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TCC - Tópicos Divididos
TCC - Tópicos Divididos
ANÁLISE TERMODINÂMICA DE
FABRICAÇÃO DE GELO POR CICLO DE
COMPRESSÃO DE VAPOR
SÃO PAULO
2024
EDUARDO MONTEIRO FERREIRA
JOÃO PEDRO DE SOUZA ANDRADE
LUCAS HERNANDES DE SOUSA
RAIANE FERREIRA DA SILVA
WALTER GODOY DE OLIVEIRA
ANÁLISE TERMODINÂMICA DE
FABRICAÇÃO DE GELO
Orientador:
Prof. Ms. Fernando Adam
SÃO PAULO
2024
EDUARDO MONTEIRO FERREIRA
JOÃO PEDRO DE SOUZA ANDRADE
LUCAS HERNANDES DE SOUSA
RAIANE FERREIRA DA SILVA
WALTER GODOY DE OLIVEIRA
ANÁLISE TERMODINÂMICA DE
FABRICAÇÃO DE GELO
SÃO PAULO
2024
AGRADECIMENTOS
Gostaríamos de expressar nossa profunda gratidão ao Professor Fernando
Adam, nosso orientador, pela orientação excepcional, apoio incansável e sabedoria
compartilhada ao longo desta jornada acadêmica. Nossa dedicação à pesquisa e
nosso comprometimento com nosso crescimento acadêmico foram verdadeiramente
inspirados por sua instrução. Além disso, queremos expressar nossa gratidão a
Deus, cuja graça e bênçãos estiveram sempre presentes em nossas vidas, guiando-
nos em momentos de desafio e inspirando-nos a perseverar. Também desejamos
agradecer à Unicid (Universidade Cidade de São Paulo) por proporcionar um
ambiente de aprendizado excepcional e recursos valiosos para nossa pesquisa. O
apoio da instituição foi fundamental para o sucesso deste trabalho. Agradecemos a
todos que contribuíram de alguma forma para este projeto, nossa família, amigos e
colegas de classe. Este TCC representa não apenas nosso esforço, mas também o
apoio e encorajamento de muitos. Muito obrigado a todos que estiveram ao nosso
lado nesta jornada acadêmica, e estamos ansiosos para continuar a aplicar o
conhecimento adquirido aqui em futuras empreitadas.
EPÍGRAFE
“O mundo pertence aos que têm a coragem de sonhar e a
persistência de tornar esses sonhos realidade.”
- Paulo Coelho
RESUMO
O ciclo de compressão de vapor é essencial para a conservação de
alimentos, pois permite o resfriamento e congelamento controlados, prolongando a
vida útil dos produtos, mantendo sua qualidade, garantindo a segurança alimentar,
facilitando o transporte e armazenamento e reduzindo o desperdício. Esse ciclo é a
base dos sistemas de refrigeração e ar-condicionado, desempenhando um papel
crucial na preservação de alimentos frescos e seguros.
O projeto tem caráter exploratório visando entendimento e expansão do
tema.
Este trabalho tem por objetivo o estudo termodinâmico e prático do
funcionamento de um equipamento de fabricação de gelo, utilizando dados térmicos
de um equipamento de compressão de vapor.
A metodologia teórica deste estudo foi inspirada em um equipamento tipo
bebedouro refrigerado, no qual suas peças foram adaptadas para confecção de
equipamento de fabricação de gelo de caráter acadêmico. Inicialmente, houve um
planejamento abrangente, considerando fatores como tamanho, capacidade,
recursos de energia e facilidade de uso. As peças utilizadas incluíram o compressor,
reservatório de água, trocador de calor, isolamento térmico, tubulação de
refrigeração, fiação elétrica e parte da estrutura do equipamento de origem.
Posteriormente, essas peças foram ajustadas e integradas para atender ao objetivo
de produzir gelo, incluindo a adaptação do sistema de refrigeração com a adição de
pontos de medição de pressão e temperatura. Testes e ajustes foram realizados
para avaliar o funcionamento teórico da máquina.
Os resultados estão expressos de forma quantitativa, através de tabelas e
gráficos, é possível observar as características termodinâmicas e de funcionamento
de um equipamento de fabricação de gelo.
