneradas, purificadas pelo sangue de
Jesus, e é unicamente Jesus quem concede o batismo com o Espírito Santo, acompanhado de línguas
estranhas, àqueles que com coração sincero e quebrantado (Sl 51.17) buscam a promessa com fé e
paciência (Hb 6.12).
CONCLUSÃO
O grande objetivo do batismo com o Espírito Santo é suprir os crentes de poder do alto para serem testemunhas
do Senhor. O objetivo do batismo não é em primeiro lugar o falar em línguas. As línguas são um sinal, mas
um sinal cheio de bênção.

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