ABSTRACT
The vapor compression cycle is crucial for food preservation as it allows
controlled cooling and freezing, extending the shelf life of products, maintaining their
quality, ensuring food safety, facilitating transportation and storage, and reducing
waste. This cycle forms the basis of refrigeration and air conditioning systems,
playing a pivotal role in preserving fresh and safe food.
1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 11
1.1.1 Objetivo principal...............................................................................................16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................17
2.1 1ª LEI DA TERMODINÂMICA.................................................................................17
2.1.1 2ª Lei da Termodinâmica....................................................................................18
2.4.2 Convecção...........................................................................................................25
2.5.2 Compressor.........................................................................................................27
2.5.3 Condensador.......................................................................................................29
4.1.2 Compressor.........................................................................................................35
4.1.3 Condensadora......................................................................................................37
4.1.5 Evaporadora........................................................................................................39
4.1.6 Automação..........................................................................................................40
4.5.7 Quantidade de calor total para a formação dos seis cubos de gelo.....................54
ΔU = Q – W (1)
Onde;
ΔU é a mudança na energia interna do sistema em J
Q é o calor adicionado ao sistema em J
W é o trabalho realizado pelo sistema em J
Se a energia trocada pelo corpo com a vizinhança na forma de calor faz variar
a sua temperatura, existe calor sensível [...]. (GRUPO DE ENSINO DE FÍSICA DA
UFSM, 2000)
Q = m * c * ΔT (3)
Onde;
Q é a quantidade de calor sensível no sistema em KJ
m é a massa da substância do sistema em Kg
c é o calor específico da substância do sistema em KJ/Kg*°C e KJ/Kg*K
ΔT é a variação de temperatura do sistema em °C ou K
Conforme figuras 5 e 6, são representados o cálculo de calor sensível e sua
representação física.
Figura 5. Representação da fórmula para cálculo da quantidade de Calor Sensível (Aprova Total,
2024)
Onde;
Q é a quantidade de calor latente transferido no sistema em KJ
m é a massa da substância do sistema em Kg
L é o calor latente da substância no processo em KJ/Kg
Figura 7. Representação da fórmula para cálculo da quantidade de Calor Latente (Colégio Web,
2024)
2.4.1 Condução
2.4.2 Convecção
- Condensador
Ele transforma o fluido que sai na forma de vapor quente do compressor em
estado líquido através da diminuição de sua temperatura.
- Dispositivo de expansão
Diminui bruscamente a pressão do fluido e com esta diminuição ele diminui
abruptamente a temperatura do mesmo.
- Evaporador
Ele transforma o fluido que sai do dispositivo de expansão na forma de líquido
+ vapor frio em vapor através da elevação de temperatura do mesmo.
2.5.1 Evaporador
2.5.2 Compressor
- Compressores Herméticos
Os compressores herméticos, como o próprio nome já diz, são
hermeticamente fechados, de modo que não é possível abri-lo para realizar sua
manutenção. Neste caso, quando há falha em algum componente, é preciso trocar o
compressor por um novo. (ELGIN, 2022)
- Compressores Semi-Herméticos
Os compressores semi-herméticos precisam estar hermeticamente fechados
para funcionar, porém, podem ser desmontados para uma eventual manutenção, ou
seja, é possível abrir o compressor semi-hermético para substituir um componente
danificado, sem que seja necessário trocar o compressor por um novo. (ELGIN,
2022)
2.5.3 Condensador
Esse, por sua vez, tem a capacidade de absorver o calor dos ambientes ao
mudar seu estado líquido para gasoso. Ao percorrer o sistema, torna-se um vapor
altamente quente e com alta pressão.
- Dessuperaquecimento
- Condensação
Vale lembrar ainda que esse calor descartado é a soma daquele absorvido
com o gerado pelo próprio sistema. (FRIGOCENTER, 2024)
Depois que o cubo já está feito, uma mola aquece levemente o fundo do
molde, de maneira que o gelo se solte e seja encaminhado para o recipiente, onde
ficará até que seja utilizado. (BALESTRO, 2024)
3 METODOLOGIA
Ferramentas
Coolselector®2
Planilhas eletrônicas
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
4 ESTUDO DE CASO
FOTO DO EQUIPAMENTO
Figura 15. Serpentina em teste a fim de ser substituída posteriormente por modelo de fabricação
própria para este estudo (Elaborada pelo autor)
4.2 PROTOTIPO
Figura 17. Projeto em SolidWorks de execução de reservatório da máquina de gelo (Elaborada pelo
autor)
4.2.2 LINHA FRIGORIGENA
Qevap (2)
Qevap /cubo=
n ° cubos
Qdeg (4)
Qdeg /cubo=
n ° cubos
V =B∗H∗E (5)
Vt =n ° cubos∗V (6)
Vt = Volume total – m³
n° cubos = Número de cubos produzidos por ciclo
V = Volume – m³
Após calcular a massa dos cubos que serão produzidos, pode-se calcular a
quantidade de calor que haverá no ciclo.
Esse cálculo é realizado em três etapas: o calor sensível para realizar a
diminuição da temperatura dos 25 à 0 °C conforme a eq. (9).
Então realiza-se o cálculo do calor latente para realizar a troca de estado da
água para o gelo conforme a eq. (10).
E por último, novamente realiza-se o cálculo do calor sensível para a
diminuição da temperatura de 0 à -10 °C conforme a eq. (9).
Qlatente=m∗cl (10)
4.4.7 Quantidade de calor total para a formação dos seis cubos de gelo
x² (13)
t=
2∗k∗∆ t
( )
ρ∗C
( RR 21 )
(14)
ln
R¿ =
(2∗π∗L∗k )
( RR 32 )
(15)
ln
R¿ =
(2∗π∗L∗k )
1 (16)
R¿ =
(h∗R 2∗π∗L)
Trata-se da quantidade de calor que a água vai receber por meio da troca de
calor por condução.
Para calcular a resistência térmica da água, utilizamos os seguintes dados,
distância do cobre que está submerso na água até a parede do reservatório, 0,1 m ,
W
condutividade da água 0,058 , área total do reservatório 0,44m². A resistência
mk
térmica da água é expressa conforme a eq. (17).
E (17)
Rcond agua=
k agua∗A
1 (18)
R¿ =
( A∗h)
R_conv_ar = Resistência térmica de convecção do reservatório – °C/W
A = Área total do recipiente, referente às paredes – m²
h = coeficiente convectivo de transferência de calor do fluído (ar) – m
∆T (19)
Perdade calor=
(Req )
Qevap 1 (kw)
N° CUBOS 6 PÇ
Qevap/cubo 0,1667 (kw)
166,6666667 W
Figura 26. Cálculo de energia necessária para formação de cada cubo conforme a eq. (2).
Com base na eq. (2), o valor calculado de energia necessária para realizar a
formação de cada cubo é de 0,1667 kW ou 166,66667 W.
Figura 27. Cálculo de energia necessária para realizar o degelo dos cubos conforme a eq. (3).
Com base na eq. (4), o valor calculado de energia necessária para realizar o degelo
parcial de cada cubo é de 0,061 kW ou 60,73 W.
Com base na eq. (5) calcula-se o volume de cada cubo de gelo tomando
como base as dimensões adotadas.
Para calcular o volume de cada cubo, utilizamos as dimensões adotadas para
o cubo, em metros.
B = Medida da base do cubo = 0,03 m
H = Medida da altura do cubo = 0,03 m
E = Medida da espessura do cubo = 0,02 m
BASE 0,03 m
ALTURA 0,03 m
ESPESSURA 0,02 m
VOLUME 0,000018 m3
Com base na eq. (6) calcula-se o volume total dos cubos de gelo.
Para calcular o volume total dos cubos, utilizamos o volume de cada cubo
calculado, e multiplicamos pela quantidade total.
V = 0,000018 m³
n° cubos = 6 cubos
Figura 30. Cálculo de volume total dos cubos conforme a eq. (6).
Com base na eq. (7), a massa de cada cubo é de 1,66 x 10E-8 Kg.
Com base na eq. (8) calcula-se a massa total dos cubos de gelo.
Para calcular a massa total dos cubos, utilizamos a massa de cada cubo
calculada, e multiplicamos pela quantidade total.
.
Com base na eq. (8), a massa total dos cubos é de 9,94 x 10E-8 Kg.
25 - 0
m (massa) 9,94E-08 kg
cp água 4,186 kJ / kg * C
Temp ambiente 25 C
Temp cond 0 C
Qsensível 1,04E-05 kJ
Figura 33. Cálculo da quantidade de calor sensível no ciclo entre 25ºC e 0ºC conforme a eq. (9).
Figura 34. Cálculo da quantidade de calor sensível no ciclo entre 0ºC e -10ºC conforme a eq. (9).
Com base na eq. (9), a quantidade de calor sensível transferido entre 0 ºC e -10 ºC é
de 4,16 x 10E-6 kJ.
LAT
m 9,94E-08 kg
cl 333 kJ/kg
Qlat 3,31E-05 kJ
Com base na eq. (9), a quantidade de calor latente transferido durante a mudança
de fase da água para o gelo é de 3,31 x 10E-5 kJ.
5.7 CÁLCULO DA QUANTIDADE DE CALOR TOTAL NO CICLO DE FORMAÇÃO
DE UM CUBO DE GELO
Com base na eq. (11) calcula-se a quantidade de calor total transferido que
haverá no ciclo de acordo com a soma dos valores de calor sensível e calor latente
calculados anteriormente.
Qsensível1 1,04E-05 kJ
Qsensível2 4,16E-06 kJ
Qlat 3,31E-05 kJ
Qtotal 4,76E-05 kJ
Figura 36. Cálculo da quantidade de calor total transferido durante o ciclo conforme a eq. (11).
Com base na eq. (11), a quantidade de calor total transferido durante o ciclo de
formação de um cubo de gelo é de 4,76 x 10E-5 kJ.
Com base na eq. (12) calcula-se a quantidade de calor total transferido que
haverá no ciclo de formação dos seis cubos de gelo, de acordo com a soma dos
valores de calor sensível e calor latente calculados anteriormente calculados, esse
valor referente à formação de um cubo de gelo, portanto, multiplica-se esse valor
pela quantidade de cubos.
Qtotal6 2,86E-04 kJ
Figura 37. Cálculo da quantidade de calor total transferido durante o ciclo conforme a eq. (12).
Com base na eq. (12), a quantidade de calor total transferido durante o ciclo de
formação de seis cubos de gelo é de 2,86 x 10E-4 kJ.
Qsensível1 1,04E-05 kJ
Qsensível2 4,16E-06 kJ
Qlat 3,31E-05 kJ
Qtotal 4,76E-05 kJ
Figura 38. Cálculo da quantidade de tempo necessário para realização do ciclo conforme a eq. (13).
Com base na eq. (13), a quantidade de tempo quantidade de tempo necessário para
o ciclo completo de refrigeração ser realizado é de s.
5.9 RESISTÊNCIA TÉRMICA POR CONDUÇÃO DA TUBULAÇÃO DE COBRE
Com base na eq. (14), a resistência térmica por condução da tubulação de cobre é
de 1,61 x10E-5 ºC/W.
Com base na eq. (17) calcula-se quantidade de calor que a água vai receber
por meio da troca de calor por condução.
Para calcular a resistência térmica de condução da água, utilizamos os
valores distância do cobre que está submerso na água até a parede do reservatório,
conforme adotado em projeto, a área total do reservatório calculada e a
condutividade térmica da água com base em pesquisa:
Figura 42. Cálculo da resistência térmica de condução da água conforme a eq. (17).
Com base na eq. (17), resistência térmica de condução da água é de 3,92 ºC/W.
Com base na eq. (18) calcula-se quantidade de calor que o meio “leva” após
o processo de troca de calor por convecção com o reservatório.
Para calcular a resistência de convecção do reservatório com o meio
ambiente utilizamos os dados de área total do reservatório calculada em contato
com o ambiente, e o coeficiente de convecção do ar conforme pesquisa.
Figura 43. Cálculo da resistência de convecção do reservatório com o meio ambiente conforme a eq.
(18).
∆ T = Variação de temperatura – °C
Temperatura do ambiente com o qual o sistema vai trocar calor: 25 °C
Temperatura do fluido (gás refrigerante) que vai trocar calor com o ambiente: -10
°C
Resistência equivalente (soma de todas as resistências calculadas): 14,67 ºC/W
Temp ambiente 25 C
Temp gás -10 C
Qperda 2,39 W
Figura 44. Cálculo da quantidade de energia perdida por meio de energia térmica conforme a eq. (19).
Com base na eq. (19), a quantidade de energia perdida por meio de energia térmica
é de 2,39 ºC/W.